Buscar

Direito penal militar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JOÃO PAULO LADEIRA 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL 
MILITAR 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE 
SOLDADO DA SOLDADO PMMG 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 2 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
Professor: João Paulo Ladeira 
 
Caríssimos alunos! 
 
Com a publicação do edital para o concurso de ingresso no Quadro de 
Soldados da Polícia Militar de Minas Gerais, é chegada à hora de otimizar os 
estudos. 
 
O curso de direito penal militar que começamos hoje será direcionado para o 
cargo supracitado e temos como principal objetivo que você consiga obter um bom 
resultado em sua prova relativa a esta matéria. 
 
Além disso, você deve ter em mente que a diferença de apenas uma questão, 
seja ela de direito penal militar, seja de constitucional, seja de direitos humanos, 
poderá representar a diferença entre o seu sucesso ou então a sua não classificação 
no concurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 3 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Para aqueles que ainda não nos conhecem, vamos a uma rápida apresentação: 
meu nome é João Paulo Ladeira (professor Ladeira) e sou oficial da Reserva da 
Força Aérea Brasileira, aprovado em 4º lugar no concurso público de provas do 
Quadro Complementar de Oficiais da Aeronáutica. Também fui aprovado em 3º 
lugar no concurso para Oficial do Ministério Público de Minas Gerais no ano de 
2007. 
 
Sou advogado pela Seccional da OAB/MG. No ano de 2009 completei a 
minha especialização em Ciências Penais, Justiça Criminal e Criminologia pela 
Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais e em 2016 a 
segunda especialização “lato sensu” – em Inteligência de Estado e Inteligência de 
Segurança Pública pela Associação Internacional para Estudos de Segurança e 
Inteligência (INASIS). 
 
Entre os anos de 2008 a 2012, exerci a função de chefe da Seção de 
Investigação e Justiça do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa, quando 
então fui transferido para a Assessoria Jurídica da Escola Preparatória de Cadetes do 
Ar (EPCAr) em Barbacena-MG. 
 
Também estive à frente da Assessoria Jurídica da Divisão de Concursos do 
Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) em Belo Horizonte – MG 
e é com imenso prazer que conduzirei a disciplina Noções de Direito Penal Militar 
do Portal Carreira Militar neste SUPER REVISÃO! Ainda da tempo. Vamos com 
tudo! 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 4 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
ROTEIRO DO CURSO 
 
A Polícia Militar de Minas Gerais, com vistas ao seu engrandecimento e 
melhoria na qualidade da prestação do serviço de segurança pública passou a exigir 
como requisito de provimento do cargo a condição de possuir ensino superior 
completo. Portanto, o concurso elenca um rol de disciplinas jurídicas em seu 
conteúdo programático. Dessa forma, ocorre com o nosso Direito Penal Militar, 
matéria de pouco conhecimento da comunidade jurídica, notadamente porque na 
maioria dos “bancos acadêmicos” das faculdades de Direito, não há em sua grade 
curricular tal disciplina. 
 
Portanto, sem a menor dúvida, ela será a prova que irá diferenciar os 
candidatos rumo à aprovação. 
 
Exatamente por isso, estou aqui! Vamos caminhar juntos até a sua aprovação. 
Contem comigo e com o Portal Carreira Militar! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 5 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: 
1 – Direito Penal Militar – Teoria Crítica e Prática 
Autores: Adriano Alves-Marreiros; Guilherme Rocha; Ricardo Freitas 
Editora: Gen Método 
 
2 – Código Penal Militar Comentado – Artigo por artigo 
Autor: Paulo Tadeu Rodrigues Rosa 
Editora: Líder – 3ª edição 
 
3 – Elementos de Direito Penal Militar 
Autores: Ione de Souza Cruz e Claudio Amin Miguel 
Editora: Lumen Juris – 2ª edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 6 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
1 – Aplicação da Lei Penal Militar 
2 – Crime 
3 – Concurso de Agentes 
4 – Das Penas Principais 
5 – Das Penas Acessórias 
6 – Ação Penal 
7 – Extinção da Punibilidade 
8 – Dos crimes militares em tempo de paz 
9 – Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar 
10 – Dos crimes contra o serviço e o dever militar 
11– Dos crimes contra a Administração Militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 7 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
CONCEITO: 
A ESPECIALIDADE DO DIREITO PENAL MILITAR 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR 
1 – Legalidade (Reserva Legal) 
2 – Intervenção Mínima (Ultima Ratio ou Subsidiariedade) 
3 – Lesividade (Ofensividade) 
4 – Adequação Social 
5 – Fragmentariedade 
6 – Insignificância (Bagatela) 
7 – Individualização da Pena 
8 – Limitação ou Humanidade das Penas 
9 – Proporcionalidade 
10 – Princípio da Responsabilidade Pessoal (Intranscendência da Pena) 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 8 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória 
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. 
TEMPUS REGIT ACTUM 
ABOLITIO CRIMINIS 
 
Retroatividade de lei mais benigna 
Art.1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se 
retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória 
irrecorrível. 
 
Apuração da maior benignidade 
Art. 2º, §2°: Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior 
devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas 
aplicáveis ao fato. 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: Adaptada – “O CPM admite retroatividade de lei mais 
benigna e dispõe que a norma penal posterior que favorecer, de qualquer outro 
modo, o agente deve ser aplicada retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo 
sentença condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, para se 
reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 9 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao 
fato.” 
 
