Buscar

1 CAPÍTULO HERMENÊUTICA

Prévia do material em texto

HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Acolhendo o entendimento de Carlos Maximiliano a Hermenêutica “tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito”. [1: MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2011, p.1.]
Consoante Renata Malta Vilas-Boas podemos afirmar que "hermenêutica jurídica é uma ciência com um objeto específico — a sistematização e o estabelecimento das normas, regras e; ou processos que buscam tornar possível a interpretação e fixar o sentido e o alcance das normas jurídicas".Sendo o meio de interpretação apontado como ciência que apresenta regras bem estruturadas que proporciona critérios e princípios que direcionam a interpretação, atendendo como instrumento de efetuação do Direito.[2: GUIMARÃES, Arianna Stagni. A importância dos princípios jurídicos no processo de interpretação constitucional. 1a ed. São Paulo: LTr, 2003. P.57]
A hermenêutica jurídica é a “ciência auxiliar do direito que tem por objetivo estabelecer princípios e regras tendentes a tornar possíveis a interpretação e a explicação não só das leis como também do direito como sistema. ” [3: MAXIMILIANO, Carlos. op. cit., p. 2.]
Não devem ser postas como sinônimos a hermenêutica e a interpretação, sendo a interpretação prática dos preceitos da hermenêutica. Em outras palavras a hermenêutica é a ciência que, teoricamente, aduz à interpretação, os métodos e processos que devem ser atentados pelo intérprete.[4: COELHO, Inocêncio Mártires. Interpretação Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 105. ]
Vicente Ráo em sábias palavras nos explica que:
 A hermenêutica tem por objeto investigar e coordenar, por meio sistemático, os princípios científicos e leis decorrentes que disciplinam a apuração do conteúdo, do sentido e dos fins das normas jurídicas e a restauração do conceito orgânico do Direito, para efeito de sua aplicação; a interpretação, por meio de regras e processos especiais, procurando realizar, praticamente, estes princípios e estas leis científicas; a aplicação das normas jurídicas consiste na técnica de adaptação dos preceitos, nelas contidos e assim interpretados, às situações de fato que se lhes subordinam.[5: MACHADO Neto, A. L. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. São Paulo: Saraiva,1975, p. 216-217]
Como explica Manoel Gonçalves Ferreira Filho, “por meio da interpretação é que o aplicador da norma, ou o destinatário desta, procura o sentido dela no exame do enunciado normativo”.A interpretação, assim, é exercida no caso concreto, admitindo ao indivíduo a atribuição de retirar o lídimo alcance, o conceito da norma jurídica. [6: FERREIRA FILHO, Manoel Goncalves. Curso de Direito Constitucional. Saraiva: 38º edição, 2012, p.100. ]
Para Celso Ribeiro Bastos, “a interpretação tem sempre em vista um caso determinado”. Cabendo extrair que exercitar a interpretação torna-se possível quando se está diante de um caso a fazer jus da decisão.[7: Hermenêutica e interpretação constitucional, São Paulo: Celso Bastos Editor, 1997, p.21.]
 Nesse sentido a hermenêutica é imaterial, isto é, não possui um conflito a ser solucionado. Por outro lado, a interpretação acontece em confronto com o caso concreto a ser constatado pelo judiciário. Para tanto, a conclusão referente a hermeneutica é de que, trata-se da ciência que estuda a interpretação dos dispositivos, atendendo ao caso concreto.
Evidencia Uadi Lammêgo Bulos, que a supramencionada ciência busca “sintetizar critérios, métodos regras, princípios científicos que possibilitem a descoberta do conteúdo, sentido alcance e significado das normas jurídicas”.[8: BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014, 9º edição, p.437]
A doutrina sustenta que nenhuma norma dispensa interpretação, tendo em vista que a singela leitura do texto normativo provoca uma forma de interpretação.
Assim sustenta Caio Mário da Silva Pereira:
 Toda lei está sujeita a interpretação. Toda norma jurídica tem de ser interpretada, porque o direito objetivo, qualquer que seja sua roupagem exterior, exige seja entendido para ser aplicado, e neste entendimento vem consignada a sua interpretação. Inexato é, portanto, sustentar que somente os preceitos obscuros, ambíguos ou confusos exigem interpretação, e que a clareza do dispositivo a dispensa, como se repete na velha parêmia in claris cessat interpretatio.[9: PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições Vol. 1 - Introdução. Forense, 24º edição, p. 155 ]
1.2. PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
A Constituição da República disciplina diferentes bens e direitos, evidenciando valores que podem colidir, para tanto, torna-se necessário a utilização das técnicas de interpretação constitucional, para dar solução, no caso concreto, ademais, garantir eficácia e aplicabilidade para todas as normas constitucionais. 
