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Desafio 7ºSEMESTRE

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14
UNIVERSIDADE ANHANGUERRA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO LETRAS LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 NOME DO ALUNO – RA:
 Tutor a distância:
DESAFIO PROFISSIONAL
(DISCRIMINAÇÃO RACIAL)
RIBEIRÃO PRETO/SP
2017
UNIVERSIDADE ANHANGUERRA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
PEDAGOGIA 7ª SÉRIE
 
 NOME DO ALUNO – RA: 
 Tutor a distância:
DESAFIO PROFISSIONAL
(DISCRIMINAÇÃO RACIAL)
Desafio Profissional apresentado como requisito parcial para obtenção de notas das disciplinas: Educação e Diversidade, Estrutura e Organização da Educação Brasileira, Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Leitura e Produção de Texto e Tecnologias Aplicadas a Educação, curso de Pedagogia, modalidade online da Universidade Anhanguera-Uniderp.
RIBEIRÃO PRETO/SP
2017
 
SUMÁRIO 
1 Introdução...........................................................................................................4
2 Reflexão e descrição sobre os desafios enfrentados na atualidade referentes à 
Diversidade Étnica-Racial...................................................................................5-7
 
3 Proposta de intervenção para a situação descrita no item anterior.................7-8
4 Conclusão............................................................................................................9
5 Referências........................................................................................................10
ANEXO I 
6 E-mail escrito para ser enviado à Secretaria de Educação do
Município..........................................................................................................11-14
1-INTRODUÇÃO 
Apesar de estarmos no séc.XXI, muitas pessoas ainda permanecem com ideias da era colonial, onde os negros eram vistos como um ser incapaz. Assim como os negros, os índios também eram vistos como seres incapazes e selvagens, pessoas sem alma e sem nenhum tipo de capacidade de progredir ou aprender algo. A discriminação racial ainda gera polêmicas e para isso as leis são necessárias para estabelecer normas e punições. Observando este aspecto, podemos entender que o trabalho de conscientização é importante e necessário dentro da escola para que as gerações futuras possam criar leis que revoguem as que foram elaboradas no passado, promovendo assim a igualdade. É sabido o quanto a produção do conhecimento interferiu e ainda interfere na construção de representações sobre o negro brasileiro, é também um dever democrático da educação escolar e das instituições públicas e privadas de ensino a execução de ações, projetos, práticas, novos desenhos curriculares e novas posturas pedagógicas que atendam ao preceito legal da educação como um direito social e incluam nesse o direito à diferença, aqui, neste caso, representado pelo segmento negro da população.
O objetivo deste trabalho é mostrar que o acesso e a permanência nas salas de aula não garantem, sozinhos, uma redução efetiva das desigualdades étnico-raciais no país, se não forem acompanhados por uma mudança estrutural que insira nos sistemas educacionais o ensino da valorização e do respeito à diversidade étnico-racial.
2- REFLEXÃO E DESCRIÇÃO SOBRE OS DESAFIOS ENFRENTADOS NA ATUALIDADE REFERENTES À DIVERSIDADE ÉTNICA-RACIAL
A maioria dos alunos tem a consciência da diversidade étnico-racial presente em nosso país, porém tem opiniões divergentes, com isso nem todos respeitam, mas ao longo dos anos tem aumentado cada vez mais a diversidade pela miscigenação e com isso uma aceitação maior. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é citado o ensino da história do Brasil para mostrar as contribuições que as diferentes culturas e etnias tiveram para a formação do povo brasileiro, tal qual como vivenciamos nos dias atuais, esta lei é muito clara ao tratar da obrigatoriedade dos estudos da história e cultura afro-brasileira e indígena, para assim resgatar a colaboração que esse povo trouxe para a formação da sociedade nacional.
Os alunos precisam conhecer e reconhecer suas origens, não importa cor, raça, condição social, todos os alunos deveriam buscar a história dos seus antepassados e assim conhecer mais de si mesmos, pois a maioria não conhece ou não reconhece suas origens.
É muito importante para os alunos conhecer a histórica formação populacional do Brasil, um país em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados, ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios. Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos, trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.
Existem leis que discutem a Educação e Diversidade no Brasil, como a Lei nº 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio; o Parecer do CNE/CP 03/2004 que aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas; e a Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações dos entes federados ante a implementação da lei compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas, desencadeada a partir dos anos 2000. É nesse mesmo contexto que foi aprovado, em 2009, o Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2009).
O percurso de normatização decorrente da aprovação da Lei nº 10.639/03 se insere em um processo de luta pela superação do racismo na sociedade brasileira e tem como protagonistas o Movimento Negro e os demais grupos e organizações partícipes da luta antirracista. Revela também uma inflexão na postura do Estado, ao pôr em prática iniciativas e práticas de ações afirmativas na educação básica brasileira, entendidas como uma forma de correção de desigualdades históricas que incidem sobre a população negra em nosso país.
