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PLANO DE AULA 1

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PLANO DE AULA
AULA 1 – Apresentação da disciplina; Introdução: origem e evolução da Ciência Econômica; Conceitos básicos; Evolução do pensamento econômico; 
-Introdução
O que é economia?
Trata-se de uma ciência que estuda a atividade produtiva, ou de produção. Focaliza estritamente os problemas referentes ao uso mais eficiente de recursos materiais escassos para a produção de bens, e estuda as variações e combinações na alocação dos fatores de produção (terra, capital e trabalho), na distribuição de renda, na oferta e procura e nos preços de mercadorias.
O que é economia política?
Oikosnomus (oikos=casa, nomus=lei): “Ciência das leis da administração doméstica; do patrimônio particular” 
Política: A administração da polis (cidade-estado) 
É a ciência que trata do estudo e análise do funcionamento dos sistemas econômicos.
É "a ciência que estuda a atividade humana no comportamento económico e humano como uma relação entre a satisfação das necessidades em condições de escassez de recursos. 
O termo “economia política” vem da combinação de três palavras gregas oikos (casa), nomos (lei) e polis (estado). Etimologia da palavra pode ser rastreada até o objeto de estudo da economia política que consiste em observar o comportamento do homem confrontado com o problema de satisfação das necessidades individuais em condições de escassez de recursos. O campo de pesquisa de estudos econômicos é muito amplo.
A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito.
Escolas e Doutrinas Econômicas
1. Mercantilismo
O mercantilismo é uma doutrina econômica que caracteriza o período da Revolução Comercial (séculos XVI - XVIII), que foi marcado pela desintegração do feudalismo e pela formação dos Estados Nacionais. Por ter mudado a forma do pensamento original, as ideias trazidas pelo mercantilismo são consideradas pioneiras. O estado, a partir de então, foi considerado como agente fundamental de evolução e crescimento de um determinado local e sociedade. Os princípios mercantilistas são:
- Incrementação do bem-estar social pelo Estado, ainda que em detrimento de seus vizinhos ou colônias.
- Grande arrecadação de riqueza, sendo valorizado tudo aquilo que beneficiava a riqueza da economia nacional, tais como: aumento da população, incremento do volume de metais preciosos no país, estimulação do comércio externo (visto que por meio de uma balança comercial favorável era que se aumentava o estoque de metais preciosos) e preponderância do comércio e manufatura em detrimento da agricultura (pois tornavam possível a acumulação de capital).
Essas concepções levaram a um intenso protecionismo estatal, isto é a uma ampla intervenção do Estado na economia, haja vista que uma forte autoridade central tida como essencial para expansão dos mercados e para proteção dos interesses comerciais. O acúmulo de divisas em metais preciosos pelo Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista era defendido pelos mercantilistas, e pregavam que a riqueza adquirida deveria ficar no território para não se perder na medida em que houvesse contato com outros territórios.
O mercantilismo era constituído de um conjunto de concepções desenvolvidas na prática por Ministro, administradores e comerciantes, com o objetivo não só econômico, mas também político estratégico. A aplicação do mercantilismo, portanto, variava conforme a situação do país, seus recursos e modelo de governo vigente.
O Cenário histórico do mercantilismo: 
•Existiu no período do século XVI a XVIII, que foi marcado pela expansão colonial, a revolução comercial, desintegração do feudalismo e formação dos estados nacionais e do absolutismo monárquico na Europa Ocidental. 
•Neste período histórico foram criadas as bases para o futuro desenvolvimento da economia capitalista, com a generalização do processo de compra e venda de mercadorias, e a formação de um mercado mundial. Mais tarde, a dinâmica desse processo acabou exigindo a revolução industrial para dar conta de uma demanda cada vez maior de mercadorias manufaturadas. 
Princípios da economia política mercantilista: 
•Há crença era de que havia uma quantidade fixa de recursos econômicos no mundo, ou seja, um país só podia enriquecer as custas do outro: “O lucro de um homem é a desgraça de outro... Nenhum lucro, qualquer que seja, pode ser alcançado, a não ser à custa de outro” (MICHEL DE MONTAIGNE, 1580). 
•“O mercado é o melhor juiz do valor (...) O preço dos produtos é seu valor atual (...)” e este “é obtido calculando-se as ocasiões ou seus usos, com a quantidade representando a ocasião (...) É impossível, para o mercador, ao comprar suas mercadorias, saber por quanto as venderá. (...) O valor de todos os produtos depende de seu uso, e seu preço, caro ou barato, deriva de sua abundancia ou de sua escassez” (NICHOLAS BARBON). 
•Esse pensamento mostra como os mercantilistas viam as trocas como a fonte do lucro, ou seja, pela diferença entre o preço pago e o preço vendido. Naquela época havia muita diferença nas condições de produção das diferentes regiões, os mercadores compravam mercadorias onde elas eram baratas e vendiam onde elas eram caras o suficiente para cobrir seus custos (preço de compra, transporte, etc.) e obter lucros. E também se aproveitavam da possibilidade de manipulação de estoques no tempo, comprando em épocas de abundância (nas safras, por exemplo), e vendendo em épocas de escassez (nas entressafras). 
•A concorrência entre mercadores fazia esses preços tenderem a uma homogeneização, e para baixo, reduzindo seus lucros, por isso a defesa dos monopólios, caso contrário, todos os mercadores iriam querer vender onde os preços estavam altos, e eles fatalmente ficariam baixos. 
•No período da idade média a igreja cumpria o papel de justificar ideologicamente a extrema desigualdade de riqueza, com o argumento que Deus escolhera os ricos como guardiões da riqueza das massas, para que essas não as consumissem tudo. A igreja tratava de fornecer caridade aos mais necessitados. Com o avanço do comércio no período mercantilista, os seus teóricos defenderam que o papel de cuidar do bem público cabia ao Estado. 
•“O Estado, sob a forma de uma monarquia divina, assumiu o papel e as funções da antiga Igreja Medieval.” (APPLEMAM. P. WILLIAMS). 
•O mercantilismo era extremamente nacionalista. O Estado deveria incrementar o bem-estar nacional ainda que em detrimento de seus vizinhos e colônias. 
•Defende o acúmulo de divisas em metais preciosos pelo Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista, que consiga obter sempre um superávit na balança comercial. Proibia-se a importação daquilo que podia ser produzido internamente, proibia-se a exportação de matérias-primas produzidas internamente e isentavam as tarifas de importação das matérias-primas que não podiam ser produzidas internamente, para aumentar a competitividade das exportações. 
•A forma mais eficaz de obter esses saldos comerciais era obtendo mercados cativos para as suas exportações, através do controle monopolista do comércio exterior das suas colônias. Qualquer beneficio e desenvolvimento obtido pelas colônias, era um subproduto acidental da política de exportação. Geralmente era proibida ou restrita a produção manufatureira ou industrial nas colônias, essas só poderiam produzir e exportar matérias-primas, e importar tudo o mais da metrópole. 
•Por isso, o mercantilismo está ligado ao militarismo e expansionismo colonial. 
