Buscar

TRANSCRIÇÕES TGP - PROF UBIRATAN MAURICIO

Prévia do material em texto

Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
Aula do dia 01 de outubro de 2016 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
O que o supremo julga? 
Todo tribunal por definição ele é instituído como instância revisora, com expressão ao 
direito de duplo grau de jurisdição, para garantir o exercício desse direito. 
Com o Supremo Tribunal Federal não deveria ser assim, a matéria do supremo é 
tratada no artigo 102, no artigo 101 é tratada a composição do supremo, quantos são 
os ministros, como é o procedimento administrativo, a investidura do ministro em suas 
funções, resulta de um ato administrativo complexo que é a junção de duas vontades; 
da vontade monocrática da chefia do executivo com a vontade colegiada do senado 
federal. A presidência da republica indica monocraticamente, discricionariamente e o 
senado tem a competência de arguir ou aprovar ou não, aprovada a arguição no 
senado é só marcar, só exaurir o procedimento administrativo, com a posse nas 
funções de ministro do Supremo tribunal federal. 
O que mais nos interessa é o art. 102 que estabelece: Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, onde a guarda da constituição não 
é atividade exclusiva mais é atividade principal. 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; neste ultimo caso só Federal, não estadual. 
 
 Esse é a competência para o controle Concentrado de constitucionalidade, 
também chamado de controle abstrato, porque abstrai de uma lide, onde é a 
inconstitucionalidade em tese de uma lei confrontada com a constituição. 
 
 
 
 
 
 
OBS: Só cabe medida cautelar para ações diretas de inconstitucionalidade. Para a de 
constitucionalidade não precisa porque toda lei presumisse constitucional. 
Controle concentrado: Emenda Constitucional n°16, que atribuiu ao STF 
competência para processar e julgar originariamente a representação de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, apresentada pelo 
procurador-geral da República. Através desse modelo de controle, é feita a declaração 
de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando alcançar a invalidação da 
lei para firmar a segurança das relações jurídicas. O sistema concentrado possui 
natureza objetiva, com interesse maior de propor alguma espécie de controle para 
discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
Na ADI (AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE) geralmente se pede a 
medida cautelar de suspenção da exigibilidade, se a inconstitucionalidade for evidente 
o relator do processo já pode em cede de medida cautelar liminarmente suspender a 
execução da norma, porem será uma suspenção provisória, terá que ser levada para o 
plenário, para o colegiado legitimar ou não. 
IMPORTANTE: O congresso nacional edita a norma, a presidência da republica a 
sanciona na maioria das vezes, e o ministro do supremo, o relator do processo de uma 
ADI pode ele sozinho através da medida cautelar suspender a exigibilidade da 
prestação contida na norma. 
Se o supremo fosse um tribunal constitucional a competência original do supremo 
seria só a alínea a e b do artigo 104 da CF. 
Quando a matéria é de competência originaria do supremo, na maioria das vezes não 
tem recurso, é grau único de jurisdição, a diferença é que o julgamento já é colegiado, 
pois precisa ter pelo menos cinco ministros. Porem as vezes algumas matérias cabe 
recurso da turma para o pleno, ou de uma turma para outra, sendo uma turma revisora 
da outra, mas é só nos casos que o regimento interno do supremo prevê. 
 
b) Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros 
e o Procurador-Geral da República; 
 
Nas ações penais comuns, pois nas eleitorais por simetria cai para o TSE 
(Tribunal Superior Eleitoral), porque eles têm prerrogativa de função. 
OBS: Não é privilegio de foro (pessoal), pois somos todos iguais perante a lei, 
por isso chama-se foro por prerrogativa de função, em atenção à função, a 
prerrogativa é funcional e não pessoal. A prerrogativa é da função exercida e 
não da pessoa. 
c) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos 
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de 
missão diplomática de caráter permanente; 
 
 Esses casos do artigo 52 são situações em que o senado funciona como 
órgão jurisdicional para votação de impeachment e para julgar as pessoas que 
cometem crimes conexos com a presidente da republica, também os membros 
dos tribunais superiores, o tribunal de contas, os chefes da ... diplomática de 
caráter permanente - tudo prerrogativa de função. 
 
d) O "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas 
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral 
da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
Tanto a doutrina constitucional como a doutrina processual se refere ao habeas 
corpus como remédio heroico, e se é remédio eles usam a tecnologia da 
medicina, quem precisa do remédio torna-se paciente. 
 
