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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
____________________________________________________________________________ 
Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 50 
 PROCESSO SELETIVO PARA 
PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA 
MÉDICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA CONHECIMENTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
Leia atentamente as instruções seguintes: 
1. Este caderno de questões contém 100 (cem) questões de múltipla escolha, com quatro 
opções (A, B, C, D) e uma única resposta correta. 
2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias. 
3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 
4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 
5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta 
esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar 
seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões 
não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada 
questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não 
haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras. 
6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de 
questões e o cartão-resposta. 
7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da 
aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova 
nos 30 minutos que antecedem o término das provas. 
8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar 
seus cartões-resposta simultaneamente. 
9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, 
continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua 
prova anulada. 
10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores 
do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso. 
TTIIPPOO 11 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 2 de 50 
01 – Paciente quartigesta, com história prévia de três abortamentos 
consecutivos, é atendida em Unidade Básica de Saúde da Família para iniciar 
o pré-natal. Ela está bastante apreensiva em relação a possíveis desfechos 
negativos nesta gestação e deseja saber onde deverá seguir o 
acompanhamento pré-natal e onde deverá ser realizado o seu parto. 
Qual é a orientação mais adequada para a paciente? 
 
A. Pré-natal na Unidade Básica de Saúde e no Centro de Referência para 
Gestação de Alto Risco; parto em Maternidade de Alto Risco. 
B. Pré-natal na Unidade Básica de Saúde ou no Centro de Referência para 
Gestação de Alto Risco; parto em Maternidade de Risco Habitual. 
C. Pré-Natal na Unidade Básica de Saúde ou Centro de Referência em 
Atenção Secundária; parto em Maternidade de Risco Habitual. 
D. Pré-Natal na Unidade Básica de Saúde e no Serviço de Medicina 
Fetal; parto em Maternidade de Muito Alto Risco. 
 
 
02 – Adolescente, 16 anos, em uso de anticoncepcional combinado oral 
havia 20 dias, é atendida em Pronto Atendimento com dor aguda e edema em 
membro inferior esquerdo. Ao exame físico, observam-se empastamento e dor 
à palpação de panturrilha esquerda e circunferência da panturrilha esquerda 5 
cm maior que a do membro contralateral. 
Qual é o mecanismo fisiopatológico mais provável da condição acima? 
 
A. A metabolização hepática da progesterona ocasiona o aumento de 
trombina. 
B. A metabolização do estrogênio leva ao aumento da produção de 
proteína S. 
C. A metabolização do estrogênio aumenta a produção de fibrinogênio. 
D. A metabolização da progesterona leva à redução da produção de 
antitrombina. 
 
 
03 – Mulher, 25 anos, teve relação sexual sem uso de preservativo há 48 horas e 
procura atendimento para contracepção de emergência. 
Qual é o mecanismo de ação do tratamento indicado para a paciente? 
 
A. O componente estrogênico da pílula suprime a secreção do hormônio 
luteinizante e, assim, inibe a retomada da meiose pelo oócito primário. 
B. O componente progestagênico da pílula suprime a secreção do 
hormônio luteinizante e, assim, inibe a liberação oócito secundário. 
C. O componente estrogênico da pílula suprime a secreção do hormônio 
luteinizante e, assim, inibe a maturação folicular. 
D. O componente progestagênico da pílula suprime a secreção do folículo 
estimulante e, assim, a formação do folículo dominante. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 3 de 50 
04 – Mulher, 35 anos, com histórico familiar de câncer de mama (mãe, aos 45 anos), 
comparece à Unidade Básica de Saúde da Família para receber orientações 
sobre o rastreamento do câncer de mama. 
Como deve ser realizado o rastreamento do câncer de mama para essa 
paciente? 
 
A. Mamografia bienal a partir dos 50 anos de idade 
B. Mamografia anual a partir dos 35 anos de idade 
C. Ultrassonografia de mama a partir dos 40 anos de idade 
D. Autoexame das mamas a partir dos 40 anos de idade 
 
 
05 – Gestante, com antecedente de parto vaginal na 30ª semana de gestação 
há 2 anos, é encaminhada para consulta de rotina de Pré-Natal na Unidade de 
Atenção Secundária do município. No momento, encontra-se com idade 
gestacional de 28 semanas. 
Qual é a conduta mais adequada para o pré-natal da paciente? 
 
A. Prescrever betametasona e retorno em 4 semanas. 
B. Manter rotina de Pré-Natal de baixo risco. 
C. Colher swab vaginal e anal para cultura de estreptococo. 
D. Prescrever progesterona e retorno em 2 semanas. 
 
 
06 – Paciente primigesta chega ao Pronto Socorro com dor abdominal 
intensa localizada em fossa ilíaca esquerda, sem irradiação, e 
sangramento vaginal de pequena quantidade. Última menstruação 
ocorreu há 12 semanas. Observam-se ao exame físico: bom estado geral; 
hipocorada (+/4+); PA: 110/80 mmHg; FC: 72 bpm; abdome normotenso, 
doloroso à palpação de fossa ilíaca esquerda, descompressão brusca negativa; 
e pequena quantidade de sangue através do orifício externo do colo uterino. Ao 
toque vaginal, verifica-se que o colo uterino se encontra amolecido e fechado, o 
útero está intrapélvico e os anexos estão livres. A paciente não apresenta dor à 
mobilização do colo e à palpação de fundo de saco. 
O diagnóstico mais provável é: 
 
A. Doença inflamatória pélvica 
B. Ameaça de abortamento 
C. Abortamento tubário 
D. Abortamento molar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS– TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 4 de 50 
07 – Paciente, 22 anos, procura atendimento por gravidez decorrente de 
estupro e desejo de interrupção da gravidez. Após história clínica e exame 
físico realizados de forma minuciosa, você solicita exame ultrassonográfico que 
confirma gestação tópica de 16 semanas, com desenvolvimento fetal normal. 
A idade gestacional é compatível com a data de relato da violência. 
Qual é a conduta que deverá ser tomada? 
 
A. Solicitar o registro do boletim de ocorrência policial, realizar a 
interrupção da gravidez após assinatura do termo de consentimento pela 
paciente e do termo de aprovação do procedimento por três profissionais 
de saúde. 
B. Solicitar autorização judicial e parecer técnico detalhado, realizar a 
interrupção da gravidez após assinatura do termo de consentimento pela 
paciente e do termo de aprovação do procedimento por três profissionais 
de saúde. 
C. Solicitar termos de relato circunstanciado do evento, de responsabilidade 
e de consentimento assinados pela paciente, e realizar a interrupção da 
gravidez após parecer técnico e termo de aprovação do procedimento 
assinado por três profissionais da saúde. 
D. Solicitar o registro do boletim de ocorrência policial e parecer técnico 
detalhado assinado por três profissionais de saúde, não realizar a 
interrupção da gravidez, pois a idade gestacional encontra-se acima de 
12 semanas. 
 
08 – Paciente G2P2 (1 cesárea anterior), em pós-parto vaginal imediato, 
apresentou perda de aproximadamente 700 mL de sangue. Ao exame físico notam-
se; FR: 20 irpm, FC: 120 bpm, PA: 100/60 mmHg e útero com tônus preservado. 
Qual é a causa mais provável da condição acima? 
 
A. Laceração do canal de parto 
B. Ruptura uterina 
C. Retenção placentária por acretismo 
D. Inversão uterina 
 
 
09 – Paciente, 52 anos, nuligesta, obesa, com menopausa há 5 anos em uso 
de terapia hormonal desde então, procurou a Unidade Básica de Saúde devido 
a sangramento vaginal em pequena quantidade, esporádico, com início havia 2 
meses. O exame físico ginecológico não revelou alterações. A ultrassonografia 
pélvica evidenciou endométrio de 16 mm (referência menor ou igual a 5 mm 
para pacientes sem uso de terapia hormonal). 
Qual é o próximo exame a ser realizado para estabelecer o diagnóstico? 
 