Combinação de leis. É possível? 
EMENTA: HABEAS CORPUS. RECLASSIFICAÇÃO TIPOLÓGICA DE CRIME 
COMUM PARA CRIME MILITAR. AFASTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA 
LEI N° 8.072/90. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA 
RESERVA LEGAL. LEGITIMIDADE DA DIFERENÇA DE TRATAMENTO. A 
diferença de tratamento legal entre os crimes comuns e os crimes militares, mesmo 
em se tratando de crimes militares impróprios, não revela inconstitucionalidade, pois 
o Código Penal Militar não institui privilégios. Ao contrário, em muitos pontos, o 
tratamento dispensado ao autor de um delito é mais gravoso do que aquele do 
Código Penalcomum (RE 115.770/RJ). O que se pretende, neste habeas, é a 
aplicação do Código Penal Militar apenas na parte que interessa ao paciente. 
Entretanto, isto representaria a criação de uma norma híbrida, em parte 
composta pelo Código Penal Militar e, em outra parte, pelo Código Penal 
comum. Isto, evidentemente, violaria o princípio da reserva legal e o próprio 
princípio da separação de poderes. Ordem parcialmente concedida, apenas para 
determinar que o juízo das execuções penais analise se o paciente faz jus à 
progressão de regime prisional, tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade 
do art. 2º, § 1º, da Lei n° 8.072/90 (HC 82.959/SP). 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 10 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Medidas de segurança 
 Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da 
sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. 
Foi recepcionado? 
 
Lei excepcional ou temporária 
 Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/ EXECUÇÃO DE 
MANDADOS/STM/2011: A lei penal militar excepcional ou temporária possui 
disciplinamento diverso do código penal comum, uma vez que preconiza, de forma 
expressa, a ultratividade da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei 
penal mais benigna. 
 
TEMPO DO CRIME 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o do resultado. 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: Em relação ao tempo do crime, 
o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 11 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2010: Diversamente do 
direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao 
considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente 
quanto o momento em que se produziu o resultado. 
 
LUGAR DO CRIME 
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade 
criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato 
considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. 
 
Sistema misto 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da 
ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. 
 
LEI PENAL NO ESPAÇO 
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território 
nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou 
tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 12 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2001: Foram adotados os 
princípios da territorialidade e da extraterritorialidade para a aplicação no espaço da 
lei penal castrense. 
 
Território nacional por extensão 
§1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território 
nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob 
comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de 
autoridade competente, ainda que de propriedade privada. 
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 
 
§2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves 
ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o 
crime atente contra as instituições militares 
 
Princípio da extraterritorialidade incondicionada (irrestrita) 
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2004: O direito penal militar 
adota a teoria da extraterritorialidade irrestrita, sendo suficiente, para a sua 
aplicação, que o delito praticado constitua crime militar nos termos da lei penal 
militar nacional, independentemente da nacionalidade da vítima ou do criminoso, do 
lugar onde tenha sido cometido o crime ou do fato de ter havido prévio processo em 
país estrangeiro. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 13 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Aplicação da lei penal militar quanto às pessoas 
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer 
pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para 
nelas servir em pôsto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. 
 
ART. 3º - LEI 6880/80 
§ 1° Os militares encontram-se em uma das seguintes situações: 
a) na ativa: 
I - os de carreira; 
II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial, 
durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar, ou durante as 
prorrogações daqueles prazos; 
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, 
reincluídos, designados ou mobilizados; 
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; 
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas 
Forças Armadas. 
§ 2º Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e 
permanente do serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida. 
b) na inatividade: 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 14 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e 
percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço 
na ativa, mediante convocação ou mobilização; e 
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam 
dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a 
perceber remuneração da União. 
lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executando 
tarefa por tempo certo, segundo regulamentação para cada Força Armada. 
 Art. 4º São considerados reserva das Forças Armadas: 
I - individualmente: 
a) os militares da reserva remunerada; e 
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa. 
II - no seu conjunto: 
a) as Polícias Militares; e 
b) os Corpos de Bombeiros Militares. 
 
Defeito de incorporação 
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, 
salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 15 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Militares dos Estados e competência da Justiça Militar da União 
EMENTA. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MPM. DECISÃO QUE 
REJEITA, COM BASE NA INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR, A 
DENÚNCIA EM FACE DE MILITARES ESTADUAIS QUE COMETERAM, EM 
TESE, CRIME MILITAR CONTRA MILITAR DAS FFAA. CASSADA A 
DECISÃO PARA DECLARAR COMPETENTE A JUSTIÇA MILITAR DA 
UNIÃO PARA JULGAR O FEITO. 
 I - É da Justiça Militar da União a competência para julgar o crime que envolve 
militar federal e militar estadual, considerando que desperta o interesse da União, 
sendo seu papel tutelar interesses da Federaçãocomo: manutenção da ordem, 
disciplina e hierarquia nas Corporações Militares Estaduais e nas FFAA. Precedente 
Recurso Criminal nº 2002.01.007044-9, julgado em 3/2/2003. STM Num: 0000157-
81.2011.7.07.0007 UF: PE 
 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL 
E FEDERAL. LESÕES CORPORAIS CULPOSAS. POLICIAL MILITAR 
CONTRA CAPITÃO DO EXÉRCITO. BATALHÃO DE INFANTARIA. LOCAL 
SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO MILITAR FEDERAL. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO. 
1. Lesões corporais praticadas por policial militar contra capitão do exército, dentro 
de um batalhão de infantaria, local sujeito à Administração militar federal, é crime 
militar de competência da Justiça Militar da União, em face da qualificação dos 
envolvidos e também pela proteção que merece o local onde acontecidos os fatos. 
2. Aplicação da letra "a" do inciso II do art. 9º do Código Penal Militar. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 16 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Auditor da 1ª Auditoria da 2ª 
Circunscrição Judiciária Militar da União em São Paulo, o suscitado. 
 
Assemelhado 
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, 
em virtude de lei ou regulamento. 
 
Comandante 
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, 
toda autoridade com função de direção. 
 
