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CAPÍTULO 1
Introdução à Fisiologia do Exercício
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem:
33Enunciar os marcos históricos e entidades relacionados à fisiologia do exercício.
33Diferenciar os vários tópicos que compõem a fisiologia do exercício.
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Fisiologia do Exercício
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
Contextualização
A possibilidade de se exercer algum impacto sobre o meio ambiente depende da nossa capacidade à atividade física com o movimento representando algo a mais do que uma simples conveniência. O exercício e atividade física fazem parte da vida da maioria das pessoas, através do treinamento do corpo para que ele faça melhor ou, ao menos, para melhor tolerar as exigências impostas a ele.
A partir do século 20 foi produzido muito conhecimento novo acerca da atividade física e, a partir disso, a fisiologia do exercício passou a constituir o atual campo de estudo acadêmico em separado dentro das ciências biológicas. A fisiologia do exercício, como disciplina acadêmica, consiste em três componentes distintos: 1) corpo de conhecimento, contido nos fatos e nas teorias derivadas da pesquisa; 2) curso formal de estudo em instituições de ensino superior; 3) preparo profissional dos atuais membros da área médica e dos futuros pesquisadores e líderes nesse campo.
Agora, mais do que nunca, é necessário que os professores de educação física, dentre os demais profissionais das áreas correlatas, reconheçam a função vital que a ciência exerce na efetivação do êxito das suas tarefas desempenhadas. Assim sendo, todos àqueles profissionais cuja função esteja relacionada à dinâmica do desempenho humano devem possuir um conhecimento sólido de fisiologia do exercício.
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Histórico
O primeiro enfoque real sobre a fisiologia do exercício teve início provavelmente na Grécia Antiga e na Ásia Menor. Os médicos gregos da antiguidade, Heródico (ca. 480 a.C.), Hipócrates (460-377 a.C.) e Galeno (131-201 d.C.), foram os principais influenciadores da civilização ocidental a respeito das práticas de saúde (higiene pessoal, exercício, treinamento). Já, nos “tempos modernos”, os primórdios da fisiologia do exercício incluem os períodos da renascença, do iluminismo e das descobertas científicas na Europa. (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2008).
No início do século 19, nos Estados Unidos da América (EUA), médicos, anatomistas e fisiologistas experimentais, orientados pela ciência europeia, promoveram enfaticamente as ideias acerca da saúde e da higiene. E, na metade do século 19, as escolas de medicina criadas começaram a formar estudantes, muitos dos quais assumiram posições de liderança nas universidades e nas ciências médicas correlatas. Os médicos, naquela época,
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Os médicos gregos
da antiguidade,
foram os principais influenciadores da civilização ocidental a respeito das práticas de saúde
Já, nos “tempos
modernos”, os primórdios da fisiologia do exercício incluem os períodos da renascença, do iluminismo e das descobertas científicas na Europa
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Fisiologia do Exercício
ou ensinavam na escola de medicina e realizavam pesquisa (e escreviam compêndios), ou se associavam aos departamentos de educação física e de higiene. Nessas instituições, supervisionavam os programas de treinamento físico para os estudantes e atletas. (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2002).
Fatos históricos referentes à fisiologia do exercício:
1789 - Lavoisier (França) - Realiza o primeiro estudo quantitativo de fisiologia do exercício.
1847 - Von Helmholtz (Alemanha) - Elucida a Lei de Conservação da Energia.
1850-1890 - Época Áurea (Alemanha) - Pesquisa sobre o custo energético de várias atividades.
1894 - Rubner (Alemanha) - Utiliza o calorímetro para medir o metabolismo energético em cães.
1913 - Benedict & Cathcart (EUA) - Publicam o estudo clássico “Corpo Humano como uma Máquina”.
1923 - A. V. Hill (Inglaterra) - Começa como professor de fisiologia na University College (Londres).
