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Instituição de ensino: 
Aluno: 
Selo FSC aqui
19
99
57
92
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
SIMULADO ENEM
A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AZUL. MARQUE -A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.
2016
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas 
de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: 
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de 
Ciências Humanas e suas Tecnologias; 
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de 
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 
2. Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão 
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, 
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 
3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços 
próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de 
tinta preta. 
4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. 
Ele não poderá ser substituído. 
5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 
opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas 
uma responde corretamente à questão. 
6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a 
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, 
preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com 
caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, 
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação 
em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das 
respostas esteja correta.
7. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e 
trinta minutos. 
8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO-
-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas 
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO-
-RESPOSTA. 
10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida 
uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação. 
11. Você será excluído do exame caso: 
a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou 
relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones 
de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de 
qualquer espécie; 
b. se ausente da sala de provas levando consigo o 
CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, 
e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; 
c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas; 
d. se comunique com outro participante, verbalmente, por 
escrito ou por qualquer outra forma; 
e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.
3a Série
1o DIA
PROVA 1
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 3
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
QUESTÃO 1
Observe a imagem a seguir.
Pintura rupestre na caverna de Lascaux, França.
As pinturas rupestres da caverna de Lascaux são vestígios 
deixados por povos que habitaram aquela região há cerca de 
17 mil anos e, assim como pinturas rupestres de outras regiões 
do globo, registram animais e cenas do cotidiano dos grupos 
que as produziram. Tais vestígios revelam
A a necessidade dos povos do Paleolítico de criar um registro 
dos animais com os quais conviviam na época.
B que as pinturas rupestres feitas na caverna de Lascaux datam 
do período conhecido como Paleolítico.
C que o grande número de pinturas rupestres produzidas no 
período Paleolítico pode estar relacionado à sedentarização 
dos grupos humanos.
D a passagem do sedentarismo para o nomadismo no período 
Neolítico, expressa na pintura rupestre.
E que os elementos representados nas pinturas da caverna de 
Lascaux podem ser considerados uma exceção entre os re-
gistros pré-históricos.
QUESTÃO 2
[…]
Em toda minha vida, jamais pude me resignar ao saber 
fragmentado, pude isolar o objeto de estudo do seu contexto, 
de seus antecedentes, de seu devenir. Sempre aspirei a um 
pensamento multidimensional. Jamais pude eliminar a contra-
dição interna […]
[…]
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 
5. ed. Trad. Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 7.
Na mesma obra da qual foi extraído o trecho acima, o filósofo, 
sociólogo e educador francês Edgar Morin afirma ser ilusão 
“confundir complexidade com completude” e menciona, para 
confirmar sua ideia, uma frase de Adorno, para quem “a tota-
lidade é a não verdade”. Em tempo: ele também não descarta 
a importância dos “macroconceitos”.
Com base nessa exposição, o pensamento complexo seria
A a melhor forma de chegar à totalidade e, consequentemente, 
encontrar a verdade mensurável e irrefutável de um determi-
nado objeto de estudo.
B uma postura intelectual aberta ao pensamento contextualizado, 
compreensivo e multidimensional, que procura fazer dialogar 
diferentes campos de conhecimento.
C uma oposição a toda teoria social e métodos de investigação 
precedentes, incluindo o conceito de fato social total de Marcel 
Mauss, e pensadores da Escola de Frankfurt.
D uma maneira de deliberadamente lançar mão de teorias e 
métodos de difícil compreensão, tentando, assim, ajustar in-
formações complexas e desordenadas.
E uma mescla contraditória de macroconceitos e microconcei-
tos das ciências humanas, exatas e biológicas, capazes de 
projetar uma uniformidade geradora de teorias relevantes.
QUESTÃO 1
Conteúdo: Processo de sedentarização dos seres humanos
C1 | H1
Difi culdade: Média
As pinturas rupestres dão indícios de como viviam e se organizavam os grupos hu-
manos milênios atrás. A grande presença de pinturas rupestres datadas do período 
Paleolítico e o estudo de suas localizações apontam, segundo estudos históricos 
e arqueológicos, a transição de uma cultura nômade para outra sedentarizada. A 
análise dessas pinturas também pode nos dizer muito sobre o cotidiano dos homens 
da Pré-História.
QUESTÃO 2
Conteúdo: Interdisciplinaridade/Teoria Social/Educação
C3 | H14
Difi culdade: Difícil
Segundo Morin, o pensamento complexo remete a uma abertura ao diálogo entre 
diferentes pontos de vista e saberes. A resposta, em razão da clareza da exposição, 
está presente na alternativa B, que indica o caráter multidisciplinar e avesso ao co-
nhecimento fragmentado. As demais alternativas contêm artifícios que podem ou não 
induzir a uma resposta errada.
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be
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ha
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A
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 4
QUESTÃO 3
Leia o texto a seguir.
[…] consideramos que o saber e o entender sejam mais 
próprios da arte do que da experiência, e julgamos os que 
possuem a arte mais sábios do que os que só possuem a 
experiência, na medida em que estamos convencidos de que 
a sapiência, em cada um dos homens, corresponda à sua ca-
pacidade de conhecer. E isso porque os primeiros conhecem 
a causa, enquanto os outros não a conhecem. Os empíricos 
conhecem o puro dado de fato, mas não seu porquê; ao con-
trário, os outros conhecem o porquê e a causa. […]
[…] E a finalidade do raciocínio que ora fazemos é demons-
trar que pelo nome de sapiência todos entendem a pesquisa 
das causas primeiras e dos princípios. […]
[…]
ARISTÓTELES. Metafísica. Volume II. São Paulo: Loyola, 2005, p. 5-7.
De acordo com Aristóteles, a busca filosófica pelas causas 
primeiras se confunde com a busca
A pela aparência externa dos objetos.
B pela natureza intrínseca das coisas.
C pela opinião difundida pelo coletivo.
D pelos átomos invisíveis a olho nu.
E pelos eventos observáveis do mundo.
QUESTÃO 4
Observe a imagem a seguir.
Confúcio. Autor desconhecido, guache sobre papel, c. 1770.
Confúcio foi um grande filósofo e pensador político chinês. 
Viveu entre 552 e 479 a.C. Seguiu a carreira de professor e 
tinha conhecimento em diversas áreas, como História,Aritmé-
tica, música e poesia. Entre as ideias que pregava, estava a 
importância da educação para aprimorar a sociedade. Essas 
informações revelam
A a ingenuidade de Confúcio em relação ao povo chinês.
B o descaso de Confúcio com a educação na China.
C o poder de transformação da educação para a sociedade.
D a difi culdade de Confúcio em compreender a importância da 
educação.
E o desejo de aprimorar o belicismo em detrimento da educação.
QUESTÃO 3
Conteúdo: A noção de sabedoria em Aristóteles
C1 | H1
Difi culdade: Média
Segundo Aristóteles, o conhecimento obtido unicamente por meio da experiência 
é impreciso, pois cada experiência é particular e, portanto, contingente. O conheci-
mento empírico, diria o fi lósofo, permite identifi carmos que ao longo do ano ocorrem 
quatro estações climáticas, e que a Lua, vista a olho nu, parece ter o tamanho de uma 
moeda. Esse conhecimento produzido pela experiência, porém, não nos diz por quê 
esses fenômenos ocorrem. Por outro lado, a busca pelos primeiros princípios a que 
se refere Aristóteles não é a dos atomistas e do seu conceito de átomo. Por fi m, a 
mencionada investigação tampouco se confunde com a opinião da maioria, pois o 
conhecimento do senso comum, embora de utilidade prática, é aceito com pouca 
refl exão e sem a identifi cação das causas primeiras. Aristóteles se refere, portanto, 
ao conhecimento da natureza intrínseca das coisas, de suas causas e princípios, ou 
daquilo que é imutável e do que faz com que algo seja o que é.
QUESTÃO 4
Conteúdo: Filosofi a chinesa na Antiguidade
C3 | H11
Difi culdade: Média
Confúcio foi um dos principais fi lósofos da China. Como professor, Confúcio viajou 
por diversas regiões do Império Chinês e divulgou suas ideias, que foram compila-
das posteriormente por seus discípulos em Os analectos. Uma dessas ideias era a 
importância que o fi lósofo dava à educação, vista como instrumento para melhoria 
da sociedade chinesa.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 5
QUESTÃO 5
Leia o trecho a seguir.
[…] A propriedade privada se expandiu pelas terras que 
ainda eram públicas. Os proprietários mais ricos e os medianos 
investiram pesadamente na produção agrícola. O domínio de 
territórios como a Sicília, que produzia cereais e alimentava o 
centro, cada vez maior, da cidade de Roma, permitiu a agri-
cultura especializar-se na produção de bens de maior valor 
agregado, como o vinho. […]
GUARINELLO, Noberto Luiz. História antiga. São Paulo: Contexto, 2013. p. 130.
A expansão territorial promoveu o aumento do número de escra-
vos e da quantidade de propriedade privada entre os romanos. 
Para as guerras posteriores ao século II a.C., convocaram-se 
muitos camponeses para compor as tropas romanas. Com base 
nessas informações, podemos dizer que
A o trabalho no campo passou a ser feito por escravos dos gran-
des e médios proprietários.
B a necessidade de um número cada vez maior de soldados 
aumentou a oferta de mão de obra livre.
C os pequenos proprietários se especializaram na produção de 
vinho na Sicília após a compra das propriedades públicas.
D o aumento do valor agregado nos produtos está relacionado com 
a oferta de mão de obra livre composta apenas de camponeses.
E a produção agrícola em terras públicas gerava grande quan-
tidade de produtos agrícolas para o usufruto coletivo.
