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A história do rádio

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A história do rádio
Introdução
Nesta seção você conhecerá melhor a história e os principais fatos que marcaram o início de um dos mais importantes veículos de comunicação em massa: o Rádio.
O Rádio: Definição e Características
O rádio é um veículo de comunicação, baseado na difusão de informações sonoras, por meio de ondas eletromagnéticas, em diversas freqüências. Ele pode ser caracterizado como um meio essencialmente auditivo, formado pela combinação do binômio: voz (locução) e música.
O rádio entre os meios de comunicação em massa, pode ser considerado o mais popular e o de maior alcance do público, não só no Brasil mas no mundo, isso pela capacidade que o homem tem em ouvir a mensagem sonora e falada simultaneamente e não ter de interromper as suas atividades e se dedicar exclusivamente à audição. Segundo dados do Ministério das Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, sendo que distribuídas aproximadamente em 50% para AM e FM.
Como todo meio de massa, a comunicação pode ser caracterizada como pública, transitória e rápida. Ela é pública, porque, na medida em que as mensagens não são endereçadas a ninguém em particular, seu conteúdo esta aberto ao critério público. Rápida porque as mensagens são endereçadas para atingir grande audiência em tempo relativamente curto, ou mesmo simultaneamente. Transitória, pois a intenção é de que sejam consumidas imediatamente, não se destinando a registros permanentes, naturalmente há exceções, como filmotecas, gravações etc.
O início
Tudo começou com Michael Faraday, grande sábio inglês que descobriu em 1831 a indução magnética, assim como a grande contribuição dada por James C. Maxwell que descobriu matematicamente a existência das ondas eletromagnéticas diferente somente em tamanho, das ondas de luz, mas com a mesma velocidade (300.000 Km/s). Outro personagem que marcou a história das comunicações foi Thomas A. Edison quando em 1880 descobriu que colocando em uma ampulheta de cristal um filamento e uma placa de metal separada entre si e ligando-se o filamento ao negativo e uma bateria e a placa ao positivo, constatava-se a passagem de uma corrente elétrica da placa para o filamento e nunca em sentido contrário. Grande contribuição também foi dada pelo professor alemão Henrich Rudolph Hertz que comprovou na prática em 1890 a existência das ondas eletromagnéticas, chamadas hoje de “Ondas de Rádio”. Suas experiências basearam-se na teoria de Maxwell, Hertz descobriu que ao fazer saltar uma chispa em seu aparelho oscilador, saltavam também chispas entre as pontas de um arco de metal colocado a certa distância denominado resonador. Hertz demonstrou com essa experiência que as ondas eletromagnéticas tem a mesma velocidade que as ondas de luz. Em sua homenagem, as ondas de rádio passam a ser chamadas de “Ondas Hertzianas”, usando-se também o “Hertz” como unidade de freqüência.
As primeiras transmissões radiofônicas
Mais tarde em 1893 o padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele, a Marinha Brasileira realizou, em 1 de março de 1905, diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban. Todavia, o primeiro mundo reconhece o cientista Guglielmo Marconi como o “descobridor do rádio”. Marconi, natural de Bolonha, Itália, realizou em 1895 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância de 400 metros e depois pela distância de 2 quilômetros. Ele também descobriu o princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da invenção do rádio, enquanto Landell só conseguiria obter para si a patente no ano de 1900. Essa polêmica da invenção do rádio se compara à da invenção do avião, no início do século XX, em que o primeiro mundo credita aos irmãos Wright, dos EUA, a invenção do veículo aéreo, embora tenha sido o mineiro Alberto Santos Dumont seu pioneiro (os Wright não registraram imagens e suas experiências de vôo, enquanto Dumont realizou testes com seu 14-Bis diante de multidões em Paris, França, em 1906).
Cronograma do rádio no Brasil
Em nosso cronograma você ficará por dentro dos principais acontecimentos que movimentaram a história do rádio no Brasil, desde o início, e as novas perspectivas sobre a vinda da tecnologia digital.
1922 – Em caráter experimental foi realizada pela Rádio Sociedade do Rio de Janeiro a primeira transmissão oficial de radiodifusão na praia Vermelha no Rio de Janeiro, com o discurso do presidente da República, Epitácio Pessoa em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, para isso, foram importados 80 receptores de rádio especialmente para o evento.