1927 - L. J. Henderson (EUA) - Inaugura o Harvard Fatigue Laboratory com o D. B. Hill como diretor até ser fechado em 1947.
Anos 30 - Prêmios Nobel Concedidos - A. V. Hill (Inglaterra), August Krogh (Dinamarca) e Otto Meyerhof (Alemanha).
Anos 40 - 2ª Guerra Mundial - A pesquisa enfatiza o desvio para a aptidão física e força para o combate.
1953 - Kraus & Hirschland (EUA) - Relatam que as crianças americanas são menos aptas que as europeias.
1954 - American College of Sports Medicine (ACSM) (EUA)
Organização ímpar, formada por médicos, pesquisadores e educadores.
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
1968 - Kenneth Cooper (EUA) - Publica o livro Aeróbica que dará início ao interesse ao trote (jogging).
Anos 70 - Era da Expansão Rápida - Aumento significativo no número de laboratórios e na produção de pesquisa nos EUA e na Escandinávia.
Anos 80 - Atletas e reabilitação - Maior ênfase sobre fibras musculares, nutrição, treinamento contra resistência e melhor maneira de reabilitação após lesões e doenças.
Anos 90 - Aplicações à Saúde - Desvio para “Pessoas Sadias em 2000: National Health Promotion and Disease Prevention Objetives” (USDHHS).
1996 - US Surgeon General - Publicação de um relatório enfatizando a importância e os benefícios de um estilo de vida fisicamente ativo.
1996 ACSM e NCPPA (EUA) - Mais de 100 organizações associam-se a The National Coalition for Promoting Physical Activity, tendo à frente a ACSM.
Fonte: Extraído e adaptado de Foss e Keteyian (2000).
Obviamente, por meio de um relato histórico sucinto, como o visto acima, muitos eventos e pessoas acabam sendo deixados de fora. Porém a intenção primordial do resgate histórico da fisiologia do exercício é justamente apresentar os principais eventos e os nomes proeminentes que deram origem ao desenvolvimento do tipo de estudo que dá nome a esta disciplina.
Atualmente, a fisiologia do exercício, com o advento da rede mundial [World Wide Web (www)] dissemina rapidamente a informação por todo o mundo. A comunicação direta por correio eletrônico (e-mail) e por grupos de discussão eletrônica comunica as ideias rapidamente, o que até então era impossível. Qualquer um com uma conexão de Internet e um endereço de e-mail pode participar de um grupo de discussão. Além disso, centenas de revistas científicas aparecem na Internet, permitindo o acesso quase instantâneo à informação de pesquisa mais recente. (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2002).
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Atualmente, a fisiologia
do exercício, com o advento da rede mundial [World Wide Web (www)] dissemina rapidamente a informação por todo o mundo.
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Fisiologia do Exercício
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Em 1954, Joseph Wolffe e 11 outros médicos, fisiologistas e professores de educação física, fundaram o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM de American College of Sports Medinice). Atualmente, com mais de 45000 membros em mais de 90 países (novembro de 2012) o ACSM representa agora a maior organização profissional do mundo para a fisiologia do exercício (incluindo áreas correlatas de medicina e saúde).
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Assim como a disseminação do conhecimento por meio de publicações em revistas de pesquisa e profissionais assinala a expansão de um campo de estudo, o desenvolvimento de organizações para certificar e monitorar as atividades profissionais torna-se importante para o crescimento contínuo. A Associação Americana para o Avanço da Educação Física (AAAPE, AmericanAssociation for the Advancement of Physical Education), formada em 1885, representou a primeira organização profissional nos EUA destinada a incluir tópicos relacionados à fisiologia do exercício. Esta associação precedeu a atual American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD). (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2002).