A interpretação das normas constitucionais é desenvolvida pela doutrina e pela jurisprudência que afirma a existência de um conjunto de princípios a serem observados a partir de critérios ou premissas distintas, mas que se completam, o que define o caráter unitário da ação de interpretar. [10: COELHO, Inocêncio Mártires. Interpretação Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011, 4º edição, p.137.]
 Tais princípios, para a maioria dos autores, são os da unidade da Constituição, da concordância prática, da correção funcional, da eficácia integradora, da força normativa da Constituição, e da máxima efetividade. Afora esses princípios, apontam-se, ainda, embora não estejam ligados exclusivamente á exegese constitucional, o princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, o da interpretação conforme a Constituição, e o da presunção de constitucionalidade das leis, sendo o primeiro um princípio de ponderação, que se reputa aplicável ao direito, em geral, enquanto os dois últimos são utilizados essencialmente no controle de constitucionalidade das leis.[11: MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 3ª Edição, Ed. Saraiva, p. 110]
Os princípios não possuem condão normativo, ou seja, eles não abalizam respaldo para interpretações obrigatórias, sendo observadas apenas como pontos de vistas interpretativos que se movem como argumentos sem aumento ou diminuição gradativa tampouco limite para solver conflitos de interpretação, mas que, porém, não trazem legitimidade para valorizar nem estabelecer quais devam ser aplicados em dada circunstância hermenêutica.[12: COELHO, Inocêncio Mártires. Interpretação Constitucional. São Paulo: Saraiva, 4º edição, p.155.]
1.3. PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO 
Esse princípio visa estabelecer preceitos integrados alcançando um sistema unitário de regras e princípios firmados na Constituição Federal. Apontando que as normas constitucionais sejam abarcadas em unidade e harmonia, pretendendo não permitir a visão de um conjunto de normas isoladas.A ordem jurídica é uma só, apesar de para motivos didáticos oferecerem uma divisão dos ramos. [13: SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constituicional. 37º edição, 2013, p. 340 ]
 Observa-se que a Constiuição não traz definições de como conquistar a referida harmonia, tendo em vista que a própria Carta magna não hierarquiza os bens e valores protegidos pelas suas disposições. Anota-se a o posicionamento de Karl Larenz de que “não existe uma ordem hierárquica de todos os bens e valores jurídicos em que possamos ler o resultado como uma tabela. ” Dessa forma, simplesmente ocorre um juízo de adequação material entre o que os interpretes da Constituição decidem e aquilo que a própria sociedade em seu respectivo momento histórico considere justo. [14: DANTAS, Paulo Roberto de Figueiredo. Direito Processual Constitucional. São Paulo, 2014, 5º ed. p. 156]
Neste mesmosentido vale ressaltar o que nos ensina Luís Roberto Barroso:
 “É precisamente por existir pluralidade de concepções que se torna imprescindível a unidade na interpretação. Afinal, a Constituição não é um conjunto de normas justapostas, mas um sistema normativo fundado em determinadas ideias que configuram um núcleo irredutível, condicionante da inteligência de qualquer de suas partes. O princípio da unidade é uma especificação da interpretação sistemática, e impõe ao intérprete o dever de harmonizar as tensões e contradições entre normas. ” [15: BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo.São Paulo: Saraiva, 2011, pp. 293-294]
Para tanto, pretende-se pelo princípio da unidade da constituição obstar a ocorrência de conflitos das normas constitucionais, no sentido de conquistar uma constituição interpretada harmonicamente, vista como um todo, de forma que, da extração interpretativa de suas normas, não traga direcionamentos incongruentes. 
1.4. PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA 
 
Defende que, quando bens jurídicos fixados por normas constitucionais diversas entram em divergência, é preciso considerar uma interpretação que melhor os harmonize, de forma que a cada um dos direitos lhe serão atribuídas a maior extensão possível, sem que haja imposição de um sobre o outro. 
A partir do ímpeto desse princípio, muito utilizado no embate entre direitos e garantias fundamentais, objetiva-se alcançar uma concepção de simultaneidade entre os referidos direitos, isto é, “um ponto de coexistência”, deste modo, fazendo com que um e outro cedam mutuamente, para que harmoniosamente possam conviver. O princípio em questão, por esse motivo também é conhecido por princípio da cedência recíproca.[16: DANTAS, Paulo Roberto de Figueiredo. Direito Processual Constitucional. São Paulo, 2014, 5º ed. p. 161]
1.5. PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO 
Aponta que na atividade de interpretação da Constituição Federal, deve-se anelar pela atualização das normas, considerando a realidade social atual e não somente os aspectos históricos de sua edição para atingir maior fortalecimento dos preceitos constitucionais.
