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Fichamento Pascual Serrano. "Desinformación. Cómo los medios ocultan el mundo". Páginas 624 pgs.

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Pascual Serrano. "Desinformación. Cómo los medios ocultan el mundo". Editorial Península. Madrid. Junio 2009 ISBN 978-84-8307-880-8  Páginas 624 pgs.
Como são selecionadas as informações? 
Prologo
Ignacio Ramonet
12- A maioria dos cidadãos considera que, após leitura da imprensa ou de ver a televisão, são informados dos acontecimentos internacionais. No entanto, a realidade está longe de ser inequívoca a imagem oferecida pelos meios de comunicação. Este livro aborda os principais acontecimentos dos últimos anos, mostrando, através de entrevistas com especialistas nessa área e consulta de alternativas que o que aconteceu não é o que nos foi dito.
O autor desvenda o funcionamento dos meios de comunicação, apontando elementos importantes para nos fazer compreender que a desinformação é uma constante. O que acha que está acontecendo no mundo é apenas uma falsa adesão ao serviço de interesses que estão, lentamente, a formar a opinião pública.
13- Pascual Serrano nos abre os olhos sobre um dos aspectos da manipulação midiática que menos está sendo estudado até agora: A nova Forma de Censura.
Pelo habito e pela preguiça intelectual, continuamos pensando que a censura só é exercida pelos governos autoritários, durante períodos de ditadura, que a praticam de forma ostensiva e muito visível, censuram, proíbem ,cortam, suprimem, truncam... Porem muitas vezes nos negamos a perguntar co mo funciona a censura nos períodos de democracia. Muitas vezes partimos do principio de que a censura é própria da ditadura e não da democracia, quando o correto é partir do principio de que a censura é própria do poder, em qualquer situação.
O que Serrano vai nos trazer nesse livro é os mecanismos adotados nessa 'nova censura”. Porque é obvio que a censura, salvo vergonhosas excessos não ocorrem mais através de proibições,cortes,por perseguições a periodistas, e até morte. 
O que ocorre é que há muita informação que não circula, porque há sobre informação. Há tanta, que a mesma informação nos impede de ter acesso a informação que nos interessa. Nas ditaduras é o poder que nos impede de ter acesso as informações. Nas democracias é a própria informação que nos impede, por asfixia, e saturação. 
13- Estamos em uma situação que acreditamos que é o fato ter mais informação, teremos mais liberdade, quando se analisarmos bem, temos tão escassa a informação quanto em outros momentos.
14- Antes havia pouca informação, agora a informação é excessiva, no entanto, essa informação está contaminada com mentiras, com muita falsidade e ocultação, etc. 
Introdução
15- Os grandes acontecimentos do mundo estão diariamente nos meios de comunicação, um repasse aos temas que estiveram presentes nos últimos anos nas agendas, nos permitem perceber que os assuntos nunca estiveram bem contextualizados, não são apresentados os antecedentes que nos permitem compreendê-los, e nem alguma comparação para podermos valorizá-los ma medida certa.
16- O objetivo desse livro é repassar os acontecimentos dos últimos anos para deixar em evidencia como os meios de comunicação não mostram nem explicam o mundo, enfocam o mundo a partir da miopia do ocidente, dividem os governos por bons e maus a partir de seus interesses, tentam ancorar os princípios do status quo dominante.
O resultado desse modelo informativo massivo e empresarial, é a divisão dos cidadãos em dois tipos: uma parcela que consome os meios de comunicação de forma acrítica, e a segunda trata-se de uma elite intelectual e política desconfiada busca compreender o mundo. Uma parcela significativa destá ultima utiliza-se da informação que possui para aproveitar-se, e a outra se vê obrigada a conviver com essa impotência. 
Esse livro busca que o maior número de pessoas deixem o primeiro grupo, de consumeidores passivos de informação, e se incorporem em uma cidadania crítica, desconfiada dos meios, em busca de conhecer a verdade, para então, ser realmente livre. Nossa retenção é mostrar suficientes dados informativos para o leitor perceber a imensurável distância entre a realidade e o que os meios de comunicação contam.
Assim Funciona o Modelo
19- Quantos produtos conhecemos que saíam de circulação devido a sua má qualidade?
A maioria das informações que recebemos também não tem qualidade: noticias resumidas, sem críticas, sem contexto... por jornalistas que sobrem inúmera pressões de tempo, com conatos precários...
Mercantilização da Informação
20- O escritor Ryszard Kapuscinski compara a censura que viveu em seu país durante o período denominado 'socialismo real' com o atual programa dos meios de comunicação.
Para ele aquela censura hoje está maquiada pela manipulação, agora medante o silenciamento, a banalização, o desvio de atenção,o quadro de desinformação não tem melhorado.