1923 – No dia 20 de abril, é fundada a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje denominada Rádio MEC, criada para atuar sem fins comerciais.
1924 – É regulamentada a atual faixa de Ondas Médias, compreendidas entre 550 à 1550 KHz.
1931 – São vendidos os primeiros receptores com o nome das estações no dial.
No mesmo ano foi inaugurada as rádios: Record e América de São Paulo.
1933 – Nasce a Sociedade Rádio Educadora de Campinas, que desde 2002 passou-se a denominar Rádio Bandeirantes AM, com isso a programação abre espaço para o jornalismo.
1936 – É fundada a brasileira Rádio Nacional do Rio de Janeiro, ela se tornaria um marco na história do rádio com seus programas de auditório, suas comédias e rádio novelas. Entre o final dos anos 30 e a primeira metade dos anos 50 a Nacional seria uma das líderes de audiência do rádio brasileiro, exportando sua programação gravada e dias depois transmitidas em outras cidades brasileiras.
1937 – Em 6 de maio é inaugurada em São Paulo a Rádio Bandeirantes, a primeira emissora a divulgar notícias durante toda a programação.
1938 – Surge a Rádio Globo do Rio de Janeiro, que mais tarde passa a ser a rádio AM mais popular do país.
1941 – A Rádio Nacional lança o Repórter Esso, primeiro rádio jornal brasileiro, também entra no ar a primeira novela radiofônica do país: Em busca da felicidade.
1946 – O rádio ganha maior agilidade com o surgimento dos gravadores de fita magnética.
Também os retificadores de selênio começam a substituir as válvulas retificadoras material semicondutor em estado sólido muito menos propício a queimar do que as velhas válvulas a vácuo.
1955 – Primeira transmissão experimental de rádio FM, pela Rádio Imprensa do Rio de Janeiro, extinta no final de dezembro/2000.
1967 – É criado o Ministério das Comunicações no dia 25 de fevereiro.
1990 – A rede Bandeirantes de rádio se torna a primeira emissora no Brasil a transmitir via satélite com 70 emissoras FM e 60 em AM, em mais de 80 regiões do país.
1991 – O sistema Globo de rádio inaugura a CBN (Central Brasileira de Notícias), emissora especializada em jornalismo, que a partir de 1996 inicia suas transmissões simultâneas em FM.
1995 – Início da campanha pelo fim da obrigatoriedade da transmissão do programa oficial “A voz do Brasil”.
2005 – Comemorando os 84 anos do rádio no Brasil, inicia-se no país em 26 de setembro as primeiras transmissões de rádio no sistema digital, tecnologia que está apenas “aterrissando” no Brasil.
Âncora: é o locutor que, além de apresentar a notícia, tece comentários sobre o assunto. Barriga: informação publicada e que não é verídica, uma "mancada". 
BG ou Background: efeitos ou acompanhamento de fundo. Também podem ser chamados de cortina. 
"Break": intervalo comercial entre um bloco e outro do produto radiojornalístico. 
Cabeça: é o texto que serve para chamar uma reportagem e que apresenta o assunto ao ouvinte. Não deve ser muito extenso. 
Cacófatos: termos desagradáveis formados pela união das sílabas finais da palavra que termina com as sílabas iniciais da palavra que começa. Ex: "nunca ganha", "por cada", "da nação". 
Chamada interblocos: é o destaque anunciado pelo locutor para o próximo (ou próximos) bloco (s). Seu objetivo é anunciar as notícias que vêm depois do intervalo. 
Decupagem:é a transcrição do material gravado. Deixa: é a última ou as últimas palavras de uma sonora, às quais o locutor deve estar atento para retomar a locução/apresentação. 
Escalada: é a leitura do conjunto de títulos em destaque (manchetes) na abertura do radiojornal ou boletim. 
Espelho: é o esqueleto do programa, o roteiro a ser seguido, com a ordem das matérias e intervalos, delimitando o tempo de cada tópico. 
Furo: é a notícia em primeira-mão, exclusiva. 
Girafas: são os pedestais metálicos que sustentam os microfones, reguláveis na altura e na distância. 
Material bruto: é o conteúdo na íntegra de uma coleta de dados (pode ser uma gravação, uma série de anotações) antes de ser editado. 