Superior 
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sôbre outro de igual 
pôsto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal 
militar. 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 17 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
DO CRIME MILITAR 
Conceito: 
Crime militar e Transgressão Disciplinar 
Infrações disciplinares 
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: “No atual Código Penal Militar, 
são prescritos os crimes militares e regulamentadas as infrações disciplinares 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
 
Crimes Militares Próprios 
Crimes Militares Impróprios 
Crimes Tipicamente Militares 
 
11ª QUESTÃO – O Código Penal Militar trata dos crimes militares próprios e 
dos crimes militares impróprios. Assim, no Estado Democrático de Direito a que 
estão submetidas todas as Instituições civis e militares brasileiras do século XXI, o 
“conceito de crime militar”, apenas se satisfaz completamente, quando 
compreendemos e julgamos a ação humana praticada, em suas dimensões formal, 
material e constitucional. Partindo dessa afirmativa, marque “V”, para as 
verdadeiras e “F”, para as falsas: 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 18 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
( ) Crime militar, impróprio, pode ser praticado por militar da ativa, reserva, 
reformado e civil, nas mesmas circunstâncias de tempo, modo e lugar. 
( ) O civil, em regra, não pratica crime propriamente militar, mas pode praticá-lo por 
exceção. 
( ) O tráfico e a posse de entorpecentes, por militar estadual, dentro de Unidade 
Militar Estadual, embora haja previsão em legislação especial penal comum, pode se 
constituir em crime militar impróprio. 
( ) O crime militar praticado em lugar sujeito à administração militar, é causa de 
agravamento da pena. 
Marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de 
cima para baixo: 
A. ( ) F, V, V, F. 
B. ( ) V, F, F, V. 
C. ( ) F, V, F, V. 
D. ( ) V, F, V, F. 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 19 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Critérios legais Determinantes 
Qual o critério utilizado pelo Código para distinguir o crime comum do crime 
militar? 
 
Do Crime Militar em Tempo de Paz 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei 
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição 
especial; 
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição 
na lei penal comum, quando praticados: 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma 
situação ou assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à 
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou 
civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza 
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar 
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, 
de 8.8.1996) 
 d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, 
ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 20 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a 
administração militar, ou a ordem administrativa militar; 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as 
instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso 
I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa 
militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou 
assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no 
exercício de função inerente ao seu cargo; 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, 
observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função 
de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e 
preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente 
requisitado para aquêle fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e 
cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando 
praticados no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei 
n
o
 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação 
dada pela Lei nº 12.432, de 2011) 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 21 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Súmula Vinculante nº 36 
Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes 
de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da 
Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador 
(CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil 
 
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2007: “ Compete à justiça 
militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar 
do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às funções 
institucionais das Forças Armadas.” 
 
TEORIAS DO DOLO NO CÓDIGO PENAL MILITAR 
Art. 33. Diz-se o crime:I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
1 – TEORIA DA VONTADE 
2 – TEORIA DO ASSENTIMENTO 
 
TIPO CULPOSO 
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou 
diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, 
não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não 
se realizaria ou que poderia evitá-lo 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 22 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Princípio da Excepcionalidade do Crime Culposo 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
 
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2007: “ O CPM assim como o CP, 
não tipifica o crime de dano culposo”. 
 
QUESTÃO – Levando em consideração apenas os dispositivos contidos no 
artigo 9º do Código Penal Militar, Dec. 1001/69-CPM, no seu aspecto meramente 
formal, sem qualquer interferência de posicionamentos doutrinários e 
jurisprudenciais, analise as afirmativas abaixo e marque “V”, para as verdadeiras e 
“F”, para as falsas: 
( ) O crime de homicídio culposo contra civil, praticado por militar estadual em 
serviço, será considerado crime militar. 
( ) O crime de homicídio doloso contra civil, praticado por militar estadual em 
serviço, será da competência da justiça comum. 
( ) O crime de homicídio doloso contra militar estadual, praticado por militar 
estadual em serviço, será considerado crime comum. 
( ) O crime de homicídio culposo contra militar estadual, praticado por militar 
estadual em seu período de folga, descanso ou repouso, será considerado crime 
comum. 
Marque a alternativa que contem a sequência de respostas CORRETAS, na ordem 
de cima para baixo. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 23 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
A. ( ) F, V, V, F. 
B. ( ) V, V, F, F. 
C. ( ) V, F, F, V. 
D. ( ) F, F, V, V. 
 
Relação de Causalidade 
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado 
não teria ocorrido. 
§ 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação 
quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, 
a quem os praticou. 
 
Iter Criminis 
Fases: 
1ª - Cogitação (cogitatio) 
2ª - Preparação (conatus remotus) 
3ª - Execução (conatus proximus) 
4ª - Consumação (summatum opus) 
5ª - Exaurimento 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 24 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Teoria adotada pelo CPM: OBJETIVO-FORMAL 
Tentativa 
Art. 30. Diz-se o crime 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias 
à vontade do agente. 
 
Pena de tentativa 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída 
de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a 
pena do crime consumado. 
 
EMENTA. Embargos. Tentativa de homicídio. Caso de excepcional 
gravidade. Apenação correspondente ao crime consumado. Vingança. Motivo 
torpe. Descaracterização. Agente que movido por sentimento de vingança 
resolve eliminar, deixando, porém, paraplégica a pessoa que imaginava tivesse sido 
a autora das injustas e fortes agressões por ele sofridas, não há como 
identificar-se, em tal reação, por si só, um ato de torpeza e nem assim 
descreveu a denúncia. Tal atitude resulta, entretanto, excepcional 
gravidade, merecendo a pena do crime consumado. Unânime, rejeitados os 
embargos do Ministério Público Militar e, por maioria, não acolhidos os embargos 
da defesa. Num: 2003.01.049006-3 UF: MS Proc: EMB(FO) - EMBARGOS (FO) 
Cód. 160 – STM 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 25 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Arrependimento posterior 
O Código Penal Castrense encampa a teoria do arrependimento posterior? 
 
QUESTÃO: DPU/2007: “O direito penal militar contempla o arrependimento 
posterior como causa obrigatória de redução de pena.” 
 