 É preciso abordar a temática diversidade, garantindo uma discussão e reflexão sem preconceito sobre a temática, pois a escola reflete o que ocorre na sociedade e é justamente o espaço que pode trazer mudanças reais. O professor é um dos formadores de opinião de crianças e adolescentes, deve estimular o debate em sala de aula sobre essas questões e apresentar a diversidade das visões de mundo.
Combater o preconceito dentro da sala de aula é um dos maiores desafios para os professores atualmente. O papel do professor é fundamental, ele tem de construir a pedagogia do antipreconceito, ele não pode negar a realidade e ao mesmo tempo em que percebê-la deve ter uma atitude combativa, pois a discriminação deixa marcas por toda a vida e é a escola que pode mudar essa realidade, é a diversidade que melhor ilumina a necessária globalidade, ou seja, é sendo diferentes que nos tornamos iguais na condição humana.
3 - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA A SITUAÇÃO DESCRITA NO ITEM ANTERIOR
Projeto contra o racismo na escola.
Público alvo: Alunos do ensino fundamental I.
Objetivo Geral: Incentivar e desenvolver atitudes de compreensão para com a diversidade étnico-racial.
Objetivo Específico: Identificar a importância do negro (a) na formação da sociedade brasileira; Conhecer e aprender a respeitar as expressõesculturais negras dentro e fora da escola; Conhecer personagens das diferentes etnias que protagonizaram ou protagonizam histórias diversas; Promover atitudes de respeito e cidadania para com a diversidade étnica.
Ação a ser desenvolvida: GRUPO I (1º. E 2º. Ano do ensino fundamental). Contação de histórias: O Cabelo de Lelê; Que cor é a minha cor; Minha mãe é negra sim! Depois de conhecer as histórias, as crianças vão discutir cada história e contextualizar com seu auto retrato, realizar um teatro de fantoches. 
GRUPO II (3º./ 4º. e 5º. Ano do ensino fundamental)
 Assistir vídeo sobre a contribuição na formação do povo brasileiro: Os Africanos - Raízes do Brasil #3 e Os Indígenas - Raízes do Brasil #1; assistir vídeo: Vista minha pele; pesquisar personagens negros que lutaram e lutam pelos seus direitos; produzir cartazes.
Metodologia a ser utilizada: A proposta do projeto é voltada para o ensino fundamental I, para que o objetivo seja alcançado, será necessário dividir as turmas em dois grupos: 1º e 2º ano ficará responsável pelo teatro de fantoches, neste teatro de fantoches serão abordados histórias infantis que ajudam as crianças compreenderem que apesar das nossas características serem diferentes todos nós pertencemos a uma única Raça que é a raça humana, serão abordadas histórias que valorizem as etnias. A turma do 3º/ 4º. e 5º ano ficará responsável pela produção e divulgação de personagens históricos que fizeram e fazem diferença na formação da sociedade brasileira, pessoas que superaram diversas dificuldades mais não desistiram, os cartazes produzidos com base nas pesquisas realizadas, serão expostos no pátio da escola.
4 – CONCLUSÃO
Aprendemos, desde criança, a olhar, identificar e reconhecer a diversidade cultural e humana. Contudo, como estamos imersos em relações de poder e de dominação política e cultural, nem sempre percebemos que aprendemos a classificar não somente como uma forma de organizar a vida social, mas também como uma maneira de ver as diferenças e as semelhanças de forma hierarquizada e dicotômica: perfeições e imperfeições, beleza e feiura, inferiores e superiores. 
Esse olhar e essa forma de racionalidade precisam ser superados. Por isso é que dizemos que as diferenças, mais do que dados da natureza, são construções sociais, culturais, políticas e identitárias. A escola tem papel importante a cumprir nesse debate. E é nesse contexto que se insere a alteração da LDB, ou seja, a Lei nº 10.639/03. Uma das formas de interferir pedagogicamente na construção de uma pedagogia da diversidade e garantir o direito à educação é saber mais sobre a história e a cultura africanas e afro-brasileiras. Esse entendimento poderá nos ajudar a superar opiniões preconceituosas sobre os negros, a África; a denunciar o racismo e a discriminação racial e a implementar ações afirmativas, rompendo com o mito da democracia racial. Significa que, para compreendermos as relações étnico-raciais de maneira aprofundada, temos que considerar os processos identitários vividos pelos sujeitos, os quais interferem no modo como esses se veem, identificam-se e falam de si mesmos e do seu pertencimento étnico-racial.
5 - REFERÊNCIAS 
BELÈM, Valéria. O cabelo de Lelê. São Paulo: Editora IBEP e Companhia Editora Nacional, 2007.
BRASIL. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm>. Acesso em: 22 set.2017.
CEERT. Vista minha pele. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM>. Acesso em: 11 set. 2017.
ESPIN, Luciene Amor. A importância de trabalhar as questões raciais na ED. Infantil. Disponível em: <https://www.ceert.org.br/noticias/direitos-humanos/11178/a-importancia-de-trabalhar-as-questoes-raciais-na-ed-infantil >. Acesso em: 15 set. 2017.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito de cor e racismo no Brasil1. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012004000100001>. Acesso em: 02 nov. 2017. 
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, 1999.
LIZ; Gabriela de, SILVA; Marcelo, GONÇALVES; Wellington C., BALESTRIN; Victor. Os Indígenas - Raízes do Brasil #1. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s>. Acesso em: 09 set. 2017.
RODRIGUES, Martha. Que cor é a minha cor? Belo Horizonte: MAZZA EDIÇÕES, 2006.
SANTANA, Patrícia Maria de Souza. Minha mãe é negra sim! Belo Horizonte: MAZZA EDIÇÕES, 2008.
SILVA; Marcelo, GONÇALVES; Wellington C., BALESTRIN; Victor. Os Africanos - Raízes do Brasil #3. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s>. Acesso em: 08 set. 2017.
ANEXO I
6 - E-MAIL ESCRITO PARA SER ENVIADO À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO
MUNICÍPIO
De: professoraroberta@escola.gov.br
	 