•Não havia preocupação com o preço que o consumidorlocal pagava pelos produtos, mas tão somente com os lucros do comércio. O comércio e a industria são mais importantes para a economia nacional do que a agricultura. Os teóricos mercantilistas defendiam que internamente não deveria haver pedágios ou impostos sobre o transporte e o comércio de bens, mas mesmo internamente o comercio deveria se monopolizado por concessão do Estado. 
•Havia um forte controle central da economia por parte do Estado. O governo concedia privilégios monopolistas a empresas envolvidas no comércio exterior e restringia a livre entrada de empresas no comércio interno para restringir a concorrência. Além de barreiras alfandegárias havia subsídios à produção local. Mas controlava a produção local para que houvesse padrão de qualidade, e não prejudicasse a reputação dos seus produtos no exterior, ou seja, havia pouca confiança na possibilidade de auto-regulação do mercado privado. 
•A riqueza da economia depende do aumento da população e do aumento do volume de metais preciosos no país. Uma população numerosa fornecia mão-de-obra barata e um exército e marinha poderosos para lutar pelo país, e era necessário dinheiro para sustentar essas forças armadas. 
•A ociosidade e a mendicância realizada por pessoas capazes de trabalhar, eram tratadas e castigadas sem perdão (eram presos, cortavam suas orelhas, marcados como gado e até mortos por reincidência), e o roubo punido drasticamente com a força. 
Contribuições duradouras: 
•As idéias mercantilistas foram válidas para a época, um período de transição entre o regime feudal e o capitalismo, que foram fundamentais para a constituição da economia moderna (capitalista). A economia mercantilista permitiu a acumulação da liquidez monetária necessária para fazer avançar o comércio de mercadorias nacional e internacional e, também, para facilitar a cobrança de impostos. 
•Do ponto de vista teórico as principais contribuições do pensamento mercantilista foram enfatizar a importância do comércio internacional e a noção econômica e de contabilidade do que é hoje denominado balança de pagamentos entre uma nação e o resto do mundo. 
•Os mercantilistas contribuíram muito para que fosse eliminado o preconceito que a nobreza tinha contra os mercadores. 
•Outra contribuição que inspira até hoje muitos pensadores é a defesa do nacionalismo. Mas mesmo os liberais aceitam a intervenção do Estado na regulamentação da economia em questões como a padronização monetária e a padronização dos pesos e medidas, que são necessários ao processo de concorrência comercial. 
•As empresas monopolistas foram os embriões das grandes corporações econômicas privadas que temos hoje. 
•Finalmente, fez expandir e generalizar a produção e a comercialização de mercadorias, condição fundamental para o surgimento da economia capitalista.
Objetivos ideológicos: 
•Benefício direto aos reis (déspotas esclarecidos) que controlavam Estados absolutistas, e que acumulava cobrando impostos sobre os ganhos de comércio. Beneficiou também uma classe de funcionários do Estado (inspetores, juízes e oficiais de justiça, cobradores de impostos, etc) 
•Vantagens à burguesia (comerciantes e manufatureiros) que enriqueceu as custas do trabalho assalariado e da expansão comercial.
2. Fisiocratas 
Trata-se de um grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico. Dessa maneira, defendiam a mais ampla liberdade econômica, devendo o estado intervir na economia apenas em caráter excepcional e necessário, pois entendiam que quanto mais o estado interferisse na ordem natural dos agentes econômicos menos ele evoluiria.
Criaram a noção de produto líquido, defendendo que a riqueza era gerada somente pela terra (ou natureza, que é physis em grego, sendo daí tirado o nome da escola em comento). Ou seja, a importância maior estava na agricultura, não fazendo o comércio e a manufatura nada mais que transportar ou transformar os produtos da terra. Observa-se exatamente aqui a crítica ao mercantilismo, que estimulava essas atividades em detrimento daquela, a agricultura.
Em suma, os fisiocratas entendiam que o Estado deveria assumir o papel somente de guardião da propriedade e garantidor da liberdade econômica, e que não era pela circulação, mas pela produção agrícola que a economia cresceria.
O cenário histórico da escola fisiocrática: 
•Período curto aproximadamente entre 1750 e 1776. Surgiu como reação ao mercantilismo e às características feudais do antigo regime na França e, ainda assim, não conseguiu fugir completamente dos conceitos medievais que impregnavam a sociedade francesa. 
•A indústria francesa foi retardada em seu desenvolvimento pelas autoridades locais que impunham pedágios, impostos e tarifas internas, impedindo, portanto, a movimentação de bens. Também por uma excessiva regulamentação da economia, por exemplo, o Estado francês chegou a especificar quantos fios devem existir por metros de tecido. As guildas de mercadores e artesãos, que surgiram no período medieval duraram mais na França do que na Inglaterra. Ditavam quem tinha direito de exercer o comércio ou determinado ofício artesanal numa cidade, ditavam os métodos de produção, etc. 
•A agricultura francesa foi onerada pelas condições impostas pela nobreza dona das terras. Os camponeses eram submetidos a impostos sobre a terra e os lucros da lavoura, enquanto a nobreza e o clero tinham isenção de impostos. Os coletores de impostos pagavam uma taxa fixa ao Estado, e tinham a liberdade para extorquir o máximo que pudessem para ter lucro nessa atividade. Tinham que fazer negócios e pagar altas taxas aos moleiros, padeiros, moedores de vinhos, e outros profissionais que tinham o monopólio garantido pelos senhores feudais. Os nobres praticavam a caça nos campos plantados dos camponeses, e estes nem podiam retirar o mato e ervas daninhas se isso espantasse as perdizes. A odiada corvéia revivida por Colbert, forçava os camponeses e seus animais a trabalharem sem pagamento na pavimentação de vias públicas e em outros serviços ao Estado. A exportação de grãos era proibida, as leis definiam a quem eles tinham que vender os grãos, e o preço a pagar, as exceções eram datas aos privilegiados, ou em tempos de fartura. 
•As idéias fisiocratas, assim como dos economistas clássicos logo em seguida, foi fortemente influenciada pelo desenvolvimento das ciências naturais, da filosofia e da ciência política , em especial no período compreendido, entre os séculos XVI e XVIII, graça a contribuição de homens como Galileu Galilei, Kepler, Newton, Bacon, Descartes, Hume, Condorcet, Saint Simon, e os iluministas, entre outros. 
Princípios da economia política fisiocrata: 
•Fisio (physis = terra, natureza em grego), cracia (governo, regência). Governo da natureza. 
•Assumem o princípio positivista de que a economia e a sociedade são regidas pelas leis rígidas e invariáveis da natureza. Nas sociedades humanas assim como na natureza reina uma harmonia estável, de acordo com essas leis. O objeto de estudo cientifico é descobrir quais são as leis às que regem todos os fenômenos naturais ou sociais. 
•Na esfera econômica, as leis da natureza conferiam aos indivíduos o direito natural de usufruir dos frutos de seu próprio trabalho, desde que isso seja consistente com os direitos dos outros. 
•Laissez-faire, laissez-passer. Expressão creditada a Vicente de Gournay (1712-1759), um alto funcionário mercantilista, cuja experiência o levoua ser partidário do liberalismo. Aquela expressão significa “deixe as pessoas fazerem o que quiserem sem a interferência do governo”, ou seja, os governos nunca deveriam estender a sua interferência nos assuntos econômicos além do mínimo absolutamente necessário para proteger a vida e a propriedade e para manter a liberdade de adquirir. 