A. Antígeno carcinoembrionário (CA 125) 
B. Exame histológico de esfregaço endocervical 
C. Tomografia computadorizada de pelve 
D. Biópsia endometrial 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 5 de 50 
10 – Paciente quartigesta, 24 anos, com três filhos vivos, duas cesáreas 
anteriores, chega em Pronto Atendimento para cesárea com 40 semanas de 
gestação. Paciente e marido manifestam o desejo de laqueadura tubária no 
momento da admissão hospitalar. 
Qual é a conduta mais adequada? 
 
A. Encaminhar para laqueadura 60 dias após parto, com consentimento 
livre e esclarecido assinado pelo casal. 
B. Realizar a laqueadura durante a cesárea, após consentimento livre e 
esclarecido assinado pelo casal, devido a cesáreas sucessivas 
anteriores. 
C. Realizar a laqueadura durante a cesárea, após consentimento do casal e 
relatório assinado por dois médicos com atestado de risco de vida em 
gestações futuras. 
D. Oferecer aconselhamento contraceptivo multidisciplinar e contraindicar 
esterilização precoce, já que a idade da paciente é inferior a 25 anos. 
 
 
11 – Mulher, 56 anos, última menstruação há 3 anos, comparece numa 
Unidade Básica de Saúde da Família com queixa de secura vaginal, diminuição 
da libido e incontinência urinária aos esforços havia 6 meses. Há referência de 
trombose venosa profunda após cirurgia para correção de fratura de 
fêmur. Ao exame físico observam-se: PA=149/89 mmHg; IMC=30 
kg/m2. Não se verificaram alterações nas dosagens séricas do colesterol 
total e frações. Última mamografia realizada há 1 ano não mostrou alterações. 
Qual é a melhor opção de tratamento para a paciente? 
 
A. Lubrificante vaginal e propionato de testosterona injetável. 
B. Dehidroepiandrosterona transdérmica, se níveis séricos diminuídos. 
C. Terapia hormonal combinada com estrógeno e progesterona. 
D. Estrógeno vaginal e modificações do estilo de vida. 
 
 
12 – Primigesta, 18 anos, com 9 semanas de gestação comparece à Unidade 
Básica de Saúde da Famíl ia para consulta de pré-natal de rot ina. 
Está assintomática no momento da consulta. Dentre os exames de rastreamento 
de primeiro trimestre de gestação, observa-se VDRL com titulação de 1:4. 
Qual é a conduta mais adequada para a paciente? 
 
A. Prescrever o tratamento com penicilina benzatina. 
B. Repetir o VDRL em 2 semanas para confirmar o diagnóstico. 
C. Solicitar o FTA-Abs, porque o resultado pode ser falso-positivo. 
D. Repetir o VDRL entre a 24ª e 28ª semana de gravidez. 
 
 
 
 
 
 
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FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 6 de 50 
13 – Gestante, 41 semanas, secundigesta, recusou a indução do parto por 
desejar parto natural. Ao toque vaginal, apresenta colo com 2 cm de dilatação. 
Como deverá ser realizada a avaliação da vitalidade fetal? 
 
A. Dopplervelocimetria e perfil biofísico fetal duas vezes por semana. 
B. Amnioscopia e ultrassonografia obstétrica duas vezes por semana. 
C. Cardiotocografia e perfil biofísico fetal duas vezes por semana. 
D. Cardiotocografia e dopplervelocimetria duas vezes por semana. 
 
14 – Primigesta, 16 anos, idade gestacional de 35 semanas, chega ao Pronto-
Socorro apresentando cefaleia com escotomas e epigastralgia. Apresenta-se 
com aumento inédito dos níveis pressóricos (PA = 150/100 mmHg), BCF = 140 
bpm e ausência de edemas. Em reavaliação após 4 horas, mantém queixa de 
cefaleia com escotomas e epigastralgia, PA = 150/110 mmHg e BCF = 144 
bcf/min. Exames laboratoriais evidenciam relação proteína/creatinina na urina = 
0,6 mg/dL, hemoglobina = 12 g/dL, plaquetas = 110 mil/mm3 e transaminases 
hepáticas e creatinina sérica sem alterações. 
Qual é o diagnóstico e a conduta para a paciente? 
 
A. Hipertensão gestacional, anti-hipertensivo oral, parto no termo. 
B. Pré-eclâmpsia leve, anti-hipertensivo, indução do parto. 
C. Síndrome HELLP, betametosona, cesárea. 
D. Pré-eclâmpsia grave, sulfato de magnésio, indução do parto. 
 
15 – Paciente, 35 anos, com amenorreia havia 11 meses, em investigação 
laboratorial, apresenta-se com os seguintes resultados dos exames 
laboratoriais: FSH= 40U/L; Estradiol= 30pg/mL, TSH= 3,5mU/L e beta HCG 
negativo. Os exames foram repetidos em intervalo de 45 dias, com confirmação 
dos resultados. 
Qual é principal hipótese diagnóstica? 
 
A. Amenorreia hipotalâmica. 
B. Menopausa. 
C. Falência Ovariana Prematura. 
D. Pseudociese. 
 
16 – Paciente, 16 anos, procura atendimento médico com queixa de acne e 
crescimento de pelos na face e no abdome desde a menarca. Interrompeu uso 
de anticoncepcional oral há 6 meses e, desde então, vem apresentandoganho 
ponderal e irregularidade menstrual com oligomenorreia. O exame físico 
revelou IMC (Índice de Massa Corpórea) de 29kg/m2, acne moderada e 
hirsutismo, sem outras alterações. 
Quais exames complementares são essenciais para a investigação 
diagnóstica? 
 
A. Ultrassonografia pélvica, beta HCG, testosterona livre. 
B. TSH, prolactina, 17-hidroxiprogesterona. 
C. FSH, estradiol e sulfato de dehidroepiandrosterona. 
D. Ressonância magnética e cortisol urinário. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 
 
FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 7 de 50 
17 – Paciente secundigesta, parto normal anterior, internada na sala de pré-
parto há 10 horas, conforme registro no partograma que se segue: 
 
 
 
 
Qual é o diagnóstico e a conduta mais adequada para a paciente? 
 
A. Parada secundária da descida, indicar amniotomia. 
B. Desproporção cefalopélvica, indicar cesárea. 
C. Período expulsivo prolongado, indicar vácuo-extração. 
D. Parada secundária da dilatação, aumentar ocitocina. 
 
 
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FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 1 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 8 de 50 
18 – Paciente, 26 anos, nuligesta, realizou citologia oncótica de rotina com 
laudo de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL). Encaminhada para centro 
de referência, onde realizou colposcopia. A colposcopia foi insatisfatória 
(junção escamo colunar não visível), mas a biópsia da área suspeita revelou 
NIC III. Após excisão, a peça cirúrgica mostrou margens comprometidas por 
NIC I. 
Como deverá ser realizado o seguimento da paciente? 
 
A. Citologia e colposcopia semestrais por dois anos. 
B. Conização por alta frequência em seis meses. 
C. Citologia e colposcopia anuais por cinco anos. 
D. Citologia e colposcopia semestrais por um ano. 
 
 
19 – Primigesta com 35 semanas de gestação, vítima de acidente 
automobilístico, é admitida no Pronto Atendimento com dor abdominal de forte 
intensidade, contínua, sangramento vaginal moderado, sem perda de 
líquidos. Iniciou com contrações há 3 horas. Ao exame físico: pressão 
arterial = 100/70 mmHg e FC = 110 bpm. O útero apresenta-se hipertônico e 
uma quantidade moderada de sangue escurecido é percebida no introito 
vaginal. A dinâmica uterina revela duas contrações em 10 minutos. O colo 
uterino apresenta dilatação de 2 cm. Os batimentos cardíacos fetais estão 
entre 170 a 180 bpm. 
Qual é o diagnóstico mais provável e a conduta para a paciente? 
 
A. Descolamento placentário, cesárea. 
B. Vasa prévia, indução do parto. 
C. Trabalho de parto, ocitocina. 
D. Placenta prévia, cesárea. 
 
 
20 – Adolescente, 17 anos, é admitida no Pronto Atendimento com quadro de 
dor hipogástrica de forte intensidade, acompanhada de febre havia 2 dias. 
Última menstruação há 7 dias. Ela relata relações sexuais esporádicas, 
com uso irregular de preservativo. Ao exame físico: PA = 110/72mmHg, 
FC = 72, temperatura axilar = 38,5ºC, descompressão brusca positiva e dor 
à mobilização de colo uterino e anexos. 
Qual é o diagnóstico mais provável e tratamento mais adequado para a 
paciente? 
 
