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Aula 4 - Fatores de Produção - 2022


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FATORES DE PRODUÇÃO
Conceito de produção econômica
• O homem não cria novas coisas, não cria bens 
econômicos;
• Ele tem a capacidade de TRANSFORMAR o 
que já existe na natureza e ALTERAR O VALOR 
das coisas;
• DOIS FATORES ORIGINÁRIOS DA PRODUÇÃO:
– O homem
– A natureza.
• Tudo o que é utilizado pelo homem, na produção, 
ou foi derivado da natureza, ou do seu semelhante.
Conceito de produção econômica
• PRODUZIR significa TRANSFORMAR bens naturais 
em riquezas e bens econômicos, a partir da 
inteligência e a técnica.
– Com exceção de poucos bens que são utilizados 
diretamente da natureza (água, luz, ar) para a satisfação das 
necessidades.
• A maioria dos bens passa por um processo 
transformativo, por uma produção econômica, que dá 
valor e utilidade aos bens econômicos.
• O processo de transformação agrega a obtenção técnica 
do produto, como o transporte e comércio, que permite a 
transferência desse bem ao consumidor: todas essas 
etapas alteram o valor do bem.
Cada etapa é comportada por uma série de utilidades:
• Parte-se da utilidade de substância
• O processo transformativo das matérias-primas é 
uma produção formal (cria uma utilidade de 
forma);
• O transporte cria uma utilidade espacial 
(utilidade de lugar);
• O comércio cria uma utilidade temporal 
(utilidade-tempo, a disponibilidade do bem);
• A transmissão ao consumidor final cria uma 
utilidade-posse (está em posse de quem 
necessita);
Assim, 
PRODUZIR, em sentido 
econômico, significa criar 
utilidades permutáveis e prestar 
serviços que possibilitem pôr os 
bens nas mãos do consumidor 
final.
Produção
• O conceito de produção sofreu 
alterações durante a evolução do 
pensamento econômico e das diferentes 
condições de produção:
– Mercantilistas: metais preciosos, produzir 
era explorar minas de ouro e prata;
– Fisiocratas: ligado a terra; só a agricultura 
era produtiva (gerava produto líquido);
– Clássicos: o que gerava a produção era o 
caráter produtivo do trabalho.
Produção
• O conceito moderno se relaciona com 
as utilidades decorrentes do processo 
de transformação das matérias-primas;
• As atividades produtivas são todas 
as atividades que criam utilidades 
em bens econômicos, para a 
satisfação de necessidades.
• Criam-se utilidades e aumenta-se o 
valor monetário dos bens.
Fatores de produção
• Como o homem não cria bens ele transforma o 
que já existe:
– A NATUREZA é o fator originário das riquezas 
econômicas, ainda em forma de bens naturais;
– O TRABALHO é considerado o agente produtivo;
– O CAPITAL, na forma dos instrumentos de 
produção, é o terceiro fator, derivado da união dos 
dois primeiros;
– O EMPRESÁRIO/EMPREENDEDOR é considerado 
como sendo o quarto fator, que organiza, congrega 
e orienta todos os fatores de produção.
Fatores de produção
•TERRA (NATUREZA): conjunto de coisas 
úteis que o homem encontra em seu 
ambiente natural;
– Terras agricultáveis e as riquezas do subsolo, 
água, os minérios e petróleo.
•TRABALHO: é o fator humano do 
processo produtivo; o fator ativo e 
dinâmico da produção:
– São os serviços humanos que transformam os 
bens ou recursos naturais em riquezas 
econômicas.
Fatores de produção
• CAPITAL: como fator produtivo é considerado os 
bens de capital; Representados pelas coisas 
produzidas e não destinadas ao consumo direto e 
que auxiliam a produção de bens econômicos.
– Máquinas, equipamentos.
– A formação e acumulação dos bens de capital estão 
relacionadas com a capacidade de poupança, com os 
investimentos originários da poupança individual, 
empresarial e dos recursos bancários.
