Buscar

12-DIFERENCIAÇÃO POR IDADE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA
DIFERENCIAÇÃO POR IDADE
Mudanças culturais decorrentes do envelhecimento da população
Durante muito tempo os jovens mantiveram pouco contato com os idosos, pois estes constituíam parcela pequena da população até meados do século passado.
Atualmente estão cada vez mais presentes no cotidiano dos jovens
Eles são vistos com frequência cada vez maior nos ônibus e trens, nos cinemas, nos teatros, nos restaurantes, nas academias de ginástica, nas universidades e muitos outros lugares frequentados por jovens.
Os idosos também vê sendo objeto de atenção cada vez maior por parte do Estado:
Estatuto do idoso lei n. 10.741/2003 – lhes assegura:
art. 2º - “todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física de mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade;
art. 3º - “é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar-lhes, com absoluta prioridade, a efetivação do direito á vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”
art. 4º - “nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”.
art. 20 – “o idoso tem direito à educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade”.
Os idosos vêm sendo cada vez mais estimulados a participar da vida social, e os integrantes dos demais segmentos da população a reconhecê-los como cidadãos com direitos, alterando, consequentemente, suas crenças, valores e práticas.
Em decorrência não apenas das exigências legais, mas também da conscientização acerca dos valores da cidadania, o preconceito contra os idosos vem diminuindo:
Desenho dos edifícios – acessibilidade à vida urbana;
Atendimento preferencial nos serviços de saúde
Gratuidade do transporte coletivo e a reserva de assentos;
Descontos em atividades culturais, de esportes e de lazer;
Reserva de unidades residenciais nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.
Mudanças ao longo do curso da vida
A passagem de uma etapa de vida para outra varia de indivíduo para indivíduo, ou seja, são experimentadas de maneira diversa conforme sejamos jovens, de meia idade ou idosos.
É possível identificar uma série de período de desenvolvimento com transições críticas entre os diversos estágios
O psicólogo Daniel Levinson elaborou um modelo que apresenta dez períodos do ciclo da via, distribuídos ao longo de três grandes transições: idade adulta recente, da meia idade e adulta tardia.
1 – Transição da idade adulta recente – 17 aos 45 anos - concretização dos sonhos e projetos
17 – 22 – transição – uma ponte entre a adolescência e a idade adulta recente – exploração de um novo mundo;
22 – 28 – entrada no mundo adulto – as pessoas constroem e mantêm um modo inicial de vida adulta;
28 – 33 – idade de transição dos 30 – primeiro balanço de vida, reavaliando e modificando a estrutura de entrada e criando as base para a nova estrutura de vida;
33 – 40 – consolidação da estrutura de vida para a idade adulta – preocupação em ser um bom profissional e dedicar-se á família. 
2 – Idade adulta intermediária – 45 – 65 anos – diminuição de capacidades, habilidades e destrezas físicas, no entanto, vitalidade e energia para uma vida pessoal e social satisfatória
40 – 45 – transição da meia idade – crise da meia idade – avaliação profunda de vida, chegando mesmo a alterar estilo de vida;
45 – 50 – entrada na vida adulta intermediária – período de estabilidade – bases iniciais para a vida em uma nova era.
50 – 55 – transição dos 50 – modificar e melhorar;
55 – 60 – apogeu da vida adulta intermediária – construção de uma nova estrutura para os principais objetivos.
3 – Idade adulta tardia 
Quando os idosos conseguem encontrar um significado ao refletirem sobre suas próprias vidas, experimentam uma sensação de integridade e esperança
Quando percebem que sua vida tem pouco valor, tendem a cair em um estado de desespero à medida que se aproxima o fim da vida.
Desafios da velhice
1 – BUSCA DE SIGNIFICADO PARA A EXISTÊNCIA
Como os idosos sentem que sua está se aproximando do fim, tendem a despender parte de seu tempo refletindo sobre o passado – balanço - realizações e desapontamentos
Dependendo da maneira como o avaliam, esta etapa pode ser caracterizada como de desesperança ou de pouco significado.
Diferenças como lidam com o envelhecimento:
1 – pessoas incapazes de aceitar o próprio envelhecimento - personalidades desintegradas e desorganizadas – asilos e hospitais;
2 – pessoas com pouca confiança em suas habilidades para lidar com o dia a dia. Solicitam ajuda até quando não precisam. Sentem-se constantemente em risco de afastamento social. Seu nível de satisfação é baixo – personalidades passivo-dependentes.
3 – procuram viver de forma independente, mas temem a velhice, procurando se defender dela, buscam manter-se jovens e em boa forma física. A tentativa de manter padrões pode levar ao estresse e ao desapontamento – personalidades defensivas.
4 – conseguem lidar com os desafios da idade avançada, mantendo a dignidade e a autoconfiança, bem como, aceitando a inevitabilidade da velhice – personalidades integradas.
2 – APOSENTADORIA 
O trabalho – obtenção dos rendimentos necessários para a sobrevivência e parte importante da identidade pessoal.
A inatividade profissional – profunda mudança em relação a um estilo e ritmo de vida – perda do papel profissional e de papéis na família e na sociedade – requer grande esforço de adaptação do idoso.
Perigo para aqueles que não estão preparados para o afastamento do trabalho.
3 – ISOLAMENTO SOCIAL
O afastamento do trabalho faz cessar uma das principais fontes de interação.
Os problemas físicos decorrentes da idade limitam a mobilidade dos idosos.
Estereótipos desencorajam os jovens a se relacionar com os idosos.
Poderes e públicos e organizações da sociedade buscam minorar esses problemas: lares de idosos, lares de dependentes, centros de convivência, apoio domiciliar, colônias de férias, acolhimento familiar...
4 - POBREZA
As pessoas se aposentam com vencimentos baixos;
Velhice – cada vez mais longa
Mensalidades dos planos de saúde
Serviços públicos de saúde
5 – ABUSOS
Crimes realizados normalmente por pessoas das família: abuso físico, abuso psicológico, abuso sexual, abandono, negligência, abuso econômico, autonegligência.
6 – ETAÍSMO (qualquer discriminação etária)
Preconceito e discriminação contra os idosos
A) manifesto: quando uma empresa decide não contratar um candidato em virtude de sua idade;
B) sutil: quando uma enfermeira trata seus pacientes como se fossem crianças
C) construção de estereótipos: idosos são fracos, lentos, confusos, dependentes, desatualizados, improdutivos, inúteis, resistentes à mudança e rabugentos – reforço do sentimento de inferioridade, levando ao isolamento
PARA REFLETIR
1 – Em que medida as crenças e os valores mantidos pela cultura brasileira contribuem para a discriminação dos idosos?

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando