RANICULTURA ZOOTECNIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Ranicultura
Ciências do Ambiente
Cuiabá
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINARIA E ZOOTECNIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
DISCENTES 
Alan Ronaldo Ramos
Bianca de Oliveira Bezerra
Giovanna Fátima de Oliveira Bezerra
Lucas de Lima Costa
DOCENTE
Eliana Celestino Da Paixão Rodrigues Dos Santos
Criação de rãs em cativeiro é uma atividade zootécnica e econômica, com finalidade comercial e vem sendo implantada no meio rural brasileiro assim como em outros países. 
Ranicultura
Ranicultura - Histórico
Foi implantada no Brasil em meados da década de 30 pelo técnico canadense Tom Cyrril Harrison, que importou cerca de 300 rãs da espécie touro-americana, dando origem ao primeiro cativeiro do país Ranário Aurora, localizado no Rio de Janeiro;
Somente em meados (1980) a atividade 
 passou a ser reconhecida 
 economicamente, porém por falta de 
 experiência e conhecimento muitos acabaram
 abandonando as atividades;
Brasil é o segundo maior produtor de rãs 
 ficando atrás apenas Taiwan (FAO).
 
 2013 - Frigorã - Criatório e frigorífico de Rã Touro em Nova Era - MG
Divulgação/Unisuam
Foto de Churrascaria Rã-Chu, Campinas
A rã não é muito pedida em nosso mercado nacional devido ser uma carne exótica; 
Já no mercado internacional o 
 consumo é extremamente 
 elevado;
No Brasil a carcaça é utilizada 
 na produção de subproduto 
 como o patê e o restante na fabricação 
 de ração para as próprias rãs no seu 
 período inicial de desenvolvimento;
E a pele é utilizada para estudos com fins 
 medicinais devidos agentes antimicrobianos 
 impedindo o crescimento de microrganismos 
 no caso de queimaduras 
 (como ocorre no processo de enxerto com a 
 pele de tilápia).
Instalações 
O Setor de reprodução possui baias separadas para machos e fêmeas, composta por pequenas piscinas, também denominadas motéis, onde os animais acasalam. Este é, o setor mais importante;
Os girinos são recebidos em tanques que devem estar preparados para recebê-los, isto é, água em boas condições. As paredes deverão ser limpas com jatos de água, mas o musgo deverá ser preservado;
Após a metamorfose os imagos são levados a baias em formato retangular, compridas linearmente, ou seja, a piscina, o cocho e o abrigo indo de uma extremidade à outra; Sistema Anfigranja.
Metodologia 
Para a produção de Rãs é necessário quatro fatores:
Espaço
Água limpa
Calor
Alimento
As etapas da cadeia produtiva pode ser assim resumida:
Inicia-se no ranário, onde se processam todas as fases do ciclo de vida das rãs: a desova, a fase de desenvolvimento do girino;
Metodologia
Concluída a recria, as rãs são levadas para o abate nas indústrias de processamento especializadas (abatedouros). Processada e embalada, a carne é enviada para o mercado consumidor.
A rã mais utilizada na ranicultura é a rã touro (Lithobates catesbeianus), assim chamada devido à semelhança entre o canto (coaxado) que o macho emite para atrair a fêmea
FÊMEA
Reprodução
A rã touro apresenta dimorfismo sexual, caracterizado por algumas diferenças entre o macho e a fêmea. A região gular (papo) nos machos, apresenta coloração amarela bem acentuada, enquanto nas fêmeas é amarelo esbranquiçado; a região timpânica (ouvido) do macho é até 3 vezes superior ao diâmetro do globo ocular e nas fêmeas é igual ao diâmetro ocular.
MACHO
Reprodução
O acasalamento das rãs. ocorre na água; o macho abraça a fêmea pelo dorso. Liberando os ovos que serão fecundados pelos espermatozoides do macho formando a desova. A desova é o conjunto de ovos que flutuam na superfície da água. Concluída a desova o casal se separa.
Dos ovos, nascem as larvas que se desenvolvem e transformam-se em girinos. 
Crescimento
Os girinos crescem e iniciam o processo de metamorfose, que consiste nas mudanças na forma e fisiologia de seu corpo. A cauda começa a diminuir de tamanho, as patas posteriores começam a se desenvolver. Quando a cauda é totalmente absorvida, a rã já tem formato de um adulto, porém em tamanho bem menor essas também são chamadas de imagos.