• EMPRESA:
– Organiza a produção, e congrega os demais fatores de 
produção;
– São livres, independentes, controladas por um ou mais 
empresários, oferecendo bens ou serviços;
A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Todas as atividades econômicas estão 
condicionadas pela natureza;
– A produção econômica está relacionada com a 
distribuição de recursos naturais de cada região;
• A NATUREZA como fator econômico compreende 
todos os recursos utilizados nas atividades 
econômicas:
– As fontes de energia (ventos, gases, etc.);
– As vias navegáveis (fluviais, marítimas);
– O espaço habitável, cultivável e explorável.
• É a fonte de todas as riquezas em estado latente. 
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FATORES DE PRODUÇÃO
NATUREZA
A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• A característica mais importante desse 
fator de produção é a sua limitação 
natural.
• A limitação natural existente na terra 
foi motivo de observação e da 
conclusão de que todos os elementos 
se produzem em uma escala 
decrescente.
A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Turgot (século 18) foi o primeiro a observar 
a lei da produtividade decrescente do solo.
– “Dada uma parcela de terreno de extensão 
determinada, o produto por essa obtido chega a 
um ponto a partir da qual novas inversões de 
trabalho e capital, que nela se realizem, terão um 
rendimento menor em proporção com a 
quantidade empregada, até que chegue um 
momento em que cesse de produzir-se qualquer 
incremento, supondo-se que a técnica agrícola 
se mantenha invariável”.
A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Para as firmas isso também ocorre, com 
o capital fixo, com as máquinas e a 
própria firma.
– Fator fixo e fator variável (trabalho)
– Existe um limite (um ponto ótimo) para o 
incremento produtivo mantendo-se fixo o 
capital.
– A produtividade do trabalho, tendo uma 
porção fixa de terras, diminui a partir de certo 
limite à medida que mais trabalho é 
empregado.
A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• O que o progresso técnico faz é 
elevar o ponto máximo, aumentar a 
produtividade dos fatores de 
produção, afastando o 
decrescimento fatal.
• Tanto na agricultura como nos 
demais setores...
O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Trabalho é o desenvolvimento 
ordenado das energias humanas 
(psíquicas ou físicas) com um sentido 
econômico, para a obtenção dos meios 
necessários à satisfação das 
necessidades humanas.
– Representa o fator ativo da produção e 
é considerado o seu verdadeiro agente.
O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Para satisfazer suas necessidades o homem 
pratica atividades e executa serviços ou 
trabalho.
– ou seja, se gasta energia e esforço em sua 
execução;
– mas não é a penosidade que caracteriza o 
trabalho > não é a penosidade caracterizada em 
fadiga.
• “Um alpinista que faz uma escalada e o guia que o 
conduz realizam o mesmo esforço físico. É o primeiro, 
entretanto, quem paga remuneração ao segundo. Ou 
seja, para o primeiro a escalada é um momento de 
prazer, para o segundo, trabalho.”
O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• Mas sim a penosidade está no sentido 
de ter que fazer todos os dias a mesma 
coisa;
– O trabalho do homem é consciente e 
racional.
• Sobre o aspecto econômico, existe 
trabalho somente quando a atividade 
humana é encaminhada para a 
obtenção de bens ou riquezas, ou seja, 
transformar as coisas em bens úteis.
O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO
• O trabalho representa a atividade racional 
humana, atuando sobre bens naturais ou 
matérias-primas, utilizando-se de instrumentos 
de produção ou meios de trabalho (instalações 
prediais, infraestrutura, máquinas, ferramentas, 
etc.). 
• Os objetos de trabalho, ou seja, tudo aquilo que 
atua sobre a atividade econômica (terra, matérias-
primas), conjugados aos meios de trabalho ou 
instrumentos, constituem os meios de produção
ou as forças produtivas da sociedade
• (ou modos de produção, ou modelos de produção: 
escravagista, feudal, capitalista, socialista, tayolismo, 
fordismo, etc.).
Instrumentos 
de produção ou 
Meios de 
trabalho
(instalações prediais, 
infraestrutura, máquinas, 
ferramentas, etc.)
Objetos de 
trabalho 
(tudo aquilo que atua 
sobre a atividade 
econômica)
(terra, matérias-
primas)
MEIOS DE 
PRODUÇÃO
ou as forçasprodutivas
da sociedade
Espécies de trabalho:
• Material, físico, manual ou corporal:
• predominância da energia física. Transforma as 
matérias-primas.