•Ênfase na agricultura. Segundo os fisiocratas, apenas a produção primária (agricultura, pecuária, extrativismo) cria excedente econômico, porque só a natureza é capaz de multiplicar o produto, e produzir algo novo (Ex: lançamos um saco de sementes ao solo e ele devolve várias sacas). As demais atividades apenas transformam ou transportam os produtos da terra.
•Os fisiocratas eram entusiastas defensores dos empresários capitalistas arrendatários das grandes fazendas rurais, que empregam trabalhadores assalariados e aplicam seus capitais em técnicas avançadas de produção agrícola (ou na pecuária). 
•As atividades industriais e comerciais são úteis, porém estéreis, porque as classes que atuam nessas atividades só acrescentam valor aos produtos primários na exata proporção do que recebem de remuneração por sua atividade na forma de salários e lucros, enquanto a classe agricultora produz mais do que recebe de remuneração. A diferença entre o que os agricultores produzem e recebem, deduzidos os custos de produção, é o excedente absorvido com renda pela classe dos proprietários de terras. 
•O conceito de classe social está ligado ao tipo de atividade econômica exercida e não ao papel desempenhado nas relações sociais de produção. Por isso classe agrícola são tanto arrendatários capitalistas quanto trabalhadores assalariados agrícolas; a classe industrial é tanto os empresários quantos os operários, etc. 
•Defendiam que os impostos deviam incidir apenas ou, pelo menos, em maior intensidade sobre a propriedade da terra, pois os proprietários latifundiários cobravam uma renda pelo empréstimo da terra aos arrendatários capitalistas. Esses proprietários não contribuíam em nada com a produção (nem com trabalho, nem com capital) e ficavam com todo o excedente econômico. A isenção ou diminuição de impostos cobrados da burguesia estimularia o investimento produtivo. 
Contribuições duradouras: 
•Foram os primeiros a examinar toda a sociedade e analisar as leis que governam a circulação de riqueza e bens, assim eles estabeleceram a economia como uma ciência social
. Fizeram uma análise sistemática do processo de produção e distribuição, criando a noção de circuito econômico.
•O famoso Tableau Economique (quadro econômico) de François Quesnay (ver em anexo abaixo) inspirou o diagrama do Fluxo Circular da Renda (ver em anexo abaixo), criado pelo norte-americano Frank Knight no inicio dos anos de 1930, e que até hoje consta dos primeiros capítulos de todo livro de introdução à economia. Também inspirou o desenvolvimento futuro da contabilidade da renda nacional, ou contabilidade social.
•A lei dos retornos decrescentes de Ricardo, hoje é credita a Turgot. E foram também precursores do estudo da incidência real dos impostos nas diversas classes sociais a depender de como e sobre quem eles são cobrados. Essas idéias hoje fazem parte da microeconomia.
•Uma contribuição muito importante foi enfatizar na produção (infelizmente só enfatizaram a agrícola), e não na troca realizada pelo comércio a fonte de toda a riqueza.
•Finalmente, foram os primeiros defensores do laissez-faire (liberalismo econômico), e inspiraram todos os teóricos clássicos e neoclássicos.
3. Escola Clássica
As principais figuras da escola clássica são Adam Smith e seu pupilo, o francês Jean Baptiste Say. Refutando as duas escolas anteriormente estudadas, a escola clássica desenvolve a Teoria do Valos Trabalho, afirmando que a riqueza não vem da terra, mas de qualquer atividade que produza bens e tenha nela aplicado trabalho. Noutros termos, entendiam que o desenvolvimento da riqueza de um país vinha do trabalho, fonte de todo o valor.
A riqueza poderia, portanto, ser elevada com produtividade e, consequentemente, com emprego de mais trabalho especializado. Isso porque, o valor da mercadoria era dado pela quantidade de trabalho empregado para produzi-lo ou para feze-lo circular. A escola clássica, portanto, enfatiza a produção, relegando ao segundo plano o consumo e a agricultura, de modo que pregavam o investimento ou reinvestimento, nos fatores envolvidos na atividade produtiva: trabalho, terra e capital.
Contrários a intervenção estatal, apoiavam-se no liberalismo econômico e no individualismo e firmaram o principio da livre-concorrência. E acreditavam que a nação mais proeminente seria aquela que conseguisse acumular mais riquezas, na dorma de acumulação de capital sendo, por isso mesmo, que todos os pensamentos dessa escola visavam esse fim.
Objetivos ideológicos:
•Beneficiar a burguesia, em particular a industrial, pois desejavam que esta tivesse liberdade para importar matérias primas e alimentos de quaisquer paises, com isso teriam diminuição dos custos de produção (salários, matérias-primas) e ampliaria os lucros e a capacidade de exportação de manufaturas. 
•Impedir a intervenção de sindicatos ou do Estado a favor dos trabalhadores assalariados.
- Adam Smith (1723-1790)
Buscava entender qual mecanismo mais apropriado de organização da sociedade. Entendia ser desnecessária a intervenção do Estado na sociedade e economia, pois já existia uma Mão Invisível, o próprio mercado, capaz de harmonizar a sociedade e gerar um bem estar coletivo. Refuta o ponto de vista dos fisiocratas, ao entender que não era a terra que era capaz de gerar riqueza, mas sim qualquer atividade que produzisse bens e tenha nela aplicado trabalho. Quem determinava o valor de troca, pois, não era a demanda, mas o trabalho despendido e do tempo utilizado para produzir determinada mercadoria. Dessa maneira, considerava o trabalho como fonte do valor. Na hora da distribuição do valor, fundamentado na Lei dos Rendimentos Não Proporcionais, acreditava que cada fator produtivo não respondia igualmente, isto é, não era igual o valor investido na terra, no capital e no trabalho. Refutava o protecionismo, pois entendia que quanto menos protegido o mercado maior a liberdade de comercio com outras economias, defendendo, assim, o liberalismo e o individualismo.
- Jean Baptiste Say (1767-1832)
Divulgador da obra de Adam Smith, Say criou a Lei dos Mercados, também conhecida como Lei de Say, segundo a qual a oferta gera uma demanda de igual valor, ou seja, a produção criaria sua própria demanda, gerando um equilíbrio econômico que impossibilitaria uma crise geral de superprodução, visto que a soma dos valores de todas as mercadorias produzidas seria sempre equivalente à soma dos valores de todas as mercadorias compradas. Dessa maneira, acreditava ser a economia capitalista auto regulável, não se fazendo necessária a intervenção estatal.
Ao longo do tempo, porém, observou-se que a referida lei teria aplicação somente numa economia baseada no escambo (não monetária), pois, nas condições modernas a intermediação da moeda na compra é mais sofisticada, criando, por exemplo, a possibilidade de se constituir uma reserva de valor, situações que poderiam interromper vendas e causar uma retração da demanda, podendo resultar numa crise econômica.
- Davi Ricardo (1772-1823)
Considerado como o mais legítimo sucessor de Adam Smith, Ricardo, por meio de sua obra “Princípios de Economia e Política e Tributação”, deu enorme contribuição à teoria do valor-trabalho e da distribuição. Tal qual Smith, localizava no trabalho o valor de troca das mercadorias.
