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FATORES DE PRODUÇÃO Conceito de produção econômica • O homem não cria novas coisas, não cria bens econômicos; • Ele tem a capacidade de TRANSFORMAR o que já existe na natureza e ALTERAR O VALOR das coisas; • DOIS FATORES ORIGINÁRIOS DA PRODUÇÃO: – O homem – A natureza. • Tudo o que é utilizado pelo homem, na produção, ou foi derivado da natureza, ou do seu semelhante. Conceito de produção econômica • PRODUZIR significa TRANSFORMAR bens naturais em riquezas e bens econômicos, a partir da inteligência e a técnica. – Com exceção de poucos bens que são utilizados diretamente da natureza (água, luz, ar) para a satisfação das necessidades. • A maioria dos bens passa por um processo transformativo, por uma produção econômica, que dá valor e utilidade aos bens econômicos. • O processo de transformação agrega a obtenção técnica do produto, como o transporte e comércio, que permite a transferência desse bem ao consumidor: todas essas etapas alteram o valor do bem. Cada etapa é comportada por uma série de utilidades: • Parte-se da utilidade de substância • O processo transformativo das matérias-primas é uma produção formal (cria uma utilidade de forma); • O transporte cria uma utilidade espacial (utilidade de lugar); • O comércio cria uma utilidade temporal (utilidade-tempo, a disponibilidade do bem); • A transmissão ao consumidor final cria uma utilidade-posse (está em posse de quem necessita); Assim, PRODUZIR, em sentido econômico, significa criar utilidades permutáveis e prestar serviços que possibilitem pôr os bens nas mãos do consumidor final. Produção • O conceito de produção sofreu alterações durante a evolução do pensamento econômico e das diferentes condições de produção: – Mercantilistas: metais preciosos, produzir era explorar minas de ouro e prata; – Fisiocratas: ligado a terra; só a agricultura era produtiva (gerava produto líquido); – Clássicos: o que gerava a produção era o caráter produtivo do trabalho. Produção • O conceito moderno se relaciona com as utilidades decorrentes do processo de transformação das matérias-primas; • As atividades produtivas são todas as atividades que criam utilidades em bens econômicos, para a satisfação de necessidades. • Criam-se utilidades e aumenta-se o valor monetário dos bens. Fatores de produção • Como o homem não cria bens ele transforma o que já existe: – A NATUREZA é o fator originário das riquezas econômicas, ainda em forma de bens naturais; – O TRABALHO é considerado o agente produtivo; – O CAPITAL, na forma dos instrumentos de produção, é o terceiro fator, derivado da união dos dois primeiros; – O EMPRESÁRIO/EMPREENDEDOR é considerado como sendo o quarto fator, que organiza, congrega e orienta todos os fatores de produção. Fatores de produção •TERRA (NATUREZA): conjunto de coisas úteis que o homem encontra em seu ambiente natural; – Terras agricultáveis e as riquezas do subsolo, água, os minérios e petróleo. •TRABALHO: é o fator humano do processo produtivo; o fator ativo e dinâmico da produção: – São os serviços humanos que transformam os bens ou recursos naturais em riquezas econômicas. Fatores de produção • CAPITAL: como fator produtivo é considerado os bens de capital; Representados pelas coisas produzidas e não destinadas ao consumo direto e que auxiliam a produção de bens econômicos. – Máquinas, equipamentos. – A formação e acumulação dos bens de capital estão relacionadas com a capacidade de poupança, com os investimentos originários da poupança individual, empresarial e dos recursos bancários. • EMPRESA: – Organiza a produção, e congrega os demais fatores de produção; – São livres, independentes, controladas por um ou mais empresários, oferecendo bens ou serviços; A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Todas as atividades econômicas estão condicionadas pela natureza; – A produção econômica está relacionada com a distribuição de recursos naturais de cada região; • A NATUREZA como fator econômico compreende todos os recursos utilizados nas atividades econômicas: – As fontes de energia (ventos, gases, etc.); – As vias navegáveis (fluviais, marítimas); – O espaço habitável, cultivável e explorável. • É a fonte de todas as riquezas em estado latente. 