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MATERIAL DE APOIO DA DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO IMAGV

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MATERIAL DE APOIO DA DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO
CONCEITOS DE PROJECTO TECNOLOGICO 
Dizer com Carlinhos Zassala que: “Esta cadeira pretende apresentar aos alunos que se iniciam na vida científica, no nível Médio, alguns subsídios para as várias tarefas com que se defrontarão durante o desenvolvimento do seu trabalho intelectual (1) ”. 
A palavra projecto vem da palavra latina projectu, um; do verbo em latim proicere, “antes de uma acção”, que por sua vez vem de pró-, que denota precedência, algo que vem antes de qualquer outra coisa no tempo – em paralelo com o grego - e facere, “fazer”. Portanto, a palavra projecto na verdade significava originalmente “antes de uma acção (2) ”; facere, conficere. Assim projectar – projectare é planear, traçar, organizar, formar o projecto de alguma coisa (3). 
Quando o idioma Português inicialmente adoptou a palavra, ela se referia a um plano de alguma coisa, não o acto de realmente levar esse a concretização. 
Principais Características dos Projectos
As principais características dos projectos são: 
Temporários: aqueles que possuem um início e um fim definidos;
Planeados: os executados e controlados;
Desenvolvidos por etapas: e que continuam por incremento com uma elaboração progressiva; e os
Realizados por pessoas. 
Agora é muito importante que liguemos na prática este conceito da disciplina Projecto Tecnológico. Assim, podemos dizer que é uma disciplina técnico-científica que apresenta trabalhos de pesquisas no sentido de responder um conjunto de problemas reais (Empresa, Sociedade, Política, etc.). 
Ou seja, um projecto é um trabalho de pesquisa que tem como objectivo resolver um problema que se nos apresenta. No projecto tratam-se situações concretas. O projecto é algo que nos entrega para o futuro, isto é, algo que pretendemos construir a partir de uma ideia mais ou menos definida. A principal tarefa do projectista é aplicar o conhecimento científico para solucionar um problema técnico e seguidamente optimizar esta solução, utilizando os materiais disponíveis e respeitando as restrições tecnológicas e económicas.
_____________________
ZASSALA, Carlinhos; in Iniciação à Pesquiza Científica…
WIKIPÉDIA, Enciclopédia Livre; Consultada a 08 de Fevereiro de 2014, pelas 20h:00’;
FERREIRA, António Gomes; Dicionário de Latim. Porto Editora, 1976 – Porto. 
Projecto é a tentativa de satisfazer certas demandas da melhor maneira possível. Ele é uma actividade de engenharia que influencia todas as esferas da vida humana. Baseia-se em descobertas e leis da ciência, usando-as para criar produtos úteis. 
Psicologicamente, é uma actividade criativa baseada em conhecimentos de matemática, física, mecânica, engenharia eléctrica, engenharia de produção, tecnologia de materiais e teoria de projecto. Todas elas com conhecimento prático e experiência em campos diferentes, ou específicos. 
Iniciativa, decisão, compreensão económica, persistência, optimismo, sociabilidade e trabalho em equipa são essenciais para projectistas e indispensável para os que ocupam posição de responsabilidade.
N. B. Logo, a principal tarefa do aluno/projectista é aplicar o conhecimento científico para solucionar um problema técnico e depois optimizar esta solução, utilizando os materiais disponíveis e respeitando as restrições tecnológicas. 
É preciso perceber que não é fácil definir o conceito de projecto, ainda que apenas no seu sentido restrito. Porém, para muitos especialistas, há duas maneiras de tentar definir o conceito. 
Pode-se dar uma definição sintética, dando ao conteúdo as características principais para se definir um projecto são a finalidade e o resultado procurado. Nesse caso, para podermos definir o conceito, deve-se considerar o seguinte: o projecto é sempre uma operação que faz intervir os elementos (características principais) seguintes (4):
Projecto é uma operação voluntária, pois é decidida pelo próprio promotor;
É uma operação que responde a uma finalidade, pois há um objectivo em vista; 
É uma operação que ocorre num espaço de tempo; 
É uma operação complexa, pois faz recursos à utilização de meios diversos. 
Seguem abaixo algumas definições de projecto (5): 
Plano para realizar qualquer acto; 
Intenção de fazer alguma coisa; 
Proposta escrita onde se consigna o pensamento, em primeira redacção de uma mesma norma, ou prudência qualquer; 
____________________________
CHERVELL, Marc e LE GALL, Michel; Methodologie. Manuel d’Evaluation économique des Projets, pag. 10;
MBUNGA, Honoré; Como Elaborar um Projecto, pág. 20. Mayamba Editora, Luanda – 2012 
É um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único;
É um problema programado para ser resolvido (6)
É o sentido do acto de projectar, de conceber antecipadamente;
É um conjunto de meios utilizados de maneira coordenada com a finalidade de atingir um objectivo fixado previamente. Os mesmos autores, citados no número quatro, ainda dizem que um projecto apresenta um instrumento complexo de natureza diversa. 
É um trabalho que tem começo, meio e fim e que só é feito uma vez. 
Assim, podemos definir PROJECTO como sendo uma operação voluntária, complexa, ocorrendo no tempo e no espaço, para um objectivo pré determinado. Ou ainda, um projecto é uma actividade temporária destinada a criar um produto, serviço ou resultado único. 
Nessa definição, ‘temporária’ significa que cada projecto terá um começo, meio e fim definidos e não sobreviverá por tempo indeterminado. Também pode-se dizer, por outro lado, ‘único’ porque indica que não se trata de uma actividade repetitiva ou de produção em série. 
Para uma agência de fomento, por exemplo, projecto é o conjunto de informações que definem a distribuição de recursos para uma actividade ou empreendimento que permitam a avaliação da conveniência da participação financeira da agência nessas actividades (7). Nesse entendimento, o projecto é formulado por quem solicita apoio a agência de fomento.
Aproveita-se fazer aqui um esclarecimento do que é tecnológico e consequentemente, apresentar o seu valor.
Tecnológico: relativo à tecnologia. É uma palavra que deriva do grego (teckhnikós) que significa técnico + (logos) para significar tratado, ciência. Assim, técnica é um substantivo feminino que é peculiar a uma arte ou uma ciência. Ou seja, conjunto de processos usados para conseguir um certo resultado; conjunto de processos de uma arte, um ofício ou de uma ciência (8). 
____________________
Cf. Projectos Institucionais, op. Cit. Pág. 6;
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - PMI. A guide to the project management body of knowledge. 3th. Ed. Newtown Square, 2004. BNDES. Site. Disponível em: <www.bndes.gov.br>. Acesso em: 8 de Fevereiro de 2014;
ENCICLOPÉDIA LUSA; 9ª Edição, 2010 – PORTO
Valor da Tecnologia
Uma decisão que se coloca com frequência, na rotina do gestor de empresas, e a opção entre investir ou não num projecto. Desenvolver um produto, introduzir um novo processo ou um processo aprimorado e outros são as escolhas com que se depara o gestor. O factor determinante nessas escolhas e a expectativa de ganhos futuros e o risco associado ao investimento. O valor de um projecto e definido, sobretudo, em função desses dois factores.
Para uma organização, e importante avaliar a tecnologia em que se propõe a investir, não só para saber o valor do activo intangível que a organização incorpora a seu património e, portanto, o valor que agrega a organização. Para a empresa que desenvolve tecnologia para licencia-la ou, de outra forma, negocia-la, a avaliação da tecnologia será uma base de preço a partir da qual ela poderá negociar a tecnologia desenvolvida, caso esse seja seu objectivo. Também em função do valor da tecnologia e que uma empresa decidirá, no começo e ao longo da formulação e da execução do projecto, se empreende e, depois, se prossegue ou não com o investimento em inovação tecnológica pretendido.
Numa época em que uma boa parte das grandes aquisições de empresas, fusões e negociações,no mundo, giram em torno de tecnologia, esta deixou de ser um adereço no meio dos activos de uma organização. Tecnologia foi alçada a uma posição central na estratégia de negócios nas economias desenvolvidas e nos países emergentes. Por essa razão, conhecer o valor de uma tecnologia pode significar a diferença entre o sucesso ou a falência de empresas.
O valor da tecnologia não equivale ao quanto se despendeu para desenvolve-la. O valor da tecnologia tem a ver com a expectativa de ganhos futuros a serem proporcionados por ela. 