ILICITUDE 
CONCEITO: 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE: 
 
Exclusão de crime 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento do dever legal; 
 IV - em exercício regular de direito. 
 Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, 
aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, 
compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras 
urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a 
desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 26 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “No direito penal militar, o consentimento do ofendido 
está entre as causas expressas excludentes de ilicitude e apresenta como 
peculiaridade, nesse sistema penal, a possibilidade de ocorrer antes ou após a prática 
da infração.” 
 
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar 
direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro 
modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é 
consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a 
arrostar o perigo. 
 
TEORIAS SOBRE O ESTADO DE NECESSIDADE 
Código Penal Brasileiro (CPB) 
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade 
 Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa 
a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo 
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 27 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era 
razoavelmente exigível conduta diversa. 
 
Estado de necessidade, como excludente do crime 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar 
direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro 
modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é 
consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a 
arrostar o perigo. 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “No sistema penal militar, o estado de necessidade 
segue a teoria diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e 
interesses em conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante ou justificante. 
O primeiro é causa de exclusão da culpabilidade e o segundo, de exclusão de 
ilicitude.” 
 
QUESTÃO: DPU/2004: “No direito castrense, o estado de necessidade pode 
constituir causa de exclusão da culpabilidade do delito".Excludente de ilicitude do Comandante 
 Exclusão de crime 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 28 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento do dever legal; 
IV - em exercício regular do direito. 
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave 
ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os 
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para 
salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a 
revolta ou o saque. 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIARIO/STM/2004: “A legislação penal militar 
admite o uso, em situação especial, de meios violentos por parte do comandante para 
compelir os subalternos a executar serviços e manobras urgentes, para evitar o 
desânimo, a desordem ou o saque.” 
 
Excesso nas causas de justificação 
 
EXCESSO EXCULPANTE 
Art. 45, CPM 
Excesso escusável 
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou 
perturbação de ânimo, em face da situação. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 29 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem 
idêntico disciplinamento no direito penal militar e no direito penal comum, sendo o 
excesso intensivo, em qualquer caso, excludente de culpabilidade do agente.” 
 
EXCESSO DOLOSO 
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso. 
 
ELEMENTOS NÃO CONSTITUTIVOS DO CRIME 
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: 
I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente; 
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de 
quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a 
agressão. 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “Para a caracterização do crime contra a autoridade ou 
disciplina militar, é irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da 
condição de superior do outro militar atingido e consciência de que está infringindo 
as regras de disciplina e hierarquia militar.” 
 
CULPABILIDADE 
Elementos: 
1 – Imputabilidade 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 30 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
2 – Potencial Consciência da Ilicitude 
3 – Exigibilidade de Conduta Diversa 
 
Potencial Consciência da Ilicitude 
Erro de Direito 
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o 
agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito 
o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis. 
 
Há domínio da situação fática. 
Não tem consciência de que se trata de um comportamento proibido. 
 
Semelhança e Diferença para o tratamento do Erro de Proibição do Código 
Penal 
Erro de Fato 
Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente 
escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de 
situação de fato que tornaria a ação legítima. 
Erro culposo 
§1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível 
como crime culposo 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 31 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Causas Legais de exclusão da Culpabilidade 
Coação Irresistível (art. 38) 
Obediência Hierárquica (art. 38) 
Estado de Necessidade Exculpante ( art. 39) 
Excesso Escusável (art. 45) 
 
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime: 
Coação irresistível 
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria 
vontade; 
Obediência hierárquica 
b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de 
serviços. 
 
§1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem. 
 
§2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente 
criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o 
inferior. 
QUESTÃO: DPU/2004: “Admite-se a coação moral irresistível como causa de 
exclusão da culpabilidade no crime de deserção.” 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 32 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE 
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa 
a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo 
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito 
alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era 
razoavelmente exigível conduta diversa. 
 
CONCURSO DE AGENTES 
Crimes Unissubjetivos: 
Crimes Plurissubjetivos 
 
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS 
1 – Teoria Monista (Monística ou Unitária ou Igualitária) 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: “ O Código Penal Militar 
(CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime, adotou o princípio da 
equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, o qual se 
contrapõe à teoria monista adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de 
pessoas.” 
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 33 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: O CPM, ao estabelecer que 
aquele que, de qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este 
cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria monista.” 
 
2 – Teoria Dualista 
Autor X Partícipe 
 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou 
praticando violência; 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, 
em comum, contra superior; 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou 
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura 
militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para 
ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em 
detrimento da ordem ou da disciplina militar: 
 Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um têrço para os cabeças. 
 
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 34 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar 
sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, 
fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos 
no artigo. 
 
3 – Teoria Pluralista 
Corrupção passiva 
 Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitarpromessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Corrupção ativa 
Art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, 
omissão ou retardamento de ato funcional: 
Pena - reclusão, até oito anos. 
 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS: 
A) Pluralidade de pessoas e de condutas 
B) Relevância causal de cada conduta 
C) Liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 35 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
D) Identidade de infração penal 
 
COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES 
PESSOAIS 
 
Condições ou circunstâncias pessoais 
Art. 53, § 1º: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos 
outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, 
outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
 
Elementares: 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: “ O CPM estabelece que não se 
comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando 
elementares do crime, o que significa dizer que responde por crime comum a pessoa 
civil que, juntamente com um militar, cometa, por exemplo, crime de peculato 
tipificado no CPM.” 
 