QUESTÃO 6
[...] a organização social da África pré-colonial se caracteri-
zava por estruturas concretas, organizadas pelo modo de pro-
dução, com as articulações ao seu redor formando um conjunto 
complexo de relacionamentos. A maioria dos Estados ou reinos 
eram organizados sob a forma de federação, cuja figura do rei 
assegurava a unidade. Nas províncias, o rei era representado 
por governadores ou por monarquias locais, o que simbolizava 
a descentralização do poder e da sociedade. [...]
VISENTINI, Paulo Fagundes. História da África e dos africanos. 
Petrópolis: Vozes, 2013. p. 27.
A organização social do continente africano pré-colonial era 
muito diversificada. Os Estados se organizavam em províncias e 
as cidades cresciam em torno dos entroncamentos comerciais. 
Essas informações revelam a
A intensa atividade comercial nas franjas do deserto do Saara, 
o que promovia a centralização do poder em torno da fi gura 
do rei.
B possibilidade de centralizar o poder nos Estados africanos no 
período anterior às trocas comerciais via rotas transaarianas.
C que a diversidade cultural existente na África subsaariana era 
estimulada pelo rei, o qual controlava toda a região.
D importância das trocas comerciais para a estruturação dos 
Estados africanos no período pré-colonial.
E chegada de novos povos que contribuíram para a descentra-
lização do poder em detrimento das atividades comerciais.
QUESTÃO 5
Conteúdo: A questão agrária na Roma antiga
C3 | H13
Difi culdade: Difícil
Após o século II a.C., Roma intensifi cou o número de guerras expansionistas e mui-
tos camponeses foram convocados para compor as tropas. A expansão romana ge-
rou uma grande quantidade de propriedades privadas e um número expressivo de 
escravos, advindos dos povos conquistados. A falta de mão de obra livre refl etiu no 
trabalho agrícola, atividade que passou a ser exercida pelos escravos.
QUESTÃO 6
Conteúdo: As relações socioeconômicas da África pré-colonial
C3 | H15
Difi culdade: Difícil
A África é um continente imenso e com culturas e estruturas políticas diversas. A ati-
vidade comercial entre os diferentes grupos que ocupavam o continente era intensa, 
principalmente ao redor das rotas que atravessavam o Deserto do Saara.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 6
QUESTÃO 7
Leia o texto a seguir.
[…] Mesmo significando outras coisas, 1848, a “primavera 
dos povos”, foi claramente, e sobretudo em termos internacio-
nais, uma afirmação de nacionalidade, ou melhor de nacionalida-
des rivais. Alemães, italianos, húngaros, poloneses, romenos e o 
resto afirmaram seu direito de serem Estados independentes e 
unidos, envolvendo todos os membros de suas nações contra 
governos opressores, como fizeram os tchecos, croatas, dina-
marqueses e outros, embora com crescente apreensão quanto 
às aspirações revolucionárias por parte das nações maiores, 
que pareciam excessivamente dispostas a sacrificar as suas 
próprias. […]
HOBSBAWM, Eric J. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. p. 126.
Na década de 1840, a Europa passava por crise de ordem 
econômica que gerou uma série de insatisfações locais. O 
trecho de Eric J. Hobsbawm comenta um dos aspectos dos 
movimentos da Primavera dos Povos. Sobre essas informações 
pode-se afirmar que
A o esplendor econômico no ano de 1848 conformou as tensões do 
ambiente das cidades e conteve os revolucionários na Europa.
B a crise econômica dos anos anteriores a 1848 desencadeou 
o processo de reação conservadora na Europa.
C as aspirações revolucionárias durante a Primavera dos Povos 
foram contidas pela crise do capitalismo na década de 1840.
D a Primavera dos Povos provocou na população europeia rea-
ções tanto organizadas quanto espontâneas de despertar do 
nacionalismo.
E as nacionalidades foram estimuladas na Europa a partir das 
manifestações iniciadas na França ainda no século XVIII.
QUESTÃO 8
[…]
Desde o anúncio da reorganização da rede estadual de 
ensino, alunos, pais e professores têm realizado protestos em 
vários pontos do estado. Desde o início de novembro, cerca 
de 200 escolas foram ocupadas por estudantes e movimentos 
sociais. Nesta semana, manifestantes ocuparam duas vezes a 
marginal Tietê. Na segunda-feira, foi a vez do cruzamento das 
avenidas Faria Lima e Rebouças.
[…]
SOUZA, Marcelle. Quatro manifestantessão detidos em protesto contra 
reorganização escolar. Uol Notícias, 2 dez. 2015. Disponível em: 
<educacao.uol.com.br/noticias/2015/12/02/quatro-manifestantes-sao-detidos-em-protesto-
contra-reorganizacao-escolar.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015.
A notícia aborda as manifestações de diversos atores sociais 
ligados à educação contra ações do governo do estado de São 
Paulo para o setor. Uma das motivações para os protestos foi
A a criação de uma lista de demissão de professores.
B a redução da jornada de trabalho e de salários dos funcionários.
C a contratação de diretores sem concursos públicos.
D o anúncio do fechamento de várias unidades escolares.
E a privatização de escolas de Ensino Médio.
QUESTÃO 7
Conteúdo: As revoluções liberais na Europa no século XIX
C3 | H15
Difi culdade: Média
A crise econômica e política desencadeada anos anteriores a 1848 gerou um pro-
cesso de levantes nacionalistas e trabalhistas em diversas nações europeias. Nesse 
período ocorreram tanto movimentos organizados quanto espontâneos.
QUESTÃO 8
Conteúdo: Reorganização escolar em São Paulo
C5 | H22
Difi culdade: Média
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo anunciou uma reestruturação de 
sua rede de ensino básico, visando, em vários casos, centralizar um único ciclo de 
ensino em uma mesma unidade escolar. Isso acarretaria o fechamento de algumas 
unidades escolares, para que, segundo o governo de São Paulo, os prédios sejam 
aproveitados por outros órgãos ligados à educação. As medidas motivaram vários 
protestos pelos alunos, que poderiam ser prejudicados com as mudanças na questão 
do deslocamento até a escola. Além disso, o fechamento das escolas teria como 
consequência possíveis demissões de professores e funcionários.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 7
QUESTÃO 9
Leia o texto a seguir.
[...] E como uma mesma coisa, existem em nós a vida e a 
morte, a vigília e o sono, a juventude e a velhice: pois estas 
coisas, quando mudam, são aquelas, e aquelas, quando mu-
dam, são estas. [...]
HERÁCLITO. Fragmentos. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. 
Os filósofos pré-socráticos. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2013. p. 195.
A atitude filosófica de Heráclito é manifesta na noção de que há
A diferença sensível entre dormir e falecer.
B distinção perceptível entre sonhar e pensar.
C igualdade fenomênica entre estados mentais.
D sucessão temporal entre os estágios da vida.
E unidade ontológica entre pares de opostos.
QUESTÃO 10
Leia o texto a seguir.
[…]
O subsecretário de Controle e Fiscalização da Secretaria de 
Estado de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, disse que o retorno 
das atividades em Mariana poderia ocorrer caso a Samarco 
tocasse a construção da barragem de Mirandinha, prevista 
para a região. No entanto, depois do acidente no município, a 
tendência é que esse tipo de empreendimento tenha o formato 
rediscutido no Estado.
Samarco só deve voltar a operar em Mariana depois de fevereiro, prevê DNPM.
Uol Notícias, 1o dez. 2015. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/
agencia-estado/2015/12/01/samarco-so-deve-voltar-a-operar-em-mariana-depois-de-
fevereiro-preve-dnpm.htm>. Acesso em: 16 dez. 2015.
As atividades econômicas mencionadas no texto são de
A agricultura intensiva.
B produção de minérios.
C extração de petróleo.
D extrativismo vegetal.
E exploração industrial.
QUESTÃO 9
Conteúdo: A fi losofi a de Heráclito
C1 | H1
Difi culdade: Média
No fragmento citado, Heráclito não trata das diferenças entre vida e morte, vigília e 
sono ou juventude e velhice. Interessa-lhe demonstrar a unidade da multiplicidade, 
isto é, o fato de cada contrário nascer de seu contrário: a vida nasce da morte, a vi-
gília nasce do sono e a juventude nasce da velhice. Ao mesmo tempo, a morte surge 
da vida, o sono, da vigília, e a velhice, da juventude; “Tudo é um”. A multiplicidade 
das coisas e a luta dos contrários nada mais são, de acordo com Heráclito, que a 
expressão de uma unidade ontológica fundamental.
QUESTÃO 10
Conteúdo: Desastre ambiental em Mariana (MG)
C6 | H28
Difi culdade: Média
O desastre ambiental de Mariana ocorreu pelo rompimento de uma estrutura que ar-
mazenava rejeitos da produção de minérios, como o ferro. Esse rompimento causou 
grandes danos ambientais ao alcançar o leito do rio Doce, ao devastar grandes áreas 
de Mariana e outros municípios mineiros, além de provocar a poluição do mar na 
costa do Espírito Santo.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 8
QUESTÃO 11
As vendas de produtos na Black Friday, realizada sexta-feira 
(27), totalizaram R$ 1,53 bilhão, 76% a mais que o registrado no 
mesmo dia em 2014 (R$ 872 milhões). A quantidade de pedidos 
feitos nas 24 horas da sexta-feira de ofertas também aumentou: 
foram 3,12 milhões, 49% acima do registrado no ano passado.
[…]
BOCCHINI, Bruno. Vendas na Black Friday aumentam 76% e ultrapassam R$ 1,5 bilhão. 
Agência Brasil, 30 nov. 2015. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/
noticia/2015-11/vendas-na-black-friday-aumentam-76-e-ultrapassaram-r-15-bilhao>. 
Acesso em: 16 dez. 2015.
