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Cerebelo

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Cerebelo
Jessica Castro
Cerebelo
Estrutura paralela ao córtex motor no controle do movimento. Não gera movimento, só corrige.
1)Funções:
-Manutenção do equilíbrio e da postura
-controle do tônus muscular
-planejamento dos movimentos voluntários
-aprendizagem motora
2)Lesão: perda de movimentos finos, perda de coordenação de movimentos (ataxia = impossibilidade de realizar certos movimentos). A lesão não causa paralisia, nem percepção proprioceptiva.
3)Anatomia
É posterior aos gânglios da base e ao tronco encefálico.
Possui estratificação parecida com homúnculo cerebral, com representações das estruturas do córtex, ou seja, possui organização semelhante ao cérebro.
Núcleos profundos (denteado, interposto e fastígio)→ saída do cerebelo. As células de saída do cerebelo convergem pra essa região. Eferência cerebelar
Pedúnculo → entrada do cerebelo. Aqui chegam fibras vindas dos gânglios da base, da medula e do córtex. 
Sistema de duas entradas (uma motora e outra sensorial) e uma saída.
Córtex convoluta →Representa o córtex. No cérebro há uma área correspondente à mão esquerda, da mesma forma no cerebelo há um grupo de neurônios que correspondem à mão esquerda, ou seja, o cerebelo é um “espelho” do cérebro.
Cada cor representa áreas de mesma origem anatohistológica
Vestibulocerebelar/arquicerebelo→ controle do movimento, equilíbrio e controle do movimento dos olhos
Cerebrocerebelar/neocerebelo → recebe fibras direto do cérebro. É envolvida com planejamento e iniciação do movimento voluntário
Espinocerebelar/paleocerebelo → recebe fibras direto da medula. É envolvida com a regulação do tônus muscular e regulação dos movimentos voluntários.
4)Camadas do cerebelo
a)Camada molecular:
Possui fibras paralelas na região mais cortical (fibras paralelas = axônios das células granulosas), fibra trepadeira (faz sinapse com dendritos das células de purkinje), célula estrelada (célula de interligação que possui muitos axônios, tipo interneurônio, pois recebe PA de várias regiões) e dendritos das células de purkinje.
b)Camada de células de Purkinje: possui corpos celulares das células de purkinje e corpos celulares das células em cesto (também tipo interneurônio)
c) Camada granulosa: Possui corpos celulares das células granulosas, corpos celulares das células de Golgi, os axônios das células de Purkinje e é o local de chegada das fibras trepadeira e musgosa.
Aqui a fibra musgosa faz sua sinapse com as células granulosas. 
Obs: Fibras musgosas → vêm dos núcleos da ponte, dos núcleos vestibulares e do trato espino-cerebelar
Fibras trepadeira → vem dos núcleos olivares inferiores contralaterais.
As duas fibras são aferentes
5) Circuito
Modula intensidade e ritmo de saída dos impulsos eferentes do cerebelo que vão influenciar os diferentes níveis da motricidade.
Fibra musgosa (aferência) → faz sinapse com corpo celular da célula granulosa. Esta última possui axônios que vão formar as fibras paralelas que fazem sinapse com os dendritos das céls. de purkinje. A musgosa também faz sinapse com núcleos profundos.
Fibra trepadeira (aferência) → espiraliza-se nos dendritos das céls de purkinje e fazem sinapse com esses. A trepadeira também faz sinapse com núcleos profundos.
Neurônio local (células em cesto) → sinapse com corpo celular e dendritos da céls de purkinje
Axônio das cels de purkinje → faz sinapse com neurônios dos núcleos profundos (eferência).
*As cels de purkinje são inibitórias dos núcleos profundos, ou seja, são inibidores de eferência. As fibras trepadeiras e fibras paralelas excitam as células de purkinje e as células em cesto são inibidoras de purkinje.