Com medo de a economia chegar a um estagio estacionário, Ricardo desenvolve uma teoria sobre a renda da terra.Para ele a renda relacionava-se diretamente com o aumento da população, pois acreditava que uma maior demanda, gerada pelo aumento populacional, exigia o cultivo de terras menos férteis por parte dos proprietários rurais. Nessas terras, obviamente, os custos de produção eram mais elevados do que nas terras mais férteis, o que gerava um aumento no preço do produto, visto que o preço dos custos de produção deve ser arcado pelo custo de mercado. Os proprietários de terras mais férteis, por sua vez, disso se beneficiavam, adquirindo uma maior receita, pois, embora os custos de sua produção não estivessem se elevado, o preço dos seus produtos aumentava, gerando assim, mais lucro para si. Essa diferença a favor destes (ou o excedente sobre os custos de produção), que desencadeava, inevitavelmente, no crescimento de renda, dava aos proprietários rurais de terras mais férteis a possibilidade de se apossassem de maior percentual de excedente econômico em detrimento dos próprios capitalistas, o que, segundo Ricardo, geraria um “estado estacionário”. Ao chegar a determinado limite, inclusive, o lucro seria tão baixo que a acumulação de capital simplesmente cessaria, prejudicando o desenvolvimento econômico. Para adiar isso, Ricardo propunha a aplicação de um programa econômico liberal, com livre cambismo no comércio internacional, acreditando que isso permitiria tirar maior proveito das terras em escalas mundial. Formulou assim, a Teoria das Vantagens Comparativas, com a qual procurou demonstrar a vantagem de um país importar determinados produtos, mesmo se pudesse produzi-lo a preço inferior, desde que sua vantagem, em comparação com outros produtos, fosse maior, o que evitaria a problemática de se produzir em terras menos férteis e do prejuízo que isso poderia gerar ao desenvolvimento econômico.
- John Stuart Mill (1806-1837)	
Em sua obra, “Princípios de Economia”, fez uma síntese de alguns trabalhos clássicos, em especial os de Ricardo e de Malthus, além de incorporar novas i deias. Poss uidor de ideias libertárias, altruístas e socialistas (tendo, inclusive, na prática, defendido o direito das mulheres ao voto e o direito dos sindicatos à greve) observou que alg uns elementos não eram resolvidos pela “mão invisível” do mercado, devendo haver menor dependência das forças naturais do mercado e um maior grau de intervenção governamental deliberado para a resolução de problemas econômicos. Uma das situações em que a intervenção estatal faria sentido, por exemplo, era quando da concentração industrial, que fazia com que um só produtor monopolizasse sua fabricação, ficando o preço do produto em seu poder, o que excluiria a livre concorrência e os benefícios por ela concedidos aos consumidores, como a existência de preços mais justos.
Em relação à teoria do valor, procurou demonstrar como o preço é determinado pela relação entre demanda e oferta, oferecendo visão além daquela de outros autores clássicos, que afirmavam ser a quantidade de trabalho envolvida na produção o fator determinante do preço. E, em consonância com a ideia da renda da terra de Davi Ricardo, defendia tributação sobre a renda adquirida com a terra.
- Karl Heinrich Marx
Karl Marx, eminente teórico do comunismo e que se dedicou a fundamentar teoricamente o socialismo, até então denominado pelo pensamento utopista, foi o primeiro dos autores clássicos a fazer uma crítica aos trabalhos da economia política, que eram meramente econômicos, incorporando também o campo das relações sociais a esse estudo. É considerado um autor clássico porque conserva algumas ideias clássicas, como a teoria valor-trabalho de Smith e Ricardo, a qual que serviu como base para desenvolver sua teoria da mais-valia, esboçada no livro “ Trabalho Assalariado e Capital”. Mas também foi o primeiro autor a contestar de fato a análise realizada pela escola clássica, tanto nas suas premissas e objetivos quanto em suas conclusões, ao desenvolver a análise do processo capitalista baseado na concepção materialista e na luta de classes.
Junto com Engels, Marx escreve “O Manifesto Comunista”, espécie de programa e carta de princípio da Liga dos Comunistas, organização revolucionário fundada com a ajuda dos referidos autores e amigos. A obra apresenta, a partir das concepções do materialismo histórico, uma analisa da sociedade capitalista, além de fundamentar a teoria do socialismo científico (ou teoria política marxista, que considera a luta de classe s o motor da história e que o Estado é sempre um órgão a serviço da cl asse dominante) e apresentar o programa da revolução proletária e a função histórica da ditadura do proletariado (cabendo à classe operária se apropriar novamente dos meios de produção e lutar pela conquista do Estado, via ditadura do proletariado).
Considera o capitalismo um modo de produção transitório, sujeito a ciclos de crise econômica e que, por conta de suas contradições internas, de veria ceder lugar ao modo de produção socialista, mediante revolução. 
 A antes mencionada Teoria da Mais-Valia, por ser conceito fundamental da economia política marxista, merece estudo detalhado: Marx, assim como Adam Smith e David Ricardo, considerava que o valor da mercadoria era determinado pela quantidade de trabalho necessário para produzi-la. A força de trabalho era também uma mercadoria, cujo valor seria determinado pelos meios de vi da necessários à subsistência do trabalhador ( alimentos, roupas, moradia, transporte, etc.). Se a pessoa trabalhasse por mais tempo, produziria não apenas o valor correspondente ao de sua força de trabalho (paga pelo capitalista na forma de salário), mas também um valor a mais, um valor excedente sem contrapartida, denominado por Marx de mais-valia. E é justamente da exploração desse trabalho não pago, ou seja, da parcela de trabalho não remunerado que seriam tirados os possíveis lucros dos capitalistas (além da renda da terra, dos juros, etc.). Diante desse conceito, podemos observar m ais uma vez o porquê da crença de Marx acerca da luta de classes – o autor acreditava que sem antagonia de classes não haveria progresso, visto que o progresso é fruto da acumulação de capital. 
Marx entendia que existiam dois tipos de mais-v alia, a absoluta e a relativa. A absoluta se dava quando a j ornada de trabalho e, consequentemente, a produção e o lucro aumentavam, sem que houvesse modificação no salário do trabalhador, aumentando, assim, a mais-valia. Já a relativa quando a jornada de trabalho era mantida, mas a produtividade era aumentada pela introdução de maquinário mais produtivo, de mais maquinário e /ou mediante nova forma de organização da produção, o que também aumentava a mais-valia, visto que os lucros do capitalista eram maiores, mas seus gatos com o salário do trabalhador não, muito embora seu trabalho contribuísse para a produção de todas as mercadorias. 
O trabalho, para Marx, era entendido como o tempo que o trabalhador gastava do seu lazer direcionando-o para garantir sua subsistência, através do salário. Acreditava, porém, no que denominou de trabalho emancipado, aquele quando a pessoa na atividade cotidiana não busca prioritariamente sua subsistência, mas sim a contribuição que poderia advir de se u trabalho, o que poderia gerar um nível de desenvolvimento maior do que o trabalho “comum”. 
