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38_-_Fisioterapia_RespiratYria_em_UTI_adulto_Efetividade_e_HabilitaYYo_profissional

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1 
 
Fisioterapia Respiratória em UTI adulto: Efetividade e Habilitação profissional 
 
Monika Elena Catingueira Barbosa
1
 
monikabarbosa@hotmail.com 
Dayana Priscila Mejia de Sousa
2
 
 
Pós-graduação em Fisioterapia e Terapia Intensiva – Faculdade Ávila 
 
Resumo 
Objetivo: Descrever o perfil dos fisioterapeutas que atuam nas unidades de terapia intensiva 
(UTIs) focalizando a direção do serviço, as técnicas fisioterapêuticas empregadas e nível de 
autonomia em relação à fisioterapia respiratória em UTI adulto. Método: Realizou-se um 
estudo com revisão bibliográfica e abordagem qualitativa, com o objetivo de demonstrar a 
atuação da fisioterapia em UTI adulto. Resultados: Comprovou-se que à diminuição do 
tempo de permanência do paciente crítico na UTI, tanto quanto o tempo de ocupação do leito 
se faz reduzido. Devido aos comprometimentos motores e sensitivos presentes nas patologias, 
a intervenção fisioterapêutica através da fisioterapia (respiratória, cardíaca, motora), 
cinesioterapia, buscam manter, corrigir ou recuperar uma determinada função, e baseia-se 
no desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção da força, resistência à 
fadiga, mobilidade, flexibilidade, relaxamento e coordenação motora. Conclusão: Este artigo 
visa esclarecer quais são as atribuições e atitudes que um fisioterapeuta deve ter para com 
seus colegas de profissão e pacientes. Sem julgar que uma especialização é mais importante 
que a outra e sim em oferecer um atendimento completo com a utilização de métodos 
e técnicas pertinentes ao fisioterapeuta mesmo que especialista. 
Palavras-chave: Fisioterapia, Interdisciplinaridade, Terapia Intensiva, Percepção e UTI. 
 
1. Introdução 
É de extrema importância que a formação do fisioterapeuta seja complementada 
com especializações voltadas para a área do intensivismo. E se faz necessário saber quais 
são as atribuições e responsabilidades que um fisioterapeuta precisa ter para trabalhar em uma 
UTI com autonomia. Já que pela portaria do Ministério da Saúde nº 1.071, de 04 de julho de 
2005 sobre a Política Nacional de atendimento ao paciente crítico, o fisioterapeuta se faz 
necessário na equipe de multiprofissionais. Esse esclarecimento se faz necessário pelo fato de 
existirem poucos artigos que retratem as contribuições do fisioterapeuta para com a equipe na 
UTI adulto. E quais são as técnicas utilizadas para reduzir o tempo de permanência do 
paciente no Hospital. Assunto esse de interesse de todas as pessoas envolvidas direta ou 
indiretamente com pacientes hospitalizados em estado crítico. Além de promover um maior 
esclarecimento para os acadêmicos, e profissionais da saúde que se interessam por essa área. 
(ANVISA, 2006). 
Para reduzir o tempo de permanência do paciente na UTI adulto, todas as técnicas e 
procedimentos fisioterápicos são importantes para a alta do paciente crítico e não só ao 
manuseio da assistência na ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Para evitar escaras 
de decúbito, atrofia muscular, síndrome do imobilismo, o contato prolongado com bactérias 
resistentes e a mais relevante sendo o aumento do tempo de internação do paciente crítico na 
UTI adulto. É necessário que seja esclarecido qual é o verdadeiro papel do fisioterapeuta na 
UTI adulto. Este artigo ainda tem como finalidade demonstrar o papel da fisioterapia na UTI 
adulto, de demonstrar a atuação do fisioterapeuta em - relação ao tempo de permanência do 
paciente na UTI em (%), melhorar as condições pulmonares do paciente, prevenir complica- 
______________________ 
1
Pós-graduanda e Fisioterapia e Terapia Intensiva. 
2 
Fisioterapeuta; Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestranda em Bioética e Direito em Saúde. 
2 
 
ções ventilatórias, manter a amplitude de movimento, evitar complicações músculo 
esqueléticas e estimular a mudança de decúbito e o ortostatismo. (ANVISA, 2006). 
 
