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1 Disciplina: Direito Civil Prof.: João Aguirre Aulas: 02 Monitora: Luana MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações II. Exercícios III. Lousas I. Anotações Morte presumida com decretação de ausência Procede-se à abertura do inventário do ausente, com partilha de bens “como se ele fosse falecido” (art. 28). Os herdeiros serão imitidos na posse dos bens do ausente. Os descendentes, os ascendentes, o cônjuge e o companheiro não precisam dar garantias ao juízo para tomarem posse desses bens. Já os colaterais precisam... “Art. 6º, CC: a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. A morte presumida do ausente se dá na abertura da sucessão definitiva, isto é, que ocorre após dez anos da abertura da sucessão provisória. Com a abertura da sucessão definitiva presume-se a morte do ausente. “Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas”. “Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo”. Fim da Personalidade da Pessoa Natural 2 Invalidade do Negócio Jurídico a) Nulo b) Anulável Nulo Anulável - Interesse Público - Não pode ser ratificado pelas partes - O juiz declara de ofício - Pode ser suscitado pelo interessado ou MP - Não convalesce - Não decai e nem prescreve - Interessa particular - Pode ser ratificado pelas partes - Juiz não pode declarar de ofício - Pode ser suscitado pelo interessado - Convalesce pelo decurso do prazo - Prazo decadencial: 4 anos Defeitos do Negócio Jurídico I. Vícios do Consentimento (vícios da vontade) 1. Erro 2. Dolo 3. Coação 4. Estado de perigo 5. Lesão II. Vícios Sociais 1. Fraude contra credores 2. Simulação O negócio é nulo! I. Vícios do consentimento Consentimento é a manifestação afirmativa da vontade, ou seja, é a aceitação, é o sim, concordância. É também chamado de vício da vontade. Vício da vontade: existe a vontade declarada (sim) que difere da vontade real. 1. Erro: há ignorância “me enganei” 2. Dolo: aqui existe malícia “fui enganado” 3. Coação: aqui há violência moral “fui forçado” 1. Erro – art. 138 a 144, CC: é a ignorância, a falsa noção da realidade. Erro substancial Erro acidental - Anula o negócio - Não anula o negócio Negócio Jurídico O negócio é anulável. O prazo é decadencial de 4 anos, contados da realização do negócio ou do momento em que cessa a coação. Segue esta regra! 3 - O negócio não seria realizado se aquele que errou soubesse da verdade - O negócio seria realizado, mesmo com aquele que errou sabendo a verdade, mas seria realizado por outro modo. Erro substancial – art. 139 a) Erro sobre o negócio Interessa à natureza do negócio, ao seu objeto ou a alguma das qualidades a ele essenciais. Ex.: pessoa compra uma joia achando que era de ouro maciço quando era folheada a ouro. 2. Dolo – art. 145 a 150 Está caracterizado pela atitude maliciosa de outrem que vicia a declaração da vontade. O dolo, segundo Orlando Gomes, “é a arma do estelionatário”. Dolo substancial Dolo acidental - Anula o negócio. - O negócio não seria realizado se aquele que foi enganado soubesse da verdade. - Não anula o negócio, mas obriga às perdas e danos. - O negócio seria realizado, mesmo assim, mas em outras condições. II. Exercícios 1. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo Pietra negocia a compra de um veículo pertencente a Bruna. Antes do ajuste, levam o carro a uma oficina mecânica. Camila, mecânica de veículos automotores, avalia o estado do carro e, deliberadamente, por ser desafeto de Pietra, informa que o carro está em excelente condição, embora tal informação não corresponda à realidade. O veículo apresenta uma série de defeitos mecânicos conhecidos de Bruna e falseados por Camila. A hipótese narrada configura: a) erro essencial quanto à qualidade do veículo, o que autoriza a anulação do negócio jurídico; b) lesão, pois se trata de contratação desproporcional em razão de inexperiência; c) erro acidental quanto aos atributos do carro, o que autoriza a correção dos valores; d) simulação, pois se trata de negócio eivado de nulidade em razão da ação do terceiro; e) dolo principal, que, ainda que praticado por terceiro, autoriza a anulação. 2. Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: TCE-BA Prova: Analista de Controle Externo A respeito dos defeitos do negócio jurídico, analise as afirmativas a seguir. I. O erro é considerado substancial quando, sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. II. A coação consiste na ameaça do exercício normal de um direito, assim como o simples amor reverencial. III. A lesão é configurada quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestante desproporcional ao valor da prestação oposta. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa III estiver correta. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 4 3. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: PC-MA Prova: Delegado de Polícia A respeito do plano de validade dos negócios jurídicos, assinale a afirmativa correta. a) A nulidade de um negócio jurídico decorrente de fraude de lei imperativa pode ser alegada pelo Ministério Público quando lhe couber intervir. b) As hipóteses de anulabilidade devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, sendo-lhe permitido supri-las. c) O negócio jurídico nulo convalesce pelo decurso do tempo por razões de segurança jurídica. d) O erro, o dolo e a coação são as únicas hipóteses de anulabilidade do negócio jurídico previstas pelo Código Civil. e) É anulável um negócio jurídico que não revestir a forma prescrita em lei. 4. Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: SUDENE-PE Prova: Analista Técnico Administrativo - Ciência Jurídicas Caso haja a prática do dolo num negócio jurídico e seja arguida a sua anulabilidade, é incorreto afirmar que a) o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado é considerado dolo, provando-se que sem ele o negócio não se teria celebrado. b) o dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora de outro modo. c) o dolo de terceiro gera anulabilidade do negócio jurídico, mesmo quando a parte a quem aproveite dele não tivesse ou devesse ter conhecimento. d) o dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. e) os negócios jurídicos são anuláveis por dolo quando este for a sua causa.Gabarito: 1. E 2. C 3. A 4. C 5 III. Lousas 6 7 8
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