A Black Friday é uma data em que boa parte das grandes lojas 
brasileiras oferece descontos aos consumidores, seguindo uma 
estratégia
A originária do comércio norte-americano.
B que procura minimizar os prejuízos com a crise econômica 
nacional.
C de venda de produtos antigos pouco procurados.
D de aquecimento do comércio promovida pelo governo.
E de retirada de impostos de produtos eletrônicos.
QUESTÃO 12
Leia os textos a seguir.
TEXTO I
[...] A Sociologia deveria reafiar seu gume de vanguarda, 
à medida que o neoliberalismo desaparece na amplidão, jun-
tamente com o socialismo ortodoxo. Algumas perguntas para 
as quais novas respostas demonstram-se necessárias são pe-
renes, enquanto outras são supreendentemente recentes. A 
busca por respostas às indagações de ambas as vertentes, 
tal como em outros tempos, requer uma boa dose do que C. 
Wright Mills chamou de imaginação sociológica, expressão que 
ganhou fama. Sociólogos, não se desesperem! Vocês ainda têm 
um mundo inteiro a conquistar ou, ao menos, a interpretar. [...]
GIDDENS, Anthony. Em defesa da Sociologia. In: Em defesa da sociologia: ensaios, 
interpretações e tréplicas. Trad.: Roneide Venâncio Majer e Klauss Brandini Gerhardt. 
São Paulo: Unesp, 2001. p.19-20.
TEXTO II
Creio que a Sociologia deveria ser avaliada por sua rele-
vância para a experiência e os confrontos dos seres humanos 
com seus problemas cotidianos, e não por sua lealdade à me-
todologia.
BAUMAN, Zygmunt. Para que serve a Sociologia? Trad. Carlos Alberto Medeiros. 
Rio de Janeiro: Zahar, 2015. p. 104.
Os dois trechos acima refletem duas maneiras de pensar a 
Sociologia, embora não estejam completamente distanciadas 
uma da outra no sentido de valorizarem esse campo disciplinar. 
Para Giddens e Bauman, a Sociologia
A precisa se renovar e utilizar a imaginação sociológica para 
capturar e interpretar as constantes mudanças de conjuntura 
(Bauman); tem validade e relevância quando vinculada aos 
problemas concretos e cotidianos das pessoas (Giddens).
B deve sobrepor suas teorias e metodologias a quaisquer ques-
tões presentes na vida social e política. A Sociologia é uma 
ciência sistematizada e como tal obedece a paradigmas e 
técnicas; ela dispensa contexto, experiências e imaginários 
(Giddens e Bauman).
C precisa se renovar e utilizar a imaginação sociológica para 
capturar e interpretar as constantes mudanças na vida social 
(Giddens); tem validade e relevância quando vinculada aos 
problemas concretos e cotidianos das pessoas (Bauman).
D tem toda a potencialidade para apreender e interpretar a to-
talidade da realidade, sobretudo em um período de declíniode um mundo bipolarizado (Giddens); só tem algum sentido 
enquanto ato de militância revolucionária (Bauman).
E é a única disciplina capaz de responder aos questionamentos 
de um mundo fl uido, renovado, com antigas certezas abaladas 
(Bauman e Giddens).
QUESTÃO 11
Conteúdo: Black Friday
C3 | H11
Difi culdade: Fácil
Famosa no comércio norte-americano pelos descontos que as lojas oferecem aos 
clientes um dia após o feriado de Ação de Graças, a Black Friday passou a ser adotada 
no Brasil há alguns anos. Em um período de estagnação econômica como o vivido ao 
longo de 2015, a data foi responsável por um bom montante de vendas, que acabou 
dando fôlego e rendendo bons dividendos ao comércio nacional.
QUESTÃO 12
Conteúdo: Teoria sociológica/Pensamento e ação
C4 | H14
Difi culdade: Fácil
Os textos mostram, a partir de perspectivas diferentes, a importância da prática da 
Sociologia. Nesse sentido, tanto Giddens quanto Bauman destacam a capacidade da 
disciplina quando analisa e confronta as questões cotidianas, trazendo respostas para 
os problemas concretos da humanidade por meio da “imaginação sociológica”, e não 
necessariamente quando se atém às suas preocupações metodológicas.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 9
QUESTÃO 13
Leia o texto a seguir.
[…]
De acordo com autoridades turcas, dois aviões russos in-
vadiram o espaço aéreo do país e, depois de 10 avisos em um 
espaço de 5 minutos, um jato turco abateu uma das aeronaves. 
Imagens de radar divulgadas pelo governo da Turquia mostram 
o que seriam as aeronaves da Rússia cruzando brevemente 
a província de Hatay, no sul do país. O governo russo nega a 
invasão de território.
[…]
PEROSA, Tereza. O que você precisa saber sobre o avião russo abatido pela Turquia. 
Época, 24 nov. 2015. Disponível em: <http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/
o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-aviao-russo-abatido-pela-turquia.html>. 
Acesso em: 16 dez. 2015.
O ataque turco ao avião russo acaba agravando a relação di-
plomática entre os dois países, que divergem em pontos como
A a manutenção de curdos em território russo.
B a anexação da região da Crimeia pela Rússia.
C a aceitação de orientações da ONU.
D as ações militares turcas em territórios africanos.
E o apoio à liderança de Bashar al-Assad na Síria.
QUESTÃO 14
Leia o texto a seguir.
[…] Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, 
falou no cavalo de fábrica. Ia morrer na certa, um animal tão 
bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Al-
gum tempo comeria folhas secas, mas além dos montes en-
contraria alimento verde. […]
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 124.
O texto de Graciliano Ramos retrata um povo específico do 
território brasileiro em seu tempo. Essa parcela da população 
ocupa determinada macrorregião do país. Nela, a mesorregião 
indicada pelo autor como “além dos montes” é
A o Agreste.
B o Meio-Norte.
C a Zona da Mata.
D o Sertão.
E a Amazônia.
QUESTÃO 13
Conteúdo: Crise diplomática entre Rússia e Turquia
C2 | H8
Difi culdade: Difícil
A Turquia abateu um avião russo sob a alegação de que ele sobrevoava seu espaço 
aéreo sem permissão. A Rússia vem atuando fortemente em território sírio, visando 
fortalecer o governo de Bashar al-Assad, aliado do governo de Vladimir Putin, que 
sofre ameaças de rebeldes e também da organização terrorista Estado Islâmico. Al-
gumas dessas ações se dão nas proximidades com a fronteira turca, e o governo de 
Ancara não apoia as ações russas, por ser opositor ao regime que controla o poder 
na Síria.
QUESTÃO 14
Conteúdo: Mesorregiões do Nordeste
C1 | H1
Difi culdade: Média
O autor retrata a vida do sertanejo em áreas de seca (Sertão), cuja migração se dá em 
busca de áreas com água, onde se “encontraria alimento verde”, em uma mesorre-
gião além dos montes, caracterizada pelo Agreste.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 10
QUESTÃO 15
O gráfico a seguir, que relaciona emissões de gases estufa aos 
tipos de transporte, indica a predominância em determinado 
setor que
PORCENTAGEM DE EMISSÕES DE GASES DE 
EFEITO ESTUFA LIGADAS AOS TRANSPORTES
100%
0,5%
7%
13%
Transporte rodoviário
Transporte marítimo
Transporte aéreo
Transporte ferroviário
90
80
70
60
50
40
0
10
20
30
79,5%
Fonte: INSTITUTO PÓLIS. Atlas do meio ambiente. 
Le Monde Diplomatique Brasil. Curitiba: Posigraf, 2011.
A está atrelado às grandes e poderosas empresas multinacionais, 
cujas emissões não tendem a diminuir em razão de políticas 
de manutenção da produção.
B está atrelado às grandes e poderosas empresas transnacio-
nais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas 
políticas de redução da produção.
C está atrelado às pequenas e enfraquecidas empresas multi-
nacionais, cujas emissões não tendem a diminuir em razão de 
políticas de manutenção da produção.
D está atrelado às pequenas mas poderosas empresas transna-
cionais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas 
políticas de redução da produção.
E está atrelado às grandes e enfraquecidas empresas transna-
cionais, cujas emissões tendem a diminuir em razão de novas 
políticas de redução da produção.
QUESTÃO 16
UM ABISMO CRESCENTE
Renda por habitante (em dólares)
40 000
30 000
35 000
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
0
1960
1. Segundo a classificação do Banco Mundial
65 70 75 80 85 90 95 00 05
Países
ricos1
Países
pobres1
Fonte: INSTITUTO PÓLIS. Atlas do meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil. 
Curitiba: Posigraf, 2011.
A leitura do gráfico anterior revela uma das teorias centrais do 
sistema capitalista, que é
A a constatação de que muitos ricos já foram pobres, mas mu-
daram de vida pelo próprio esforço.
B a indicação de que os pobres fi carão cada vez mais pobres, 
revelando sua resistência a mudanças.
C a tendência ao equilíbrio entre pobres e ricos, pautado no 
estresse econômico.
D o aumento das desigualdades por meio da exploração do 
trabalho.
E o aumento da riqueza entre os mais ricos em razão da valori-
zação do dólar.
QUESTÃO 15
Conteúdo: Emissão de gases estufa/Transportes/Sustentabilidade
C2 | H8
Difi culdade: Fácil
As empresas multinacionais automobilísticas são símbolos do sistema capitalista de 
produção. Elas fragmentam sua produção pelo planeta em busca de redução de cus-
tos. Seus poderes de atuação estão intimamente ligados a muitas políticas públicas e 
empresas privadas voltadas à manutenção desse sistema e apoio ao consumo desse 
tipo de meio de transporte. 