2. Fundamentação Teórica 
2.1. Histórico da Profissão e Contextualização 
Desde 1980, esse profissional atuante na área de terapia intensiva tem se tornado um 
especialista no cuidado do paciente crítico. Devido a isso, houveram grandes evoluções, e a 
atuação do fisioterapeuta que se estendia a aplicação de técnicas fisioterápicas, incorporou a 
reabilitação de cuidados com a via aérea artificial e, mais recentemente ao manuseio da 
assistência ventilatória mecânica invasiva e não invasiva (SOBRAFIR, 2013). 
Em 2001, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconhece 
os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva no Brasil, dando início à conceituação moderna 
da atuação do fisioterapeuta intensivista, este com atuação exclusiva nas unidades de Terapia 
Intensiva e Semi-Intensiva (BISPO, 2009). 
Segundo a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a 
RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010, determina que as unidades de 
terapia intensiva de hospitais devem contar com assistência fisioterapêutica em período 
integral, por diminuírem as complicações e o período de hospitalização, reduzindo, 
consequentemente, os custos hospitalares. A discussão do perfil do fisioterapeuta dentro da 
U.T.I está sendo constantemente discutida por órgãos de classe, cabendo a SOBRAFIR - 
Sociedade Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, 
diferenciar três modos de atuação dentro da realidade brasileira (SOBRAFIR, 2013). 
No momento que o paciente é admitido na U.T.I, ele é recebido pela equipe multidisciplinar, 
que incluem o médico, a enfermeira e o fisioterapeuta. A fisioterapia respiratória está indicada 
para pacientes da U.T.I preconizando minimizar a retenção de secreção pulmonar, melhorar a 
oxigenação e reexpandir áreas pulmonares com atelectasia, além de “evitar os efeitos 
deletérios da hipo ou inatividade do paciente acamado”(BISPO, 2009). 
Os recursos utilizados pela fisioterapia contribuem para redução da taxa de mortalidade, taxa 
de infecção, tempo de permanência na U.T.I e no hospital e índice de complicações. A 
fisioterapia surgiu no país a partir de 1929, com a criação do primeiro curso técnico na Santa 
Casa de Misericórdia de São Paulo (Pereira, Almeida, 2006). Em 1950, no Brasil, houve uma 
grande incidência de poliomielite e como consequência, havia uma grande quantidade de 
indivíduos portadores de sequelas motoras que necessitavam de reabilitação para voltar a 
sociedade. Também, a quantidade de pessoas atingidas pelo de trabalho era uma das maiores 
da América do Sul, o que permitia a inferência de que uma expressiva faixa populacional 
precisava ser reabilitada para integrar-se ao sistema produtivo (SOBRAFIR, 2013). 
 
2.2. Fisioterapia como ciência da saúde 
É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais 
intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por 
traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos 
próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências 
fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da 
sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as 
disciplinas comportamentais e sociais (SERRANO, 2013). 
A fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários 
aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem 
culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há diminuição do trofismo 
muscular, emagrecimento, retração de tendões e vícios posturais que podem provocar 
contrações permanentes e no dorso (nas costas) as chamadas escaras. A assistência 
3ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que 
efetua higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador 
mecânico juntamente com o médico (SERRANO, 2013). 
 