 
Tipos de Projectos
Existem vários tipos de projectos, tal como existem diversificados temas das diferentes áreas e disciplinas, como podemos nomear a seguir alguns: projecto duma peça, projecto de um equipamento, projecto de uma instalação – eléctrica, química, construção civil e outros –, projecto dum vídeo, projecto de um livro – didáctico, tecnológico, romance, etc. –, projecto cultural de âmbito nacional, de âmbito provincial, de âmbito local, etc.. Ou seja, serão tantos os projectos quantas forem as ideias que tivermos acerca das actividades que forem desenvolvidas.
Natureza ou Classificação de Projectos (9) 
Os projectos podem ser classificados segundo a natureza dos bens ou serviços produzidos. Quer isto dizer que a classificação depende do domínio, assim como do tipo de trabalho que se pretende realizar. Neste caso, pode-se distinguir os seguintes tipos de projectos: 
Projectos directamente produtivos;
Projectos sociais;
Projectos de desenvolvimento científico e tecnológico; 
Projectos de programas regionais ou sectoriais;
Projectos de reformas institucionais. 
Projecto tem a ver com as actividades que se desenvolvem no âmbito das tecnologias que nos dizem respeito e nos interessam particularmente. 
Diferentes Formas de Abordagem do Projecto
O projecto tecnológico também pode ser abordado de diferentes formas, como se pode compreender abaixo: 
Projecto de Implementação de uma instalação Mecânica;
Projecto de Construção de um equipamento Mecânico;
Projecto de Análise de um equipamento Mecânico, já construído. 
Explicando: Podemos construir algo, a partir de uma ideia, ou podemos analisar algo que já existe (já foi construído) elemento a elemento, componente a componente, e tentar compreender as funções individuais e globais, à luz dos Regulamentos e Normas existentes para o sector. 
Realizar um projecto pressupõe estar sujeito a uma determinada metodologia que é a metodologia de projecto. A metodologia de projecto tem várias etapas, consoante a complexidade do trabalho a desenvolver no projecto previamente definido. Com efeito, pode-se prever um projecto tecnológico que contemple, não apenas a realização do material, mas também a sua comercialização, como se fosse um produto acabado, com revestimento, embalado, com descrição de funcionamento, etc.. Nos projectos mais simples, pretendemos efectuar apenas a sua realização. 
__________________________
CHERVELL, Marc e LE GALL, Michel; Methodologie. Manuel d’Evaluation économique des Projets, págs. 11-12;
Fases ou Etapas do Projecto Tecnológico (10)
As fases ou etapas do projecto tecnológico são as seguintes: 
Concepção; 
Pré-Estudo; 
Produção documental; 
Realização;
Teste e Exploração;
Avaliação. 
Antigamente, até ao Renascimento, dava-se apenas valor ao conhecimento teórico; o conhecimento empírico (prático) não tinha qualquer valor, pois era o conhecimento dos escravos e dos servos. A partir do Renascimento, descobriu-se que afinal o conhecimento empírico permitia desenvolver e clarificar os próprios conceitos teóricos. Só para citar, Galileu foi um dos primeiros responsáveis por esta mudança de atitudes, com as suas experiencias, nomeadamente a experiências realizadas na Torre de Pisa sobre as leis da mecânica.
Nascia assim o casamento entre a teoria e prática, numa dialéctica que permitiu, mais tarde, um grande desenvolvimento da ciência. O método científico resultou desse casamento. 
 As etapas apresentadas em epígrafe têm sub-etapas consoante o projecto em questão. 
Analisando o significado e objectivo das duas primeiras etapas atras indicadas: 
Primeira Etapa: Fase da Concepção. 
Na fase da concepção, o aluno ou grupo de alunos formula uma ideia, original ou não, com vista à resolução de um problema ou à concepção de um equipamento, dispositivo, e outros. A essa ideia em debate, da qual se pretende realizar o projecto tecnológico, dá-se o nome de objecto tecnológico. Ou seja, objecto tecnológico é a ideia, original ou não, formulada pelo estudante ou estudantes. 
Portanto, esse tema virá a ser o objecto de um trabalho de projecto tecnológico. Como é evidente, no início, principalmente nos anteprojectos, os alunos deverão ser orientados pelos professores na escolha dos temas. Embora, o professor da disciplina já indique um conjunto de temas a abordar de forma a facilitar tal tarefa.
____________________ 
WIKIPÉDIA, Enciclopédia Livre; Consultada a 09 de Fevereiro de 2014, pelas 22h:00’.
No anteprojecto haverá um debate inicial entre alunos e professores para escolha de um projecto tecnológico, analisando as diferentes vertentes (porque?, como?, quando?, enfim). 
Objectivo
Para especificar o objectivo de uma pesquisa, responde às seguintes questões: para que? E para quem? Desta maneira apresenta um:
Tema 
É o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Independentemente de sua origem, o tema é nessa fase, necessariamente amplo precisando bem o assunto geral sobre o qual se deseja pesquisar. 
A escolha do tema é, geralmente o passo inicial e está relacionada a factores internos do pesquisador como: afectividade com o tema, tempo disponível para a realização da pesquisa e a factores externos do mesmo: significação do tema escolhido, originalidade, relação com a linha de pesquisa da instituição, etc., etc.). 
Antes de se decidir sobre um tema, faça uma pesquisa geral sobre o mesmo, para verificar se a sua pesquisa já foi realizada antes. Um cientista não deve reinventar a roda. Novas abordagens sobre temas, já pesquisados, também são válidas. 
Delimitação do Tema 
Este processo, portanto o processo de delimitação do tema só será dado por terminado, ou concluído quando for feita a limitação geográfica espacial do mesmo com vista na realização da pesquisa. 
Essa etapa de pesquisa responde a seguinte questão: O que pesquisar? Por isso o tema do projecto não deve ser generalizado; é preciso delimitá-lo, já que não há como alcançar um objecto de estudo muito amplo. Trata-se de um estudo monográfico, busca-se a resolução de um problema e por isso, quanto mais específico for, maior (melhor) será a percepção. 
Normalmente, a tendência dos novos pesquisadores é de querer “abraçar o mundo com as pernas”. Temas muito amplos tornam difícil e demorada a pesquisa. Quanto mais delimitado for o tema, melhor se sai o pesquisador. Uma boa maneira de fazer isso é delimitar a pesquisa no tempo e no espaço. 
Exemplo de delimitação: 
Tema amplo: Aborto
Abortos em Casos de Violência Sexual.
Tema delimitado: Aspectos Legais do Aborto em Caso de Violência Sexual… 
Objectivo Geral 
Este objectivo está ligado a uma visão global e abrangente do tema. 
Objectivo Especifico 
Este apresenta um caracter mais concreto. Tem uma função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro, aplicar aquele objectivo a uma situação particular. 
Justificativa 
É aqui neste item do projecto que apresenta a resposta à questão: por que? Ou ainda, qual é a importância? Portanto é de suma relevância; e geralmente é o elenco que contribui mais directamente na aceitação da pesquisa pelas entidades. Deve-se dizer porque a pesquisa é importante e não limitar-se a fazer simplesmente uma introdução ao tema. 
Objecto 
O objecto responde à questão: o que? O objecto da pesquisa engloba: 
Problema 
Todo trabalho começa com uma questão, uma pergunta que deve ser respondida. De preferência recorrer a perguntas fechadas, que possam ser respondidascom as seguintes respostas: sim ou não. 
Evite-se perguntas abertas do tipo: Qual é o impacto das novas tecnologias sobre o comportamento das pessoas?
Problematizando de outra maneira: O computador torna as pessoas mais solitárias ou promove a socialização? 
Formulado desta maneira, o problema nos dá uma ideia de como deveremos fazer a nossa pesquisa oi investigação, se o desejarmos; e até a respeito da metodologia necessária para responder a essa pergunta. 
Hipótese 
A hipótese é uma resposta provisoria para o problema. É sempre representada por uma frase afirmativa: O computador promove a socialização de tímidos. 
As hipóteses podem ser indutivas ou dedutivas. 
Deve-se estar sempre preparado, pois a nossa hipótese pode ser confirmada ou falseada, ou seja, pode ser aceite ou não.
Metodologia 
A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange um maior número de itens, pois responde, a um só tempo, às questões: Como? Com que? Onde? Quanto? 
Qual será a metodologia a usar no trabalho? Pesquisa quantitativa ou qualitativa? Estudo de caso? Observação participante? Questionário? Serão necessários vários instrumentos de pesquisa? 
