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HIGIENE PESSOAL Vivendo e Aprendendo Palácio de Versailles – Paris 1 Elisabete Santos - FF-UFRJ Um pouco de cultura dos anos 1600 – 1700 Imagine, por um momento, como eram aqueles tempos. 2 Elisabete Santos - FF-UFRJ Le chambre du roi – O quarto do rei... não tinha banheiro. 3 Elisabete Santos - FF-UFRJ Não havia banheiros, escova de dentes, perfumes, desodorantes ou papel higiênico. 4 Elisabete Santos - FF-UFRJ Os excrementos humanos eram despejados pelas janelas do palácio... 5 Elisabete Santos - FF-UFRJ Watch out for the water! Água vai! Mesmo no inverno, as pessoas eram abanadas para espantar o mau cheiro que exalava delas, pois não se tomava banho devido ao frio. 6 Elisabete Santos - FF-UFRJ O primeiro banho do ano era tomado em maio. 7 Elisabete Santos - FF-UFRJ Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente, e o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. Por isso a expressão”don´t throw the baby out with the bath water”, literalmente “não jogue o bebê fora junto com a água do banho”. Higiene Pessoal 8 Elisabete Santos - FF-UFRJ Elisabete Santos - FF-UFRJ 9 A maioria dos casamentos acontecia em maio e junho, porque o cheiro das pessoas ainda estava suportável. Elisabete Santos - FF-UFRJ 10 Mas, para esconder o mau cheiro, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, tentando disfarçar o odor que vinha das partes íntimas. Elisabete Santos - FF-UFRJ 11 Daí ser maio o “mês das noivas” e essa é a origem do buquê que carregam. 12 Elisabete Santos - FF-UFRJ Higiene Pessoal Obtenção de um Sabão Saponificação: (gordura animal ou vegetal + álcali) Detergente Sintético CH2 ---OOC ----R1 CH ----OOC ----R2 CH2 ---OOC ---R3 + 3 MOH M = Na, K CH2 ---OH R1---COOM CH ----OH + R2—COOM CH2 ---OH R3---COOM Saponificação 13 Elisabete Santos - FF-UFRJ Sabonetes Cosméticos com ação detergente acentuada utilizados para higiene pessoal (corpo, rosto e mãos). Tipos quanto a preparação: Sabões Clássicos Sabões de tensoativos sintéticos Tipos quanto a forma: Opacos (perolados ou não Barra Transparêntes · Pasta Cremosos Líquidos 14 Elisabete Santos - FF-UFRJ Materias Primas Essenciais na Fabricação de um sabonete: Sabonetes Clássicos: Material Graxo e Álcali Sabonetes Sintéticos: Detergentes Sintéticos (Sais de alquil e Aquil eter sulfato) Um sabonete de boa qualidade precisa apresentar solubilidade, poder espumante e poder detergente equilibrados. Isto é função dos materiais utilizados na fabricação. 15 Elisabete Santos - FF-UFRJ 16 Elisabete Santos - FF-UFRJ Material Graxo (gorduras vegetais e animais) Primeiro Grupo Óleo de rícino Óleo de gergelim Óleo de coco Óleo de algodão Segundo Grupo (solubilidade quatro vezes mais fraca que o primeiro grupo) Gordura de porco Manteiga Óleo de palma Óleo de girassol Terceiro Grupo (solubilidade dezesseis vezes mais fraca que o primeiro grupo) Sebo de boi Manteiga de cacau Sebo de carneiro Quarto Grupo ( só alcançam a metade da solubilidade do terceiro grupo) Estearina Material alcalino: Hidróxido ou carbonato de sódio (sabonete sólido) Hidróxido de potássio (sabonete pastoso e líquido) Torna-se necessário conhecer o indice de saponificação de cada gorgura para podermos calcular a quantidade de álcali a utilizar na fabricação do sabão. 