Para: secretaria@educacao.gov.br	
Assunto: Desafios enfrentados sobre a temática Educação e Diversidade.
 
	
03 de Novembro de 2017.
À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICIPIO,
 
A Exma. Sra. Secretária de Educação do Município. 
 
 
 
Excelentíssima Secretária de Educação,
Como Professora da Escola Municipal Novo Horizonte, dirijo - me a Vossa Excelência com o propósito de informar e requer medidas no Planejamento da grade curricular das Escolas Municipais, a fim de conscientizar os alunos da rede acerca da diversidade étnico- racial, trazendo esclarecimentos sobre o tema: Diversidade Étnico Racial Consciência Negra em sala de aula. 
Diversidade Étnico Racial Consciência Negra em sala de aula:
Trabalhar a diversidade étnico-racial não deve se restringir ao dia 20 de novembro, como já é conhecido, ela deve ser inserida no currículo escolar em todas as áreas do conhecimento: língua portuguesa, história, geografia, matemática, ciências e artes.
A Diversidade Étnico-Racial, é uma questão que, infelizmente, ainda é um tabu a ser quebrado em sala de aula, inúmeras inseguranças tomam conta do educador. Grandes desafios educacionais se apresentam, dentre eles a necessidade de tratamento pedagógico voltado à diversidade, dando condições de uma real construção de identidade, reconhecendo as contribuições de diferentes grupos à constituição nacional e assim enfrentando as mais variadas formas de violência, destacando o preconceito, a discriminação e, de forma particular, o racismo. Para tanto a escola necessita desenvolver e apropriar-se de mecanismos que vinculem os conteúdos escolares aos interesses e curiosidades dos educandos.
Importante a Secretaria de Educação, exercer o seu papel, implantando métodos para levar aos alunos as ferramentas necessárias para que ele tenha consciência da importância e influência da cultura africana na sociedade atual, visando a contribuição na construção de sua personalidade, seja como afrodescendente ou não, além de incutir o respeito a diversidade nas características físicas e culturais.
De acordo com a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, o estudo da História da África e dos Africanos e a contribuição da cultura negra na formação do povo brasileiro tornam-se obrigatórios no currículo escolar. Essa lei passou a valer para todos os níveis da educação básica com a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais. O Brasil é a segunda maior nação negra do mundo e foi necessária a criação de uma lei para que houvesse um tardio reconhecimento da importância da cultura negra na sociedade brasileira. A implantação desta lei não relega o papel do negro na História do Brasil como simples escravizado e sim como um grande contribuídor do multiculturalismo que é o nosso país. Com isso, buscamos explicitar alguns conceitos que sustentam este trabalho.
É base para o ser humano, em seu desenvolvimento, o autoconhecimento. De que adianta “inserir”no sujeito conhecimentos matemáticos, linguísticos, geográficos, científicos, se ele não se identifica com o meio no qual vive, não se conhece como sujeito, não se sente integrado a sociedade? Ele pode ser capaz e aprender os conceitos, mas não os usará para transformar o meio onde vive. Sem o autoconhecimento, através da construção de sua identidade não se forma cidadãos ativos e atuantes.
A opinião do grupo no qual está inserida também conta no processo de construção da identidade, por isso a discriminação pode ser um fator opressor na formação do ser humano. As pessoas negras constroem sua identidade a partir de modelos ditados pelos não-negros, que geralmente assumem atitudes e pensamentos diferentes dos seus. A criança negra precisa se ver como negra aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Sem raízes um povo não constrói sua identidade, para o aluno “branco” descendente de europeus é fácil construir sua identidade, pois a sociedade produz conhecimentos que respeitam este grupo. Muitas vezes a escola tem o poder de valorizar, segregar ou discriminar e até eliminar a identidade negra em sala de aula.
