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Escolhas e exclusões (Saussure e Chomsky)

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Escolhas e exclusões de Saussure e Chomsky
	Escolhas feitas por Saussure (CORRÊA, 2003, p.25)�: 
	Escolhas feitas por Chomsky
	Exclusões (CORRÊA, 2003, p.25)�: 
	(a) a proposição de um corte no curso da história e o consequente privilégio de um estado de equilíbrio relativo da língua, constatável numa sincronia� 
 
 
	(a) a proposição de um estado mental inato e invariável (não afetado por variações no tempo e no espaço): a exclusão da história. 
	(a) uma desatenção ao caráter dinâmico da língua e das mudanças no curso da história, especialmente entre vários seguidores de Saussure que leram, no seu conceito de sincronia, a impossibilidade de observar as condições estabelecidas para as mudanças linguísticas.
	(b) a proposição de um sistema de signos assentado nas relações internas que essas unidades básicas da língua manteriam no interior desse sistema, recurso por meio do qual os signos ganhariam um valor em função de suas relações internas ao sistema. 
	(b) proposição de uma gramática (GU ou gramática gerativa) que deve ser entendida como “um conjunto de regras não conscientes, análogo a um programa computacional que “constrói um número infinito de frases a partir de um número finito de palavras” (PINKER, 2004, p. 14). Chomsky esclarece melhor como essa gramática interna gera algoritmos ou instruções não conscientes de uso desta linguagem ao afirmar que “cada expressão constitui um complexo de propriedades, as quais fornecem ‘instruções’ para os sistemas de desempenho: a) seu aparato articulatório, b) seus modos de organizar os pensamentos e, assim por diante” (CHOMSKY, 2002, p. 10)” (cf. file:///C:/Users/UEM/Downloads/1188-1395-1-PB.pdf) 
	(b) a desconsideração de fatores de ordem externa, atuante nas relações internas dos signos e da competência cuja ação, se considerada, poderia fazer ruir a idéia de autonomia do sistema e/ou da gramática. 
Exemplo: a dêixis → pessoa (eu, tu) tempo (hoje, ontem, amanhã) e espaço (aqui, lá) demandam a remessa às instancias discursivas para preencher suas referências.
	(c) A consideração da língua como uma instituição social entendida como um meio para se chegar a certo fim (comunicação no interior de um grupo social).
	(c) A consideração da língua como um sistema inato de representação mental, formado estruturas mentais formais e abstratas subjacentes ao conhecimento linguístico, estruturas que formariam uma gramática.
	(c) a desconsideração de que a língua, enquanto prática social, estaria ligada a relações de poder dentro de uma sociedade. 
Ausência de concordância de número: 
“Erro”: Ficava os dois discutindo aqui; As conta quase toda 
 “Erros que não são percebidos”: “As mudanças bruscas do momento político pode provocar um aumento de patologias mentais. (Jornal do Brasil, 2/4/1990, 1o. Caderno, p.10, c.3)” e “As relações entre os professores e os donos de escolas particulares não anda bem (Correio Braziliense, 16/4/1996, Cidade, p.18, c. 4)”
	(d) a proposição de uma Linguística da língua (e a consequente exclusão da fala) que teria como preocupação o estudo desse sistema autônomo e homogêneo. 
	(d) a proposição de uma Linguística voltada para a competência linguística de um falante ouvinte ideal e a exclusão do uso concreto da língua em situações de comunicação (desempenho).
	(d) desconsideração da heterogeneidade conflitiva registrada na língua. 
(a) Sua mãe tá aí.Você não vai receber?
Receber porquê? Por acaso ela me deve alguma coisa? 
	(e) a ênfase na construção da língua pela coletividade, fato que marcaria uma ordem própria da língua, caudatária do caráter social da língua – e da ordem social positiva – como um registro fixado igualitariamente na memória dos falantes. 
	(a) ênfase no aspecto cognitivo, individual e inato da competência, fato que marca uma ordem própria da competência, geneticamente determinada e igual para todos os seres humanos.
	(e) a desconsideração das variações locais próprias dos indivíduos e dos grupos que, marcados por temporalidades e símbolos particulares – muitas vezes conflitantes – compõem uma sociedade mais pelo conflito do que pelo acordo, opção teórica que, se considerada, poderia fazer ruir a suposta homogeneidade do sistema da língua e da competência do falante.
Linguística hoje (weewood)
� Todas as considerações sobre Saussure se baseiam nas afirmações presentes em CORRÊA, M. L. G. Linguagem & comunicação social: visões da linguística moderna. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
� Todas as considerações sobre Saussure se baseiam nas afirmações presentes em CORRÊA, M. L. G. Linguagem & comunicação social: visões da linguística moderna. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
� “Metódico, com objetivos limitados e bem definidos, Palomar observa uma onda. De pé, na praia, ‘vê despontar uma onda lá ao longe, vê-a crescer, aproximar-se, mudar de forma e de cor, enrolar-se sobre si própria, quebrar-se, desvanecer, refluir’ (Calvino, 1983). Se conseguir isolar uma onda, colher todas as suas componentes sem descurar nenhuma delas, registrar aspectos não recolhidos antes e aperceber-se, por fim, que as imagens se repetem, terá efetuado a operação desejada, conhecerá uma onda e poderá universalizar seu conhecimento, agora capaz de um saber sobre toda e qualquer onda.” (GERALDI, 2002, p.09) “Operação difícil àquela que pretende Palomar. Como isolar uma onda, medir sua direção, velocidade, forma, força, se ao mesmo tempo ela se estende em continuidade, avança em alas com reentrâncias formando um centro de convergência/divergência, atrasado em relação às alas, sujeito à sobreposição de uma outra onda mais forte que o rebenta, separando e fragmentando a onda em ondas individualizadas? Como delimitar o campo de observação para que o inventario dos movimentos de ondas que nele se repetem, em determinado espaço de tempo, possa representar todas as ondas?” (GERALDI, 2002, p. 10). Operação tal como a realizada por Saussure. Alguns linguistas da atualidade, “(...) ao invés de permanecer na praia, em pé, como Palomar, buscando isolar uma onda para calcular suas características universalizáveis e produzir um conhecimento capaz de explicar pela razão toda e qualquer onda, para tentar compreender a linguagem, há que mergulhar (...) em seu mar continuo de discursos para sentir a onda e, vivendo-a, compreendê-la em seu movimento e no seu impacto na pele do observador, radicalizando a afirmação da sociologia de que todo o conhecimento na área das ciências humanas vem marcado pelas condições sócias de sua produção” (GERALDI, 2002, p.22) 
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