QUESTÃO 16
Conteúdo: Mundo do trabalho/Sistema capitalista/Desigualdades econômicas entre 
países
C2 | H7
Difi culdade: Difícil
A leitura do gráfi co evidencia que o crescimento econômico dos países ricos se dá 
em escala muito superior à dos países pobres, ampliando as desigualdades. Esse 
processo é permitido pela exploração do trabalhador que, destituído dos meios de 
produção, passa a vender sua força de trabalho para sobreviver, enquanto os donos 
dos meios de produção lucram com o trabalho alheio.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 11
QUESTÃO 17
Leia o trecho a seguir.
Construiu-se, desde o século XIX, um verdadeiro culto ao 
“Libertador”, considerado o “maior herói nacional” da Venezue-
la. Algumas de suas propostas atravessaram os séculos, como 
a ideia de construção de uma possível unidade latino-america-
na. Essa perspectiva nasceu com sua proposta de constituição 
de uma liga que se formaria num congresso de representantes 
das novas nações, a ser realizado no Panamá, em 1826.
PRADO, Maria Lígia. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 33.
Os objetivos de Simón Bolívar para a América fizeram dele um 
ícone ainda hoje cultuado em países da Américado Sul. Essas 
informações revelam
A o objetivo de Simón Bolívar de aproximar os líderes dos países 
que surgiam na América durante o primeiro quarto do século XIX.
B o desejo de fazer da América uma nação forte e unida pós a 
Proclamação da República Bolivariana assinada no Congresso 
do Panamá em 1826.
C as ideias iluministas difundidas na América por meio da elite 
criolla na restauração do poder metropolitano.
D o anacronismo do culto a Simón Bolívar, que não conseguiu 
atingir seus objetivos em vida.
E o culto ao “libertador” se deu com a entrada da Venezuela no 
Mercosul durante o governo de Hugo Chávez.
QUESTÃO 18
Observe a imagem.
Jean-Baptiste Debret. Coroação de D. Pedro I, pelo bispo do Rio 
de Janeiro na capela do Paço Imperial, 1828. Óleo sobre tela, 
3,4 m × 6,4 m.
A tela de Jean-Baptiste Debret retrata a coroação de D. Pedro I 
logo após a Independência do Brasil. A imagem revela
A o posicionamento secundário de D. Pedro I na emancipa-
ção do Brasil como nação autônoma no primeiro quarto do 
século XIX.
B as camadas sociais que atuaram diretamente na emancipação 
política do Brasil, como aristocratas, políticos e altos funcioná-
rios do Estado.
C a subordinação do poder de D. Pedro I à Igreja e, consequen-
temente, sua legitimação junto ao Papado em Roma.
D a presença das camadas menos favorecidas da sociedade 
brasileira, como os escravos e os trabalhadores livres.
E o poder da aristocracia rural que excluiu as camadas mais 
pobres das mudanças que ocorriam na Proclamação da Re-
pública.
QUESTÃO 17
Conteúdo: Os ideais de Simón Bolívar
C2 | H8
Difi culdade: Fácil
A realização do Congresso do Panamá em 1826 tinha como objetivo formar uma 
liga dos países recém-emancipados da América espanhola. Contudo, os esforços 
de Simón Bolívar não foram sufi cientes para impedir a fragmentação do continente 
americano. Depois da independência, a aristocracia criolla, que já detinha o poder 
econômico, passou a deter também o poder político.
QUESTÃO 18
Conteúdo: Coroação de D. Pedro I
C1 | H1
Difi culdade: Fácil
A costura política feita entre a aristocracia rural e D. Pedro I excluiu a participação dos 
trabalhadores escravizados e livres, sobretudo para que não ocorressem mudanças nas 
estruturas econômicas e sociais do Brasil. Dessa forma, esses grupos também não po-
deriam estar representados na imagem que retrata a coroação do imperador.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 12
QUESTÃO 19
Observe a imagem.
Pierre Patel. Palácio de Versalhes, 1668. Óleo sobre tela, 1,15 m × 1,61 m.
O Palácio de Versalhes é um dos grandes símbolos do 
Absolutismo. Ele foi a residência dos reis da França e serviu 
de palco para a demonstração do poder absoluto. A grandio-
sidade desse palácio revela o
A objetivo de demonstrar o poderio da monarquia inglesa.
B desejo de expressar o poder da Igreja Católica na Europa.
C objetivo de expressar os símbolos que representam os ideais 
iluministas.
D símbolo maior do Absolutismo esclarecido na Europa.
E poder dos reis absolutistas na França.
QUESTÃO 20
Observe a imagem.
Marcha das mulheres a Versalhes, 5 de outubro de 1789. Gravura 
de autoria desconhecida.
As mulheres desempenharam papéis importantes durante o 
processo revolucionário na França. Sobre a participação femi-
nina na França revolucionária pode-se afirmar que
A ocorreu somente nos grandes centros urbanos, por causa da 
inserção no mercado de trabalho.
B as mulheres não pegaram em armas, por causa da divisão de 
tarefas durante os levantes.
C a entrada das mulheres no processo revolucionário resultou 
na ampliação de direitos.
D as mulheres das camadas mais baixas no campo e na cidade 
protestaram em toda a França.
E as mulheres se acomodaram ao padrão vigente e não tiveram 
participação signifi cativa.
QUESTÃO 19
Conteúdo: Construção do Palácio de Versalhes
C2 | H6
Difi culdade: Fácil
A construção do Palácio de Versalhes tinha como objetivo principal demonstrar o 
poderio dos reis franceses durante o Absolutismo.
QUESTÃO 20
Conteúdo: O papel da mulher na Revolução Francesa
C3 | H15
Difi culdade: Fácil
As mulheres tiveram participação efetiva nos levantes ocorridos durante o processo 
revolucionário em todas as regiões francesas, no campo e na cidade.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 13
QUESTÃO 21
Leia o texto a seguir.
O problema da globalização, em suas implicações empíri-
cas e metodológicas, ou históricas e teóricas, pode ser coloca-
do de modo inovador, […], se aceitarmos refletir sobre algumas 
metáforas produzidas precisamente pela reflexão e imagina-
ção desafiadas pela globalização. Na época da globalização, 
o mundo começou a ser taquigrafado como “aldeia global”, 
“fábrica global”, “terra pátria”, “nave espacial”, “nova Babel” 
e outras expressões. São metáforas razoavelmente originais, 
suscitando significados e implicações.
IANNI, Octavio. Metáforas da globalização In: Teorias da globalização. 
15. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 15.
Diante da chamada era da informação, que aprofundou a 
Revolução Técnico-Científica, e a ideia que chamamos de glo-
balização, a Sociologia depara-se com questões ainda carentes 
de conceitos sistemáticos. Isso significa que
A estamos vivenciando há décadas o declínio da teoria e método 
sociológicos.
B os conceitos da Sociologia clássica devem ser defi nitivamente 
descartados.
C o uso de metáforas é um recurso limitado, evasivo e pouco 
explicativo.
D se abusa do uso de metáforas e outras técnicas literárias nas 
Ciências Humanas.
E a metáfora é um recurso para refl etir acerca dos desafi os pro-
postos pela globalização.
QUESTÃO 22
DINAMARCA CRIA CAMPANHA FINANCEIRA PARA 
INCENTIVAR PESSOAS A TEREM FILHOS
Rede TV Notícias, 16 jun. 2015. Disponível em: <www.redetv.uol.com.br/jornalismo/da-para-
acreditar/dinamarca-cria-campanha-financeira-para-incentivar-pessoas-a-terem-filhos>. 
Acesso em: 18 dez. 2015.
O controle de natalidade sempre foi uma questão muito discuti-
da e muitas vezes defendida como grande solução para alguns 
dos grandes problemas mundiais, como a fome, por exemplo. 
Atualmente, a baixa natalidade de alguns países, na verdade, 
acabou se tornando um problema.
A manchete e o texto acima falam sobre um termo geográfico 
conhecido como
A taxa de natalidade, que representa o número de nascimentos 
em uma população.
B política do fi lho único, que representa o impedimento de mais 
de um fi lho por casal.
C crescimento vegetativo, que indica a variação populacional 
ao longo de um período.
D controle vegetativo, que oferece incentivo a casais que optam 
por ter mais de um fi lho.
E taxa vegetativa, que orienta o controle de crescimento popu-
lacional nos países.
QUESTÃO 21
Conteúdo: Teoria social/Era da informação/Globalização/Sociedade
C4 | H19
Difi culdade: Média
O assunto em destaque na questão pretende mexer com certezas absolutas e para-
digmas, pois a metáfora, ao ser usada nas ciências sociais, tenta explicar algo que 
os conceitos tradicionais, ditos “clássicos”, já não conseguem capturar ou capturam 
parcialmente, problemas suscitados pela chamada era da informação. Isto posto, 
somente a resposta E pode ser a correta, pois ela mostra a metáfora como recurso 
de refl exão diante dos desafi os da globalização, que envolve tanto campos quanto 
práticas.
QUESTÃO 22
Conteúdo: Taxa de natalidade
C3 | H14
Difi culdade: Fácil
A taxa de natalidade é utilizada para acompanhar a evolução populacional em deter-
minado espaço, como um país ou uma região. Ela indicao número de nascimentos 
e ajuda os pesquisadores a realizar projeções que embasam políticas públicas como 
controle de natalidade, construção de escolas e centros de saúde.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 14
QUESTÃO 23
[...] Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são 
boas: não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, 
nem se poderiam corromper se não fossem boas. Com efeito, 
se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis, e se não 
tivessem nenhum bem, nada haveria nelas que se corrompesse. 
De fato, a corrupção é nociva, e, se não diminuísse o bem, 
não seria nociva. [...]
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 191.