Até o início da década de 1950, a AAHPERD representava a organização profissional predominante para os fisiologistas do exercício. Quando o campo começou a expandir-se e a diversificar seu enfoque, tornou-se necessária uma organização profissional em separado capaz de responder mais plenamente às necessidades profissionais. Em 1954, Joseph Wolffe e 11 outros médicos, fisiologistas e professores de educação física, fundaram o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM de American College of Sports Medinice). Atualmente, com mais de 45000 membros em mais de 90 países (novembro de 2012) o ACSM representa agora a maior organização profissional do mundo para a fisiologia do exercício (incluindo áreas correlatas de medicina e saúde). A missão do ACSM consiste em “promover e integrar a pesquisa científica, a educação e as aplicações práticas da medicina desportiva e da ciência do exercício de forma a manter e aprimorar o desempenho físico, a aptidão, a saúde e a qualidade de vida”. O ACSM publica a revista de pesquisa Medicine and Science in Sport and Exercise e outras publicações, incluindo o ACSM’s Health and Fitness Journal e Guidelines for Exercise Testing and Prescription, um padrão de referência reconhecido para os profissionais nessa área (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Outras organizações profissionais importantes relacionadas à fisiologia do exercício incluem o Conselho Internacional de Ciência do Desporto e Educação Física (ICSSPE, International Council of Sport Science and Physical Education), fundado em 1958, em Paris, França, originalmente com o nome de International Council of Sport and Physical Education. O ICSSPE funciona como uma organização protetora internacional preocupada em promover e disseminar os resultados e os achados no campo da ciência do desporto. Sua principal publicação profissional, Sport Science Review, aborda levantamentos temáticos da pesquisa nas ciências do desporto. A Federation Internationale de Medicine Sportive (FIMS), constituída pelas associações nacionais de medicina desportiva de mais de 100 países, teve origem em 1928 durante um encontro de médicos interessados em Jogos Olímpicos na Suíça. A FIMS promove o estudo e o desenvolvimento da medicina desportiva em todo o mundo e patrocina as principais conferências internacionais em medicina
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
desportiva a cada 3 anos; produz também declarações de princípios acerca de tópicos relacionados à saúde, à atividade física e à medicina desportiva. Outras organizações que representam os fisiologistas do exercício incluem o recém-formado Colégio Europeu de Ciência do Desporto (ECSS, European College of Sport Science) e a Associação Britânica de Desporto e Ciências do Exercício (BASES, British Association of Sport and Exercise Scienses). A organização mais recente, Sociedade Americana de Fisiologia do Exercício (ASEP, American Society of Exercise Physiology), foi criada em 1997 e realizou sua primeira assembleia no ano seguinte. (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2002).
O crescimento das revistas de pesquisa, que são as publicações dos relatórios das pesquisas, ocorreu em paralelo ao crescimento do número de sociedades profissionais. Na época do Harvard Fatigue Laboratory, grande parte das pesquisas foi divulgada nas seguintes publicações: Journal of Biological Chemistry, American Journal of Physilogy, Arbeitsphysiologie (European Journal of Occupation and Applied Physiology), Journal of Clinical Investigation, Journal of Physiology. Em 1948, a American Physiological Society começou a publicar o Journal of Applied Physiology com o objetivo de reunir trabalhos de pesquisa sobre a fisiologia do exercício e ambiental. Em 1969, o American College of Sports Medicine iniciou a publicação da revista de pesquisa Medicine and Science in Sports para dar suporte à crescente produtividade de seus membros. Nos últimos dez anos, o International Journal of Sports Medicine, o Sports Medicine e o Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation foram introduzidos para apresentar e revisar pesquisas. (POWERS; HOWLEY, 2000).
