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Sacsuc 
Cana-de-açúcar 
Anotações de Aula 
Julia Barra Netto – Ferreira 
Prof. Aldo 
 
 
Introdução 
A origem da cana se deu no sudeste asiático. Hoje se diz que existe o plantio 
em todo o globo terrestre. No Brasil, o primeiro engenho foi estabelecido no período 
colonial em 1532 na Capitania de São Vicente, origem latifundiária da cultura, que 
desponta seu desenvolvimento como monocultura. Ligada com o desenvolvimento 
econômico-social do país. Foi hegemonia até 1850 quando a principal cultura plantada 
passou a ser o café. 
 
Importância econômica: 
 Açúcar 
 Alcóol 
 Aguardente 
 Nutrição mineral 
 Uso de resíduos (torta, bagaço, vinhaça) 
 
O programa pró-alcool: 
 Em 1973 ocorreu a crise do Petróleo devido a guerra entre Egito e Israel, EUA e 
UE assumiram o lado de Israel, assim, os países árabes subiram de US$2 para US$12 o 
barril de petróleo. Afetando a economia brasileira que importava 85% de suas 
necessidades de Petróleo. Em 1978/80 o barrila já custava US$30/40 e o país chegou a 
uma dívida externa de 12x109 dólares com importação do petróleo. Na virada do 
século chegou ao patamar de 55x109 e uma crise onde o país não tinha como sustentar 
o aumento da dívida devido ao consumo de combustível. 
 A década de 70 também foi a época do milagre econômico, com projetos 
faraônicos que nunca foram concluídos e contribuíram para o déficit que vemos hoje. 
 No governo Geisel, uma comissão técnica trouxe como alternativa o uso de 
biomassa (fotossíntese -> carboidratos -> fermentação -> álcool) que é capaz de 
substituir com relativa eficiência a gasolina. Com esse aspecto, em 1973, criou-se o 
“Pró-alcool” que criou como meta produzir em 10 anos 10,7 bilhões de litros de álcool. 
 O setor canavieiro sofria uma queda grande com o açúcar, que estava gravoso 
(custo de produção maior que custo do mercado) que ameaçava grande parte das 
usinas brasileiras. Isso se deu porque China e Rússia, que eram grandes importadoras, 
se tornaram autossuficientes na produção de açúcar. E os países da União Europeia 
passaram a produzir açúcar de beterraba, que apesar de ser mais caro era subsidiado 
pelo governo a fim de manter o homem no campo. E finalmente os Estados Unidos e 
sua campanha nacional para consumo de corn syrup. 
 Nesse cenário, o pró-alcool financiou diversas usinas que contornaram a crise 
do açúcar e conseguiram driblar a situação de crise e batesse a média de produção. O 
Brasil passou da produção de 680 milhões de litros de álcool(1975) para 11,1 bilhões 
de liros (1985), mais que 100% da produção. 
 Em 1990/91 o Brasil tinha capacidade para aumentar a produção em 12,5 
bilhões de litros e o consumo foi de 13,2 bilhões, faltando combustível, o carro a álcool 
e o programa foram para o “lixo”. Fazendo com que o preço do combustível 
começasse a cair e o governo decretou não ter mais dinheiro para investir no 
programa. Ao mesmo tempo o preço do açúcar começou a subir que consumiu parte 
da cana que devia suprir a produção de álcool, voltando a ter lucro com a exportação 
do açúcar. 
 Em 1993 aconteceu a criação do plano real que se equivaleu ao dólar, que 
influenciou o valor da cana que assumiu um preço alto sem competição no mercado. 
Em 1997 o protocolo de Kyoto e o entrave entre a sociedade e o meio ambiente. Como 
solução veio o uso da biomassa vegetal (álcool) que reduz em 90% a liberação de CO2 
quando comparado à queima do petróleo. Em 2003 o país desenvolve o carro flex, que 
retomou o pró-alcol e em 2008 o Brasl já estava produzindo 29,9 bilhões de litros de 
álcool e exportava 5 bilhões. 
 Na crise do setor imobiliário americana, afetou todo o mundo. Parou-se o 
investimento industrial na cultura da cana, o produtor também parou de investir, 
somado com condições climáticas desfavoráveis que em 2010/2011 caiu a produção 
para 19 bilhões de litros de álcool, fechando cerca de 80 unidades industriais. E 
visando segurar a inflação, congelou o preço da gasolina que automaticamente 
congelou o preço do alcool, fazendo com que a produção fosse desestimulada 
(insumos agrícolas seguiam aumentando de preço). Quando é liberado o preço da 
gasolina, volta-se a crescer o preço do álcool estimulando a produção que atualmente 
é de 28 bilhões de litros. O programa supre apenas 20% de nossas necessidades de 
combustíveis. 
 O Brasil também investiu na produção de petróleo, indo de 16400 barris/dia em 
1979 para 2200000 barris/dia que somado à outras fontes (GNV, madeira, carvão, 
energia solar e eólica) atendem as nossas necessidades. O Brasil é um país 
autossuficiente em energia. 
 
O Brasil tem uma área de 851 milhões de hectares, para atender a nossa demanda 
energética e atender 36bilhões de litros de álcool, precisa de 1% do território nacional, 
ou seja, 8 500 000ha com cana. Em Paris, o Brasil assumiu o compromisso de produzir 
50bilhões de litros de álcool até 2030. 
 
 A balança comercial positiva gera empregos, quita dívidas, depende do 
agronegócio para ser positiva. Sendo o Brasil importante exportador de produtos 
primário, vindos da agropecuária. De acordo com a FAO é o maior produtor de cana do 
mundo. Também detém 10% das áreas aráveis do mundo e 12% das águas potáveis, 
com um potencial altíssimo que não atende a eficiência. 
 A cana brasileira ocupa, hoje, 9 milhões de hectares. Fatura R$60milhões/ano, 
responsável por 2,2% do PIB, geral 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos. 
Produção é muito concentrada no centro-sul, sendo 52% da produção em São 
Paulo(aprox.. 5 milhões de hectares); 9,5% em Goiás e 8,9% em Minas Gerais. 
 
 
 
A planta de Cana 
Colmo: 
 
 
o Folhas caducas que quando entram em senescência perdem as 
folhas deixando resquícios das bainhas que são as cicatrizes foliares. 
A zona radicular é formada por pontuações que circundam todo o 
nó. É dessa zona radicular que se tem a emissão de raízes do tolete 
plantado. São raízes provisórias com habilidade de absorção de água 
e fixação inicial da planta. E quando acaba a reserva (açúcares 
contidos) no tolete, elas morrem. O sistema radicular definitivo vem 
da brotação das gemas e dos nós basais dessas brotações, esses vão 
absorver água e nutrientes. Essas raízes só aparecem 40-45 dias 
após o plantio, daí a importância de um bom material pro plantio 
(sadio e com reservas). Logo, não se recomenda NPK no plantio 
porque vai ter perdas de N maiores que 50% por lixiviação + 
volatilização. A resposta à adubação no plantio não existe, mas nas 
ressocas pode sim ter. Todo potássio aplicado se perde, cerca de 
30% é geralmente perdido por lixiviação, porém, como a planta não 
usa, perde ainda mais. Só o fósforo se aplica no plantio, localizado, 
porque é pouco móvel e tem que ser disponibilizado às raízes 
(crescimento inicial). Se colocado em cobertura, está longe das 
raízes, pode imobilizar e etc. Quanto ao perfilhamento é desejável 
que ocorra com a maior brevidade possível, para que toda a touceira 
esteja na mesma maturidade. Caso haja perfilho tardio, afeta a 
qualidade do caldo (consumo de carboidratos). Também quanto 
mais rápido perfilha e fecha a copa, auxilia no controle cultural de 
daninhas e reduz a erosão (impacto da gota de chuva pelas folhas), é 
ideal que perfilhe e 3-4 meses. 
 