Finalmente, Marx entendia que a sociedade mais rica se ria aquela que acumulasse capital através da atividade produtiva.Princípios da economia política marxista: 
•A doutrina de Karl Marx é composta pela critica de três áreas do conhecimento: a filosofia alemã(extraída de Hegel a dialética e o materialismo de Feurbach), o socialismo utópico francês (Fourier, Saint-Simon, Owen, Proudhon) e a economia política inglesa(Smith, Ricardo, Malthus).
•Marx desenvolveu uma crítica radical à economia política clássica, porém apoiando-se e desenvolvendo até as últimas consequências um dos pilares daquela corrente, a teoria do valor trabalho. 
•Assume o princípio de que o valor das mercadorias é determinado pelo tempo médio de trabalho socialmente necessário para produzi-las. Isso inclui o tempo gasto na produção das matérias primas, máquinas e ferramentas, bem como o tempo que o trabalhador necessita para transformar a matéria prima em uma nova mercadoria. 
•A própria força de trabalho é uma mercadoria na sociedade capitalista, e seu valor é determinado pelo tempo médio de trabalho socialmente necessário para produzir o valor dos meios de subsistência (reprodução) da força de trabalho. Mas os capitalistas obrigam os assalariados a trabalhar por um tempo excedente sem remunerá-los a mais por isso. Esse tempo de trabalho excedente é a mais valia, gerada nas atividades produtivas e repartida pelos capitalistas industriais com os capitalistas comerciais e financeiros. 
•Além do caráter exploratório da atividade capitalista, Marx descobriu uma séria de contradições internas a esse sistema como: trabalho social X apropriação privada dos meios de produção; organização fabril X anarquia social da produção; etc. Essas contradições geram: crises cíclicas de superprodução; desemprego e tantos outros males econômicos e sociais. 
•Ao mesmo tempo, Marx demonstrou que estas contradições tendem a se acirrar com o desenvolvimento do capitalismo, a concorrência capitalista provoca o processo de acumulação, concentração e centralização do capital, que transforma o capitalismo numa sociedade monopolista, levando a falência milhares de pequenos capitalistas que se tornam proletários. A sociedade se divide num número cada vez maior de proletários que nada possuem a não ser sua força de trabalho de um lado, e de outro um número proporcionalmente cada vez menor de capitalistas de outro.
•Esse fato cria as condições para uma revolução social, para adequar as relações sociais de produção (propriedade dos meios de produção e distribuição da produção) ao nível de desenvolvimento às forças produtivas sociais. 
•Para isso é necessária a tomada do poder político pelos trabalhadores e a constituição de um Estado proletário que socialize os meios de produção, planifique a economia e vá eliminando paulatinamente as diferenças sociais herdadas da sociedade capitalista, até que seja possível existir uma sociedade sem divisão de classes e sem Estado
Objetivos ideológicos: 
•Como visto acima, Marx propõe a tomada do poder político pelos trabalhadores, em particular os operários, os assalariados, em aliança com os camponeses. Sua teoria tem, portanto, um interesse de classe explícito, declarado, coisa que não vemos em outras correntes do pensamento, particularmente naquelas que são próprias das classes dominantes.
4. Escola Neoclássica
A análise da escola neoclássica caracteriza-se fundamentalmente por ser microeconômica, uma vez que se baseava no comportamento dos indivíduos e nas condições do equilíbrio estático. Tinham como postulados a concorrência perfeita e a inexistência de crises econômicas, admitidas apenas como acidentes ou consequência de erros, concentrando, assim, sua atenção na análise da formação de preços de bens individuais e dos fatores de produção em mercados competitivos. Acreditavam, portanto, na ideia de equilíbrio econômico geral ( razão pela qual eram chamados de equilibristas), pois entendiam que o mecanismo da livre concorrência (ou a interação entre oferta e demanda), explicado a partir de um critério subjetivo (de utilidade e disponibilidade do bem), seria a força regulador a da atividade econômica, capaz de estabelecer o equilíbrio entre a produção e o consumo. Observa-se, assim, que os neoclássicos tinham como princípio norteador a “Lei de Mercados”, desenvolvida pelo autor clássico Jean Baptiste Say, segundo a qual toda demanda teria sua oferta, isto é, de que tudo que seria ofertado também seria consumido, ressaltando-se que o critério subjetivo com que observavam isso, qual seja, a satisfação que determinado produto em determinada circunstância pode conferir. 
 Por esse motivo, os neoclássicos, além de serem chamados de equilibristas, também eram conhecidos como utilitaristas, pois entendiam que os a gentes se relacionavam com o mercado de forma racional, diante do que desenvolveram os seguintes conceitos: utilidade marginal (o valor do bem está relacionado às suas utilidade - princípio do utilitarismo - e capacidade em satisfazer a necessidade humana em determinado momento – princípio da saturabilidade -, sendo certa sua ordem decrescente na medida em que a necessidade fosse satisfeita ou que a disponibilidade do produto aumentasse) e produtividade marginal ( entendiam que todos os f atores de produção possuíam atividade decrescente e que a disponibilidade dos mesmos era variável, o que fazia com que cada fator de produção fosse remunerado de acordo com sua produtividade e disponibilidade, desenvolvendo, assim, uma nova teoria distributiva, sendo o f ator mais disponível o de menor valor e o menos disponível o de maior valor). 
- Princípios do utilitarismo e da saturabilidade 
O princípio do utilitarismo, segundo Jeremy Bentham, consiste em que toda felicidade está na obtenção do útil, ou seja, no afastar-se da dor e aproximar-se o máximo possível do prazer, da satisfação. Ou seja, um bem é útil quando capaz de satisfazer a necessidade humana em dada circunstância. 
Exemplificando, um saco de pipoca vendido em um cinema é mais caro e mais consumido porque proporciona maior prazer do que aquele vendido em um mercado, embora este seja mais barato. 
O princípio da saturabilidade é aquele segundo o qual a satisfação, ou utilidade, de cada unidade a mais consumida de um bem diminui na medida e m que o bem é consumido. Exemplificando, um indivíduo com se de estará disposto a pagar muito mais caro pela primeira garrafa de água que consumir do que pela segunda e terceira. A questão relaciona-se, portanto, com a disponibilidade do bem.
Ao contrário da escola clássica, os neoclássicos desconectavam do trabalho o valor agregado a um produto, pois entendiam que o preço do produto correspondia à necessidade e satisfação que o mesmo poderia fornecer ao consumidor, negando, assim, a teoria do valor-trabalho e substituindo-a pela teoria do valor utilidade, segundo a qual existe uma relação subjetiva entre a pessoa e o bem, de m odo que um m esmo bem poderia ter diversas relações, dependendo da pessoa e do momento com os quais se relacione, sendo importante tanto a maximização de lucros pelo produtor quanto a maximização de satisfação pelos consumidores. Com efeito, o valor do bem, embora determinado pelo produtor, estava muito mais relacionado à sua relação com o consumidor do que com o trabalho empregado para produzi-lo e fazê-lo circular, tampouco com os custo s de produção. 
Assimcomo os clássicos, os neoclássicos acreditavam no equilíbrio econômico geral, isto é, na possível existência de um conjunto de preços e quantidades que garantiriam a igualdade de oferta e demanda em todos os mercados da economia, preservando, assim, a idéia liberalismo econômico daquela e cola, ao acre ditarem que a intervenção estatal seria cabível somente em caráter excepcional e para manter a livre concorrência e o equilíbrio econômico. 