• Imaterial, intelectual (de invenção);
• predominância da energia espiritual (escultor, pintor, 
poeta; o trabalho corporal é apenas um auxiliar 
mecânico).
• Direção ou organização:
• combinação e comando dos fatores (organiza o trabalho 
físico em sintonia com o mecânico).
• Trabalho qualificado ou não-qualificado:
• o que caracteriza aqui é a formação profissional 
(especialização).
Produtividade do trabalho
• Quantidade de produto ou 
rendimento que se obtém por 
sua aplicação na produção.
• A produtividade do trabalho depende da 
sua combinação com os demais fatores 
de produção;
Produtividade do trabalho
• Princípio da economicidade:
• Procurar tornar o trabalho o mais produtivo 
possível, adquirindo a maior quantidade possível de 
riqueza econômica com o mínimo possível de 
dispêndio de energias; trabalhar no melhor tempo, 
no melhor lugar e do melhor modo.
• A produtividade do trabalho é aumentada 
pela ciência (melhoramentos técnicos), 
pela capacidade imaginativa (disposição 
para o trabalho) mas também pela 
DIVISÃO DO TRABALHO.
Sistema de trabalho:
• Organização do trabalho sob o aspecto 
jurídico. São eles:
– Escravidão: impersonalidade ou completa 
subordinação do trabalhador-escravo.
– Servidão: fase intermediária entre a escravidão 
e o regime da liberdade contratual do trabalho.
– Artes e ofícios: semi-assalariado (recebiam 
remuneração pequena e aleatória).
– Liberdade de trabalho: contrato bilateral (cada 
um escolhe a sua profissão de acordo com sua 
vocação).
O TRABALHO
• O Trabalho nem sempre foi considerado produtivo:
– Os mercantilistas: somente o trabalho relacionado 
com os interesses nacionais; exploração de minas e 
indústrias de exportação;
– Os fisiocratas: trabalho agrícola; os demais eram 
estéreis.
– Os clássicos: produtivo eram os trabalhos que 
produziam bens materiais.
– Contemporaneamente: trabalho que produz bens 
materiais e imateriais desde que acrescente valor e 
utilidade.
• Formas de realização: qualificação e classificação das 
profissões relaciona-se à atividade econômica 
específica: comercial, industrial, agrícola, etc.
Princípios da organização científica do 
trabalho:
• Divisão do trabalho (com Smith): 
especialização de funções; cooperação 
entrosada; individual entre unidades da 
produção territorial.
• Racionalização do trabalho: objetiva a 
melhor utilização do trabalho por meio de 
processos de orientação e seleção 
profissional;
– Taylor e Ford (na produção), Fayol 
(administração).
Princípios da organização 
científica do trabalho:
• Com a revolução industrial os estudos 
a respeito da ciência do trabalho 
aumentam.
• Ciência do trabalho, ergologia.
Ergologia: conjunto de conhecimentos 
científicos para orientar, formar e 
selecionar os trabalhadores, 
preparando-os para melhor manejo 
dos instrumentos colocados a seu 
dispor, de modo a obterem o melhor 
aproveitamento com seu desempenho 
e maior rendimento a favor da 
empresa. Ver página 113
Divisão do trabalho
• EXISTIA DESDE A ANTIGUIDADE:
– Diferenciação entre os sexos quanto às atividades 
domésticas;
– Foi cientificamente analisado por Adam Smith onde o 
mesmo dizia que o trabalho era a fonte de riqueza, e a 
riqueza se relaciona diretamente à divisão social do 
trabalho.
– O certo é que a divisão do trabalho é um fato 
natural. 
• Ninguém consegue produzir tudo o que deseja para saciar suas 
necessidades e desejos.
– Cada um se especializa, conforme sua aptidão em 
determinada atividade, completando-se umas as outras;
Divisão do trabalho
•EXISTIA DESDE A ANTIGUIDADE:
– Mesmo nas pequenas propriedades existe divisão 
do trabalho entre marido e mulher e filhos que se 
especializam nas pequenas tarefas;
– Foi no regime feudal onde mais se acentuou a 
divisão do trabalho com as corporações de artes e 
ofícios, e as maiores proporções surgem a partir 
da revolução industrial.