Este é o item, ou aspecto do trabalho ou projecto, que deve deixar bem claro como o pesquisador pretende conduzir a pesquisa para dar ao seu orientador subsídios para orientá-lo. 
Cronograma 
Este é o planeamento da pesquisa. A elaboração do cronograma responde à seguinte pergunta: Quando? 
A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase para a outra. Recorda-se sempre que determinadas partes podem ser executas em simultâneo, pelos vários membros da equipa. 
Lembrar-se de que a pesquisa bibliográfica deve ser, sempre o primeiro item do cronograma. 
Orçamento 
O orçamento responde à questão: Com quanto? Sendo ele a responder esta questão, o orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem necessariamente ser separados. Ele inclui: 
Orçamento Subdivide-se em:
Elementos consumíveis no processo de realização da pesquiza, como o papel, canetas, lápis, cartolinas, etc., etc..
Elementos permanentes como o computador, a impressora, a calculadora e outros meios. 
Instrumentos de Pesquisa 
Tem a ver com o indicar como será realizada a pesquisa devendo-se anexar ao anteprojecto os instrumentos referentes às técnicas da colecta de dados. 
Revisão da Bibliografia 
Não consiste na simples relação das obras consultadas. A revisão da literatura resume o pensamento dos principais autores que tratam do assunto. 
Serve para demonstrar que o aluno teve contacto com os conceitos e teorias básicas sobre o tema e está preparado para iniciar o trabalho. 
Também serve para demonstrar ao orientador ou à banca que o aluno não pretende reinventar a roda, ou seja, não pretende fazer uma pesquisa que já foi realizada. 
Segunda Etapa: Fase do Pré-Estudo
Nesta fase do pré-estudo, a partir do problema formulado – tarefa a realizar – faz-se a pesquisa de dados – consultas de manuais, catálogos, regulamentos e/ou normas, e outros – o tratamento da informação, a investigação de soluções, experimentação de soluções, experimentação de hipóteses, determinação dos critérios de escolha, análise de custos, se forem necessários.
As escolhas tecnológicas, tanto de materiais como de procedimentos, devem ser fundamentadas em conhecimentos da tecnologia, da mecânica, os quais serão fornecidos pelo professor no momento adequado. 
 	
 
 
FASES PARA ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO E ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA A ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO / PROJECTO 
Aspectos Gerais. 
Já se falou de forma geral deste assunto. Porém, sendo o objectivo geral da cadeira de Projecto Tecnológico um encaminhamento para a técnica do trabalho científico e proporcionar aos alunos um subsídio para a elaboração do mesmo, chama-se mesmo a atenção que a nossa cadeira é e está caracterizada como uma cadeira eminentemente prática, daí o princípio da repetição e concretização. Com os objectivos específicos, com ela (a disciplina) se pretende alcançar um objectivo básico da cadeira que é ajudar aos alunos a familiarizar-se com o instrumental da actividade académica: o estudo e a investigação; e adquirir a destreza e a agilidade necessárias para o uso desse instrumental. 
Este capítulo pretende garantir certa uniformidade da qualidade na redacção do Relatório do Projecto Tecnológico. Estas normas, fases ou etapas foram concebidas dentro de um contexto tão amplo quanto possível que permita a sua utilização pelos estudantes dos diversos cursos da Instituição, desde a Contabilidade à Administração Pública. 
Regras de Redacção.
Se se percebe o Relatório do Projecto Tecnológico como algo que consiste na expressão, por escrito, do resultado de uma investigação, pelo que, pressupõe um trabalho académico que deve utilizar uma linguagem didáctica, cuja finalidade é transmitir conhecimentos, então a redacção do mesmo deve observar alguns e fundamentais procedimentos, tais como: 
Conhecer o tema do Projecto e seus Objectivos;
Concatenar ou relacionar ideias e informar de maneira lógica;
Respeitar as regras gramaticais;
Evitar a argumentação demasiado abstracta; 
Usar vocabulário técnico quando exactamente necessário;
Evitar a repetição de detalhes supérfluos ou excedentes;
Manter a unidade e equilíbrio das partes e 
Rever a redacção. 
Estilo. 
A fase da redacção consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho. Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e preciso importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística. 
A redacção do trabalho exige também o domínio prático de todo um instrumental técnico que deve ser utilizado devidamente. Como em outros sectores da metodologia, aqui também há muitas divergências nas orientações… 
Embora o estilo individual deva ser respeitado, devem observar-se os seguintes aspectos: 
Clareza;
Linguagem directa, precisa e aceitável;
Frases curtas e concisas; 
Simplicidade, evitando-se o estilo prolixo, retórico ou confuso; 
Vocabulário adequado e
Objectividade. 
Etapas de um Trabalho Científico. 
Falar de etapas ou fases de um trabalho científico é poder assinalar que vários autores ordenam e classificam as mesmas de maneira diferente: alguns referem-se mais a um ou outro tipo de investigação; outros à própria realização e do relatório sobre a investigação e outros ainda à apresentação do projecto de investigação e do relatório sobre a investigação efectuada. 
Já se falou, de uma forma geral, sobre o assunto no capítulo anterior. Em todo caso, a ordenação das etapas corresponde a uma sequência natural em muitas investigações, mas não a uma sequência imperativa em todas. A importância de cada etapa varia com a natureza individual da investigação. 
Duma forma geral, distinguir-se-á aqui, num trabalho científico, três etapas baseando-se sobre alguns autores. (CANÃS & HERNANDEZ, 1992; CASTRO, 1977; DE LANDSHERE, 1976; DE LANDSHERE, 1992; INIDE/DIP, 1988; MCGUIGAN 1976; SEVERINO, 1996 e YOSHIKAMA, 1998): 
Trata-se de: 
Selecção, planificação e organização do problema a investigar; 
Tratamento e solução do problema a investigar; 
Divulgação e aplicação dos resultados na prática. 
Assim, de forma mais objectiva e resumida temos três etapas e mais esclarecedoras. 
Primeira Etapa: Selecção, Planificação e Organização do Problema a Investigar. 
A primeira etapa consiste em: 
Identificar o problema da investigação nas suas linhas gerais: antes da elaboração do trabalho ou projecto, é preciso ter uma ideia clara do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exige-se assim em primeiro lugar a tomada de consciência de uma ignorância ou de um problema a investigar. Isto pode surgir “por ocasião das leituras, dos debates, das experiencias, da aprendizagem, enfim da vivencia intelectual no meio do estudo universitário e no ambiente cientifico e cultural”. A investigação nasce da existência de um problema a clarificar oua resolver. E a formulação adequada do problema constitui o primeiro passo que dá o investigador no terreno desconhecido. 
Estudar a documentação que versa sobre o problema (Repertório Bibliográfico): todo trabalho anterior que é relevante para o problema deveria ser estudado. A noção vaga do investigador acerca do problema que ele deseja investigar ou projectar, frequentemente se torna mais concreto consultando outros estudos. Ou o aluno investigador pode, assim, ser levado a modificar seu problema original, de tal forma que a investigação se versa sobre o problema pode também servir ao investigador para ver se a investigação deve ou não deve ser realizada. Por isso, este passo requer uma atenção particularmente cuidadosa. 
Esclarecer e precisar o problema e desdobrá-lo em objectivos e tarefas que ajudarão a esclarecer a sua essência: o investigador tenta, assim delimitar exactamente e colocar correctamente o problema que se investiga de modo que ele possa ser efectivamente resolvido. O problema deve ser enunciado em forma de uma pergunta de partida, através da qual, o investigador tenta exprimir o mais exactamente possível o que procura saber, elucidar, compreender melhor. Isto requer assim os conhecimentos prévios do assunto, uma boa experiência prática na área de estudo além de uma imaginação criativa. Dito por outras palavras, o problema é melhor formulado em forma de perguntas e tal pergunta deve ser respondível se se deseja que seja submetida à investigação científica. 
Está claro que o problema vagamente formulado tipicamente conte termos que são definidos de forma não adequada, o que contribui por uma falta de clareza. A fixação relativamente definitiva da estrutura do problema, do tipo do problema e da forma do problema (fixação do problema) conduz, pois, a formulação de questões científicas, isto é, as perguntas às quais se deve responder pela investigação. Estas marcam inequivocamente as “lacunas do saber” que devem ser fechadas pela investigação. 