Diferentemente dos livros, as revistas são publicadas em intervalos regulares (geralmente mensais) com o propósito de revelar resultados de pesquisa para a comunidade científica e leiga. A publicação de pesquisa em artigos de revista é um procedimento relativamente rápido. Comparada a um livro, que pode demorar dois a três anos para ser publicado, a execução de uma pesquisa e sua subsequente publicação pode levar de doze a dezoito meses. Claramente, os dados em uma revista são publicados mais rapidamente que nos livros, porém as revistas são ainda um meio relativamente lento para a dispersão das informações. É por isso que muitas organizações científicas promovem encontros para apresentar as pesquisas mais recentes, que podem demorar de seis meses a um ano para serem divulgadas. Entretanto, as publicações em revistas são superiores àquelas apresentadas em encontros (congressos, simpósios, etc.), pois são rigorosamente revisadas por outros pesquisadores especialistas no tópico estudado, denominado revisão por pares. Se a pesquisa ou a sua apresentação escrita forem defeituosas ou não oferecerem novos e importantes conhecimentos para um campo, elas serão rejeitadas pelos revisores e não serão publicadas. O processo de revisão por pares é uma tentativa de garantir a qualidade das publicações e o livre crescimento dos conhecimentos em um tópico específico.
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Diferentemente dos
livros, as revistas são publicadas em intervalos regulares (geralmente mensais) com o propósito de revelar resultados de pesquisa para a comunidade científica
leiga. A publicação de pesquisa em
artigos de revista é um procedimento relativamente rápido.
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Fisiologia do Exercício
Uma das evidentes consequências desse aumento da atividade de pesquisa é o grau de especialização exigido dos cientistas para que eles possam ser competitivos na obtenção de verbas de pesquisas e na administração da literatura de pesquisa. Os laboratórios podem voltar sua atenção para a fisiologia neuromuscular, a reabilitação cardíaca ou a influência do exercício sobre a estrutura óssea, por exemplo. Os estudantes graduados estão tendo de se especializar mais cedo como pesquisadores e os graduandos devem investigar seus programas muito cuidadosamente para garantir que atinjam seus objetivos de carreira. (ROBERGS; ROBERTS, 2002).
Em virtude da crescente demanda de fontes confiáveis de informações, cientistas e estudiosos conhecidos na área de fisiologia do exercício vêm escrevendo livros “populares”, providencialmente, relacionados aos problemas do condicionamento, pois a “explosão do condicionamento” fez aumentar a quantidade de livros sobre dieta e exercício que propõem maneiras fáceis de perder quilos e centímetros. (ROBERGS; ROBERTS, 2002).
American College of Sports Medicine
http://www.acsm.org/
MCARDLE, William D; KATCH, Frank I; KATCH, Victor L.
Fundamentos de fisiologia do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002. “Apêndices A e B”.
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
Atividades de Estudos:
MÚLTIPLA ESCOLHA
Instruções de preenchimento do teste - Após ler a questão e todas as respostas apresentadas, selecione a letra que responda corretamente à questão.
O acrônimo ACSM significa:
The Association of Chemistry and SportsMedicine.
The Association of Cardiovascular and Sports Medicine.
The American Cardiovascular and Sports Meeting.
The American College of Sports Medicine.
O Harvard Fatigue Laboratory permaneceu funcionando de:
1927-1980.
1947-1980.
1927-1947.
1927-1937.
Três organizações profissionais que patrocinam trabalhos sobre a fisiologia do exercício são:
American College of Sports Medicine, American Physiology Society, Medicine and Science in Sports.
American College of Sports Medicine, American Physiology Society,
Associação Americana para Saúde, Educação Física e Recreação.
American Physiology Society, Associação Americana para Saúde, Educação Física e Recreação, Harvard Fatigue Laboratory.
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Fisiologia do Exercício
Medicine and Science in Sports, Journal of Applied Physiology, American College of Sports Medicine.
Como pode ser visto, o crescimento e o desenvolvimento dos laboratórios de fisiologia do exercício aumentaram, sem dúvida, as oportunidades para os estudos e as pesquisas avançadas na área. Os profissionais envolvidos nestes ambientes de estudos contribuíram para o aumento da produtividade na pesquisa e do número de revistas e sociedades profissionais. Nesse sentido, justamente pela referida produção de conhecimento, buscaremos um aprofundamento ao longo dos demais capítulos deste caderno de estudos.