Por fim, convém destacar que, embora alguns tentem rechaçá-la, a mainstrain (corrente m ais adotada) nos dias atuais é exatamente a teoria econômica dos neoclássicos, por ser a única capaz de explicar a disposição que o consumidor tem de pagar preços elevados (às vezes até exorbitantes) em determinados produtos, sem qual quer ligação com os meios de produção, mas especialmente pelo grau de utilidade, de satisfação que o produto pode conferir. 
A economia neoclássica hoje 
•A teoria neoclássica sofreu um duro revés após a crise de 1929, pois essa crise foi tão violenta que ficou patente a inevitabilidade das graves crises que acometem de forma cíclica o sistemas capitalista, fato esse já observado anteriormente por Marx. 
•Os EUA conseguiram resolver ou amenizar os problemas provocados pela crise de 1929, através da intervenção estatal na economia, comandada pelo presidente Roosevelt, a qual foi denominada de New Deal. A crise e a experiência adotada pelo governo esta dosunidense, inspirou Keynes, como veremos à frente, a propor uma nova teoria, criando para isso um novo campo da economia, que foi denominado macroeconomia (os agregados macroeconômicos nacionais, soma de todos os mercados). Antes de Keynes a ênfase da teoria neoclássica era na microeconomia (teoria da demanda do consumidor, teoria da produção e da firma, e o equilíbrio em mercados parciais)
•A macroeconomia de Keynes defende abertamente a intervenção estadual da economia através de políticas fiscais e monetárias expansionistas, para resolver o problema do desemprego. O pensamento keynesiano, segundo a abordagem da “Curva de Philips”, avalia existir um trade-off(uma troca, uma oposição), entre inflação (aumento generalizado de preços) e desemprego. 
•Porém essa teoria foi criticada pelos seguidores da corrente neoclássica. Primeiro, com as teses das expectativas adaptativas feitas pelos Monetaristas. Mais tarde, pela teoria das expectativas racionais desenvolvidas pelos Novos Clássicos. Os primeiros acreditam que uma política econômica expansionista baseada na versão keynesiana da “curva de Phillips” só funcionaria no curto prazo, até que os agentes econômicos adaptassem (reduzindo) suas curvas de oferta quando percebessem que a inflação diminuiu sua renda real. Os últimos acreditam que os agentes econômicos têm conhecimentos, informações e racionalidade suficiente, para não serem induzidos pela política governamental, portanto nem no curto prazo ela funcionaria. Tais tentativas expansionistas fatalmente provocariam inflação, sem aumentar, e podendo até reduzir, o nível de atividade econômica.
•A crise fiscal (endividamento exagerado) do Estados nacionais que originou uma crise de estagflação(estagnação econômica com inflação) nos anos 70 e 80, bem como às crises do socialismo real nos países do leste europeu no final da década de 80, deram fortes argumentos para os teóricos Novos Clássicos, dando origem às praticas governamentais, que ficaram conhecidas como neoliberalismo.
•O receituário neoliberal consiste basicamente nas seguintes medidas: a) combate à inflação com redução dos gastos públicos (equilíbrio fiscal), e redução da oferta de moeda; b) privatização de empresas estatais; c) desregulamentação da economia; d) desregulamentação do mercado de trabalho; e) abertura comercial às importações e exportações; f) livre fluxo internacional de capitais produtivos e especulativos; g) garantia do direito à propriedade intelectual – lei de patentes.
•Entretanto o neoliberalismo, se conseguiu resolver os problemas das taxas elevadas de inflação, não trouxe bons resultados quanto ao crescimento econômico e nível de emprego.
Objetivos ideológicos: 
•São os mesmos da teoria clássica, porém, foi necessário desenvolver uma nova teoria, com novos argumentos a favor da economia capitalista de livre mercado, pois a teoria marxista, destruiu os argumentos da economia política clássica a favor do capitalismo. 
•Da mesma forma, mas tarde foi preciso desenvolver ainda mais o pensamento neoclássico (agora Novo Clássico), para combater as idéias intervencionistas do neoclássico “bastardo” Keynes.
- Jeremy Bentham (1748-1832)
Precursor do utilitarismo, Jeremy Bentham considerava que somente o egoísmo e a busca da felicidade motivavam a conduta humana. E alinhava-se, inicialmente, a Adam Smith a favor da liberdade de iniciativa econômica do indivíduo, tendo posteriormente modificado sua posição e defendido a intervenção governamental, na medida em que harmonizasse os interesses e garantisse a maior satisfação possível ao maior número de pessoas possíveis.
- Carl Menger
Foi o que melhor explorou a teoria subjetiva do valor (ou teoria da utilidade marginal), ligando o valor do bem à satisfação dos desejos humanos. Para ele, as trocas ocorriam porque os indivíduos têm avaliações subjetivas diferentes de uma mesma mercadoria. Assim, para ele toda a atividade econômica resultava simplesmente da conduta dos indivíduos e deveria ser analisada a partir do consumo final.
- William Stanley Jevons (1835-1882)
Destacou-se ao combinar a análise teórica com a estatística, tecendo um olhar mais m atemático para explicar a economia. Formulou uma teoria mais abrangente de valor, baseada na teoria da utilidade, afirmando que a troca e a distribuição do produto influenciam em seu valor. E, embora não tenha apresentado uma teoria subjetiva completa, negou o trabalho como fonte de valor, pois entendia que ele só poderia de modo indireto afeta r o valor de um produto, visto que é “o custo da produção que determina a oferta, que determina o grau final de utilidade, que, por sua vez, determina o valor”. 
 Diante disso, entendia que um custo de produção alto implicaria numa baixa oferta, que faria com que o grau de utilidade de um bem seja maior e, consequentemente, também seja maior o seu valor. Da mesma forma aconteceria se fosse o contrário, ou seja, um custo de produção baixo implicaria numa alta oferta, que faria com que o grau de utilidade de um bem seja menor e, consequentemente, também seja menor seu valor. 
 Baseando-se na filosofia de Bentham, definiu o que seria utilidade: capacidade que um objeto tem de provocar o prazer ou impedir a dor, estando a questão, portanto, ligada à satisfação ou à sua falta.
- Alfred Marshal (1842-1924)
Transformou vários argumentos dos autores clássicos Ricardo e Mill em posições matemáticas. Analisou as relações entre oferta, procura e valor, caracterizando o comportamento econômico humano como um delicado equilíbrio entre a busca da satisfação e negação do sacrifício (é o que ele chamava de equilíbrio econômico parcial). 
 Combinando a utilidade marginal com o custo real subjetivo, entendia que o valor era determinado pela atuação conjunta das forças que se localizam na procura (que estaria na utilidade marginal, expressa nos preços de procura dos compradores) e na oferta (na qual se localizavam o es forço e o sacrifício marginal dos produtores,refletidos nos preços de oferta em que eram produzidos os bens). Observa-se, então, que Marshall considerava que o valor do produto tinha ligação com os custos de produção. Dessa maneira, relacionou todas as categorias econômicas, a saber: os problemas da oferta, da procura e do preço dos produtos aos dos fatores de produção, inter-relacionando, assim, a troca, a produção e a distribuição. Assim, podemos afirmar que na teoria do equilíbrio do valor estava implícita uma teoria da distribuição. 