Seguindo o raciocínio de Agostinho, se Deus, entidade que 
tende absolutamente ao bem, é o criador do mundo, então
A a maldade inexiste no mundo.
B Deus é o criador da maldade.
C o bem e o mal são contingentes.
D o mal está onde inexiste o bem.
E o mundo é responsável pelo mal.
QUESTÃO 24
MT
PARAGUAI
ARGENTINA
URUGUAI
BRASÍLIA
BOLÍVIA
MG
ES
RJSP
SC
RS
PR
DF
GO
MS
OCEANO
ATLÂNTICO
50°O
20°S
Capital Federal
Cidade
Aquífero Guarani
Bacia do Prata
Santana 
de Parnaíba
0 280
Fonte: CAS/SRH/MMA, 2001.
É na bacia do Rio da Prata que se localiza o Aquífero Guarani, 
um reservatório subterrâneo de água doce. Dentro do contexto 
atual de sustentabilidade, a área ocupada pelo aquífero eviden-
cia a necessidade de
A diálogos constantes entre os países que o abrigam, no sentido 
de preservar esse recurso.
B políticas públicas de planejamento nacional, no sentido de 
ofertar sua distribuição a todas as regiões.
C explorar rapidamente o recurso antes que os países vizinhos 
aproveitem essa oferta.
D construir poços artesianos que permitam utilizar o recurso em 
sua máxima capacidade.
E direcionar os canais de esgotos domésticos para o subsolo 
de modo a acondicionar a poluição.
QUESTÃO 23
Conteúdo: A noção de corrupção e mal em Santo Agostinho
C1 | H1
Difi culdade: Fácil
Agostinho não poderia concluir que Deus é o criador da maldade, por considerá-Lo 
como entidade que tende ao bem. Nesse sentido, o fi lósofo tampouco poderia consi-
derar bem e mal como contingentes, isto é, ambos como meros acidentes das coisas, 
pois teria, então, de considerar o bem, ou seja, a própria divindade, como aspecto 
acidental do mundo. Por outro lado, não poderia propor que a maldade inexiste no 
mundo, pois identifi ca a corrupção ao mal. Por fi m, não pode aceitar que o mundo 
seja o criador do mal, pois se o mundo tivesse o poder de criar algo, então seria 
tão poderoso quanto Deus. Logo, para Agostinho, o mal é ausência de bem, ou, em 
outras palavras, aquilo que decorre da corrupção de tudo o que é bom.
QUESTÃO 24
Conteúdo: Sustentabilidade/Políticas internacionais
C6 | H30
Difi culdade: Difícil
O mapa indica que o aquífero compreende áreas de diferentes países, o que demanda 
uso e preservação comuns, forçando as nações envolvidas a diálogos constantes e 
propostas conjuntas.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 15
QUESTÃO 25
O quadrinho acima apresenta uma crítica social contemporânea, que está intimamente relacionada
A à venda de produtos com defeito, que prejudica, assim, o consumidor.
B ao aumento da solidão da população devido às diversas redes sociais.
C à busca das pessoas por outras que sejam modelos, de modo que possam reproduzir seus pensamentos e se enturmar.
D ao padrão de beleza que é exibido pelos diversos veículos de comunicação, inclusive propagandas.
E às práticas publicitárias que deturpam a função de seu produto, associando-o aos estilos de vida e modos de pensar.
QUESTÃO 25
Conteúdo: Consumo de massa
C1 | H4
Difi culdade: Média
A leitura correta do quadrinho permite compreender como o personagem ironiza a publicidade do desodorante, associando esse produto às conquistas sociais, como o rela-
cionamento com outras pessoas. Essa postura publicitária é aplicada em massa e procura trabalhar com o objetivo de atingir o inconsciente das pessoas, indicando modos de 
pensar e agir diante de determinadas situações. Propagandas de cigarro e cerveja têm características semelhantes, uma vez que associam seu uso aos momentos de felicidade.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 16
QUESTÃO 26
Observe a imagem.
Pellizza da Volpedo. O quarto estado, 1901. Óleo sobre tela, 
2,93 m × 5,45 m.
O pintor italiano Pellizza da Volpedo deu esse título ao quadro 
em alusão
A às transformações ocorridas na França após a Primavera dos 
Povos.
B ao poder burguês que determinou as mudanças na França.
C ao poder transformador dos proletários no início do século XX.
D ao desejo de restaurar o poder feudal na Europa.
E à Revolução de 1917 ocorrida na Rússia.
QUESTÃO 27
Observe a imagem.
Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo. Martírio de Tiradentes, 
1893. Óleo sobre tela, 57 cm × 45 cm.
O pintor Aurélio de Figueiredo retrata o martírio de Tiradentes. 
A imagem de Tiradentes foi muitas vezes associada a Jesus 
Cristo. Essa construção revela que
A a recém-formada República brasileira fez uso da imagem de 
Tiradentes para criar um herói nacional.
B a fi gura de Tiradentes foi assemelhada à de Cristo para evi-
denciar o Estado laico após a Proclamação da República.
C a imagem de Tiradentes foi representada como a de Jesus 
Cristo até a consolidação do Império no Brasil.
D a sociedade brasileira criticou o fato da imagem de Tiradentes 
ser associada à de Jesus Cristo.
E a imagem de Tiradentes como herói nacional se deu durante 
o período em que o Brasil era governado por D. Pedro II.
QUESTÃO 26
Conteúdo: A classe operária no início do século XX
C3 | H13
Difi culdade: Média
Pelizza da Volpedo representou a classe proletária como um grupo vitorioso na virada 
do século XIX para o XX. A denominação “quarto estado” faz referência à Revolução 
Francesa, que teve como protagonista a burguesia (terceiro estado).
QUESTÃO 27
Conteúdo: O martírio de Tiradentes e a imagem do herói nacional
C1 | H1
Difi culdade: Média
A imagem de Tiradentes é tradicionalmente associada à de Jesus Cristo nas pinturas. 
Após a Proclamação da República, em 1889, o governo republicano valeu-se da tra-
dição cristã para construir a imagem de Tiradentes como herói nacional.
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CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 17
QUESTÃO 28
Doutorado 
científico
Doutorado
Pós-graduação
Universitário
Secundário
Menos que 
o secundário
Geral
59
26 74
17 83
13 87
13 87
36 64
15
0 20 40 60 80 100
85
Estrangeiros Nascidos nos EUA
41
ESTRANGEIROS EM RELAÇÃO AO TOTAL DE
TRABALHADORES DOS EUA (%)
Fonte: GUIA do Estudante: Atualidades Vestibular 2009. ed. 8. São Paulo: Abril, 2009.
O gráfico acima apresenta indícios de um fenômeno mundial 
migratório atual, conhecido como
A fuga de cérebros, no qual trabalhadores com bom nível edu-
cacional buscam ampliação em países desenvolvidos.
B êxodo rural, no qual agricultores de países pobres migram 
para áreas urbanas em busca de oportunidades de estudo.
C migração forçada, no qual refugiados de guerra ganham con-
dições de trabalho vinculadas ao estudo em países ricos.
D transumância, no qual as pessoas migram temporariamente 
para países ricos em períodos de férias escolares e profi s-
sionais.
E movimento pendular, no qual administradores poliglotas fazem 
viagens curtas para agilizar as comunicações sobre negócios 
em países ricos.
QUESTÃO 29
O evento tratado na notícia a seguir pode ser compreendido 
comoresultado do fenômeno da globalização atual, no qual o 
desenvolvimento nos setores de comunicação e transportes 
permite o “encurtamento” de distâncias.
A cidade de Palmas (TO) receberá, entre os dias de 20 a 31 
de outubro, a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos 
Indígenas, um megaevento cultural que terá a participação 
de cerca de 2 300 atletas indígenas de 22 etnias brasileiras e 
cerca de 20 países
[…]
Os Jogos prometem ser um marco na história do Brasil, 
apresentando ao mundo o que os indígenas pensam e esperam 
do evento, quais as contribuições a serem dadas aos povos e o 
interesse das nações em realizar a próxima edição, que será de-
finida pelos próprios indígenas durante a realização dos jogos.
[…]
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas recebe últimos preparativos. Vermelho Portal, 2 out. 
2015. Disponível em: <www.vermelho.org.br/noticia/270978-10>. Acesso em: 16 dez. 2015.
Essa notícia apresenta uma particularidade, pois indica uma 
quebra de estereótipos, demonstrando que
A grupos não indígenas comandam as ações dos indígenas im-
pondo competições e jogos ocidentalizados.
B grupos indígenas não vivem isolados de outros e ampliam seu 
movimento de inserção na sociedade.
C grupos indígenas são experientes em preparar eventos e en-
contros, principalmente internacionais.
D grupos indígenas têm muitos atletas profi ssionais que compe-
tem em jogos internacionais.
E grupos não indígenas se interessam em promover eventos 
como esse em busca de descobrir talentos para equipes pro-
fi ssionais.
QUESTÃO 28
Conteúdo: Migração/Fuga de cérebros
C2 | H8
Difi culdade: Média
O fenômeno migratório conhecido como fuga de cérebros é resultado de ofertas de 
estudo e trabalho em países desenvolvidos que atraem pesquisadores e trabalha-
dores com elevado nível de instrução ou especialização originários de países mais 
pobres. Esse fato pode ser observado no gráfi co, que indica um crescente número 
de estrangeiros no país à medida que aumenta a especialização no ensino superior.
QUESTÃO 29
Conteúdo: Indígenas/Inserção social
C1 | H3
Difi culdade: Média
Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são simbólicos ao concretizar o contato 
entre grupos cuja visão popular equivocada é de isolamento e modo de vida comple-
tamente independente dos demais grupos.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 18
QUESTÃO 30
Leia os textos a seguir.
