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Avaliação Nutricional de Helianthus annus (girassol) na alimentação animal

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Universidade Federal de Mato Grosso
Faculdade de Agronomia e Zootecnia
Curso de agronomia
Avaliação nutricional de girassol Helianthus annus L. na alimentação de animais de produção
	
	Atividade entregue à disciplina de Nutrição Animal ministrado pelo professor Carlos Gondim como parte da avaliação do aluno Rolf da Silva
O girassol (Helianthus annus L.) é uma dicotiledônea anual, inicialmente de clima temperado foi adaptada à região tropical, e com isso colocou o Brasil como potencial produtor da espécie.
Internacionalmente o girassol se destaca como a quinta maior oleaginosa em produção de matéria prima, depois da soja, colza e algodão. No Brasil o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) impulsionou a produção da oleaginosa e assim abriu uma janela para a exploração além da produção de óleo e biodiesel.
A planta tem potencial uso na alimentação animal na forma de silagem, torta, grãos e farelo, contudo a fração fibrosa apresenta maior proporção de lignina e menor digestibilidade quando comparados ao milho e sorgo. São características que restringem seu uso em quantidades acima de 50 % para animais de corte. O uso do grão como ingrediente em rações de aves e suínos tem 17% de proteína bruta e 15% de fibra bruta (TOMICH, 2016). Valores também mencionados por ABDALLA (2008) disposto na Tabela 1, onde podemos comparar seus valores nutricionais com as principais oleaginosas produzidas no Brasil.
Tabela 1: Teores de Proteína Bruta (PB), Estrato Etério (EE) e Fibra Bruta (FB) de algumas tortas olegainosas
	
Espécies
	PB %
	EE %
	FB %
	
	min
	máx
	min
	máx
	min
	máx
	Amendoim
	41
	45
	8
	9
	14
	15
	Canola
	32
	36
	22
	24
	7
	8
	Algodão
	42
	47
	3
	3
	10
	11
	Dendê/Palma
	14
	15
	6
	7
	5
	5
	Girassol
	20
	22
	20
	22
	21
	23
	Soja
	42
	47
	3
	4
	7
	8
									Fonte: Abdalla et al., 2008.
A energia provém do elevado teor de óleo, em torno de 38%, mas os trabalhos de MARCHELLO et al., 1983 afirmam que a inclusão acima de 13% pode trazer problemas na carcaça de animais em crescimento e terminação, isso se deve a proteína do girassol ser pobre em lisina. Faz-se necessário a adição industrial do aminoácido. Em relação a palatabilidade e conversão alimentar para um melhor aproveitamento do farelo de girassol necessita o incremento de óleo para aumentar o balanceamento energético.
	Assim, com o fácil cultivo, adaptação climática, boa composição nutricional e resultados positivos, o girassol é uma boa fonte de alimentação alternativa viável a produção animal.
Bibliografia
ABDALLA, Adibe Luiz et al. Utilização de subprodutos da indústria de biodiesel na alimentação de ruminantes. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n. SPE, p. 260-268, 2008.
MARCHELLO, M. J. et al. Fatty acid composition of lean and fat tissue of swine fed various dietary levels of sunflower seed. Journal of Food Science, v. 48, n. 4, p. 1331-1334, 1983.
TOMICH, Thierry Ribeiro et al. Características químicas e digestibilidade in vitro de silagens de girassol. Embrapa Milho e Sorgo-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2004.

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