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Tecnologia Solar e o Efeito Fotovoltaico TECNOLOGIA SOLAR EFEITO FOTOVOLTAICO Tecnologia de Sistemas Solares FV Os sistemas solares fotovoltaicos podem ser classificados em três tipos: ◦ Sistemas isolados ou autônomos com e sem armazenamento; ◦ Sistemas híbridos em conjugação com uma ou mais fontes de energia para além da fotovoltaica; ◦ Sistemas conectados à rede. Sistemas isolados (Com armazenamento) Os sistemas isolados são sistemas constituídos por: Conjunto de painéis; Regulador de carga; Uma ou mais baterias; e um inversor. Sistemas isolados (Com armazenamento) Potência do Consumo (W) Tensão do Sistema Solar FV (V) <1500 12 1500 – 5000 24 ou 48 > 5000 120 ou 300 Definição do nível de tensão do sistema Sistemas isolados (Com armazenamento) Sistema de 24V - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + Banco de Baterias 24V (células de 2V) - + - + Regulador Sistemas isolados (Com armazenamento) Sistema de 12V - + - + - + - + - + - + - + - + Regulador Banco de Baterias 12V (células de 2V) Sistemas isolados (Sem armazenamento) Características: • Consumo imediato; • Geralmente aplicados em sistemas de bombeamento; • Mais baratos; • Não armazenam energia. Sistemas isolados Painel Fotovoltaico Regulador MPPT Monitoramento Quadro Elétrico Carga em DC Carga em AC Rede UC Sistemas Híbridos (Autônomos) Fonte: FFsolar Sistemas Híbridos (Autônomos) Fonte: BLpower Sistemas Híbridos (Autônomos) Fonte: Yeskey Rendimento de sistemas FV conectados Para um sistema FV com uma potência ≈ 1 kWp 1.003 kWh 977 kWh 940 kWh 919 kWh 882 kWh 866 kWh 788 kWh 788 kWh 2,5% 3,5% 2,0% 3,5% 1,5% 7,5% 7,5% Desvio do rendimento nominal do módulo e da radiação de 1000W/m² Sujeira do módulo Temperatura do módulo Sombreamentos Perdas do lado DC Erros no seguimento do MPPT Perdas no inversor Perdas em CA e no contador Os efeitos fotovoltaicos e fotoelétrico A célula solar FV funciona quando a luz incide sobre certas substâncias e desloca elétrons que, circulando livremente de átomo para átomo, formam uma corrente elétrica. São os fótons com uma faixa de luz visível que fazem com que exista a agitação e que os elétrons da banda de valência passem para a banda de condução. O efeito fotoelétrico O efeito fotoelétrico • A célula fotovoltaica é uma aplicação prática do efeito fotoelétrico descoberto em 1887 pelo físico alemão Rudolf Hertz e explicado em 1905 por Albert Einstein. • Grande parte das células solares são feitas de Silício (Si) que tem o número atômico 14. • A sua distribuição eletrônica é 2, 8, 4. Significa que possui quatro elétrons de valência, procurando se ligar com 4 átomos de Si de maneira a ficar quimicamente estável. O Si, como substância simples, não conduz corrente elétrica, pois não possui elétrons de valência. Solução → Adicionar ao Si dois tipos de elementos: O Boro (B), com número atômico 5 e distribuição 2, 3. E o Fósforo (P), com número atômico 15 e distribuição 2, 8, 5. O efeito fotovoltaico A junção Si – P é chamada de junção (-), pois existe um “excesso” de elétrons desemparelhados. A junção Si – B é chamada de junção (+), pois existe um “déficit” de elétrons desemparelhados. Silício Metalúrgico Silício Grau Solar Lingotes e Waffers Célula de Silício Grau Solar Módulo Fotovoltaico Cadeia simplificada da indústria FV O efeito fotoelétrico Semicondutores • Os bons condutores oferecem pouca resistência, ao passo que o fluxo de elétrons se opõe a uma elevada resistência. • Os semicondutores apresentam resistência intermediária em ambos os extremos (entre a camada isolante e a camada condutora). Semicondutores • Semicondutor intrínseco é