2.2.1. A equipe de uma UTI 
Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma 
concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de 
uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. Nos anos 80, em 
decorrência de seu crescimento técnico científico, houve um maior reconhecimento e 
valorização da Fisioterapia Respiratória. Esse campo de atuação profissional diferenciava 
cada vez mais dos atendimentos ambulatoriais realizados em clínicas e centros de reabilitação, 
tornando-se imprescindível no meio hospitalar, onde progressivamente foi implementada 
em enfermarias e UTIs (ASSOBRAFIR, 2009). 
Hoje, a equipe da Unidade de terapia intensiva (UTI) é formada normalmente pelos seguintes 
profissionais: fisioterapeuta, médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social 
(ROGÉRIO ULTRA, 2008). 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um serviço de internação para pacientes críticos que 
requerem atenção médica e de enfermagem permanente, com dotação própria de pessoal 
técnico e profissional especializado, com equipamentos específicos próprios e outras 
tecnologias destinadas ao diagnóstico e ao tratamento. São considerados pacientes 
críticos aqueles com desequilíbrio de um ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com 
perda de sua auto regulação, mas potencialmente reversíveis (PORTARIA N.551-2005). 
Várias manobras podem ser usadas pelo fisioterapeuta na UTI. Atualmente existe uma grande 
controvérsia a respeito da comprovação dessas técnicas, mas a evidência clínica parece ainda 
ser de grande valor para a maioria dos profissionais, principalmente aqueles com grande 
tempo de experiência a que elevaram o nome da fisioterapia dentro da terapia 
intensiva (ROGERIO ULTRA, 2008). 
A sobrevida dos pacientes criticamente enfermos tem aumentado em consequência da 
evolução tecnológica, científica e da interação multidisciplinar. Contudo, a incidência de 
complicações decorrentes dos efeitos deletérios da Imobilidade na unidade de terapia 
intensiva(UTI), contribui para declínio funcional, aumento dos custos assistenciais, redução 
da qualidade de vida e sobrevida pós-alta. Objetivando atender a esta nova demanda inserida 
em sua responsabilidade social, as UTIs do Brasil e do mundo, buscam novas alternativas na 
resolução desses desafios (FRANÇA, 2012). 
Em países como o Brasil, onde há escassez de recursos destinados à saúde, o controle da 
infecção hospitalar, além de atender às exigências legais e éticas, é também um problema 
socioeconômico, pois se tem investido em tecnologia cara, tanto na pesquisa (equipamentos, 
microbiologia, etc.) como na produção de novas drogas antimicrobianas. A infecção 
hospitalar aumenta o tempo de internação do paciente, encarecendo assim o custo da 
hospitalização pelo uso dos recursos hospitalares e de antimicrobianos, além do risco 
imposto ao paciente (YAMAGUTI, 2005). 
 
2.3. Critérios e normas impostos para uma UTI 
O objeto de trabalho e a formação em fisioterapia no Brasil destaca a limitação da prática 
fisioterapêutica direcionada para o indivíduo doente. A inadequação da formação em 
fisioterapia e sua descontextualização dos princípios do SUS e dos novos modelos de atenção. 
Na maior parte das instituições ainda predomina o modelo tecnicista, voltado para a cura de 
doenças e reabilitação de sequelas (BOTOMÉ & REBELATTO, 1999). 
Sendo assim, o cuidado intensivo dispensado a esses pacientes críticos, geralmente torna-se 
mais eficaz quando desenvolvidos em setores específicos, que propiciam recursos finalidades 
4 
 
para sua progressão e recuperação. Essas Unidades específicas denominadas de Unidades de 
Terapia Intensiva (UTIs).constituem um conjunto de elementos funcionais agrupados, 
destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de 
enfermagem ininterruptos, além de equipamentos e recursos humanos especializados 
(Ministério da Saúde 1998). No caso da UTI adulto um fisioterapeuta para cada dez leitos ou 
fração no turno da manhã e da tarde (BOTOMÉ & REBELATTO, 1999). 
 
2.3.1. Regulamento técnico para o funcionamento dos serviços de tratamento intensivo 
Respaldado pela Portaria-466 de quatro de junho de 1998 do Ministério de Saúde pela 
ANVISA que estabelece o regulamento técnico para o funcionamento dos serviços de 
tratamento intensivo e seus respectivos anexos e pela portaria n.3.432, de 12 de agosto de 
1998. Assinada pelo Ministro de Estado da Saúde (José Serra). (ANVISA, 2006). 
Citado pela Portaria n.432, de 12 de agosto de 1988, O Ministro de Estado da Saúde, no uso 
de suas atribuições legais, considerando: a importância na assistência das unidades que 
realizam tratamento intensivo nos hospitais do pais, e a necessidade de estabelecer critérios de 
classificação entre as Unidades de Tratamento Intensivo, de acordo com a incorporação 
de tecnologia, a especialização dos recursos humanos e a área física disponível, resolve: 
Artº. 1º Estabelecer critérios de classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento 
Intensivo – UTI. 
Art. 2º - Para as finalidades desta Portaria, as Unidades de Tratamento Intensivo serão 
classificadas em tipo I, II e III. 
§ 1º - As unidades atualmente cadastradas pelo SUS, a partir da vigência desta Portaria, serão 
classificadas como tipo I.§ 2º - As unidades que comprovarem o cumprimento das 
especificações do anexo desta Portaria, poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipos II ou 
III, de acordo com a necessidade de assistência da localidade onde estão inseridas 
Art. 3º - A partir da data de publicação desta portaria, serão cadastradas somente unidades do 
tipo II ou III. 
Art. 4º - Fica revogada a Portaria GM/MS/Nº 2918, de 9 de junho de 1998, publicada n o 
DOU nº111, de 15 de junho de 1998, e as demais disposição em contrário. 
Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. (ANVISA, 2006). 
 
