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PHYSIS SOCRATES E OS SOFISTAS

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―Homem‖, Cultura e Sociedade
Prof. Msc. Hauley S. Valim
hauleyvalim@yahoo.com.br
Operários, 
Tarcila do Amaral
Continuação...
Fundamentos do Pensamento 
Filosófico
Ao se distanciarem dos mitos e 
preocupados em substituir este tipo de 
explicações os filósofos se aproximaram da 
Physis, isto é, do mundo natural.
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões Filosóficas
A CASUALIDADE 
relacionar um efeito a uma causa que o 
antecede e o determina. Explicar é 
reconstruir o nexo causal existente entre 
os fenômenos da natureza, é tomar um 
fenômeno como efeito de uma causa 
(Marcondes, 2001:24).
Mitologia: Haviam causas, mas não perguntas sobre elas.
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões Filosóficas
ARQUÉ - em busca das origens das coisas
Tales de Mileto, o primeiro a fazer uso 
deste artifício, afirmou que a origem de 
tudo era a água. A água estaria 
presente em tudo e desde o princípio. 
Anaxímenes e Anaximandro afirmaram 
ser o ar, Heráclito diz ser o fogo, 
Demócrito, o átomo
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões Filosóficas
ARQUÉ – Água
―Tales de Mileto observou que o calor 
necessita de água, que o morto resseca, que 
a natureza é úmida, que os germens são 
úmidos, que os alimentos contêm seiva, e 
concluiu que o princípio de tudo era a água. 
A existência singular é passageira, modifica-
se. A água é um momento no todo em geral, 
um elemento‖ (Danilo Marcondes). 
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões 
Filosóficas
ARQUÉ
Tudo começa com uma ideia “absurda”: “a água é a 
origem e a matriz de todas as coisas” 
Não é absurda por três razões: (1) enuncia algo 
sobre a origem das coisas, (II) sem utilizar uma 
imagem ou fabulação, (III) apesar do estado latente, 
está contido o pensamento: “Tudo é Um” (Friedrich 
Nietzsche). 
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões 
Filosóficas
ARQUÉ – Ar
Para Anaxímenes o princípio das coisas - o 
arché – era o ar. ― O ar é a própria vida, a 
força vital, a divindade que ‗anima‘ o mundo, 
aquilo que dá testemunho à respiração‖. 
Elementos que Auxiliaram 
as primeiras Reflexões 
Filosóficas
ARQUÉ – Matemática
Para Pitágoras no fundo de todas as coisas a 
diferença entre os seres consiste, essencialmente, 
em uma questão de números (representações). 
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões Filosóficas
ARQUÉ – Átomo 
―Demócrito acreditava que todas as coisas eram 
formadas por uma infinidade de "pedrinhas minúsculas, 
invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e 
indivisível". A estas unidades mínimas deu o nome de 
ÁTOMOS. Átomo significa indivisível, cada coisa que 
existe é formada por uma infinidade dessas unidades 
indivisíveis. "Isto porque se os átomos também fossem 
passíveis de desintegração e pudessem ser divididas em 
unidades ainda menores, a natureza acabaria por diluir-se 
totalmente". Exemplo: se um corpo – de uma árvore ou 
animal, morre e se decompõe, seus átomos se espalham e 
podem ser reaproveitados para dar origem a outros 
corpos.‖. 
Elementos que Auxiliaram as 
primeiras Reflexões Filosóficas
O LOGOS ocupa um lugar privilegiado no 
pensamento filosófico, sem ele nada acontece, 
pois tudo começa partindo do discurso. 
Literalmente, o logos significa discurso. Apesar da 
visão mitológica do mundo também ser 
apresentada em forma de discurso o logos não 
recorre aos deuses e nem aos mistérios ocultos 
para explicar a realidade. O logos baseia-se 
fundamentalmente na razão.
Sócrates e os 
Sofistas
Natureza
* Ser Humano 
* Discurso
Aula 3 
Sócrates e os Sofistas
12
Pano de fundo (Cenário)
 Cidades- Estado
 Democracia 
 Ágora 
 Ekklesia 
13
Os Sofistas
―O ser humano é a medida de todas as coisas‖,
14
―Os sofistas eram professores viajantes que, por 
determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de 
filosofia. Sempre levando em consideração os interesses 
dos alunos pagantes, davam aulas de eloqüência e de 
habilidade mental, ensinando conhecimento útil para o 
sucesso dos negócios públicos e privados‖. 
―As lições dos sofistas não tinham como objetivo o 
estabelecimento de uma verdade única, mas, sim, o 
desenvolvimento do poder de argumentação, da 
habilidade oratória, do conhecimento das doutrinas 
divergentes; enfim, todo um jogo de raciocínios que seria 
utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as 
teses dos adversários‖. 
