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Definição: Trata-se de um levantamento altimétrico com o objetivo básico de determinar as COTAS ou ALTITUDES de pontos sobre uma superfície qualquer. Plano horizontal de referência (PHR): Quando este PHR é definido pelo nível médio das mares, ele recebe o nome de PLANO DATUM ou PLANO ORIGEM. Altitude: quando o PHR coincide com o PLANO DATUM, é a diferença de nível Deste plano a um ponto qualquer na superfície da terra. Cota: quando as diferenças de nível entre os planos não coincidentes com o PLANO DATUM, e sim com um plano arbitrário. Aula Prática – Profa Elisabeth 3º Trabalho - Nivelamento Geométrico Determinação da cota de um ponto: Cota da ponto “A” = Adotada (ou conhecida). Cota do ponto “B” = deseja-se determinar. Portanto têm-se: COTAB + LB = COTAA + LA O desnível geométrico entre “A” e “B” será: DA-B = |COTAA -COTAB |= |LA - LB | CotaA CotaB COTAB = COTAA + LA - LB Aparelhos necessários: Nível Topográfico: É um aparelho que consta de uma luneta telescópica com um ou dois níveis de bolha, sendo este conjunto instalado sobre um tripé. A característica principal do NÍVEL é o fato do mesmo possuir movimento de giro somente em torno de seu eixo principal. Mira Estadimétrica: • É uma peça com 4,00 metros de altura, graduada de centímetro em centímetro, destinada a ser lida através da luneta do aparelho. • A mira é graduada de forma especial que permite a sua leitura mesmo que se possa ver apenas uma pequena parcela do seu comprimento; por esta razão, a separação de centímetro em centímetro, em lugar de ser feita com traços como numa escala comum de desenho, é feita com faixas, uma branca e outra preta, cada uma delas com a largura de um centímetro. Procedimento de campo: Determinação da cota de um ponto “B” qualquer: • Realizar duas leituras sobre a mira: a primeira leitura (LA) para a mira colocada sobre o ponto de cota conhecida, ou adotada (Referência de Nível - RN), e a segunda leitura tomada na mira estacionada agora sobre o ponto (B), que se deseja determinar a sua cota. Definições: Plano de Colimação (PC) ou Altura do Instrumento (AI): É a distância vertical entre dois planos horizontais: o plano de cota zero (PHR) e o plano do aparelho, isto é, aquele que contém a linha de vista do nível; a rigor, altura do instrumento (AI) é a cota do aparelho. Observação: “AI” não é a altura do próprio aparelho, e sim de sua cota. AI = COTARN + VISADARÉ COTARN Visada a Ré Definições: Visada À Ré: • Visada a ré é aquela que é feita para um ponto de cota conhecida, com a finalidade de se determinar a Altura do Instrumento (AI). • Pode ser feita para frente, para trás, ou para os lados, portanto não é a direção da visada que faz com que ela seja a ré, e sim sua finalidade. Definições: Visada à vante: Visada à vante é aquela que é feita com o intuito de se determinar a cota do ponto onde está a mira. As visadas à vante podem ser de mudança ou intermediária: Definições: Visada à vante intermediária: • Serve para a determinação da cota do ponto onde está a mira, com a finalidade de se determinar apenas a cota deste ponto. Ou seja, na visada à vante intermediária, o ponto posteriormente não receberá uma visada à ré devido a mudança de local do aparelho. • Um erro praticado na visada à vante intermediária afeta apenas a cota do ponto visado. (C) Definições: Visada à vante de mudança: • A visada à vante mudança ocorre quando este ponto vem a receber posteriormente uma visada à ré, porque o instrumento mudou de posição. • Um erro cometido na visada à vante de mudança influencia a cota final. (C) Precisão para o Nivelamento Geométrico: Nivelamento Aproximado: • Ocorre quando os levantamentos são de investigação, com visadas de até 300 metros, e leituras na mira feita até centímetro. onde, ev = erro vertical máximo admissível em m/km. Precisão para o Nivelamento Geométrico: Nivelamento comum: • Ocorre com a maioria dos trabalhos de engenharia, com visadas de até 150 metros, e leituras até milímetro. onde, ev = erro vertical máximo admissível em m/km. Precisão para o Nivelamento Geométrico: Nivelamento muito bom: • Ocorre com visada de até 90 metros, leituras em milímetro, e mira provida de bolha de nível. Os pontos de mudança são bem firmados. Tripé perfeitamente apoiado sobre o terreno. onde, ev = erro vertical máximo admissível em m/km. Nivelamento Geométrico Composto: Consiste numa sucessão de nivelamento simples, a partir de uma série de estações do aparelho, quando se têm as seguintes