2.3.2. Áreas de atuação da fisioterapia em UTI adulto 
A atuação dirigida apenas para a reabilitação impõe restrições à prática do fisioterapeuta, que 
se limita a intervir quando a doença já está instalada e na maioria dos casos, de forma 
avançada. Essa situação “inércia profissional”, caracterizada pela passividade dos 
profissionais, que só atuam em face de problemas de saúde já instalados (YAMAGUTI, 
2005). 
O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a 
reação de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de 
pressão (ASSOBRAFIR-2008). 
 
2.4. Exercício terapêutico 
O exercício terapêutico pode variar desde atividades altamente selecionadas, restritas a 
músculos ou partes específicas do corpo, a atividades vigorosas empregadas para restaurar o 
paciente convalescente ao máximo da condição física (KENDALL, 1995). 
O exercício terapêutico é considerado um elemento central na maioria dos planos de 
assistência da fisioterapia, com a finalidade de aprimorar a funcionalidade física e reduzir 
incapacidades. Inclui uma ampla gama de atividades que previnem complicações como 
encurtamentos, fraquezas musculares e deformidades osteoarticulares e reduzem a utilização 
dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia. Estes 
5 
 
exercícios aprimoram ou preservam a função física ou o estado de saúde dos indivíduos 
sadios e previnem ou minimizam as suas futuras deficiências, a perda funcional ou a 
incapacidade(KENDALL, 1995). 
 
2.4.1. Osteocinemática 
Movimento osteocinemático é quando um fisioterapeuta ou um auxiliar move uma articulação 
através da amplitude de movimento, isto normalmente é feito para auxiliar na manutenção do 
movimento completo ou para determinar a natureza da resistência no final da amplitude 
(LIPPERT, 2000). 
 
2.4.2 Manobras motoras 
Cita a utilização de manobras motoras intensivas: reabilitação da musculatura em pacientes 
inconscientes e conscientes sem estímulos voluntários através de eletroestimulação (FES), 
cinesioterapia. Atuação em escaras de decúbito através do posicionamento do leito, uso 
de laser terapêutico e manipulação miofascial (quando instalada a lesão). Indicações de 
orteses para minimização de distúrbios osteo-articulares (KNOBEL, 2002). 
 
2.4.3. Escaras e o imobilismo e suas complicações 
O paciente em estado crítico está sujeito às escaras; é mais suscetível que a maioria dos outros 
pacientes. As escaras surgem quando a pele e as estruturas subjacentes são comprometidas, 
fazendo com que o sangue seja desviado e os vasos sanguíneos sejam forçosamente constritos 
, causa de isquemia e anoxia tecidual (KNOBEL, 2002). 
Manter as vias aéreas permeáveis e a ventilação pulmonar- A terapia de higiene brônquica 
envolve vários procedimentos que podem ser utilizados de forma isolada ou em conjunto. Os 
procedimentos incluem a tosse e as técnicas relacionadas para a eliminação das secreções, tais 
como: Aspiração, drenagem postural, manobrras fisioterápicas, acessórios da pressão 
positiva, mobilização e exercícios respiratórios (ROGÉRIO, 2008) 
Efeitos da imobilidade- A imobilidade prolongada afeta os sistemas musculoesquelético, 
cardiovascular, respiratório, metabólico e nervoso central. O efeito da imobilidade prolongada 
em pacientes em estado crítico poderá ser devastador. A inatividade poderá diminuir a força 
muscular em até 20% semanalmente (KISNER, 2005). 
 