 O mandado de segurança é uma ação constitucional para o controle de 
legalidade, só cabe mandato de segurança para quem é autoridade para 
questionar assunto de direito publico em geral, jamais cabe mandado de 
segurança para empresa privada, contra um banco, por exemplo, porque serve 
para controlar o exercício de atividade administrativo que foi feito ilegalmente, o 
mandado de segurança se impetra para isso. Só pode ser com particular, 
quando o particular tem delegação para atividade publica, como por exemplo o 
ensino superior, onde as escolas privadas de ensino superior tem delegação 
do poder publico para prestar um serviço publico, então o exercício desta 
função delegada pode ser objeto de questionamento de um mandado de 
segurança. 
Quem impetra o mandado de segurança chama-se impetrante, e a pessoa 
acusada do ato ilegal tem o nome de autoridade portadora ou autoridade 
impetrada. 
 
O habeas-data um remédio constitucional para pessoa tomar conhecimento de 
dados, informações existentes a seu respeito em uma determinada repartição 
publica. Será uma sentença condenatória – obrigação de fazer – de dar 
conhecimento ao impetrante. 
Habeas-corpus liberar o “corpo” – Habeas-data liberar os dados. 
 
 
e) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o 
Estado, o Distrito Federal ou o Território; 
. 
 Não é prerrogativa de função, porque litigio envolvendo essas pessoas já 
começa no Supremo tribunal federal, pois de um lado esta um estado 
estrangeiro ou um organismo internacional e do outro esta a união, o estado, o 
distrito federal ou o território o mais viável é ser resolvido pelo supremo. 
 
f) As causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito 
Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da 
administração indireta; 
 
 Um litigio entre a união e um estado ou o distrito federal tem que ser 
resolvidapelo supremo. 
 
g) A extradição solicitada por Estado estrangeiro 
 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
 A extradição que o supremo julga é se o pleito do país requerente esta 
coerente com as normas internacionais e com as normas do direito brasileiro, é 
só o juízo de admissibilidade que o supremo concede. 
 Quando o supremo diz que esta regular a extradição, não quer dizer que a 
pessoa será extraditada, porque a extradição é ato de prerrogativa do 
presidente da republica, então o supremo manda para a presidência da 
republica o processo através do ministério da justiça, para o presidente da 
republica discricionariamente decidir se vai convenientemente extraditar ou 
não. 
 
 A tarefa do supremo é só conferir a regularidade do pleito de extradição, se 
estiver irregular o presidente não toma conhecimento, o suprema manda 
devolver para o país requerente. 
 
i) O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o 
coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam 
sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate 
de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
 
 
 Mandou estudarmos por livros constitucionais (onde vão explicar as 
competências dos tribunais) se acharmos insuficiente por uma constituição 
comentada para compreendermos melhor. 
 
j) A revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 
 
 
 Nós estudamos que o produto final da atividade jurisdicional tem 
peculiaridades que não existe no produto final da atividade legislativa nem da 
atividade administrativa, a indelegabilidadeda função, a inercia inicial e a 
imutabilidade (coisa julgada). 
 
 A coisa transita em julgado quando não há mais recurso, ou a pessoa não 
quis recorrer, ou perdeu o prazo para recorrer, ou foi ate o supremo e não tem 
mais recurso. Onde este fenômeno acontecer um funcionário habilitado, que 
geralmente é o diretor de secretaria ou o escrivão do cartório colocara : 
“certifico que a decisão transitou em julgado na data Y” – se for for sentença 
condenatória partisse para a execução. 
 
 Transitou em julgado não se torna imutável no dia seguinte, a norma 
infraconstitucional prevê da data x até dois anos ainda é cabível uma ação, 
chamada Ação Rescisória, para reincidir a coisa em julgado, só depois que 
passa esse prazo a doutrina diz que torna-se soberanamente em julgado. 
 