Uma pergunta de partida deverá ser precisa, realista, isto é, adequada aos recursos pessoais (humanos), materiais e técnicos em cuja necessidade podemos imediatamente pensar e com que podemos razoavelmente contar. Uma boa pergunta de partida não deverá ser moralizadora, isto é, não procurará julgar, mas sim compreender. É preciso uma determinação de objectivos de uma forma concreta, uma precisão dos objectivos inicialmente determinados de uma forma vaga. Assim, é necessário aqui reflectir: 
Sobre quais assuntos quer ganhar depoimentos? (concretização de objectivos);
Quais espectativas (esperas) tenho quanto ao resultado? (formulação elementar de hipóteses);
É possível realizar os objectivos com o tempo disponível, com as condições organizativas e outras condições concretas? (condições de solução). 
Fica claro que esta concretização e precisão dos objectivos também inclui reflexíveis sobre hipóteses a respeito de determinadas conexões possíveis e sobre condições concretas existentes. 
Para terminar, é de salientar que os objectivos colocados de investigação contêm problemas socialmente relevantes. Cada processo científico de investigação dirige-se para a solução destes problemas. E também, uma tarefa deve ter como objectivo um resultado determinado. Cada tarefa tem substancial e formalmente um objectivo especifico e poe exigências particulares.
Determinar o tema do projecto da investigação: quando mais claramente a questão abrange o problema, tanto mais inequivocamente é determinado o tema – e também estreitado, isto é, delimitado –, tanto mais claramente está acentuada a intenção da investigação e a essência do projecto e tanto melhores são os pressupostos para a configuração metódica e técnico-organizativas da investigação. É preciso lembrar que o tema de uma investigação é o assunto que se deseja provar ou desenvolver; “é uma dificuldade, ainda sem solução, que é necessário determinar com precisão, para intentar, em seguida, seu exame, avaliação critica e solução”. (11) Ainda aqui recordar o que diz CASTRO (1977): “uma escolha infeliz do tema torna a pesquisa inviável, metodologicamente insolvente. É, pois, de extrema importância a selecção judiciosa de um tema de pesquisa”. 
Formular as hipóteses: começa-se a investigar com a colocação de um problema, para o qual, em seguida, oferece-se uma solução possível em forma de hipótese. Esta colocação clara do problema desencadeia, pois, a formulação da hipótese geral a ser comprovada no decorrer do raciocínio. A hipótese é, pois, uma resposta “suposta, provável e provisoria” que servirá de guia de investigação. 
____________________
ASTI VERA, Op. Cit. ZASSALA, 1996. 
Determinar os métodos, procedimentos e meios que se utilizarão na investigação, na recolha de dados ao longo dos inquéritos – incluindo a determinação da amostragem: uma atenção especial exige a selecção dos métodos, procedimentos, meios de investigação para o tratamento e a análise dos dados. Esta selecção depende: 
Do objectivo da investigação e da colocação de questões em relação ao objecto de investigação;
Dos conhecimentos metodológicos dos investigadores – em princípio deveriam ser aplicados só aos que o investigador domina; 
Do factor tempo, quer dizer, do período que o investigador tem a sua disposição até chegar aos resultados – a experimentação precisa, em geral, de muito tempo. 
Realizar a preparação organizativa: o êxito da investigação depende em grande parte da preparação organizativa. Muitas vezes há dificuldades de modo técnico-organizativo que impedem a realização desejável das tarefas. Por isso, é necessário planificar controlos provisórios dos resultados alcançados em intervalos certos. Assim, a primeira etapa acaba com a elaboração da concepção de investigação, instrumento de trabalho indispensável e fundamento teórico e metodológico da investigação. A concepção deve conter: 
O tema do projecto de investigação;
A fundamentação e o objectivo do projecto;
A colocação dos problemas e das questões a investigar;
As hipóteses de trabalho; 
A metodologia – procedimentos metodológicos – do projecto; 
O plano organizativo – cronograma do trabalho com tarefas, prazos e responsabilidade. 
Segunda Etapa: Tratamento e Solução do Problema a Investigar 
Nesta etapa o investigador, ou grupo de investigação, realiza passo a passo a sua concepção de investigação.
Ela começa com um trabalho organizativo, a saber: 
Seleccionar definitivamente a amostragem;
Preparar e pôr a disposição todos os materiais necessários – questionários, fichas de observação, documentos, …
Escolher os métodos para a recolha de dados. 
Uma condição prévia importante para a recolha de dados é a disposição dos elementos envolvidos nos inquéritos (professores, alunos, pais, etc. …). Estes últimos devem ser familiarizados com o objectivo da investigação e a tarefa do inquérito devem receber informações organizativas e metodológicas. 
A seguir vai se realizar os inquéritos, quer dizer a recolha de dados. Em geral, e se for possível, antes de se tomar uma decisão final sobre o projecto, primeiro deve-se planificar um pré inquérito tendo como objectivo pôr à prova tanto os instrumentos propostos para a informação como o procedimento do trabalho concebido. O pré inquérito, ou experiencia piloto, permite comprovar o seu grau de eficiência e consequentemente fazer as rectificações necessárias. 
Após a recolha de dados segue-se o tratamento, a análise e sistematização das informações obtidas. O investigador deve ordenar, classificar e comparar as informações e dirigir a sua atenção às concordâncias e diferenças e diferenças entre as hipóteses de trabalho e os dados obtidos. 
Por outras palavras, com os dados recolhidos, o investigador tem a sua disposição uma informação que precisa agora de uma profunda análise teórica, estatística e fundamentalmente qualitativa. 
A análise e interpretação dos factos o permitem chegar às conclusões acerca da validade da hipótese formulada, estabelecer determinadas relações dentro do fenómeno daprática pedagógica que se estuda e elaborar recomendações cientificamente argumentadas para a melhoria da prática. 
Uma forma muito divulgada para a apresentação dos resultados, conclusões e recomendações da investigação é o relatório de investigação. 
Os resultados podem ser formulados em palavras ou em números e completados com quadros, gráficos, tabelas, enfim… Propõe-se para a elaboração do relatório de investigação a seguinte estruturação: 
Introdução; 
Caracterização da amostragem e da metodologia na recolha e na análise dos dados, – actividades desenvolvidas e metodologia de trabalho; 
Apresentação dos resultados obtidos;
Conclusões, recomendações e sugestões; 
Anexos. 
Terceira etapa: Divulgação e Aplicação dos Resultados na Prática Escolar. 
 	Uma investigação só dá proveito quando os seus resultados enriquecem a prática escolar. A investigação não deve acabar com a elaboração do relatório de investigação apresentando os resultados atingidos, ela inclui também a colaboração activa dos investigadores e estruturas competentes na divulgação e aplicação dos resultados de investigação. 
Com a aplicação na prática deve mostrar-se se os resultados servem para mudar positivamente a prática. 
Portanto, é necessário fixar como, por quem e com que objectivo os resultados devem dar efeito na prática. As actividades necessárias a desenvolver poderiam ser por exemplo: 
Defesa dos resultados de investigação e de decisões de direcção perante as estruturas envolvidas ou competentes e os elementos participantes nos inquéritos; 
Elaboração de publicações para informação dos directores, professores, etc., sobre os resultados de investigação e as consequências para a prática formativa e educação; 
Realização de conferências, seminários e de outras actividades com representantes da prática, particularmente com Directores e professores. 
Um papel particular desempenha a colaboração directa e a troca de experiencia entre técnicos – cientistas, investigadores – e práticos (professores) durante e depois das investigações. 
Elementos Fundamentais para Estrutura do Trabalho Científico / Projecto 
 	Sendo que a estrutura de um trabalho científico depende de várias metodologias, procura-se, neste material de apoio, a compilação de um conjunto diverso de regras e procedimentos mais usuais, critérios e normas, de preferência de aplicação internacional, com vista a ajudar os alunos/estudantes a conhecer e dominar orientações metodológicas simples, mas seguras e as principais regras de natureza prática que, de modo suficiente esclareçam as suas duvidas concretas e respondam às suas necessidades imediatas. 
A Apresentação Gráfica Geral do Trabalho.
Na apresentação gráfica geral do trabalho, consideram-se apenas recomendações de estrutura e carácter formal, com destaque para a observação de tópicos a distribuir pelas partes preliminares (partes obrigatórias, Aspectos Formais e os Assuntos opcionais), textual e referencial dos trabalhos. Assim, a estrutura de um trabalho compreende:
Parte Preliminar. 
A estrutura do trabalho científico ou projecto, é constituído por partes ou conteúdos obrigatórias (os) que por sua vez é constituído por: 
Objectivos (Gerais e Específicos);
Definição do Problema (Enunciado do Projecto);
Introdução;
Fundamentação Teórica;
Fundamentação Prática (Resultado e Apresentação do Produto); 
Conclusões; 
Recomendações; 
Bibliografia. 
Aspectos Formais que devem ser incluídos referem-se a: 
Capa;
Folha de Rosto ou Contracapa;
Índice Geral; 
A semelhança destes itens há uma serie de Assuntos Opcionais que podem ser incluídos como:
A Dedicatória; 
Agradecimentos. 
Havendo ainda outros Aspectos Opcionais que devem ser incluídos sempre que se justifique, no caso do:
Índice de quadros, tabelas e/ou figuras; 
Glossário; 
Siglário; 
Anexos. 
A Capa.
Na capa deve constar: 
O nome da Instituição (INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE VIANA – IMAGV);
Indicar o Projecto;
A Natureza do Tema;
Tema do Projecto; 
Curso, Local e Data (Ano) de entrega do Projecto. 
Há casos em que a capa trará apenas a seguinte informação:
No alto da página, o nome do autor na ordem normal com letras maiúsculas; 
No centro da página, o título do trabalho; 
Em baixo, a cidade e o ano. 
A capa final ou quarta capa não comporta nada, ou seja, não comporta nenhum elemento. 
Contracapa ou Folha de Rosto
A Folha de Rosto é a folha que se segue com a Capa e deve incluir: 
O nome da Instituição (como na capa);
Projecto Tecnológico; 
A Natureza do Tema; 
Tema do Projecto; 
Curso; 
Nome dos Integrantes; 
Nome do Orientador; 
Local e a Data (Ano) de Entrega.
Dedicatória
A dedicatória é opcional. É a página que vem depois da folha de Rosto e é nesta página onde se presta homenagem a alguém, que seja, ou que tenha sido muito importante durante a vida. 
Agradecimentos 
Esta é uma outra página também opcional. Neste espaço pode-se agradecer a (s) pessoa (s) e/ou instituições que tenham contribuído directa ou indirectamente na elaboração do projecto ou trabalho. 
Índice de Quadros, Tabelas e/ou Figuras 
É também outra página opcional, já que só será incluída, quando tais aspectos fizerem parte do projecto, ou seja, sempre que apareçam no texto em número suficiente para que se justifique a sua listagem. 
Siglatário – Explicação das Siglas e/ou Abreviaturas. 
 Aqui trata-se de apresentar em forma de lista, todas as siglas ou abreviaturas e respectivo significado, utilizadas no texto em número suficiente para que se justifique a listagem. 
Prefácio 
Ao contrário da Introdução, o prefácio não faz parte integrante do texto propriamente dito. Pode incluir os agradecimentos e deve apresentar as seguintes características:
O seu conteúdo não deve incluir referências directas ao tema a ser tratado no trabalho; 
Deve apresentar os objectivos do trabalho, os meios utilizados, as limitações e dificuldades experimentadas;
Deve limitar-se a uma ou duas páginas. 
Índice Geral e/ou Sumário 
Esta é a listagem dos índices do texto a três ou quatro níveis, com indicação do momento da página onde o tema se inicia; este índice pode ser incluído de forma automática pelo programa de processamento do texto. 
Dito de maneira diferente, quando o trabalho se divide em capítulos é conveniente incluir um índice, que geralmente vem logo depois da página de rosto. O índice esquematiza as principais divisões do trabalho: partes, secções, capítulos, etc. exactamente como aparecem no corpo do trabalho, indicando ainda a pagina em que cada divisão inicia. Indica ainda o prefácio, tabelas, figuras e bibliografia. A numeração deve ser contínua e expressa em algarismos árabes. 
Parte Textual 
A parte textual é o núcleo do trabalho que contém: 
Introdução 
Ela deve ser breve e informativa com algumas referências chave que orientem a leitura do projecto ou trabalho. A Introdução é a chave que abre a porta de uma obra. Por isso deve preencher os seguintes requisitos: 
Anunciar e situar o assunto; 
Determinar o seu sentido e importância; 
Delimitar os objectivos gerais e específicos; 
Justificar a sua escolha e actualidade;
Apresentar os documentos essenciais para a sua compreensão; 
Definir a metodologia adoptada e utilizada no desenvolvimento do assunto e; 
Apresentar o plano de desenvolvimento do trabalho. 
Objectivos
A formulação dos objectivos trata de apresentar as metas traçadas por quem vai fazer o projecto ou trabalho, contendo de forma sucinta, clara e objectiva as questões mais importantes tratadas no Projecto, que são: 
A apresentação do esquema temático do desenvolvimento do projecto;
Se necessário delimitar o âmbito da investigação que se pretende fazer, apontando qual ou quais o (s) problema (s), hipótese (s) e variáveis a considerar e investigar; 
Nesta estrutura prévia do trabalho, os tópicos a investigar devem ser apresentados sob a forma de índice. 
Problematizar 
A definição do Problema, ou Enunciado do Projecto é uma sinopse ou resumo analítico edeve conter de forma sucinta, clara e objectiva as questões mais importantes, tratadas no Projecto.
Justificação e/ou Fundamentação 
Aqui precisamos: 
Apresentar as razões que levaram a escolha do tema, realçando a sua importância, as vantagens da realização do projecto (eventualmente até económicas) e contribuição teórica que a pesquisa pode trazer; 
Com frequência, estes projectos inserem-se em projectos de investigação mais amplos, do âmbito das actividades da instituição em que se está inserida e/ou a que se concorre. 
Ou seja, a fundamentação pode ser:
Fundamentação Teórica: aqui se define o enquadramento teórico do estudo projecto, descrevendo duma forma analítica, sistematizada e breve as teorias de sustentação da análise efectuada;
Fundamentação prática: esta é aquela que apresenta os resultados ou produtos concretos obtidos, espelhando sua análise e discussão; já que o capitulo relata, de forma resumida, os resultados obtidos e qual a resposta fornecida ao (s) problema (s) inicialmente colocados e aos objectivos formulados. Devem ser evitadas longas especulações e extrapolações sobre os resultados obtidos. Este capítulo deve ser organizado para suplementar, mas não repetir, dados inscritos em tabelas ou figuras e para apresentar sob a forma narrativa informações que não necessitam de quadros ou figuras. 
Metodologia 
Na metodologia deve-se: 
Indicar os fundamentos teóricos da pesquiza – métodos de abordagem e/ou perspectivas de investigação em que o projecto se insere;
Discriminar os instrumentos de pesquisa, métodos e técnicas adoptadas na recolha, analise e sistematização dos dados; 
Identificar os meios e recursos necessários disponíveis, assim como: locais onde se possa executar, parcial ou na totalidade, as fases do projecto de investigação. 
Métodos Complementares 
Os métodos complementares são métodos de recolha de dados qualitativos e, portanto, situam-se normalmente a montante da análise do conteúdo, que incidirá sobre as informações reunidas. 
Os métodos mais frequentemente associados à análise de conteúdos são sobretudo: 
As entrevistas pouco directivas, cujos elementos de informação se prestam particularmente bem a um tratamento através da analise da enunciação – que demonstrará a sua dinâmica – e da análise estrutural;
Mais raramente, os inquéritos por questionário para o tratamento das perguntas abertas. 
Formação dos Métodos Exigida 
Para formar ou formular a metodologia que se deve usar, é necessário ter em conta dois caracteres muito importantes. Está-se a falar do carácter quantitativo e o carácter qualitativo.
Carácter quantitativo: para os métodos com um carácter quantitativo mais ou menos pronunciado a formação de base é normalmente, em estatística descritiva e em linguística;
Carácter qualitativo: para os métodos de carácter qualitativo a maior parte das vezes é necessária uma boa formação teórica.
 
Corpo 
Este é o ponto do desenvolvimento do tema, onde se faz: 
Desenvolver a ideia anunciada;
Dividi-lo em capítulos e secções conforme um plano previamente elaborado; 
Procurar que os capítulos sejam homogéneos e que tenham sempre um título devidamente escolhido;
Distinguir claramente as questões principais das acessórias e prescindir dos materiais que não encaixem na estrutura prevista e que podem servir para trabalhos posteriores; 
Separar tudo o que tenha uma relação escassa com o tema, ainda que seja interessante. 