situações: • No terreno acidentado, a diferença de nível entre dois pontos não deve ultrapassar a altura da mira (4m); ou • A extensão entre os dois pontos a nivelar no terreno não deve ultrapassar o alcance máximo de visada do nível (100m). AI AI AI (A) B C D CA CB CC CD RA RB RCVB VC Nivelamento Geométrico Composto: Considerações sobre os procedimentos de campo: a) as posições dos pontos a serem nivelados são determinadas anteriormente por um levantamento planimétrico; b) os pontos a serem nivelados deverão ser pontos onde há mudança de inclinação do terreno; c) na escolha do local a ser instalado o nível, devem ser observados: • escolher um local onde se possa visualizar o maior número possível de pontos, desde que não ultrapasse a distância de 100m de visada; • o último ponto visado na estação anterior do nível, possa ser visto do local onde o nível será instalado. Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo das alturas do instrumento (AI) em uma determinada estação: 1ª estação: AI1 = CA (cota conhecida) + LRÉ(A) 2ª estação: AI2 = CB (cota conhecida através da 1ª estação) + LRÉ(B) .............. AI1 AI2 AI3 (A) B C D CA CB CC CD RA RB RCVB VC Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo das cotas dos demais pontos observados das estações: CB = AI1 - LVB CC = AI2 - LVC AI1 AI2 AI3 (A) B C D CA CB CC CD RA RB RCVB VC Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo das diferenças de nível entre os pontos topográficos: ΔH(A, B) = CA – CB ΔH(B, C) = CC – CB AI1 AI2 AI3 (A) (B) (c) (D) CA CB CC CD RA RB RCVB VC ΔH( i, i+1 ) Nivelamento Geométrico Composto: Exemplo: Cálculo das cotas de 03 pontos no terreno, sendo conhecida a cota do ponto inicial ‘A’: AI1 AI2 AI3 (A) (B) (c) (D) CA CB CC CD RA RB RCVB VC ΔH( i, i+1 ) 1a. estação 2a. estação 3a. estação AI1 = Ca + Ra AI2 = CB + RB AI3 = CC + RC CB = AI1 - VB CC = AI2 - VC CD = AI3 – VD Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo e distribuição do erro de fechamento vertical cometido: a) Cálculo do erro de fechamento cometido (Ec): Ec = CAf - CAi onde: CAf = cota final da poligonal; CAi = cota inicial da poligonal (arbitrada) ou ainda, E = LR - LV onde: LR = somatório das leituras de RÉ dos pontos da poligonal; LV = somatório das leituras de VANTE dos pontos da poligonal. Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo e distribuição do erro de fechamento vertical cometido: Segundo a NBR 13133, para a Classe II N, tem-se b) Erro médio admitido por Km (Em): Em = ± 20 mm. √ km c) Erro máximo admissível (Emax): Emax = 2,5 x Em d) Compensação do erro cometido (C): C = - ( Ec)/ N onde: Ec = erro de fechamento cometido; N = nº de estações do nível. Nivelamento Geométrico Composto: Cálculo e distribuição do erro de fechamento vertical cometido: e) Distribuição do erro cometido: Em função do número de estações: Cotas compensadas: C'A = CAi ± 1 x C e demais cotas da 1ª estação;C'B = CB ± 2 x C e demais cotas da 2ª estação; C' C = CC ± 3 x C e demais cotas da 3ª estação; C'D = CD ± 4 x C e demais cotas da 4ª estação...... Conclusão: C'Af = CAi 4º trabalho: Nivelamento trigonométrico: FORMULAS GERAIS Este método baseia-se na resolução de um triângulo retângulo (exemplo OCE): A determinação da diferença de nível entre um ponto ´A´ e um ponto ´B´, pela visada de um ponto qualquer na mira, será: Nivelamento trigonométrico: DNAB = EF + EC – BC (1) onde, EF = i (altura do instrumento ao ponto na superfície do terreno); EC = DAB(Inclinada) . cos z; e BC = h (altura do prisma). Substituindo em (1): a) Quando ´z´ for menor que 90O: DNAB = i + D cos z – h Nivelamento trigonométrico: b) Quando ´z´ for maior que 90O: - DNAB = - (BC + CE – EG) (2) onde, BC = h; CE = Dinclinada . cos z; EG = i Substituindo em (2): - DNAB = - (h + D.cos z – i ) ou - DNAB = i – h – D. cos z Formula Geral: DNAB = (i – h D inclinda . cos z) Nivelamento trigonométrico: Cálculo das altitudes por nivelamento trigonométrico: HA = 100m HB = HA + DNAB = 100 m + 8,50 m = 108,50 m HC = HB + DNBC = 108,50 m + 12,84 m = 121,34 m HD = HC + DNCD = 121,34 m – 0,97 m = 120,37 m HE = HD + DNDE = 120,37 m + 5,95 m = 126,32 m HA = 100 - DNAB = i – h – (DAB (inclinada) . cos(z)) (Quando ´z´ for maior que 90 O ) DNAB = i + [DOC (inclinada) . cos(z)] – h (Quando ´z´ for menor que 90 O ) Nivelamento trigonométrico: Cálculo do erro fechamento para poligonal fechada, ou apoiada: ∆CRN-RN = ɛ = HRN(real) – HRN(calculado)= 0 onde, Ɛ = erro de fechamento; HRN(real) = altitude do RN (no campo); HRN(calculado)= altitude