2.5. Programa de Tratamento Fisioterapêutico 
A fisioterapia respiratória é um procedimento de grande importância para o preparo dos 
pacientes para a cirurgia cardíaca (ROGÉRIO, 2008). 
O processo de desmame da ventilação mecânica e a restauração da funcionalidade máxima de 
atividade são objetivos gerais do programa fisioterapêutico para o paciente dependente de 
ventilador. Os objetivos específicos do programa incluem manutenção ou aumento da força 
e endurance muscular, amplitude articular, complacência da parede torácica, resistência 
cardiovascular e eliminação de secreções. Outras metas são: prevenção e tratamento da 
atelectasia e ruptura da pele e manutenção da homeostase (PRESTO, 1998). 
O fisioterapeuta deve monitorar cuidadosamente cada resposta do paciente de UTI a todas as 
formas de fisioterapia. A maioria dos pacientes não manifesta efeitos negativos em tal 
intervenção, entretanto o fisioterapeuta deve conhecer aos possíveis efeitos adversos de cada 
técnica de Tratamento e reconhecê-lo caso ocorram. Especialmente quando os pacientes 
necessitam um tratamento fisioterápico que inclui drenagem postural, percussão e vibração 
(SCALAN, 2000). 
A abordagem fisioterapêutica na Unidade coronariana tem um foco preventivo para as 
complicações respiratórias e musculoesqueléticas, devido ao descondicionamento físico no 
leito e à diminuição do limiar anaeróbio (PRESTO, 1998.). 
6 
 
2.6. Interdisciplinaridade 
O valor da equipe multiprofissional não deve ser subestimado. O conhecimento, a habilidade 
e a experiência clinica da equipe profissional é essencial para alcançar os objetivos gerais 
desejados pelo programa e pelo paciente (MACKENZIE, 1988). 
A interdisciplinaridade surgiu nos anos 70 como resposta às necessidades de uma abordagem 
mais integradora da realidade (LOPES, 2009). 
Ela só ocorre quando cada um dos envolvidos consegue ser autônomo o suficiente 
para confiar em si mesmo, para reconhecer os erros e ao mesmo tempo, apontar soluções 
criativas (FAZENDA, 1994). 
A interdisciplinaridade uma relação de reciprocidade, mutualidade, interação que irá 
possibilitar o diálogo entre os interessados. Não há uma fragmentação, mas sim uma 
concepção unitária do agir (FAZENDA, 1994). 
Na UTI, a comunicação é um processo que envolve a percepção do ambiente e do clima de 
trabalho, incluindo a comunicação não verbal da equipe multiprofissional, até a interação 
médico/paciente e família. Estão envolvidos no processo da comunicação na UTI os 
pacientes, seus familiares ou qualquer pessoa com proximidade afetiva, os médicos, 
enfermeiros, psicólogos, religiosos e os demais membros da equipe multiprofissional 
(MORITZ, 2008). 
 
2.7. O papel do Fisioterapeuta na U.T.I. 
O fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, 
desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a 
ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (JERRE et 
al.,2007). 
A fisioterapia respiratória envolve um grande número de técnicas que podem ser associadas às 
modalidades de ventilação mecânica. Dentre as principais estão: manobras de higiene 
brônquica e reexpansão pulmonar, que em conjunto com o posicionamento adequado no leito 
dos pacientes na U.T.I, otimiza o transporte de oxigênio através do aumento da relação 
ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, redução do trabalho 
respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do clearance mucociliar 
(CARVALHO, 2001). 
Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza são problemas comuns em pacientes com 
insuficiência respiratória ventilados mecanicamente e podem contribuir para o prolongamento 
da hospitalização (DENKER, 2002). 
 
2.7.1. Indicações da fisioterapia respiratória 
Com relação às indicações da fisioterapia respiratória, o tratamento fisioterapêutico em 
enfermos tem indicação sob certas condições clínicas, como as síndromes aspirativas, a 
síndrome do desconforto respiratório, pneumonias, atelectasias, e na prevenção de 
complicações da ventilação mecânica. Quatro outros estudos concluíram que a intervenção 
fisioterapêutica está indicada na presença de secreção na via aérea, e nos casos com evoluções 
desfavoráveis à gasometria e/ou ao exame radiológico, sinais indicativos de possíveis 
problemas com a depuração ciliar, com a ventilação ou outra alteração da mecânica 
respiratória, e na maioria das vezes com as três condições. Em algumas situações a fisiotera- 
pia respiratória tem mostrado grande impacto e pode alterar o prognóstico do paciente. Isto foi 
observado na síndrome do desconforto respiratório, na síndrome de aspiração meconial, na 
displasia broncopulmonar, nas pneumonias neonatais e nos pós-operatórios de cirurgias de 
grande porte. A fisioterapia pré e pós-extubação também mostrou valor na redução da 
incidência de complicações, como as atelectasias pós-extubação. Os pacientes pediátricos 
internados em terapia intensiva têm indicação de fisioterapia respiratória em casos de 
7 
 
hipersecreção brônquica, submetidos ou não à ventilação mecânica, pois há otimização da 
função cardiopulmonar e redução do agravo respiratório (COSTA, 1999). 
 