Em relação ao consumidor, ente ndia que esse deveria observar o quanto preza pelo seu tempo livre e o quanto está disposto a abrir mão dele, esforçando-se para obter uma renda, a qual determinaria o modelo de s eu gasto. Quanto ao capital e o trabalho, Marshall afirmava que, a longo prazo, as remunerações desses dois fatores de produção deveria ser igual a seus custos marginais. Então, o juro tenderia a ser igual ao sacrifício marginal da poupança, e os salários iguais à de sutilidade marginal do esforço. Observa-se, assim, que Marshall entendia que tudo estava ligado à desutilidade e à utilidade.
- Léon Walras (1834-1910)
Foi um dos primeiros economistas a elaborar uma teoria geral abstrata do equilíbrio econômico, porque acreditava que, hipoteticamente, poderia ser buscado um equilíbrio econômico geral, no qual em todos os mercados a oferta seria igual à demanda, podendo i sso ser expresso através de equações funcionais. 
Vale dizer que tal equilíbrio geral supõe uma análise de todas as variáveis relevantes para o problema a ser estudado (como, por exemplo, produção e preços de todos os setores industriais) e que um sistema econômico poderia ser considerado em equilíbrio quando todas as variáveis permanecessem imutáveis num determinado período. 
Equilíbrio Estável ou Instável x Equilíbrio Parcial ou Geral 
O equilíbrio econômico pode ser estável ou instável, parcial ou geral: a) Será estável se houver uma tendência para que o equilíbrio original se restaure, mesmo que haja ligeiras perturbações no preço ou na quantidade produzida; b) será instável se uma perturbação incidental nos preços ou nas quantidades produzidas não fizer com que o equilíbrio original se restaure; c) o equilíbrio parcial (estudado por Marshall) é aquele que se refere a dados restritos, como, por exemplo, a aná lise da evolução no preço de um só produto, enquanto os outros se mantêm constantes; d) j á o equilíbrio geral (estudado por Walras) pressupõe a análise de todas as variáveis relevantes para o problema em estudo, como, por exemplo, produção e preços de todos os setores industriais.
Para Walras a questão do equilíbrio era fundamental (acreditava, inclusive, que o equilíbrio era estável), porque se as condições de oferta e demanda permanecessem inalteradas, os preços também tenderiam a permanecer estáveis. 
 Tal qual Jevons e Menger, Walras entendia que, assim como a utilidade (ou satisfação) do bem, a disponibilidade seria determinante para seu valor. Mas por se preocupar, sobretudo, não na questão do valor, e sim do equilíbrio via mecanismo de preços, acreditava que o equilíbrio deveria se r obtido a partir de um preço no qual oferta e demanda se igualassem. Diante disso, demonstra que, dados certos preços, cada indivíduo continuaria trocando mercadorias até que a proporção das utilidades marginais fosse igual à proporção da troca, atingindo, assim, certo equilíbrio. 
-Joseph Schumpter (1883-1950)
Schumpeter foi o percussor da teoria do desenvolvimento capitalista, oferecendo grande contribuição à economia moderna, particularmente no estudo dos ciclos econômicos (flutuação periódica e alternada de expansão e contração de toda a atividade econômica), contrariando as ideias de ajuste automático pela oferta e demanda e de equilíbrio estável da economia. Para el e, a economia oscilava periódica e alternadamente, tanto por momentos de expansão quanto de contração, passando por ciclos longos (chamados ciclos de Kondratieff, que teriam duração de sessenta anos), médios (chamados de ciclo Juglar, de seis a dez anos) e curtos (ciclo Kitchin, de cerca de quarenta meses), atribuindo diferentes causas a cada período, dependendo do setor. Afirmava que as de pressões econômicas resultariam da superposição desses três tipos de ciclos num ponto baixo, como ocorreu na grande depressão de 1929-1933. Explicava, genericamente, que os ciclos ocorriam sempre que a demanda total de bens e serviços fosse menor do que a necessária para manter a produção no seu nível de desenvolvimento, sem que houvesse investimento para preencher a insuficiência de demanda, o que resultava na queda da produção e do emprego e, consequentemente, no declínio/contração do da economia. 
 O estudo dos ciclos econômicos, evidentemente, está intimamente ligado ao das crises econômicas, motivo pelo qual, atualmente, acredita-se que uma intervenção estatal seria fundamental para o investimento na economia e consequente restabelecimento do período de extensão/ascensão, conforme veremos a o estudar outro grande economista neoclássico, John Maynard Keynes, infra. 
Certamente, com essa ideia de ciclos econômicos, o autor oferece sempre à teoria econômica uma opção heterodoxa, por considerar que a economia não se encontra em estado de equilíbrio.
Afirmava que o estímulo para um novo ciclo de desenvolvimento econômico viria principalmente das inovações tecnológicas, introduzidas por empresários empreendedores incentivados para tanto, o que ocorria quando a taxa de lucro se tornava atrativa o bastante , gerando audácia nesses empresários, ponto esse que se tornou essencial para a economia não se manter numa posição estática (na qual seriam nulos o crescimento real e a taxa de investimento) ou até mesmo capaz de fazer a economia começar um novo ciclo econômico crescente. Tais inovações tecnológicas, que de maneira ideal serviriam de grandes catalisadores da economia, consistiam em: 
• Fabricação de um novo bem com taxa de lucratividade elevada; 
• Introdução de um novo método de produção, capaz de aumentar a produção e em contrapartida diminuir os custos de produção, elevando, por conseguinte, a margem de lucro; 
• Abertura de um novo mercado, o que geraria aumento de demanda, de produção e de lucro; 
• Conquista de uma nova fonte de matéria-prima capaz de produzir um mesmo bem com preço menor, o que também seria capaz de gerar lucro; 
• Realização de uma nova organização econômica ou estabelecimento de uma situação de monopólio, diante da qual as empresas enfatizariam menos seus esforços na competição de preços e m ais em termos de inovação tecnológica e de informação, gerando, assim, m ais lucro. Ressalta-se, ainda, que, embora não seja a situação de monopólio eterna, o desenvolvimento tecnológico alcançado seria capaz perene, fazendo a empresa ser superior a outras, o que demonstra mais uma vez o benefício trazido pela situação de monopólio. 
• Pequenas inovações tecnológicas sã o também capazes estimular o ciclo ascendente, isto é, de expansão economia, sendo capaz de tirar de uma posição estática a economia, embora de maneira mais gradual e lenta do que as anteriormente citadas. 
 Finalmente, Schumpeter entendia que o montante investido deve ter um impacto maior narenda do que seu próprio valor, e a isso denomina de efeito multiplicador do investimento sobre o produto (ex: quando se aumenta a demanda de um setor outro setor por consequência disso também aumenta sua demanda). E, embora seja um pretenso adversário do socialismo, Schumpeter, em uma de suas principais obras, a “Capitalism, socialism and Democracy” (1942), conclui pelo desaparecimento do capitalismo e pelo inevitável triunfo daquele sistema econômico.