A. Gravidez ectópica, laparoscopia. 
B. Doença inflamatória pélvica, antibioticoterapia. 
C. Abscesso tubo-ovariano, laparotomia. 
D. Gravidez ectópica rota, laparotomia. 
 
 
 
 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 9 de 50 
Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde da Família no município de 
Uberlândia, leia as questões de 21 a 28 e responda de acordo com as políticas 
nacionais voltadas para a atenção básica. 
 
 
21 – Paciente, 49 anos, chega com queixa de fogachos, ressecamento vaginal, 
diminuição da libido, irritabilidade e variação de humor. Relata que os episódios 
começaram há cerca de 1 ano, coincidindo com a irregularidade do 
sangramento menstrual e estão bastante intensos. 
A conduta mais adequada para a paciente é: 
 
A. Encaminhar para o serviço de referência para descartar condições 
clinicas. 
B. Solicitar dosagem de FSH, LH, TSH, prolactina e T4 livre antes de fechar 
o diagnóstico. 
C. Prescrever extrato padronizado em 40% a 70% de isoflavonas. 
D. Abordar a paciente com o mínimo de intervenção possível, uma vez que 
aceitar o envelhecimento e seus sintomas faz parte dessa faixa etária. 
 
 
22 – Paciente, 24 anos, traz resultado positivo de Beta-HCG após relação 
sexual onde foi executada a prática do “stealthing” (A prática do “stealthing” é a 
remoção proposital e não consentida do preservativo durante um ato sexual 
para o qual a parceira só tenha consentido ao sexo seguro com preservativo) 
por parte do parceiro. A paciente apresenta-se bastante transtornada com o 
resultado do exame e deseja orientações sobre seus direitos. 
Assinale a alternativa com a conduta mais adequada: 
 
A. Inicia o cuidado pré-natal com solicitação dos exames laboratoriais e 
ultrassonografia, determina idade gestacional e preenche os dados no 
SIS Pré-Natal, além de encaminhar a paciente para acompanhamento 
psicológico; 
B. Orienta que uma vez que foi vítima de violência sexual ela tem direito ao 
abortamento legal, podendo optar por manter ou interromper a gravidez 
desde que a mesma seja realizada até 20 semanas e notifica o caso. 
C. Informa a mulher que caso ela deseje, é possível interromper a gestação 
desde que ela busque a polícia, notifique a ocorrência e retorne ao 
serviço de referência ao atendimento de mulheres vítimas de violência 
com o Boletim de Ocorrência. 
D. Orienta que a prática do “stealthing” não caracteriza violência sexual e, 
portanto, legalmente a interrupção não é possível, mas se coloca 
disponível para conversar com o parceiro e mediar os possíveis conflitos 
de uma gestação não planejada. 
 
 
 
 
 
 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 10 de 50 
23 – Paciente traz o filho de 10 anos para consulta pois está preocupada com a 
alimentação do filho. Relata que ele tem dificuldade de comer frutas e verduras 
e acredita que ele esteja com sobrepeso. O filho apresenta IMC de 25 e ela 
deseja orientações sobre ações que auxiliem a melhora do quadro. 
Assinale a alternativa com a conduta CORRETA: 
 
A. Encaminhar a criança para a nutricionista, uma vez que ela está com 
obesidade, para indicar uma dieta com restrição de alimentos. Orientar 
os pais diminuir a frequência de refeições que devem ser divididas em 
desjejum, almoço e jantar. 
B. Orientar que a os pais devem incentivar o consumo de verduras e 
legumes,sempre iniciando a refeição da criança com estes alimentos e 
só permitindo a ingestão dos demais alimentos (carboidratos, proteínas e 
gorduras) após ele ter terminado de comer a "salada". 
C. Orientar os pais a enviar frutas ou alimentos nutritivos para o lanche 
escolar e não permitir que a criança se alimente com a refeição 
fornecida pela escola pois esta é destinada para crianças com IMC 
normal e pode significar um aumento no aporte calórico. 
D. Orientar a diminuição da exposição da criança à propaganda de 
alimentos, bem como evitar o hábito de comer assistindo televisão, uma 
vez que isto tira o foco da criança do processo alimentar e dificulta a 
autopercepção de saciedade. 
 
 
24 – Usuário interroga se existem hábitos ou sinais que indiquem um risco 
aumentado de desenvolver obesidade infantil. 
Assinale a alternativa que corresponde a situações frequentemente associadas 
à obesidade infantil que servem para facilitar a identificação de fatores de risco: 
 
A. Ausência de aleitamento materno, uma vez que a maioria dos estudos 
atribui ao aleitamento materno uma ação protetora contra a obesidade 
em crianças. 
B. Hábitos alimentares da família como ter um desjejum com alimentos 
muito “pesados” como ovos fritos, inhame e salsicha. O ideal é que se 
comece o dia com uma fruta ou alimentos leves. 
C. Sobrepeso ou obesidade dos pais, uma vez que pais que não 
conseguem controlar a sua alimentação não são bons exemplos em 
qualidade alimentar para os filhos. 
D. Presença de cáries antes dos 5 anos de idade, uma vez que indica um 
consumo excessivo de açúcares e guloseimas e pouco estímulo ao 
autocuidado da criança por parte dos pais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 11 de 50 
25 – Durante atividade de educação permanente realizada na UBSF, em que 
estava em discussão as Políticas de Promoção de Equidade em Saúde, uma 
das participantes questiona “O SUS produziria equidade? ”. O debate em torno 
da questão trouxe alguns argumentos que estão relacionados abaixo. 
I – Sim e não. Sim, quando amplia o acesso à atenção básica, à cobertura 
vacinal e aumenta a possibilidade de tratamento para doenças como AIDS, 
câncer e saúde mental. Não, quando ainda persistem diferenças de acesso em 
razão de obstáculos decorrentes da política e da gestão do sistema. 
II – A operacionalização do conceito de equidade exige tal grau de sofisticação 
e de delicadeza da política, da gestão e da própria organização social que 
ainda em situações concretas é impossível observar-se sua aplicação efetiva. 
III – A prática da equidade dependeria de um elevado grau de democracia, de 
distribuição das cotas de poder, do controle social do exercício desse poder 
descentralizado de maneira a se evitar abusos e, paradoxalmente, também de 
um elevado grau de autonomia dos agentes sociais. 
IV – A equidade não deve ser somente avaliada com relação ao acesso, 
utilização de serviços e alocação de recursos, mas também considerando as 
desigualdades das condições de vida, que exporiam as pessoas de maneira 
diferente a fatores determinantes na produção de saúde e doenças. 
Assinale a alternativa que corresponde aos argumentos CORRETOS: 
 
A. I, II e III 
B. II, III e IV 
C. I, III e IV 
D. I, II e IV 
 
 
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26 – A notif icação compulsória da violência é obrigatória para os 
médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços 
públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente: 
I - A Portaria que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços públicos e privados 
em todo território nacional atende aos dispositivos presentes no Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA), no Estatuto do Idoso e na Lei nº 
10.778/2003 que institui a notificação compulsória de violência contra a mulher 
atendidas nos serviços de saúde. 
II - Para fins de facilitar o correto preenchimento da Ficha de Notificação 
Compulsória foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde o Instrutivo 
relacionado à notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências 
no qual consta a mudança do conceito de estupro e assédio sexual, além da 
não mais utilização do conceito de atentado violento ao pudor. 
III – A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de 
saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro 
atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, 
pelo meio mais rápido disponível. Essa modalidade não se aplicará aos casos 
de violência que devem ser informados semanalmente conforme estabelecido 
pela Portaria em vigor. 
IV - Todos os casos prováveis ou suspeitos de violências serão considerados 
como “casos” de violências e devem ser notificados. Não se faz necessária a 
confirmação da violência, a exemplo das doenças transmissíveis, para o 
encerramento do caso. Na perspectiva da vigilância, o caso é encerrado no 
próprio ato de preenchimento da ficha de notificação. 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas: 
 