– Quanto mais desenvolvida for uma economia mais 
diferenciadas serão suas funções, maior o número 
de profissões, e maior a divisão do trabalho.
• Ver empregos no Ipardes
(http://www.ipardes.pr.gov.br/), de:
– Toledo
– Jesuítas
– Santa Helena
– Terra Roxa
http://www.ipardes.pr.gov.br/
Divisão do trabalho
• A divisão do trabalho pode ser:
– Individual:
• doméstica, profissional e técnica (temporária)
– Entre unidades de produção
• dentro de uma fábrica a produção é 
decomposta em várias etapas, todas com uma 
cooperação entrosada, objetivando constituir o 
produto final.
– Territorial
• onde se relaciona diretamente com a 
distribuição dos recursos naturais pelo território.
https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/
https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/
https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/
https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/
Divisão do trabalho
• Consequências da divisão do 
trabalho.
• Efeitos da:
– Especialização das empresas (aumento 
do rendimento e da produção, reduz os 
períodos de aprendizagem)
– Especialização profissional dos 
trabalhadores,
– Decomposição do trabalho.
Divisão do trabalho
• Decomposição profissional da 
população:
– Contingente ativo: população 
desempenhando atividade econômica e 
profissional nos setores primário, 
secundário e terciário.
– Contingente inativo: população 
dependente.
Questões – Parte 1
• 1) Forneça o conceito de produção em sentido econômico.
• 2) Quais os fatores originários da produção?
• 3) Pode o homem criar bens econômicos?
• 4) Qual a principal finalidade da produção econômica?
• 5) Que se entende por utilidade de substância?
• 6) Forneça um exemplo de utilidade de tempo.
• 7) Qual a importância do elemento organização na fase produtiva?
• 8) Aponte a principal característica dos recursos naturais.
• 9) Qual o significado da lei do rendimento decrescente da terra?
• 10) Quais as espécies de trabalho?
• 11) Que se entende por princípio da economicidade do trabalho?
• 12) Que se entende por racionalização do trabalho?
• 13) A divisão do trabalho é fato natural?
• 14) Enumere as principais espécies de divisão do trabalho.
FATORES DE PRODUÇÃO
Capital
Capital
• Conceito de capital:
– O capital é um auxiliar técnico da
produção.
– Representa uma riqueza, obtida pela
união entre o trabalho e os agentes
naturais, e que se destina a uma
sucessiva reprodução.
Capital
• Conceito de capital:
– É um conceito não unânime.
– Pode ser considerado como:
• “Conjunto de meios de aquisição produzidos
pelo homem”
• “Conjunto de meios de produção produzidos”
• “O trabalho acumulado (mais valia)”
Capital
• Conceito de capital:
– É uma riqueza preexistente;
– Todo objeto material que se destina ao
processo produtivo.
– Cada vez mais é utilizado como medida
de progresso de cada nação.
Capital
• Como classificar os capitais?
– É muito diverso e variável, depende da
natureza e da finalidade, bem como dos
critérios doutrinários pelos quais são
encarados:
• Podem ser: fixo, circulante, mobilizado ou
imobilizado, aquisitivo, real, monetário, etc.
Capital
– Ou podem ser....
Capital
• Classificação do capital:
– Sentido econômico privado: móveis, casas, joias.
– Sentido econômico político: máquinas, ferramentas.
– Real: de aquisição; representado por dinheiro.
– Formal: não representado por dinheiro.
– Mobiliário: fixo (serve indefinidamente ao proc. de prod.) e circulante (de curta duração, ex: M.P.)
– Imobiliário: propriedade imóvel e seus acessórios.
– Produtivo: conjunto de bens materiais empregados para aumentar a riqueza social.
– Improdutivo: riqueza pessoal ou bem de consumo.
– Em espécie: bens fungíveis.
– Em valores: títulos em geral.
– Jurídico: direitos de certas pessoas sobre bens.
– Social de infraestrutura:hospitais, universidades, laboratórios de pesquisas, bibliotecas etc.
– Econômico de infraestrutura: usinas geradoras, meios de transporte e de comunicações, açudes.
– Puro: livre concorrência.
– Misto: prevalência do social sobre o individual.