A força normativa da Constituição aborda à efetividade plena das normas presentes na Constituição de um Estado. O princípio foi enxergado por Konrad Hesse, ao passo que afirmava que “toda norma Constitucional deve ser revestida de um mínimo de eficácia, sob pena de figurar letra morta em papel”. Ainda, Hesse explica que “a Constituição não configura apenas o ser, mas um dever ser,” ou melhor, a Constituição deve introduzir em seu âmago a realidade jurídica do Estado, ficando ligada a realidade social. [17: NEIVA, Gerivaldo Alves. Os fatores reais do poder e força normativa da Constituição. Articulações entre Konrad Hesse, Ferdinand Lassalle e Gramsci. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1889, 2 set. 2008. Disponível em:<http://jus.uol.com.br/revista/texto/11664>. Acesso em: 03 out. 2017 ][18: Idem.]
1.6. PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE 
Este princípio encontra-se adstrito ao supramencionado princípio da força normativa da constituição, preconiza que a interpretação das normas constitucionais se aproxime da maior eficácia e aplicabilidade possível. O Referido princípio é também chamado de princípio da eficiência, muito aproveitado na peripécia dos Direitos e Garantias Fundamentais, especialmente quando em conflito com outras determinações constitucionais. 
Nesta esteira, o doutrinador Luís Roberto Barroso aduz:
 O interprete constitucional deve ter compromisso com a efetividade da Constituição: entre interpretações alternativas e plausíveis, deverá prestigiar aquela que permita a atuação da vontade constitucional, evitando, no limite do possível, soluções que refugiem no argumento da não auto aplicabilidade da norma ou na ocorrência de omissão do legislador. [19: BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional, São Paulo: Saraiva, 2011, p. 295]
1.7. PRINCÍPIO DA JUSTEZA, CORREÇÃO OU CONFORMIDADE FUNCIONAL 
O princípio da Justeza indica que as disposições constitucionais devem ser interpretadas de forma a não modificar a distribuição de competências definida pela Cartar Magna, até mesmo na separação funcional dos Poderes constituídos, são eles Legislativo, Executivo e Judiciário. 
De acordo com o professor Marcelo Novelino “ele atua no sentido de impedir que os órgãos encarregados da interpretação da Constituição, sobretudo o Tribunal Constitucional, cheguem a um resultado contrário ao esquema organizatório-funcional estabelecido por ela.” Ou seja, dispõe o referido princípio que ao intérprete da Constituição, o Supremo Tribunal Federal, é vedado mudar a divisão de competências fixadas pela própria Constituição Federal.[20: NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Editora Método, 2009, 3ª ed. p. 79. ]
1.8. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA INTEGRADORA 
Entoa este princípio que a interpretação constitucional em sua totalidade deve ambicionar a solvência dos problemas jurídico-constitucionais com fundamento em parâmetros que contribuam para integração social e a unidade política, tendo em vista que, o sistema jurídico só se torna exequível quando se trata de um Estado que predomine a concordância sociopolítica, e a Constituição pretende exatamente prosperar essa harmonia.
Vaticina Inocêncio Mártires Coelho:
 Em que pese a indispensabilidade dessa integração para a normalidade constitucional, nem por isso é dado aos intérpretes/aplicadores da Constituição subverter-lhe a letra e o espírito para alcançar, a qualquer custo, esse objetivo, até porque, à partida, a Lei Fundamental se mostra submissa a outros valores, desde logo reputados superiores – como a dignidade humana, a democracia e o pluralismo, por exemplo –, que precedem a sua elaboração, nela se incorporam e, afinal, seguem dirigindo a sua realização.[21: COELHO, Inocêncio Mártires. op. cit., p. 178.]
1.9. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E ATOS DO PODER PÚBLICO
Alude esse princípio que as leis e atos editados pelo Poder Público achem-se julgados constitucionais, e por corolário perfeitamente cumpridos, até que seja declarado sua inconstitucionalidade mediante decisão judicial. Outrossim, o princípio refere-se ao precedente princípio da separação dos poderes, que estabelece que um Poder não turbe a seara de competência de outros Poderes. 
1.10. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO 
1.11. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE
Prescreve que a interpretação da regulamentação constitucional deve ser de forma razoável e proporcional, destarte, o que traz sustentação a adequação dos meios aplicados estarem em pertinência com os fins ambicionados pela norma, carecendo o intérprete de buscar obsequiar aos bens jurídicos por elas amparados a aplicação mais justa e imparcial.