17 18 19 20 FATORES DE PRODUÇÃO NATUREZA A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO • A característica mais importante desse fator de produção é a sua limitação natural. • A limitação natural existente na terra foi motivo de observação e da conclusão de que todos os elementos se produzem em uma escala decrescente. A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Turgot (século 18) foi o primeiro a observar a lei da produtividade decrescente do solo. – “Dada uma parcela de terreno de extensão determinada, o produto por essa obtido chega a um ponto a partir da qual novas inversões de trabalho e capital, que nela se realizem, terão um rendimento menor em proporção com a quantidade empregada, até que chegue um momento em que cesse de produzir-se qualquer incremento, supondo-se que a técnica agrícola se mantenha invariável”. A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Para as firmas isso também ocorre, com o capital fixo, com as máquinas e a própria firma. – Fator fixo e fator variável (trabalho) – Existe um limite (um ponto ótimo) para o incremento produtivo mantendo-se fixo o capital. – A produtividade do trabalho, tendo uma porção fixa de terras, diminui a partir de certo limite à medida que mais trabalho é empregado. A NATUREZA COMO FATOR DE PRODUÇÃO • O que o progresso técnico faz é elevar o ponto máximo, aumentar a produtividade dos fatores de produção, afastando o decrescimento fatal. • Tanto na agricultura como nos demais setores... O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Trabalho é o desenvolvimento ordenado das energias humanas (psíquicas ou físicas) com um sentido econômico, para a obtenção dos meios necessários à satisfação das necessidades humanas. – Representa o fator ativo da produção e é considerado o seu verdadeiro agente. O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Para satisfazer suas necessidades o homem pratica atividades e executa serviços ou trabalho. – ou seja, se gasta energia e esforço em sua execução; – mas não é a penosidade que caracteriza o trabalho > não é a penosidade caracterizada em fadiga. • “Um alpinista que faz uma escalada e o guia que o conduz realizam o mesmo esforço físico. É o primeiro, entretanto, quem paga remuneração ao segundo. Ou seja, para o primeiro a escalada é um momento de prazer, para o segundo, trabalho.” O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO • Mas sim a penosidade está no sentido de ter que fazer todos os dias a mesma coisa; – O trabalho do homem é consciente e racional. • Sobre o aspecto econômico, existe trabalho somente quando a atividade humana é encaminhada para a obtenção de bens ou riquezas, ou seja, transformar as coisas em bens úteis. O TRABALHO COMO FATOR DE PRODUÇÃO • O trabalho representa a atividade racional humana, atuando sobre bens naturais ou matérias-primas, utilizando-se de instrumentos de produção ou meios de trabalho (instalações prediais, infraestrutura, máquinas, ferramentas, etc.). • Os objetos de trabalho, ou seja, tudo aquilo que atua sobre a atividade econômica (terra, matérias- primas), conjugados aos meios de trabalho ou instrumentos, constituem os meios de produção ou as forças produtivas da sociedade • (ou modos de produção, ou modelos de produção: escravagista, feudal, capitalista, socialista, tayolismo, fordismo, etc.). Instrumentos de produção ou Meios de trabalho (instalações prediais, infraestrutura, máquinas, ferramentas, etc.) Objetos de trabalho (tudo aquilo que atua sobre a atividade econômica) (terra, matérias- primas) MEIOS DE PRODUÇÃO ou as forçasprodutivas da sociedade Espécies de trabalho: • Material, físico, manual ou corporal: • predominância da energia física. Transforma as matérias-primas. • Imaterial, intelectual (de invenção); • predominância da energia espiritual (escultor, pintor, poeta; o trabalho corporal é apenas um auxiliar mecânico). • Direção ou organização: • combinação e comando dos fatores (organiza o trabalho físico em sintonia com o mecânico). • Trabalho qualificado ou não-qualificado: • o que caracteriza aqui é a formação profissional (especialização). Produtividade do trabalho • Quantidade de produto ou rendimento que se obtém por sua aplicação na produção. • A produtividade do trabalho depende da sua combinação com os demais fatores de produção; Produtividade do trabalho • Princípio da economicidade: • Procurar tornar o trabalho o mais produtivo possível, adquirindo a maior quantidade possível de riqueza econômica com o mínimo possível de dispêndio de energias; trabalhar no melhor tempo, no melhor lugar e do melhor modo. • A produtividade do trabalho é aumentada pela ciência (melhoramentos técnicos), pela capacidade imaginativa (disposição para o trabalho) mas também pela DIVISÃO DO TRABALHO. Sistema de trabalho: • Organização do trabalho sob o aspecto jurídico. São eles: – Escravidão: impersonalidade ou completa subordinação do trabalhador-escravo. – Servidão: fase intermediária entre a escravidão e o regime da liberdade contratual do trabalho. – Artes e ofícios: semi-assalariado (recebiam remuneração pequena e