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Professora Janaina Pacheco Hilário Veiga de Carvalho Biocriminosos puros: apenas fatores biológicos (tratamento psiquiátrico em manicômio judiciário). Biocriminosos preponderantes: aspecto biológico principal, embora apresente fatores mesológicos em menor quantidade (ocasião faz o ladrão). Biomesocriminosos: sofre a influência de fatores, meio a meio, o biológico e o mesológico. Mesocriminosos preponderantes: fatores sociais preponderantes “Maria vai com as outras”. Mesocriminosos puros: não há presença do aspecto biológico. Cesare Lombroso NATO: Influência biológica, estigmas, instinto criminoso, um selvagem da sociedade, o degenerado. LOUCOS: perversos, loucos morais, alienados mentais que devem permanecer no hospício. OCASIÃO: predispostos hereditariamente, são pseudocriminosos, “a ocasião faz o ladrão”, assumem hábitos criminosos influenciados por circunstâncias. PAIXÃO: sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar questões passionais, exaltados. Enrico Ferri Nato: degenerado, com os estigmas de Lombroso, atrofia do senso moral. Louco: além dos alienados, também os semiloucos ou fronteiriços. Habitual: reincidente na ação criminosa, faz do crime sua profissão. Ocasional: eventualmente comete crimes, “o delito procura o indivíduo”. Passional: age pelo ímpeto, comete o crime na juventude, próximo do louco. Rafael Garófalo Criminosos Assassinos: São os delinquentes típicos, egoístas. Criminosos energéticos ou violentos: falta-lhes compaixão. Ladrões ou neurastênicos: desonestos, atávicos (hereditários). Odon Maranhão Ocasional: personalidade normal, poderoso fator desencadeante da criminalidade. Sintomático: personalidade com perturbação transitória ou permanente; mínimo ou nulo fator desencadeante; ato vinculado à sintomatologia da doença. Caracterológico: personalidade com defeito constitucional ou formativo do caráter; mínimo ou eventual fator desencadeante e ato ligado à natureza do caráter do agente. Professora Janaina Samara Conceito Vitimologia Analisar: Personalidade Características Suas relações com o delinquente. O papel por ela assumido na gênese do delito. A vítima é a pessoa que de forma individual ou coletiva tenha sofrido danos físicos, mentais e financeiros. Janaina Pacheco Evolução Histórica – Séc. XX 1901- Surge os primeiros trabalhos sobre as vítimas e foram escritos por Hans Gross . O estudo sistemático das vítimas – 1940 Por conta da postura das Escolas Clássicas e Positiva que só se importavam com o crime e o criminoso. Hans Von Heting - Obra: O criminoso e sua vitima - 1948 (a vítima tem a mesma importância que o criminoso na dinâmica delitiva). Surge assim a DUPLA CRIMINAL. Patrono da Vitimologia Benjamin Mendelsohn (Advogado e Professor). Obra: Vitimologia (1956). “Deixou claro a grande importância do estudo do comportamento da vítima, sendo este o responsável algumas vezes pela gênese do crime”. No Brasil... (1964)Desembargador Edgar de Moura Bittencourt Obra: Vitimologia (1970) Profª Armida Bergamini Miotto Por meio de pesquisas vitimológicas realizadas por ela na Universidade de São Paulo - USP Janaina Pacheco 1º Simpósio Internacional Vitimologia Em 1973 na cidade de Israel. Supervisionado pelo famoso Criminólogo Chileno Israel Drapkin Pauta do simpósio: Comportamentos Traçar perfis de vítimas potenciais Com interação do direito penal, da psicologia e da psiquiatria. 3- A vítima O objeto de estudo de maior destaque nos últimos anos. A vítima passou por 3 grandes períodos: Protagonismo: justiça privada, lei de talião (idade de ouro). Neutralização: a vítima foi substituída pelos poderes públicos, diminuindo sua importância (testemunha de segundo escalão). Redescobrimento: Pós II Guerra Mundial. A vítima retoma sua importância com enfoque humanista. Dá-se o início aos estudos da Vitimologia por “Benjamin Mendelsohn”. Janaina Pacheco Primeira Classificação Atribuída as vítima é dada por Benjamin Mendelsohn: Vítima completamente inocente: É a vítima ideal não tem participação no crime. Vítima menos culpada que o delinquente: É a vítima descuidada (frequenta lugares perigosos, fala sobre seu patrimônio com estranhos). Vítima tão culpada quanto o delinquente: É aquela onde sem sua contribuição o crime não teria ocorrido (corrupção, aborto, BILHETE PREMIADO). Janaina Pacheco Vítima mais culpada que o delinquente: Vítimas por provocação, que dão causa ao delito, tornando-os em crimes privilegiados tendo sua pena reduzida. (Elize Matsunaga) Vítima como única culpada: Sempre que houver revide a injusta agressão, ou seja, quando o agressor agir em legítima defesa. Outros casos: homicídio em decorrência de embriaguez, suicídio por prática de roleta-russa... Janaina Pacheco Classificação em grupos Dessa forma Mendelsohn sintetiza a classificação em 3 grupos: Vítima inocente: que não colaborou para que o crime ocorresse. Vítima provocadora: que voluntária ou imprudentemente colabora com o ânimo criminoso Vítima agressora, simuladora ou imaginária: suposta ou pseudovítima que acaba se justificando na legítima defesa de seu agressor. Classificação Hans Von Hentig 1º Grupo: Criminoso/Vítima/Criminoso (sucessivamente). Sem chance na vida... Volta delinquir. 