A. I, II e III 
B. II, III e IV 
C. I, III e IV 
D. I, II e IV 
 
 
 
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27 – Paciente, 68 anos, acamado, está acompanhado pela equipe do programa 
de atenção domiciliar (AD modalidade 2- necessidade de cuidados paliativos) 
desde a última internação há 01 mês. A família buscou orientações na UBSF 
sobre o desejo dele de não ser novamente levado para o hospital em caso de 
nova “crise” e que não deseja ser submetido a nenhum procedimento que 
prolongue sua vida. No registro do prontuário sobre a visita domiciliar 
compartilhada realizada na semana consta que o mesmo se apresentava com 
as funções cognitivas preservadas e sem prejuízo de funções psíquicas. Não 
constam informações sobre a demanda referida pela família. São orientações 
pertinentes ao caso: 
I - Informar à família sobre o que é testamento vital ou diretivas antecipadas de 
vontade do paciente. Orientar que o paciente deve ser respeitado e envolvido 
por inteiro no processo de decisão, para que possa exercer sua autonomia. 
Explicar sobre as possibilidades de registro em documento que expresse os 
tipos de tratamento/procedimentos que o paciente recuse receber de 
profissionais de saúde e cuidadores durante estágio terminal de vida. 
II - Informar sobre a necessidade de conversar com o médico assistente, 
assegurar que o paciente recebeu informações adequadas em relação ao seu 
tratamento, sobre as consequências que sua aceitação ou rejeição podem 
acarretar. Explicar que assim como ocorreno consentimento informado, 
também é direito do paciente receber informações sobre procedimentos 
propostos, riscos associados., resultados esperados e então emitir autorização 
ou recusa para a prática do ato médico. 
III – Informar que no Brasil é proibida a prática da eutanásia, sendo as diretivas 
antecipadas admitidas somente em casos de ortotanásia. Orientar a família e 
demarcar a diferença entre cuidados paliativos e tratamentos desnecessários e 
desproporcionais, uma vez que apenas o segundo pode ser objeto da 
declaração. Valorizar a relação médico paciente e enfatizar o respeito à 
autonomia do paciente em todos os momentos até o final da existência. 
IV – Informar que o testamento vital é reconhecido como instrumento legal em 
países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Alemanha e Uruguai. No 
Brasil, ainda não está regulamentado sendo a Resolução CFM 1.995/2012 o 
único instrumento que trata respalda eticamente o profissional médico. Assim, 
caso as diretivas antecipadas estejam em desacordo com sua consciência, o 
médico pode recusar-se a instituí-las, frustrando a perspectiva do paciente. 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas: 
 
 
A. I, II e III 
B. II, III e IV 
C. I, III e IV 
D. I, II e IV 
 
 
 
 
 
 
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28 – Paciente, 45 anos, casada, mãe de 03 filhos acompanhados na Unidade 
desde o pré-natal. Paciente demonstra tristeza e refere ter ido à Unidade após 
o filho mais velho (21 anos) ter se revelado homossexual. Solicita informações 
sobre a cura gay e também sobre as possíveis causas da homossexualidade. 
São condutas esperadas do profissional: 
I – Orientar a mãe sobre as questões de infecções sexualmente 
transmissíveis/aids em razão da prevalência na população e solicitar o 
agendamento de consulta para o filho. 
II - Informar sobre a inexistência de evidências científicas que sustentam as 
estratégias da chamada cura gay e evidenciar os efeitos nocivos da prática. 
III – Explicar que a homossexualidade não integra o rol das doenças e agravos 
da Classificação Internacional de Doenças e não se tem evidências de que 
seria uma doença. 
IV – Orientar a mãe sobre os efeitos da homofobia no isolamento social e na 
incidência de transtornos mentais. 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas: 
 
A. I, II e III 
B. II, III e IV 
C. I, III e IV 
D. I, II e IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Responda as questões de 29 a 31 com base neste enunciado. 
 
29 – De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) de 2017, 
o funcionamento da equipe de Saúde da Família deverá seguir determinados 
critérios. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
A. Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu 
funcionamento com carga horária mínima de 40 horas semanais, no 
mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso 
facilitado à população. A população adscrita por equipe de Saúde da 
Família (eSF) deve ser de 3.000 a 4.000 pessoas, localizada dentro do 
seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica. 
B. Podem existir outros arranjos de adscrição, conforme vulnerabilidades, 
riscos e dinâmica comunitária, facultando aos gestores locais, 
conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica e 
Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de definir outro 
parâmetro. Fica estipulado, para cálculo do teto máximo de equipes de 
Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), pelas quais o 
Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de 
recursos financeiros específicos, a seguinte fórmula: População/2.000. 
C. Equipe de Saúde da Família é composta, no mínimo, por: médico, 
preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade; 
enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar 
e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). 
Devem fazer parte da equipe, também, o agente de combate às 
endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, 
preferencialmente especialista em saúde da família; e auxiliar ou técnico 
em saúde bucal. 
D. O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base 
populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e 
socioeconômicos, de acordo com definição local. Em áreas de grande 
dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-
se a cobertura de 100% da população com número máximo de 500 
pessoas por ACS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30 – Inserido à Rede de Atenção à Saúde (RAS), o município conta também 
com Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB). Quais 
devem ser as características desse núcleo? 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
A. Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por 
categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes de 
Saúde da Família, sendo formada por diferentes ocupações da área da 
saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário 
e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) 
e não das demais equipes de Atenção Básica (eAB). 
B. Os NASF-AB se constituem como serviços com unidades físicas 
independentes ou especiais, e são de livre acesso para atendimento 
individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados 
pelas equipes que atuam na Atenção Básica). Devem, a partir das 
demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes, atuar de 
forma integrada à RAS e seus diversos pontos de atenção, além de 
outros equipamentos sociais públicos/privados, redes sociais e 
comunitárias. 
C. Compete especificamente à Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da 
Família e Atenção Básica (NASF-AB) realizar discussão de casos, 
atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção 
conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções 
no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de 
vida e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e 
promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes, 
dentre outros, no território. 
D. Poderão compor os NASF-AB as ocupações do Código Brasileiro de 
Ocupações - CBO na área de saúde: Acupunturista; Assistente Social; 
Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; 
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Homeopata; Nutricionista; Psicólogo; 
Terapeuta Ocupacional; Médico Veterinário, profissional com formação 
em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, 
não sendo consideradasas especialidades médicas como 
Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria, Pediatria, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 – Usuário, 59 anos, previamente hígido, que refere preocupação com suas 
vacinas, pois irá viajar para o interior do estado do Goiás e na última vez que 
tomou vacinas foi há dez anos quando foi visitar parentes neste mesmo local. 
No cartão de vacina consta registros de vacinação para hepatite viral (3 doses), 
febre amarela (1 dose), dupla adulto (1 dose). 
Assinale a alternativa com a conduta mais adequada: 
 
A. Orientar vacinação contra gripe a partir do próximo ano. 
B. Orientar vacinação tríplice viral, reforço da febre amarela e reforço da 
dupla adulto. 
C. Orientar vacinação para dose de reforço da febre amarela e reforço da 
dupla adulto. 
D. Orientar vacinação para a dose de reforço apenas da dupla adulto. 
 
Responda as questões de 32 a 35 com base no enunciado abaixo: 
 
Na Unidade de Saúde da Família em que você atua como médico(a), você é 
convidado(a) pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) para fazer visita 
domiciliar para usuária que tem 28 anos de idade, ensino superior completo e 
pós-graduação em andamento, e seu filho, Miguel, nascido há 20 dias (recém- 
nascido termo; peso ao nascer = 3.500g). Você não acompanhou seu Pré-
Natal nem a consulta do binômio. Segundo a ACS, até o momento, Miguel não 
recebeu nenhuma vacina visto que a mãe disse que: “A criança acaba de nascer 
e, ao invés de ir mamar e se fortalecer, vão lá e aplicam um vírus cheio de mercúrio 
no bebê. Eu não vou vacinar meu filho!”. 
 
 
32 – Qual, dentre as alternativas abaixo, apresenta uma opção CORRETA para 
conversar com a usuária diante dessa agenda? 
 