2.7.2. Objetivos da fisioterapia respiratória 
Os objetivos da assistência fisioterapêutica: otimizar a função respiratória de modo a facilitar 
as trocas gasosas e adequar a relação ventilação-perfusão; adequar o suporte respiratório; 
prevenir e tratar as complicações pulmonares; manter a permeabilidade das vias aéreas; 
favorecer o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia. Embora os objetivos da 
fisioterapia sejam semelhantes àqueles traçados para os adultos, a assistência fisioterapêutica 
em Pediatria / Neonatologiaapresenta particularidades relacionadas às diferenças anatômicas 
e fisiológicas existentes nestes pacientes, em relação às demais faixas etárias (DENKER, 
2002). 
 
2.7.3. Técnicas fisioterapêuticas utilizadas – efeitos benéficos versus efeitos adversos 
Os artigos selecionados apresentaram grande variabilidade em relação às técnicas 
fisioterapêuticas. As mais utilizadas e avaliadas são as denominadas manobras de higiene 
brônquica: tapotagem (ou percussão), vibração/vibrocompressão, manobras com ambú (bag-
squeezing), aspiração de vias aéreas e endotraqueal, estímulo de tosse e o posicionamento em 
posturas de drenagem. As manobras de higiene brônquica são utilizadas para mobilizar e 
remover as secreções nas vias aéreas, no sentido de melhorar a função pulmonar. Entretanto, 
em algumas situações, a fisioterapia respiratória pode ser lesiva ao paciente. (MACKENZIE, 
1988). 
Uma possível indicação de tapotagem seriam os quadros de broncoespasmo, mas na literatura 
não há estudos suficientes para esta avaliação, que deveria ser mais estudada. Um estudo 
observou que frente à ausculta pulmonar de sibilos isolados a tapotagem deve ser evitada, até 
o momento em que o paciente apresentar outros ruídos adventícios. A reexpansão de áreas 
atelectásicas com o uso da tapotagem, porém houve um caso de atelectasia secundária ao 
procedimento, com arritmia cardíaca importante. O posicionamento na postura de 
Trendelemburg para drenagem de secreções respiratórias é contra-indicada em recém-
nascidos, crianças com instabilidade hemodinâmica, e/ou com aumento da pressão 
intracraniana. A postura favorece o aumento da pressão intracraniana, e o refluxo 
gastroesofágico eleva o risco de broncoaspiração e pneumonia aspirativa (LOPES, 2009). 
A aspiração das vias aéreas é um procedimento muitas vezes realizado nas UTI para manter a 
permeabilidade das mesmas, em especial nos pacientes com pouca tosse. Embora o 
procedimento seja relativamente simples, exige cuidado rigoroso na sua execução devido aos 
efeitos indesejáveis que pode determinar. As alterações fisiológicas induzidas pela aspiração 
ainda são pouco conhecidas. Podem ocorrer efeitos cardiovasculares adversos, determinados 
pela hipoxemia, e por alterações do sistema nervoso autônomo. Por meio da estimulação dos 
receptores simpáticos pode resultar secundariamente vasoconstrição periférica e aumento da 
pressão arterial, e em decorrência da estimulação dos receptores parassimpáticos a 
bradiarritmia. Os efeitos adversos (aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da pressão 
intracraniana durante a aspiração traqueal), podem suplantar os efeitos benéficos (JERRE, 
2013). 
Outras complicações associadas à aspiração de vias aéreas e endotraqueais, que, geralmente, 
resultam de técnica de aspiração inadequada. Podem ocorrer lesões da mucosa 
traqueobrônquica, perfuração brônquica pela sonda de aspiração (com pneumotórax 
secundário), atelectasia (devido ao uso de pressão negativa excessiva), além de bacteremia e 
Infecções respiratórias. Não recomendam a realização da aspiração em horários pré-
estabelecidos, sugerindo que a necessidade da remoção do excesso de secreções das vias 
aéreas deva ser individualizada (HAEBISCH, 1980). 
8 
 