o Nó: O anel meristemático é localizado acima do nó, é onde ocorre o 
alongamento do entrenó, sendo assim, o crescimento da cana se dá 
individualmente entrenó à entrenó. E se algum momento há uma 
limitação(déficit hídrico, def. nutricional) se pode inferir pelo 
desenvolvimento dos entrenós formados naquele período porque 
fica menor. A taxa de crescimento é de um entrenó a cada 10 dias 
ou 3 nós/mês. Com isso, pode-se estimar a idade de uma 
cultura/colmo por meio da contagem de nós. Para isso, retiram-se as 
folhas do colmo, da ponta da olhadeira (se não consegue tirar, conta 
ela) e conta as folhas e conta os entrenós, depoissoma 15 dias (que 
é o tempo do plantio para emergência). Na lavoura, escolhe-se um 
colmo representativo. Sulco ou depressão da gema é uma cavidade 
ao longo da gema, isso depende da variedade (em algumas culturas 
não existe). A zona cerosa é a concentração de cera na zona apical 
do entrenó. Estrutura de proteção da cera, mas sem muito 
esclarecimento da função. Pode ser resgatada para fazer papel 
carbono (rendimento baixo), mas também pode auxiliar no 
colesterol e outros quesitos de saúde. 
 
Folhas: 
 Uma folha em cada nó, com distribuição alterna. Folhas com os bordos 
serrilhados que podem cortar e isso é um dos limitantes para encontrar mão-de-obra 
que queira trabalhar em um canavial com condição de folhas cruas (sem queima). 
Também existe na bainha pelos, chamados “joçal”, que no contato com a pele 
provocam reação alérgica do tipo urticária. 
 
Inflorescência: 
É composta por um eixo central que é um prolongamento do último entrenó 
(se diferencia). Com ramificações secundárias e terciárias, onde se formam as 
espiguetas que são as flores propriamente ditas, ocorrem sempre aos pares, sendo 
uma séssil e uma peciolada. São flores hermafroditas, sendo a parte feminina 
composta por dois pistilos plumosos e três estames terminados por uma antera. Que 
dão origem a um fruto característico de gramíneas = CARIOPSE. A inflorescência, no 
cultivo de cana, é interessante ao melhoramento. Quando a cana floresce, transloca os 
carboidratos (fotoassimilados, reservas, produto comercial) para formar a 
inflorescência (dreno), como o último nó se prolonga (e diferencia) a planta não cresce 
mais, para a síntese de auxina, tendo brotação das gemas laterais que também 
consumirão as reservas. Causando uma isoporização que ocorre do centro para 
periferia. 
Condições que favorecem a indução floral: 
 Centro-sul: 25 de fevereiro – 20 de março / Temperaturas noturnas maiores 
que 18°C e temperaturas diurnas menores que 31°C. Associado com dias 
chuvosos ou nublados. 
A cana é considerada como planta de dias curtos, precisando aproximadamente 
12 horas de escuro para diferenciação floral. Na faixa do equador tem sempre essa 
condição, estimulando na fase juvenil (7-8 entrenós), logo, a produtividade é 
baixíssima, não sendo, portanto, uma ameaça para a Amazônia porque lá tem sempre 
12h de escuro e 12 h de luz. Quanto mais distante do equador, menor chance de 
florescer (maiores latitudes). Mas acontece com os estímulos e soma das horas de 
escuro, que podem estimular até 30% da floração que significa 20% de perdas de 
rendimento. 
A floração pode ser evitada por adubação nitrogenada porque estimula o 
desenvolvimento vegetativo, cortando irrigação em plantios irrigados ou por meio de 
maturadores (custo altíssimo= aplicação aérea). 
Escolha da Variedade 
 
 Em média são produzidas 8 ton de raízes/ha/ano. Sem a queimada ainda se 
incorpora 12-20ton/há de massa seca. Esses motivos explicam como se produz cana 
anos à fio num determinado local, apoiado pela dinâmica da matéria orgânica. Porém, 
também existem interações genótipos ambiente. 
 
 Variedades: 
 RB 86 7515 
 SP 81 3250 
 RB 96 6928 
 RB 85 5453 
 RB 92 579 
 RB 85 5156 
 SP 83 2847 
 CTC 15 
 CP-NA 
 CP-IAC 
 CO-NA 
 CB-TUC 
 IANE 
 RURAL 
 RB 75 8540 
70% das variedades plantadas no Brasil são RB, da Ridesa (extinção do 
planosulcar). A cada ano se tem adição de uma nova variedade, mas só com o passar 
dos anos o uso delas se tornam volumosas. Sem contar que uma variedade demora 
muito tempo (10,15 anos) para se tornar viável/pronta/disponível. 
 
Características: 
 
1- Quanto às adaptações à condições de Solo e Clima da região 
Para cada ambiente de produção deve-se ter ciência da textura de solo,fertilidade, CTC 
retenção e disponibilidade de água, teor de M.O., profundidade de solo. 
 
O ambiente de produção pode ser: 
 - Superior – excelente, sem limitações 
- Médio – com alguma restrição 
- Inferior – muitas restrições à serem trabalhadas 
 
As variedades podem responder: 
-Responsivas = só vão bem em ambiente superior. 
- Estáveis = vão bem no ambiente superior, mas respondem à um ambiente limitado. 
- Rústica = Não é recomendado condições excelentes porque respondem muito bem 
em ambiente inferior (com muitas limitações). 
 
É importante considerar bem o ambiente na escolha da cultivar, para que a 
escolha seja adequada à ele obtendo um bom resultado de produtividade. 
 
2- Quanto a produtividade: 
Depende da Adaptabilidade e estabilidade que está relacionada à fatores bióticos e 
abióticos. Não adianta se desenvolver bem em um local, mas produzir pouco. Com um 
tempo a produtividade tende a entrar em declínio, essa quebra de estabilidade pode 
ser devido a fatores bióticos (pragas, alelopatia) ou devido às restrições climáticas 
 
3- Resistência à pragas e doenças: 
Se há ocorrência de doenças naquele local, busca-se uma variedade resistente à ela. 
Porém, se a cultura está inserida há algum tempo e só aí ocorre a incidência de 
doença/praga, deve-se erradicar essa cultivar. Foi o que aconteceu com as cultivares 
CB 45 3 e RB 72 7454 que eram respectivamente suscetíveis a carvão e ferrugem 
alaranjada, que foram banidas de serem plantadas. 
 
4- Época de maturação: 
É quando a cana concentra um teor de sacarose acima de 13% no colmo. Ocorre em 
condições de baixa UR e/ou baixa temperatura, que no centro-sul ocorre em 
abril/maio -> setembro/outubro, que é um período que a chuva cessa. Para álcool 
pode ter um teor de sacarose de 12-12,5%, porque consegue utilizar açúcares 
redutores. Enquanto que açúcar só cristaliza sacarose. Apesar de colher cana o ano 
todo, são 6 meses no centro-sul e 6 meses Norte-Nordeste. Causando impacto social, 
ou seja, o que se faz com os trabalhadores nessa época de estagnação? 
 
