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Delegado de Polícia Civil CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Civil Professor: André Barros Aula: 22| Data: 13/12/2017 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO DIREITO DE FAMÍLIA 1. Casamento 2. Julgamentos STF DIREITO DE FAMÍLIA 1. Casamento O STF, o STJ e o CNJ pacificaram a ideia de que é possível tanto a união estável como também o casamento entre pessoas do mesmo sexo (homoafetivo). Todas essas cortes ainda não reconhecem a poligamia nem no casamento nem na união estável. Não existe proteção de família paralela. A união estável e o casamento constituem forma de família. Concubinato, atualmente, constitui família. O Concubinato adulterino é aquele que traz uma relação paralela ao casamento. Concubinato incestuoso é aquele que trata da relação proibida (relação que há impedimento para casar). O adultério é uma prática que não caracteriza crime. O concubino não tem direito: Herança Regime de bens Meação Alimentos Contudo, no final de 2016 o STJ julgou uma Ação de Alimentos e reconheceu, em caráter excepcional, direito a alimentos, pois a amante era idosa (mais de 70 anos). Até então o único direito que era reconhecido era a dissolução da sociedade de fato (aquilo que compraram juntos será divido junto, ou seja, os bens serão dividi- dos de acordo com a porcentagem paga por cada um dos concubinos). A referida ação tramitará em Vara Cí- vel. O casamento estudado no Direito Civil é sempre o casamento civil. O casamento civil tem a celebração gratui- ta. Contudo, a habilitação, o registro e a primeira certidão de casamento, em regra, devem ser pagas. Exceção: quando se se declara pobre. Habilitação: Idade núbil – desde de 2002, a idade é 16 anos, homem e mulher. Página 2 de 3 De acordo com a idade é possível ter três situações: 18 ou mais: não precisa de autorização 16 ou 17 anos: autorização dos representantes (pode ter tutor) de ambos. No caso de divergência en- tre os representantes, o juiz suprirá essa divergência. Menor de 16 anos, artigo 1520, CC: excepcionalmente o menor de 16 poderá casar Em caso de gravidez – tanto a moça grávida quanto o rapaz ser menor de 16 anos e a moça grá- vida ser maior de 16 anos. Evitar imposição ou cumprimento de pena Não há mais aplicabilidade, pois dependia de aplicação sistemática “Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar im- posição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravi- dez.” Impedimentos, artigo 1521, CC: na habilitação serão verificados os impedimentos. O casamento realizado com impedimento será considerado NULO. Hipótese de impedimento: artigo 1521, VII, CC – impedimentum criminis – homicídio ou tentativa. O crime deve ser doloso. “Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o ter- ceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou ten- tativa de homicídio contra o seu consorte.” 2. Julgamentos STF Atenção! O STF declarou inconstitucional por inteiro o artigo 1790, CC. Dessa forma, aplica-se o artigo 1829, CC, independentemente se é cônjuge ou é companheiro. É inconstitucional fazer qualquer distinção entre o cônjuge e o companheiro. Ainda não há posição para a questão de companheiro ser considerado herdeiro necessário ou não. Página 3 de 3 “Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da suces- são do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694) I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equiva- lente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe- á a metade do que couber a cada um daqueles” III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da he- rança.” O STF reconheceu que não existe prevalência quando tratamos de parentalidade (genérico para materni- dade ou paternidade) biológica e socioafetiva. Não há prevalência, e, portanto, uma pessoa pode ter mais de um pai ou de uma mãe. Sendo assim, o STF admitiu a multiparentalidade. Socioafetiva: reconhecido o vínculo de parentesco pela posse do estado de filho. As consequências são todas, Direito de Família e Direitos Sucessórios.
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