 
2.7.4. Papel da fisioterapia na extubação/reintubação 
O papel da fisioterapia respiratória no período de periextubação para reduzir a frequência de 
atelectasia e a necessidade de reintubação foi avaliado por meio de metanálise. Somente 3 
estudos alcançaram os critérios para inclusão nesta análise: ensaio clínico prospectivo e 
randomizado ou quase-randomizado em recém-nascidos sob ventilação mecânica em fase de 
extubação traqueal. Foram avaliadas as manobras fisioterapêuticas: vibração ou tapotagem 
seguida de aspiração; drenagem postural seguida de aspiração; ausência de intervenção. Esses 
estudos mostraram grande variabilidade tanto nas características dos pacientes pesquisados 
quanto nas técnicas e nas estratégias de fisioterapia utilizadas. Entretanto, a análise conjunta 
demonstrou que as manobras de higiene brônquica diminuíram a necessidade de reintubação. 
Além disso, observou-se uma tendência a menor índice de atelectasia pós-extubação. 
Portanto, as manobras avaliadas parecem ser benéficas no período de periextubação. Outro 
estudo recente, avaliou retrospectivamente os episódios de atelectasia pós-extubação, com 
controle histórico e não mostrou efeito benéfico das manobras de higiene brônquica 
(GUEUDEVILLE, 2007). 
 
3. Metodologia 
Este artigo é uma coleta de dados através de pesquisa bibliográfica sobre a Fisioterapia 
Respiratória em UTI adulto: Efetividade e Habilitação profissional. Para se alcançar os 
objetivos propostos por esta pesquisa, realizou-se uma revisão bibliográfica, buscando-se 
informações em artigos científicos de revistas disponíveis e via internet. A leitura realizada 
foi do tipo analítica, que conforme os princípios de Severino (2000) favorece a compreensão 
global do significado do texto, quando é feita por etapas, ou seja, apenas quando terminada a 
análise de um unidade é que se passará a seguinte. (SEVERINO, 2000). 
O material para a realização da pesquisa foi obtido através da consulta em revistas científicas, 
e principalmente, na fonte de informação LILACS e ScIELO, disponível para acesso via 
internet. Para a busca dos artigos utilizou-se o descritor de assunto com as palavras: asma 
brônquica, fisioterapia respiratória, e manobras desobstrutivas. Como idioma aplicou-se a 
expressão português, para delimitação da pesquisa de periódicos nacionais. Foram 
encontrados 128 artigos no período de setembro de 2010 a abril de 2013. 
 
4. Resultados e Discussão 
Em 2001, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconheceu 
os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva no Brasil, dando início à conceituação moderna 
da atuação do fisioterapeuta intensivista, este com atuação exclusiva nas unidades de Terapia 
Intensiva e Semi-Intensiva (COFFITO, 2013). 
A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas que complementam os cuidados a 
pacientes graves. Entre as principais indicações estão: a melhora da função pulmonar, terapia 
para alívio da dor e dos sintomas psicofísicos e atuação na prevenção e reabilitação de 
complicações osteomioarticulares, cardiovasculares e neurológicas. O benefício a ser buscado 
pelo fisioterapeuta na UTI é preservar a vida, melhorando sua qualidade e aliviando os 
sintomas físicos, dando oportunidade, sempre que possível, para a independência funcional do 
paciente (CARVALHO, 2001). 
Nas últimas décadas a UTI tem se tornado uma concentração não somente de pacientes 
críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente 
com competências específicas. O profissional fisioterapeuta, como integrante desta equipe, 
necessita cada vez mais de aprimoramento e educação especializada para fazer frente ao 
avanço dos cuidados intensivos (COFFITO, 2013). 
No intensivismo, a comunicação intra-equipe faz-se no decorrer do plantão, pois informações 
9 
 