 A ação rescisória é uma ação desconstitutiva - para reincidir a coisa em 
julgado. 
 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
 Situações que cabe a ação rescisória: são situações superlativamente 
excepcionais, raríssimas – raras de acontecer e algumas raras de obter a 
prova. 
 Essas situações estão previstas no novo CPC, art. 966, onde prevê ação 
rescisória. 
 Caso ocorra alguma das situações do artigo acima, vai rescindir o julgado, e vai 
dar outro julgado, vai re-julgar os mesmos autos da ação rescisória, pode ser um 
julgamento em sentido diferente ou pode ser com o mesmo conteúdo anterior, mas 
precisa ser purificado deste vicio. 
 
 II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente 
– caso ocorra o tribunal vai por abaixo a decisão e vai emitir um novo 
julgamento. 
 
 
OBS: Revisão criminal é o mesmo que ação rescisória pertencendo esta ao 
direito penal, enquanto a ação rescisória pertence ao direito civil. 
 
 No processo penal este mesmo objetivo ele é atingido com a revisão 
criminal – Ação de Revisão Criminal. 
 São oito os pressupostos, primeira diferença entre a ação rescisória: 
1. É que no processo penal só cabe revisão criminal de sentença 
condenatória, quando for absolvido transitou em julgado pode aparecer a 
prova documental inequívoca que o réu é culpado que mesmo assim ele 
vai continuar solto amparado pelo manto protetor da coisa em julgado, 
porque a liberdade é o maior bem que o ser humano tem e o processo 
penal tem o ônus muito maior que o processo civil. Se réu for condenado 
mesmo ele ter cumprido toda a pena ainda assim caberá ação de revisão 
penal, para livrá-lo dos antecedentes. O reu pode ter morrido e seus 
descendentes tem legitimidade para propor a ação de revisão criminal para 
limpar a memoria do seu ancestral, independentemente de ação civil contra 
o estado que é outra temática. 
 OBS: PARA O DIRETO PENAL NÃO TEM PRAZO! 
 
 
l) A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da 
autoridade de suas decisões; 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
 
Ação de reclamação – ação desconstitutiva - em que o réu reclama ao 
supremo decisão tomada por outro tribunal que seria de competência do STF, 
pedindo para anular ato administrativo. 
 
 
m) A execução de sentença nas causas de sua competência originária, 
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; 
 
 Na execução de suas competências originárias o próprio supremo que vai 
decidir onde vai ser executada a decisão, irá delegar a algum tribunal de 
execução. 
 
EX.: Fulano esta preso, e sua filha vai casar, ele vai pedir autorização para 
comparecer ao casamento ao juiz da execução penal e não ao supremo pois a 
tarefa foi delegada – questão incidental no curso da execução. 
 
n) A ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou 
indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos 
membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou 
indiretamente interessados; 
 
 Qualquer ação que de forma direta ou indireta beneficie, ou seja de 
interesse do tribunal quem vai julgar é o supremo. 
EX.: Um magistrado acha uma brecha no regimento que o possibilita a julgar o 
aumento de seus benefícios, desta forma qualquer magistrado que fizer parte 
daquele tribunal vai se beneficiar, portanto só quem podendo julgar o supremo. 
 
 
o) Os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e 
quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer 
outro tribunal; 
 Chama-se conflito de jurisdição, onde dois órgãos judiciais se dão por 
competentes ou incompetentes. 
EX.: Fulano ajuíza demanda no TST, ai o TST afirma não ser com ele, diz que é com o 
STJ. Quando chega no STJ afirma também não ser com ele, diz que é no TSE, porem 
ele não pode mandar o processo de volta nem mandar para o TSE, ele tem que 
resolver o conflito, então o processo fica parado no STJ enquanto essa questão 
incidental é resolvida, de quem é competente para julgar, é autuado como conflito de 
competência. 
 Tem que ser conflito entre dois tribunais superiores ou um tribunal superior e 
outro qualquer. 
 Todo tribunal vai ter competência para julgar ação rescisória, se for tribunal de 
competência criminal – revisão criminal, conflito de competência, executar suas 
próprias decisões. 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
 
p) O pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; 
 