aleatória). – Liberdade de trabalho: contrato bilateral (cada um escolhe a sua profissão de acordo com sua vocação). O TRABALHO • O Trabalho nem sempre foi considerado produtivo: – Os mercantilistas: somente o trabalho relacionado com os interesses nacionais; exploração de minas e indústrias de exportação; – Os fisiocratas: trabalho agrícola; os demais eram estéreis. – Os clássicos: produtivo eram os trabalhos que produziam bens materiais. – Contemporaneamente: trabalho que produz bens materiais e imateriais desde que acrescente valor e utilidade. • Formas de realização: qualificação e classificação das profissões relaciona-se à atividade econômica específica: comercial, industrial, agrícola, etc. Princípios da organização científica do trabalho: • Divisão do trabalho (com Smith): especialização de funções; cooperação entrosada; individual entre unidades da produção territorial. • Racionalização do trabalho: objetiva a melhor utilização do trabalho por meio de processos de orientação e seleção profissional; – Taylor e Ford (na produção), Fayol (administração). Princípios da organização científica do trabalho: • Com a revolução industrial os estudos a respeito da ciência do trabalho aumentam. • Ciência do trabalho, ergologia. Ergologia: conjunto de conhecimentos científicos para orientar, formar e selecionar os trabalhadores, preparando-os para melhor manejo dos instrumentos colocados a seu dispor, de modo a obterem o melhor aproveitamento com seu desempenho e maior rendimento a favor da empresa. Ver página 113 Divisão do trabalho • EXISTIA DESDE A ANTIGUIDADE: – Diferenciação entre os sexos quanto às atividades domésticas; – Foi cientificamente analisado por Adam Smith onde o mesmo dizia que o trabalho era a fonte de riqueza, e a riqueza se relaciona diretamente à divisão social do trabalho. – O certo é que a divisão do trabalho é um fato natural. • Ninguém consegue produzir tudo o que deseja para saciar suas necessidades e desejos. – Cada um se especializa, conforme sua aptidão em determinada atividade, completando-se umas as outras; Divisão do trabalho •EXISTIA DESDE A ANTIGUIDADE: – Mesmo nas pequenas propriedades existe divisão do trabalho entre marido e mulher e filhos que se especializam nas pequenas tarefas; – Foi no regime feudal onde mais se acentuou a divisão do trabalho com as corporações de artes e ofícios, e as maiores proporções surgem a partir da revolução industrial. – Quanto mais desenvolvida for uma economia mais diferenciadas serão suas funções, maior o número de profissões, e maior a divisão do trabalho. • Ver empregos no Ipardes (http://www.ipardes.pr.gov.br/), de: – Toledo – Jesuítas – Santa Helena – Terra Roxa http://www.ipardes.pr.gov.br/ Divisão do trabalho • A divisão do trabalho pode ser: – Individual: • doméstica, profissional e técnica (temporária) – Entre unidades de produção • dentro de uma fábrica a produção é decomposta em várias etapas, todas com uma cooperação entrosada, objetivando constituir o produto final. – Territorial • onde se relaciona diretamente com a distribuição dos recursos naturais pelo território. https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/ https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/ https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/ https://www.ndrunioeste.com.br/boletim-de-conjuntura/ Divisão do trabalho • Consequências da divisão do trabalho. • Efeitos da: – Especialização das empresas (aumento do rendimento e da produção, reduz os períodos de aprendizagem) – Especialização profissional dos trabalhadores, – Decomposição do trabalho. Divisão do trabalho • Decomposição profissional da população: – Contingente ativo: população desempenhando atividade econômica e profissional nos setores primário, secundário e terciário. – Contingente inativo: população dependente. Questões – Parte 1 • 1) Forneça o conceito de produção em sentido econômico. • 2) Quais os fatores originários da produção? • 3) Pode o homem criar bens econômicos? • 4) Qual a principal finalidade da produção econômica? • 5) Que se entende por utilidade de substância? • 6) Forneça um exemplo de utilidade de tempo. • 7) Qual a importância do elemento organização na fase produtiva? • 8) Aponte a principal característica dos recursos naturais. • 9) Qual o significado da lei do rendimento decrescente da terra? • 10) Quais as espécies de trabalho? • 11) Que se entende por princípio da economicidade do trabalho? • 12) Que se entende por racionalização do trabalho? • 13) A divisão do trabalho é fato natural? • 14) Enumere as principais espécies de divisão do trabalho. FATORES DE PRODUÇÃO Capital Capital • Conceito de capital: – O capital é