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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA QUÍMICA Identificação dos cátions do grupo I REIJANE COSTA Dezembro – 2017 Ilhéus - Bahia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 1 REIJANE COSTA Identificação de cátions do grupo I Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET985 – Química Analítica Qualitativa P (04). Professora – Luana Novaes Santos Dezembro - 2017 Ilhéus - Bahia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 2 1. RESULTADOS E DISCUSSÕES 1.1 Teste de chama Os procedimentos foram realizados com soluções de cloreto de sódio (NaCl), cloreto de potássio (KCl) e cloreto de amônio (NH4Cl), em virtude da dissociação dos sais em água os mesmos foram utilizados para analisar alguns cátions do grupo I: Na+, K+ e NH4 +, embora o íon amônio não seja um cátion do grupo I, ele apresenta propriedades semelhantes e geralmente são incluídos. O primeiro método foi o teste de chama. Os resultados estão dispostos na tabela 1. Tabela 1 – Resultados do Teste de Chama Cátion Cor da Chama Na+ Amarelo K+ Lilás NH4 + Azul Claro De acordo com os dados obtidos é possível observar que a cor da chama está relacionada com os diferentes elementos químicos. Cada elemento químico possui distribuição eletrônica própria e específica e, de acordo com os três postulados de Niels Bohr, (1) todo átomo possui energia constante e (2) quando certa quantidade de energia é fornecida a determinado elemento, alguns elétrons da camada de valência absorvem essa energia e passam para um nível de energia mais elevado; tal fato é conhecido como transição eletrônica e se diz que o átomo passou para um estado excitado. Porém, esta situação é temporária e (3) o elétron tende a retornar ao seu nível de origem. O retorno do elétron ocorre com liberação de energia, igual à energia absorvida, na forma de ondas eletromagnéticas, que é percebida pela luz visível, com presença de coloração. [2] A análise da figura 1 permite avaliar a faixa de comprimento de onda de cada cátion analisado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 3 Figura 1 – Espectro de ondas eletromagnéticas, frequência e comprimento de onda correspondente a cada cor observada. Fonte: cienciaetecnologiadaborracha.com Sendo assim, a fonte de energia utilizado no experimento (chama do bico de Bunsen) foi suficiente para excitar o elétron, e uma vez realizado o salto quântico e retornando para seu estado fundamental foi possível observar as diferentes colorações na chama, que são únicas para cada elemento químico. 1.2 Reação com acetato de zinco e Uranila O procedimento de acetato de zinco e Uranila não foi realizado devido à falta de reagentes. As observações presentes para tais reações com os cátions foram encontrados na literatura. Das reações com os cátions, apenas foi possível identificar o sódio devido ao precipitado amarelo formado. A equação química abaixo descreve a reação. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 4 Na reação é possível visualizar pequenos cristais de branco à amarelo claro que confirma a presença do sódio na solução. A adição de algumas gotas de álcool favorece essa precipitação, visto que implica na diminuição da solubilidade do precipitado. 1.3 Reação com cobaltonitrito A equação química abaixo descreve a reação dos íons potássio com os íons cobaltonitrito (provenientes da dissociação do cobaltonitrito de sódio). ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Forma-se um precipitado amarelo, fato que evidenciou a presença do cátion potássio. A composição em K2[Co(NO2)6] e K3[Co(NO2)6], dependendo da concentração de íons sódio e da temperatura da solução. O teste pode ser mais rápido em soluções concentradas e com excesso de reagentes, porém o processo é mais lento quando a solução é diluída, em circunstância da cinética química. A precipitação de íons potássio é feita numa solução tamponada de ácido acético e acetato de sódio, a finalidade é para que o pH da solução não varie bruscamente para meios fortemente ácidos ou básicos. Num meio fortemente ácido evita-se a decomposição do reagente: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Sendo assim, o Co(III) seria reduzido a Co(II) e a solução seria rosada. Em contrapartida, um meio fortemente básico ocorre precipitação de Co(OH)3, que possui coloração escura. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 5 Com o íon amônio, o teste é feito de forma idêntica e apresenta as mesmas características; o precipitado formado também possui cor amarela e a reação segue a equação abaixo: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Para a identificação dos íons de sódio nada foi observado, uma vez que o mesmo é resultado da dissociação do cobaltonitrito de sódio, que é solúvel em água. 1.4 Reação com ácido perclórico Ao adicionar ácido perclórico em cada solução contendo alguns íons do grupo I da tabela periódica (Na+, K+) e íon NH4 +, observou-se que apenas o tubo de ensaio contendo os cátions potássio precipitou. A equação química para a reação é dada abaixo. ( ) ( ) ( ) O composto químico formado é o perclorato de potássio, devido à baixa solubilidade do mesmo em água foi possível verificar o precipitado formado. As equações químicas para os íons NH4 +, Na+ em ácido perclórico são mostradas a abaixo. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Os compostos iônicos formados possuem alta solubilidade em água, sendo assim, forma-se uma solução aquosa desses sais. Os compostos apresentam ligações iônicas de natureza eletrostática, tais forças eletrostáticas conferem características e propriedades específicas para a espécie química, como por exemplo, a alta solubilidade em água. Este fato é devido ao caráter polar da água UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 6 que faz com que as ligações químicas que mantém os átomos do composto cristalino unidos sejam rompidas. No entanto, nem todos os sais são solúveis, fato que pôde ser comprovado no experimento. De acordo com a literatura todos os sais do íon perclorato (ClO4 -) são solúveis, exceto o perclorato de potássio. 1.5 Reação de íon amônio com base forte Em uma reação com base forte (NaOH), o íon amônio é convertido em amônia de acordo com a equação química:( ) ( ) ( ) ( ) A solução alcalina foi aquecida para que o gás amônia se desprendesse e, para concluir os resultados, já que a amônia é um gás incolor, utilizou-se o papel de tornassol, que é indicador de ácido e base. O contato do gás amônia com o tornassol mudou rapidamente a coloração do papel, de rosa para azul, fato que evidenciou a formação do gás. [3] 2. CONCLUSÃO Com a realização deste experimento foi possível identificar os cátions do grupo I, assim como o íon amônio, tendo em vista algumas propriedades comuns. De modo geral, nem todas as técnicas são viáveis para identificar os cátions, no teste de chama, por exemplo, a identificação da amônia é dificultada pela cor da chama, outros testes teriam que ser realizados para comprovar. Nos testes com o acetato de zinco e Uranila, cobaltonitrito de sódio e ácido perclórico foi possível identificar pela precipitação dos compostos, sendo que nem todos os métodos foram positivos para os cátions. O íon amônio foi mais bem identificado no teste com a reação de uma base forte. Portanto, para a identificação de espécies químicas em análise qualitativa é fundamental a busca por testes positivos contidos na literatura, de modo que facilite o procedimento. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Engenharia Química Curso: Engenharia Química 7 3. REFERÊNCIAS [1] Atkins,P., Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente; Peter Atkins e Loretta Jones. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. [2] Russel, J. B. Química Geral, Vol. 1. 2ª edição, São Paulo; Makron Books, 1994. [3] Reações dos íons Amônio — NH4 +; disponível em < http://wwwp.fc.unesp.br/~galhiane/amonio.htm>. Acesso em 28 de novembro de 2017.
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