– Estatal: Estado como único proprietário.
– Constante: trabalho passado que não poderá mais produzir um excedente de valor (mais-valia).
– Variável: destinado ao pagamento dos salários.
– Atual: inversões presentes.
– Potencial: inversões futuras.
– De organização: indispensáveis aos investimentos constitutivos da atividade empresarial.
– De giro: estoques de matérias-primas e numerário de custeio da mão de obra.
Capital
• Classificação do capital:
–Sentido econômico privado: móveis, casas, joias.
–Sentido econômico político: máquinas, ferramentas.
–Real: de aquisição; representado por dinheiro.
–Formal: não representado por dinheiro.
–Mobiliário: fixo (serve indefinidamente ao processo de produção) e 
circulante (de curta duração, ex: matérias-primas)
– Imobiliário: propriedade imóvel e seus acessórios.
–Produtivo: conjunto de bens materiais empregados para aumentar a 
riqueza social.
– Improdutivo: riqueza pessoal ou bem de consumo.
–Em espécie: bens fungíveis.
–Em valores: títulos em geral.
Capital
• Classificação do capital:
– Jurídico: direitos de certas pessoas sobre bens.
– Social de infraestrutura: hospitais, universidades, laboratórios de pesquisas, 
bibliotecas etc.
– Econômico de infraestrutura: usinas geradoras, meios de transporte e de 
comunicações, açudes.
– Puro: livre concorrência.
– Misto: prevalência do social sobre o individual.
– Estatal: Estado como único proprietário.
– Constante: trabalho passado que não poderá mais produzir um excedente de 
valor (mais-valia). (Marx)
– Variável: destinado ao pagamento dos salários. (Marx)
– Atual: inversões presentes.
– Potencial: inversões futuras.
– De organização: indispensáveis aos investimentos constitutivos da atividade 
empresarial.
– De giro: estoques de matérias-primas e numerário de custeio da mão de obra.
Formação e Produtividade do Capital
• O capital representa uma renúncia ao 
consumo imediato de parcela dos 
bens de que se dispõe, para a 
formação de uma reserva necessária à 
obtenção de instrumentos reprodutivos.
• O capital econômico, destinando-se 
à formação de novas riquezas, é 
essencialmente produtivo.
Capital
• Formação de capital:
– O capital não existe sem riquezas pré-existentes;
• Se tudo o que fosse produzido fosse consumido, o homem não teria 
instrumentos para acelerar a produção das riquezas econômicas.
• O primeiro capital teve de se formar sem nenhum outro capital.
• Quanto maior a quantidade de bens de capital maior será o coeficiente de 
potencialidade transformativa.
– Os bens de capital auxiliam no processo produtivo (bens 
duráveis e semiacabados (MP)).
• Representa a própria energia econômica;
– O capital sozinho nada produz; mas a produtividade do 
homem está condicionada ao volume de capital.
• A produção também é influenciada pela qualidade dos bens de capital 
(progressos tecnológicos ajudam a aumentar a prod.)
Produtividade média do capital
• Vários fatores influenciam no 
crescimento da renda e do produto.
– Os fundamentais para esse processo 
de expansão são:
• Formação de capital (ou taxa de investimento)
• Produtividade média do capital, ou razão 
produto-capital.
Capital
• Produtividade do capital: bens de capital, 
capital econômico, relação produto-capital.
– O consumo diferido (poupança) é que vai 
determinar a base necessária ao investimento;
– Nos países em desenvolvimento: pressão do 
consumo, tanto maior quanto menor o padrão de 
vida ou poder aquisitivo.
Capital
• Produtividade do capital: bens de capital, 
capital econômico, relação produto-capital.
– Composição orgânica do capital ou rotação do 
capital: relação existente, num período, entre o 
produto nacional e o capital que participou da sua 
produção.
• Conceito formulado por Karl Marx
Capital
• Conceito formulado por Karl Marx ao analisar o 
processo de produção capitalista.
• A composição orgânica do capital resulta da 
relação de proporcionalidade existente entre o 
capital constante (c) e o capital variável (v), 
expressa na fórmula :
–𝑪𝑶𝑪 =
𝒄
𝒄+𝒗
• Ela será tanto mais elevada quanto maior for a parcela de 
capital constante em relação à parcela de capital variável.