Precoce: Colheita de outono (abril/maio/junho) 
Média: Colheita de inverno (junho/agosto) 
Tardia: Colheita de primavera (setembro/outubro/novembro) 
 
5- Período útil de industrialização (P.U.I.) 
Tempo que a colheita pode ficar no campo até ser colhida e processada depois de 
madura. 
 
Curto: Atinge a maturação e permanece no campo até 2,5 meses 
Médio: Atinge a maturação e permanece no campo ad 2,5 até 4,5 meses 
Longo: Atinge a maturação e permanece no campo por mais que 4,5 meses 
 
A maturação e o PUI são como a identidade da variedade que deve ser 
trabalhada na produção. As variedades de ciclo longo, por exemplo, só devem ter um 
PUI curto, porque já que o ciclo é longo, amadurece mais ao final do período de 
colheita, se permanece por mais tempo no campo e começa a chover, a cana volta a 
crescer, perdendo a qualidade (reduz sacarose). 
Logo, o uso de diferentes variedades é essencial para contornar adversidades, 
no máximo 10% de uma área com uma mesma variedade. Geralmente o produtor usa 
40% de variedades com maturação precoce, 30% média e 30% tardia ou 40% precoce 
40% média e 20% tardia, permitindo uma colheita durante os 6 meses. 
 
 
 
 No começo da safra tem um teor de sacarose baixo (maturação com 13%), logo, 
esse suprimento de cana é feito pelos próprios usineiros, pois os fornecedores querem 
vender no pico da maturação pois a cana é paga por teor de sacarose contido. 
 Com a retomada da chuva e aumento da temperatura (verão) a cana recebe o 
estímulo para crescer vegetativamente e começa a degradar sacarose devido à essas 
demandas do crescimento. É onde ocorre o declínio, que deve ser evitado que caia 
abaixo de 16%. Quanto maior o teor de sacarose, maior o produtor e o usineiro 
ganham , porque tem um preço maior, mas rende mais. 
 Por isso as cultivares se adequam tendo suprimento desse período de colheita 
com os melhores valores de teor de sacarose. 
 
Aspectos Climáticos 
 
Crescimento vegetativoTemperaturas elevadas > 21°C 
T ideal de 24° a 29°C 
Alta radiação solar (C4) 
N alto pra estimular crescimento 
Precipitação de 1500 mm bem 
distribuídos, mas com preferencia no 
crescimento 
 
Repouso vegetativo 
T < 21°C 
Tempo seco ou frio 
Temperatura abaixo de 24° reduz a 
absorção de N e P reduzindo o 
crescimento, é o mesmo efeito da 
água. 
Alta radiação permite contínua 
produção de carboidratos que vão ser 
acumulados. 
 
 A limitação da produtividade no Nordeste é baixa (como em Campos) pois o 
acúmulo é restrito devido à baixa ppt que não supre as demandas de água e não há 
irrigação. 
 Regiões em que a temperatura em julho é menor que 14° C são restritas ao 
plantio porque ocorre geadas que congela o sulco celular que cristaliza rompendo a 
célula. Se for um meristema, impede a síntese de auxina que pode causar o 
garfamento da cana, pode causar também necrose, sendo porta de entrada para 
patógenos e causar a morte. 
 
Aspectos Edafológicos 
 O solo deve suprir ar, água, nutrientes e dar um bom suporte/fixação à planta. 
A cana se adapta a qualquer ambiente, mas quanto mais hostil for o lugar, mais gastos 
vai se ter condicionando o solo (fertilização, drenagem, preparo do solo e etc). 
 O ideal seria um solo de textura média, pois o solo argiloso tem tendência para 
compactação ou adensamento devido ao intenso trânsito de caminhões (20-30 ton de 
cana) que provoca uma tendência à compactação. Desse modo tem uma maior 
densidade, menos macroporos, mais microporos, menor difusão de gases e menor 
quantidade de raízes profundas. Favorecendo também o encharcamento. 
 Por outro lado, o oposto solo arenoso, tem baixo potencial porque tem menor 
CTC, menor fertilidade natural e menor retenção de água, que faz com que se gaste 
muito com nutrientes que são facilmente perdidos. Também permite uma menor 
fixação das plantas favorecendo o tombamento(enraizamento das partes em contato 
com o solo = consumo de carboidratos e dificultando a colheita) 
 
 A declividade é essencial, especialmente para colheita mecanizada. O trator 
pneumático consegue colher com uma declividade de 12% e o de esteira até 18% no 
máximo, caracterizando um relevo plano à suave-ondulado (0-6%) ou ondulado (6-
20%). Quanto mais ondulado tem maior tendência à erosão e perdas. 
 
 PH deve ser entre 5.5 e 6,5 porque é onde há maior disponibilidade de 
nutrientes, sendo ideal a correção de alumínio (ph>4,9). É bom que se evitem solos 
orgânicos que se expandem e contraem causando dilaceramento das raízes 
ocasionando perdas de produtividade. Ideal que o solo tenha profundidade de 1m, 
mas quanto mais profundo melhor, com o lençol freático abaixo do sistema radicular. 
Estando a maioria dos plantios do Brasil em argissolos e latossolos. 
 
Condicionamento do Solo no 1º plantio 
 
 Operações que visam reestabelecer condições físicas e químicas do solo, 
incorporação dos restos culturais, contato íntimo do solo com o tolete, eficiência de 
adubação e desenvolvimento pleno do sistema radicular. 
 Quando se planta pela primeira vez, geralmente não se faz subsolagem, porém 
quando está se renovando o plantio, sim. Porque é necessário para romper essa 
camada de compactação para condicionar o solo quanto ao desenvolvimento pleno do 
sistema radicular. Quando feita, substitui a aração. 
 A gradagem faz com que o solo pulverize permitindo que o tolete fique em 
pleno contato com o solo. A sistematização é o nivelamento do solo para evitar 
perdas. 
 
Correção do solo: 
 
A calagem neutraliza Al, Fe e Mn para que eles deixem de ser reativos e fixem 
P. Elevar pH para 5,5 disponibilizando a maioria dos macro e micronutrientes. Fornece 
cálcio e magnésio, cálcio ainda é um elemento floculante, ou seja, de estruturação. 
Também deixa o pH ótimo para a microbiota do solo. 
 
A gessagem disponibiliza cálcio e enxofre, que são nutrientes essenciais. Não 
neutraliza alumínio, mas reduz sua saturação no solo, por meio da formação de sulfato 
de alumínio, composto estável e de alta solubilidade que é levado à subsuperfície. 
 Também aumenta a saturação de bases em profundidade que favorece 
sistemas radiculares mais profundos, com maior volume de solo para explorar e se 
desenvolver. 
 
 A fosfatagem é a aplicação de um fosfato solúvel (super simples, por exemplo) 
em ára total para neutralizar os pontos de fixação de fósforo (alumínio). E aí vai ter 
menor tendência de fixar quando fizer a adubação de plantio no sulcamento, que é 
feita localizada no fundo do sulco. 
 Essa prática se faz em solos arenosos de baixa CTC, geralmente saturados por 
alumínio. Se faz com 50-200 kg de P2O5/há. 
 