OFENSA AVILTANTE A INFERIOR - Concurso de agentes - Co-autor estranho 
à Carreira Militar - Irrelevância. I - Circunstâncias elementares do crime 
consistentes na condição de militar e de superior que se comunicam. II - 
Aplicação do art. 53, § 1º, "in fine", do CPM. III - Recurso provido para, 
desconstituindo-se a Decisão atacada, receber-se a Denúncia na parcela relativa à 
subsunção da conduta, em tese, do Funcionário Civil denunciado ao art. 176, do 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 36 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
CPM, determinando-se a baixa dos autos à origem para o prosseguimento do Feito. 
IV - Decisão unânime. 2000.01.006744-8 UF: RJ Decisão: 14/09/2000 
Proc: RSE(FO) - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (FO) Cód. 320. STM. 
 
HC 81438 / RJ - RIO DE JANEIRO HABEAS CORPUS 
Relator(a): Min. NELSON JOBIM Julgamento: 11/12/2001 Órgão 
Julgador: Segunda Turma. 
 
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. 
DENÚNCIA. ATIPICIDADE. CONCURSO DE AGENTES. MILITAR E 
FUNCIONÁRIO CIVIL. CIRCUNSTÂNCIA DE CARÁTER PESSOAL, 
ELEMENTAR DO CRIME. APLICAÇÃO DA TEORIA MONISTA. Denúncia que 
descreve fato típico, em tese, de forma circunstanciada, e faz adequada qualificação 
dos acusados, não enseja o trancamento da ação penal. Embora não exista 
hierarquia entre um sargento e um funcionário civil da Marinha, a qualidade 
de superior hierárquico daquele em relação à vítima, um soldado, se estende ao 
civil porque, no caso, elementar do crime. Aplicação da teoria monista. Inviável o 
pretendido trancamento da ação penal. HABEAS indeferido. 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 37 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
PARTICIPAÇÃO 
Teoria Adotada pelo Código Penal Militar 
Impunibilidade na Participação 
 
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em 
contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
CABEÇAS 
 Art. 53 
§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que 
dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. 
§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes 
considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. 
 
QUESTÃO: DPU/2007: “ Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência 
dos antecedentes causais (conditio sine qua non), consideram-se cabeça, nos crimes 
de autoria coletiva necessária, os oficiais ou inferiores que exercem função de 
oficial.” 
 
QUESTÃO: DPU/2001: “O oficial militar que, em concurso com praças, vier a 
praticar um crime de autoria coletiva necessária não será considerado cabeça 
somente em decorrência do princípio da hierarquia com os inferiores” 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 38 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
MODELO SANCIONATÓRIO ADOTADO 
PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 PRINCIPAIS 
PENAS 
 ACESSÓRIAS 
 
 PESSOAIS 
MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 PATRIMONIAIS 
PENAS PRINCIPAIS: 
1 – MORTE 
2 – RECLUSÃO 
3 – DETENÇÃO PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
4 – PRISÃO 
5 – IMPEDIMENTO RESTRITIVA DE LIBERDADE 
6 – SUSPENSÃO 
 RESTRITIVAS DE DIREITOS 
7 - REFORMA 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 39 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: DPU/2010: “O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, 
próprios e impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as sanções 
penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos casos de 
delitos de natureza patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos financeiros 
à administração militar.” 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “Nos casos de crimes militares, a pena de multa 
somente poderá ser imposta aos autores de delitos militares impróprios, por expressa 
disposição contida no CPM.” 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: “ Nos termos das disposições 
gerais do CPM, é cabível para os crimes militares a cominação das penas privativas 
de liberdade, restritivas de direitos e multa, conforme também prevê o Código Penal 
Comum.” 
 
PENA DE MORTE 
AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL 
PREVISÃO LEGAL: 
FORMA DE EXECUÇÃO: 
 
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: “A legislação penal militar 
estabelece que a pena de morte é executada por fuzilamento e que, nessa situação, o 
condenado militar deverá deixar a prisão com o uniforme sem as insígnias, e o 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 40 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
condenado civil deverá estar vestido decentemente, devendo ambos os condenados 
estar de olhos vendados no momento da execução, salvo se o recusarem.” 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o 
mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos. 
 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A MILITAR 
 
Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é 
convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão 
condicional: (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978) 
I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; 
II - pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que 
estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo 
superior a dois anos. 
QUESTÃO: DPU/2004: “ A pena de reclusão superior a dois anos somente será 
cumprida pelo oficial em estabelecimento prisional civil após ser declarada a perda 
do posto e da patente.” 
ART. 2º, § ÚNICO, LEP 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao 
condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quandorecolhido a estabelecimento 
sujeito à jurisdição ordinária. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 41 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
 
SÚMULA 192, STJ: 
COMPETE AO JUIZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO A 
EXECUÇÃO DAS PENAS IMPOSTAS A SENTENCIADOS PELA JUSTIÇA 
FEDERAL, MILITAR OU ELEITORAL, QUANDO RECOLHIDOS A 
ESTABELECIMENTOS SUJEITOS A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL. 
 
PENA DE IMPEDIMENTO 
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da 
unidade, sem prejuízo da instrução militar. 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “ A pena de impedimento prevista no COM é aplicável 
a qualquer crime militar, próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. 
Essa pena obsta o exercício das funções policiais e militares pelo prazo mínimo de 
dois anos, submetendo o apenado, quando se tratar de oficial, à pena acessória de 
perda do posto.” 
 
PENAS ACESSÓRIAS 
 PERDA DO POSTO E PATENTE 
OFICIAIS INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO 
 INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO 
 
PRAÇAS EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 42 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
 PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA 
CIVIS 
 INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃOPÚBLICA 
 
 SUSPENSÃO PODER FAMILIAR, TUTELA OU CURATELA/DIREITOS POLÍTICOS 
 
MEDIDAS DE SEGURANÇA 
Espécies de medidas de segurança 
 Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira 
espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a 
internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico 
anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial 
de um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença para direção de 
veículos motorizados, o exílio local e a proibição de freqüentar determinados 
lugares. As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade 
ou associação, e o confisco. 
 
