Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituição de ensino: Aluno: Selo FSC aqui 19 99 57 92 PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO ENEM A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AZUL. MARQUE -A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA. 2016 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2. Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta. 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos. 8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO- -RESPOSTA. 10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação. 11. Você será excluído do exame caso: a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal. 3a Série 1o DIA PROVA 1 CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 3 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 45 QUESTÃO 1 Observe a imagem a seguir. Pintura rupestre na caverna de Lascaux, França. As pinturas rupestres da caverna de Lascaux são vestígios deixados por povos que habitaram aquela região há cerca de 17 mil anos e, assim como pinturas rupestres de outras regiões do globo, registram animais e cenas do cotidiano dos grupos que as produziram. Tais vestígios revelam A a necessidade dos povos do Paleolítico de criar um registro dos animais com os quais conviviam na época. B que as pinturas rupestres feitas na caverna de Lascaux datam do período conhecido como Paleolítico. C que o grande número de pinturas rupestres produzidas no período Paleolítico pode estar relacionado à sedentarização dos grupos humanos. D a passagem do sedentarismo para o nomadismo no período Neolítico, expressa na pintura rupestre. E que os elementos representados nas pinturas da caverna de Lascaux podem ser considerados uma exceção entre os re- gistros pré-históricos. QUESTÃO 2 […] Em toda minha vida, jamais pude me resignar ao saber fragmentado, pude isolar o objeto de estudo do seu contexto, de seus antecedentes, de seu devenir. Sempre aspirei a um pensamento multidimensional. Jamais pude eliminar a contra- dição interna […] […] MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 5. ed. Trad. Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 7. Na mesma obra da qual foi extraído o trecho acima, o filósofo, sociólogo e educador francês Edgar Morin afirma ser ilusão “confundir complexidade com completude” e menciona, para confirmar sua ideia, uma frase de Adorno, para quem “a tota- lidade é a não verdade”. Em tempo: ele também não descarta a importância dos “macroconceitos”. Com base nessa exposição, o pensamento complexo seria A a melhor forma de chegar à totalidade e, consequentemente, encontrar a verdade mensurável e irrefutável de um determi- nado objeto de estudo. B uma postura intelectual aberta ao pensamento contextualizado, compreensivo e multidimensional, que procura fazer dialogar diferentes campos de conhecimento. C uma oposição a toda teoria social e métodos de investigação precedentes, incluindo o conceito de fato social total de Marcel Mauss, e pensadores da Escola de Frankfurt. D uma maneira de deliberadamente lançar mão de teorias e métodos de difícil compreensão, tentando, assim, ajustar in- formações complexas e desordenadas. E uma mescla contraditória de macroconceitos e microconcei- tos das ciências humanas, exatas e biológicas, capazes de projetar uma uniformidade geradora de teorias relevantes. QUESTÃO 1 Conteúdo: Processo de sedentarização dos seres humanos C1 | H1 Difi culdade: Média As pinturas rupestres dão indícios de como viviam e se organizavam os grupos hu- manos milênios atrás. A grande presença de pinturas rupestres datadas do período Paleolítico e o estudo de suas localizações apontam, segundo estudos históricos e arqueológicos, a transição de uma cultura nômade para outra sedentarizada. A análise dessas pinturas também pode nos dizer muito sobre o cotidiano dos homens da Pré-História. QUESTÃO 2 Conteúdo: Interdisciplinaridade/Teoria Social/Educação C3 | H14 Difi culdade: Difícil Segundo Morin, o pensamento complexo remete a uma abertura ao diálogo entre diferentes pontos de vista e saberes. A resposta, em razão da clareza da exposição, está presente na alternativa B, que indica o caráter multidisciplinar e avesso ao co- nhecimento fragmentado. As demais alternativas contêm artifícios que podem ou não induzir a uma resposta errada. ro be rt ha rd in g/ A la m y/ La tin st oc k CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 4 QUESTÃO 3 Leia o texto a seguir. […] consideramos que o saber e o entender sejam mais próprios da arte do que da experiência, e julgamos os que possuem a arte mais sábios do que os que só possuem a experiência, na medida em que estamos convencidos de que a sapiência, em cada um dos homens, corresponda à sua ca- pacidade de conhecer. E isso porque os primeiros conhecem a causa, enquanto os outros não a conhecem. Os empíricos conhecem o puro dado de fato, mas não seu porquê; ao con- trário, os outros conhecem o porquê e a causa. […] […] E a finalidade do raciocínio que ora fazemos é demons- trar que pelo nome de sapiência todos entendem a pesquisa das causas primeiras e dos princípios. […] […] ARISTÓTELES. Metafísica. Volume II. São Paulo: Loyola, 2005, p. 5-7. De acordo com Aristóteles, a busca filosófica pelas causas primeiras se confunde com a busca A pela aparência externa dos objetos. B pela natureza intrínseca das coisas. C pela opinião difundida pelo coletivo. D pelos átomos invisíveis a olho nu. E pelos eventos observáveis do mundo. QUESTÃO 4 Observe a imagem a seguir. Confúcio. Autor desconhecido, guache sobre papel, c. 1770. Confúcio foi um grande filósofo e pensador político chinês. Viveu entre 552 e 479 a.C. Seguiu a carreira de professor e tinha conhecimento em diversas áreas, como História,Aritmé- tica, música e poesia. Entre as ideias que pregava, estava a importância da educação para aprimorar a sociedade. Essas informações revelam A a ingenuidade de Confúcio em relação ao povo chinês. B o descaso de Confúcio com a educação na China. C o poder de transformação da educação para a sociedade. D a difi culdade de Confúcio em compreender a importância da educação. E o desejo de aprimorar o belicismo em detrimento da educação. QUESTÃO 3 Conteúdo: A noção de sabedoria em Aristóteles C1 | H1 Difi culdade: Média Segundo Aristóteles, o conhecimento obtido unicamente por meio da experiência é impreciso, pois cada experiência é particular e, portanto, contingente. O conheci- mento empírico, diria o fi lósofo, permite identifi carmos que ao longo do ano ocorrem quatro estações climáticas, e que a Lua, vista a olho nu, parece ter o tamanho de uma moeda. Esse conhecimento produzido pela experiência, porém, não nos diz por quê esses fenômenos ocorrem. Por outro lado, a busca pelos primeiros princípios a que se refere Aristóteles não é a dos atomistas e do seu conceito de átomo. Por fi m, a mencionada investigação tampouco se confunde com a opinião da maioria, pois o conhecimento do senso comum, embora de utilidade prática, é aceito com pouca refl exão e sem a identifi cação das causas primeiras. Aristóteles se refere, portanto, ao conhecimento da natureza intrínseca das coisas, de suas causas e princípios, ou daquilo que é imutável e do que faz com que algo seja o que é. QUESTÃO 4 Conteúdo: Filosofi a chinesa na Antiguidade C3 | H11 Difi culdade: Média Confúcio foi um dos principais fi lósofos da China. Como professor, Confúcio viajou por diversas regiões do Império Chinês e divulgou suas ideias, que foram compila- das posteriormente por seus discípulos em Os analectos. Uma dessas ideias era a importância que o fi lósofo dava à educação, vista como instrumento para melhoria da sociedade chinesa. B rid ge m an Im ag es /G ru po K ey st on e CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 5 QUESTÃO 5 Leia o trecho a seguir. […] A propriedade privada se expandiu pelas terras que ainda eram públicas. Os proprietários mais ricos e os medianos investiram pesadamente na produção agrícola. O domínio de territórios como a Sicília, que produzia cereais e alimentava o centro, cada vez maior, da cidade de Roma, permitiu a agri- cultura especializar-se na produção de bens de maior valor agregado, como o vinho. […] GUARINELLO, Noberto Luiz. História antiga. São Paulo: Contexto, 2013. p. 130. A expansão territorial promoveu o aumento do número de escra- vos e da quantidade de propriedade privada entre os romanos. Para as guerras posteriores ao século II a.C., convocaram-se muitos camponeses para compor as tropas romanas. Com base nessas informações, podemos dizer que A o trabalho no campo passou a ser feito por escravos dos gran- des e médios proprietários. B a necessidade de um número cada vez maior de soldados aumentou a oferta de mão de obra livre. C os pequenos proprietários se especializaram na produção de vinho na Sicília após a compra das propriedades públicas. D o aumento do valor agregado nos produtos está relacionado com a oferta de mão de obra livre composta apenas de camponeses. E a produção agrícola em terras públicas gerava grande quan- tidade de produtos agrícolas para o usufruto coletivo. QUESTÃO 6 [...] a organização social da África pré-colonial se caracteri- zava por estruturas concretas, organizadas pelo modo de pro- dução, com as articulações ao seu redor formando um conjunto complexo de relacionamentos. A maioria dos Estados ou reinos eram organizados sob a forma de federação, cuja figura do rei assegurava a unidade. Nas províncias, o rei era representado por governadores ou por monarquias locais, o que simbolizava a descentralização do poder e da sociedade. [...] VISENTINI, Paulo Fagundes. História da África e dos africanos. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 27. A organização social do continente africano pré-colonial era muito diversificada. Os Estados se organizavam em províncias e as cidades cresciam em torno dos entroncamentos comerciais. Essas informações revelam a A intensa atividade comercial nas franjas do deserto do Saara, o que promovia a centralização do poder em torno da fi gura do rei. B possibilidade de centralizar o poder nos Estados africanos no período anterior às trocas comerciais via rotas transaarianas. C que a diversidade cultural existente na África subsaariana era estimulada pelo rei, o qual controlava toda a região. D importância das trocas comerciais para a estruturação dos Estados africanos no período pré-colonial. E chegada de novos povos que contribuíram para a descentra- lização do poder em detrimento das atividades comerciais. QUESTÃO 5 Conteúdo: A questão agrária na Roma antiga C3 | H13 Difi culdade: Difícil Após o século II a.C., Roma intensifi cou o número de guerras expansionistas e mui- tos camponeses foram convocados para compor as tropas. A expansão romana ge- rou uma grande quantidade de propriedades privadas e um número expressivo de escravos, advindos dos povos conquistados. A falta de mão de obra livre refl etiu no trabalho agrícola, atividade que passou a ser exercida pelos escravos. QUESTÃO 6 Conteúdo: As relações socioeconômicas da África pré-colonial C3 | H15 Difi culdade: Difícil A África é um continente imenso e com culturas e estruturas políticas diversas. A ati- vidade comercial entre os diferentes grupos que ocupavam o continente era intensa, principalmente ao redor das rotas que atravessavam o Deserto do Saara. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 6 QUESTÃO 7 Leia o texto a seguir. […] Mesmo significando outras coisas, 1848, a “primavera dos povos”, foi claramente, e sobretudo em termos internacio- nais, uma afirmação de nacionalidade, ou melhor de nacionalida- des rivais. Alemães, italianos, húngaros, poloneses, romenos e o resto afirmaram seu direito de serem Estados independentes e unidos, envolvendo todos os membros de suas nações contra governos opressores, como fizeram os tchecos, croatas, dina- marqueses e outros, embora com crescente apreensão quanto às aspirações revolucionárias por parte das nações maiores, que pareciam excessivamente dispostas a sacrificar as suas próprias. […] HOBSBAWM, Eric J. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. p. 126. Na década de 1840, a Europa passava por crise de ordem econômica que gerou uma série de insatisfações locais. O trecho de Eric J. Hobsbawm comenta um dos aspectos dos movimentos da Primavera dos Povos. Sobre essas informações pode-se afirmar que A o esplendor econômico no ano de 1848 conformou as tensões do ambiente das cidades e conteve os revolucionários na Europa. B a crise econômica dos anos anteriores a 1848 desencadeou o processo de reação conservadora na Europa. C as aspirações revolucionárias durante a Primavera dos Povos foram contidas pela crise do capitalismo na década de 1840. D a Primavera dos Povos provocou na população europeia rea- ções tanto organizadas quanto espontâneas de despertar do nacionalismo. E as nacionalidades foram estimuladas na Europa a partir das manifestações iniciadas na França ainda no século XVIII. QUESTÃO 8 […] Desde o anúncio da reorganização da rede estadual de ensino, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do estado. Desde o início de novembro, cerca de 200 escolas foram ocupadas por estudantes e movimentos sociais. Nesta semana, manifestantes ocuparam duas vezes a marginal Tietê. Na segunda-feira, foi a vez do cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças. […] SOUZA, Marcelle. Quatro manifestantessão detidos em protesto contra reorganização escolar. Uol Notícias, 2 dez. 2015. Disponível em: <educacao.uol.com.br/noticias/2015/12/02/quatro-manifestantes-sao-detidos-em-protesto- contra-reorganizacao-escolar.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015. A notícia aborda as manifestações de diversos atores sociais ligados à educação contra ações do governo do estado de São Paulo para o setor. Uma das motivações para os protestos foi A a criação de uma lista de demissão de professores. B a redução da jornada de trabalho e de salários dos funcionários. C a contratação de diretores sem concursos públicos. D o anúncio do fechamento de várias unidades escolares. E a privatização de escolas de Ensino Médio. QUESTÃO 7 Conteúdo: As revoluções liberais na Europa no século XIX C3 | H15 Difi culdade: Média A crise econômica e política desencadeada anos anteriores a 1848 gerou um pro- cesso de levantes nacionalistas e trabalhistas em diversas nações europeias. Nesse período ocorreram tanto movimentos organizados quanto espontâneos. QUESTÃO 8 Conteúdo: Reorganização escolar em São Paulo C5 | H22 Difi culdade: Média A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo anunciou uma reestruturação de sua rede de ensino básico, visando, em vários casos, centralizar um único ciclo de ensino em uma mesma unidade escolar. Isso acarretaria o fechamento de algumas unidades escolares, para que, segundo o governo de São Paulo, os prédios sejam aproveitados por outros órgãos ligados à educação. As medidas motivaram vários protestos pelos alunos, que poderiam ser prejudicados com as mudanças na questão do deslocamento até a escola. Além disso, o fechamento das escolas teria como consequência possíveis demissões de professores e funcionários. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 7 QUESTÃO 9 Leia o texto a seguir. [...] E como uma mesma coisa, existem em nós a vida e a morte, a vigília e o sono, a juventude e a velhice: pois estas coisas, quando mudam, são aquelas, e aquelas, quando mu- dam, são estas. [...] HERÁCLITO. Fragmentos. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2013. p. 195. A atitude filosófica de Heráclito é manifesta na noção de que há A diferença sensível entre dormir e falecer. B distinção perceptível entre sonhar e pensar. C igualdade fenomênica entre estados mentais. D sucessão temporal entre os estágios da vida. E unidade ontológica entre pares de opostos. QUESTÃO 10 Leia o texto a seguir. […] O subsecretário de Controle e Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, disse que o retorno das atividades em Mariana poderia ocorrer caso a Samarco tocasse a construção da barragem de Mirandinha, prevista para a região. No entanto, depois do acidente no município, a tendência é que esse tipo de empreendimento tenha o formato rediscutido no Estado. Samarco só deve voltar a operar em Mariana depois de fevereiro, prevê DNPM. Uol Notícias, 1o dez. 2015. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ agencia-estado/2015/12/01/samarco-so-deve-voltar-a-operar-em-mariana-depois-de- fevereiro-preve-dnpm.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015. As atividades econômicas mencionadas no texto são de A agricultura intensiva. B produção de minérios. C extração de petróleo. D extrativismo vegetal. E exploração industrial. QUESTÃO 9 Conteúdo: A fi losofi a de Heráclito C1 | H1 Difi culdade: Média No fragmento citado, Heráclito não trata das diferenças entre vida e morte, vigília e sono ou juventude e velhice. Interessa-lhe demonstrar a unidade da multiplicidade, isto é, o fato de cada contrário nascer de seu contrário: a vida nasce da morte, a vi- gília nasce do sono e a juventude nasce da velhice. Ao mesmo tempo, a morte surge da vida, o sono, da vigília, e a velhice, da juventude; “Tudo é um”. A multiplicidade das coisas e a luta dos contrários nada mais são, de acordo com Heráclito, que a expressão de uma unidade ontológica fundamental. QUESTÃO 10 Conteúdo: Desastre ambiental em Mariana (MG) C6 | H28 Difi culdade: Média O desastre ambiental de Mariana ocorreu pelo rompimento de uma estrutura que ar- mazenava rejeitos da produção de minérios, como o ferro. Esse rompimento causou grandes danos ambientais ao alcançar o leito do rio Doce, ao devastar grandes áreas de Mariana e outros municípios mineiros, além de provocar a poluição do mar na costa do Espírito Santo. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 8 QUESTÃO 11 As vendas de produtos na Black Friday, realizada sexta-feira (27), totalizaram R$ 1,53 bilhão, 76% a mais que o registrado no mesmo dia em 2014 (R$ 872 milhões). A quantidade de pedidos feitos nas 24 horas da sexta-feira de ofertas também aumentou: foram 3,12 milhões, 49% acima do registrado no ano passado. […] BOCCHINI, Bruno. Vendas na Black Friday aumentam 76% e ultrapassam R$ 1,5 bilhão. Agência Brasil, 30 nov. 2015. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/ noticia/2015-11/vendas-na-black-friday-aumentam-76-e-ultrapassaram-r-15-bilhao>. Acesso em: 16 dez. 2015. A Black Friday é uma data em que boa parte das grandes lojas brasileiras oferece descontos aos consumidores, seguindo uma estratégia A originária do comércio norte-americano. B que procura minimizar os prejuízos com a crise econômica nacional. C de venda de produtos antigos pouco procurados. D de aquecimento do comércio promovida pelo governo. E de retirada de impostos de produtos eletrônicos. QUESTÃO 12 Leia os textos a seguir. TEXTO I [...] A Sociologia deveria reafiar seu gume de vanguarda, à medida que o neoliberalismo desaparece na amplidão, jun- tamente com o socialismo ortodoxo. Algumas perguntas para as quais novas respostas demonstram-se necessárias são pe- renes, enquanto outras são supreendentemente recentes. A busca por respostas às indagações de ambas as vertentes, tal como em outros tempos, requer uma boa dose do que C. Wright Mills chamou de imaginação sociológica, expressão que ganhou fama. Sociólogos, não se desesperem! Vocês ainda têm um mundo inteiro a conquistar ou, ao menos, a interpretar. [...] GIDDENS, Anthony. Em defesa da Sociologia. In: Em defesa da sociologia: ensaios, interpretações e tréplicas. Trad.: Roneide Venâncio Majer e Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Unesp, 2001. p.19-20. TEXTO II Creio que a Sociologia deveria ser avaliada por sua rele- vância para a experiência e os confrontos dos seres humanos com seus problemas cotidianos, e não por sua lealdade à me- todologia. BAUMAN, Zygmunt. Para que serve a Sociologia? Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. p. 104. Os dois trechos acima refletem duas maneiras de pensar a Sociologia, embora não estejam completamente distanciadas uma da outra no sentido de valorizarem esse campo disciplinar. Para Giddens e Bauman, a Sociologia A precisa se renovar e utilizar a imaginação sociológica para capturar e interpretar as constantes mudanças de conjuntura (Bauman); tem validade e relevância quando vinculada aos problemas concretos e cotidianos das pessoas (Giddens). B deve sobrepor suas teorias e metodologias a quaisquer ques- tões presentes na vida social e política. A Sociologia é uma ciência sistematizada e como tal obedece a paradigmas e técnicas; ela dispensa contexto, experiências e imaginários (Giddens e Bauman). C precisa se renovar e utilizar a imaginação sociológica para capturar e interpretar as constantes mudanças na vida social (Giddens); tem validade e relevância quando vinculada aos problemas concretos e cotidianos das pessoas (Bauman). D tem toda a potencialidade para apreender e interpretar a to- talidade da realidade, sobretudo em um período de declíniode um mundo bipolarizado (Giddens); só tem algum sentido enquanto ato de militância revolucionária (Bauman). E é a única disciplina capaz de responder aos questionamentos de um mundo fl uido, renovado, com antigas certezas abaladas (Bauman e Giddens). QUESTÃO 11 Conteúdo: Black Friday C3 | H11 Difi culdade: Fácil Famosa no comércio norte-americano pelos descontos que as lojas oferecem aos clientes um dia após o feriado de Ação de Graças, a Black Friday passou a ser adotada no Brasil há alguns anos. Em um período de estagnação econômica como o vivido ao longo de 2015, a data foi responsável por um bom montante de vendas, que acabou dando fôlego e rendendo bons dividendos ao comércio nacional. QUESTÃO 12 Conteúdo: Teoria sociológica/Pensamento e ação C4 | H14 Difi culdade: Fácil Os textos mostram, a partir de perspectivas diferentes, a importância da prática da Sociologia. Nesse sentido, tanto Giddens quanto Bauman destacam a capacidade da disciplina quando analisa e confronta as questões cotidianas, trazendo respostas para os problemas concretos da humanidade por meio da “imaginação sociológica”, e não necessariamente quando se atém às suas preocupações metodológicas. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 9 QUESTÃO 13 Leia o texto a seguir. […] De acordo com autoridades turcas, dois aviões russos in- vadiram o espaço aéreo do país e, depois de 10 avisos em um espaço de 5 minutos, um jato turco abateu uma das aeronaves. Imagens de radar divulgadas pelo governo da Turquia mostram o que seriam as aeronaves da Rússia cruzando brevemente a província de Hatay, no sul do país. O governo russo nega a invasão de território. […] PEROSA, Tereza. O que você precisa saber sobre o avião russo abatido pela Turquia. Época, 24 nov. 2015. Disponível em: <http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/ o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-aviao-russo-abatido-pela-turquia.html>. Acesso em: 16 dez. 2015. O ataque turco ao avião russo acaba agravando a relação di- plomática entre os dois países, que divergem em pontos como A a manutenção de curdos em território russo. B a anexação da região da Crimeia pela Rússia. C a aceitação de orientações da ONU. D as ações militares turcas em territórios africanos. E o apoio à liderança de Bashar al-Assad na Síria. QUESTÃO 14 Leia o texto a seguir. […] Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, falou no cavalo de fábrica. Ia morrer na certa, um animal tão bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Al- gum tempo comeria folhas secas, mas além dos montes en- contraria alimento verde. […] RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 124. O texto de Graciliano Ramos retrata um povo específico do território brasileiro em seu tempo. Essa parcela da população ocupa determinada macrorregião do país. Nela, a mesorregião indicada pelo autor como “além dos montes” é A o Agreste. B o Meio-Norte. C a Zona da Mata. D o Sertão. E a Amazônia. QUESTÃO 13 Conteúdo: Crise diplomática entre Rússia e Turquia C2 | H8 Difi culdade: Difícil A Turquia abateu um avião russo sob a alegação de que ele sobrevoava seu espaço aéreo sem permissão. A Rússia vem atuando fortemente em território sírio, visando fortalecer o governo de Bashar al-Assad, aliado do governo de Vladimir Putin, que sofre ameaças de rebeldes e também da organização terrorista Estado Islâmico. Al- gumas dessas ações se dão nas proximidades com a fronteira turca, e o governo de Ancara não apoia as ações russas, por ser opositor ao regime que controla o poder na Síria. QUESTÃO 14 Conteúdo: Mesorregiões do Nordeste C1 | H1 Difi culdade: Média O autor retrata a vida do sertanejo em áreas de seca (Sertão), cuja migração se dá em busca de áreas com água, onde se “encontraria alimento verde”, em uma mesorre- gião além dos montes, caracterizada pelo Agreste. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 10 QUESTÃO 15 O gráfico a seguir, que relaciona emissões de gases estufa aos tipos de transporte, indica a predominância em determinado setor que PORCENTAGEM DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA LIGADAS AOS TRANSPORTES 100% 0,5% 7% 13% Transporte rodoviário Transporte marítimo Transporte aéreo Transporte ferroviário 90 80 70 60 50 40 0 10 20 30 79,5% Fonte: INSTITUTO PÓLIS. Atlas do meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil. Curitiba: Posigraf, 2011. A está atrelado às grandes e poderosas empresas multinacionais, cujas emissões não tendem a diminuir em razão de políticas de manutenção da produção. B está atrelado às grandes e poderosas empresas transnacio- nais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas políticas de redução da produção. C está atrelado às pequenas e enfraquecidas empresas multi- nacionais, cujas emissões não tendem a diminuir em razão de políticas de manutenção da produção. D está atrelado às pequenas mas poderosas empresas transna- cionais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas políticas de redução da produção. E está atrelado às grandes e enfraquecidas empresas transna- cionais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas políticas de redução da produção. QUESTÃO 16 UM ABISMO CRESCENTE Renda por habitante (em dólares) 40 000 30 000 35 000 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 0 1960 1. Segundo a classificação do Banco Mundial 65 70 75 80 85 90 95 00 05 Países ricos1 Países pobres1 Fonte: INSTITUTO PÓLIS. Atlas do meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil. Curitiba: Posigraf, 2011. A leitura do gráfico anterior revela uma das teorias centrais do sistema capitalista, que é A a constatação de que muitos ricos já foram pobres, mas mu- daram de vida pelo próprio esforço. B a indicação de que os pobres fi carão cada vez mais pobres, revelando sua resistência a mudanças. C a tendência ao equilíbrio entre pobres e ricos, pautado no estresse econômico. D o aumento das desigualdades por meio da exploração do trabalho. E o aumento da riqueza entre os mais ricos em razão da valori- zação do dólar. QUESTÃO 15 Conteúdo: Emissão de gases estufa/Transportes/Sustentabilidade C2 | H8 Difi culdade: Fácil As empresas multinacionais automobilísticas são símbolos do sistema capitalista de produção. Elas fragmentam sua produção pelo planeta em busca de redução de cus- tos. Seus poderes de atuação estão intimamente ligados a muitas políticas públicas e empresas privadas voltadas à manutenção desse sistema e apoio ao consumo desse tipo de meio de transporte. QUESTÃO 16 Conteúdo: Mundo do trabalho/Sistema capitalista/Desigualdades econômicas entre países C2 | H7 Difi culdade: Difícil A leitura do gráfi co evidencia que o crescimento econômico dos países ricos se dá em escala muito superior à dos países pobres, ampliando as desigualdades. Esse processo é permitido pela exploração do trabalhador que, destituído dos meios de produção, passa a vender sua força de trabalho para sobreviver, enquanto os donos dos meios de produção lucram com o trabalho alheio. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 11 QUESTÃO 17 Leia o trecho a seguir. Construiu-se, desde o século XIX, um verdadeiro culto ao “Libertador”, considerado o “maior herói nacional” da Venezue- la. Algumas de suas propostas atravessaram os séculos, como a ideia de construção de uma possível unidade latino-america- na. Essa perspectiva nasceu com sua proposta de constituição de uma liga que se formaria num congresso de representantes das novas nações, a ser realizado no Panamá, em 1826. PRADO, Maria Lígia. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 33. Os objetivos de Simón Bolívar para a América fizeram dele um ícone ainda hoje cultuado em países da Américado Sul. Essas informações revelam A o objetivo de Simón Bolívar de aproximar os líderes dos países que surgiam na América durante o primeiro quarto do século XIX. B o desejo de fazer da América uma nação forte e unida pós a Proclamação da República Bolivariana assinada no Congresso do Panamá em 1826. C as ideias iluministas difundidas na América por meio da elite criolla na restauração do poder metropolitano. D o anacronismo do culto a Simón Bolívar, que não conseguiu atingir seus objetivos em vida. E o culto ao “libertador” se deu com a entrada da Venezuela no Mercosul durante o governo de Hugo Chávez. QUESTÃO 18 Observe a imagem. Jean-Baptiste Debret. Coroação de D. Pedro I, pelo bispo do Rio de Janeiro na capela do Paço Imperial, 1828. Óleo sobre tela, 3,4 m × 6,4 m. A tela de Jean-Baptiste Debret retrata a coroação de D. Pedro I logo após a Independência do Brasil. A imagem revela A o posicionamento secundário de D. Pedro I na emancipa- ção do Brasil como nação autônoma no primeiro quarto do século XIX. B as camadas sociais que atuaram diretamente na emancipação política do Brasil, como aristocratas, políticos e altos funcioná- rios do Estado. C a subordinação do poder de D. Pedro I à Igreja e, consequen- temente, sua legitimação junto ao Papado em Roma. D a presença das camadas menos favorecidas da sociedade brasileira, como os escravos e os trabalhadores livres. E o poder da aristocracia rural que excluiu as camadas mais pobres das mudanças que ocorriam na Proclamação da Re- pública. QUESTÃO 17 Conteúdo: Os ideais de Simón Bolívar C2 | H8 Difi culdade: Fácil A realização do Congresso do Panamá em 1826 tinha como objetivo formar uma liga dos países recém-emancipados da América espanhola. Contudo, os esforços de Simón Bolívar não foram sufi cientes para impedir a fragmentação do continente americano. Depois da independência, a aristocracia criolla, que já detinha o poder econômico, passou a deter também o poder político. QUESTÃO 18 Conteúdo: Coroação de D. Pedro I C1 | H1 Difi culdade: Fácil A costura política feita entre a aristocracia rural e D. Pedro I excluiu a participação dos trabalhadores escravizados e livres, sobretudo para que não ocorressem mudanças nas estruturas econômicas e sociais do Brasil. Dessa forma, esses grupos também não po- deriam estar representados na imagem que retrata a coroação do imperador. W or ld H is to ry /A la m y/ La tin st oc k CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 12 QUESTÃO 19 Observe a imagem. Pierre Patel. Palácio de Versalhes, 1668. Óleo sobre tela, 1,15 m × 1,61 m. O Palácio de Versalhes é um dos grandes símbolos do Absolutismo. Ele foi a residência dos reis da França e serviu de palco para a demonstração do poder absoluto. A grandio- sidade desse palácio revela o A objetivo de demonstrar o poderio da monarquia inglesa. B desejo de expressar o poder da Igreja Católica na Europa. C objetivo de expressar os símbolos que representam os ideais iluministas. D símbolo maior do Absolutismo esclarecido na Europa. E poder dos reis absolutistas na França. QUESTÃO 20 Observe a imagem. Marcha das mulheres a Versalhes, 5 de outubro de 1789. Gravura de autoria desconhecida. As mulheres desempenharam papéis importantes durante o processo revolucionário na França. Sobre a participação femi- nina na França revolucionária pode-se afirmar que A ocorreu somente nos grandes centros urbanos, por causa da inserção no mercado de trabalho. B as mulheres não pegaram em armas, por causa da divisão de tarefas durante os levantes. C a entrada das mulheres no processo revolucionário resultou na ampliação de direitos. D as mulheres das camadas mais baixas no campo e na cidade protestaram em toda a França. E as mulheres se acomodaram ao padrão vigente e não tiveram participação signifi cativa. QUESTÃO 19 Conteúdo: Construção do Palácio de Versalhes C2 | H6 Difi culdade: Fácil A construção do Palácio de Versalhes tinha como objetivo principal demonstrar o poderio dos reis franceses durante o Absolutismo. QUESTÃO 20 Conteúdo: O papel da mulher na Revolução Francesa C3 | H15 Difi culdade: Fácil As mulheres tiveram participação efetiva nos levantes ocorridos durante o processo revolucionário em todas as regiões francesas, no campo e na cidade. G . D A G LI O R TI /A lb um /D EA /L at in st oc k A lb um /a kg -im ag es /L at in st oc k CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 13 QUESTÃO 21 Leia o texto a seguir. O problema da globalização, em suas implicações empíri- cas e metodológicas, ou históricas e teóricas, pode ser coloca- do de modo inovador, […], se aceitarmos refletir sobre algumas metáforas produzidas precisamente pela reflexão e imagina- ção desafiadas pela globalização. Na época da globalização, o mundo começou a ser taquigrafado como “aldeia global”, “fábrica global”, “terra pátria”, “nave espacial”, “nova Babel” e outras expressões. São metáforas razoavelmente originais, suscitando significados e implicações. IANNI, Octavio. Metáforas da globalização In: Teorias da globalização. 15. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 15. Diante da chamada era da informação, que aprofundou a Revolução Técnico-Científica, e a ideia que chamamos de glo- balização, a Sociologia depara-se com questões ainda carentes de conceitos sistemáticos. Isso significa que A estamos vivenciando há décadas o declínio da teoria e método sociológicos. B os conceitos da Sociologia clássica devem ser defi nitivamente descartados. C o uso de metáforas é um recurso limitado, evasivo e pouco explicativo. D se abusa do uso de metáforas e outras técnicas literárias nas Ciências Humanas. E a metáfora é um recurso para refl etir acerca dos desafi os pro- postos pela globalização. QUESTÃO 22 DINAMARCA CRIA CAMPANHA FINANCEIRA PARA INCENTIVAR PESSOAS A TEREM FILHOS Rede TV Notícias, 16 jun. 2015. Disponível em: <www.redetv.uol.com.br/jornalismo/da-para- acreditar/dinamarca-cria-campanha-financeira-para-incentivar-pessoas-a-terem-filhos>. Acesso em: 18 dez. 2015. O controle de natalidade sempre foi uma questão muito discuti- da e muitas vezes defendida como grande solução para alguns dos grandes problemas mundiais, como a fome, por exemplo. Atualmente, a baixa natalidade de alguns países, na verdade, acabou se tornando um problema. A manchete e o texto acima falam sobre um termo geográfico conhecido como A taxa de natalidade, que representa o número de nascimentos em uma população. B política do fi lho único, que representa o impedimento de mais de um fi lho por casal. C crescimento vegetativo, que indica a variação populacional ao longo de um período. D controle vegetativo, que oferece incentivo a casais que optam por ter mais de um fi lho. E taxa vegetativa, que orienta o controle de crescimento popu- lacional nos países. QUESTÃO 21 Conteúdo: Teoria social/Era da informação/Globalização/Sociedade C4 | H19 Difi culdade: Média O assunto em destaque na questão pretende mexer com certezas absolutas e para- digmas, pois a metáfora, ao ser usada nas ciências sociais, tenta explicar algo que os conceitos tradicionais, ditos “clássicos”, já não conseguem capturar ou capturam parcialmente, problemas suscitados pela chamada era da informação. Isto posto, somente a resposta E pode ser a correta, pois ela mostra a metáfora como recurso de refl exão diante dos desafi os da globalização, que envolve tanto campos quanto práticas. QUESTÃO 22 Conteúdo: Taxa de natalidade C3 | H14 Difi culdade: Fácil A taxa de natalidade é utilizada para acompanhar a evolução populacional em deter- minado espaço, como um país ou uma região. Ela indicao número de nascimentos e ajuda os pesquisadores a realizar projeções que embasam políticas públicas como controle de natalidade, construção de escolas e centros de saúde. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 14 QUESTÃO 23 [...] Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são boas: não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem se poderiam corromper se não fossem boas. Com efeito, se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis, e se não tivessem nenhum bem, nada haveria nelas que se corrompesse. De fato, a corrupção é nociva, e, se não diminuísse o bem, não seria nociva. [...] AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 191. Seguindo o raciocínio de Agostinho, se Deus, entidade que tende absolutamente ao bem, é o criador do mundo, então A a maldade inexiste no mundo. B Deus é o criador da maldade. C o bem e o mal são contingentes. D o mal está onde inexiste o bem. E o mundo é responsável pelo mal. QUESTÃO 24 MT PARAGUAI ARGENTINA URUGUAI BRASÍLIA BOLÍVIA MG ES RJSP SC RS PR DF GO MS OCEANO ATLÂNTICO 50°O 20°S Capital Federal Cidade Aquífero Guarani Bacia do Prata Santana de Parnaíba 0 280 Fonte: CAS/SRH/MMA, 2001. É na bacia do Rio da Prata que se localiza o Aquífero Guarani, um reservatório subterrâneo de água doce. Dentro do contexto atual de sustentabilidade, a área ocupada pelo aquífero eviden- cia a necessidade de A diálogos constantes entre os países que o abrigam, no sentido de preservar esse recurso. B políticas públicas de planejamento nacional, no sentido de ofertar sua distribuição a todas as regiões. C explorar rapidamente o recurso antes que os países vizinhos aproveitem essa oferta. D construir poços artesianos que permitam utilizar o recurso em sua máxima capacidade. E direcionar os canais de esgotos domésticos para o subsolo de modo a acondicionar a poluição. QUESTÃO 23 Conteúdo: A noção de corrupção e mal em Santo Agostinho C1 | H1 Difi culdade: Fácil Agostinho não poderia concluir que Deus é o criador da maldade, por considerá-Lo como entidade que tende ao bem. Nesse sentido, o fi lósofo tampouco poderia consi- derar bem e mal como contingentes, isto é, ambos como meros acidentes das coisas, pois teria, então, de considerar o bem, ou seja, a própria divindade, como aspecto acidental do mundo. Por outro lado, não poderia propor que a maldade inexiste no mundo, pois identifi ca a corrupção ao mal. Por fi m, não pode aceitar que o mundo seja o criador do mal, pois se o mundo tivesse o poder de criar algo, então seria tão poderoso quanto Deus. Logo, para Agostinho, o mal é ausência de bem, ou, em outras palavras, aquilo que decorre da corrupção de tudo o que é bom. QUESTÃO 24 Conteúdo: Sustentabilidade/Políticas internacionais C6 | H30 Difi culdade: Difícil O mapa indica que o aquífero compreende áreas de diferentes países, o que demanda uso e preservação comuns, forçando as nações envolvidas a diálogos constantes e propostas conjuntas. R en at o B as sa ni CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 15 QUESTÃO 25 O quadrinho acima apresenta uma crítica social contemporânea, que está intimamente relacionada A à venda de produtos com defeito, que prejudica, assim, o consumidor. B ao aumento da solidão da população devido às diversas redes sociais. C à busca das pessoas por outras que sejam modelos, de modo que possam reproduzir seus pensamentos e se enturmar. D ao padrão de beleza que é exibido pelos diversos veículos de comunicação, inclusive propagandas. E às práticas publicitárias que deturpam a função de seu produto, associando-o aos estilos de vida e modos de pensar. QUESTÃO 25 Conteúdo: Consumo de massa C1 | H4 Difi culdade: Média A leitura correta do quadrinho permite compreender como o personagem ironiza a publicidade do desodorante, associando esse produto às conquistas sociais, como o rela- cionamento com outras pessoas. Essa postura publicitária é aplicada em massa e procura trabalhar com o objetivo de atingir o inconsciente das pessoas, indicando modos de pensar e agir diante de determinadas situações. Propagandas de cigarro e cerveja têm características semelhantes, uma vez que associam seu uso aos momentos de felicidade. R en an L ee m a CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 16 QUESTÃO 26 Observe a imagem. Pellizza da Volpedo. O quarto estado, 1901. Óleo sobre tela, 2,93 m × 5,45 m. O pintor italiano Pellizza da Volpedo deu esse título ao quadro em alusão A às transformações ocorridas na França após a Primavera dos Povos. B ao poder burguês que determinou as mudanças na França. C ao poder transformador dos proletários no início do século XX. D ao desejo de restaurar o poder feudal na Europa. E à Revolução de 1917 ocorrida na Rússia. QUESTÃO 27 Observe a imagem. Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo. Martírio de Tiradentes, 1893. Óleo sobre tela, 57 cm × 45 cm. O pintor Aurélio de Figueiredo retrata o martírio de Tiradentes. A imagem de Tiradentes foi muitas vezes associada a Jesus Cristo. Essa construção revela que A a recém-formada República brasileira fez uso da imagem de Tiradentes para criar um herói nacional. B a fi gura de Tiradentes foi assemelhada à de Cristo para evi- denciar o Estado laico após a Proclamação da República. C a imagem de Tiradentes foi representada como a de Jesus Cristo até a consolidação do Império no Brasil. D a sociedade brasileira criticou o fato da imagem de Tiradentes ser associada à de Jesus Cristo. E a imagem de Tiradentes como herói nacional se deu durante o período em que o Brasil era governado por D. Pedro II. QUESTÃO 26 Conteúdo: A classe operária no início do século XX C3 | H13 Difi culdade: Média Pelizza da Volpedo representou a classe proletária como um grupo vitorioso na virada do século XIX para o XX. A denominação “quarto estado” faz referência à Revolução Francesa, que teve como protagonista a burguesia (terceiro estado). QUESTÃO 27 Conteúdo: O martírio de Tiradentes e a imagem do herói nacional C1 | H1 Difi culdade: Média A imagem de Tiradentes é tradicionalmente associada à de Jesus Cristo nas pinturas. Após a Proclamação da República, em 1889, o governo republicano valeu-se da tra- dição cristã para construir a imagem de Tiradentes como herói nacional. A lin ar i/B rid ge m an Im ag es /G ru po K ey st on e A lb um /G . D A G LI O R TI /L at in st oc k CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 17 QUESTÃO 28 Doutorado científico Doutorado Pós-graduação Universitário Secundário Menos que o secundário Geral 59 26 74 17 83 13 87 13 87 36 64 15 0 20 40 60 80 100 85 Estrangeiros Nascidos nos EUA 41 ESTRANGEIROS EM RELAÇÃO AO TOTAL DE TRABALHADORES DOS EUA (%) Fonte: GUIA do Estudante: Atualidades Vestibular 2009. ed. 8. São Paulo: Abril, 2009. O gráfico acima apresenta indícios de um fenômeno mundial migratório atual, conhecido como A fuga de cérebros, no qual trabalhadores com bom nível edu- cacional buscam ampliação em países desenvolvidos. B êxodo rural, no qual agricultores de países pobres migram para áreas urbanas em busca de oportunidades de estudo. C migração forçada, no qual refugiados de guerra ganham con- dições de trabalho vinculadas ao estudo em países ricos. D transumância, no qual as pessoas migram temporariamente para países ricos em períodos de férias escolares e profi s- sionais. E movimento pendular, no qual administradores poliglotas fazem viagens curtas para agilizar as comunicações sobre negócios em países ricos. QUESTÃO 29 O evento tratado na notícia a seguir pode ser compreendido comoresultado do fenômeno da globalização atual, no qual o desenvolvimento nos setores de comunicação e transportes permite o “encurtamento” de distâncias. A cidade de Palmas (TO) receberá, entre os dias de 20 a 31 de outubro, a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, um megaevento cultural que terá a participação de cerca de 2 300 atletas indígenas de 22 etnias brasileiras e cerca de 20 países […] Os Jogos prometem ser um marco na história do Brasil, apresentando ao mundo o que os indígenas pensam e esperam do evento, quais as contribuições a serem dadas aos povos e o interesse das nações em realizar a próxima edição, que será de- finida pelos próprios indígenas durante a realização dos jogos. […] Jogos Mundiais dos Povos Indígenas recebe últimos preparativos. Vermelho Portal, 2 out. 2015. Disponível em: <www.vermelho.org.br/noticia/270978-10>. Acesso em: 16 dez. 2015. Essa notícia apresenta uma particularidade, pois indica uma quebra de estereótipos, demonstrando que A grupos não indígenas comandam as ações dos indígenas im- pondo competições e jogos ocidentalizados. B grupos indígenas não vivem isolados de outros e ampliam seu movimento de inserção na sociedade. C grupos indígenas são experientes em preparar eventos e en- contros, principalmente internacionais. D grupos indígenas têm muitos atletas profi ssionais que compe- tem em jogos internacionais. E grupos não indígenas se interessam em promover eventos como esse em busca de descobrir talentos para equipes pro- fi ssionais. QUESTÃO 28 Conteúdo: Migração/Fuga de cérebros C2 | H8 Difi culdade: Média O fenômeno migratório conhecido como fuga de cérebros é resultado de ofertas de estudo e trabalho em países desenvolvidos que atraem pesquisadores e trabalha- dores com elevado nível de instrução ou especialização originários de países mais pobres. Esse fato pode ser observado no gráfi co, que indica um crescente número de estrangeiros no país à medida que aumenta a especialização no ensino superior. QUESTÃO 29 Conteúdo: Indígenas/Inserção social C1 | H3 Difi culdade: Média Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são simbólicos ao concretizar o contato entre grupos cuja visão popular equivocada é de isolamento e modo de vida comple- tamente independente dos demais grupos. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 18 QUESTÃO 30 Leia os textos a seguir. TEXTO I […] esta tendência à desagregação, sempre presente na história brasileira, teria, desde a colônia, se subordinado ao estamento burocrático. Os donatários das capitanias e os ban- deirantes, sem serem propriamente funcionários do rei, com- portar-se-iam como agentes da Coroa. […] RICUPERO, Bernardo. Raymundo Faoro. In: Sete lições sobre as interpretações do Brasil. 