Conclusão 
É a última parte do texto que deve ser breve, directa e exacta, já que é neste momento em que apresentamos as respostas à problemática do tema exposto, incluindo: 
Síntese do conteúdo do trabalho, assinalando os dados positivos e alcançados, as conclusões negativas e positivas, os problemas pendentes;
Observações críticas e os pontos de vista dos investigadores;
Em suma: deve ser uma súmula completa e objectiva de todos os dados considerados importantes na elaboração do estudo, constituindo assim uma verdadeira síntese dos resultados obtidos. 
Recomendações 
Nas recomendações é no memento em que se faz a apresentação dos aspectos críticos que se devem ter em conta, de uma maneira geral, na problemática do tema e aberturas de novas duvidas para investigações posteriores, fruto da análise dos resultados obtidos. 
Parte Referencial 
Bibliografia 
Qualquer trabalho de pesquisa deve citar as fontes de informação que foram utilizadas na sua elaboração. A bibliografia é, portanto, a enumeração completa da documentação consultada sob a forma de lista, por ordem alfabética e numerada por ordem crescente. 
Quando devem ser assinaladas sucessivamente varias obras de um mesmo autor, segue-se a ordem alfabética dos títulos dessas obras ou então, se for o caso, a ordem cronológica da publicação. Em ambos casos, substitui-se o nome do autor por um traço; caso se queira citar a mesma ordem as edições diferentes, substitui-se não só o nome do autor, mas também os demais elementos que não sofreram modificação. 
Ex.: JAPLASSU, Hiton Ferreira (1975) Introdução ao Estudo Epistemológico. Rio de Janeiro, Francisco Alves;
_________________________________ (1976) – 2ª Edição – 2000.
A Técnica Bibliográfica 
 	Apos a realização do trabalho e a consequente selecção dos documentos aproveitados, transcreve-se esta bibliografia seleccionada para o trabalho, claro depois das demais partes.
Sua finalidade é apresentar ao leitor a documentação citada ou consultada e que se relaciona com o tema discutido, oferecendo-lhe um guia para um eventual aprofundamento do tema ou para uma revisão do trabalho. 
Contudo, é de salientar que as divergências entre os autores no concernente à técnica bibliográfica parecem insuperáveis, não havendo nenhuma uniformidade entre várias orientações. 
Assim, aqui o que se vai fazer é tentar buscar ou fixar aqueles pontos mais úteis à prática concreta do trabalho científico do estudante. Basicamente, as referências bibliográficas terão que observar as maiúsculas, minúsculas, sublinhados, pontos e vírgulas, enfim, por esta ordem de apresentação:
Um formato possível para os livros é o seguinte:
Apelido e inicial do nome próprio do primeiro autor em maiúscula;
Ano de publicação entre parêntesis;
Título do livro, sublinhado ou em itálico; 
Local de publicação;
Nome da casa editora. 
É de salientar que devem constar ainda da bibliografia dos trabalhos científicos sempre que for possível, os seguintes dados:
Eventual informação a edição ou sobre o volume – em caso de ser uma segunda edição ou posterior, coloca-se um expoente elevado e entre parêntesis ao lado do ano; 
Colecção;
Número de série; 
Tradutor; 
Número de página. 
Quando os autores são três ou mais, inicia-se a referência pelo primeiro autor, acrescentando-se “e outros” ou a expressão latina “et alii”;
Quando a obra é escrita por dois autores são assinados os dois, na ordem em que aparecem na publicação, sendo ligados pelo sinal &, ou pela referida conjunção;
Obs.: Todas estas informações podem ser extraídas a partir da contracapa dos livros. (Fichas técnicas, ou informativas)
 No caso de artigos em revistas ou jornais, um formato possível é o seguinte: 
Apelido e inicial do nome próprio do primeiro autor, em maiúsculas;
Apelido e inicial do nome próprio de eventuais co-autores, em maiúscula; 
Título do artigo entre aspas;
Nome da revista ou jornal, sublinhado;
Número da revista ou jornal; 
Data da publicação, dia, mês e ano, ou só mês ou meses e ano;
Ano de publicação, entre parêntesis; 
Página ou páginas onde se encontra o artigo citado. 
Apêndices e/ou Anexos 
Já sabemos que os Anexos, e se quisermos, os Apêndices fazem parte dos aspectos, ou assuntos opcionais no projecto tecnológico. Eles só se acrescentam nele, quando são exigidos pela natureza dos trabalhos. 
Os apêndices, geralmente constituem desenvolvimentos autónomos elaborados pelo próprio autor – tabelas, quadros, ilustrações, mapas e outros instrumentos que assim o revelem e que não figuram no corpo trabalho ou projecto – para completar o raciocínio,sem prejudicar a unidade do núcleo do trabalho. 
Os anexos são documentos, que nem sempre são do autor, que servem de complemento ao trabalho, isto é, que permitem fornecer informações mais completas, englobando documentos auxiliares, necessários à elaboração do trabalho, e que fundamentam a pesquisa e outros instrumentos de trabalho usados na pesquisa como os questionários, a legislação, enfim. 
A Forma Gráfica do Texto 
Achou-se de caracter importante tecer-se algumas recomendações de caracter formal, que poderão ser observadas. São elas: 
O trabalho deve ser apresentado em papel branco, formato A4, de um só lado;
Recomenda-se que seja dactilografado ou impresso por computador (digitalizado) no tipo de letra Times New Roman, ou Arial, no tamanho 12; sendo as citações e rodapés no tamanho 10;
As margens devem ser suficientes para permitir a encadernação e reprodução do trabalho. Há, pois, necessidade de respeitar as seguintes margens: 
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Margem direita: 2 cm. 
As páginas são numeradas a partir da página de rosto;
A paginação pode ser colocada em quatro zonas distintas: 
No canto superior ou inferior direito da página;
No canto superior ou inferior esquerdo da página. 
Apesar de não haver obrigatoriedade neste sentido, o uso da paginação no canto superior direito parece ser o mais conveniente, dada a eventual existência de títulos correntes ou notas de rodapé. 
Cada novo capítulo deve abrir uma folha, ainda que fique em branco a contra página. A abertura de cada capítulo surge assim sempre à direita no plano da leitura; 
Na redacção do trabalho pode-se utilizar indiferentemente a primeira pessoa do singular ou do plural, a terceira pessoa do singular, ou ainda a forma do infinitivo impessoal, que vem a ser, muitas vezes a forma mais recomendada; 
A terminologia utilizada deve ser clara, precisa, objectiva e actual. As frases e os parágrafos não devem ser demasiado extensos.
 
As Citações 
As citações são os elementos retirados dos documentos pesquizados durante a leitura de documentação e que se revelaram uteis para fortificar as ideias desenvolvidas pelo autor (investigador) no decorrer do seu raciocínio. 
Tais citações são transcritas a partir de fichas de documentação, podendo ser transcrições literais ou então apenas alguma síntese da passagem. Em ambos os casos é necessário citar a fonte, transpondo os dados já presentes na ficha. 
Note-se que as citações bem escolhidas apenas enriquecem o trabalho; o que não se pode admitir, em hipótese alguma, é a transcrição literal de uma passagem de outro autor sem fazer a devida referência. 
A citação, quando literal, deve ser copiada no pé da letra e colocada entre aspas. Caso haja no texto algo que se julgue dever corrigido, algo que causa estranheza coloca-se, logo em seguida à palavra um (sic!), entre parêntesis, para indicar que estava assim mesmo no texto de origem. 
As palavras que aparecem em cursivo ou itálico, devem ser sublinhadas, já que o sublinhado é o sinal que se dá nos editores para imprimir em letra cursiva. 
Quando dentro do texto citado, alguém deseja destacar uma palavra, uma parte da palavra ou uma frase, pode-se sublinhar e, em pé da página, depois da citação da passagem a que pertence o texto, junta-se:
O sublinhado é meu, ou então, os sublinhados são meus. 
Se alguma parte do texto não merecer ser transcrita, porque não ao acaso, pode-se omitir e, em seu lugar colocam-se parêntesis rectos, com reticências, desta forma …. 
Em qualquer caso, inclina-se para a notação americana, assim (autor, ano, página). Estas citações colocam-se depois do texto correspondente e, entre parêntesis, o nome do autor, a data da obra citada, depois de uma vírgula e, logo de seguida separada por dois pontos, a página onde aparece. 