Sulcamento: 
 Em geral tem um espaçamento de 1,40 entre sulcos. Profundidade entre sulcos 
oscilando de 20 a 30cm. Essa profundidade significativa se dá para melhor fixação da 
cultura, para que as socas seguintes não fiquem muito rasas, evitando tombamentos 
(que enraizar dificultando a colheita) 
 Esse sulco vai se nivelando com o manejo, chuva e o desenvolvimento da 
produção. 
 Estudos tem mostrado que com o material genético que nós temos, 
poderíamos reduzir o espaçamento. Reduzindo a área plantada ou dobrando a 
produção em uma área total. Porém, a limitação hoje tem sido o maquinário que é 
feito com espaçamento delimitado de 1,40m entre sulcos, sendo o maquinário 
essencial para o cultivo industrial. 
 Quando o sulco ainda será usado para escoar água ou vinhaça, usa-se um sulco 
mais profundo de 40 cm. Seno ainda necessária a sistematização para um diferencial 
de cota, onde o declive permite que a água chegue à todas as plantas. A profundidade 
maior desse sulco, se dá porque as folhas caem e a erosão vai reduzindo essa 
profundidade. 
 
Adubação: 
 É importante ser aliado com os fatores que limitam a produtividade, ou seja, 
variedades ideais adaptadas ao clima, solos com propriedades físicas ideais 
(descompactação, subsolagem, profundidade), cultivo mínimo e etc. 
 Com a colheita da cana, adiciona com o corte cerca de 20 ton/ há de massa 
seca que é uma grande adição de matéria orgânica, podendo até mesmo fazer o SPD 
sobre essa palha(importante considerar subsolagem). 
 A erosão pode minimizar a eficiência da produção. Logo, a cana é uma cultura 
que tem sistema radicular grande, folhas caducas, perfilhamento da planta que cobre 
o solo, sulcamento em nível que reduzem a erosão. Porém, quando há um maior 
declive no terreno, há maiores perdas na camada superficial (mais fértil). 
 As plantas daninhas são competidoras e devem ser eliminadas. Podem liberar 
substância alelopáticas, podem crescer se enrolando na cana. Sua presença pode 
causar perdas de até 90%. 
 Água é essencial principalmente no estabelecimento da cultura, sendo 
limitante também na absorção e nutrientes. Não pode faltar como não pode ter 
excesso de nutrientes. Correções e adubações devem ser feitas com base na análise de 
solo, extração da cultura e experimentações. 
 As pragas e doenças tem que ser sempre monitoradas. Controle varietal para 
doenças mais controle biológico para pragas. 
 Época certa para o plantio favorecendo condições ideais para o 
desenvolvimento de acordo com as condições ambientais. Espaçamento ideal para que 
a produtividade seja mantida sem que haja competição. Considerando ainda as 
interações negativas com nutrientes como Al, Fe e Mn. 
 A lei do mínimo considera como limitante da produção o nutriente que estiver 
em menor quantidade. 
 
Ao fornecer nutrientes à planta deve-se considerar a extração da cultura, ou 
seja, quanto é preciso para que ela retire tudo aquilo. Por exemplo, para produzir 100 
toneladas de cana, extrai: 
N-> 124 kg = para repor esses 124 kg, considerando sulfato de amônio (20% de 
N), seriam necessários 620 kg de sulfato de amônio para repor N. 
P2O5-> 31 kg = 155 kg de super simples 
K2O-> 138 kg = 220 kg de Kcl 
 
Sendo que ao adubar, há oaproveitamento variável de acordo com as perdas, sendo 
considerados alguns fatores 
 
Nutriente – 
Eficiencia 
Perdas Fator (f) 
Nitrogênio 50 – 60% Volatilização, denitrificação, lixiviação 2,0 
Fósforo- 20 – 35% Fixação de acordo com a textura 3,0 -5,0 
Potássio 50 – 60 % lixiviação 1,5 
 
Necessidade de adubação : 
Necessidade da planta – histórico do solo x fator de aproveitamento (f) 
 
 O desafio seria reduzir a influência dos fatores. Isso se faz com práticas 
conservacionistas, como o corte da cana crua, correções de solo, adubação verde (na 
ocasião de renovação). 
 Desse modo, se faz necessário o uso de boas praticas para uso do fertilizante, 
que preconiza o uso da fonte certa, na dosagem certa, no local certo e na época certa. 
Ou seja, respondendo às perguntas: Quando aplicar? Quanto? Como? Compensa? 
Considerando exigências, aliar à herbicidas, se o preço de mercado compensa. 
 
Ao optar pelo adubo químico se faz: 
 
 N: No plantio não deve ser feito porque não responde pois utiliza as 
reservas do tolete. Para as socas seguintes é necessário porque a cada 
corte, o sistema radicular vai ficando menos eficiente. 
 P: sempre faz a aplicação no plantio, localizado devido à sua baixa 
mobilidade 
 K: também se faz no plantio, sendo essencial misturar no solo para não 
salinizar e depois o excesso é feito na cobertura. 
 
Métodos de avaliação de fertilidade: 
 A análise de tecido é importante para diagnosticar deficiência, interação dos 
nutrientes, fomes escondidas, estado nutricional da planta, identificar manchas na 
lavoura. Deve ser sempre aliada à análise de solo e é baseada na interação: nutriente x 
produção, nutriente x concentração na planta, concentração x produção. Sendo a 
composição química nas folhas influenciada por diversos fatores (solo, clima, pragas). 
 A amostragem mais comum é em folha +1 ou folha +3, sendo a +1 a primeira 
folha onde consegue observar a interseção da bainha com o limbo, colarinho visível do 
ápice para a base. No Brasil é mais comum na folha +3 (duas depois da +1). 
 Depois coloca-se em saco de papel com identificação, se faz na primeiras horas 
da manhã, 20 folhas por talhão, aleatoriamente, seccionando os 20 cm centrais e 
tirando a nervura central. O material é levado para estufa até o peso ficar constante, 
mói, faz a digestão e depois a leitura no aparelho de absorção atômica. 
 Com isso, compara-se com valores para diagnose que são ideais (calibrados), 
abaixo deles supre-se, acima já é consumo de luxo e desperdício de recursos. Ideal que 
essa analise seja feita com frequência, se possível aos 3,6 e 9 meses. Podendo ter 
outros métodos para amostragem. 
 
Adubação orgânica: 
 Além de fornecer o nutriente mineral, atua também como condicionante com o 
aumento da CTC, retenção de H2O, quelatação de metais pesados e etc. É interessante 
pois dentro da cultura da cana, existem diversos subprodutos que podem ser 
utilizados: 
 
 Vinhaça: Subproduto da produção de álcool, 1 L de álcool = 10-16L de 
vinhaça que pode de ser de 3 tipos: de melaço (o que não cristaliza, rico em 
açúcares simples, onde joga levedura para se obter a vinhaça que é mosto 
de melaço), de caldo ( mói e do caldo se extrai açúcar, o subproduto é a 
vinhaça) e mista (melaço diluído com caldo de cana). A vinhaça tem muita 
matéria orgânica e elevada DBO (demanda bioquímica de oxigênio) que 
causava degradação em rios, lagos, causando impacto nesses ecossistemas 
que causavam morte de peixes e plantas. Como é um produto rico em 
matéria orgânica e K2O pode suprir demandas da cultura, que de acordo 
com análise e dosagem correta (para não salinizar) por meio de 
fertirrigação. 
 