1) PESSOAIS - DETENTIVAS 
 - NÃO-DETENTIVAS 
 
2) PATRIMONIAIS 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 43 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
QUESTÃO: DPU/2001: “ O estatuto penal militar vigente não contempla as 
medidas de segurança de natureza patrimonial.” 
Súmula 527, STJ: “O tempo de duração da medida de segurança não deve 
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.” 
 
Exílio local 
Art. 116. O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como medida 
preventiva, a bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na proibição 
de que este resida ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na localidade, 
município ou comarca em que o crime foi praticado. 
Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa 
condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade. 
 
PENAS ACESSÓRIAS 
Não se trata de substituição de penas principais. 
A aplicação depende da imposição de uma pena principal. 
São aplicadas cumulativamente com as penas principais, de acordo com a natureza 
do crime. 
Rol taxativo de penas acessórias (art. 98, CPM). 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 44 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
1 – PERDA DO POSTO E DA PATENTE (Art. 99, CPM) 
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de 
liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações. 
OBS.: Art. 142, §3º, inciso VI, CRFB. 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou 
com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em 
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra. 
 
2 – DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO (Art. 100, 
CPM) 
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar 
condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou 
cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 
251, 252, 303, 304, 311 e 312. 
 
QUESTÃO: DPU/2004: “ Considere que um tenente, estando de serviço, em área 
fora da administração militar, tenha constrangido uma mulher à prática de conjunção 
carnal, mediante grave ameaça, e por isso tenha sido preso em flagrante e 
denunciado pela prática do crime previsto no art. 232, CPM (estupro). Considere 
ainda que, durante o processo, tenha sido juntada aos autos certidão de casamento do 
referido tenente com a vítima, fato ocorrido após o dia do delito. Em face dessas 
considerações e com base no CPM, julgue o item que se segue: 
Se o oficial for condenado pelo crime em tela, será declarado indigno para o 
oficialato. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 45 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
 
Ementa: “Representação para declaração de indignidade. Condenação de oficial à 
pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos. Sentença transitada em 
julgado. Concussão. Ofensa aos preceitos éticos e morais. Inviabilidade da 
permanência do oficial na Força. Fato atinge o decoro e o pundonor militar. 
Procedência do pedido para declarar o militar oficial indigno do oficialato, com a 
perda do seu posto e patente, na forma do art. 142, § 3º, VI e VII, da CF.” STM, 
RDIIOF 0000040-09.2011.7.00.0000 - DF 
 
3 – DECLARAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO 
(Art. 101, CPM) 
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar 
condenado nos crimes dos arts. 141 e 142. 
Entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil. 
Art. 141. Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nele 
existente, para gerar conflito ou divergência de caráter internacional entre o Brasil e 
qualquer outro país, ou para lhes perturbar as relações diplomáticas: 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos. 
 
Art. 142. Tentar: 
I - submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro; 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 46 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
II - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o 
território nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a 
sua soberania; 
III - internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional: 
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para os 
demais agentes. 
 
4 – EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 
 Exclusão das forças armadas 
 Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a 
dois anos, importa sua exclusão das forças armadas. 
 
Art. 125, § 4º, CRFB: “Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os 
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais 
contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima 
for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente 
dos oficiais e da graduação das praças.” 
 
Ementa:AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM 
AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. MILITAR. EXCLUSÃO DA 
CORPORAÇÃO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE DE 12 (DOZE) ANOS 
DE RECLUSÃO PELA PRÁTICA DO CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 1. Compete à Justiça Militar Estadual 
decidir sobre a perda da graduação de praças somente quando se tratar de crimes 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 47 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
militares. 2. No caso sub examine, o recorrente foi condenado à pena de 12 (doze) 
anos de reclusão, pela prática do crime homicídio qualificado, e como efeito 
secundário dessa condenação, perdeu a função de policial militar, sem a necessidade 
de instauração de procedimento específico para esse fim. Precedente: RE 605.917-
ED/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 22/6/2012. 3. In casu, o 
acórdão originariamente recorrido assentou: “CRIMINAL – HOMICÍDIO 
QUALIFICADO – DECISÃO QUE NÃO SE APRESENTA MANIFESTAMENTE 
CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS – CONDENAÇÃO MANTIDA – PERDA 
DO CARGO PÚBLICO – MANUTENÇÃO. Encontrando o veredicto apoio no 
conjunto probatório, a sentença deve ser confirmada, não havendo falar-se em 
decisão manifestamente contrária à prova dos autos. A perda do cargo público 
constitui efeito da condenação, quando a pena privativa de liberdade é superior a 04 
(quatro) anos de reclusão, sendo decidida tal questão – Perda do cargo público -, 
pelo Tribunal Militar apenas em caso de cometimento de crime militar, o que não se 
verifica na espécie. Desprovimento ao recurso que se impõe” (fl. 132 do volume 3 
dos autos eletrônicos). 4. Agravo regimental DESPROVIDO. ARE 742879 AgR / 
MG - MINAS GERAIS - STF. 
 