A. Algumas vacinas recebem um composto orgânico que contém mercúrio 
e é adicionado como conservante dos imunizantes. Não existe evidência 
que a quantidade utilizada represente um risco para a saúde. 
B. As vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas 
simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, 
exceto as vacinas contra febre amarela, tríplice viral, contra varicela e 
tetra viral. 
C. A contraindicação à vacinação é uma condição que aumenta o risco de 
um evento adverso grave ou faz com que o risco de complicações da 
vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual se deseja 
proteger. 
D. As vacinas bacterianas e virais atenuadas não devem ser administradas 
a usuários com imunodeficiência congênita ou adquirida, e em 
terapêuticas imunodepressoras. 
 
 
 
 
 
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33 – Caso a usuária optasse por vacinar Miguel neste momento, o que deveria 
ser feito? Marque a alternativa CORRETA. 
 
A. Indicar a vacinação, que pode ser feita até 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
B. Não indicar a vacinação, pois essa só pode ser feita após o nascimento. 
C. Indicar a vacinação após os primeiros 30 dias de vida. 
D. Não indicar a vacinação, por essa não mais ter efeito no organismo da 
criança. 
 
34 – Você identifica um grupo de pais contrários à vacinação de seus filhos e 
elabora uma ação de Educação Popular em Saúde para trabalhar essa 
temática. Tendo em vista os princípios da Educação Popular em Saúde, 
expressos pela Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS (PNEPS-
SUS), o que você deve levar em conta para construir e executar essa ação? 
Marque a alternativa CORRETA. 
 
A. O diálogo, em que cada pessoa coloca o que sabe à disposição para 
ampliar o conhecimento crítico acerca da realidade, compreendendo as 
percepções acerca da vacinação, contribuindo com a transformação e a 
humanização. 
B. A problematização, através de palestras com conteúdo técnico 
sobre vacinação, seus benefícios e poucos efeitos colaterais, propondo 
a construção de práticas em saúde alicerçadas na leitura e na análise 
crítica da realidade. 
C. A construção compartilhada do conhecimento, em que processos 
comunicacionais e pedagógicos entre pessoas e grupos de saberes, 
culturas e inserções sociais diferentes podem impor a vacinação dessas 
crianças. 
D. A emancipação, em que pessoas e grupos conquistam a superação e a 
libertação de todas as formas de opressão, exploração, discriminação e 
violência, impondo a todos a não-vacinação das crianças. 
 
35 – Considerando que a ação de Educação Popular em Saúde realizada 
permitiu a capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade 
de vida e saúde no âmbito das questões de vacinação, incluindo uma maior 
participação no controle deste processo, podemos dizer que essa atividade se 
tratou de qual tipo de ação? 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
A. Promoção da Saúde. 
B. Prevenção Primária. 
C. Prevenção Secundária. 
D. Prevenção Quaternária. 
 
 
 
 
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36 – Usuária, 42 anos, doméstica, participante do grupo de dança da Unidade, 
com antecedentes de hipertensão, diabetes e tabagismo que vem a Unidade 
com resultado de exames de rotina do HIPERDIA. Ao exame físico, 
apresenta PA: 120x76 mmHg, FC: 73 bpm, Sat: 97% em ar ambiente, IMC: 
22 kg/m2, ausculta cardiorespiratória sem alterações, pulsos simétricos e sem 
edemas em membros. Seus exames estão normais exceto o HDL = 26 mg/dL. 
Qual a conduta mais adequada para o caso? 
 
A. Explicar os resultados dos exames, acolher a paciente empaticamente, 
buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a 
motivação para abstinência por meio da estratégia da entrevista 
motivacional assumindo um espírito colaborativo, evocativo e que 
respeita a autonomia da pessoa. 
B. Orientar o resultado dos exames, encaminhar a paciente para a equipe 
do Núcleo de Apoio a Saúde da Família, para que eles, dentro de suas 
atribuições, trabalhem as questões do tabagismo e de mecanismos de 
melhora do HDL. 
C. Orientar o resultado dos exames, acolher a paciente empaticamente, 
buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a 
motivação para abstinência por meio da abordagem cognitivo-
comportamental que ajuda a reestruturar cognições funcionais e dar 
flexibilidade cognitiva para avaliar situações específicas. 
D. Orientar o resultado dos exames, acolher a paciente empaticamente, 
buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a 
motivação para abstinência por meio da abordagem centrada na pessoa 
embasa teoricamente a relação e a comunicação indesejáveis entre 
profissional de saúde e indivíduo no contexto da cessação do tabagismo. 
 
 
 
 
 
 
 
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 37 – Em reunião de equipe de uma Unidade Básica de Saúde foi notado que 
mesmo com uma boa adesão dos idosos ao programa de controle da 
hipertensão alguns persistiam com níveis pressóricos descontrolados. Um dos 
agentes comunitários de saúde afirmou que esses casos eram de idosos que 
moram sozinhos. A equipe decidiu então fazer um levantamento de todos os 
idosos hipertensos acompanhados ao longo do último ano, separando-os em 
dois grupos, aqueles que no início do acompanhamento moravam sozinhos e 
aqueles que não moravam sozinhos, para analisar como evoluíram em relação 
ao controle ou não da hipertensão ao longo do referido ano. 
Qual, dentre as alternativas abaixo, apresenta uma análise crítica CORRETA 
sobre o desenho do estudo proposto pela equipe da Unidade de Saúde? 
A. Poderia tratar-se de uma coorte retrospectiva, desde que houvesse 
garantia de que inicialmente os dois grupos de idosos estivessem 
isentos do desfecho. 
B. Poderia tratar-se de um estudo de intervenção, desde que houvesse o 
cuidado de selecionar os dois grupos de idosos de forma randomizada. 
C. Poderia tratar-se de um estudo de coorte prospectiva, desde que 
houvesse o cuidado de garantir uma seleção aleatória dos dois grupos 
de idosos. 
D. Poderia tratar-se de um estudo de caso controle, desde que os critérios 
de inclusão e exclusão dos dois grupos estivessem inicialmente bem 
definidos. 
 
 
 
 
 
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38 – Usuário, 52 anos, previamente hígido, deseja pedido do PSA. Ele está 
assintomático e nega antecedentes de neoplasia na família. Refere que fazia 
acompanhamento médico anterior e que, em fevereiro deste ano, fez exames 
de sangue e ECG e que todos estavam normais. 
Qual a melhor orientação segundo a literatura baseada em evidências? 
 
A. Fazer o pedido do exame, pois a única forma de garantir a cura do 
câncer de próstata é o diagnóstico precoce, e a Sociedade Brasileira de 
Urologia recomenda que todos os homens com mais de 50 anos 
procurem anualmente um urologista para fazer o exame de toque retal e 
a dosagem de PSA no sangue. 
B. Não solicitar o exame e orientar a equipe a não realizar mais campanhas 
destinadas ao público masculino seguindo aos moldes do 
“Novembro Azul”, pois, desde 2012, o United States Preventive 
Services Task Force (USPSTF) passou a contraindicar o rastreamento 
de câncer de próstata baseado em PSA para homens americanos de 
qualquer idade. 
C. Decidir junto com o paciente, pois desde 2013 o Instituto Nacional de 
Câncer (INCA) não recomenda a organização de programas de 
rastreamento para o câncer da próstata, e caso o paciente demande estes 
exames, que fossem informados por seus médicos sobre os riscos e 
benefícios associados a essa prática. 
D. Solicitar o exame, pois de acordo com a Canadian Task Force on 
Preventive Health Care o pequeno benefício da coleta compensa os 
potenciais malefícios, quase sempre relacionados à realização 
desnecessária de biópsia prostática, o impacto psicológico causado por 
um resultado falso positivo e as sequelas do tratamento. 
 
 
39 – A visita domiciliar (VD) é uma ferramenta importante na Estratégia de 
Saúde da Família (ESF). 
Qual alternativa apresenta o conceito mais CORRETO sobre a VD? 
 