de uma especialidade são importantes para outras especialidades, por complementar o 
conhecimento sobre o paciente. Assim, informações médicas são importantes para os 
enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos e vice-versa; e cada 
profissional encaminha a gestão da informação de acordo com sua função (GUEUDEVILLE, 
2007). 
A comunicação depende da percepção das pessoas envolvidas, de maneira a ocorrer de forma 
eficaz. O uso da percepção pelos indivíduos é essencial para se reconhecer as pessoas, os 
objetos, entender informações, interpretar símbolos relacionados a situações, experiências e 
conhecimentoscorrespondentes. Por isto, a percepção está intimamente ligada à comunicação, 
sendo o primeiro passo para que a comunicação aconteça. A percepção atua na comunicação, 
no reconhecimento e na resolução de problemas, no processo decisório, itens significativos 
para a realização do trabalho em equipe. Além destes itens, a percepção deve estar presente 
durante o processo de cuidar, percebendo o outro pelos gestos, falas, conceitos e limitações 
(ELLIS, 1997). 
Para Ferrari (2007), o fisioterapeuta desempenha um papel chave na reabilitação do paciente, 
pois é ele quem está apto para orientar e supervisionar os exercícios de treino de força 
muscular respiratório aplica as técnicas de respiração, realiza manobras de higiene brônquica 
antes da aspiração, manobras motoras intensivas com cinesioterapia global, avaliando a força 
e a condição muscular global, analisa e interpreta exames complementares de rotina da UTI A 
Fisioterapia faz parte do atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em UTI Sua 
atuação é extensa e se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, tais como o 
atendimento a pacientes críticos que não necessitam de suporte ventilatório e assistência a 
pacientes graves que necessitam deste suporte. Nesta fase, o fisioterapeuta tem importante 
participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do 
ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, 
interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (NORREMBERG, 2000). 
Os pacientes com restrição ao leito na UTI podem apresentar complicações motoras, 
respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas, neurológicas, além de condições pós-traumáticas, 
condições pré-operatórias e pós-operatórias. A atuação da Fisioterapia tem por objetivo 
minimizar os efeitos da imobilidade no leito e tratar ou prevenir complicações respiratórias 
(YAMAGUTI et al., 2005). 
Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza são problemas comuns em pacientes com 
insuficiência respiratória ventilados mecanicamente e podem contribuir para o prolongamento 
da hospitalização. Pacientes em V.M prolongada frequentemente apresentam fraqueza da 
musculatura periférica e respiratória que prejudicam seu estado funcional e sua qualidade de 
vida. O objetivo da fisioterapia nesses pacientes é minimizar a perda de mobilidade, melhorar 
a independência funcional e facilitar o desmame (BORGES et al. , 2009). 
Vale destacar que o processo de desmame do suporte ventilatório é passível de complicações, 
que vão desde o adiamento desnecessário da extubação traqueal até a ocorrência do risco de 
complicação secundária pela extubação precoce e a necessidade de re-intubação. Além disso, 
os pacientes que necessitam de re-intubação apresentam maiores riscos de morbimortalidade 
do que aqueles que são extubados com sucesso. Desta forma, é de extrema importância a 
determinação do modo ideal para a evolução do desmame da ventilação mecânica 
(NORREMBERG, 2000). 
O fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, 
desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a 
ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação 
(NORREMBERG, 2000). 
 
 
10 
 
5. Conclusão 
A alta incidência de pacientes em estado crítico faz com que os hospitais do Brasil e do 
mundo tenham que se atualizar para serem inseridos nos padrões exigidos. Para isso os 
hospitais se viram diante da necessidade e um dilema de ter profissionais mais qualificados e 
capacitados para formarem uma equipe de multiprofissionais. Realizou-se uma revisão da 
literatura sobre quais são as competências, as atribuições e responsabilidades necessárias para 
que um fisioterapeuta faça parte de uma equipe de multiprofissionais em uma UTI adultos, 
colaborando para a redução das complicações como: escaras de decúbito e o imobilismo 
do paciente no leito de uma UTI adulto através do uso de técnicas específicas (NOZAWA, 
2013). 
O especialista em fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais solicitado e sua presença 
nas Unidades de Terapia Intensiva cada vez mais frequente, porém sua formação e 
qualificação nem sempre são suficientes para a plena atuação nesse ambiente tão exigente 
quanto a competência da equipe multiprofissional. Faz-se necessário que o fisioterapeuta seja 
habilitado por uma sólida formação e bagagem prática para indicar, escolher e aplicar 
condutas específicas da fisioterapia respiratória na resolução de casos complexos, caso 
contrário, tanto a efetividade do trabalho pode ficar comprometida quanto os riscos ao 
paciente podem aumentar de forma proibitiva. Como exemplo de uma atuação bem sucedida, 
citamos um caso de atelectasia lobar aguda por acúmulo de secreção brônquica. A fisioterapia 
respiratória é a principal indicação nestes casos, visto que envolve condutas não invasivas e 
de comprovada eficiência. O fato é que o Fisioterapeuta é um profissional qualificado, que 
está conquistando cada vez mais seu espaço, demonstrando ter capacidade para desempenhar 
um papel importante na recuperação do paciente crítico (HAEBISCH, 1980). 
 
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