um auxiliar técnico da produção. – Representa uma riqueza, obtida pela união entre o trabalho e os agentes naturais, e que se destina a uma sucessiva reprodução. Capital • Conceito de capital: – É um conceito não unânime. – Pode ser considerado como: • “Conjunto de meios de aquisição produzidos pelo homem” • “Conjunto de meios de produção produzidos” • “O trabalho acumulado (mais valia)” Capital • Conceito de capital: – É uma riqueza preexistente; – Todo objeto material que se destina ao processo produtivo. – Cada vez mais é utilizado como medida de progresso de cada nação. Capital • Como classificar os capitais? – É muito diverso e variável, depende da natureza e da finalidade, bem como dos critérios doutrinários pelos quais são encarados: • Podem ser: fixo, circulante, mobilizado ou imobilizado, aquisitivo, real, monetário, etc. Capital – Ou podem ser.... Capital • Classificação do capital: – Sentido econômico privado: móveis, casas, joias. – Sentido econômico político: máquinas, ferramentas. – Real: de aquisição; representado por dinheiro. – Formal: não representado por dinheiro. – Mobiliário: fixo (serve indefinidamente ao proc. de prod.) e circulante (de curta duração, ex: M.P.) – Imobiliário: propriedade imóvel e seus acessórios. – Produtivo: conjunto de bens materiais empregados para aumentar a riqueza social. – Improdutivo: riqueza pessoal ou bem de consumo. – Em espécie: bens fungíveis. – Em valores: títulos em geral. – Jurídico: direitos de certas pessoas sobre bens. – Social de infraestrutura:hospitais, universidades, laboratórios de pesquisas, bibliotecas etc. – Econômico de infraestrutura: usinas geradoras, meios de transporte e de comunicações, açudes. – Puro: livre concorrência. – Misto: prevalência do social sobre o individual. – Estatal: Estado como único proprietário. – Constante: trabalho passado que não poderá mais produzir um excedente de valor (mais-valia). – Variável: destinado ao pagamento dos salários. – Atual: inversões presentes. – Potencial: inversões futuras. – De organização: indispensáveis aos investimentos constitutivos da atividade empresarial. – De giro: estoques de matérias-primas e numerário de custeio da mão de obra. Capital • Classificação do capital: –Sentido econômico privado: móveis, casas, joias. –Sentido econômico político: máquinas, ferramentas. –Real: de aquisição; representado por dinheiro. –Formal: não representado por dinheiro. –Mobiliário: fixo (serve indefinidamente ao processo de produção) e circulante (de curta duração, ex: matérias-primas) – Imobiliário: propriedade imóvel e seus acessórios. –Produtivo: conjunto de bens materiais empregados para aumentar a riqueza social. – Improdutivo: riqueza pessoal ou bem de consumo. –Em espécie: bens fungíveis. –Em valores: títulos em geral. Capital • Classificação do capital: – Jurídico: direitos de certas pessoas sobre bens. – Social de infraestrutura: hospitais, universidades, laboratórios de pesquisas, bibliotecas etc. – Econômico de infraestrutura: usinas geradoras, meios de transporte e de comunicações, açudes. – Puro: livre concorrência. – Misto: prevalência do social sobre o individual. – Estatal: Estado como único proprietário. – Constante: trabalho passado que não poderá mais produzir um excedente de valor (mais-valia). (Marx) – Variável: destinado ao pagamento dos salários. (Marx) – Atual: inversões presentes. – Potencial: inversões futuras. – De organização: indispensáveis aos investimentos constitutivos da atividade empresarial. – De giro: estoques de matérias-primas e numerário de custeio da mão de obra. Formação e Produtividade do Capital • O capital representa uma renúncia ao consumo imediato de parcela dos bens de que se dispõe, para a formação de uma reserva necessária à obtenção de instrumentos reprodutivos. • O capital econômico, destinando-se à formação de novas riquezas, é essencialmente produtivo. Capital • Formação de capital: – O capital não existe sem riquezas pré-existentes; • Se tudo o que fosse produzido fosse consumido, o homem não teria instrumentos para acelerar a produção das riquezas econômicas. • O primeiro capital teve de se formar sem nenhum outro capital. • Quanto maior a quantidade de bens de capital maior será o coeficiente de potencialidade transformativa. – Os bens de capital auxiliam no processo produtivo (bens duráveis e semiacabados (MP)). • Representa a própria energia econômica; – O capital sozinho nada produz; mas a produtividade do homem está condicionada ao volume de capital. • A produção também é influenciada pela qualidade dos bens de capital (progressos tecnológicos ajudam a aumentar a prod.) Produtividade média do capital • Vários fatores