A. Tem como objetivo oferecer condutas de promoção, proteção e 
recuperação da saúde do indivíduo, da família e da coletividade, no 
ambiente da unidade de saúde. 
B. É um instrumento que promove um grande vínculo entre o profissional 
de saúde e as famílias de seu território de atuação, dificultando 
conhecer a realidade do indivíduo e de sua família in loco. 
C. Deve ser realizada em equipe, sendo importante que o Agente 
Comunitário de Saúde (ACS) lidere o grupo, pois é momento oportuno 
para que se legitime a sua representatividade na ESF. 
D. Há a necessidade de se conhecer a família em sua espontaneidade 
cotidiana, sem agendamentos, pois só assim será possível conhecer os 
domicílios com suas características ambientais, socioeconômicas e 
culturais e verificar a estrutura e a dinâmica familiares. 
 
 
 
 
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40 – Usuária, 18 anos, previamente hígida e sem antecedentes mórbidos 
familiares, vem para UBSF informando que iniciou vida sexual com namorado 
este mês e gostaria de fazer coleta da citologia oncótica. 
Qual a conduta mais adequada? 
 
A. Investigar sangramento menstrual e relações sexuais anteriores para 
agendar coleta de citologia no período adequado. 
B. Realizar a coleta da citologia, investigar uso de preservativos e oferecer 
exames de rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis, caso 
não tenham usado preservativos. 
C. Orientar coleta de citologia a partir dos 25 anos, investigar uso de 
preservativos e/ou métodos contraceptivos e oferecer exames de 
rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis. 
D. Orientar coleta de citologia a partir dos 25 anos, investigar uso de 
preservativo e solicitar exames de rotina para prescrição de 
anticoncepcional. 
 
 
41 – Lactente, 2 meses, foi encaminhado ao serviço de emergência com 
exame clínico e exames complementares que confirmaram o diagnóstico de 
meningite. O líquor apresentou-se purulento, com aumento de leucócitos acima 
de 1.000/mm3, proteinorraquia (acima de 80 mg/dL) e bacterioscopia negativa. 
Considerando os patógenos mais frequentes para a faixa etária, indica-se 
como tratamento empírico inicial: 
 
A. Ceftriaxona 
B. Ampicilina e gentamicina 
C. Aciclovir 
D. Ceftazidima e gentamicina 
 
 
42 – Lactente, 6 meses, é trazido ao serviço de emergência com história de 
febre há 24 horas e crise convulsiva, inédita, generalizada tônico-clônica, 
de curta duração, que cessou espontaneamente. Ao exame físico, a criança 
estava febril e com o exame neurológico normal. O acompanhante da criança 
não soube informar sobre a situação atual do calendário vacinal da criança. 
Com base nessas informações, a conduta mais indicada para planejamento 
diagnóstico é: 
 
A. Coleta de líquor para análise laboratorial 
B. Tomografia computadorizada de crânio 
C. Pesquisa de erros inatos do metabolismo 
D. Eletroencefalograma 
 
 
 
 
 
 
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43 – Lactente, 1ano e 2 meses, vem a consulta com rinorreia, irritabilidadee 
picos subfebris há quatro dias. Hoje apresentou piora do quadro febril 
(temperatura axilar = 39oC), recusa alimentar e prostração. Ao exame físico: 
secreção nasal espessa e amarelada, abaulamento e hiperemia das 
membranas timpânicas, com otorreia bi lateral. Ausculta pulmonar 
normal. Trata se do segundo episódio de otite nos últimos seis meses, sendo 
tratado previamente com antibióticos. Permanece em creche durante o dia, 
mama deitado e os pais são tabagistas. 
Além das orientações quanto à creche, posição alimentar, tabagismo e 
antitérmicos, qual a conduta imediata? 
 
A. Antibioticoterapia 
B. Antibioticoterapia e corticoide oral 
C. Antibioticoterapia e descongestionante 
D. Antibioticoterapia e anti-histamínico 
 
 
44 – Menina, 3 anos, apresentou quadro de infecção urinária febril com grande 
acometimento clínico, tratada com antibioticoterapia com sucesso. Apresenta 
desnutrição ponderoestatural de 1º grau, imunização atrasada e passado de 
quadros febris sem diagnóstico. Foi encaminhada para acompanhamento 
ambulatorial e solicitados exames de imagem. 
Assinale a alternativa CORRETA em relação aos exames de imagem: 
 
A. A ultrassonografia de rins e vias urinárias não é confiável para detecção de 
cicatrizes renais. 
B. A uretrocistografia miccional é adequada para avaliação de alterações 
da pelve renal. 
C. O estudo urodinâmico deve ser realizado nas meninas menores que 2 
anos, após o segundo episódio de infecção urinária. 
D. A cintilografia renal é um exame com boa sensibilidade para pielonefrite, 
mas com grande carga radioativa. 
 
 
45 – Menino, dois anos, apresenta vários episódios de febre (entre 38,5oC e 
40,0oC) ao dia nos últimos três meses. Durante esses episódios verifica-se, 
frequentemente, exantema evanescente em tronco e raiz de membros. Há oito 
semanas foi notada artrite persistente em pequenas articulações das mãos, 
punhos e joelhos, com resposta parcial a anti-inflamatório não-hormonal. 
É esperada na investigação laboratorial a presença de: 
 
A. plaquetose 
B. anticorpos antinucleares 
C. fator reumatoide 
D. neutropenia 
 
 
 
 
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46 – Você está no ambulatório e atende uma menina, 7 anos de idade, cuja 
mãe se queixa de que a criança tem baixa estatura. A altura da mãe é 150 cm 
e do pai é 165 cm. Após o exame físico e análise do cartão de saúde da 
criança, você constata que a criança cresceu 6 cm no último ano. 
Assim, você conclui que: 
 
A. A altura final esperada para essa criança é de 160 cm 
B. Deverá ser solicitado THS e raio X para datação da idade óssea para 
investigação do déficit de crescimento 
C. O estádio de Tanner esperado para essa criança é M2 P2 
D. A criança está crescendo o esperado 
 
 
47 – Lactente, 14 meses, apresenta palidez cutaneomucosa numa 
consulta de rotina. Nasceu a termo, adequado para idade gestacional, 
recebeu alta conjunta, uso de leite de vaca a partir dos 2 meses, pois o leite 
materno “secou”. Dieta atual predominantemente láctea, frutas ocasionais e 
carne três vezes na semana. Desenvolvimento, crescimento e imunização 
adequados. Houve acompanhamento médico irregular no primeiro ano de vida, 
não há relato de uso de medicações de uso diário e é cuiidado pela avó. Ao 
exame físico: pálido ++/4, ausência de visceromegalias, adenomegalias e/ou 
icterícia. 
Qual achado laboratorial é esperado? 
 
A. Aumento da saturação de transferrina e ferritina 
B. Redução da capacidade total de ligação e RDW 
C. Redução da ferritina e aumento da protoporfirina eritrocitária 
D. Anemia microcítica e hipocrômica e redução receptor de transferrina 
 
 
48 – Criança, 10 meses, em aleitamento materno e dieta complementar própria 
para idade, apresenta 5 evacuações líquidas diárias com início há 2 dias, sem 
febre e com vômitos esporádicos. Bom estado geral, alerta, discreta redução 
de saliva, pulsos amplos, frequência cardíaca normal. 
Qual a alternativa abaixo que define as orientações necessárias quando ao 
cuidado e tratamento? 
 
A. Deve ser mantida a dieta habitual, aumentar a oferta de líquidos, iniciar a 
administração de solução de reidratação oral e suplementação de zinco. 
B. Restringir a oferta de lactose e iniciar a administração de solução de 
reidratação oral. 
C. A presença dos vômitos exclui a possibilidade da indicação da 
hidratação oral 
D. A coleta de exames laboratoriais para a avaliação do processo 
infeccioso é necessária. 
 
 
 
 
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49 – A mãe de um lactente, 5 meses de idade, queixa-se de aumento do 
número de regurgitações, irritabilidade com choro mais frequente e sono 
noturno agitado com duração de aproximadamente 30 dias. Refere ter iniciado 
fórmula de partida há 45 dias por considerar o leite materno insuficiente. 
Ao exame observa-se adequado ganho ponderal no último mês e ausência de 
alterações clínicas. 
Qual será a abordagem para o esclarecimento diagnóstico? 
 