A perda de credibilidade tem levado a uma situação em que o quadro de parcialidade, a falta de objetividade, a mentira, as manipulações, ou simplesmente as imposturas, não param de aumentar. 
22- O sistema dominante não necessita sequer da manipulação, com esse recorte da realidade que nos oferece como verdade única, e o fato de terem desaparecido os espaços de interação social (centros de trabalho, lugares de reunião, espaços coletivos) dessa forma os cidadãos se encontrão só diante da TV e rádio, e dos periódicos.
23- Desde que foi considerada como uma mercadoria, a informação deixou de ser submetida aos critérios tradicionais de verificação da autenticidade dos erros, agora passa a ser regida pelas leis do mercado. (Kapuscinski)
Todas as informações que foram reveladas por jornalistas e intelectuais engajados com o compromisso de informar, como por exemplo Michel Moore, em seu documentário Farenheit 9\11, já eram informações conhecidas que haviam sido escondidas embaixo do tapete dos meios de comunicação. Ramonet:
cada vez mais cidadãos tomam consciência de dos novos perigos e se mostram muito preocupados em relação aos meios de comunicação midiáticos, convencidos de que em nossa sociedade hiper midiatizada vimemos paradoxalmente em um estado de insegurança informativa, As informações se proliferam sem nenhuma garantia de confiabilidade. Vemos o triunfo do jornalismo de especulação e de espetáculo, em detrimento do jornalismo de informação. 
25- Perante isto, a resignação do profissional é ainda mais inquietante, enquanto alguns afirmam que os jornalistas estão na atualidade menos independente, pois precisam abrir mão de seu compromisso ético para manter os seus postos de trabalho. Assim os profissionais que não tem garantidos os seus direitos trabalhistas não será livre para reivindicar a verdade e a veracidade de suas informações, não existirá portanto a liberdade de expressão da que tanto alardeiam as empresas de comunicação.
Como se seleciona as informações?
25- Como são decididas as diretrizes do que vai ser informado de cada região do mundo, nos meiso de comunicação? Por que algumas vezes aparecem noticias contraditórias e outras todos os meios de comunicação se repetem de forma coerente?
26- A seleção das noticias é o argumento mais contundente para recordar que não existe neutralidade e imparcialidade informativa. Quando um veiculo de comunicação elege para a capa de seu periódico uma determinada noticia, ele está tomando ma posição, portanto nossa primeira missão deve ser averiguar quais os mecanismos de seleção das notícias. 
Noam Chomsky e Edward Hernanem na obra “Os guardiões da liberdade”, esses autores nos apresentam o que denominam de filtros, ou seja, os meandros através dos quais o dinheiro e o poder 
peneire a notícia até que elas estavam prontas para que estejam prontas para a publicação, 
marginalizar as diferenças e permitir que o governo e os interesses privados dominantes difundam uma mensagem de acordo para o seu público. São filtros cuja existência os jornalistas nem sequer tem consciência, e ainda estão convencidos da, em sua maioria, de que trabalham com imparcialidade e objetividade. Isso porque o modelo atual está absolutamente interiorizado. 
27- No
se trata de que os meios de comunicação definam nossa ideologia , como selecionar quia são os temas que ns devem interessar, que é mais do que impor-nos uma ideologia , posto que supõe substituir a realidade, por outra, ainda mais em um mundo onde as relações sociais tem diminuído muito em favor de nosso papel como consumidores médios.
Filtros: Magnitude, propriedade e orientação dos benefícios meios de comunicação
28- Basta observar o panorama atual para observar que por trás dos meios existem poderosos grupos empresariais. Ainda que em âmbito local isso não apareça tão evidente, em referencia a informação internacional, os meios locais se limitam a reproduzir o conteúdo das grandes empresas. Atualmente 80 a cada 100 notícias que circulam pelo mundo procedem de quatro agências informativas internacionais: Associated Press, United Press Internacional, Reuters y Agence France Press. Essas agências são as que estabelecem a ordem do dia, e proporcionam a maioria das notícia internacionais.
Até a pouco tempo a principal ameaça a pluralidade informativa era a concentração de meios em poucas empresas de comunicação. Mas isso já está se superando na era de globalização, os proprietários dos meios de comunicação tem deixado de ser grupos de comunicação puros, agora são simplesmente grupos econômicos colossais, que não tem porque ter como principal atividade de comunicação. Também tem permanecido atrás das acusações de que tinham convertido a informação em um negócio.
29- Agora o valor da conformação da opinião publica é tão alto, que bem merece destinar dinheiro a fundo perdido. Assim teremos em nossa imprensa, rádio e televisão, acionistas de bancos financeiras, seguradoras, empresas de comunicação. Nos conselhos de administração de empresas de comunicação o sistema de banqueiros e executivos que não tem nenhuma relação com a informação.
