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Previdência Social A Previdência Social, um dos três pilares da Seguridade Social, pode ser entendida como uma espécie de seguro social, o qual é feito através da contratação de um plano de benefício que garantirá ao cidadão e/ou seus dependentes, em casos de perda da capacidade laborativa, um subsídio mensal não inferior a um salário mínimo. Seu regime geral encontra-se previsto nos Artigos 201 e 202 da Constituição Federal de 1988. Os planos de benefícios, por sua vez, estão previstos na Lei 8.213/91. Tal é a importância do instituto que existe um Ministério dedicado ao seu funcionamento. Este é o Ministério da Previdência Social, que executa suas políticas através de uma autarquia federal denominada Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Impende ressaltar o caráter oneroso da Previdência, que é o aspecto que mais lhe afasta dos outros dois pilares da Seguridade Social (Saúde e Assistência Social). Enquanto a inserção na Previdência requer, necessariamente, uma contribuição para o Fundo da Previdência, revelando, portanto, a necessidade de uma contraprestação, a Saúde e a Assistência Social independem de qualquer tipo de contribuição. A Previdência Social não pode ser confundida com a Previdência Privada. Esta, geralmente oferecida por instituições financeiras, tem caráter complementar e não está vinculada ao Ministério supracitado, nos termos do Artigo 202 da Constituição Federal de 1988. As regras acerca do regime de previdência privada estão dispostas na Lei Complementar 109/01. Há que se ressaltar também que os servidores públicos da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal estão sujeitos a regime próprio de Previdência, conforme preconiza o Artigo 40 da Constituição Federal de 1988. Tal regime, por sua vez, encontra-se disposto na Lei 9717/98. Na Previdência Social, todos os trabalhadores formais recolhem diretamente ou por meio de seus empregadores contribuições para o Fundo de Previdência. Os trabalhadores informais, por sua vez, não estão excluídos do regime geral, desde que, contratando um plano de benefícios, contribuam para o Fundo retro mencionado. Um grande imbróglio para o sistema da Previdência está no fato de que, segundo o IBGE¹, cerca de 44,2 milhões de brasileiros encontram-se no campo da informalidade e, embora não excluídos, a esmagadora maioria não contribui para o Fundo da Previdência. Não obstante sua ausência no rol dos contribuintes, estes serão, ao contemplarem os requisitos necessários, abrangidos pelo sistema da Seguridade Social, de forma gratuita, gerando um grande déficit para os cofres públicos. Este déficit, inclusive, é o grande ensejador das discussões acerca de mais uma reforma da previdência. Por todo exposto, conclui-se que a Previdência Social é uma grande ferramenta consecução dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil na medida em que tem por escopo o amparo daqueles que, por algum motivo, perderam sua capacidade laborativa. Há, ainda, quem, erroneamente, defenda ser a Previdência Social uma espécie de contrato de seguro, em razão da cobertura de determinados eventos mediante contribuição. Sucede que, inobstante esta semelhança, o contrato de seguro tem eminentemente natureza de direito privado, enquanto a Previdência Social é função pública por determinação constitucional e pelas conseqüências de suas ações. Fontes http://jus.com.br/artigos/1431/seguridade-e-previdencia-social-na-constituicao-de-1988 http://www.domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23702/informalidade-e-previdencia-social-o-desafio-da-inclusao http://pt.wikipedia.org/wiki/Previdência_privada http://www.valor.com.br/brasil/2919914/pais-ainda-tem-442-milhoes-de-trabalhadores-informais-estima-o-ibge
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