– Maquinarias e utensílios: elementos que compõem o capital constante;
– Mão de obra utilizada: capital variável.
Existe relação entre formação 
de capital e poupança?
Capital
• Capitalismo: sistema econômico que se 
caracteriza pela predominância do capital 
na vida econômica. 
– Princípios fundamentais do capitalismo: 
propriedade, liberdade de associação e de 
convenções, livre concorrência. 
– O sistema capitalista de produção não pode ficar na 
dependência do livre jogo da oferta e da procura ou 
do automatismo das leis naturais, como fórmula 
infalível ao equilíbrio econômico.
– Deve opor-se à força do poder dos monopólios e dos 
oligopólios, por meio de controles indiretos, 
propiciando a justa satisfação das necessidades 
coletivas.
Antes...
Depois...
Idade Média, Sistema Feudal
± 476 com a queda do império 
romano, até ± 1500
Renascimento, 
grandes 
descobertas, 
mercantilismo:
Início do 
capitalismo
Capital
• A consolidação do capitalismo se deu:
– Descoberta das novas terras no século 15 
(alargamento dos mercados e ampliação dos 
territórios comercial internacional);
– Em 1602, na Holanda, surge a Companhia das 
Índias Orientais: a partir dessa data o capitalismo 
assume suas atuais características;
– A empresa substitui o empresário individual; e 
a classe dos assalariados substitui os artífices 
medievais;
Capital
• Três formas de capitalismo (fontes dos 
lucros):
– Capitalismo comercial: tráfico comercial;
– Foi a primeira fase do capitalismo. 
– O Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o 
desenvolvimento da burguesia comercial europeia. As grandes navegações e 
conquistas marítimas dos séculos XV e XVI foram de fundamental importância 
para o desenvolvimento do capitalismo neste momento.
– Séculos 15 e 16 provocam uma verdadeira revolução comercial: o que ainda ontem 
era luxo, (açúcar, especiarias, ornamentos em metais preciosos, café) está agora ao 
alcance de largas camadas da população. O capital mercantil e os grandes 
bancos fundem-se e financiam tanto o comércio marítimo regular de grande 
distância como a exploração sistemática de riquezas coloniais (Companhia 
das Índias orientais).
– Mercantilismo: política econômica que priorizava o acúmulo primitivo de capital, 
metalismo (riqueza através de ouro e prata), protecionismo alfandegário, Pacto 
Colonial (relações comerciais exclusivas entre Metrópole e Colônia) e a balança 
comercial favorável (mais exportações do que importações).
Capital
• Três formas de capitalismo (fontes dos 
lucros):
– Capitalismo industrial: agricultura industrializada 
e indústria.
• O capitalismo Industrial foi a segunda fase do 
desenvolvimento do capitalismo.
• Teve início com a Primeira Revolução Industrial do 
século XVIII, avançando até o século XIX com a 
Segunda Revolução Industrial.
• A Inglaterra é considerada o berço desta fase do 
capitalismo, pois foi neste país que teve início o processo 
de revolução industrial.
Capital
• Três formas de capitalismo (fontes dos 
lucros):
– Capitalismo financeiro: operações de crédito por 
comerciantes-banqueiros com príncipes;
• É "financeiro" pois os bancos participam ativamente na atividade 
econômica (emprestando dinheiro às empresas ou investindo 
diretamente), e também intervencionista, já que o Estado intervém 
para restringir o poder dos monopólios. Pode se resumir como a época 
em que o grande comércio/grande indústria são controlados pelo poder 
econômico dos bancos e de outrasinstituições financeiras.
• O capitalismo financeiro é um sistema econômico, subtipo do 
capitalismo, que surgiu no começo do século XX e apresenta como 
característica principal a subordinação dos meios de produção para a 
acumulação de dinheiro e obtenção de lucros através do mercado 
financeiro (ações, produtos financeiros, títulos, derivativos e mercado 
de câmbio). O capitalismo financeiro está presente na economia 
mundial até os dias de hoje.
Capital
• Primeira revolução industrial (final do século XVIII)
• A Revolução Francesa (1789) criou o quadro da 
vida econômica capitalista.