15
―Para eles, o essencial, todo esforço intelectual tinha por 
fim algo lucro imediato; vencer um adversário, ganhar uma 
causa judicial, convencer um auditório. Para isto, tudo era 
válido. A única norma lógica e intelectual era o 
êxito‖.
―Havia ali uma preocupação com a audiência dos alunos. A 
depender de quem era o público as verdades eram 
apresentadas de uma forma‖. 
―Por um lado são os técnicos que se vangloriam de 
conhecer e ensinar todas as artes úteis ao homem; por 
outro são mestres da retórica que ensinam como 
capturar a simpatia da platéia‖. 
16
Exemplo da atividade do Sofista
―Diferentemente do tecelão que sabe-fazer tecido, o 
sofista sabe falar de tecidos, sobre o processo de sua 
fabricação, sua história desde a origem da técnica de traçar 
os fios de algodão, dos diferentes usos e costumes das 
vestimentas em diferentes culturas — tudo isso ele fala 
com mais eloqüência do que o mais hábil dos tecelões, que 
não saberá falar com a mesma desenvoltura sobre aquilo 
que ele mesmo faz‖.
―O mesmo vale para as outras técnicas, inclusive aquelas 
consideradas e mais estimadas na vida pública, na política. A 
arte da guerra, a estratégia militar, as variadas legislações 
das diferentes cidades, a engenharia e arquitetura — sobre 
todos os assuntos, os sofistas buscavam conhecer, detendo 
deste modo um vasto saber‖. 
17
Método sofístico 
Em um debate: 
Apelo à Força (Você deve se enquadrar nas novas normas 
do setor. Ou quer perder o emprego?). Emoção ≠ verdade 
Apelo à Misericórdia (Ele não pode ser condenado: é 
bom pai de família). A pena é baseada no crime e não na 
moralidade.
Apelo à Antigüidade (Essas práticas remontam aos 
princípios da Era Cristã. Como podem ser questionadas?). 
Antiguidade não é sinônimo de verdade.
Falsa Analogia (Minhas provas são sempre com consulta a 
todo tipo de material. Os advogados não consultam os 
códigos?). Os casos não são análogos. 
18
Concepções críticas de Platão sobre 
os Sofistas
Elas definem o sofista 
(1) como o caçador assalariado de jovens ricos,
(2) como um homem que vende “virtude”e, visto 
que vende bens que não lhe pertencem, como um 
homem que pode ser descrito como mercador do 
ensino,
(3) o sofista é alguém que busca unicamente a vitória 
em um debate, abandonando qualquer 
preocupação com a verdade, a fim de ganhar 
dinheiro com a discussão do certo e do errado.
(4) o sofista é visto como o falsificador da filosofia, 
construindo, de maneira ignorante, contradições 
baseadas mais em aparências e opiniões do que na 
realidade. 
19
Acusações aos Sofistas
Formuladas assim, as acusações 
realmente reduziam-se a duas: 
1. que os sofistas não eram pensadores 
sérios e não tinham papel nenhum na 
historia da filosofia e, 
2. que seus ensinamentos eram 
profundamente imorais (diversidade). 
20
Concepção filosófica que surge:
―Verdade e realidade eram objetivas, não 
subjetivas. Todos os que negassem isso se 
opunham à verdade e à realidade‖. 
Concepção sofística 
Relativista. Argumentavam, por exemplo, 
que as práticas culturais existiam em função 
de convenções ou "nomos", e que a 
moralidade ou imoralidadede um ato não 
poderia ser julgada fora do contexto cultural 
em que aquele ocorreu.
21
Os sofistas eram subjetivistas, mestres 
que simplesmente representavam as 
opiniões correntes na sua época
Tensão entre subjetividade e 
objetividade
22
Contribuições dos Sofistas
A elaboração dos rudimentos da idéia de 
democracia, amplamente valorizada por 
comerciantes em ascensão, cujos interesses 
se contrapunham aos da nobreza. 
O exercício prático de preparar os jovens 
para atuar nas instâncias de tomada de 
decisão da ágora (debate público). 
23
q
24A condenação de Sócrates, de Jacques-Louis
Sócrates (470-399 a.C.)
Sócrates (470-399 a.C.)
O pensamento de Sócrates é um divisor de águas 
no pensamento filosófico, porém não os deixou 
em forma escrita.
Ele valorizava a oralidade do ensino e das 
discussões.
Um passo importante para o pensamento social, 
pois os temas e os debates passam ter um 
importância prática.
A preocupação deixa de ser a natureza e passa 
ser questões relativas ao desenvolvimento das 
cidades-estado, como as questões humanas: 
morais, éticas e políticas. 
25
Exaltou a responsabilidade moral do ser 
humano enquanto cidadão da polis (cidades-
Estado), que passa se organizar politicamente 
através do sistema que conhecemos como 
democracia. 