*As fibras musgosas são excitatórias e ativam núcleos profundos (nisso o estímulo pode sair imediatamente), ativam células de Golgi e células granulosas. As cels granulosas, uma vez excitadas, através de suas fibras paralelas, vão ativar Purkinje (que inibe núcleos profundos), células em cesto (que inibe purkinje) as células de Golgi (que inibe a própria cel granulosa)
Obs.: O fato das células granulosa (GR) ativar uma célula que a inibe (célula de Golgi) caracteriza uma automodulação, um feedback negativo.
*Uma vez que as células em cesto são ativadas pelas f. Paralelas, a cél de purkinje é inibida, dessa maneira, purkinje não consegue inibir os núcleos profundos e esses disparam. Ou seja, para que o estímulo saia é necessário que em cesto seja ativada e purkinje inibida.
*As fibras trepadeiras estimulam os núcleos profundos permitindo que o Potencial de ação saia em um primeiro momento, mas também estimulam purkinje, que, uma vez ativada, inibe os núcleos profundos causando sua hiperpolarização. A hiperpolarização da célula faz com que ela, mesmo recebendo estímulo das trepadeiras, continue inibida porque ela não responde ao estímulo, ou seja, há a prevalência da inibição das células de purkinje sobre os núcleos profundos mesmo que esses ainda estejam sendo estimulados.
*Concluindo: uma vez que trepadeira é ativada, purkinje (CP) é ativada e os núcleos (NPF) são inibidos.
Uma vez que a musgosa é ativada, as células em cesto(CC) são ativadas, purkinje é inibida e os núcleos profundos são ativados. Porém, Golgi também é ativada e vai inibir granulosa, que dependendo da intensidade do estímulo, vai ser capaz de impedir a inibição de CP, fazendo com que os NPF sejam inibidos e o estímulo não saia. Isso também ocorre dependendo da intensidade do estímulo das fibras paralelas sobre as CP, podendo impedir a eferência também.
6) Aferências e eferências
Aferências → existem as somestésica, vestibular e cortical. São fibras que chegam via pedúnculo e vão para áreas específicas no cerebelo.
Eferências → núcleo fastígio manda fibras descendentes mediais para os núcleos vestibulares e reticulares (envolvido com equilíbrio)
Núcleos denteado e interposto mandam fibras descendentes laterais para o tálamo e córtex motor (envolvidos com correção de movimento).
7) Vias cerebrocerebelar, espinocerebelar, vestibulocerebelar
*cerebrocerebelar (lateral no cerebelo)
córtex vai ter a ideia do movimento (Início do PA) → PA chega aos núcleos da ponte → chega no cerebelo pelos pedúnculos → vai até a área cerebrocerebelar (lateral) que corrige a entrada da PA → dps da correção há a saída da PA através do núcleo denteado para o córtex motor → do cortex motor PA vai para medula → chega ao músculo.
Lesão: Ataxia (incoordenação motora)
Diminuição do tônus muscular 
Distúrbios de planejamento motor, como tremor de intenção, dismetria (erros na força) e disdiadococinesia (dificuldade de fazer movimento rápido alternado)
*Espinocerebelar (intermediário no cerebelo) → faz correção do movimento em execução.
PA gerado por propriocepção das fibras musculares → PA mandado ao cerebelo → chega na área espinocerebelar que manda esse PA corrigida para o núcleo rubro → chega ao músculo
Epinocerebelar também manda PA para o córtex motor via tálamo → isso para avisar ao cérebro que o movimento tá errado e para cérebro corrigir.
Lesão: Erros de execução motora
Marcha instável, cambaleante e oscilante 
Ataxia
*Vestibulocerebelar → controle do equilíbrio
PA do sistema vestibular → cerebelo → região do flóculo → circuito → n. pontinos e bulbares
Nos núcleos pontinos e bulbares há o controle de postura e equilíbrio.
Lesão: Ataxia troncular 
Base alargada

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