Microfonia: ruído provocado pelo retorno do som dos alto-falantes no microfone aberto. 
Nota-pé: após a matéria apresentada pelo repórter, o locutor ainda se refere ao assunto da reportagem para complementar ou acrescentar informações a respeito. 
Piloto: proposta de programa, realização de um teste para se verificar a viabilidade a aceitação de uma ideia. 
Release: meio através do qual são divulgadas informações ou opiniões acerca de fatos, produtos ou eventos. Há vários tipos e se destinam a diversas finalidades, destacando-se os impressos, eletrônicos ou em forma de áudio ou vídeo . 
Retranca: São as palavras ou termos que identificam a reprotagem. 
Ronda : é o trabalho efetuado pelo profissional de jornalismo ao manter contato periódico com as fontes corriqueiras de notícias (polícia, hospitais, funerárias, entidades, etc) 
Script: texto completo, elaborado para ser lido/apresentado num programa. Contribui para organizar o conteúdo e o tempo, de forma ordenada. 
Sonora: é o trecho gravado com um entrevistado e que será editado para fazer parte do produto jornalístico. 
Suíte: breve resumo dos acontecimentos anteriores, relacionados ao fato que se vai comentar/noticiar. 
Teaser: pequeno trecho de entrevista, destacado para servir como chamada no início de um produto radiojornalístico ou durante a programação. 
Testemunhal: é o anúncio publicitário no qual o apresentador fala do anunciante, da marca ou do produto, destacando seus aspectos positivos. 
Vinheta: é uma gravação que pode se constituir somente de música ou de texto e música. Serve para referir um assunto ou uma mensagem.
	Script: Texto completo ou inserção de um programa
a partir do qual é feita a transmissão (Mcleish)
É o texto elaborado (Ortriwano)
O texto escrito que será lido tem uma sequência. O tempo disponível do radiojornal (que pode variar entre meia hora e duas horas e meia) será dividido em blocos.
Pode ter um apresentador ou mais ou, ainda, um âncora. Geralmente também possui comentaristas especializados em cada editoria.
A função do radiojornal é cobrir o último período informativo, ou seja, o espaço de tempo entre uma emissão e outra. Tem abertura e encerramento e utiliza todos os recursos de sonoplastia. 
Cabe ao editor fazer o balanceamento da distribuição dos assuntos durante o radiojornal.
Os scripts estão cada vez mais simples. A fonte deve ser limpa e de tamanho razoável para que o locutor-leitor possa vê-la com clareza (usar corpo da fonte de tamanho 12 para cima) e destacar as sonoras ou backgrounds.
O texto da cabeça das matérias deve introduzir o assunto e não repetir o que o repórter falará. Se houver nota-pé ela deve esclarecer ou adicionar informações.
Cada radiojornal tem o seu perfil e deve manter o padrão. Geralmente se inicia com a escalada, ou seja, a leitura das manchetes, e tem chamadas interblocos. No final, há possibilidade de se mencionar as notícias que foram destaque naquela edição.
No script, o tempo de cada matéria deve ser meticulosamente calculado, para caber no espaço disponível para a edição do radiojornal. Esse papel é do editor.
Só se deve repetir frases de outras pessoas no texto falado se isso for absolutamente indispensável e esclarecendo devidamente a circunstância. O ouvinte pode não identificar de quem é aquela opinião (Seria do locutor?)
	"O programa de rádio tem de ter agilidade para mudar de assunto sempre que os acontecimentos assim o exigirem. Não se pode deixar para depois a notícia que se tem agora". (Jung)
O radiojornal não se esgota com seu início. O rádio é ágil e na internet isso não é diferente.
Durante a apresentação podem ser incluídas informações atuais. Isso significa que algo saírá do roteiro inicialmente previsto. Caberá ao editor fazer essa escolha.
O script e a gravação do radiojornal deverão ser mantidos em arquivo pelo tempo que a lei exige. Atualmente (2010), se a rádio tiver a potência de até 1000 watts esse prazo é de 20 dias e, se de capacidade superior, 30 dias.
Mas, na webradio, normalmente esse arquivo poderá ser recuperado após longo período, dada a capacidade de armazenamento dos equipamentos atuais.
Importante destacar a ficha técnica do radiojornal, tanto no momento da transmissão quanto no site da webradio.
Veja aqui um espelho.

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