– Muitas influências da Revolução Francesa no mundo;
– Marcou a ascensão da burguesia como classe social dominante, superando 
a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação de novas 
instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e social 
que se expandiriam para todo o planeta;
– O capitalismo rompeu os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam 
na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas 
desencadeadas com a Revolução Industrial;
– Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo 
ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser 
respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou 
significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de 
forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa 
e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução 
Francesa também influenciou, com os seus ideais iluministas –
liberdade, igualdade e fraternidade -, a independência de alguns 
países.
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Os insumos para a Indústria 4.0 podem ser 
arrumados em quatro fases:
I. Rede vertical de sistemas de produção inteligente
– Nas fábricas inteligentes, a adaptação rápida da produção diante de demandas, falhas ou níveis baixos de estoques 
serão possíveis graças à ampla integração dos dados da empresa e do chão de fábrica. Recursos e produtos estão em 
rede e materiais e peças podem ser localizados em qualquer lugar e a qualquer momento graças aos CPS. Todos os 
estágios de processamento no processo produtivo serão registrados, com discrepâncias registradas automaticamente. 
Em outras palavras, é o conceito da produção verticalizada aplicado aos sistemas de produção inteligente, em que a 
empresa passará a ter o controle total da produção através de sistemas inteligentes.
II. Integração horizontal da cadeia de valor em rede
– A integração horizontal dos sistemas de produção inteligente em rede através de uma nova cadeia de valor global em 
tempo real gerará maior transparência integrada e oferecerá alto nível de flexibilidade. Em outras palavras, a história de 
qualquer peça ou produto passa a ser registrada e pode ser acessada a qualquer momento, garantindo constante 
rastreabilidade ("memória do produto"), criando transparência e flexibilidade em cadeias de processos inteiros. Dessa 
forma, a empresa não perderá o controle do produto mesmo quando o processo se torna terceirizado (ex. sistemas 
integrados de logística). Este tipo de integração horizontal tem potencial de gerar novos modelos de negócio e novos 
modelos de cooperação.
III. Aplicações de conceitos de engenharia em toda a cadeia de valor
– Novas áreas interdisciplinares da engenharia estarão presentes em toda a cadeia de valor. O desenvolvimento e a 
produção de novos bens manufaturados coordenados com os ciclos de vida, tanto dos produtos como de clientes, 
gerarão novas sinergias entre o desenvolvimento de projetos e sistemas de produção. Ou seja, as empresas poderão 
realizar adaptações em seus produtos, utilizando dados coletados em todas as fases de seu ciclo de vida (incluindo 
dados de uso pelo cliente) em tempo real. Simulações e protótipos auxiliarão esse processo.
IV. Aceleração tecnológica
– A maior flexibilidade e efetividade dos processos industriais ocorrerão através de tecnologias exponenciais, que atuarão 
como aceleradoras ou catalisadoras da Indústria 4.0. Entre estas tecnologias estão a manufatura aditiva, inteligência 
artificial (AI), robótica avançada, internet das coisas e tecnologia de sensores.
Capital
• Desvantagens do capitalismo:
– Divisão entre proprietários do capital e 
trabalhadores;
– Mecanização da produção;
– Predomínio da máquina;
– Concentração da produção;
– Produção em grande escala;
– Ricos/Pobres;
– Desigualdade social;
– Produção visa o lucro para o empresário;
– Ambição do ganho
Capital
• Vantagens do capitalismo:
– Incremento da produção;
– Barateamento e aperfeiçoamento das 
mercadorias;
– Ampliação das oportunidades de trabalho;
– Economicidade produtiva;
– Diversificação de produtos e serviços;
– Novas inovações e tecnologias.
Questões – Parte 2
• 1) Qual o conceito de capital?
• 2) Distinga o capital variável do capital constante.
• 3) Que são capitais fixos e capitais circulantes?
• 4) Como se formam os capitais?
• 5) Qual o sentido da expressão bens de capital?
• 6) Que se entende por produtividade média do capital ou razão 
produto-capital?
• 7) Quais as principais características do capitalismo?
• 8) Quando o capitalismo se revestiu das suas características 
fundamentais?
• 9) Que se entende por composição do capital?