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Compreender como
funcionamento fisiológico básico do corpo humano
modificado pelo exercício em curto e longo prazo.
Proporcionar programas de educação física de qualidade que estimulem as pessoas tanto física quanto intelectualmente.
Aplicar os
resultados de pesquisa
científica de forma a maximizar a saúde, a reabilitação e/ou o desempenho atlético.
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Aspectos Conceituais
Para um adequado aproveitamento do assunto sobre fisiologia do exercício, o(a) pós-graduando(a) deve entender de anatomia humana, fisiologia dos sistemas, biologia celular e molecular, química, bioquímica, etc. Ainda assim, é importante que os estudantes da ciência do exercício e de educação física que pretendam tornarem-se profissionais respeitados em qualquer um dos campos correlatos aprendam a fisiologia do exercício, a fim de:
Compreender como o funcionamento fisiológico básico do corpo humano é modificado pelo exercício em curto e longo prazo e os mecanismos que induzem essas mudanças. A menos que se saibam quais são as respostas normais, não será possível reconhecer uma resposta anormal ou adaptar-se a ela.
Proporcionar programas de educação física de qualidade que estimulem as pessoas tanto física quanto intelectualmente. Os praticantes precisam compreender de que maneira a atividade física pode beneficiá-los, por que eles realizam testes de aptidão física e o que fazer com os resultados dos testes de aptidão para continuarem se exercitando a vida inteira.
Serem capazes de aplicar os resultados de pesquisa científica de forma a maximizar a saúde, a reabilitação e/ou o desempenho atlético em uma ampla variedade de subpopulações.
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
Serem capazes de responder corretamente às questões e às alegações da propaganda, assim como de reconhecer e reagir aos mitos e concepções errôneas que aparecem em relação ao exercício. Os bons conselhos devem basear-se na evidência determinada cientificamente.
Determinadas definições e conceitos, que são básicos e necessários para uma melhor compreensão e discussão sobre fisiologia do exercício, devem ser estabelecidos a partir de agora:
a) Fisiologia do exercício
Pode ser definida como uma ciência tanto básica quanto aplicada que descreve, explica e utiliza a resposta do corpo e a adaptação ao treinamento com exercícios de forma a maximizar o potencial físico humano.
Exercício
um único episódio agudo de esforço corporal ou de atividade muscular que requer um dispêndio de energia acima do nível de repouso que, em geral, resulta em movimento voluntário. As sessões do exercício em geral são planejadas e estruturadas de forma a melhorar ou manter um ou mais componentes da aptidão física.
Treinamento
uma progressão consistente ou crônica de sessões de exercícios destinadas a aprimorar a função fisiológica para melhorar a saúde ou o desempenho no esporte. O treinamento com exercícios tem dois objetivos principais: aptidão física específica para cada desporto, às vezes denominada aptidão atlética e aptidão física relacionada à saúde.
Adaptações ao treinamento
Representam mudanças ou ajustes fisiológicos que resultam de um programa de treinamento com exercícios que promovem um funcionamento ideal. Podem ser um aumento, uma redução ou nenhuma mudança em relação ao estado destreinado.
e) Aptidão física
Refere-se a estar apto para a atividade física. Como existem diversos tipos de atividade física, de acordo com os músculos usados, forças desenvolvidas e duração do uso, existem também múltiplas formas de aptidão física. Alguns dos componentes da aptidão física são: a força muscular; a potência muscular;
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Responder
corretamente às
questões e às alegações da propaganda.
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Fisiologia do Exercício
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Em geral, são reconhecidos três componentes de aptidão física relacionada à
saúde: resistência cardiorrespiratória, composição corporal, aptidão muscular.
O exercício pode ser máximo, de intensidade mais alta, de maior carga ou de duração mais longa que o indivíduo seja capaz de realizar.
