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AULA 5 - Ação Indenizatória

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ
ANTÔNIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ________, expedida pelo ________, inscrito no CPF nº ________, residente e domiciliado ________________________, vem por seu advogado infra-assinado que para efeitos do art. 39, I, CPC, indica o endereço profissional ________________________, à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
pelo Rito Ordinário, em face de JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ________, expedida pelo ________, inscrito no CPF nº ________, residente e domiciliado ________________________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
Menciona o reclamante que no mês de agosto de 2013, adquiriu do João, então réu, um veículo pelo valor de R$ 30 mil. Insta salientar que tal pagamento foi feito à vista.
Contudo, no mês posterior, ao efetuar a transferência da propriedade do veículo junto ao órgão responsável, teve que pagar a quantia de R$ 4 mil referente a multas por violação das Leis de Trânsito, além das respectivas taxas de transferência. Cabe ressaltar que tais multas não foram informadas na celebração do contrato de compra e venda.
Ocorre que em dezembro do mesmo ano, o veículo foi apreendido pela polícia por ter sido objeto de furto na cidade de São Paulo/SP.
O autor tentou, por diversas vezes, uma solução amigável para o conflito, todavia, todas frustradas em razão de o réu ter transferido sua residência para a cidade do Rio de Janeiro, endereço esse informado pelo órgão estadual de trânsito.
Diante de todo o exposto, não restou alternativa senão ingressar com a presente ação indenizatória.
DOS FUNDAMENTOS
	Conforme se apura do artigo 104, inciso II do CC, o objeto da presente ação é ilícito, de forma que está faltando um dos elementos constitutivos do negócio jurídico. Desta forma, como o veículo era furtado na realidade o objeto é ilícito, não havendo que se falar em negócio jurídico válido, conforme e artigo 123, inciso II do CC. 
Além disso, o artigo 186 do CC prevê que aquele que violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E conforme diz o artigo 927 do CC, aquele que por ato ilícito causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Desta forma, não há dúvidas quanto à responsabilidade civil do réu ao autor.
Diante do exposto, assim sendo, o autor sofreu um dano material de R$ 34 mil que devem ser ressarcidos pelo réu. Observando o constrangimento sofrido, mencionando ainda há responsabilidade pelos riscos da evicção, é correto afirmar que é devido ao autor o pagamento a títulos de danos morais desde já mencionados na ordem de R$ 100 mil.
Maria Helena Diniz, ao tratar do dano moral, ressalva que a reparação tem sua dupla função, a penal “constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando à diminuição de seu patrimônio pela indenização paga ao ofendido, visto que o bem jurídico da pessoa (integridade física, moral e intelectual) não poderá ser violado impunemente”, e a função satisfatória ou compensatória, pois “como o dano moral constitui um menoscabo a interesses jurídicos extrapatrimoniais, provocando sentimentos que não têm preço, a reparação pecuniária visa proporcionar ao prejudicado uma satisfação que atenue a ofensa causada”.
	
DOS PEDIDOS
	Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
a) A citação do réu para responder a presente sob pena de revelia e confissão se não o fizer;
b) Que seja julgado procedente o pedido de condenação do réu ao pagamento de R$ 34 mil a títulos de danos materiais;
c) Que seja julgado procedente o pedido de condenação do réu ao pagamento de R$ 100 mil a títulos de danos morais;
d) A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios.
DAS PROVAS
	Diante do exposto requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial, documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 134 mil.
	
Nestes termos, pede deferimento.
(Local) e (Data)
______________________
Nome do Advogado
OAB / Sigla do Estado
Universidade Estácio/Macaé - Daílis Coelho de Lima Barros Lopes - Matrícula: 201102323209

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