2. ed. São Paulo: Alameda, 2008. p. 176. TEXTO II […] a capacidade do Estado patrimonial de assegurar tais direitos [explica] a adesão continuada de camadas diversas da sociedade, incluindo as desprivilegiadas, às formas con- temporâneas de patrimonialismo, que mais do que “formas de dominação” são traços persistentes de antigas formas patrimo- nialistas combinadas às novas, podendo ser estas até mesmo de fundamento capitalista-burguês […]. […] CARDOSO, Fernando Henrique. Um crítico do Estado: Raymundo Faoro. In: Pensadores que inventaram o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. 2013. p. 259-260. Os dois textos acima analisam a clássica obra de Raymundo Faoro, Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro, cujas edições de 1957 e 1975 trazem em seu con- teúdo uma análise weberiana da formação política do Brasil. Para Ricupero e Cardoso, segundo a visão de Faoro, A estamento e patrimonialismo são características exclusivas do Estado republicano brasileiro, que não aderiu aos pressupos- tos modernos e racional-burocráticos. B as classes desprivilegiadas recusaram-se a aceitar passiva- mente o modelo estamental de capitalismo dirigido, pois ele não garantia direitos sociais e trabalhistas. C o patronato político brasileiro segue à risca os ensinamentos de Max Weber a respeito da composição burocrática, centra- lizadora e patrimonial do Estado. D como um sociólogo da classe dominante, Weber deve ser refutado em favor de autores progressistas. Romper com a tradição de pensamento liberal é uma urgência. E o estamento burocrático e o patrimonialismo são traços da formação do Estado brasileiro que persistem desde os tempos da colonização portuguesa. QUESTÃO 31 [...] Disso tudo e de muitos outros textos vê-se que o univer- sal é uma intenção mental, capaz de ser predicada de muitas coisas. Com efeito, toda gente reconhece que todo universal é predicável de muitas coisas; ora, só uma intenção mental ou um sinal voluntariamente instituído pode predicar-se, e não uma substância; logo, somente uma intenção mental ou um sinal voluntariamente instituído é um universal. […] Do mesmo modo, uma proposição só pode estar na mente ou na palavra falada ou escrita; logo, suas partes só podem estar na mente ou na palavra falada ou escrita; ora, essas coisas não são substâncias particulares. Está certo, portanto, que nenhuma proposição pode ser composta de substâncias, pois é feita de universais, e estes não são de maneira alguma substâncias. [...] OCKHAM, G. Súmula de toda a lógica. In: Os pensadores, v. 8. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 356. A querela dos universais é um tópico clássico da filosofia me- dieval segundo o qual conceitos são A categorias necessárias do entendimento. B objetos materiais presentes no mundo. C entidades objetivas do mundo das ideias. D qualidades acidentais às coisas materiais. E sinais linguísticos com função representativa. QUESTÃO 30 Conteúdo: Pensamento social e político/Estado e Sociedade/Formação do Brasil/ Política C3 | H15 Difi culdade: Difícil A questão aborda dois comentadores de Raymundo Faoro que interpretam de ma- neira semelhante a obra do autor. Nos excertos, Cardoso e Ricupero afi rmam que patrimonialismo e estamento burocrático são traços persistentes no Brasil desde os tempos de colônia – aliás, vêm desde Portugal até os dias de hoje, embora Faoro, em sua edição de 1975, analise até a Era Vargas. A resposta é, portanto, alternativa E. QUESTÃO 31 Conteúdo: A questão dos universais em Guilherme de Ockham C1 | H1 Difi culdade: Média O princípio conhecido como “navalha de Ockham” diz que não se deve multiplicar a existência de entidades desnecessariamente. Nesse sentido, ao tratar do problema dos universais, Guilherme de Ockham rejeita conceber os conceitos (ou universais) como entidades objetivas tal como o platonismo os concebia. Ora, se Ockham rejeita considerá-los como entidades objetivas, tem de os rejeitar também como objetos materiais, bem como qualidades das coisas. Por fi m, os universais não são entendi- dos pelo fi lósofo como categorias do entendimento – esta última noção será introdu- zida apenas no século XVIII, por Kant. Logo, os universais, para Ockham, nada mais são do que sinais linguísticos (escritos, falados ou pensados), utilizados pelo ser humano para representar os objetos do mundo. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 19 QUESTÃO 32 Leia o texto a seguir. Portanto, nas substâncias compostas nota-se a forma e a matéria, como no homem a alma e o corpo. Não se pode, po- rém, dizer que apenas um deles seja denominado essência. De fato, que a matéria sozinha não seja a essência da coisa é patente, pois a coisa tanto é cognoscível como é classificada numa espécie ou num gênero pela sua essência […]. Também a forma sozinha não pode ser denominada es- sência da substância composta, embora alguns se esforcem por afirmá-lo. Com efeito, pelo que foi dito, evidencia-se quea essência é aquilo que é significado pela definição da coisa. Ora, a definição das substâncias naturais contém não apenas a forma, mas também a matéria […]. Também não se pode dizer que a matéria é posta na defini- ção da substância natural como um acréscimo à sua essência ou como um ente fora de sua essência, porque este tipo de definição é próprio aos acidentes que não têm uma essência perfeita […]. Resta, pois, que o nome de essência nas substâncias com- postas significa aquilo que é composto de matéria e forma. […] […] AQUINO, T. O ente e a essência. Petrópolis: Vozes, 2011. pp. 17-18. De acordo com o texto de Aquino, os universais A atuam nas próprias coisas como potência. B estão localizados no mundo das ideias. C existem no mundo graças à imaginação. D são obtidos por inspeção dos fenômenos. E são constituintes da linguagem cotidiana. QUESTÃO 33 A violência policial é um fato – basta lembrar Carandiru, Candelária, Eldorado dos Carajás – não um caso isolado ou um “excesso” do exercício da profissão como querem fazer crer as corporações policiais e as autoridades ligadas ao sistema de justiça e segurança. E, em se tratando de um fato concreto, deve ser encarada como um grave problema a ser solucionado pela sociedade. Um grave problema porque a violência ilegítima praticada por agentes do Estado, que detêm o monopólio do uso da força, ameaça substancialmente as estruturas demo- cráticas necessárias ao Estado de Direito. A polícia representa o aparelho repressivo do Estado que tem sua atuação pautada no uso da violência legítima. É essa a característica principal que distingue o policial do marginal. Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem sob a lei”, ou seja, a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão – como direito à vida e à integridade física. […] TAVARES, Celma. Violência policial: uma ameaça à democracia. Disponível em: <http:// www.dhnet.org.br/dados/jornais/edh/br/jornal_edh/j5/vpolic.html>. Acesso em: 16 dez. 2015. A partir dos conceitos das ciências sociais, sobretudo aqueles elaborados por Max Weber, a autora procura realizar o seguinte argumento A na condição de braço armado do Estado, a polícia atua dentro da legalidade e os excessos por ela cometidos são casos isolados que precisam ser duramente combatidos. B o monopólio da violência legítima, estudado por Weber, precisa harmonizar-se com os princípios da legalidade e da democra- cia. É o que acontece na maioria dos países. C uma crítica contundente, porém sem base estatística, à ideia do monopólio da violência legitimada, descrita por Max Weber em 1919. D o monopólio da violência legítima, segundo a formulação de Weber, é utilizado pela polícia no Brasil como aval para viola- ções aos direitos humanos mesmo em períodos democráticos. E é impossível organizar uma polícia legalista, que respeite a democracia e os direitos humanos, pois ela é uma instituição estatal voltada para a repressão e a tortura legítima. QUESTÃO 32 Conteúdo: A questão dos universais em Tomás de Aquino C1 | H1 Difi culdade: Difícil Se os universais estivessem no mundo das ideias, a essência das coisas seria a forma – algo que Aquino rejeita. Por outro lado, se os universais fossem obtidos por inspeção dos fenômenos, então nada mais seriam que a matéria visível, ou seja, a aparência externa das coisas – noção também rejeitada por Aquino. Afora isso, o fi lósofo não menciona os universais como meros sinais linguísticos, como Ockham, tampouco menciona o papel da imaginação no processo cognitivo humano. Portan- to, para Aquino, discípulo medieval de Aristóteles, os universais estão nas próprias coisas enquanto potência, isto é, como força essencial que faz algo se desenvolver de modo a alcançar o estágio que lhe é próprio, por exemplo: uma semente contém em si a potência de se tornar fl or. Esse desenvolvimento leva em consideração tanto a forma quanto a matéria do ser e pode ser conhecido por abstração. QUESTÃO 33 Conteúdo: Estado e sociedade/Violência/Democracia e cidadania C5 | H23 Difi culdade: Média A resposta D é a correta, na medida em que o monopólio da violência legítima, per- tencente ao Estado – conforme explica Weber –, é utilizado no Brasil, segundo a au- tora, como aval para que se cometam abusos e atentados à legalidade e aos direitos humanos não apenas nos regimes autoritários. Apesar de esse monopólio existir na essência do Estado, ele está submetido às leis. A manutenção da ordem deve vir, por- tanto, junto do cumprimento das leis e do respeito ao Estado democrático de direito. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 20 QUESTÃO 34 Em investigação interna da montadora Volkswagen, diversos engenheiros admitiram ter instalado um software de manipu- lação em 2008, com vista a maquiar os valores de emissões de gases tóxicos, informa a edição deste domingo (04/10) do jornal Bild. De acordo com a reportagem, naquela ocasião, não havia sido encontrada nenhuma solução para adequar os padrões de emissões especificados com os requisitos de custos do motor. Por esse motivo, foi decidido o uso do software manipulador. [...] Os motores manipulados foram instalados em carros a die- sel da Volkswagen em todo o mundo. Somente na Alemanha, foram afetados 2,8 milhões de automóveis. […] Engenheiros admitem fraude em investigação interna na VW; quem deu a ordem? Uol Notícias. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/10/04/ engenheiros-admitem-fraude-em-investigacao-interna-da-vw-quem-deu-a-ordem.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015. A reportagem evidencia que enquanto diferentes nações dis- cutem a questão da sustentabilidade A grandes empresas privadas com poder de contribuir para atingir metas ambientais vão na contramão desse discurso. B apenas uma empresa especifi camente ainda não aderiu a um modelo que se preocupa com essa questão. C apenas as empresas pequenas é que se preocupam com o meio ambiente e adotam políticas sérias sobre essa questão. D a Alemanha opta por fi car de fora dessas decisões, driblando medidas fi scais internacionais de controle ambiental. E as empresas públicas nacionais são as únicas que realmente estão voltadas a medidas de controle antipoluição. QUESTÃO 35 Leia o texto a seguir. A INDULGÊNCIA DO FILME “QUE HORAS ELA VOLTA?”, DE ANNA MUYLAERT “Que horas ela volta?” é a pergunta feita à empregada do- méstica Val pelo filho dos patrões, Fabinho, na primeira sequên- cia do filme. Dita à beira de uma piscina no Morumbi, a frase arrasta consigo uma gama de assuntos que nós, expectadores de classe média urbana brasileira, conhecemos. A mãe que trabalha fora deixa o filho pequeno aos cuidados de outra mãe, que, para assumir, esse lugar, não cuida dos próprios filhos. Esse aspecto assume a perversidade dos laços entre patrões e domésticas no Brasil – que, no caso particular retratado no filme, se abalam com a chegada a São Paulo de Jéssica, a filha de Val. Vinda do nordeste fortalecido pós-Lula para prestar vesti- bular na USP, ela fará questão de colocar o pé na porta do lar em que trabalha e mora sua mãe, questionando o suposto, pelo qual se rege Val, de que certas coisas – como nunca entrar na piscina dos patrões – o subalterno “já nasce sabendo”. […] ANGIOLILLO, Francesca. A indulgência do filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert. Folha de S.Paulo, 20 set. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ ilustrissima/2015/09/1683170-a-indulgencia-do-filme-que-horas-ela-volta-de-anna-muylaert. shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015. O filme brasileiro, lançado em 2015 e indicadopara disputar o Oscar de melhor filme estrangeiro, capta o crescimento eco- nômico brasileiro dos últimos anos, no qual a A classe rica do país se vê insultada pela violência das classes mais pobres. B classe média entra em crise e tende a se ver como mais pobre diante das mudanças sociais. C classe pobre do país encontra mais oportunidades de estudo e trabalho. D classe pobre amplia seu movimento migratório em busca da reconquista de familiares. E classe rica busca resgatar o contato com os fi lhos, antes dei- xados aos cuidados de outros. QUESTÃO 34 Conteúdo: Sustentabilidade/Meio ambiente C6 | H28 Difi culdade: Média A correta compreensão do texto permite inferir que grandes empresas, como a Volkswagen, ainda não se comprometem com causas ambientais e colocam projetos lucrativos acima dessa importância, apelando até mesmo para fraudes nos grupos de fi scalização. QUESTÃO 35 Conteúdo: Inclusão social C5 | H22 Difi culdade: Difícil O fi lme em questão retrata as contradições entre diferentes classes sociais e indica como medidas econômicas voltadas aos grupos mais pobres resultam no confl ito de classes, uma vez que os pobres, mesmo que de maneira ainda tímida, passam a ocupar mais espaço em locais antes exclusivamente de grupos mais abastados, como as universidades públicas. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 21 QUESTÃO 36 FORÇA NO PEDAL Um estudo que acaba de ser apresentado pela Ciclocidade […] mostra que 40% dos entrevistados começaram a pedalar há menos de um ano. Parte dessa população usava seu automóvel no dia a dia, como [o publicitário] Bicarato. Ele acredita que cada um pode – e deve – ter seu espaço, o que não depende de haver ou não ciclovias disponíveis. “Ao trazer a bicicleta para minha rotina, percebi que diri- gia bem apenas sob o ponto de vista dos demais motoristas. Precisava ser mais atento com ciclistas e pedestres, e isso fez com que eu passasse a entender que a rua não é um campo de guerra”, afirma o publicitário. MORA, Rodrigo. Pesquisas confirmam percepção do ciclista de que pedalar em SP melhorou. Folha de S.Paulo, 4 out. 2015. Disponível em: <http://classificados.folha.uol.com. br/veiculos/2015/10/1689654-seguranca-e-a-maior-urgencia-para-quem-pedala-em-sao- paulo-diz-pesquisa.shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015. A reportagem, referente à cidade de São Paulo, revela uma tendência mundial em grandes metrópoles, que é a de A aumento da tensão entre ciclistas e motoristas, decorrente da implementação de faixas exclusivas para bicicletas. B redução das vias de transporte público para a criação de ci- clofaixas, reduzindo os custos das pessoas no deslocamento ao trabalho. C substituição dos vales-transportes em empresas privadas pela oferta de bicicletas e serviços de manutenção aos trabalhadores. D adequação das empresas produtoras de artigos esportivos de modo a oferecer bicicletas adaptadas para utilização em ciclofaixas e vias de automóveis. E substituição de veículos particulares por formas mais susten- táveis de transporte, reduzindo a poluição e o trânsito. QUESTÃO 37 200 Brasil Sudeste Nordeste Sul Norte Centro-Oeste 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 POPULAÇÃO NOS CENSOS DEMOGRÁFICOS SEGUNDO AS REGIÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS (1940-2010) população (em milhões) Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm>. Acesso em: 16 dez. 2015. Os dados do gráfico confirmam que no Brasil, ao longo do século XX e início do século XXI, A regiões economicamente mais desenvolvidas tiveram maior crescimento populacional absoluto. B o crescimento populacional percentual individual regional coin- cide com o crescimento percentual nacional. C o crescimento populacional percentual do Sudeste é inferior ao crescimento percentual das demais regiões. D regiões economicamente menos desenvolvidas apresentaram o maior crescimento populacional percentual. E o crescimento populacional absoluto entre as regiões se deu de forma signifi cativamente diferenciada. QUESTÃO 36 Conteúdo: Ciclofaixas/Problemas urbanos/Transportes alternativos/Poluição/Trânsito C3 | H11 Difi culdade: Fácil De modo geral, as grandes metrópoles são acometidas pelo estrangulamento das vias de transporte, cujos resultados são trânsito intenso e altos índices de poluição. Uma alternativa que vem sendo adotada em diferentes cidades é a adesão a trans- portes alternativos e não poluidores, como as bicicletas, com o objetivo de reduzir os efeitos nocivos do trânsito de veículos particulares. QUESTÃO 37 Conteúdo: Demografi a do Brasil C2 | H6 Difi culdade: Difícil O gráfi co indica que regiões como Sudeste e Nordeste tiveram crescimento absoluto maior em relação às demais regiões. Esse quadro se deve, entre outros fatores, aos processos de êxodo rural e maior acesso aos sistemas de saúde em áreas urbanas dessas regiões. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 22 QUESTÃO 38 Leia o trecho a seguir. A Rússia, madura para a revolução social, cansada de guer- ra e à beira da derrota, foi o primeiro dos regimes da Europa Central e Oriental a ruir sob as pressões e tensões da Primeira Guerra Mundial. A explosão era esperada, embora ninguém pudesse prever o momento e ocasião da detonação. Poucas semanas antes da revolução de fevereiro, Lenin ainda se per- guntava em seu exílio suíço se viveria para vê-la. Na verdade, o governo do czar desmoronou quando uma manifestação de operárias (no habitual “Dia da Mulher” do movimento socia- lista – 8 de março) se combinou com um lock-out industrial na notoriamente militante metalúrgica Putilov e produziu uma greve geral e a invasão do centro da capital, do outro lado do rio gelado, basicamente para exigir pão. […] […] HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos. O breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 66. Em 1917, a Rússia passava por crise econômica. Naquele ano eclodiu uma série de manifestações de trabalhadores e greves nas áreas urbanas do país. Essa insatisfação popular foi intensi- ficada após a grande quantidade de mortos na Primeira Guerra Mundial. Com base nessas informações, pode-se dizer que A a instabilidade econômica na Rússia foi o principal motivo para a insatisfação da nobreza russa. B a entrada da Rússia ao lado da Tríplice Entente na Primeira Guerra desencadeou o processo revolucionário. C as manifestações populares na Rússia e a Primeira Guerra Mundial aceleraram o processo revolucionário. D a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial contribuiu para a insatisfação popular que almejava sair vitoriosa. E a insatisfação da população russa estava relacionada mais aos problemas de ordem social do que econômicos. QUESTÃO 39 [...] Os movimentos sociais dos anos 1960 moldaram e foram influenciados por novos desenvolvimentos culturais. Críticas aos valores e convenções da classe média foram ex- pressas em novos estilos de vida. O mais famoso exemplo é dos hippies, que usaram roupas rústicas, cabelos compridos e drogas, rejeitando a banalidade da sociedade moderna. […] Poucos abraçaram essa vida completamente, mas muitas des- sas novas práticas sociais refletiram-se em correntes culturais na sociedade como um todo. [...] KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2013. p. 252. Nos Estados Unidos, os anos 1960 foram marcados pela luta por igualdade racial e pelo auge do movimento de contracul- tura. Uma das principais expressões do inconformismo da ju- ventude estadunidenserecai no movimento hippie. Com base nessas informações, podemos dizer que o movimento hippie A contestou tanto o capitalismo, por causa das desigualdades sociais, quanto o comunismo, pelo autoritarismo e violência. B tinha como objetivos estipular mudanças sociais e enqua- drar-se nas estruturas sociais vigentes nos Estados Unidos. C criticou o consumo exacerbado da classe média estaduni- dense, que não se adequava às concepções tradicionais do capitalismo. D defendia mudanças nas vestimentas e modo de vida para pro- mover a construção de uma sociedade nos moldes soviéticos. E foi a expressão da juventude estadunidense descrente na pos- sibilidade de mudanças das estruturas sociais nos Estados Unidos. QUESTÃO 38 Conteúdo: O processo revolucionário russo de 1917 C2 | H8 Difi culdade: Média A Rússia passou por uma série de manifestações no ano de 1917. A insatisfação popular era refl exo das crises econômica e social. Além disso, havia outro agravante: os problemas enfrentados pelo Exército russo na Primeira Guerra Mundial. Essa série de fatores acelerou o processo revolucionário em curso desde 1905. QUESTÃO 39 Conteúdo: O movimento hippie nos Estados Unidos C1 | H3 Difi culdade: Média Os anos 1960 foram marcados por uma série de movimentos contestatórios ao re- dor do mundo. Nos Estados Unidos não foi diferente. O movimento hippie exigia mudanças nos valores e costumes, sobretudo os ligados ao capitalismo, exercendo importante papel político no período. CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 23 QUESTÃO 40 Observe a charge de Luiz Gê. Luiz Gê. Shopping-City News, 1979. In: LEMOS, Renato (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2001. p. 104. A ditadura militar foi instaurada no Brasil em 1964 e perdurou até o ano de 1984. Ela trouxe consigo uma série de arbitrarie- dades contra os Direitos humanos, como por exemplo a tortura. A Lei de Anistia assinada em 1979 pelo presidente Figueiredo deu início ao processo de abertura política. A lei concedia per- dão aos crimes políticos cometidos durante o governo. Essas informações revelam A o retorno dos exilados que se refugiaram em outros países para evitar as prisões. B o perdão aos crimes políticos cometidos tanto pela esquerda quanto pela direita. C a Lei de Anistia tinha como objetivo anular todos crimes dos torturadores. D a Lei de Anistia visava perdoar os crimes cometidos pela es- querda até 1979. E a Lei de Anistia visava libertar todas as pessoas que foram presas durante a ditadura militar. QUESTÃO 41 A internet é um marco revolucionário no mundo todo. O tema já era abordado por inúmeros artistas, como Gilberto Gil, nos anos finais do século passado. Veja o trecho de uma de suas canções. PELA INTERNET Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje [...] Ao porto de um disquete de um micro em Taipé […] GIL, Gilberto. Pela Internet. Álbum Quanta. Warner Music, 1997. Atualmente, ao analisar o trecho apresentado, fica evidente a A necessidade antiga de os artistas misturarem suas crenças religiosas com suas obras e difundi-las pela internet. B intensidade da evolução tecnológica, uma vez que produtos como disquete já não são mais produzidos e nem utilizados. C a defi ciente formação digital do artista na época, uma vez que mistura elementos reais, como a jangada, com virtuais, como o web site. D percepção do artista de que a população mais pobre não teria condições de se inserir digitalmente, confundindo elementos reais e virtuais. E difi culdade inicial dos desenvolvedores da internet em diferen- ciar web site de home-page, cujo efeito atingia a população. QUESTÃO 40 Conteúdo: A Lei de Anistia no Brasil C3 | H12 Difi culdade: Média A Lei de Anistia tinha como objetivo anular os crimes cometidos tanto pela esquerda quanto pelas pessoas que fi zeram parte do governo daquele período. QUESTÃO 41 Conteúdo: Tecnologia/Meio técnico-científi co-informacional C4 | H18 Difi culdade: Fácil Uma das características principais do momento atual em que vivemos é a rápida evolução tecnológica apoiada na ciência, já analisada pelo geógrafo Milton Santos. O trecho da canção, lançada em 1996, utiliza o termo “disquete”, cuja produção já foi extinta e o produto já foi substituído por outros, mais modernos e de maior ca- pacidade de armazenamento, como pen drives e HDs externos. A música, portanto, que já foi uma obra artística de vanguarda, hoje é marca de um período passado. Lu iz G ê CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 24 QUESTÃO 42 Leia os textos a seguir. TEXTO I Em seu pronunciamento de rádio e TV sobre o fim do racio- namento, o presidente Fernando Henrique Cardoso vai dizer que o povo brasileiro foi o grande responsável pelo sucesso do plano para economizar energia, mas que o “o governo também fez sua parte”. “Você apagou a luz e iluminou o Brasil”, diz FHC em seu discurso, que irá ao ar às 20h, em cadeia nacional. […] CUCOLO, Eduardo. “Você apagou a luz e iluminou o Brasil”, diz FHC em cadeia de TV. Folha de S.Paulo, 19 fev. 2002. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ ult91u41961.shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015. TEXTO II Um racionamento de energia no Brasil em 2015 é mais pro- vável que em 2014, afirmam consultores especializados no setor elétrico, considerando as mais recentes previsões de chuva que indicam que o nível dos reservatórios de hidrelétricas da região Sudeste tende a iniciar o ano que vem em situação pior à enfrentada no início de 2001, ano do racionamento. O período úmido, em que o nível das represas das hidrelé- tricas tende a crescer, ainda está começando, de forma que um anúncio de racionamento não deve ocorrer no curto prazo. Mas se as chuvas não vierem pelo menos dentro da média histórica para o período, conforme o melhor cenário apontado pelas previsões atuais, um racionamento em 2015 será neces- sário, segundo consultores. […] Chance de racionamento de energia em 2015 pode ser maior. Exame.com, 27 out. 2014. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/chance-de-racionamento-de- energia-em-2015-pode-ser-maior>. Acesso em: 16 dez. 2015. A comparação entre os textos permite observar o histórico do problema energético no país, sendo que A apesar de mudar a causa desse problema, as políticas públi- cas ainda não são adequadas para evitar racionamentos. B fi ca nítida a culpa da população nos dois casos, já que o desperdício não foi evitado a tempo, gerando racionamentos. C a solução está relacionada à troca de partido da presidência, já que o primeiro partido evitou o racionamento. D nos dois casos a quantidade de chuvas é sempre a premissa central, e maiores médias históricas garantem abastecimento. E o primeiro está ligado às usinas termelétricas no Nordeste do país e o segundo ligado às usinas hidrelétricas no Sudeste. QUESTÃO 43 Leia o trecho a seguir. Lula chegou ao poder depois de abrir mão das posições radicais do PT, sobretudo em relação à economia, o que fez por meio do documento intitulado “Carta ao Povo Brasileiro”. […] Era o “Lulinha, Paz e Amor”, como foi designado, em con- traposição à sua imagem de radical. De fato, logo após a sua posse, os juros foram elevados para deter a inflação. FICO, Carlos. História do Brasil contemporâneo. São Paulo: Contexto, 2015. p. 133. A chegada de Lula à presidência da República é marcada por três tentativas malogradas nas eleições de 1989, 1993 e 1997. Com base nessas informações, afirma-se que A a política adotada pelo ex-presidente Lula foi centrada a partir de 2002 nas mudanças das estruturas econômicas do país. B a postura política de Lula foi alterada com
Compartilhar