TEXTO I
[…] esta tendência à desagregação, sempre presente na 
história brasileira, teria, desde a colônia, se subordinado ao 
estamento burocrático. Os donatários das capitanias e os ban-
deirantes, sem serem propriamente funcionários do rei, com-
portar-se-iam como agentes da Coroa.
[…]
RICUPERO, Bernardo. Raymundo Faoro. In: Sete lições sobre as interpretações do Brasil. 
2. ed. São Paulo: Alameda, 2008. p. 176.
TEXTO II
[…] a capacidade do Estado patrimonial de assegurar tais 
direitos [explica] a adesão continuada de camadas diversas 
da sociedade, incluindo as desprivilegiadas, às formas con-
temporâneas de patrimonialismo, que mais do que “formas de 
dominação” são traços persistentes de antigas formas patrimo-
nialistas combinadas às novas, podendo ser estas até mesmo 
de fundamento capitalista-burguês […].
[…]
CARDOSO, Fernando Henrique. Um crítico do Estado: Raymundo Faoro. In: Pensadores 
que inventaram o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. 2013. p. 259-260.
Os dois textos acima analisam a clássica obra de Raymundo 
Faoro, Os donos do poder: formação do patronato político 
brasileiro, cujas edições de 1957 e 1975 trazem em seu con-
teúdo uma análise weberiana da formação política do Brasil. 
Para Ricupero e Cardoso, segundo a visão de Faoro,
A estamento e patrimonialismo são características exclusivas do 
Estado republicano brasileiro, que não aderiu aos pressupos-
tos modernos e racional-burocráticos.
B as classes desprivilegiadas recusaram-se a aceitar passiva-
mente o modelo estamental de capitalismo dirigido, pois ele 
não garantia direitos sociais e trabalhistas.
C o patronato político brasileiro segue à risca os ensinamentos 
de Max Weber a respeito da composição burocrática, centra-
lizadora e patrimonial do Estado.
D como um sociólogo da classe dominante, Weber deve ser 
refutado em favor de autores progressistas. Romper com a 
tradição de pensamento liberal é uma urgência.
E o estamento burocrático e o patrimonialismo são traços da 
formação do Estado brasileiro que persistem desde os tempos 
da colonização portuguesa.
QUESTÃO 31
[...] Disso tudo e de muitos outros textos vê-se que o univer-
sal é uma intenção mental, capaz de ser predicada de muitas 
coisas. Com efeito, toda gente reconhece que todo universal 
é predicável de muitas coisas; ora, só uma intenção mental ou 
um sinal voluntariamente instituído pode predicar-se, e não uma 
substância; logo, somente uma intenção mental ou um sinal 
voluntariamente instituído é um universal. […]
Do mesmo modo, uma proposição só pode estar na mente 
ou na palavra falada ou escrita; logo, suas partes só podem 
estar na mente ou na palavra falada ou escrita; ora, essas 
coisas não são substâncias particulares. Está certo, portanto, 
que nenhuma proposição pode ser composta de substâncias, 
pois é feita de universais, e estes não são de maneira alguma 
substâncias. [...]
OCKHAM, G. Súmula de toda a lógica. In: Os pensadores, v. 8. 
São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 356.
A querela dos universais é um tópico clássico da filosofia me-
dieval segundo o qual conceitos são
A categorias necessárias do entendimento.
B objetos materiais presentes no mundo.
C entidades objetivas do mundo das ideias.
D qualidades acidentais às coisas materiais.
E sinais linguísticos com função representativa.
QUESTÃO 30
Conteúdo: Pensamento social e político/Estado e Sociedade/Formação do Brasil/
Política
C3 | H15
Difi culdade: Difícil
A questão aborda dois comentadores de Raymundo Faoro que interpretam de ma-
neira semelhante a obra do autor. Nos excertos, Cardoso e Ricupero afi rmam que 
patrimonialismo e estamento burocrático são traços persistentes no Brasil desde os 
tempos de colônia – aliás, vêm desde Portugal até os dias de hoje, embora Faoro, em 
sua edição de 1975, analise até a Era Vargas. A resposta é, portanto, alternativa E.
QUESTÃO 31
Conteúdo: A questão dos universais em Guilherme de Ockham
C1 | H1
Difi culdade: Média
O princípio conhecido como “navalha de Ockham” diz que não se deve multiplicar a 
existência de entidades desnecessariamente. Nesse sentido, ao tratar do problema 
dos universais, Guilherme de Ockham rejeita conceber os conceitos (ou universais) 
como entidades objetivas tal como o platonismo os concebia. Ora, se Ockham rejeita 
considerá-los como entidades objetivas, tem de os rejeitar também como objetos 
materiais, bem como qualidades das coisas. Por fi m, os universais não são entendi-
dos pelo fi lósofo como categorias do entendimento – esta última noção será introdu-
zida apenas no século XVIII, por Kant. Logo, os universais, para Ockham, nada mais 
são do que sinais linguísticos (escritos, falados ou pensados), utilizados pelo ser 
humano para representar os objetos do mundo.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 19
QUESTÃO 32
Leia o texto a seguir.
Portanto, nas substâncias compostas nota-se a forma e a 
matéria, como no homem a alma e o corpo. Não se pode, po-
rém, dizer que apenas um deles seja denominado essência.
De fato, que a matéria sozinha não seja a essência da coisa 
é patente, pois a coisa tanto é cognoscível como é classificada 
numa espécie ou num gênero pela sua essência […].
Também a forma sozinha não pode ser denominada es-
sência da substância composta, embora alguns se esforcem 
por afirmá-lo. Com efeito, pelo que foi dito, evidencia-se quea essência é aquilo que é significado pela definição da coisa. 
Ora, a definição das substâncias naturais contém não apenas 
a forma, mas também a matéria […].
Também não se pode dizer que a matéria é posta na defini-
ção da substância natural como um acréscimo à sua essência 
ou como um ente fora de sua essência, porque este tipo de 
definição é próprio aos acidentes que não têm uma essência 
perfeita […].
Resta, pois, que o nome de essência nas substâncias com-
postas significa aquilo que é composto de matéria e forma. […]
[…]
AQUINO, T. O ente e a essência. Petrópolis: Vozes, 2011. pp. 17-18.
De acordo com o texto de Aquino, os universais
A atuam nas próprias coisas como potência.
B estão localizados no mundo das ideias.
C existem no mundo graças à imaginação.
D são obtidos por inspeção dos fenômenos.
E são constituintes da linguagem cotidiana.
QUESTÃO 33
A violência policial é um fato – basta lembrar Carandiru, 
Candelária, Eldorado dos Carajás – não um caso isolado ou um 
“excesso” do exercício da profissão como querem fazer crer 
as corporações policiais e as autoridades ligadas ao sistema 
de justiça e segurança. E, em se tratando de um fato concreto, 
deve ser encarada como um grave problema a ser solucionado 
pela sociedade. Um grave problema porque a violência ilegítima 
praticada por agentes do Estado, que detêm o monopólio do 
uso da força, ameaça substancialmente as estruturas demo-
cráticas necessárias ao Estado de Direito.
A polícia representa o aparelho repressivo do Estado que 
tem sua atuação pautada no uso da violência legítima. É essa 
a característica principal que distingue o policial do marginal. 
Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem 
sob a lei”, ou seja, a polícia tem a função de manter a ordem, 
prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, 
dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do 
cidadão – como direito à vida e à integridade física.
[…]
TAVARES, Celma. Violência policial: uma ameaça à democracia. Disponível em: <http://
www.dhnet.org.br/dados/jornais/edh/br/jornal_edh/j5/vpolic.html>. Acesso em: 16 dez. 2015.
A partir dos conceitos das ciências sociais, sobretudo aqueles 
elaborados por Max Weber, a autora procura realizar o seguinte 
argumento
A na condição de braço armado do Estado, a polícia atua dentro 
da legalidade e os excessos por ela cometidos são casos 
isolados que precisam ser duramente combatidos.
B o monopólio da violência legítima, estudado por Weber, precisa 
harmonizar-se com os princípios da legalidade e da democra-
cia. É o que acontece na maioria dos países.
C uma crítica contundente, porém sem base estatística, à ideia 
do monopólio da violência legitimada, descrita por Max Weber 
em 1919.
D o monopólio da violência legítima, segundo a formulação de 
Weber, é utilizado pela polícia no Brasil como aval para viola-
ções aos direitos humanos mesmo em períodos democráticos.
E é impossível organizar uma polícia legalista, que respeite a 
democracia e os direitos humanos, pois ela é uma instituição 
estatal voltada para a repressão e a tortura legítima.
QUESTÃO 32
Conteúdo: A questão dos universais em Tomás de Aquino
C1 | H1
Difi culdade: Difícil
Se os universais estivessem no mundo das ideias, a essência das coisas seria a 
forma – algo que Aquino rejeita. Por outro lado, se os universais fossem obtidos 
por inspeção dos fenômenos, então nada mais seriam que a matéria visível, ou seja, 
a aparência externa das coisas – noção também rejeitada por Aquino. Afora isso, o 
fi lósofo não menciona os universais como meros sinais linguísticos, como Ockham, 
tampouco menciona o papel da imaginação no processo cognitivo humano. Portan-
to, para Aquino, discípulo medieval de Aristóteles, os universais estão nas próprias 
coisas enquanto potência, isto é, como força essencial que faz algo se desenvolver 
de modo a alcançar o estágio que lhe é próprio, por exemplo: uma semente contém 
em si a potência de se tornar fl or. Esse desenvolvimento leva em consideração tanto 
a forma quanto a matéria do ser e pode ser conhecido por abstração.
