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Aprendizagem segundo Freud

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A Aprendizagem segundo Freud 
( in cap. 3 de Freud e a Educação. O Mestre do Impossível. S.P.:Scipione, 1989 de 
Kupfer, M.C)
Freud fez uma teoria e um método de tratamento psicoterápico, a Psicanálise sobre o 
desenvolvimento da personalidade (Id, Ego e Super Ego). 
Teoria que coloca no INCONSCIENTE a força do desenvolvimento da personalidade. O 
inconsciente busca o prazer imediato, é atemporal e suas pulsões tem que ser satisfeitas 
imediatamente. EX. bebê humano
Para que possamos viver em sociedade, há que aprender a reprimir/conter a necessidade 
de satisfação imediata e adiá-la para mais adiante. Quem faz isso é o EGO que vai 
buscar na vida real os meios de satisfazer tais impulsos.
Explicar o S-Ego.
Quanto ao desenvolvimento da personalidade vamos ver que as crianças pequenas perto 
da fase escolar na maior parte do tempo pronunciam os porquês? Que em síntese 
buscam respostas às perguntas:
⎝ De onde viemos? E, para onde vamos?
⎝ Freud é considerado o responsável pela descrição do desenvolvimento afetivo-
emocional das crianças. Ele queria que sua teoria constituísse entre outras coisas, um 
modelo da construção dos processos através do quais um indivíduo se torna um ser 
sexuado. (fases oral, anal, fálica, de latência e genital)
A origem destas preocupações vem do fato de as crianças quererem saber qual é seu 
lugar no mundo bem como elas tem uma preocupação com as diferenças sexuais 
anatômicas: ter ou não ter pênis. A leitura destas diferenças não é tão concreta e remete à 
Falta que determina no ser humano a Angústia de Castração ter que lidar com as perdas, 
com nossa incompletude.
A resposta que buscam não é tão concreta, mas sim importa a interpretação dada a este 
fato. A criança quer saber sobre as diferenças entre mulheres e homens ( na época em 
que Freud elaborou estas ideias as mulheres tinham valor social secundário, enquanto ser 
homem, ter pênis equivalia a ter poder. 
As crianças descobrem diferenças que as angustiam. E é essa angústia que as faz 
querer saber, satisfazer suas curiosidades.
Freud verifica que nesta época as crianças estão vivendo o Complexo de Edipo. Estas 
preocupações,que são chamadas de “investigações sexuais infantis” geralmente serão 
reprimidas em torno da época da entrada na escola primária: serão reprimidas. Arte dessa 
repressão sublima-se em “pulsão de saber” associada “a pulsões de domínio” e a 
“pulsões de ver”. Daí que o desejo de saber associa-se com o dominar, o ver e o sublimar.
Sublimar é deslocar a curiosidade sexual para interesse não sexuais. E então vão 
perguntar sobre interesses não sexuais, o desejo de saber.
Saber associa-se com dominar > Ex poema de Machado de Assis em que um homem 
disseca uma borboleta, ou seja, a curiosidade sádica que deriva da pulsão de domínio. Na 
ânsia de saber, o homem destrói, mata a mosca.
Quando falamos de pulsões sexuais sabemos que o ver é um de seus elementos 
constitutivos. É através da fantasia de ver que a criança imagina sua origem, a relação 
sexual entre os pais.
Daí que quando tais pulsões são sublimadas e tornadas pulsão de saber terão 
como consequências o prazer de pesquisar, o interesse pela observação da 
natureza, o gosto pela leitura, o prazer de viajar(ver coisas distantes e novas.
Ele se refere a Da Vinci que sublimou sua sexualidade e se tornou um estudioso, além de 
um grande artista.
Então, nessa perspectiva O que é aprender? (pag. 84)
A criança então ao sublimar o desejo pelas curiosidades sexuais irá torná-las o desejo de 
Saber, Sublimar, Dominar e Ver.
Então, Aprender é aprender com alguém, quando então podemos pensar na relação 
professor-aluno que pode ser explicada pela Transferência, que pode ser definida como o 
deslocamento (do que se sente) de um lugar para outro, de uma pessoa para outra.
Segundo Kupfer, cap. 2 do referido livro:
Para a grande maioria dos psicanalistas de hoje, a Psicanálise, entendida como um corpo 
acumulado deconhecimentos sobre a constituição do psiquismo, aceita o debate com a cultura. 
Dialoga com a Antropologia, a literatura e até com as ciências exatas. Compromete-se com seu 
lugar de saber produzido no e pelo século XX, e assume a responsabilidade de ter influenciado 
muitas produções culturais de seu tempo, entre as quais se situa, por exemplo, inegavelmente 
(embora Freud quisesse negá-lo), o surrealismo. A descoberta freudiana "per- turba a paz do 
mundo e o sono dos homens".
Mas aplicar, não. A única aplicação possível é a aplicação da Psicanálise à clínica psicanalítica. 
Caso se queira tirar proveito da eficácia da Psicanálise como instrumento de transformação do 
homem frente a sua própria existência – será necessário deitá-lo em um divã. Que não se veja 
nessa afirmação uma demonstração de prepotência ou de arrogância,mas um reconhecimento de 
impotência. Ou uma afirmação de limites.
Com base nesse pensamento, Millot dedicou-se ao estudo das relações entre a Psicanálise e a 
Educação,propondo-se a responder a três questões:
1. Pode haver uma educação analítica no sentido de a educação ter uma perspectiva profilática em 
relação às neuroses?
2. Pode haver uma educação analítica no sentido de visar aos mesmos fins de um tratamento 
psicanalítico (resolução do complexo de Édipo e superação da castração)?
3. Pode haver uma educação psicanalítica que se inspire no método psicanalítico e o transponha 
para a relação pedagógica?
A todas essas perguntas, Millot responde com um sonoro "não". O não à primeira pergunta já fora 
enunciado pelo próprio Freud. Millot demonstra que, em relação a esse aspecto, Freud se mostrou 
a principio entusiasmado. Ao descobrir o papel da repressão no desenvolvimento das neuroses, 
supôs inicialmente que uma educação que levasse em conta descobertas psicanalíticas poderia 
ser menos repressora e com isso evitar as neuroses do mundo adulto
Se não há como estabelecer um método pedagógico com fundamentos sobre o saber psicanalítico 
sobre o
inconsciente, não será possível, por outro lado, pedir ao pedagogo que ocupe um lugar análogo ao 
do analista e que exerça uma influência analítica sobre a criança. Para ocupar um lugar análogo ao 
do analista, responde Millot, seria necessário que o educador tivesse em relação à criança a 
neutralidade de que pode gozar a desconhecida figura de um analista. Ora, essa neutralidade é 
impossível, e até mesmo indesejável.

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