Já foi visto na alinha A. 
q) O mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora 
for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas 
Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais 
Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; 
 
 
 
 Todo tribunalvai ter mandado de injunção, vai depender da autoridade 
 
 Todo tribunal vai ter mandado de injunção vai depender de qual autoridade vai estar 
em omissão. Se for autoridade maior da republica é o supremo se é do segundo 
escalão é o STJ, se é de escalão mais inferior pode ser o tribunal de justiça ou TRE. 
 O mandado de injunção pode ser para norma constitucional e para 
infraconstitucional. 
 Não tem eficácia subjetiva universal e sim eficácia subjetiva singular - sua eficácia só 
servirá ao impetrante. 
 
r) As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho 
Nacional do Ministério Público; 
 São órgão administrativos do controle do exercício da magistratura e do exercício 
da função do ministério publico respectivamente. 
 Quando eles praticam atividade administrativa o produto final da atividade deles é 
um ato administrativo, pode ter nome de resolução, de decisão, de acordão mas é um 
ato administrativo. 
 O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é presidido pelo presidente do STF, e o 
procurador geral da republica preside o Conselho Nacional do Ministério Publico. 
 Qualquer ação movida contra o CNJ ou contra o conselho nacional do ministério 
publico o supremo que vai julgar. 
 
II - julgar, em recurso ordinário: 
MANDADO DE INJUÇÃO: Processo que pede a regulamentação de 
uma norma, quando os Poderes competentes não o fizeram. O 
pedido é feito para garantir o direito de alguém prejudicado pela 
omissão. 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
a) O "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o 
mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais 
Superiores, se denegatória a decisão; 
 
 Recurso ordinário é a espécie recursal decorrente do exercício do duplo grau 
voluntário de jurisdição, quem perdeu o processo na instancia anterior ao supremo, 
recorre para o supremo através de uma espécie recursal chamado recurso ordinário. 
 
OBS: Existem vários tipos de recursos ordinários. 
 
 Qualquer cognição recursal é duplo grau de jurisdição ou duplo grau de cognição 
voluntario. 
 
 Se a decisão for concessória (se concedeu) não cabe recurso ordinário. 
 
 Só se forem apreciados em única instancia, e se for competência originaria for de 
tribunal superior. 
 
b) O crime político; 
 
 Crime politico é diferente de crime eleitoral. 
 
 É crime comum com motivação politica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando o duplo grau de jurisdição ordinário for o supremo o processo não passa 
nem pelo TRF nem pelo STJ. 
 O duplo grau de jurisdição de um juiz de direito é o TJ, o duplo grau de jurisdição 
do TJ é o STJ, e o duplo grau de jurisdição do STJ em matéria de controle de 
constitucionalidade é o STF. E o quinto grau do TJ em matéria de controle de 
constitucionalidade é o STF. 
 O duplo grau de jurisdição de crime politico para a justiça federal é o STF. 
 
Art. 109. Da CF 
Aos juízes federais compete processar e julgar: 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas 
entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da 
Justiça Eleitoral; 
 
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última instância, quando a decisão recorrida: 
 Controle difuso de constitucionalidade, onde qualquer tribunal faz o julgamento 
mais é o supremo que da a palavra final através de remédio constitucional que é o 
recurso, chamado recurso extraordinário. 
 O recurso extraordinário só se presta para alguém acusar o tribunal que julgou o 
caso agredindo a constituição, ai reclama-se no supremo que é o guardião da 
constituição, mas esse controle de constitucionalidade só vale para as partes do 
processo – Eficácia subjetiva singular Inter partes. 
 a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
 Quando a decisão anterior seja de competência originária de qualquer tribunal 
(superior ou não) ou quando já chegou a este tribunal já em grau de revisão. 
 O recurso extraordinário é um recurso de fundamentação vinculada, só pode 
vincular infração à norma constitucional. 
 Controle de constitucionalidade por via difusa pode ser feita em qualquer 
instancia, mas para chegar ao supremo é preciso que já venha da instancia anterior e 
sobe pra lá em grau de recurso extraordinário. 
 Para chegar no supremo necessariamente precisa ser de matéria constitucional.

Continue navegando