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* * * * trabalhadoras e trabalhadores do campo de comunidades camponesas, ribeirinhas, pesqueiras e extrativistas, assalariados, quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco, quilombolas, atingidos por barragens, por mineração... * * Nasce comprometida com a transformação das condições de vida do povo que vive no campo. Compreende os processos culturais; as estratégias de socialização; as relações de trabalho vividas pelos sujeitos do campo em suas lutas cotidianas para manterem esta identidade, como elementos essenciais do seu processo formativo (MOLINA; SÁ, 2011, p. 39). * * Deve ser entendida na totalidade da luta social ligada ao Campo como espaço de vida, de produção, de cultura, na busca de novas relações sociais, em articulação com a escola, a comunidade e os movimentos sociais. * * A materialidade da Educação do Campo exige que ela seja pensada na tríade: CAMPO – POLÍTICA PÚBLICA - EDUCAÇÃO * * I - respeito à diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia; II - incentivo à formulação de projetos político-pedagógicos específicos para as escolas do campo, [....] o desenvolvimento das unidades escolares como espaços públicos de investigação e articulação de experiências e estudos direcionados para o desenvolvimento social, economicamente justo e ambientalmente sustentável, em articulação com o mundo do trabalho; * * III - desenvolvimento de políticas de formação de profissionais da educação para o atendimento da especificidade das escolas do campo, considerando-se as condições concretas da produção e reprodução social da vida no campo; * * IV - valorização da identidade da escola do campo por meio de projetos pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologias adequadas às reais necessidades dos alunos do campo, bem como flexibilidade na organização escolar, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; V - controle social da qualidade da educação escolar, mediante a efetiva participação da comunidade e dos movimentos sociais do campo.” * * Pedagogia da luta social – funda-se no princípio básico de que o processo de luta é formador, ou seja, o sujeito se forma na postura diante da vida e reforça a sua identidade de lutador. Pedagogia da organização coletiva – a coletividade e a cooperação são elementos essenciais nesta matriz pedagógica. * * Pedagogia da terra – a relação do homem com a terra, com a natureza, essa matriz perpassa a Educação do Campo, pois ela tem na terra um elemento de referência na formação. “A natureza é a grande mãe formadora”. Pedagogia do trabalho e da produção – concebe o trabalho como elemento que gera a vida. “É nos processos de produção da vida que nos produzimos” (Marx apud Arroyo s/d, p. 5), que nos autoproduzimos e nos humanizamos. * * Pedagogia da cultura – o ser humano se educa “[...] manuseando as ferramentas que a humanidade produziu ao longo dos anos". Ela afirma ainda que "[...] é a cultura material que simboliza a vida. O ser humano também se educa com as relações, com o diálogo que é mais do que a troca de palavras" Pedagogia da escolha – a “escolha” como matriz pedagógica busca um equilíbrio entre escolhas pessoais e escolhas coletivas, haja vista que a ideia de movimento está intimamente relacionada ao sujeito individual e ao sujeito coletivo. * * Pedagogia da escolha – a “escolha” como matriz pedagógica busca um equilíbrio entre escolhas pessoais e escolhas coletivas, haja vista que a ideia de movimento está intimamente relacionada ao sujeito individual e ao sujeito coletivo. Pedagogia da história – a história é um elemento estruturante na organização dos movimentos sociais, uma vez que a memória coletiva é um bem imaterial que tem força política e pedagógica na construção da identidade do camponês. “Desenvolvimento da consciência histórica” * * Pedagogia da alternância – concebemos como uma proposta educacional que tem como intencionalidade pedagógica a formação integral dos alternantes e a capacidade de proporcionar caminhos para a construção do novo projeto de desenvolvimento para o campo e os sujeitos que o constitui. Nessa concepção, a realidade vivida pelos educandos e suas comunidades é objeto central na formação. * * Propor ações contra hegemônicas de transformação social, política, econômicas, culturais etc. Crítica à escola capitalista. Propor uma educação do campo e para o campo; Fortalecer a luta de classe na perspectiva da práxis transformadora. * * Construção de um novo modelo de desenvolvimento; Propor um novo modelo de sociedade, um novo projeto de nação; Propostas de nova metodologias e pedagogias de ensino cuja centralidade da formação está na pessoa humana; Crítica à fragmentação do conhecimento; * * Cursos em nível superior (Licenciatura em Educação do Campo, Direito, outros). Esses Cursos são fruto da luta por políticas públicas específicas e por um projeto educativo próprio para os sujeitos do Campo, que ocorrem em diversos espaços e que se expressam em Seminários, encontros, Conferências... * * A I Conferência (1998) – vem legitimar a luta por políticas públicas específicas e um projeto educativo próprio para os sujeitos que vivem e trabalham no campo. Conquistas do conjunto das organizações de trabalhadores e trabalhadoras do campo no âmbito das políticas públicas: Aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Parecer n° 36/2001 e Resolução nº1/2002 do Conselho Nacional de Educação). * * A II Conferência (2004) amplia o apoio e a participação de movimentos sociais, sindicais e outras organizações do campo, de universidades, ONGs, Centros Familiares de Formação por Alternância, secretarias estaduais e municipais de educação e outros órgãos da gestão pública; Denúncia das precárias condições das escolas do campo e apresentação de propostas. * * Reafirma-se que a educação só se legitima quando materializa a prática histórica da humanidade. Tem ênfase na compreensão da formação humana como uma totalidade – educação integral. * * Compreende as contradições como elemento construtor do conhecimento e modificador da realidade. Se estabelece como crítica a fragmentação do conhecimento como forma de domesticação da classe trabalhadora. Compreende a construção do conhecimento na perspectiva libertadora. É permeada pela influência da matriz teórica do materialismo histórico dialético. * * Conquistas recentes: Aprovada a Resolução CNE nº 2, de 28 de abril de 2008 (estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo) Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010. (valorização da identidade da escola, acesso à Educação Superior, educação Profissional, Formação Inicial Continuada Específica). * * Fator determinante na elaboração de estratégias dos movimentos sociais para garantir o direito à educação: A compreensão sobre Estado e políticas públicas. Daí a necessidade de pensar: Campo Movimento Social Luta de classe Educação do campo Políticas Públicas * * BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI. Educação do Campo: marcos normativos. Brasília: SECADI, 2012. Decreto Nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, p. 81-88. BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Brasília, dez. 2002. * * CERIOLI, Paulo Ricardo, osfs; CALDART, Roseli Salete. (sistematização). Como fazemos a escola de educação fundamental. Produção: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Setor de Educação do Rio Grande do Sul. Caderno de Educação nº 9. 1999. * * MOLINA, Mônica C.; SÁ, Laís Mourão (orgs.). A Licenciatura em educação do campo da Universidade de Brasília: estratégias político pedagógicas na formação de educadores do campo. In: MOLINA, Mônica C.; SÁ, Laís Mourão. Licenciatura em educação do campo: Registros e reflexões a partir das experiências-piloto (FMG, UnB; UFBA e UFS), p. 35-61. * * CALDART, Roseli S. Pedagogia do movimento sem terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004. CALDART, Roseli S. Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. MOLINA, Mônica C.; FREITAS, Helana Célia de Abreu. Avanços e desafios na construção da educação do campo. Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 85, p. 17-31, abr. 2011 * * Música CD Não vou sair do campo. Gilvan Santos. Cantares da Educação do Campo. Faixa 6, New Studio. Jan. 2006. São Paulo - SP * * Educação do Campo: DIREITO NOSSO, DEVER DO ESTADO!
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