E M E N T A: CRIME DE TORTURA – CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA A 
OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR – PERDA DO POSTO E DA PATENTE 
COMO CONSEQUÊNCIA NATURAL DESSA CONDENAÇÃO (LEI Nº 
9.455/97, ART. 1º, § 5º) – INAPLICABILIDADE DA REGRA INSCRITA NO 
ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO, PELO FATO DE O CRIME DE 
TORTURA NÃO SE QUALIFICAR COMO DELITO MILITAR – 
PRECEDENTES – SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – 
INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – 
PRETENSÃO RECURSAL QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 48 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
JULGAMENTO DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – 
INADMISSIBILIDADE – PRONTO CUMPRIMENTO DO JULGADO DESTA 
SUPREMA CORTE, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO 
RESPECTIVO ACÓRDÃO, PARA EFEITO DE IMEDIATA EXECUÇÃO DAS 
DECISÕES EMANADAS DO TRIBUNAL LOCAL – POSSIBILIDADE – 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. TORTURA – 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM – PERDA DO CARGO COMO EFEITO 
AUTOMÁTICO E NECESSÁRIO DA CONDENAÇÃO PENAL. - O crime de 
tortura, tipificado na Lei nº 9.455/97, não se qualifica como delito de natureza 
castrense, achando-se incluído, por isso mesmo, na esfera de competência penal 
da Justiça comum (federal ou local, conforme o caso), ainda que praticado por 
membro das Forças Armadas ou por integrante da Polícia Militar. Doutrina. 
Precedentes. - A perda do cargo, função ou emprego público – que configura 
efeito extrapenal secundário – constitui consequência necessária que resulta, 
automaticamente, de pleno direito, da condenação penal imposta ao agente 
público pela prática do crime de tortura, ainda que se cuide de integrante da 
Polícia Militar, não se lhe aplicando, a despeito de tratar-se de Oficial da 
Corporação, a cláusula inscrita no art. 125, § 4º, da Constituição da República. 
Doutrina. Precedentes. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – UTILIZAÇÃO 
PROCRASTINATÓRIA – EXECUÇÃO IMEDIATA – POSSIBILIDADE. - A 
reiteração de embargos de declaração, sem que se registre qualquer dos pressupostos 
legais de embargabilidade (CPP, art. 620), reveste-se de caráter abusivo e evidencia 
o intuito protelatório que anima a conduta processual da parte recorrente. - O 
propósito revelado pelo embargante, de impedir a consumação do trânsito em 
julgado de decisão que lhe foi desfavorável – valendo-se, para esse efeito, da 
utilização sucessiva e procrastinatória de embargos declaratórios incabíveis –, 
constitui fim que desqualifica o comportamento processual da parte recorrente e que 
autoriza, em consequência, o imediato cumprimento da decisão emanada desta 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 49 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Suprema Corte, independentemente da publicação do acórdão consubstanciador do 
respectivo julgamento. AI 769637. 
 
5 – PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 103, CPM) 
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: 
I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder 
ou violação de dever inerente à função pública; 
II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. 
Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, 
se estiver no exercício de função pública de qualquer natureza. 
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2004: “De acordo com a legislação penal militar, a 
condenação da praça e a do civil a pena privativa de liberdade superior a dois anos, 
implicam, respectivamente, a exclusão do militar das Forças Armadas e a perda da 
função pública ao civil” 
 
6 – INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 
104, CPM) 
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de 
dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude 
de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à 
função pública. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 50 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Termo inicial 
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa 
ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança 
imposta em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena. 
 
7 – SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA E CURATELA (Art. 105, 
CPM) 
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja 
qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou 
curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida de segurança imposta em 
substituição (art. 113). 
 
Suspensão provisória 
Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do 
exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. 
 
8 – SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (Art. 106, CPM) 
Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de 
segurança imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função 
pública, o condenado não pode votar, nem ser votado. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 51 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
PUNIBILIDADE 
É Exclusiva do Estado? 
 
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Situações expressamente previstas em lei. 
Rol de causas de extinção da punibilidade distinto do rol previsto no Código Penal 
Comum. 
 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE GERAL DO CPM 
MORTE 
ANISTIA 
INDULTO 
ABOLITIO CRIMINIS 
PRESCRIÇÃO 
REABILITAÇÃO 
RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 52 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.brEXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE ESPECIAL 
PERDÃO JUDICIAL NA RECEPTAÇÃO CULPOSA 
Art. 123, Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, 
elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos 
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos 
outros, a agravação da pena resultante da conexão. 
 
QUESTÃO: MPE/ES/2010: Nas infrações penais conexas, especificamente em 
relação aos crimes militares próprios, a declaração de extinção da punibilidade de 
um dos delitos impede que este agrave a pena resultante dos demais delitos da 
conexão. 
 
1 – MORTE DO AGENTE 
Princípio da Intranscendência da pena 
Certidão de óbito 
 
2 – ANISTIA (CLEMÊNCIA SOBERANA ou INDULGÊNCIA PRINCIPIS) 
Concedida por meio do Congresso Nacional. 
É irrevogável. 
Tem por objeto fatos e não pessoas. 
Efeitos retroativos (ex tunc). 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 53 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Não se aplica à crimes hediondos e equiparados. 
 
3 – INDULTO 
Concedido mediante decreto presidencial ou por outra autoridade no exercício de 
delegação. 
Fulmina apenas a pretensão executória. 
 
4 – GRAÇA 
Não há previsão expressa de extinção da punibilidade pela “Graça”. 
 
5 – ABOLITIO CRIMINIS 
Afasta todos os efeitos penais. 
 
E quando não houver o trânsito em julgado? 
 
6 – REABILITAÇÃO 
É causa que extingue a punibilidade!! 
Art. 134. A reabilitação alcança quaisquer penas impostas por sentença definitiva. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 54 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Prazo exigido para requerer habilitação 
Art. 134, §1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em 
que for extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou 
da medida de segurança aplicada em substituição (art. 113), ou do dia em que 
terminar o prazo da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, 
desde que o condenado: 
a) tenha tido domicílio no País, no prazo acima referido; 
b) tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom 
comportamento público e privado; 
c) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta 
impossibilidade de o fazer até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a 
renúncia da vítima ou novação da dívida. 
 
QUESTÃO: DPU/2007: O prazo para requerer a reabilitação, após o cumprimento 
ou a extinção da pena, é idêntico no processo penal comum e no processo penal 
militar. 
Negada a reabilitação, há prazo para novo requerimento? 
 
7 – RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO 
Momento: até o trânsito em julgado 
Art. 303, § 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a 
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade 
a pena imposta. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 55 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
 
QUESTÃO: DPU/2010: No peculato culposo, a reparação do dano, antes da 
sentença irrecorrível, acarreta a extinção da punibilidade do agente, tanto no CP 
como no CPM. 
 