QUESTÃO 33
Conteúdo: Estado e sociedade/Violência/Democracia e cidadania
C5 | H23
Difi culdade: Média
A resposta D é a correta, na medida em que o monopólio da violência legítima, per-
tencente ao Estado – conforme explica Weber –, é utilizado no Brasil, segundo a au-
tora, como aval para que se cometam abusos e atentados à legalidade e aos direitos 
humanos não apenas nos regimes autoritários. Apesar de esse monopólio existir na 
essência do Estado, ele está submetido às leis. A manutenção da ordem deve vir, por-
tanto, junto do cumprimento das leis e do respeito ao Estado democrático de direito.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 20
QUESTÃO 34
Em investigação interna da montadora Volkswagen, diversos 
engenheiros admitiram ter instalado um software de manipu-
lação em 2008, com vista a maquiar os valores de emissões 
de gases tóxicos, informa a edição deste domingo (04/10) do 
jornal Bild.
De acordo com a reportagem, naquela ocasião, não havia 
sido encontrada nenhuma solução para adequar os padrões de 
emissões especificados com os requisitos de custos do motor. 
Por esse motivo, foi decidido o uso do software manipulador. [...]
Os motores manipulados foram instalados em carros a die-
sel da Volkswagen em todo o mundo. Somente na Alemanha, 
foram afetados 2,8 milhões de automóveis.
[…]
Engenheiros admitem fraude em investigação interna na VW; quem deu a ordem? 
Uol Notícias. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/10/04/
engenheiros-admitem-fraude-em-investigacao-interna-da-vw-quem-deu-a-ordem.htm>. 
Acesso em: 16 dez. 2015.
A reportagem evidencia que enquanto diferentes nações dis-
cutem a questão da sustentabilidade
A grandes empresas privadas com poder de contribuir para 
atingir metas ambientais vão na contramão desse discurso.
B apenas uma empresa especifi camente ainda não aderiu a um 
modelo que se preocupa com essa questão.
C apenas as empresas pequenas é que se preocupam com o 
meio ambiente e adotam políticas sérias sobre essa questão.
D a Alemanha opta por fi car de fora dessas decisões, driblando 
medidas fi scais internacionais de controle ambiental.
E as empresas públicas nacionais são as únicas que realmente 
estão voltadas a medidas de controle antipoluição.
QUESTÃO 35
Leia o texto a seguir.
A INDULGÊNCIA DO FILME “QUE HORAS ELA VOLTA?”, 
DE ANNA MUYLAERT
“Que horas ela volta?” é a pergunta feita à empregada do-
méstica Val pelo filho dos patrões, Fabinho, na primeira sequên-
cia do filme. Dita à beira de uma piscina no Morumbi, a frase 
arrasta consigo uma gama de assuntos que nós, expectadores 
de classe média urbana brasileira, conhecemos.
A mãe que trabalha fora deixa o filho pequeno aos cuidados 
de outra mãe, que, para assumir, esse lugar, não cuida dos 
próprios filhos. Esse aspecto assume a perversidade dos laços 
entre patrões e domésticas no Brasil – que, no caso particular 
retratado no filme, se abalam com a chegada a São Paulo de 
Jéssica, a filha de Val.
Vinda do nordeste fortalecido pós-Lula para prestar vesti-
bular na USP, ela fará questão de colocar o pé na porta do lar 
em que trabalha e mora sua mãe, questionando o suposto, pelo 
qual se rege Val, de que certas coisas – como nunca entrar na 
piscina dos patrões – o subalterno “já nasce sabendo”.
[…]
ANGIOLILLO, Francesca. A indulgência do filme “Que horas ela volta?”, de Anna 
Muylaert. Folha de S.Paulo, 20 set. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/
ilustrissima/2015/09/1683170-a-indulgencia-do-filme-que-horas-ela-volta-de-anna-muylaert.
shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015.
O filme brasileiro, lançado em 2015 e indicadopara disputar o 
Oscar de melhor filme estrangeiro, capta o crescimento eco-
nômico brasileiro dos últimos anos, no qual a
A classe rica do país se vê insultada pela violência das classes 
mais pobres.
B classe média entra em crise e tende a se ver como mais pobre 
diante das mudanças sociais.
C classe pobre do país encontra mais oportunidades de estudo 
e trabalho.
D classe pobre amplia seu movimento migratório em busca da 
reconquista de familiares.
E classe rica busca resgatar o contato com os fi lhos, antes dei-
xados aos cuidados de outros.
QUESTÃO 34
Conteúdo: Sustentabilidade/Meio ambiente
C6 | H28
Difi culdade: Média
A correta compreensão do texto permite inferir que grandes empresas, como a 
Volkswagen, ainda não se comprometem com causas ambientais e colocam projetos 
lucrativos acima dessa importância, apelando até mesmo para fraudes nos grupos 
de fi scalização.
QUESTÃO 35
Conteúdo: Inclusão social
C5 | H22
Difi culdade: Difícil
O fi lme em questão retrata as contradições entre diferentes classes sociais e indica 
como medidas econômicas voltadas aos grupos mais pobres resultam no confl ito 
de classes, uma vez que os pobres, mesmo que de maneira ainda tímida, passam 
a ocupar mais espaço em locais antes exclusivamente de grupos mais abastados, 
como as universidades públicas.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 21
QUESTÃO 36
FORÇA NO PEDAL
Um estudo que acaba de ser apresentado pela Ciclocidade 
[…] mostra que 40% dos entrevistados começaram a pedalar 
há menos de um ano.
Parte dessa população usava seu automóvel no dia a dia, 
como [o publicitário] Bicarato. Ele acredita que cada um pode 
– e deve – ter seu espaço, o que não depende de haver ou não 
ciclovias disponíveis.
“Ao trazer a bicicleta para minha rotina, percebi que diri-
gia bem apenas sob o ponto de vista dos demais motoristas. 
Precisava ser mais atento com ciclistas e pedestres, e isso fez 
com que eu passasse a entender que a rua não é um campo 
de guerra”, afirma o publicitário.
MORA, Rodrigo. Pesquisas confirmam percepção do ciclista de que pedalar em SP 
melhorou. Folha de S.Paulo, 4 out. 2015. Disponível em: <http://classificados.folha.uol.com.
br/veiculos/2015/10/1689654-seguranca-e-a-maior-urgencia-para-quem-pedala-em-sao-
paulo-diz-pesquisa.shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015.
A reportagem, referente à cidade de São Paulo, revela uma 
tendência mundial em grandes metrópoles, que é a de
A aumento da tensão entre ciclistas e motoristas, decorrente da 
implementação de faixas exclusivas para bicicletas.
B redução das vias de transporte público para a criação de ci-
clofaixas, reduzindo os custos das pessoas no deslocamento 
ao trabalho.
C substituição dos vales-transportes em empresas privadas pela 
oferta de bicicletas e serviços de manutenção aos trabalhadores.
D adequação das empresas produtoras de artigos esportivos 
de modo a oferecer bicicletas adaptadas para utilização em 
ciclofaixas e vias de automóveis.
E substituição de veículos particulares por formas mais susten-
táveis de transporte, reduzindo a poluição e o trânsito.
QUESTÃO 37
200
Brasil
Sudeste
Nordeste
Sul
Norte
Centro-Oeste
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
POPULAÇÃO NOS CENSOS DEMOGRÁFICOS
SEGUNDO AS REGIÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS 
(1940-2010)
população
(em milhões)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. 
Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm>. 
Acesso em: 16 dez. 2015.
Os dados do gráfico confirmam que no Brasil, ao longo do 
século XX e início do século XXI,
A regiões economicamente mais desenvolvidas tiveram maior 
crescimento populacional absoluto.
B o crescimento populacional percentual individual regional coin-
cide com o crescimento percentual nacional.
C o crescimento populacional percentual do Sudeste é inferior 
ao crescimento percentual das demais regiões.
D regiões economicamente menos desenvolvidas apresentaram 
o maior crescimento populacional percentual.
E o crescimento populacional absoluto entre as regiões se deu 
de forma signifi cativamente diferenciada.
QUESTÃO 36
Conteúdo: Ciclofaixas/Problemas urbanos/Transportes alternativos/Poluição/Trânsito
C3 | H11
Difi culdade: Fácil
De modo geral, as grandes metrópoles são acometidas pelo estrangulamento das 
vias de transporte, cujos resultados são trânsito intenso e altos índices de poluição. 
Uma alternativa que vem sendo adotada em diferentes cidades é a adesão a trans-
portes alternativos e não poluidores, como as bicicletas, com o objetivo de reduzir os 
efeitos nocivos do trânsito de veículos particulares.
QUESTÃO 37
Conteúdo: Demografi a do Brasil
C2 | H6
Difi culdade: Difícil
O gráfi co indica que regiões como Sudeste e Nordeste tiveram crescimento absoluto 
maior em relação às demais regiões. Esse quadro se deve, entre outros fatores, aos 
processos de êxodo rural e maior acesso aos sistemas de saúde em áreas urbanas 
dessas regiões.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 22
QUESTÃO 38
Leia o trecho a seguir.
A Rússia, madura para a revolução social, cansada de guer-
ra e à beira da derrota, foi o primeiro dos regimes da Europa 
Central e Oriental a ruir sob as pressões e tensões da Primeira 
Guerra Mundial. A explosão era esperada, embora ninguém 
pudesse prever o momento e ocasião da detonação. Poucas 
semanas antes da revolução de fevereiro, Lenin ainda se per-
guntava em seu exílio suíço se viveria para vê-la. Na verdade, 
o governo do czar desmoronou quando uma manifestação de 
operárias (no habitual “Dia da Mulher” do movimento socia-
lista – 8 de março) se combinou com um lock-out industrial 
na notoriamente militante metalúrgica Putilov e produziu uma 
greve geral e a invasão do centro da capital, do outro lado do 
rio gelado, basicamente para exigir pão. […]
[…]
HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos. O breve século XX: 1914-1991. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 66.