Crescimento
Após a metamorfose, as rãs se alimentam de ração granulada. Para acelerar o desenvolvimento, as rãs vão recebendo quantidades maiores de proteínas na ração, até atingirem o tamanho de abate.
Abate de rãs 
Insensibilização – Finalidade de promover insensibilidade aos animais, de modo que os procedimentos de abate possam ser realizados sem que haja dor ou sofrimento, pelo emprego do gelo (termo narcose) ou choque elétrico (eletro narcose) em contato direto com os animais.
Pendura e Corte do Colarinho – Dez minutos após a insensibilização, os animais são pendurados nas nórias (estruturas mecânicas utilizadas para o transporte das carcaças ao longo do abate), com as cabeças voltadas para baixo, e, com o auxílio de uma tesoura ou bisturi, faz-se um corte ao redor da pele logo abaixo da cabeça, denominado “colarinho”, que facilita o procedimento de esfola;
Corte de Extremidades e Toalete – cortam-se os pés e as mãos dos animais e, com o auxílio de uma escova própria, remove-se todo e qualquer coágulo de sangue presente na carcaça;
Sangria – após o corte do colarinho faz-se um corte na forma de um “V” na região gular das rãs, de modo a atingir os vasos da base do coração, determinando a morte do animal. 
Transpasse e Esfola – ainda presa à nória, já na área limpa, a rã tem sua posição invertida por um funcionário, que promove a retirada da sua pele (esfola);
Evisceração e Decapitação – Após a eventração pressionam os órgãos da rã para baixo de modo a removê-los por inteiro, Após isto, remove-se a cabeça do animal (decapitação);
Pré-resfriamento e Embalagem Primária 
Congelamento Rápido e Embalagem Secundária
Na rede Comper, as coxinhas de rã, são vendidas em porções de 240 gramas. É uma das opções mais caras, R$ 30,90 pelo pacotinho. A propaganda é de baixo teor calórico, apenas 73 calorias por porção, além de preparo fácil, aos mesmos moldes das aves. 
A produção é brasileira, o produto vem de Santa Catarina, também com a opção de rã inteira, com preço menor. O pacote com 500 gramas sai por R$ 43,59.
A carne de rã rica em proteína (16 a 19%) trabalhando no controle de doenças gastrointestinais e alérgicas assim como em casos de restrição calórica e lipídica, por possuir baixo teor de colesterol comparado a outras carnes (Tabela1 e 2);
Há cerca de 37 unidades produtivas de rã no Brasil, o cultivo de rã se expande por todas as regiões e a única espécie cultivada é a rã touro (Lithobates catesbeianus) (CENSO, 2008).
Protótipo de Instalações Climatizadas 
(PIC)
A região Sul do Brasil, a temperatura é menor que a ideal para o cultivo, sendo necessário o desenvolvimento de instalações climatizadas, retentoras de calor, que minimizem os efeitos das variações climáticas;
Por meio de estudos realizados por técnicos e alunos da UFRGS no ranário experimental da instituição, foi construído um Protótipo de Instalações Climatizadas (PIC) que vem servindo de modelo para o treinamento dos produtores locais;
A uma grande viabilidade para o cultivo de rãs no PIC. As estimativas da rentabilidade e do período de retorno do capital são satisfatórias. Além disso, o valor total do investimento inicial é inferior ao investimento inicial médio das atividades agrícolas tradicionais (cebola e pesca artesanal), praticadas pelos pequenos produtores rurais da região da cidade de Rio Grande.
Os materiais envolvidos na construção da estrutura externa do PIC são constituídos, basicamente, por madeira e plástico, enquanto as baias de seu interior foram moldadas de acordo com o Sistema Anfigranja (conjunto de instalações denominadas setores - Reprodução, Girinagem, Recria e de Apoio). 
Média de recria é de 3000 animais (em
fase inicial de crescimento) por ciclo produtivo e, o tempo médio de conclusão de cada ciclo varia em torno de 2,5 meses. Estima-se a realização de 3,5 ciclos produtivos/ano no PIC;
O ciclo produtivo é interrompido quando as rãs atingem o peso considerado ideal pelo mercado consumidor (aproximadamente 200 gramas). 
Muito Obrigado!