Aumentando também a matéria orgânica e garantindo todas as suas 
vantagens. Porém, toda a vez que se adiciona M.O. há um aumento de 
microrganismos para mineraliza-la que acaba imobilizando parte do N que 
pode causar uma deficiência para a cana que com adubação é corrigida. A 
partir do momento que esses microrganismos morrem, esse N é 
disponibilizado no solo, espera-se para que não seja disponibilizado no 
ponto de colheita, porque pode estimular o crescimento vegetativo que é 
indesejável nesse momento. 
 
Caso esse resíduo não for retornar para a lavoura tem que ser direcionado à 
lagoas de estabilização, consumido por proteínas unicelulares como 
substrato para produzir ração ou evaporar h2o(consome muita energia). 
 
As recomendações de vinhaça podem ser suficientes para adubar 6 milhoes 
de hectares com uma recomendação de 100kg de kcl/ha, 1,6 mil hectare 
com uma recomendação de 100kg de super triplo/ha e 5 milhões de 
hectares com uma recomendação de 100kg de sulfato de amônio/há. Desse 
modo, não faz sentido jogar fora. 
 
 Borra ou torta de filtro: Subproduto da produção do açúcar, 1 ton de 
açúcar -> 30-40 kg de Borra, é composta de 70-75% de umidade, 25-30% de 
materia orgânica e 1-2% de minerais e pode substituir 100% de N, 50% de P, 
15% de K que completa com KCl, 100% de Calcio, 50% de magnésio, 100% 
de matéria orgânica. 
 
É um produto destinado à áreas nobres da produção como viveiros ou 
produção de mudas. É aplicado em sulcos de plantio, ente linhas ou área 
total, sempre complementando o potássio. No fundo do sulco como cama, 
aumenta o teor de M.O., retenção de água que pode auxiliar no suprimento 
da germinação inicial. Porém, demanda um volume muito alto porque tem 
baixa concentração, logo, torna inviável fazer em áreas totais, apenas em 
áreas nobres ou que se pretende recuperar. 
 Cinzas da caldeira: Bagaço Que é queimado para suprir a energia da usina 
que tem teor de macronutrientes, fuligem da chaminé também. Nada se 
perde em cana, até a água de lavagem da cana que tem nutrientes pode ser 
misturada com a vinhaça. 
 Compostagem: Torta + vinhaça + bagaço + foligem + agua de lavagem + 
esterco de curral (microrganismos) + super simples. 
 Adubação verde e/ou culturas subsidiárias: A colheita geralmente dura de 
abril/maio até outbro/novembro e o próximo plantio só ocorrerá de janeiro 
à abril/maio, desse modo há um espaço de tempo em que área fica 
“parada”. Uma área descoberta pode causar erosão e mais daninhas que vai 
demandar um consumo intenso de mecanização e controle químico 
aumentando custos. Logo, pode-se lançar mão de um adubo verde, 
principalmente leguminosa, porque supre N, protege o solo, cicla 
nutrientes, melhora propriedades químicas, físicas e biológicas do solo e 
reduz mato (competição). 
 
No mesmo conceito, as culturas subsidiárias promovem uma rotação 
quebrando ciclos de praga. É importante que se usem culturas que não 
sejam gramíneas, como soja, feijão, amendoim, girassol. Porque além de 
todas as vantagens citadas, podem produzir alimentos que agregam valor e 
quebram o “rótulo” de cultura energética apenas que a cana tem. É 
relevante porque se renova parte da área todo o ano e agrega um valor 
social à terra. 
 Consorciamento: É possível e com irrigação é eficiente, com 1,5 de 
espaçamento entre linhas, permite que se faça o consórcio como culturas 
como feijão, que se colhe com aproximadamente 3 meses, englobando 
todas as vantagens citadas anteriormente. Sendo possível produzir 
alimentos, benefício social e ambiental! 
 
 
Época de plantio 
 
A colheita é feita no repouso vegetativo, quando as condições de umidade e 
temperatura estão baixas, logo, há o acúmulo de açúcares e não o crescimento 
vegetativo. Existem cultivares precoces (abril/maio/junho), médias (julho/agosto) e 
tardias (maturação setembro/outubro/novembro) 
 
 
Cana de ano e meio ou 18 
meses: 
Nessa época de 
plantio a temperatura não 
é limitante, se houver 
déficit hídrico deve-se fazer 
manejo de irrigação. O 
Plantio ocorre em 
janeiro/fevereiro que ainda 
tem umidade para o crescimento inicial. Depois a temperatura e a umidade caem e a 
cana ficaem repouso vegetativo. De setembro à janeiro quando a temperatura e a 
água começam a aumentar possibilitando o desenvolvimento vegetativo acelera. 
Quando chega janeiro/fevereiro do ano seguinte, as temperaturas começam a cair e a 
planta entra em repouso vegetativo com acúmulo de reservas= maturação para a 
colheita. 
Como permanece no campo mais tempo e a taxa de crescimento é de 3 
entrenós/mês vai ter maior tamanho, logo, maior acúmulo de sacarose. Logo, é de 
maior qualidade porque tem maior estrutura de depósito. O plantio no final do 
período chuvoso minimiza perdas por erosão, especialmente se for mais perto do 
outono. Plantio mais perto do outono, tem menor incidência de chuva e menor 
apodrecimento do tolete. Melhor controle do mato, quando recomeça o período 
chuvoso a cana já está mais bem desenvolvida sendo eficiente na competição. 
 
Cana de ano ou de inverno: 
 
O plantio é feito de maio(ano) a outubro(inverno), é uma época que tem muita 
chuva, apodrecimento, mato competição e menor tempo no solo. Geralmente é feito 
por demanda a usina, quando não há muda suficiente para plantar na época boa ou 
devido à limitação com maquinário (plantar parte da área em outra época). 
 
 É importante ressaltar que nem sempre uma cana de 18 meses fica os 18 meses 
no campo, isso depende da variedade usada. Por exemplo, se plantar em fevereiro e 
uma variedade tardia (maturação em setembro/outubro/novembro) se colhida em 
outubro, ficará 20 meses no campo. No caso do plantio de cana de ano e meio, pode-
se usar todas as variedades que a cana ficará por mais do que 12 meses no campo que 
é o necessário para que a cultura se desenvolva. 
 Para cultivos de inverno não é comum usar variedades precoces, porque 
entrará em maturação antes dos 12 meses necessários. Sendo ideal que para cana ano 
sempre use variedade tardia, porque se não fica só 7 meses no campo. 
 Essas situações só são observadas no PRIMEIRO CORTE, nos cortes 
subsequentes serão feitos sempre com 12 meses. Há tendências de o primeiro corte 
ser mais produtivo devido à compactação e etc. Apenas se no plantio de cana ano 
fosse usado uma variedade precoce (não recomendado) aí se colheria uma cana com 
sete meses, então o segundo ciclo é mais produtivos, mas pra esse plantio não se usa 
variedades precoces, só tardias. 
 