A. Verificar o volume da dieta corrigindo provável excesso com 
exacerbação dos sintomas do refluxo gastroesofágico fisiológico. 
B. Iniciar tratamento de prova com ranitidina para investigação do provável 
diagnóstico de Doença do Refluxo Gastroesofágico. 
C. Iniciar tratamento de prova com omeprazol devido à presença de 
sintomas exuberantes como irritabilidade, choro e distúrbio do sono. 
D. Realizar endoscopia digestiva alta com biópsias antes de iniciar qualquer 
tratamento a fim de comprovar a presença de esofagite de refluxo. 
 
 
50 – Recém-nascido, 36 semanas de idade gestacional, nasceu de parto 
normal, banhado com líquido aminiótico meconial, em boas condições com 
choro vigoroso e bom tônus. 
Qual a conduta a ser tomada com esse RN logo após o nascimento? 
 
A. Clampeamento tardio do cordão e permanecer junto à mãe pela boa 
vitalidade ao nascer. 
B. Clampeamento tardio do cordão umbilical e a seguir condução à mesa 
de reanimação pela prematuridade indicando-se os passos iniciais da 
estabilização. 
C. Clampeamento imediato do cordão umbilical pela prematuridade e a 
seguir condução à mesa de reanimação, indicando-se os passos iniciais 
da estabilização. 
D. Clampeamento imediato do cordão umbilical pela presença de líquido 
amniótico meconial e, a seguir, condução à mesa de reanimação, 
indicando-se os passos iniciais da estabilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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51 – Recém-Nascido do sexo masculino, 38 semanas de idade gestacional, 
encontra-se em alojamento conjunto com 48 horas de vida. Ao exame físico 
observado icterícia zona II, sem outras alterações. Aleitamento materno em 
livre demanda com avaliaçãoda mamada sem sinais indicativos de 
dificuldade, exceto, pela pequena quantidade de colostro em aumento 
progressivo. 
Perda ponderal de 4% em relação ao peso de nascimento. Grupo sanguíneo 
do Recém-Nascido "A" Rh positivo. Grupo sanguíneo da mãe "O" Rh positivo. 
Qual o planejamento diagnóstico da icterícia e a conduta mais adequada nesse 
caso? 
 
A. Deverá ser coletado sangue para hemograma completo, pesquisa de 
microesferócitos e dosagem de reticulócitos e bilirrubinas. Não havendo 
comprovação de hemólise, o diagnóstico mais provável é de icterícia 
fisiológica e o RN deverá receber alta com retorno precoce. 
B. Deverá ser coletado sangue para dosagem de bilirrubinas pois o 
diagnóstico mais provável é de icterícia por incompatibilidade ABO e 
deverá ser avaliado indicação de tratamento específico com fototerapia 
ou exsanguineotransfusão. 
C. Não será necessária a coleta de exames pois trata-se de icterícia leve e 
o diagnóstico mais provável é de icterícia por baixa ingestão de leite 
materno em decorrência da perda ponderal excessiva. Deverá ser 
prescrito complementação com fórmula infantil até aumento na 
quantidade de leite materno. 
D. Não será necessário a coleta de exames, pois trata-se de icterícia leve e 
o diagnóstico mais provável é de icterícia fisiológica. Poderá receber alta 
com retorno precoce. 
 
 
 
52 – Recém-nascido, sexo feminino, nasceu de parto normal à termo em boas 
condições e foi encaminhado ao alojamento conjunto. Não se identificam 
anormalidades no exame físico. Mãe realizou, no início do segundo semestre 
de gestação, VDRL (1:16; positivo) e, logo a seguir, FTAabs (positivo). 
Considerando o quadro clínico acima e o diagnóstico de sífilis congênita 
neste recém-nascido, é CORRETO afirmar que: 
 
A. Deverá ser realizado teste não treponêmico (VDRL) da mãe na 
internação para o parto e do sangue do cordão umbilical para avaliação 
do RN. 
B. O VDRL do RN negativo e a criança assintomática excluem o 
diagnóstico de sífilis congênita. 
C. VDRL do RN positivo em título maior do que o título materno em pelo 
menos duas diluições sugere o diagnóstico de sífilis congênita. 
D. O teste treponêmico específico capaz de detectar IgM no RN (FTA-Abs 
IgM) negativo exclui o diagnóstico de sífilis congênita. 
 
 
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53 – Criança, 4 anos, dá entrada no Pronto Socorro com súbito de desconforto 
respiratório. Apresenta esses episódios desde os dois anos de idade, em 
média 4 a 5 vezes ao ano, sendo que por duas oportunidades permaneceu 
internado por 3 dias. Após os atendimentos anteriores, recebia orientação de 
usar Salbutamol e Prednisolona por 1 semana, não apresentando sintomas 
entre as crises. Ao exame físico, encontra-se taquidispneica com tiragens 
intercostais e retração de fúrcula, acianótica, afebril, perfusão periférica 
adequada, murmúrio vesicular presente, porém difusamente diminuído, e 
sibilos expiratórios importantes. 
Qual o diagnóstico e conduta apropriados? 
 
A. Bronquiolite viral; oxigenioterapia na crise e alta após melhora da crise 
com seguimento ambulatorial. 
B. Asma brônquica; salbutamol e corticosteroides inalados na crise e 
corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial. 
C. Asma brônquica; salbutamol inalatório e corticoide oral na crise e 
corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial 
D. Bronquiolite obliterante; salbutamol inalatório e corticoide oral na crise e 
corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial. 
 
54 – Menina, 3 anos e 6 meses de idade, é atendida na UBS com história de 
lesões em dobras flexoras de cotovelo e joelho, pruriginosas, desde os 2 anos 
de idade, inicialmente recorrentes e atualmente, nos últimos 4 meses, 
contínuas e com aumento progressivo da extensão. Pele globalmente 
xerodérmica associada a lesões de base eritematosa, com presença de 
pápulas exulceradas, algumas com crostas melicéricas e outras com secreção 
clara, acometendo as regiões flexoras de cotovelo e joelhos e se estendendo 
cerca de 10 cm da mesma. A criança coçou as regiões durante toda a consulta. 
Qual o diagnóstico e conduta apropriado? 
 
A. Dermatite Atópica; corticosteroide e antibiótico orais. 
B. Impetigo agudo; antibioticoterapia oral. 
C. Ictiose vulgar; corticosteroide e antibiótico orais 
D. Dermatite Atópica; corticosteroide e antibióticos tópicos. 
. 
55 – Menina, 3 anos, previamente hígida, apresenta história de edema de face, 
predominantemente matutino, havia 3 semanas. Há 3 dias associou-se tosse 
rouca, coriza hialina e febre baixa (um episódio) diário. Há 48 horas houve 
aumento do edema de face, evoluindo para abdome e membros inferiores. 
Ao exame físico: regular estado geral, normotensa, FC: 100 bpm, FR: 30 
irpm, ativa, eupneica, afebril, hidratada, corada, com edema generalizado (+++/4+). 
Exames laboratoriais compatíveis com o diagnóstico de síndrome nefrótica. 
Escolha a conduta terapêutica inicial CORRETA: 
 
A. Restrição hidrossalina, repouso relativo e diuréticos potentes. 
B. Repouso relativo e prednisona. 
C. Albumina humana 20%, diariamente, até remissão completa do edema 
D. Ciclofosfamida por 3 a 4 semanas 
 
 
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56 – Menina, 3 anos e 2 meses, com dificuldade de evacuar desde lactente. 
Até os 2 anos evacuava a cada três dias, fezes em cíbalos, com esforço, e às 
vezes necessidade do uso do supositório. Há dois meses teve piora do quadro, 
ficando até sete dias sem evacuar. A última evacuação foi há três dias, em 
cíbalos. O desfralde foi com 2 anos e 6 meses, sem dificuldade, mas agora 
não está querendo sentar no vaso e pede para colocar fralda ou faz no chão. 
Alimenta se bem, com menor ingestão de frutas e vegetais a partir de 2 anos 
e meio, aceita leite três vezes ao dia e ingestão de água é pouca. Ao exame 
físico: bom estado geral, ativo, corado, abdômen sem distensão, sem 
fezes palpáveis, ruídos hidroaéreos presentes. Ao exame retal não se 
verificam fissuras ou alterações. 
Qual deverá ser a conduta mais adequada neste caso? 
 