do RN calculado. Obs: H(RN2661T) = 18,233m; e H(RN2661U) = 13,108m Segundo a NBR 13.133, a tolerância para o erro de fechamento para nivelamento trigonométrico, com medidas realizadas por meio de medidor eletrônico, classe II N, é igual a: Tf = 0,20 (m/Km) d (km) onde, d = distância em ‘km’ entre o Rn2661T e o Rnfinal Nivelamento trigonométrico: Exemplo: ɛ = HRN(real) – HRN(calculado)= 8,799m – 8,807m = - 0,008 m Considerando que, d = 3,643 km Tf = 0,20 3,643 = 0,2863 m Como o erro é menor que a tolerância, sua distribuição será: C(ɛ) = -(-0,008)/4 = +0,002 m Valores das correções em cada estação: 1ª estação: 1 x C(ɛ) = 0,002m 2ª estação: 2 x C(ɛ) = 0,004m 3ª estação: 3 x C(ɛ) = 0,006m 4ª estação: 4 x C(ɛ) = 0,008m Nivelamento trigonométrico: Pontos Nivelados Cota Correções Cota Compensada A (RN) 50,00 B 50,816 +0,002 50,818 C 52,874 +0,002 52,876 C D 53,951 +0,004 52,876 E 56,198 +0,004 56,202 E F 56,504 +0,006 56,510 G 53,000 +0,006 53,006 G H 49,067 +0,008 49,075 A 49,992 +0,008 50,000 Valores das cotas (ou altitudes) compensadas são: 1ª estação 2ª estação 3ª estação 4ª estação Procedimento de campo do nivelamento geométrico: Estação I: a) Estaciona o Nível fora dos pontos a nivelar (RN e postes), na “Estação I”; b) Visa para o RN 2661T, mede e anota na caderneta: • Leitura de ré (RN 2661T); c) Visa para cada ponto a ser levantado (Po , P1 , P2 , P3) mede e anota: • Leitura de vante para Po; • Leitura de vante para P1; • Leitura de vante para P2; • Leitura de vante de mudança para P3; d) Mudar para a estação II. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento geométrico: Estação II: a) Estaciona o Nível na “Estação II”; b) Visa para o P3, mede e anota na caderneta: • Leitura de ré (P3); c) Visa para cada ponto a ser levantado (P4 , P5 , P6 ) mede e anota: • Leitura de vante para P4; • Leitura de vante para P5; • Leitura de vante de mudança para P6; d) Mudar para a estação III. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento geométrico: Estação III: a) Estaciona o Nível na “Estação III”; b) Visa para o P6, mede e anota na caderneta: • Leitura de ré (P6); c) Visa para cada ponto a ser levantado (P7 , P8 , P9, P10) mede e anota: • Leitura de vante para P7; • Leitura de vante para P8; • Leitura de vante para P9; • Leitura de vante de mudança para P10; d) Mudar para a estação IV. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento geométrico: Estação IV: a) Estaciona o Nível na “Estação IV”; b) Visa para o P10, mede e anota na caderneta: • Leitura de ré (P10); c) Visa para cada ponto a ser levantado (P11 , P12 , P13, RN) mede e anota: • Leitura de vante para P7; • Leitura de vante para P8; • Leitura de vante para P9; • Leitura de vante de mudança para RN (ponte); d) Finaliza o nivelamento. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento trigonométrico: Estação I: a) Estaciona o Estação Total na “Estação I”; b) Visa para o RN 2661T, mede e anota na caderneta: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC); c) Visa para cada ponto a ser levantado (Po , P1 , P2 , P3) mede e anota: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC) d) Mudar para a estação II. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Estação II: a) Estaciona o Estação Total na “Estação II”; b) Visa para o P3 (visada a Ré), mede e anota na caderneta: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC); c) Visa para os pontos P4 , P5 , P6 , mede e anota: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC) d) Muda para estação III. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento trigonométrico: Estação III: a) Estaciona o Estação Total na “Estação III”; b) Visa para o P6 (visada a Ré), mede e anota na caderneta: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC); c) Visa para os pontos P7 , P8 , P9 , P10, mede e anota: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC) d) Muda para estação IV. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento trigonométrico: Estação IV: a) estaciona o Estação Total na “Estação IV”; b) Visa para o P10 (visada a Ré), mede e anota na caderneta: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC); c) Visa para os pontos P11 , P12 , P13 , RN 2661U, mede e anota: • altura do aparelho (i); • altura do prisma (h); • ângulo vertical (z); • distância inclinada (DOC) d) Finalizar levantamento. • Identificações dos postes e locais das estações do aparelho: Procedimento de campo do nivelamento trigonométrico:
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