Produção de mudas 
 
A qualidade da muda é um fator essencial no cultivo de cana. Geralmente feito 
com cana de 1º corte de 10 a 14 meses oriundas de viveiros porque demandam 
cuidados especiais. 
A compra do material pode ocorrer em órgãos oficiais ou produtores 
credenciados. 
É importante que sejam conduzidos em solos 
profundos, se possível irrigar deve ser feita a irrigação, 
distante de lavouras de gramíneas (evitar pragas e 
doenças). Preparo do solo deve ser o melhor possível 
(gradagem, subsolagem, correções, sistematização, 
maiores recomendações de N para forçar crescimento). 
A partir de 2 meses (atingido 50 cm) deve-se 
começar o roguing, ou seja, erradicação. Avalia touceira à 
touceira (plantio de área de mudas tem espaçamento 
diferente, inclusive para permitir crescimento das 
touceiras de forma individualizada). Daí eliminam-se plantas que estejam fora do 
padrão da variedade ou com ataque de pragas e doenças. Pode ser feito 
mecanicamente, mas em áreas grandes é feito com controle químico. Ideal que seja 
mecânico, retirar com cuidado e queimar. Se tiver ataque de vírus deve-se fazer o 
controle de pulgão antes e caso haja verificação, faz-se o roguing. 
A pré-fertilização é a aplicação de NPK dois meses antes da colheita para ter um 
material com maior reserva no plantio, já que o tolete só vai emitir raízes com 
aproximadamente 40 dias. Mas não é feito no Brasil. Em área comercial nunca se faz 
porque estimula crescimento vegetativo e consumo de reservas. 
 
Cuidados com o corte das touceiras: 
 Deve-se usar dois facões um na mão e o outro numa solução desinfetante e ir 
trocando para não ter contaminantes, mesmo depois do roguing, todo o cuidado 
possível. Faz-se a retirada das folhas para que não haja nenhuma barreira física na 
gema. Depois que corta deixa em repouso para 
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____________. 
 
Tratamento térmico da touceira: 
 Feita para controle do raquitismo da soca, bactéria que coloniza os vazos 
condutores e a cana vai definhando (fina e sem potencial produtivo). Se deixa em 
banho maria por 50°C por 2 horas ou 52°C por 30 minutos, pode ser feito com cana 
inteira, em toletes, minitoletes ou gemas. 
 Depois do tratamento térmico deixa em repouso, depois coloca em solução de 
tratamento ou fumiga o substrato para não afetar o tolete. Planta no canteiro e depois 
de 10 dias há a brotação. Antes de abrir o primeiro par de folhas, enche o saco plástico 
ou copo de papelão e replica o material para lá. Encanteira por 2 a 3 meses e depois 
leva pro campo e depois para viveiro multiplicador primário. Quebra o estolão com 5 
gemas ( não usa facão para não contaminar) e planta ela inteira. Faz estímulo de 
brotação e segue multiplicando. 
 
Mudas pré-brotadas: 
 Faz o tratamento térmico, replicação do meristema, padrão da variedade, 
limpeza clonal da variedade, moo mais rápido, replica para bandejas ou tubetes 
(maquinário), prepara o solo (sulcador mais adubo), coloca-se a muda, tem um maior 
rendimento de trabalho e há maquinário desenvolvido para isso, mas tem um custo 
altíssimo. 
 
MEIOSI: 5-7 meses produz muda e alimento ao mesmo tempo. 
 
 
Plantio 
 
 O plantio pode ser manual que é predominante no Brasil ou mecânico. O 
mecânico é feito em solo preparado, abre o sulco, deposita adubo, tolete e fecha o 
sulco concomitantemente, como o fechamento do sulco é feito logo em seguida, há 
um maior aproveitamento da umidade. 
 
 Para o plantio manual as mudas são previamente picadas em tolete. Com todos 
os cuidados falados na produção de mudas e usa-se geralmente 15 a 18 gemas/ m 
linear. Quando as mudas não vem de viveiro, deve-se aumentar a densidade das 
gemas para superar as perdas. Usa estratégias como plantio cruzado, duplo, ou triplo, 
tem maior peso, maior volume e consequentemente mais trabalho, sendo melhor 
obter mudas de qualidade. 
 Pode também ser feito o plantio da cana inteira e posterior picamento dentro 
do sulco, fazendo sempre o cruzamento do ápice com a base (mais velho e 
esclerosado, = evitando falhas porque as gemas do ápice são mais jovens e vigorosas). 
O corte da cana em toletes é importante porque se não está cortado inibe a brotação 
das bases. O tolete com 3 gemas é interessante porque nó é barreira para pragas e 
doenças, tem reservas suficientes para brotações e permite regulação hormonal à 
todo o tolete, já que auxina estimula as brotações. 
 Nesse tipo de plantio o caminhão transporta a muda, 4/5 homens posicionam 
as mudas no sulco e depois mais trabalhadores vêm “arrumando” a cana (cruzando a 
base de uma com o ápice da outra) e depois pica. 
 
 Há também o plantio da cana inteira sem picar, nesse caso a cana é jovem tem 
de 8-9 meses, porque assim todas as gemas vão brotar. Como uma cana de 8-9 meses 
tem 12 gemas a menos, vai demandar maior área de plantio de mudas porque vai 
precisar de mais, logo, tem maior trabalho com viveiros. 
 Pode ocorrer envergamento causando perdas de plantio, para evitar, planta 
com a bainha na ponta para servir como barreira ao envergamento, como só se retira 
o limbo, há um maior trabalho que consequentemente afeta o custo. 
 
Avaliação da qualidade do plantio por meio das falhas em 100m de sulco 
% falha Avaliação de plantio 
0-10 Excelente 
11-20 Bom 
21-35 Médio 
36-50 Ruim 
>50 Péssimo 
 
A cada 50 cm não tiver perfilhamento considera um e soma-se tudo ao longo 
de 100 metros. Se depois desomar tudo, obtiver 15 metros de falha, pode ser 
considerado BOM (15m/100m=15%) 
 
Controle de Plantas Espontâneas 
As plantas espontâneas apresentam os conhecidos problemas por competir por 
água, luz, nutriente e espaço; podem ter ações alelopáticas; tem caráter parasítico 
(tipo cipó que dificulta colheita); são hospedeiras de pragas e doenças; dificultam o 
manejo de água; reduzem valor da terra pois tem controle muito difícil. Porém, pode 
ter alguns benefícios como ser plantas alimentícias; uso medicinal; atrativos para 
insetos e doenças ao redor do plantio; valor ornamental; controle de poluição; solo 
coberto evitando erosão (não deixar florir); adiciona M.O. e pode ciclar nutrientes. 
As plantas daninhas tem grande capacidade de disseminação com grande 
produção de sementes, com bom mecanismo de dispersão (vento, asas, carrapicho) e 
duram muito, germinam descontinuamente, tendo produção constante que passa as 
limitações ambientais. Porém não tem acordo, devem ser eliminadas. 
A cana de ano e meio tem um crescimento mais lento, mas também o mato 
enfrenta as mesmas condições (temperatura baixa e menos água), leva de 90 a 150 
dias para o fechamento da copa, sendo o controle crítico de 20 a 150 dias. Já a planta 
ano, como é plantada na época da chuva, vai ter um crescimento vegetativo bem 
estimulado, logo o fechamento ocorre entre 90-120 dias. 
 O tipo de controle mais comum é o químico. De modo preventivo pode ser 
realizado por meio da limpeza dos equipamentos que retiram torrões que podem ter 
sementes de daninhas; limpeza total das ruas ou aceiros (porque pessoas podem levar 
daninhas); limpeza total dos canais de irrigação e ataque de focos/reboleiras para 
evitar que se espalhem 
 O controle cultural também é essencial para que o controle seja feito com 
qualidade. Começa com um bom preparo de solo; mudas de viveiro que tem 
qualidade, são vigorosas e se estabelecem mais rápido; escolha da melhor época de 
plantio e se possível com disponibilidade de água, crescimento é mais rápido com boas 
condições; maior densidade de plantio; cobertura morta com a própria palha do 
canavial; consórcio (cultura na entrelinha); rotação de culturas para nunca deixar o 
solo descoberto; cultivo mínimo (revolve pouco o solo e não estimula sementes em 
profundidade de daninhas brotarem). 
 O controle manual e manual + mecânico é restrito à pequenas áreas onde se 
retira manualmente entre plantas e com cultivador entrelinhas. 
 O controle mecânico + químico faz o controle nas linhas de plantio com químico 
e nas entre linhas com cultivadores. Em área total, tanto em pré como pós-emergência 
se faz controle químico, desse modo limita a produção de alimentos que poderia ser 
desenvolvida no começo da cultura. 
 