17 Elisabete Santos - FF-UFRJ Indice de saponificação: é o número de miligramas de hidróxido de potássio necessário para saponificar totalmente 1 grama de material graxo. Material graxo (1 grama) KOH (mg) Sebo 138 - 143 Banha de porco 139,5 Óleo de coco 181 – 188,2 Óleo de amendoim 132,5 – 140,7 Óleo de algodão 136,4 – 140,3 Óleo de rícino 125,8 – 130,7 Tabela de indice de saponificação 18 Elisabete Santos - FF-UFRJ Materias Primas secundárias ou acessórias: Incorporadas para melhorar a qualidade do sabão Material de recheio (talco, dióxido de titânio, açucar , resinas) Essencias Corantes Solventes (álcool, água) Umectantes (glicerina, propilenoglicol) Conservantes 19 Elisabete Santos - FF-UFRJ Formula Padrão para Sabonete Transparente de glicerina (saponificação) Sebo animal 140g Óleo de coco 100g Óleo de rícino 10 g Lixívia de soda 38 Bé* 125g Alcool etilico 960 113g Açucar 105g Borato de sódio 0,25g Glicerina 50g Corante Qs Essencia Qs Água purificada 50g 20 Elisabete Santos - FF-UFRJ Preparação da lixívia de soda Farmacopéia Brasileira II Edição Hidródio de sódio comercial 431,7 g Água purificada qsp 1000mL Densidade = 37,5 Bé Formula Padrão para Sabonete ( massa pronta ) Massa para sabonete 346g Glicerina 7g Corante Qs Essencia Qs Quantidade suficiente para preparar 6 sabonetes de 60 g 21 Processo Geral (Industrializado) 22 Elisabete Santos - FF-UFRJ 23 Elisabete Santos - FF-UFRJ Formas de Silicone para Sabonetes 24 Elisabete Santos - FF-UFRJ Massa para Sabonete 25 Elisabete Santos - FF-UFRJ Sabonete Líquido Lauril éter sulfato de sódio 230g Cocoanfocarboxiglicinato de sódio 76,9g Nipagin 2g Germal 115 2g Glicerina 50g Cloreto de sódio 15g Essencia qs Água purificada qsp 1000mL Sabonete Líquido Suave Lauril éter sulfato de sódio/Sulfosuccinato de sódio 200g Dietanolamina de ácido graxo de coc0 25g Decil poliglucose 50g Lauril poliglucose 40g Lanolina etoxilada 5g Glicerina 100g Nipagin 2g Germal 115 2g Cloreto de sódio 9g Essencia qs Água purificada qsp 1000mL 26 Elisabete Santos - FF-UFRJ Sabonete Cremoso de Camomila Fase Oleosa Ácido Estearico 40g Monoestearato de Glicerila 60g Lanolina etoxilada 5g Dietanolamina de ácido graxo de coco 40gNipazol 1g Fase Aquosa Glicerina 100g Trietanolamina 4g Lauril éter sulfato de sódio 400g Nipagin 1g Germal 115 2g Água purificada qsp 1000mL Fase C Extrato glicerinado de Camomila 50g Essencia qs 27 Elisabete Santos - FF-UFRJ Estudo comprova que brasileiro adora banho Os brasileiros tomam 19,8 banhos de chuveiro por semana, uma média muito maior que a dos: russos (8,4), japoneses (7,9) franceses (7,7), americanos (7,4), italianos (6,1), alemães (6,1) ingleses (5,6), chineses (4,9), indianos (3), É o que revelou o estudo encomendado pela Reckitt Benckiser, realizado em 10 países com 45 mil pessoas. No Brasil, a pesquisa abrangeu 1057 entrevistados das capitais São Paulo, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre. H & C 16/06/2010 28 Elisabete Santos - FF-UFRJ Tendências O conceito “vegetal” – bastante positivo e desejável pelo consumidor, já está incorporado em linhas de sabonetes, com sucesso. Conceito “antibacteriano” – Este conceito já responde por 12% das vendas de sabonete . Com o surgimento da gripe H1N1, este importante componente, já presente em álcool gel higienizante para mãos, agora é encontrado no sabonete Ex: Protex (Colgate Palmolive), Lifeboy (Unilever) e Dettol (Reckitt Benckiser) . Cresce o uso de Sabonete Líquido que começa a sair do lavabo para fazer parte do banho, também. 29 Elisabete Santos - FF-UFRJ • Produção industrial de sabonetes: • https://www.youtube.com/watch?v=wsIXg_QK82o • Produção industrial de sabonetes: http://www.youtube.com/watch?v=zLTA6zwSPwQ • Produção artesanal de sabonetes: http://www.youtube.com/watch?v=CrLMx19cjjk&NR=1 Sites de interêsse 30 Elisabete Santos - FF-UFRJ
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