Ex: (UMBERTO, 1988: 178). 
No final do trabalho, todas as citações têm a sua referência exacta num índice bibliográfico por autores, colocados por ordem alfabética.
Quando se cita uma frase, um parágrafo de um autor, por exemplo (FERNANDO PESSOA) que foi retirada de outro autor, por exemplo (JOÃO GASPAR SIMÕES) deve-se indicar no original com uma nota: citado por (op. cit.) JOÃO GASPAR SIMÕES, Vida e Obra de FERNANDO PESSOA … pág. 38.
Em resumo pode-se dizer que as citações podem ser formais e conceptuais.
Formais: quando se faz uma transcrição fiel das palavras do autor da obra. Neste tipo de citação as palavras/frases omitidas deverão ser substituídas por reticências entre parêntesis e a citação deve ser colocada entre aspas. 
Conceptuais: quando se reproduz as ideias do autor pelas nossas palavras. A identificação da autoria das frases é feita no texto, a seguir às mesmas, indicando, entre parêntesis, o nome do autor o nome da obra e a página…
As Notas de Rodapé 
As notas de rodapé têm tríplice finalidade:
Indicam a fonte de onde é tirada uma citação, permitem uma eventual comprovação por parte do leitor e fornecem pistas para uma retomada do assunto, revelando, por fim, o âmbito de pesquisa do autor; 
Inserem nos trabalhos considerações complementares que por extensão, obrigariam desnecessariamente o desenvolvimento do texto, mas que podem ser úteis ao leitor caso queira aprofundar o assunto; 
Trazem a versão original de alguma de alguma citação traduzida no texto quando se fizer necessário e importante à comparação dos textos. 
É de salientar ainda que, há uma nova tendência geral de se adoptar outras maneiras de fazer citações no corpo próprio do trabalho, dispensando-se notas de rodapé. 
Partindo do facto de que as obras na bibliografia final estejam numeradas, quando se quiser indicar a situação de uma passagem basta indicar o número da obra citada e a página, o nome do autor, não constando do corpo do texto, pode ser acrescentado. 
Outra maneira usada que dispensa, igualmente a referencia ao número sob o qual a obra aparece na bibliografia final: insere-se no texto entre parêntesis, no fim da passagem citada, o nome do autor, o ano e a página. Essas indicações (BUBER, 1914, pág. 31) remetem à obra escrita por esse autor, no ano de 1914, cujos dados completos se encontram na bibliografia final.
Expressões Latinas Mais Frequentes no Trabalho Científico
Em Notas de Rodapé 
Em notas de rodapé é frequente aparecerem as seguintes expressões abreviadas: 
Ap. (Apud): citado por;
Ib. (Ibidem): a mesma obra já referida;
Id. (idem): o mesmo autor referido anteriormente; 
Loc. Cit. (Loca citato): no lugar citado;
Op. Cit. (Opus Citatum): na obra citada; 
Pas. (aqui passin): aqui e ali, em várias páginas e trechos;
In (in): referencias a capítulos de livros, artigos, ensaios ou trabalhos publicados em dicionários, enciclopédias, actas de congressos e colectâneas (publicações não periódicas); 
Outras abreviaturas como: cf. (confira), v. (vide ou veja), fig. (figura), il. (ilustração), também são usadas em rodapé. 
Em Referência Bibliográfica
Et al (et allii): e outros, expressão usada quando a obra citada tem mais de dois autores;
S. l. (sine loco): usado entre colchetes quando não é possível saber da publicação da obra;
S. n. (sine nomine): usado entre colchetes, quando não é possível saber a editora da obra
Figuras, Quadros, Gráficos e Esquemas 
Qualquer figura, quadro, gráfico ou esquema deve ser apresentado de uma forma completa, isto é, com os elementos suficientes para poder ser avaliado independentemente das considerações que sobre ele se façam no texto. 
A escolha do formato específico de qualquer figura, quadro, gráfico ou esquema deve suspeitar a limitação dos próprios dados. 
As figuras inseridas nos capítulos deverão ser numeradas, centradas e legendadas (o tamanho do corpo de letra deve ser 10). A numeração das figuras, quadros, gráficos e esquemas deve ser contínua ao longo do trabalho e não é feita página a página. 
Sempre que forem incluídos gráficos, figuras, quadros e esquemas de outros autores estes devem ser referenciados no final da legenda entre parêntesis (autor, data,página). 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
Conceito de um Trabalho Científico 
ROBERT, P. citado por VINET (1964) define a investigação como “um trabalho feito com vista a adquirir conhecimentos novos e estudar uma questão”. 
VINET (1964), a define como sendo “um trabalho que trata com honestidade, exactidão, concisão e originalidade dos factos já conhecidos com vista a inculcar o método, a iniciativa, o rigor e a erudição”. 
Uma terceira definição é do Padre SHEVENELL, citado por VINET (1964), que considera o trabalho científico como “uma investigação crítica e exaustiva realizada por um especialista, sobre um tema bem delimitado nos limites do saber, para verifica-lo, corrigi-lo ou completá-lo, à luz dos princípios fundamentais”. 
Desta feita, parafraseando MVULA (1979) quando diz: “as exigências desta última definição são as de uma tese de mestrado ou de doutoramento; porque o especialista deve visar um ideal. Mas sabemos também que, há trabalhos de teses que só respondem às exigências das duas primeiras definições. E o estudante que está longe de ser especialista, não saberia tentar uma investigação se nos atermos à definição do Padre SHEVENELL. Ao nível da licenciatura, o trabalho exigido é, pois, um trabalho que deve tratar os factos, às vezes, já conhecidos, mas com honestidade, exactidão, concisão e originalidade”. 
Tipos de Trabalhos Científicos 
Em geral não há um ponto de vista único entre os especialistas no que diz respeito às classificações dos trabalhos científicos ou de investigação. 
Os tipos de trabalhos podem classificar-se de acordo com diferentes pontos de vista ou critérios. 
Classificação Segundo VINET
Segundo VINET (1964) um trabalho científico pode ser: 
Experimental; 
Descritivo; 
Histórico; 
Filosófico; 
Literário. 
Investigação Experimental 
O ponto de partida da investigação experimental é a observação dos factos que gera uma ideia; estabelece-se um raciocínio sobre a ideia que será controlada pela experiência. 
A sequência logica clássica da investigação experimental é: 
 Hipótese
Experimentação
Observação
 Entretanto é preciso que se sublinhe uma noção muito importante que caracteriza melhor a investigação experimental: a noção de variável, isto é, em termos gerais, algo que pode mudar de valor. Alguns exemplos de variáveis: a altura das pessoas, seu peso, seu sexo (…). Distinguem-se variáveis contínua e descontínua ou discreta. Uma variável discreta assune apenas valores numéricos que diferem em níveis bem definidos, sem valores intermediários.
		Ex.: Sexo masculino ou feminino.
Existem em toda a investigação experimental variáveis independentes (causa) e variáveis independentes (consequências). 
A variável independente é aquela que é investigada com o objectivo de determinar se exerce uma influência sobre o comportamento ou qualquer outro elemento que compõe o ente humano. A fim de verificar se uma dada variável afecta o comportamento, o experimentador aplica um valor da variável independente é ao grupo experimental e um segundo valor ao grupo de controlo. O valor que é aplicado ao grupo experimental é o “tratamento experimental”, enquanto o grupo de controlo recebe o “tratamento normal”. 
Investigação Descritiva 
A investigação descritiva consiste em acumular factos e dados que se tentam de interpretar com honestidade e justeza. Descreve-se a situação tal qual. 
O instrumento apropriado deste tipo de trabalho científico é o questionário e as vezes entrevistas. 
Precisa-se acrescentar que VAN DALEN (1981) distinguiu três formas de investigação descritiva, que são: 
Questionário; 
Estudos de inter-relações – estudo de caso e estudo de levantamento:
Estudo de caso é um estudo intensivo exaustivo sobre um individuo, evento, instituição ou comunidade, visando identificar variáveis relacionadas com o evento e que possam sugerir hipóteses explicativas para o fenómeno;
Estudo de levantamento é um estudo extensivo, visando descrever as características da população por meio de uma amostra seleccionada segundo método aleatório. 
Estudos de desenvolvimento humano:
Técnicas lineares – estudo longitudinal – acompanhando e descrevendo continuamente o processo de desenvolvimento de um mesmo indivíduo ou grupo. Por exemplo a descriminação de uma criança a partir do nascimento até à idade adulta. 