2º Grupo: Criminoso/Vítima/ Criminoso (simultaneamente). De usuário a traficante. 3º Grupo: Criminoso/ Vítima (imprevisível) Alcoolismo Síndrome de Estocolmo Casos especiais onde há interação da vítima com o seu algoz por instinto de sobrevivência. É a afeição da vítima pelo criminoso.(amizade, amor ou compaixão). Muito comum no crime de Extorsão mediante sequestro. História da síndrome Ano: 1973 Fato: Roubo a Banco Alguns reféns Tempo: 6 dias Os reféns ajudaram na fuga dos dois homens fazendo um escudo com os próprios corpos. Um dos reféns ficou tão envolvido com a síndrome que criou um tipo de “fundos para ajudar os delinquentes” como, custas processuais e demais gastos com a justiça. Suécia VITIMIZAÇÃO Consiste no ato ou efeito de se tornar vítima. A vitimização é um estudo empírico e estatístico da vítima. Janaina Pacheco Perigosidade vitimal Comportamento inadequado e facilitador da vítima, que acaba por instigar ou provocar o ímpeto delitivo no delinquente. ATENÇÃO ASSUNTO SUPER COBRADO NA SUA PROVA Vitimização Primária: Sofrimento provocado pela conduta violadora de direitos da vítima resultando no delito. Pode causar danos variados: Materiais, físicos, psicológicos... Corresponde aos danos causados À vítima decorrentes do crime. Janaina Pacheco Vitimização Secundária: (sobrevitimização ou revitimização). A vítima amarga as consequências posteriores ao delito. Ela se torna vítima pela 2 vez!!! Sofrimento adicional causado pelos instâncias formais de controle social. (Inquérito policial ao processo Penal). Janaina Pacheco Vitimização Terciária: É a condenação social sofrida pelas vitimizações primária e secundária, advinda de segregação social, falta de amparo dos órgãos públicos, da família e dos amigos. “Sociedade exalta o criminosoe ridiculariza a vítima.” Podendo gerar as cifras negras. Janaina Pacheco Vitimização indireta: É a vitimização de pessoas próximas ou diretamente ligadas à vítima, como seus familiares, parentes e amigos. Janaina Pacheco Heterovitimização: Consiste na autorecriminação da vítima pelo crime. Atribui a si a responsabilidade do delito. Exemplo: Não assegurar seu veículo e este ser furtado. = Falsa Vítima - autovitimiza Homem é preso por suspeita de colocar fogo no próprio carro para simular um furto e assim tentar aplicar um golpe contra a seguradora do veículo. Preso em flagrante por fraude contra seguro, um crime inafiançável, com pena de um a cinco anos de prisão. Vítimas Latentes São indivíduos que possuem predisposição permanente e inconsciente de atraírem criminosos para si. Ex: prostitutas, travestis e os usuários de drogas. Vítimas Atuantes Buscam incansavelmente a reparação judicial pelos danos sofridos ou a punição dos autores. Crimes com participação da vítima: Homicídio privilegiado (art. 121, § 1º). Aborto consentido (art. 121 e 126). Rixa (art. 137) Estelionato (art.171). Corrupção passiva e ativa (art. 317 e 333). Vitimodogmática Trata-se do estudo da contribuição da vítima na ocorrência de um crime, e a influência dessa participação na dosimetria da pena. Janaina Pacheco Lei 9099 – beneficia a vítima Instituiu os juizados especiais civis e criminais prioriza a vítima como titular de direitos fomentando a reparação do dano e a celeridade processual. Bullying É a prática reiterada de atos agressivos verbais ou físicos por um ou mais indivíduos contra um ou mais sujeitos. Sem motivo claro. O Bullying ocorre muitas vezes pela internet, caracterizando-se o que se chama de cyberbullying. Stalking Forma de violência moral na qual o sujeito ativo invade a esfera de privacidade da vítima. Meios: Ligações, mensagens, presentes, perseguições. Os motivos: amor, desamor, vingança, ódio, brincadeira e inveja. O stalking ocorre muitas vezes pela internet, caracterizando-se o que se chama de cyberstalking. Pelo CPB o stalking configura contravenção de perturbação da tranquilidade, tipificada no artigo 65: “Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável.
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