DEMO: “Povo‖, ―População‖ – Densidade 
Demográfica.
CRACIA: “Força‖, ―Poder‖, ―Autoridade‖ –
Teocracia, Aristocracia (Aristo/Melhor, Melhores). 
26
Teoria do conhecimento em Sócrates
Princípio: 
“Só sei que nada sei”
O ponto de partida para o conhecimento é o 
reconhecendo da própria ignorância. 
Sócrates põe-se como quem não sabe nada sobre 
determinado tema diante de alguém que se diz 
sabedor (parte destrutiva da filosofia de Sócrates). 
Des-truir. O questiona o senso comum, as crenças e 
opiniões (doxa), caracteristicamente vagas, parciais, 
imprecisas, derivadas de nossa experiência sensitiva. 
O pensamento socrático revela a fragilidade do
entendimento e aponta para a necessidade e a 
possibilidade de aperfeiçoá-lo através da reflexão. 
27
Maiêutica (obstetrícia)
Indicar através da dialética o caminho que deveria 
ser percorrido por seu interlocutor até que 
chegassem a definição do tema discutido. 
Maiêutica é a construção (nascimento) de novas 
idéias através de sucessivas perguntas. Ele leva o 
interlocutor a dar luz a suas próprias idéias. 
Diálogo (dia de ―através de‖, preposição grega, e 
logo de ―palavra‖ ou ―discurso‖)
28
Só assim poderemos, segundo ele, estar diante do 
caminho que leva ao conhecimento verdadeiro
(episteme), deixando o domínio da opinião (doxa), o 
que não importa para a filosofia, pois ela procura a 
verdade única (o conceito, a idéia). 
Doxa
Conhecimento superficial da realidade.
Reprodução irreflexiva das coisas (o sol nasce ou 
morre a despeito da teoria Heliocêntrica de 
Copérnico).
Episteme
Teoria do conhecimento - conhecimento construído 
obedecendo uma metodologia aceitável (neste caso, 
a científica, racional). 
29
Método 
No método desenvolvido por Sócrates 
importava à filosofia conceituar, definir 
determinada coisa, principalmente uma 
virtude ou qualidade moral. “O que 
é...?” foi uma das perguntas mais 
repetidas por Sócrates, era uma chave 
metodológica para chegar até o conceito
das coisas. O conceito, neste sentido, é 
diferente das atribuições, das funções, das 
características, exemplos, etc.
Método 
Por exemplo: ao discutir com Laquês, Sócrates 
pede que este importante soldado ateniense 
defina coragem. Imagino que a pergunta 
tenha sido: ―Laquês, o que é coragem?‖ 
Respondera ele: ―o soldado que luta sozinho 
contra um inimigo numericamente superior, 
o soldado que mesmo ferido continua a 
combater, o soldado que não se retira da 
batalha, o indivíduo que não teme enfrentar 
o perigo, etc.‖. Esta resposta não satisfaz a 
Sócrates, pois estes são apenas exemplos de 
coragem, não o conceito de coragem. 
Quais são as principais diferenças entre 
Sócrates e os sofistas?
1. O sofista é um professor ambulante. Sócrates é alguém ligado aos 
destinos de sua cidade;
2. O sofista cobra para ensinar. Sócrates vive sua vida e essa confunde-
se com a vida filosófica: ― Filosofar não é profissão, é atividade do 
homem livre‖
3. O sofista ―sabe tudo‖ e transmite um saber pronto, sem crítica ( que 
Platão identifica com uma mercadoria, que o sofista exibe e vende). 
Sócrates diz nada saber e, colocando-se no nível de seu interlocutor, 
dirige uma aventura dialética em busca da verdade, que está no 
interior de cada um.
4. O sofista faz retórica (discurso de forma primorosa, porém vazio de 
conteúdo). Sócrates faz dialética (bons argumentos). Na retórica o 
ouvinte é levado por uma enxurrada de palavras que, se 
adequadamente compostas, persuadem sem transmitir 
conhecimento algum. Na dialética, que opera por perguntas e 
respostas, a pesquisa procede passo a passo e não é possível ir 
adiante sem deixar esclarecido o que ficou para trás.
5. O sofista refuta por refutar, para ganhar a disputa verbal. Sócrates 
refuta para purificar a alma de sua ignorância.
Bibliografia
KERFERD, G. B. O Movimento Sofista - Edições Loyola – São 
Paulo - 2003.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – Editora Saraiva 
– São Paulo - 1991 
TELES, Antonio Xavier. Introdução ao Estudo de Filosofia – Ed. 
Ática – S. P. - 1981. 
MARCONDES, Danilo. Iniciação à Historia da filosofia –
CIP/Brasil – R.J – 2005.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000

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