influenciam no crescimento da renda e do produto. – Os fundamentais para esse processo de expansão são: • Formação de capital (ou taxa de investimento) • Produtividade média do capital, ou razão produto-capital. Capital • Produtividade do capital: bens de capital, capital econômico, relação produto-capital. – O consumo diferido (poupança) é que vai determinar a base necessária ao investimento; – Nos países em desenvolvimento: pressão do consumo, tanto maior quanto menor o padrão de vida ou poder aquisitivo. Capital • Produtividade do capital: bens de capital, capital econômico, relação produto-capital. – Composição orgânica do capital ou rotação do capital: relação existente, num período, entre o produto nacional e o capital que participou da sua produção. • Conceito formulado por Karl Marx Capital • Conceito formulado por Karl Marx ao analisar o processo de produção capitalista. • A composição orgânica do capital resulta da relação de proporcionalidade existente entre o capital constante (c) e o capital variável (v), expressa na fórmula : –𝑪𝑶𝑪 = 𝒄 𝒄+𝒗 • Ela será tanto mais elevada quanto maior for a parcela de capital constante em relação à parcela de capital variável. – Maquinarias e utensílios: elementos que compõem o capital constante; – Mão de obra utilizada: capital variável. Existe relação entre formação de capital e poupança? Capital • Capitalismo: sistema econômico que se caracteriza pela predominância do capital na vida econômica. – Princípios fundamentais do capitalismo: propriedade, liberdade de associação e de convenções, livre concorrência. – O sistema capitalista de produção não pode ficar na dependência do livre jogo da oferta e da procura ou do automatismo das leis naturais, como fórmula infalível ao equilíbrio econômico. – Deve opor-se à força do poder dos monopólios e dos oligopólios, por meio de controles indiretos, propiciando a justa satisfação das necessidades coletivas. Antes... Depois... Idade Média, Sistema Feudal ± 476 com a queda do império romano, até ± 1500 Renascimento, grandes descobertas, mercantilismo: Início do capitalismo Capital • A consolidação do capitalismo se deu: – Descoberta das novas terras no século 15 (alargamento dos mercados e ampliação dos territórios comercial internacional); – Em 1602, na Holanda, surge a Companhia das Índias Orientais: a partir dessa data o capitalismo assume suas atuais características; – A empresa substitui o empresário individual; e a classe dos assalariados substitui os artífices medievais; Capital • Três formas de capitalismo (fontes dos lucros): – Capitalismo comercial: tráfico comercial; – Foi a primeira fase do capitalismo. – O Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o desenvolvimento da burguesia comercial europeia. As grandes navegações e conquistas marítimas dos séculos XV e XVI foram de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo neste momento. – Séculos 15 e 16 provocam uma verdadeira revolução comercial: o que ainda ontem era luxo, (açúcar, especiarias, ornamentos em metais preciosos, café) está agora ao alcance de largas camadas da população. O capital mercantil e os grandes bancos fundem-se e financiam tanto o comércio marítimo regular de grande distância como a exploração sistemática de riquezas coloniais (Companhia das Índias orientais). – Mercantilismo: política econômica que priorizava o acúmulo primitivo de capital, metalismo (riqueza através de ouro e prata), protecionismo alfandegário, Pacto Colonial (relações comerciais exclusivas entre Metrópole e Colônia) e a balança comercial favorável (mais exportações do que importações). Capital • Três formas de capitalismo (fontes dos lucros): – Capitalismo industrial: agricultura industrializada e indústria. • O capitalismo Industrial foi a segunda fase do desenvolvimento do capitalismo. • Teve início com a Primeira Revolução Industrial do século XVIII, avançando até o século XIX com a Segunda Revolução Industrial. • A Inglaterra é considerada o berço desta fase do capitalismo, pois foi neste país que teve início o processo de revolução industrial. Capital • Três formas de capitalismo (fontes dos lucros): – Capitalismo financeiro: operações de crédito por comerciantes-banqueiros com príncipes; • É "financeiro" pois os bancos participam ativamente na atividade econômica (emprestando dinheiro às empresas ou investindo diretamente), e também intervencionista, já que o Estado intervém para restringir o poder dos monopólios. Pode se resumir como a época em que o grande comércio/grande indústria são controlados pelo poder econômico dos bancos e de outrasinstituições financeiras. • O capitalismo financeiro é um sistema econômico, subtipo