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Trabalho De Direitos humanos O caso de Damião Ximenes Lopes Nome: Ivna Loiola de Lima 22010004937 O texto ao qual iremos apresentar veem abordar o caso de Damião Ximenes, vítima de maus tratos, que o levou a morte espancado na Casa de Repouso Guararapes em sobral (única clínica credenciada pelo SUS em sobral na época), no ceara, no dia 04 de outubro de 1999. Lembranças de uma história que foi marcada pelo desespero, angústia, dor, sofrimento. A morte de Damião Ximenes não ficou em pune, por conta de que sua irmã a contadora Irene Ximenes Lopes Miranda foi atrás dos direitos que eles tinham. A punição ocorrida foi uma forma de que Irene teve para que a memória do irmão não deixasse de existir para ela e sua família. Dona Albertina (mão de Damião) Classificou a situação que seu filho se encontrava dentro da clínica como desumano, ainda chegou a dizer ao diretor da clínica que o desse um banho. "Ele veio caindo até a mim, com as mãos amarradas para trás. Estava sangrando pelo nariz, com a cabeça toda inchada e com os olhos quase fechados, vindo a cair a meus pés, todo sujo e com cheiro de urina. O Damião só conseguia dizer: 'polícia, polícia, polícia'. Ele estava cheio de manchas roxas pelo corpo e com a cabeça tão inchada que nem parecia ele" Dona Albertina expôs para Comissão Interamericana de Direitos Humanos, logo após recebeu uma ligação da clínica que fosse até o hospital, e recebeu a notícia que seu filho estava morto. Seu corpo veio para o IML em Fortaleza e o exame cadavérico deu como morte inconclusiva. A partir do momento que saiu o exame, a irmã de Damião fez uma queixa do crime na delegacia em sobral, e denunciou o caso a entidades e grupo dos direitos humanos, que contribuíram para denunciar o hospital, e exigiu uma necropsia para saber o real motivo da morte de Damiao, já que o laudo médico na clínica saiu como se Damião estive morrido com parada cardiorrespiratória. Artigo 4.ºNinguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer forma, são proibidos. Onde a Casa de Repouso Guararapes, violou o artigo citado, e desrespeitou a Constituição federal; Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; O Brasil foi condenado a pagar uma indenização a família de Damião de R$ 278 mil danos morais e materiais. A corte interamericana cobrou rapidez na investigação dos acusados pela morte de Damião e estabeleceu que fosse criado um sistema de capacitação para profissionais de atendimento psiquiátricos no Brasil. A família recebeu indenização; os acusados não foram punidos, estamos falando de um caso que veio ao público e a corte interamericana, devido a luta da família de Damião que na busca pela justiça resultou na condenação do Brasil por violação nos Direitos Humanos pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Lembranças de uma história que foi marcada pelo desespero, angústia, dor, sofrimento. A morte de Damião Ximenes não ficou em pune, por conta de que sua família correu atrás dos direitos que eles tinham. Até hoje, nenhum indivíduo ou instituição foi responsabilizado pelo assassinato de Damião Ximenes Lopes. Apesar de o Ministério Público ter denunciado o proprietário e três empregados da Casa de Repouso Guararapes pela morte de Damião, em março de 2000, e posteriormente ter incluído na denúncia o diretor clínico e mais um empregado da instituição psiquiátrica, não houve qualquer decisão judicial no caso até a presente data. A partir da morte de Damião as ações dos oficiais do Estado do Ceará têm fechado a busca por justiça e causado atrasos sem nem um motivo. O estado mostrou falta de interesse no tratamento inicial sobre a morte como no processo seguinte dos responsáveis. Durante a audiência ocorrida em San Jose, Costa Rica, na sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, nos dias de 30 de novembro e 1 de dezembro de 2005, o Estado brasileiro reconheceu a sua responsabilidade sobre os fatos relacionados aos artigos 4 e 5 (direito à vida e à integridade física, respectivamente) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Em seguida, alegou em sua defesa a implementação de políticas de redução de leitos e fiscalização dos serviços destinados às pessoas portadoras de transtorno mental realizados pela coordenação nacional do programa de saúde mental do Ministério da Saúde. No entender do Brasil, estas poucas medidas cumpririam as recomendações feitas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu relatório de mérito sobre o caso. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Entretanto, é importante ressaltar que não é o sistema de saúde mental brasileiro e suas recentes reformas que foram analisadas pela Corte Interamericana, mas sim as violações de direitos humanos cometidas contra Damião Ximenes e seus familiares. Apesar de certa evolução no tratamento de portadores de transtornos mentais, não foi criado nenhum instrumento adequado e eficaz para combater, investigar e monitorar as violações de direitos humanos cometidas contra pacientes psiquiátricos. FONTES: Jusbrasil disponível em: <https://sandravinas.jusbrasil.com.br/noticias/334561244/caso- damiao-ximenes-lopes-entre-a-medicina-o-direito-e-a-politica> G1 noticias disponível em: <http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/08/caso-damiao-1- condenacao-do-brasil-na-oea-completa-10-anos.html> Site consultório Jurídico disponível em: <https://www.conjur.com.br/2006-set- 08/reflexoes_vitorias_damiao_ximenes>
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