Métodos para determinação da maturação da Cana 
 
 Para ocasião da colheita, é importante ter no MÍNIMO 13% de sacarose. 
 
1- Aparência do canavial: 
As folhas do terço médio encontram-se secas e pendentes (paralelas ao colmo). 
Folhas do terço superior/olhadura estão menos eretas e com coloração verde 
amareladas. Floração da cana só é desejável para melhoramento, porque consome 
açúcares e começa a isoporizar do centro para a borda e antecipa a colheita pois 
quanto mais tempo florida, maior é o tempo de consumo de açúcar. 
2- Refratômetro de campo (°Brix): 
Por meio de aparelho se mede a % de sólidos solúveis no campo. Escolhe-se 5 
colmos em sequência, em 3 linhas por talhão, em cada colmo faz duas leituras (A: 
primeiro entrenó maduro que depois de tirada as folhas é o primeiro entrenó que 
muda de cor ou tem dificuldade para colocar a unha é o maduro e B: segundo entrenó 
da base pro ápice). 
Vai se avaliar o índice de maturação que é Leitura A/Leitura B. 
 
Índice de Refração Maturação da Cana 
< 0,7 Cana verde 
0,7-0,8 Maturação baixa 
0,8-0,9 Maturação média 
0,9-1,0 Cana madura 
>1,0 Maturação ultrapassado ou em declínio de 
maturação 
 
3- Análises químicas: 
É desejável um Brix > 18° e Pol (tor de sacarose do caldo) >= 15,3 com uma 
pureza aparente (Pol/Brix) maior que 85% e açúcares redutores < 1%. Quando a planta 
está crescendo ela é rica em açúcares redutores. Quando entra em maturação estoca 
sacarose (glicose + frutose) no vacúolo. Logo, numa cana madura é interessante ter 
quase nada de açúcares redutores e muita sacarose. Pega-se 10 colmos/talhão e faz as 
análises no caldo. 
 
Açúcar provável = (1,4 pol – 0,4 Brix) * 8 = kg de açúcar/ teor de cana esmagado 
 O açúcar provável REAL = 95% açúcar provável teórico. Isso porque tem 5 % de 
perdas de rendimento. 
 
Situação: Foram analisados dois talhões. O Talhão A com índice de maturação 
de 0,95 e Açúcar provável de 120 kg/ton. Já no talhão B com I.M. 0,85 e A.P. de 130 
kg/ton. Qual desses dois talhões deve-se colher primeiro? Colheria primeiro o A 
porque já está maduro e se ficar mais tempo no campo pode entrar em declínio e 
consumir açúcar rendendo menos. Já o talhão B ainda vai maturar, mesmo que sua 
produção já esteja mais alta que a do A, pode render ainda mais. 
Essa avaliação é feita com o sorteio de 3 pontos de subamostras no caminhão 
que são tiradas por meio de sondas. A amostra passa por triturador e depois se manda 
para o laboratório. São pesados 500 gramas e levados para a prensa. O caldo é 
clarificado para leitura do Brix e da Pol (sacarímetro). As cargas amostradas dependem 
da quantidade de cargas que o produtor manda à usina. 
 
