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Castração e Falo

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Centro Universitário Metodista IPA
Curso de Psicologia
Disciplina de Teorias Psicanalíticas
Professora Jane Barros
Alunas Vanessa Volpatto e Victória Wojtysiak
Castração e Falo 
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CASTRAÇÃO
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O que é Castração?
Inconsciente;
Não é a mutilação do pênis, mas sim uma experiência psíquica completa;
Ocorre aos cinco anos de idade;
Angústia das diferenças entre os sexos;
Experiência sempre renovada;
Universalidade do Pênis (tanto em meninos, quanto em meninas);
Mãe sempre é o personagem principal.
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O Complexo de Castração no Menino 
Pequeno Hans;
Este Complexo é divido em Quatro Tempos;
Primeiro Tempo: Universalidade do Pênis;
Segundo Tempo: O Pênis é ameaçado verbalmente pelo pai;
Terceiro Tempo: O pênis é ameaçado à visão do corpo nu da mulher;
Quarto Tempo: A mãe é castrada. “Posso ser castrado como ela.”
Tempo Final: Separação da mãe, seu desejo é dirigido para outras mulheres; Fim do Complexo de Castração e do Complexo de Édipo.
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Diferenças
Complexo de Édipo No Menino
Castração se encerra na renúncia do amor pela mãe;
Édipo nasce e encerra com a castração;
Angústia.
Complexo de Édipo na Menina
O complexo de castração se encaminha para um amor edipiano pelo pai;
Édipo Nasce mas não termina com a castração;
Raiva, ódio.
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O complexo de Castração na Menina
Primeiro apego interrompido com a perda do seio materno. Isso desaparece sob efeito de um recalque inexorável;
Com o complexo de castração esse ódio antigo reaparece sob efeito de um recalcamento;
Filha responsabiliza a mãe por tê-la feito menina. Hostilidade e rancor.
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Complexo de Castração na Menina
Este complexo é dado em três tempos:
Primeiro Tempo: universalidade do pênis (Clitóris);
Segundo Tempo: Comparado visualmente com o pênis, o clitóris é inferior;
Terceiro Tempo: A mãe é castrada. “Fui castrada como ela”. Inveja do pênis, ressurgimento do ódio para com a mãe;
Tempo Final: Separação da mãe. Desejo voltado para o pai e para outros homens. Fim do Complexo de Castração e Nascimento do Complexo de Édipo.
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Tempo Final – As Três Saídas do Complexo de Castração; Nascimento do Complexo de Édipo.
Ausência da inveja do pênis: uma das reações possíves é a de que a menina fica tão assustada de sua desvantagem em relação ao menino que não quer entrar em rivalidade com o mesmo. Nesse caso, não é habitada pela inveja do pênis
Vontade de ser dotada do pênis do homem: outra saída é a menina ter esperança de que um dia terá um pênis tão grande quanto o que ela viu. A fantasia de ser homem permanece como objeito da sua vida. O clitóris continua na qualidade de “penizinho”. Este complexo de masculinidade pode fazer com que ela faça escolhas homossexuais. 
Vontade de ter substitutos do pênis: a menina tem consciência efetiva que é castrada. Esta saída se constitúi por três mudanças importantes:
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Tempo Final – As Três Saídas do Complexo de Castração; Nascimento do Complexo de Édipo.
 Mudança do Parceiro Amado: o vínculo privilegiado com a mãe cede lugar ao pai que têm um pênis e pode satisfazer a sua vontade de possuir um pênis. Com todo aquele ódio da mãe, a menina transfere todo seu amor para o pai se iniciando, assim, o complexo de Édipo feminino.
 Mudança da Zona Erógena - O clitóris Cede Lugar À Vagina: antes de descobrir a castração da mãe, a zona erógena da menina era no clitóris; ao se dar conta de que a mãe e ela são castradas, a zona erógena vai se modifcando ao longo do tempo para a vagina, que será o lugar continente do pênis. A inveja do pênis nesse caso é gozar com o pênis no coito, e a vagina ganha valor como continente do pênis; ela recolhe a herança do corpo materno.
Mudança do Objeto Desejado – O Pênis Cede Lugar ao Um Filho: a vontade de gozar no coito se converte na vontade de ter um filho. É a vontade de acolher no corpo um órgão peniano. 
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FALO 
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O Conceito de Falo 
O Falo não é o pênis na sua forma anatômica, mas sim a representação do mesmo;
Pênis imaginário;
Dividio em Falo Imaginário e Falo Simbólico. 
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Falo Imaginário 
Representação psíquica inconsciente que resulta em três fatores: anatômico, libidinal e fantasístico:
Fator Anatômico: resulta da carterística do pênis, tátil e visual. “Boa Forma” do pênis;
Fator Libidinal: muita libido acumulada nessa região do corpo – APALPAÇÕES AUTO-ERÓTICAS;
Fator Fantasístico: fantasia de que algum dia pode-se ser castrado; Angústia. 
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Falo Simbólico 
A figura simbólica do falo imaginário;
Atrubui ao órgão sexual masculino o valor de objeito descartável;
Pode ser substituído por outro objeito (por ex, o filho para a mãe);
Objetivo de manter o desejo sexual, mas fazendo ela se afastar da ideia de um dia gozar com a mãe;
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O Falo é o Padrão Simbólico 
 A existência do Falo Simbólico que permite que outros objeitos heterogêneos na vida sejam objeitos equivalentes na ordem do desejo humano;
Perda do seio, perda das fezes que se desprendem – FALO IMAGINÁRIO. 
Falo deixa de ser imaginário e torna-se o padrão simbólico fazendo com que outros objetos sejam sexualmente simbólicos;
Falo simbólico significa para o homem que todo desejo é um Desejo Sexual, visto que seu desejo de gozar com a mãe não é concretizado;
Todas as experiências erógenas permanecerão marcadas pela experiência de ter tido que renunciar ao gozo com a mãe;
Todo desejo é SEXUAL e todo desejo é insatisfeito;
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O Falo é o Significante da Lei 
Segundo Lacan: 
Castração não é uma ameaça ou inveja, mas um ato de corte de vínculo entre mãe e filho;
Incide mais sobre um vínculo do que sobre uma pessoa;
A castração visa um objeto – FALO IMAGINÁRIO – objeto desejado pela mãe e com o qual a criança se identifica;
O ato de Castração não é o fruto de uma pessoa física e sim operação simbólica da fala paterna.
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Referências Bibliográficas 
NASIO, Juan Devid. Lições Sobre os 7 Conceitos Cruciais da Psicanálise. Traduzido por Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1989. p 13-43.

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