Em 1917, a Rússia passava por crise econômica. Naquele ano 
eclodiu uma série de manifestações de trabalhadores e greves 
nas áreas urbanas do país. Essa insatisfação popular foi intensi-
ficada após a grande quantidade de mortos na Primeira Guerra 
Mundial. Com base nessas informações, pode-se dizer que
A a instabilidade econômica na Rússia foi o principal motivo para 
a insatisfação da nobreza russa.
B a entrada da Rússia ao lado da Tríplice Entente na Primeira 
Guerra desencadeou o processo revolucionário.
C as manifestações populares na Rússia e a Primeira Guerra 
Mundial aceleraram o processo revolucionário.
D a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial contribuiu para 
a insatisfação popular que almejava sair vitoriosa.
E a insatisfação da população russa estava relacionada mais 
aos problemas de ordem social do que econômicos.
QUESTÃO 39
[...] Os movimentos sociais dos anos 1960 moldaram e 
foram influenciados por novos desenvolvimentos culturais. 
Críticas aos valores e convenções da classe média foram ex-
pressas em novos estilos de vida. O mais famoso exemplo é 
dos hippies, que usaram roupas rústicas, cabelos compridos 
e drogas, rejeitando a banalidade da sociedade moderna. […] 
Poucos abraçaram essa vida completamente, mas muitas des-
sas novas práticas sociais refletiram-se em correntes culturais 
na sociedade como um todo. [...]
KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. 
São Paulo: Contexto, 2013. p. 252.
Nos Estados Unidos, os anos 1960 foram marcados pela luta 
por igualdade racial e pelo auge do movimento de contracul-
tura. Uma das principais expressões do inconformismo da ju-
ventude estadunidenserecai no movimento hippie. Com base 
nessas informações, podemos dizer que o movimento hippie
A contestou tanto o capitalismo, por causa das desigualdades 
sociais, quanto o comunismo, pelo autoritarismo e violência.
B tinha como objetivos estipular mudanças sociais e enqua-
drar-se nas estruturas sociais vigentes nos Estados Unidos.
C criticou o consumo exacerbado da classe média estaduni-
dense, que não se adequava às concepções tradicionais do 
capitalismo.
D defendia mudanças nas vestimentas e modo de vida para pro-
mover a construção de uma sociedade nos moldes soviéticos.
E foi a expressão da juventude estadunidense descrente na pos-
sibilidade de mudanças das estruturas sociais nos Estados 
Unidos.
QUESTÃO 38
Conteúdo: O processo revolucionário russo de 1917
C2 | H8
Difi culdade: Média
A Rússia passou por uma série de manifestações no ano de 1917. A insatisfação 
popular era refl exo das crises econômica e social. Além disso, havia outro agravante: 
os problemas enfrentados pelo Exército russo na Primeira Guerra Mundial. Essa série 
de fatores acelerou o processo revolucionário em curso desde 1905.
QUESTÃO 39
Conteúdo: O movimento hippie nos Estados Unidos
C1 | H3
Difi culdade: Média
Os anos 1960 foram marcados por uma série de movimentos contestatórios ao re-
dor do mundo. Nos Estados Unidos não foi diferente. O movimento hippie exigia 
mudanças nos valores e costumes, sobretudo os ligados ao capitalismo, exercendo 
importante papel político no período.
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 23
QUESTÃO 40
Observe a charge de Luiz Gê.
Luiz Gê. Shopping-City News, 1979. In: LEMOS, Renato (Org.). 
Uma história do Brasil através da caricatura. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2001. p. 104.
A ditadura militar foi instaurada no Brasil em 1964 e perdurou 
até o ano de 1984. Ela trouxe consigo uma série de arbitrarie-
dades contra os Direitos humanos, como por exemplo a tortura. 
A Lei de Anistia assinada em 1979 pelo presidente Figueiredo 
deu início ao processo de abertura política. A lei concedia per-
dão aos crimes políticos cometidos durante o governo. Essas 
informações revelam
A o retorno dos exilados que se refugiaram em outros países 
para evitar as prisões.
B o perdão aos crimes políticos cometidos tanto pela esquerda 
quanto pela direita.
C a Lei de Anistia tinha como objetivo anular todos crimes dos 
torturadores.
D a Lei de Anistia visava perdoar os crimes cometidos pela es-
querda até 1979.
E a Lei de Anistia visava libertar todas as pessoas que foram 
presas durante a ditadura militar.
QUESTÃO 41
A internet é um marco revolucionário no mundo todo. O tema 
já era abordado por inúmeros artistas, como Gilberto Gil, nos 
anos finais do século passado. Veja o trecho de uma de suas 
canções.
PELA INTERNET
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
[...]
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
[…]
GIL, Gilberto. Pela Internet. Álbum Quanta. Warner Music, 1997.
Atualmente, ao analisar o trecho apresentado, fica evidente a
A necessidade antiga de os artistas misturarem suas crenças 
religiosas com suas obras e difundi-las pela internet.
B intensidade da evolução tecnológica, uma vez que produtos 
como disquete já não são mais produzidos e nem utilizados.
C a defi ciente formação digital do artista na época, uma vez que 
mistura elementos reais, como a jangada, com virtuais, como 
o web site.
D percepção do artista de que a população mais pobre não teria 
condições de se inserir digitalmente, confundindo elementos 
reais e virtuais.
E difi culdade inicial dos desenvolvedores da internet em diferen-
ciar web site de home-page, cujo efeito atingia a população.
QUESTÃO 40
Conteúdo: A Lei de Anistia no Brasil
C3 | H12
Difi culdade: Média
A Lei de Anistia tinha como objetivo anular os crimes cometidos tanto pela esquerda 
quanto pelas pessoas que fi zeram parte do governo daquele período.
QUESTÃO 41
Conteúdo: Tecnologia/Meio técnico-científi co-informacional
C4 | H18
Difi culdade: Fácil
Uma das características principais do momento atual em que vivemos é a rápida 
evolução tecnológica apoiada na ciência, já analisada pelo geógrafo Milton Santos. 
O trecho da canção, lançada em 1996, utiliza o termo “disquete”, cuja produção já 
foi extinta e o produto já foi substituído por outros, mais modernos e de maior ca-
pacidade de armazenamento, como pen drives e HDs externos. A música, portanto, 
que já foi uma obra artística de vanguarda, hoje é marca de um período passado.
Lu
iz
 G
ê
CH - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 24
QUESTÃO 42
Leia os textos a seguir.
TEXTO I
Em seu pronunciamento de rádio e TV sobre o fim do racio-
namento, o presidente Fernando Henrique Cardoso vai dizer 
que o povo brasileiro foi o grande responsável pelo sucesso do 
plano para economizar energia, mas que o “o governo também 
fez sua parte”.
“Você apagou a luz e iluminou o Brasil”, diz FHC em seu 
discurso, que irá ao ar às 20h, em cadeia nacional.
[…]
CUCOLO, Eduardo. “Você apagou a luz e iluminou o Brasil”, diz FHC em cadeia de TV. 
Folha de S.Paulo, 19 fev. 2002. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/
ult91u41961.shtml>. Acesso em: 16 dez. 2015.
TEXTO II
Um racionamento de energia no Brasil em 2015 é mais pro-
vável que em 2014, afirmam consultores especializados no setor 
elétrico, considerando as mais recentes previsões de chuva 
que indicam que o nível dos reservatórios de hidrelétricas da 
região Sudeste tende a iniciar o ano que vem em situação pior 
à enfrentada no início de 2001, ano do racionamento.
O período úmido, em que o nível das represas das hidrelé-
tricas tende a crescer, ainda está começando, de forma que 
um anúncio de racionamento não deve ocorrer no curto prazo.
Mas se as chuvas não vierem pelo menos dentro da média 
histórica para o período, conforme o melhor cenário apontado 
pelas previsões atuais, um racionamento em 2015 será neces-
sário, segundo consultores.
[…]
Chance de racionamento de energia em 2015 pode ser maior. Exame.com, 27 out. 2014. 
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/chance-de-racionamento-de-
energia-em-2015-pode-ser-maior>. Acesso em: 16 dez. 2015.
A comparação entre os textos permite observar o histórico do 
problema energético no país, sendo que
A apesar de mudar a causa desse problema, as políticas públi-
cas ainda não são adequadas para evitar racionamentos.
B fi ca nítida a culpa da população nos dois casos, já que o 
desperdício não foi evitado a tempo, gerando racionamentos.
C a solução está relacionada à troca de partido da presidência, 
já que o primeiro partido evitou o racionamento.
D nos dois casos a quantidade de chuvas é sempre a premissa 
central, e maiores médias históricas garantem abastecimento.
E o primeiro está ligado às usinas termelétricas no Nordeste do 
país e o segundo ligado às usinas hidrelétricas no Sudeste.
QUESTÃO 43
Leia o trecho a seguir.
Lula chegou ao poder depois de abrir mão das posições 
radicais do PT, sobretudo em relação à economia, o que fez 
por meio do documento intitulado “Carta ao Povo Brasileiro”. 
[…] Era o “Lulinha, Paz e Amor”, como foi designado, em con-
traposição à sua imagem de radical. De fato, logo após a sua 
posse, os juros foram elevados para deter a inflação.
FICO, Carlos. História do Brasil contemporâneo. São Paulo: Contexto, 2015. p. 133.
A chegada de Lula à presidência da República é marcada por 
três tentativas malogradas nas eleições de 1989, 1993 e 1997. 
Com base nessas informações, afirma-se que
A a política adotada pelo ex-presidente Lula foi centrada a partir 
de 2002 nas mudanças das estruturas econômicas do país.
B a postura política de Lula foi alterada com

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