Colheita 
 
Representa cerca de 60% do custo da produção junto com o transporte. A partir 
do momento que a cana estiver madura, parte-se para a colheita. Existem 3 tipos de 
métodos de colheita: manual, semi-mecanizado ou inteiramente mecanizado 
A colheita manual é feito o corte manual da cana e o carregamento da mesma 
também é feito manualmente. Realizado em áreas de maiores declividades e menores 
áreas (para consumo humano ou alambiques). 
O semi-mecanizado é o mais usado na cana-de-açucar. O corte é feito 
manualmente e o transporte é mecanizado. 
O mecanizado é em que tanto o corte quanto o transporte é feito por 
máquinas. As colheitadeiras tem um alto custo. Todo o equipamento custa cerca de 
R$1 milhão, podendo ser alugado por grupo de produtores ou usinas. A partir do 
momento que se proíbe a queima da cana, fica inviável colheita. As máquinas 
substituem muito o número de trabalhadores rurais (problemas sociais, uma máquina 
consegue substituir cerca de 200-300 trabalhadores). As máquinas pneumáticas tem 
um limite de colheita de declividade de 12% para que não tombe e cause acidentes ao 
operador. As de esteira suportam maiores declividades de até 18%. 
 É um importante um sistema bem sistematizado, ou seja, cultivo homogêneo. 
Também é importante que seja resistente ao tombamento e seja bem cortada, porque 
se deixa lasca e material no campo, prejudica a soca porque estimula brotações 
superficiais que não produzem sistema radicular, que vai continuar usando o sistema 
radicular já formado que depois de 4,5 meses vai morrer causando falhas no plantio. 
Também se retira folha da olhadura porque não tem sacarose, diminui a qualidade do 
caldo e é abrasiva podendo estragar a moenda. 
O manejo de queima é feito para aumentar o rendimento da colheita. Como 
tem resíduo de até 20ton/ha, a queima reduz o embuchamento do maquinário que 
deve ser limpo e etc. Desse modo, com queima, o rendimento é maior porque tem 
menos paradas para limpeza e a colheita é muito mais rápida. Na colheita manual com 
queima o rendimento do trabalhador é 6-20 ton/dia. E esse trabalhador ganha por ton 
de cana cortada, sem a queima, o rendimento do trabalhador é de 2-4ton/dia. Sem 
contar a dificuldade de encontrar trabalhadores dispostos a enfrentar uma lavoura de 
cana crua porque as folhas ricas em silício e com bordos serrilhados tem um poder 
cortante muito grande, e também possuemjoçal que causa reações alergicas e a 
lavoura é toda fechada com diversos perigos. 
O papel do fogo é de eliminar folhas secas e pendentes. Uma usina consome de 
3000 a 9000 ton/dia, sendo necessário um batalhão de pessoas para suprir essa 
necessidade. Como saída, o corte da cana crua é feito com um ótimo rendimento pelo 
maquinário. 
A queima joga muito CO2 na atmosfera, o que torna um paradoxo da poluição 
do ar para a produção de um combustível que é considerado limpo. Sem contar que 
elimina a palha, perdendo todos os benefícios da matéria orgânica(menos exposição 
do solo, menor temperatura no solo, maior disponibilidade de agua, menor erosão, 
quelatação de elementos tóxicos, CTC, economia de herbicidas, manejo dos inimigos 
naturais da broca e cigarrinha). Além do que a palha tem valor econômico que junto 
com o bagaço produzem álcool de segunda geração, com potencial de dobrar a 
produção de álcool sem aumentar 1 ha de cana plantada. 
A queima provoca uma fumaça que próximo à rodovia pode causar acidentes, a 
fumaça e foligem causam problemas respiratórios, e inconvenientes aos donos de 
casa. A queima também faz com que sejam perdidas por volatilização N e S e também 
ocorre a perda de açúcares que com o fogo causam rupturas que exuda açúcar que vai 
ser perdido na agua de lavagem. A queima da da cana elimina os inimigos naturais das 
pragas da cana. 
A lavoura de cana é dividida em seções com até 2000 hectare que são 
responsabilidade de um agrônomo, são divididos pro acidentes geográficos, rios, 
estradas e etc. Dentro deles estão divididos os setores de acordo com relevo, 
vegetação, fertilidade. Dentro dos setores estão os talhões que tem no máximo 12 ha, 
com o corte mecanizado os talhões podem ter 20-30 ha para evitar que a maquina dê 
menos voltas. 
A queima quando feita é feita por talhões, primeiro taca o fogo contra o vento 
que se alastra pelas folhas secas e quando chegar no meio bota o fogo na direção do 
vento para evitar que o fogo se espalhe para os outros talhões que ainda não estejam 
no ponto de colheita. Caminhões pipas devem estar na proximidade para controlar o 
fogo caso faísca se alastre. 
A cana deve ser cortado e processado em 24-48h. Porque perde umidade e 
continua respirando fazendo com que o açúcar seja consumido. Desse modo, o 
tamanho dos talhões é definido de acordo com o compromisso com a usina 800 
ton/dia x 2 dias que fica no campo = 1600 ton dividida por 80ton/ha= 20 ha. Ou seja, 
para atender a usina, precisa entregar dois talhões de 10 ha. 
A cana bisada é a cana que por motivos como a chuva, quebra da usina, ausência de 
mao-de-obra que não foi possível colhê-la. Ela vai ser colhida no começo da outra safra 
seguinte. Sua qualidade é inferior porque há consumo de açúcar e tal por ficar no 
campo. 
A cana tiguera quando elimina a lavoura e não o fizer bem feito (enxadas rotativas ou 
químico). Quando não consegue eliminar uma brotação, ela vai brotar e vai ser 
hospedeira para pragas e doenças. Importante especialmente se você está eliminando 
aquela lavoura para implantar outra de maior qualidade ou variedade mais resistente. 
Tratos culturais da Cana Soca 
 Faz-se o plantio do tolete que origina a cana planta ou cana de primeiro corte, 
depois do primeiro corta dá origem à cana soca e cana de segundo corte, depois do 
próximo corte tem a ressoca ou cana de terceiro corte e assim sucessivamente. 
Geralmente só tem 4 a 5 cortes devido à compactação pelo intenso trafego de 
caminhões e maquinário. Com a tendência de não queimar a cana, com a vantagem da 
M.O. prevê o aumento da quantidade de cortes. 
1- Enleiramento da palha: 
Quando não se queima tem 10-20 ton/ha de palha que forma um colchão de 
20-30cm que pode causar falhas de rebrota da soca (desafio do melhoramento). O 
enleiramento visa retirar palha da linha de plantio. No corte mecanizado é mais difícil 
de fazer porque pica a palha sendo a saída variedades que rebrotem melhor quando 
cobertas. 
As vantagens são a incorporação, permanência de M.O. no solo, reduz 50% a 
aplicação de herbicidas (já que o enleiramento é feito de duas linhas deixando uma 
entre linha enleirada e uma não). As desvantagens é que nao permite a escarificação 
na entre linhas enleiradas, o que dificulta a infiltração de agua e etc. Outra coisa é que 
limita a adubação do lado das linhas (sendo que tem raízes dos lados), pode ser foco 
de pragas e doenças que fogem ao controle em casos como esse o produtor desespera 
e taca fogo em tudo, expõe solo, destrói tudo, sem nada. Fogo depois do corte não 
deve ser feito, fogo na cana em pé vai repor pelo menos a palha do ponteiro. No corte 
mecanizado o desafogamento é feito linha a linha porque tem muita massa vegetal. 
2- Sangria ou rodeamento da soca: 
Questionavel, é feito com sulcadores para eliminar o sistema radicular para 
favorecer o sulco para fazer adubação ao lado da soca. Só que o sistema radicular 
antigo é essencial para continuar o h2o + nutrientes durante em 4 meses e meio para o 
desenvolvimento das brotações por isso esta em desuso. 
3- Escarificação, adubação e subsolagem com controle de espontaneas: 
Pode fazer todo esse manejo numa única passada. Passagem de discos para 
condicionar o solo com hastes subsoladoras com mangueiras para jogar adubo onde 
for rasgar o solo (a 30 cm profundidade efetiva do sistema radicular). 
Como já foi feito manejo de daninhas pre-plantio e o sistema ja esta bem 
desenvolvido, logo, uma passagem de disco é eficiente para controle das daninhas e a 
soca vai facilmente fechar o plantio com um maquinário adaptado para essas 
operações. 
Pragas e doenças 
 
Broca da Cana: Diatraea saccharalis, é uma mariposa cujas larvas causam a morte da 
gema apical e danos no interior do colmo da cana-de-açúcar. Através dos orifícios 
abertos pelas larvas, ocorre penetração de fungos dos gêneros Fusarium e 
Colletotrichum, que causam a podridão vermelha. O controle biológico da broca 
consiste no método mais eficiente através da liberação de parasitóides como a Cotesia 
flavipes. 
 
CIGARRINHA DAS RAÍZES – As ninfas da cigarrinha das raízes, Mahanarva fimbriolata, 
produzem uma espuma na base dos colmos, nas raízes superficiais, onde se alimentam 
tirando agua e nutrientes das raizes e se mantêm protegidas embaixo da palha da cana 
colhida sem queimar até atingirem a fase adulta.O controle biológico, com a aplicação 
do fungo Metarhizium anisopliae . 
 
 
CUPINS – São insetos sociais que vivem em colônias organizadas. Perdas ocorrem com 
falhas na brotação das soqueiras e redução da longevidade do canavial. A maioria das 
espécies de cupins não é agressiva à cultura, ao contrário é benéfica. O controle é feito 
por MIP e cupinicida. 
 
MIGDOLUS – No estágio de larva, o besouro Migdolus fryanus ataca o sistema radicular 
da cana causando falhas na brotação das soqueiras, morte em reboleiras e 
necessidade de reforma precoce do canavial. Os melhores resultados de controle são 
obtidos com a aplicação de inseticidas por ocasião do preparo do solo e complementar 
é a aplicação sobre as mudas, no sulco de plantio, em operação conjunta com a 
cobrição. 
 
ESCALDADURA DAS FOLHAS – Causada por bacteria, transmitida por mudas e corte, 
cusa estrias brancas e brotações laterais. Usa variedade resistente e mudas sadias. 
RAQUITISMO DA SOQUEIRA – Causada por bacteria, causa entupimento dos vasos, 
brotação da soca que causa colmos finos e improdutivos. Uso de variedades 
resistentes e tratamento termico. 
MOSAICO VIRUS – Causado por virus, transmitido por pulgoes e mudas infectadas, 
perda de area foliar e necrose, o controle é feito por variedades resistentes e roguing 
do viveiro. 
CARVÃO – Causado por fungos, detectados pelo chicote, perde produtividade e 
rendimento do caldo. Controlado por variedades resistentes, roguing e tratamento 
termico. 
FERRUGEM– Causada pelo fungo Puccines melanocephala, pustulas que reduzem 
area fotossisntetica, crescimento retardado, morte de perfilhos, colmo finos e 
entrenos curtos. Uso de variedades resistentes. 
Acúmulo de Sacarose

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