Conforme o festejado magistério de Luís Roberto Barroso o referido princípio é:
 Um valioso instrumento de proteção dos direitos fundamentais e do interesse público, por permitir o controle da discricionariedade dos atos do Poder Público e por funcionar como a medida com que a norma deve ser interpretada no caso concreto para a melhor realização do fim constitucional nela embutido ou decorrente do sistema.[22: BARROSO, Luís Roberto. Op. cit., p 191.]
O extenso rol de direitos fundamentais e o grande número de princípios espalhados por todo o texto, numa época de ascensão do neoconstitucionalismo, foi o combustível necessário para se atribuir força normativa aos princípios, para se admitir a resolução de conflitos por meio da ponderação, com o auxílio dos postulados normativos da razoabilidade e da proporcionalidade, e para reconhecer a eficácia irradiante das normas constitucionais182 - EFEITO DAS DECISÕES NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
O sistema jurídico brasileiro é hierarquizado, estando a Constituição da República Federativa do Brasil em lugar de supremacia. Todos os atos do Poder Público, sejam do Poder Legislativo, ou do Poder Executivo estão sujeitos às disposições constitucionais. [23: SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37º edição. São Paulo: Malheiros 2013, p. 161 ][24: CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Controle de constitucionalidade: teoria e prática. 6ª ed. Bahia: Juspodivm, 2012, p.42]
No entanto, repetidamente, a supremacia da Constituição é ameaçada, devido a difusão de atos normativos infraconstitucionais, que passam a fazer parte do ordenamento jurídico com grande frequência. Em virtude disso, manifestou-se a necessidade de iniciar mecanismos de proteção ao texto constitucional, declarando inconstitucionais as normas que não sejam compatíveis com ele.[25: CUNHA JÚNIOR, Dirley da. op.cit p. 180]
José Afonso da Silva sustenta que “haverá uma incompatibilidade vertical entre o ato normativo eivado de inconstitucionalidade e a CF, e nesse caso prevalecerá o texto constitucional sendo inválido o ato normativo que o contrarie. ”[26: SILVA, José Afonso. op.cit. p.48]
A doutrina admite três padrões que se destinam a assegurar a supremacia constitucional: O norte- americano, o austríaco e o francês. O modelo norte-americano, é difuso e adota a teoria da nulidade, isto é, sendo a lei inconstitucional ela é nula. No sistema austríaco, também chamado de sistema europeu, decorrente da doutrina de Kelsen, o controle de constitucionalidade é exercido de forma exclusiva por um Tribunal Constitucional e impera a teoria da anulabilidade da lei inconstitucional. Na França, o controle de constitucionalidade é exercido por um órgão diverso dos demais poderes. [27: MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 28ª ed. São Paulo: Atlas 2012, p. 175][28: OLIVEIRA, Aline Lima de. A limitação dos efeitos temporais da declaração de inconstitucionalidade no Brasil: uma análise da influência dos modelos norte-americano, austríaco e alemão. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008, p.90][29: OLIVEIRA, Aline Lima de. op.cit., p.92][30: ALMEIDA, Vânia Hack de. Controle de Constitucionalidade. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2005, p.155]
Quanto ao momento o Controle de constitucionalidade no Brasil pode ser preventivo ou repressivo. O controle preventivo é substancialmente político, com apenas uma exceção criada pela jurisprudência do STF. Todavia, neste trabalho apenas nos interessa o estudo e analise do controle repressivo que é por sua vez eminentemente jurídico, conforme passamos a explanar.
O sistema misto é adotado pelo controle repressivo de constitucionalidade brasileiro, provindo dos modelos americano e austríaco. O controle difuso, proveniente do direito norte-americano, de outra forma é chamado de “controle pela via indireta, incidental, prejudicial, aberto, do caso concreto, via de exceção ou por defesa”. O controle concentrado deriva do sistema austríaco e também é intitulado abstrato, pela via direta, objetivo, principal, fechado, ou por ação.[31: ALMEIDA, Vânia Hack de.op,cit., p.95][32: ALMEIDA, Vânia Hack de.op.cit., p.96]
O Supremo Tribunal Federal, é o órgão máximo do Poder Judiciário e exerce controle de constitucionalidade, seja pela via difusa, quando julga casos concretos, seja também e principalmente pela via concentrada, sendo o órgão competente para julgar as ações objetivas cujo parâmetro seja a constituição federal.[33: MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes obrigatórios. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p.73.]
2.1 EFEITOS DA DECISÃO NO CONTROLE CONCENTRADO

Continue navegando