do capitalismo, que surgiu no começo do século XX e apresenta como característica principal a subordinação dos meios de produção para a acumulação de dinheiro e obtenção de lucros através do mercado financeiro (ações, produtos financeiros, títulos, derivativos e mercado de câmbio). O capitalismo financeiro está presente na economia mundial até os dias de hoje. Capital • Primeira revolução industrial (final do século XVIII) • A Revolução Francesa (1789) criou o quadro da vida econômica capitalista. – Muitas influências da Revolução Francesa no mundo; – Marcou a ascensão da burguesia como classe social dominante, superando a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação de novas instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e social que se expandiriam para todo o planeta; – O capitalismo rompeu os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial; – Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com os seus ideais iluministas – liberdade, igualdade e fraternidade -, a independência de alguns países. A s 4 r e v o lu ç õ e s i n d u s tr ia is Os insumos para a Indústria 4.0 podem ser arrumados em quatro fases: I. Rede vertical de sistemas de produção inteligente – Nas fábricas inteligentes, a adaptação rápida da produção diante de demandas, falhas ou níveis baixos de estoques serão possíveis graças à ampla integração dos dados da empresa e do chão de fábrica. Recursos e produtos estão em rede e materiais e peças podem ser localizados em qualquer lugar e a qualquer momento graças aos CPS. Todos os estágios de processamento no processo produtivo serão registrados, com discrepâncias registradas automaticamente. Em outras palavras, é o conceito da produção verticalizada aplicado aos sistemas de produção inteligente, em que a empresa passará a ter o controle total da produção através de sistemas inteligentes. II. Integração horizontal da cadeia de valor em rede – A integração horizontal dos sistemas de produção inteligente em rede através de uma nova cadeia de valor global em tempo real gerará maior transparência integrada e oferecerá alto nível de flexibilidade. Em outras palavras, a história de qualquer peça ou produto passa a ser registrada e pode ser acessada a qualquer momento, garantindo constante rastreabilidade ("memória do produto"), criando transparência e flexibilidade em cadeias de processos inteiros. Dessa forma, a empresa não perderá o controle do produto mesmo quando o processo se torna terceirizado (ex. sistemas integrados de logística). Este tipo de integração horizontal tem potencial de gerar novos modelos de negócio e novos modelos de cooperação. III. Aplicações de conceitos de engenharia em toda a cadeia de valor – Novas áreas interdisciplinares da engenharia estarão presentes em toda a cadeia de valor. O desenvolvimento e a produção de novos bens manufaturados coordenados com os ciclos de vida, tanto dos produtos como de clientes, gerarão novas sinergias entre o desenvolvimento de projetos e sistemas de produção. Ou seja, as empresas poderão realizar adaptações em seus produtos, utilizando dados coletados em todas as fases de seu ciclo de vida (incluindo dados de uso pelo cliente) em tempo real. Simulações e protótipos auxiliarão esse processo. IV. Aceleração tecnológica – A maior flexibilidade e efetividade dos processos industriais ocorrerão através de tecnologias exponenciais, que atuarão como aceleradoras ou catalisadoras da Indústria 4.0. Entre estas tecnologias estão a manufatura aditiva, inteligência artificial (AI), robótica avançada, internet das coisas e tecnologia de sensores. Capital • Desvantagens do capitalismo: – Divisão entre proprietários do capital e trabalhadores; – Mecanização da produção; – Predomínio da máquina; – Concentração da produção; – Produção em grande escala; – Ricos/Pobres; – Desigualdade social; – Produção visa o lucro para o empresário; – Ambição do ganho Capital • Vantagens do capitalismo: – Incremento da produção; – Barateamento e aperfeiçoamento das mercadorias; – Ampliação das oportunidades de trabalho; – Economicidade produtiva; – Diversificação de produtos e serviços; – Novas inovações e tecnologias. Questões – Parte 2 • 1) Qual o conceito de capital? • 2) Distinga o capital variável do capital constante. • 3) Que são capitais fixos e capitais circulantes? • 4) Como se formam os capitais? • 5) Qual o sentido da expressão bens de capital? • 6) Que se entende por produtividade média do capital ou razão produto-capital? • 7) Quais as principais características do capitalismo? • 8) Quando o capitalismo se revestiu das suas características fundamentais? • 9) Que se entende por composição do capital?