- John Maynard Keynes (1883-1946)
Considerado o pioneiro da macroeconomia, por ter analisado não um a única firma ou um conjunto delas (chamado indústria), mas sim todo o mercado, John Maynard Keynes, era inteiramente a favor da sustentação e melhora do capitalismo. Apesar de ter si do num primeiro momento discípulo de Alfred Marshall, o “papa do Marginalismo”, através dos seus estudos sobre o emprego e o ciclo econômico, contestou os conceitos marginalistas e o grupo dogmático neles repousados. Seus estudos também abalaram de maneira irremediável as inovações clássicas do liberalismo econômico, contrariando o princípio do equilíbrio automático da economia capitalista, ao constatar que a economia fatidicamente passava por momentos cíclicos de expansão, contração e, inclusive, de depressão. Para Keynes, pois, a economia não estaria i senta de crises econômicas, tampouco funcionava numa concorrência perfeita, ou num equilíbrio econômico geral, que somente admitia crises econômicas como consequência de erros. Ao contrário, considerava que a economia não encontrava “naturalmente” seu equilíbrio, sendo necessária a intervenção estatal para restabelecimento dos períodos de ascensão e consequente melhora da atividade econômica, tendo em vista sua constatação de que, em cenários de crise, era possível a preferência pela liquidez (ou entesouramento), o que significaria baixo nível de demanda efetiva, isto é , do que era efetivamente gasto com consumo e investimentos. Noutros termos, Keynes acreditava que o lai ssez-faire não era a política adequada para o capitalismo, pelo menos não em tempos de depressão. Aliás, exatamente por considerar o ponto de equilíbrio econômico penas uma dentre diversas outras possibilidades, pode-se afirmar que Keynes foi o precursor da i deia de uma economia mista (ou heterodoxa).
Em contrapartida aos neoclássicos, Keynes foi contrário à “Lei de Mercado”, desenvolvida pelo autor clássico Jean Baptiste Say, segundo a qual a oferta geraria uma demanda de igual valor, ou seja, que a produção criaria sua própria de manda, gerando um equilíbrio econômico que impossibilitaria uma crise geral de superprodução, visto que a soma dos valores de todas as mercadorias produzidas seria sempre equivalente à soma dos valores de todas as mercadorias consumidas. Isso porque, Keynes entendia que numa economia monetária seria possível receber sem, imediatamente, gastar o dinheiro, tendo em vista que, embora qualquer quanti a de dinheiro pudesse se r aplicada lucrativamente, em certos casos poderia ser mais vantajosa a retenção do dinheiro (ou seu entesouramento), sendo preferível a liquidez, situação na qual a demanda real de determinada mercadoria cairia e o número de atividades realizadas para produzi-la também diminuiria, o que reduziria o nível de renda. 
Por ter vivido a Grande Depressão de 1929-1933, foi capaz de perceber que a economia poderia encontrar seu ponto de equilíbrio ao mesmo tempo em que tivesse uma alta taxa de desemprego e assim permanecer, desenvolvendo assim o conceito de equilíbrio de subemprego, que só poderia ser ultrapassado se o governo interviesse com instrumentos políticos que sustentassem a demanda efetiva, ou seja, a proporção da renda que seria gasta efetivamente em consumo e investimentos. E deveria fazê-lo com investimentos e incentivos, dinamizando a economia ao manter altos os níveis de renda e emprego. P ara entendermos melhor como isso funcionaria, vejamos: quando necessário, o governo interviria na economia com investimentos e incentivos, aumentando, assim, o consumo e o desejo nos empresários de investir para gerarem lucros, o que aumentaria a produção, geraria em pregos e elevaria o nível de renda. 
 
Um exemplo relacionado de intervenção estatal encontra-se na política monetária de redução de juros, que seria capaz, evidentemente, de influenciar o mercado, ao ampliar a quantidade de crédito nele disponível, aumentando-se, assim, os níveis de consumo e de investimento, o que, por consequência, manteria altos os níveis de emprego e de renda. 
Keynes entendia, portanto, que o nível de emprego numa economia capitalista dependia, em última instância, da demanda efetiva. Considerava que quanto maior a renda, maior a necessidade de produção e maior o número de empregos gerados para supri-la. Entendia, da mesma forma, que o desemprego seria resultado de um a demanda insuficiente de bens e serviços, por ausência ou dificuldade de renda, o que diminuiria a necessidade de produção. Segundo Keynes, este quadro só poderia ser resolvido por meio de incentivos e investimentos – a que chamou de fator dinâmico da economia - por parte do governo, os quais seriam capazes de influenciar a demanda (por sustentar alto o nível de renda) e de assegurar o pleno emprego (em razão da maior necessidade de produção ocasionada pelo aumento do consumo). Chegou, então, à seguinte fórmula: “Y = C + S →6 I” , segundo a qual o nível de renda (Y) é composto pelo nível de consumo (C) mais o de poupança (S) e Investimentos (I). 
Destaca-se que a autoria esse princípio da demanda efetiva é compartilhada com Michal Kalecki, economista polonês que, nesse mesmo período, desenvolveu princípios econômicos nas mesmas bases de Keynes.
Objetivos ideológicos: 
•São os mesmos das teorias clássicas e neoclássicas, porém, como vimos, Keynes percebeu contradições entre a racionalidade microeconômica e a macroeconomia, que podem causar crises e desemprego. Como defensor do capitalismo, entendeu que diante das falhas de mercado, era necessário algum grau, maior ou menor, de intervenção do Estado na economia, para corrigir ou amenizar esses problemas. Se assim não for, a probabilidade de revolta dos trabalhadores contra o capitalismo e, conseqüentemente, a adesão deles as teses socialistas aumentaria mais facilmente. 
- Keynesianismo 
As idéias keynesianas, embora propostas ante s da crise de 1929 e reunidas na “Teoria Geral” em 1936, só foram aprendidas e aplicadas pelos países capitalistas no período pós II Guerra Mundial, ou seja, cerca de dez anos depois de propostas por Keynes. A partir de então, o pleno emprego tornou-se um objetivo explícito e os instrumentos de política do Estado foram postos em ação. Nos EUA, por exemplo, foi aprovada a “Lei de Emprego” no ano de 1946, que transformou em obrigação legal do governo a manutenção do pleno emprego mediante empréstimos e financiamento de obras públicas. 
O keynesianismo adota nada m ais que as idéias sugeridas por Keynes, no t odo ou em parte, pregando, desse modo, a adoção de medidas políticas para solucionar o problema do desemprego através da intervenção estatal, desencorajando o entesouramento (ou retenção de dinheiro, quesignifica baixo nível de demanda efetiva, ou seja , baixo nível daquilo que é efetivamente gasto com consumo e investimentos) em proveito das despesas produtivas por meio da redução da taxa de juros e do incremento dos investimentos públicos. 
 
Observa-se, assim, que a questão principal do governo está em influenciar ou determinar o nível de atividade econômica mediante uma política monetária e fiscal propulsora de novos investimentos, devendo, para t anto, saber fazer uso de se u poder (agora poder-dever) de cobrar impostos, reduzir juros, contrair empréstimos e gastar dinheiro. 
 Finalmente, as idéias de Keynes também deram azo à cri ação da teoria do declínio das oportunidades de investimento, um trabalho teórico que possibilitou analisar a tendência a longo prazo da economia capitalista e a necessidade de a atividade econômica se r influenciada ou de terminada pelo governo através de investimentos.

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