A. A fibra alimentar é uma boa alternativa e deve ser sempre associada ao 
laxante 
B. A primeira escolha é o Polietilenoglicol (PEG 4000) 
C. Encaminhar para investigação diagnóstica 
D. Uso obrigatório do laxante e em menor importância as orientações 
alimentares 
 
 
57 – Você está atendendo no ambulatório uma criança de 6 meses de vida. 
Essa criança foi prematura de 28 semanas, peso ao nascer de 1.100g e 
Apgar = 4 e 7. Ela ficou internada por 2 meses e 10 dias. 
Sobre o desenvolvimento neuropsicomotor dessa criança, no dia de hoje, é 
esperado que ela consiga: 
 
A. Rolar 
B. Sentar com apoio 
C. Sustentar o pescoço 
D. Segurar objetos na linha média e levá-los à boca 
 
 
58 – Lactente, 2 meses, é levada a consulta de puericultura. Ao exame não se 
evidencia cicatriz vacinal de BCG. 
Qual a conduta CORRETA? 
 
A. Indicar revacinação neste momento sem realizar o teste tuberculínico 
B. Realizar teste tuberculínico e caso seja negativo revacinar o paciente 
C. Aguardaraté 6 meses para o aparecimento da cicatriz 
D. Aguardar até os 10 anos quando receberá a 2a dose da vacina BCG 
 
 
 
 
 
 
 
 
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59 – Pré-escolar, 2 anos, é trazido pela mãe com quadro de anorexia, febre e 
diarreia com sangue, há mais de 3 meses. Avô em tratamento para 
tuberculose. A criança teve 4 internações hospitalares no último ano pela 
mesma queixa. Gravidez não desejada, mãe G6P5, pais separados, sendo a 
mãe a única cuidadora da criança. Exames laboratoriais: anemia ferropriva 
leve, RX de tórax normal, 2 lavados gástricos negativos para BAAR, exames 
fezes (incluindo parasitológico e pesquisa de sangue oculto) normais. Durante 
a internação (15 dias) não apresentou febre ou diarreia, boa aceitação 
alimentar com ganho de 380 gramas de peso neste período. Mãe presente 
durante toda a internação e insiste na realização de novos exames. 
Qual é a conduta CORRETA? 
 
A. Dar alta com sulfato ferroso, considerando que a anemia ferropriva deve 
ser consequência da síndrome de má absorção. 
B. Iniciar tratamento para tuberculose pela queixa de febre persistente e 
história de contato. 
C. Tratar a desnutrição, sem a necessidade de investigação adicional no 
momento, uma vez que houve melhora espontânea do quadro. 
D. Investigar a possibilidade de Síndrome de Munchausen por procuração. 
 
60 – Amamentar é um processo que envolve interação profunda entre mãe e 
filho, com repercussões no estado nutricional, imunológico e cognitivo da 
criança, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. 
Com base no seu conhecimento sobre a fisiologia da lactação e os benefícios 
do aleitamento materno para a saúde do binômio, encontre a alternativa 
CORRETA: 
 
A. A OMS recomenda aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade 
e, a seguir, complementação, dadas as alterações da composição do 
leite humano após esse período. 
B. A produção do leite é controlada exclusivamente por hormônios, como a 
prolactina e a ocitocina desde o nascimento e sua manutenção 
independe do estímulo da sucção. 
C. O leite humano apresenta numerosos fatores imunológicos que 
protegem a criança contra infecções, sendo a IgA secretória o principal 
anticorpo. 
D. A prevenção da obesidade se deve pelo fato de que crianças em 
aleitamento materno estão menos propensas a ingerir alimentos 
industrializados e calóricos. 
 
61 – Em um paciente sendo submetido a gastrectomia subtotal associada a 
linfadenectomia D2, para tratamento de câncer gástrico, qual dos vasos abaixo 
não deve ser ligado? 
 
A. Artéria gástrica esquerda. 
B. Artéria gástrica direita. 
C. Artéria gastroepiploica direita. 
D. Vasos gástricos curtos. 
 
 
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62 – Durante uma derivação biliodigestiva colédoco-duodenal, o cirurgião 
solicita um fio absorvível, multifilamentar, sintético, com agulha adequada 
para uso gastrointestinal. A circulante pergunta para você, que está auxiliando 
o procedimento, se pode abrir o fio representado na figura abaixo: 
 
 
 
Você responde: 
 
A. Não, porque se trata de um fio de origem animal. 
B. Não, porque se trata de fio com agulha cortante. 
C. Não, porque se trata de fio sintético inabsorvível. 
D. Não, porque se trata de fio monofilamentar. 
 
 
 
63 – Paciente masculino, 16 anos, é submetido a apendicectomia 
videolaparoscópica devido apendicite aguda não complicada. Recebeu alta no 
primeiro dia pós-operatório após evolução sem intercorrências. No sétimo dia 
pós-operatório, procura Unidade Básica de Saúde, na qual você trabalha, com 
queixa de hiperemia, dor e abaulamento da ferida pós-operatória, sem outras 
queixas. 
Qual a melhor conduta? 
 
A. Antibioticoprofilaxia com cefalosporina de 1 geração. 
B. Antibioticoterapia com quinolona. 
C. Encaminhamento imediato para serviço terciário para provável 
reabordagem cirúrgica. 
D. Abertura de ponto da ferida e lavagem diária com água e sabão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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64 – Paciente masculino, 54 anos, procura ambulatório de cirurgia devido a 
abaulamento em região epigástrica havia 3 anos. Refere hipertensão artérial 
sistêmica em tratamento regular com losartana, prescrita por cardiologista. 
Nega cirurgias prévias. No momento, sem outras queixas. Ao exame físico, 
entretanto, seja em posição supina ou ortostática, não foi palpada alteração 
identificável em parede abdominal, muito devido ao peso aumentado do 
paciente (P = 106kg; Altura: 1,68m). 
Qual é o exame complementar mais adequado para diagnóstico? 
 
A. Radiografia de abdome com clipes metálicos. 
B. Ultrassonografia de parede abdominal. 
C. Tomografia de abdome sem contraste. 
D. Videolaparoscopia diagnóstica. 
 
 
65 – No pós-operatório de uma colectomia esquerda laparotômica, o médico 
residente do primeiro ano do Programa de Cirurgia Geral deve prescrever para 
o paciente um aporte máximo de quantas calorias nas 24 horas? 
 
A. 100 Kcal 
B. 300 Kcal 
C. 800 Kcal 
D. 2000 Kcal 
 
 
66 – Paciente masculino com 75 Kg, 33 anos, foi submetido a uma 
enterectomia com entero-entero-anastomose término-terminal primária, após 
trauma abdominal fechado. No quarto dia pós-operatório, evoluiu com 
distensão abdominal associada a discreta dor a palpação abdominal, mais 
acentuada em adjacências de ferida operatória. A radiografia de abdome 
revelou distensão difusa de alças abdominais, de delgado e cólon. Dados vitais 
sem anormalidades. Exames laboratoriais: Hemoglobina =: 10,9g/dL; 
Leucócitos = 12.500/mm3 (sem desvio à esquerda); Plaquetas: 
339.000/mm3; proteína C reativa = 14,6mg/dL; ureia = 39mg/dL; creatinina = 
1,1mg/dL; Na = 138mEq/L; K = 2,8mEq/L. Foi feita a hipótese diagnóstica de 
íleo secundário a hipopotassemia. 
Qual é o volume mínimo de KCl 15% que deverá ser prescrito para 
esse paciente, para adequada reposição eletrolítica? 
 
A. 72 mL 
B. 80 mL 
C. 90 mL 
D. 144 mL 
 
 
 
 
 
 
 
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Responda as questões de 67 e 68 com base no caso descrito abaixo. 
 
Uma mulher, 27 anos, é trazida ao Pronto Socorro pelos bombeiros após 
capotamento de carro há 1 hora. Foi admitida no serviço de saúde em prancha 
rígida, com colar cervical, consciente, orientada,

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