8 – PERDÃO JUDICIAL 
Receptação culposa 
Art. 255. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela manifesta 
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve 
presumir-se obtida por meio criminoso: 
Pena - detenção, até um ano. 
Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um 
décimo do salário mínimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena. 
 
9 – PRESCRIÇÃO 
CONCEITO 
 Art. 133. A prescrição, embora não alegada, deve ser declarada de ofício. 
 
 Espécies de prescrição 
 Art. 124. A prescrição refere-se à ação penal ou à execução da pena. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 56 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
PRESCRIÇÃO DA PENA EM ABSTRATO 
Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º deste artigo, regula-se 
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em trinta anos, se a pena é de morte; 
II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; 
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito; 
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; 
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
 
QUESTÃO: DPU/2004: A prescrição da ação penal dos crimes aos quais é 
cominada pena de morte se dá em vinte anos. 
 
Termo inicial da prescrição da ação penal 
§ 2º A prescrição da ação penal começa a correr: 
 a) do dia em que o crime se consumou; 
 b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
 c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
d) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tornou conhecido. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 57 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
CAUSAS SUSPENSIVAS: 
Art. 125, § 4º A prescrição da ação penal não corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
 
QUESTÃO: DPU/2007: No processo penal militar, efetivada a citação por edital, 
não comparecendo o réu, nem constituindo advogado, ficarão suspensos o processo 
e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada 
de provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva. 
 
CAUSAS INTERRUPTIVAS 
Art. 125, §5º O curso da prescrição da ação penal interrompe-se: 
I - pela instauração do processo; 
II - pela sentença condenatória recorrível. 
 
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2004: A extinção da punibilidade dá-se, entre outras 
causas, pela prescrição, a qual, no curso da ação penal, é interrompida pela 
instauração do processo, pela sentença condenatória recorrível e pela prática de 
outro crime pelo acusado. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 58 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Art. 125, § 6º: A interrupção da prescrição produz efeito relativamente a todos os 
autores do crime; e nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, a 
interrupção relativa a qualquer deles estende-se aos demais. 
 
CAUSA DE REDUÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL 
 Art. 129. São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o criminoso era, 
ao tempo do crime, menor de vinte e um anos ou maior de setenta. 
 
Obs.: PRESCRIÇÃO VIRTUAL: Súmula 438, STJ: 
“É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva 
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do 
processo penal.” 
 
REGRAS ESPECIAIS DE PRESCRIÇÃO 
Art. 127. Verifica-se em quatro anos a prescrição nos crimes cuja pena cominada, 
no máximo, é de reforma ou de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo 
ou função. 
Art. 130. É imprescritível a execução das penas acessórias. 
 
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE INSUBMISSÃO 
Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão,do dia em que o 
insubmisso atinge a idade de trinta anos. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 59 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE DESERÇÃO 
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só 
extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, 
se oficial, a de sessenta. 
 
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2011: A prescrição da ação penal militar, de regra, 
regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, possuindo 
natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade Entretanto, no crime de 
deserção, o sistema do CPM configura duas hipóteses para a questão da prescrição, 
ora aplicando a norma geral, ora estabelecendo norma especial, previstas igualmente 
no estatuto castrense. 
 
QUESTÃO: DPU/2004: Se um oficial da Aeronáutica desertasse aos 25 anos de 
idade e fosse capturado 25 anos depois, a ação penal já se encontraria prescrita em 
abstrato, pois o crime de deserção possui pena máxima de 2 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 60 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR 
VISÃO PRINCIPIOLÓGICA 
DO MOTIM E DA REVOLTA 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou 
praticando violência; 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, 
em comum, contra superior; 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou 
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura 
militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para 
ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em 
detrimento da ordem ou da disciplina militar: 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
Revolta 
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
 
Violência contra superior 
 Art. 157. Praticar violência contra superior: 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 61 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
 Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
 Formas qualificadas 
 § 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial 
general: 
 Pena - reclusão, de três a nove anos 
 § 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um têrço. 
 § 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a 
do crime contra a pessoa. 
 § 4º Se da violência resulta morte: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 § 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço. 
 
 Violência contra militar de serviço 
 Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra 
sentinela, vigia ou plantão: 
 Pena - reclusão, de três a oito anos. 
 
Deserção 
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar 
em que deve permanecer, por mais de oito dias: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 62 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Casos assimilados 
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que: 
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito 
ou férias; 
II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, 
contados daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é 
declarado o estado de sítio ou de guerra; 
 III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias; 
 IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou 
simulando incapacidade. 
 Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III: 
Atenuante especial 
 I - se o agente se apresenta voluntàriamente dentro em oito dias após a consumação 
do crime, a pena é diminuída de metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até 
sessenta; 
Agravante especial 
 II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a 
pena é agravada de um terço. 
 Aumento de pena 
 § 3
o
 A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou 
suboficial, e de metade, se oficial. 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 63 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Concerto para deserção 
 Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção: 
I - se a deserção não chega a consumar-se: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Modalidade complexa 
II - se consumada a deserção: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 
Abandono de posto 
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha 
sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Exercício de comércio por oficial 
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência 
de sociedade comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou 
cotista em sociedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada: 
Pena - suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma. 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 64 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Concussão 
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Excesso de exação 
Art. 306. Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando 
devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 
 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
Reunião ilícita 
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato 
de superior ou assunto atinente à disciplina militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis 
meses a quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Publicação ou crítica indevida 
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, 
ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, 
ou a qualquer resolução do Governo: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR 
SOLDADO PMMG 
PROFESSOR: JOÃO PAULO LADEIRA 
 
 65 /portalcarreiramilitar www.portalcarreiramilitar.com.br 
 
Recusa de obediência 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, 
ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução: 
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Oposição a ordem de sentinela 
Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Desacato a superior 
Art. 298. Desacatar

Continue navegando