
Bullying o que dizem as principais teoricos
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INFORMARTIGOS Bullying R EV IS TA O QUE DIZEM AS PRINCIPAIS TEORIAS DA EDUCAÇÃO A RESPEITO DESSE TIPO DE VIOLËNCIA? Conheça o fenômeno bullying. CARL ROGERS, SKINNER, PIAGET, VIGOTSKY E OUTROS. ENTENDA O TEMA SOB A ÓTICA DE VIGOTSKY SOB A ÓTICA DE SKINNER SOB A ÓTICA DE PIAGET SOB A ÓTICA DE CARL ROGERS 03 Bullying é necessário combater 06 Bullying - Violência Disfarçada de Brinca deira na Vida Escolar 08 Bullying 10 Bullying: violência entre estudantes combater 13 O controle do comportamento no combate ao bullying 16 É possível condicionar uma criança adepta da prá tica de Bullying a mudar este comportamento? 18 Skinner 20 Frederic Skinner e o bullying: O comportamento do aluno condicionado por reforçadores 24 Respeito à subjetividade para uma aprendizagem significativa 26 Bullying, intervenção segundo a abordagem huma nista 28 Relação do bullying com a teoria humanista de Ro gers 30 Carl Rogers e o Bullying: o aluno responsável por sua própria disciplina escolar 32 Desequilíbrios na aprendizagem 34 Bullying sob o Olhar Construtivista 35 Autonomia só aparece com reciprocidade 37 Jean Piaget e o Bullying: a disciplina escolar en tendi da pela concepção da moralidade 41 Contra o Bullying: ênfase nas relações sociais 43 Trabalhando o bullying sob uma perspectiva vi gostskyana 45 O bullying em relação às ideias \u201csócio interacionis tas\u201d de Vygotsky 47 Lev Vygotsky e o Bullying: uma visão sócio-históri ca sobre educação. SUMÁRIO Autores: Érika Rominy R.S. Souza, Maria de Fátima da Costa Marques, Jonas Sales Fernan des e José Mário Soares Serra Júnior. Diagramação: Érika Rominy A Revista INFORMATRTIGOS é uma publicação que privile gia diversos temas do universo educacional em formato de ar tigo acadêmico. Idealizada pe los estudantes, Érika Rominy R.S. Souza, Maria de Fátima da Costa Marques, Jonas Sales Fer nandes e José Mário Soares Ser ra Júnior , foi elaborada durante a disciplina de Desenvolvimento Educacional ofertada pela Uni versidade de Brasília-UNB no 2° semestre de 2011. INFORMARTIGOS 50 REFEÊNCIAS NOV/2009 INFORMARTIGOS P. 03 O termo bullying, do idioma inglês é uma variação da palavra bully e quer dizer "brigão, fanfarrão, valentão\u201d. (MICHA- ELIS, 1987). Utiliza-se bulling para transmitir a ideia de ameaça, tirania, intimidação e maltrato. Bullying é um tipo de com- portamento violento caracterizado pela prática de atos agressivos re- alizados por um ou mais indivídu- os sem motivo aparente, de modo repetido e com intenção de causar sofrimento à(s) vítima(s) que nessa relação tem chances nulas de de- fesa, em relação ao(s) agressor(s). Segundo FANTE, o bullying: É uma forma de violência gratuita em que a vítima é exposta repetidamente a uma série de abusos, por meio de constrangimen- to, ameaça, intimidação, ridicularização, calúnia, difamação, discriminação, exclusão, dentre outras for- mas, com o intuito de hu- milhar, menosprezar, in- feriorizar, dominar. Pode ocorrer em diversos espaços da escola ou fora dela, como também em ambientes vir- tuais, denominado bullying virtual ou cyberbullying, onde os recursos da tecnolo gia de informação e comu- nicação são utilizados no assédio. (FANTE, 2011). De acordo com LOPES NETO NETO, em uma situa- ção de bullying podem existir: os que praticam (autores), os que sofrem (alvos) e os que assis- tem (testemunhas) à violência. Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Frequentemente, pertencem a famílias de- sestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma su- pervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamen- to agressivo ou explosivo. [...].Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as consequ- ências dos comportamentos de outros e que não dis- põem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si.São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de inseguran- ça os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem es- perança quanto às possibi- lidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofri- mento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos ami- gos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade so fridos.[...].As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, con- vivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não so- frerem as agressões direta- mente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer.[...]. (LOPES NETO, 2011). É necessário que se conhe- ça não apenas os comportamen- tos dos autores ou vítimas dessa relação de bullyng, mas também as conseqüências que esse com- portamento desencadeiam. O pe- diatra Lauro Monteiro, fundador da Associação Brasileira Mul- tiprofissional de Proteção à In- fância e Adolescência- Abrapia e idealizador do site Observatório da Infância, comenta a respei- to das consequências do bullying: A vítima pode apresentar baixa auto-estima, difWi- culdade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, fobia escolar, triste- za, depressão, podendo che- gar ao suicídio e a atos de violência extrema contra a escola. Já os autores podem se considerar realizados e reconhecidos pelos seus co- legas pelos atos de violência e poderão levar para a vida adulta o comportamento agressivo e violento. As tes BULLYING É NECESSÁRIO COMBATER E N T E N D A O T E M A NOV/2009 INFORMARTIGOS P. 04 temunhas silenciosas tam bém sofrem, pela sua omis- são e falta de coleguismo. Muitos se sentem culpados por toda a vida. (MONTEI- RO, 2011). No Brasil foram feitos al guns estudos com intuito de conhe- cer e combater o bulling. Aramis Antônio LOPES NETO Neto e Lu- cia Helena Saavedra com a pesquisa \u201cDiga Não ao Bullying\u201d, realizada de novembro e dezembro de 2002 e em março de 2003 por meio de ques- tionários distribuídos a alunos do ensino fundamental de 11 escolas, sendo 9 públicas e 2 particulares do Rio de Janeiro mostraram que: A idade média da população avaliada foi de 13,47 anos e que dos 5.482 alunos parti- cipantes, 40,5% (2217) ad- mitiram ter tido algum tipo de envolvimento direto na prática do bullying no ano de 2002, seja como alvo do bullying e/ou como autor. (LOPES NETO; SAAVE- DRA, 2011). São cada vez mais frequen- tes os casos de agressões dentro das escolas noticiados que revelam além da crueldade dos agressores e o despreparo das escolas para combatê-los. SILVA, psiquiatra e escritora do livro Bullying: Mentes perigosas nas escolas, afirma que: a falta de conhecimento so- bre a existência, o funciona- mento e as consequências do bullying propicia o aumen- to desordenado no número e na gravidade de novos casos, nos expõe a situações trá gicas isoladas ou coletivas que poderiam ser evitadas. (SILVA. 2010. p.14). Diante disso confirma-se a necessidade de conscientização da sociedade como um todo com o objetivo de conter o bullying. SIL- VA complementa que \u201cO somatório de forças é capaz