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL: CONSCIÊNCIA NEGRA NA SALA DE AULA.
PÚBLICO ALVO:
Todos os alunos da Rede Municipal de Ensino do Município, de acordo com a Le i 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, o estudo da História da África e dos Africanos e a contribuição da cultura negra na formação do povo brasileiro tornam-se obrigatórios no currículo escolar. Essa lei passou a valer para todos os níveis da educação básica com a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais.
OBJETIVOS: 
 Valorizar a cultura afrodescendente, reconhecendo a sua presença de forma positivada nos diversos segmentos da sociedade, no que diz respeito à literatura, arte, culinária, religião, música e dança.
AÇÃO A SER DESENVOLVIDA.
Discutir as relações raciais no ambiente escolar; Reconhecer e valorizar a cultura africana e afrodescendente, como formadora da nossa cultura; Promover o respeito pelas várias etnias; Reconhecer a constante presença da marca africana na literatura, na música, na culinária, na arquitetura, na linguística, na criatividade na forma de viver, de pensar, de dançar, de rezar.
METODOLOGIA A SER UTILIZADA:
Leitura e discussão do livro “Menina Bonita do Laço de Fita” – Ana Maria Machado; 
Montar uma paleta com massa de modelar: tons de bege e marrom. Ir misturando as cores, como se uma cor fosse o pai e outra a mãe. Isto permitirá que a criança perceba porque possui tal cor de pele. Aproveite a história de Ana Maria Machado, que demonstra nitidamente o que acontece no Brasil: a miscigenação. Ter em sala de aula objetos tais como roupas, figuras, livros, máscaras, instrumentos musicais, entre outros de origem africana. Montar uma maleta onde esses objetos possam ser guardados e levados para casa, para descrição. Cada dia um aluno leva a maleta, escolhe um objeto e escreve sobre ele. No outro dia compartilhar com a turma sua experiência e ler o que escreveu. Em um sulfite, os alunos deverão desenhar como imaginam a África. Expor os desenhos e conversar sobre eles, comparando-os com imagens de alguns países da África, seus costumes, localização, belezas naturais etc. Montar um texto coletivo sobre a África a partir destas observações e montar um cartaz sobre a sua nova visão da África, com desenhos do que mais gostou. Contar a história “Bruna e a Galinha d´Angola”: leitura, discussão oral. Localização de Angola no mapa; característica do lugar; língua falada; construções entre outras curiosidades. Enfatizar como na cultura africana, é forte o respeito pelos mais velhos e suas tradições orais. Confeccionar em equipe, algumas bandeiras de países africanos; exposição das mesmas. Com dobradura, construir casas africanas, pintar explorando também as cores e as formas geométricas utilizadas por eles (Ver imagens de casas Ndebele). Em revistas, fazer uma pesquisa de figuras de personagens negros ou afrodescendentes, para conversação e montagem de um painel. Leitura de algumas biografias: Pelé, Mandela, Zumbi dos Palmares.
Acredito no apoio desta Secretaria para que, juntamente ao MEC, implante de forma imediata a conscientização dos alunos da rede, no que tange a diversidade étnico racial, e assim, cumprir com seu papel.
De sua parte, a ação efetiva seria a de garantir que todo estudante tenha a possibilidade estudar, com qualidade. Apenas assim uniremos força contra interesses escusos e que mascaram pretensões econômicas, de dominação ideológica ou linguística. Para tratar dessas questões e buscarmos a melhor forma de pôr em prática as reivindicações acima, solicito ainda uma reunião com esta Secretaria, para que possamos discutir o tema. Ressaltamos que essa reunião será de grande importância para toda a Rede Municipal de Educação, pois fornecerá subsídios para os futuros encontros que estão sendo agendados com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. 
Agradeço a atenção e me coloco à sua disposição para diálogos e planos de ação.
Atenciosamente, 
 Prof.ª Roberta.

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