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a resistência muscular; resistência cardiorrespiratória; a flexibilidade corporal, dentre outros.
f) Aptidão física relacionada à saúde
Significa que uma parte da aptidão física é direcionada para a prevenção das doenças ou a reabilitação após a ocorrência de uma doença, assim como para o desenvolvimento de um alto nível de capacidade funcional para as tarefas vitais necessárias e arbitrárias. Em geral, são reconhecidos três componentes de aptidão física relacionada à saúde: resistência cardiorrespiratória, composição corporal, aptidão muscular (força/ resistência muscular e flexibilidade).
g) Atividade física
Em geral conota um movimento para o qual o objetivo é diferente da aptidão física, mas que também requer o dispêndio de energia e, com frequência, proporciona benefícios relacionados à saúde.
Resposta ao exercício
o padrão de mudança exibida pelas variáveis fisiológicas durante um único episódio agudo de esforço físico (ruptura do estado homeostático ou equilíbrio dinâmico do corpo).
Variável fisiológica
qualquer medida da função corporal que se modifica ou varia sob circunstâncias diferentes.
Modalidade do exercício
Significa o tipo de atividade ou de esporte em particular. Com frequência, as modalidades são classificadas pelo tipo de demanda de energia (aeróbico ou anaeróbico), pela contração muscular principal (contínua e rítmica, de resistência dinâmica ou estática) ou por combinação de sistema energético e contração muscular. Assim, quando se tenta determinar os efeitos do exercício sobre uma variável em particular, deve-se conhecer primeiro que tipo de exercício está sendo realizado.
Intensidade do exercício
entendida como a magnitude da tarefa. O exercício pode ser máximo, de intensidade mais alta, de maior carga ou de duração mais longa que
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
o indivíduo seja capaz de realizar. A motivação desempenha um papel significativo na obtenção dos níveis máximos de exercício. O exercício pode ser também submáximo e pode ser descrito de duas maneiras. A primeira envolveuma carga fixa de exercício, realizado com qualquer intensidade imediatamente acima do nível de repouso até logo abaixo do máximo (carga de trabalho submáxima absoluta), e pode ser estabelecida por alguma variável fisiológica. A segunda maneira de descrever o exercício submáximo é como um percentual do máximo, ou seja, é o valor proporcional ou relativo para cada indivíduo através de uma carga de trabalho acima do nível de repouso, porém abaixo da máxima, estabelecida tipicamente para algum percentual do máximo (carga de trabalho submáxima relativa).
Duração do exercício
o período de tempo no qual a contração muscular prossegue. Em geral, quanto mais curta for a duração, mais alta será a intensidade e vice-versa. Assim, o grau de ruptura homeostática constitui uma função tanto da duração quanto da intensidade do exercício.
Atividades de Estudos:
Qual a consequência direta do treinamento?
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Como estão relacionadas a intensidade e a duração da atividade?
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Algumas Considerações
Por meio deste capítulo foi proposto um sucinto levantamento histórico, apresentando os principais acontecimentos, personalidades e organizações que têm contribuído para o campo da fisiologia do exercício, entendida como uma área dinâmica de estudo, sendo sempre necessária a atualização e familiarização de definições e conceitos. Considerando o fato de inúmeras implicações práticas pela fisiologia do exercício, no capítulo seguinte será possível compreender como o funcionamento fisiológico básico do corpo humano é modificado pelo exercício em curto e em longo prazo, bem como os mecanismos que induzem essas mudanças.
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Capítulo 1 Introdução à Fisiologia do Exercício
Referências
FOSS, Merle L.; KETEYIAN, Steven J. Fox, bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
______. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.
6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
PLOWMAN, Sharon A.; SMITH, Denise L. Fisiologia do exercício: para a saúde, aptidão e desempenho. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2010.
POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento físico e ao desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000.
ROBERGS, Robert A.; ROBERTS, Scott O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício: para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Forte, 2002.
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Fisiologia do Exercício
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