Cortes transversais – estudo transversal – através de observação, avaliação e descrição feita no mesmo período de tempo descrevendo os diferentes indivíduos ou grupos em diferentes estados de desenvolvimento que um individuo ou grupo possa ter. Por exemplo, a descrição de várias crianças em diferentes fases do seu desenvolvimento observados no mesmo período de tempo. 
A Investigação Histórica 
A investigação histórica é aquela investigação que se preocupa de reconstruir o passado. A característica desta investigação é o retorno às fontes primeiras que é preciso interpretar com honestidade, isto é, com imparcialidade. 
A Investigação Filosófica 
A investigação filosófica é aquela investigação que se propõe estudar substancias, isto é, coisas, sujeitos ou causas em que existem as propriedades, as qualidades e os atributos, discutir factos e examinar o pensamento dos escritores. 
A Investigação Literária 
A investigação literária é aquela investigação que se propõe estudar a vida e obra dos escritores, mas sobretudo a crítica dos textos. 
Classificação Segundo a Finalidade
Esta categoria distingue-se em três (3) categorias principais:
A investigação fundamental; 
A investigação aplicada e; 
A investigação do desenvolvimento técnico. 
Investigação Fundamental 
A investigação fundamental ou básica é a investigação de conhecimentos novos e de campos de investigação novos, sem objectivo prático específico. 
Ela está dirigida a estudar e elaborar os conhecimentos básicos sobre a natureza, a sociedade e o pensamento. Dito de outra maneira, ela tem por objectivo essencial descobrir novas leis ou regularidades. 
A mesma é realizada a longo prazo, quer dizer leva em geral muito tempo para obter resultados. Pois, a selecção do seu objecto de estudo não está determinada por demanda de importância imediata para a prática social. 
Investigação Aplicada 
A investigação aplicada é a investigação que tem um objectivo prático determinado, com vista a servir a humanidade numa das suas actividades.
Ela visa a aplicação prática do conhecimento científico. É o estádio intermediário entre a descoberta e a utilização diária. Em outras palavras, ela tem por objectivo essencial a elaboração científica dos princípios e recomendações, para melhoria da prática escolar, tomando como ponto de partida as regularidades descobertas pela investigação fundamental. 
Ela é realizada a curto e médio prazo e tem por objectivo analisar problemas actuais situações concretas na prática. Pois, a selecção do seu objecto de estudo está determinado por demanda de importância imediata para a sociedade. 
Investigação de Desenvolvimento Técnico
A investigação de desenvolvimento técnico é a adaptação sistemática dos dados da investigação aplicada e dos conhecimentos empíricos com vista à produção e uso dos materiais, de aparelhos, de métodos ou de procedimentos novos…
Ela serve directamente à prática. 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTO
A ciência moderna não é a única forma de saber e importa apertar mais as suas ligações com as outras formas, sistemas e métodos de conhecimentos, para o seu enriquecimento e proveito mútuos. 
Entende-se por conhecimento uma bagagem de informações e métodos de raciocínio que cada um de nós possui (SERAFINI, 1996), distingue-se quatro tipos de conhecimentos:
O conhecimento popular; 
Conhecimento filosófico;
Conhecimento religioso; 
Conhecimento científico. 
Conhecimento Popular
Sociedades tradicionais mantiveram e aperfeiçoaram domínios tão diversos como por exemplo a agricultura e saúde. Quer dizer, conhecimentoshistoricamente acumulados sobre métodos de cura caseiros, muitas vezes bons resultados (saúde) e sobre o momento certo de semear, a época da colheita, o tipo de solo adequado para as diferentes culturas (agricultura). 
Nestas sociedades, todos os membros dedicam-se ao trabalho de subsistência, os poucos conhecimentos adquiridos pela experiência do trabalho eram de geração em geração de maneira direita, a fim de apoiar a luta de sobrevivência do homem não procurando a explicação e verificação racional. 
Assim sendo, o conhecimento popular ou vulgar é caracterizado assim: 
Pela falta de critica e de precisão na maneira de observar;
Pela ignorância da natureza e das causas que testemunharam;
Pela incapacidade de emitir uma hipótese plausível sobre a causa, cujo facto depende, pelas “experiencias vagas” quotidianas que não vão confirmar ou informar qualquer teoria de tipo académico ou livresco, mas que vão orientar, segundo os critérios muito concretos e pragmáticos, os nossos primeiros passos na aventura da descoberta do real. Daí que por experiencia, por experiencia, eu não aproximo a mão ao fogo porque queima, ainda que não necessite, forçosamente de saber o que é a combustão. Em suma, trata-se de conhecimentos pragmáticos, concretos, sem pretensões de rigorismo. 
Conhecimento Filosófico
“Tudo quanto há é aspiração do filósofo”, o conhecimento universal, a totalidade das coisas. 
A postura do filósofo face ao mundo é mais abrangente. Ao saber “recortado” do cientista, o filósofo contrapõe um horizonte abrangente, uma visão integradora de saberes. A superficialidade do homem comum é substituída pelo desejo de radicalidade, pela crítica efectiva do filósofo. Este propõe reelaborar a sua visão do real, reorganizar o mundo e a vida numa perspectiva mais rica de sentido. 
O conhecimento filosófico caracteriza-se assim: 
Pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às próprias luzes da razão humana; 
Pelas ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidade; 
Pelo método racional, no qual prevalece a experiencia e não exige confirmação experimental, mas somente coerência logica;
Pela procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação duma concepção unificada e unificante do universo.
Conhecimento Religioso 
A vivência do homem religioso supõe uma incursão no domínio do sagrado – realidade substancialmente diferente do profano, isto é, do mundo do trabalho, da faculdade, da cidade. É num espaço “forte”, sacralizado, que o crente periodicamente se movimenta. 
Este espaço sagrado proporciona uma “atmosfera” especial, convidativa de recolhimento e permissora de “contacto” com o transcendente. Ele é a “porta” de contacto entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses. Através dele “os deuses podem descer à terra e o homem pode subir simbolicamente ao Céu”. (GUERRA et al., 1995) 
O conhecimento religioso, isto é, teológico, é caracterizado por: 
Pelas proporções sagradas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural (revelação divina); 
Pelas verdades consideradas infalíveis e indiscutíveis; 
Por uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. 
Conhecimento Científico 
A ciência é um conjunto de conhecimentos bem estruturados e sistematizados sobre um determinado objecto de estudo, adquirindo, por meio da metodologia de investigação adequada ao objecto de estudo e expresso por uma terminologia técnico científico próprio. 
O homem da vida quotidiana é modesto; só pretende compreender aquilo que a sua existência diária lhe apresenta como fenómenos e só quer compreendê-los na medida em que isso é necessário para a conservação da própria existência. O cientista bebe em fontes mais profundas. 
A ciência é, acima de tudo, uma elaboração da experiência comum, a sua teorização, o enquadramento de casos práticos correntes em modelos ou formas explicativas. É nesta passagem experiência vivida para formas mais elaboradas de explicação que se estabelece a aventura científica. 
A ciência é, então, marcha progressiva do vivido e concreto para o abstracto e formal, num processo sempre inacabado, em aberto, em permanente elaboração.
O conhecimento científico é pois, caracterizado: 
Pela certeza, isto é, só admite factos devidamente controlados. Dito por outras palavras, ele é baseado no método experimental apoiado nos factos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação; 
Pela precisão, isto é, ele abrange factos concretos, positivos, e fenómenos perceptíveis pelos sentidos, através do emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação. Mede-se, por exemplo, o tempo, a temperatura, a velocidade, enfim.
Pelo esforço de compreender os factos, isto é, permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenómenos situados além das percepções objectivas. Ele tende a colocar relações objectivas entre os fenómenos, quer dizer, a procurar a descobrir as leis que regem esses fenómenos. 
Para concluir, pode-se dizer que o livre e pleno exercício da actividade científica, com os seus valores próprios, não deviam ser percebidos como sendo um conflito com o reconhecimento dos valores espirituais, culturais, filosóficos e religiosos; é preciso manter um diálogo aberto com esses sistemas de valores para facilitar o entendimento mútuo. É de salientar ainda também que estes tipos de conhecimentos podem coexistir na mesma pessoa: um cientista voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser praticante de determinada religião, estar filiada a um sistema filosófico e em muitos aspectos de sua vida quotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. 
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Paulino Satchenda – IMAGV 
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