aquele encontrado na natureza na sua forma mais pura, ou seja a concentração de portadores de carga positiva é igual à concentração de portadores de carga negativa. • Semicondutores extrínsecos ou dopados são semicondutores intrínsecos onde introduzimos uma impureza para controlarmos as características elétricas do semicondutor. Junção PN Uma junção P-N consiste numa interface entre duas diferentes camadas dopadas de um material semicondutor. Uma destas camadas é dopada com um dopante de tipo positivo e a outra com um dopante de tipo negativo, estabelecendo um campo elétrico que define a direção de um fluxo de elétrons estimulados pela luz ou pelo calor. Fonte: http://www.wikienergia.pt/~edp/images/e/ea/JuncaoP-N.jpg Polarização Polarização reversa Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização reversa Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização reversa Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização direta Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização direta Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização direta Fonte: http://gvensino.com.br/ Polarização Polarização direta Fonte: http://gvensino.com.br/ Junção p-n sob iluminação Fonte: Carneiro, J. (2010) Junção p-n sob iluminação Fonte: Carneiro, J. (2010) Na presença do campo elétrico, os elétrons irão mover-se para a região do semicondutor do tipo n, enquanto as lacunas irão se deslocar para a região do semicondutor do tipo p dando origem à designada corrente gerada pela luz, IL. Junção p-n sob iluminação Fonte: Carneiro, J. (2010) Nestas circunstâncias, o sistema recairia num estado que se traduziria na perda da sua neutralidade elétrica. Com efeito, nesta situação, o SC n ficaria com excesso de elétrons enquanto o SC p teria um correspondente excesso de lacunas. Porém, isso não acontece devido a região de depleção Junção p-n sob iluminação Fonte: Carneiro, J. (2010) Entretanto, se um fio condutor for utilizado para ligar a região do semicondutor do tipo n à região do semicondutor do tipo p, verifica-se que o excesso de elétrons irão se movimentar através do fio condutor de modo a se combinarem com o excesso de lacunas existentes no SC p. Modelo equivalente de uma célula FV O comportamento de uma célula fotovoltaica é equivalente ao de um diodo de junção PN. O modelo desta célula é representado por uma fonte de corrente. A corrente elétrica em uma célula FV pode ser considerada como a soma da corrente de uma junção pn no escuro (diodo semicondutor) com a corrente gerada pelos fótons absorvidos na radiação solar. V Z I ID IL Modelo equivalente de uma célula FV V Z I ID IL 0( ) ( 1) V m Vt L D LI A I I I I e t K T V q m – fator de idealidade do diodo Vt – Potêncial térmico I0 – corrente de saturação do diodo K – constante de Boltzman Equação de Schockley No escuro, IL = 0 (Comportamento da célula = diodo) Modelo equivalente de uma célula FV Parâmetros funcionais específicos e característicos de células fotovoltaicas: ICC – Corrente de Curto-Circuito (short-circuit): É a máxima corrente que circula por uma célula sob a incidência de iluminação (condição específica), quando seus terminais de interconexão estão na condição de curto-circuitados. Nessa situação, a tensão é nula (V = 0 Volts), o que corresponde a uma resistência de carga igual a zero (RL=0Ω). A corrente de curto-circuito é função direta da radiação incidente. Modelo equivalente de uma célula FV VCA – Tensão de Circuito-Aberto (open-circuit): É a máxima tensão entre os terminais uma célula sob a incidência de iluminação, quando seus terminais de interconexão estão em aberto e a corrente que circula por ela é nula (I = 0 Ampéres), o que corresponde a uma resistência de carga infinita. (RL= ∞Ω). Essa variável é dependente da temperatura da célula. Fonte: Almir Ghensev. Modelo equivalente de uma célula FV PMAX – Ponto de máxima potência: É o ponto da curva I x V para o qual o produto tesão x corrente representa o máximo de eficiência. É obtido ao variar a resistência de carga entre os valores zero (curto- circuito) a infinito (circuito-aberto) entre os pontos de corrente e tensão, e este ponto encontra-se próximo ao joelho da curva (Wp). Fonte: Almir Ghensev. Modelo equivalente de uma célula FV Parâmetros Icc e VCA: Fonte: Cresesb ln 1 sCA T o I V m V I s L ccI I I • Circuito aberto, I(A) = 0 • Curto circuito Modelo equivalente de uma célula FV Fonte: Almir Ghensev. Modelo equivalente de uma célula FV A eficiência de conversão energética é dada pelo rendimento, representada pela letra grega: η (eta) é dada pela equação: Fonte: Almir Ghensev. máxP A G G A Modelo equivalente de uma célula FV A razão entre a potência de pico e o produto Vca e Icc é denominado de fator de forma. O Fator de Forma ou Fator de Preenchimento (FF) é um parâmetro que, juntamente com os índices de VCA e ICC, determinam a Potência Máxima real da célula fotovoltaica (Pmáx). Fonte: Almir Ghensev. máx CA CC P FF V I Modelo equivalente de uma célula FV Fonte: pveducation.org/pvcdrom Valores típicos de fator de forma: - m-Si: 0,6 a 0,85 - a-Si: 0,5 a 0,7 Modelo equivalente de uma célula FV Fonte: pveducation.org/pvcdrom Modelo real de uma célula FV Existe também o modelo real da célula solar fotovoltaica. V Z I ID IL Rp Rs ID IP Resistência em série (RS): é a resistência da própria célula, que junta a resistência elétrica do material com a resistência elétrica dos contatos metálicos, denominadas perdas por efeito Joule. Modelo real de uma célula FV Existe também o modelo real da célula solar fotovoltaica. V Z I ID IL Rp Rs ID IP Resistência em paralelo (Rp): resistência que advém do próprio processo de fabricação e que caracteriza as correntes parasitas que circulam na célula devido principalmente a pequeníssimas imperfeições na estrutura do material. Modelo real de uma célula FV Dessa forma, a corrente que chega à carga é determinada através da seguinte expressão: 0( ) ( 1) V Rs I sVt L D p L p V R I I A I I I I I e R Modelo real de uma célula FV Influência da resistência em série (RS) na célula fotovoltaica. Fonte: “Laboratórios de Energia Solar Fotovoltaica”, Manuel Oliveira e Filipe Pereira Modelo real de uma célula FV Influência da resistência em paralelo(Rp) na célula fotovoltaica. Fonte: “Laboratórios de Energia Solar Fotovoltaica”, Manuel Oliveira e Filipe Pereira Modelo real de uma célula FV Curva de uma módulo comercial Fonte: http://www.cienciaviva.pt/rede/energia/himalaya2005/home/guia4.pdf. Modelo real de uma célula FV Parâmetros de influência Fonte: FER - Fontes de Energia Renováveis.“Energia Fotovoltaica – Manual sobre Tecnologias, Projectos e Instalações, Volume III”. Projecto parcialmente financiado pela Comissão Europeia, designadamente através do programa ALTENER, 2004. Modelo real de uma célula FV Parâmetros de influência Fonte: FER - Fontes de Energia Renováveis.“Energia Fotovoltaica – Manual sobre Tecnologias, Projectos e Instalações, Volume III”. Projecto parcialmente financiado pela Comissão Europeia, designadamente através do programa ALTENER, 2004. Diodos by-pass e bloqueio Diodos by-pass 0,6V 0,6V 0,6V Diodos by-pass Hotspots Hotspots PRÓXIMA AULA: TECNOLOGIA DE SISTEMAS SOLARES FV "Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir" Dalai Lama.
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