A publicidade como principal fonte de renda
30- Retornamos ao exemplo da imprensa britânica no início do século XIX, a venda de periódicos deveria cobrir todos os gastos de sua manutenção, como é lógico. A incorporação da publicidade assumiu uma renda extra, para os periódicos escolhidos pelas empresas, assim em alguns casos poderias até baixar o valor de venda. Com a publicidade o mercado oferece um sistema neutro em que que decide é o comprador. A escolha dos anunciante s são as primeiras que influeenciam a sobrevivencia dos meios de comunicação.
O peródico que não tem aprovação deveria custar o dobro, inclusive supondo que compre-o o mesmo número de pessoas, se o compram menos - que seria o lógico se custa o dobro - o preço por exemplar se incrementa bem mais.
As teses dobre o fato direcionador da publicidade se busca neutralizar os argumentos de que os anunciantes não condicionam os conteúdos, se os meios tem muita audiência os anunciantes irão sem propor que tipo de informações se oferecem.
Para as empresas de publicidade nem todos os expectadores são iguais, os que tem maior poder de consumo valem mais do que os que possuem menos. Assim em alguns periódicos o valor da publicidade é mais alto, devido ao publico para o qual ele é direcionado. A publicidade também diminui o nível cultural dos conteúdos faz que se recrutem audiência seja como for, inclusive apelando aos elementos mais miseráveis da natureza humana. Vejamos bem que o que se vende nos meios não é bem o conteúdo informativo, eles vendem a nós as agencias de publicidade.
31- Cremos que nos oferecem conteúdo, mas o que oferecem são espectadores às empresas de anunciantes, o objeto somos nós. Em algumas ocasiões as publicidades milionárias dos anunciantes não servem apenas para propaganda, se não para evitar noticias negativas por parte de suas empresas. Quem encontrará patrocínio para financiar um programa que denuncie as violações das empresas multinacionais na Nigéria, a corrupção em Wall Street e o que defenda a dininuição do consumo em busca de um modelo de desenvolvimento sustentável? 
3° Filtro: O fornecimento de notícias aos meios de comunicação 
32- O mercado exige a redução de custos, os meios devem rentabilizar o máximo seus recursos, não podem ter jornalistas e câmeras em todos os lugares. A economia lhes obriga a concentrar-se nos lugares onde se produzem noticias importantes celebram rodas de imprensa e existem poderosos cujas decisões tem grande relevância.
33- Segundo um estudo da universidade Camilo José Celo de Madrid. As fontes oficiais e institucionais representam nos rádios 72,4 de cada 100, e na tv 65,88 de 100% das informações Assim fica de lado a a afirmação de que a notícia deixou de ser o que alguma pessoa ou grupo não quer que seja transmitodo, para se transformar em uma versão de determinado fato.
No jornalismo não tratar da mesma forma as fontes que estão anciosas por contar algo a imprensa, e as fontes que devem ser ocultadas. Tampouco devem ter a mesma consideração com a fonte que não é parte interessada do redator. Por outro lado, quase 80 a cada 100% das informações são fruto de atos declarativos. Consistem em dar uma versão de uma versão que alguem da sobre algo.
34- Ler o modificado genericamente em rebelion
Para os meios de comunicação é muito custoso ter um jornalista durante semanas investigando um tema, em comparação com a facilidade que é tê-lo transcrevendo declarações publicas, clonando tele tipos e refazendo notas de imprensa. Os periódicos se convertem assim em tablóides de anuncios, mas com conteúdo filtrado pelos gestores.
35- Os meio oficiais sempre possuem uma aureola de veracidade e de neutralidade que seduzem os jornalistas. A tudo isto há que acrescentar infiltração de especialistas e analistas nos meios de comunicação. Muitos dos supostos 'analistas objetivos', estadunidenses, tem vinculo com as mais influentes empresas do país, e representam centenas de contra militares, seja como consultores, executivos ou membros dos seus órgãos.
4° Filtro As contramendidas e os corretivos diversos como método para disciplinar os meios de comunicação. 
36- Importantes lobbies grupos de poder político ou empresarial tem suficiente capacidade organizativa ou financeira e política para organizar campanha de pressão contra mídia e jornalistas que saem de linha dominante.
Para a maioria dos meios é mais rentável e menos problemático acabar com as pressões que enfrentar a esses lobbies. O resultado é que as informações procedentes das organizações sociais humildes grupos de trabalhadores precariamente organizados ou grupos de direitos Humanos de baixo pressuposto, não satisfazem não satisfazem as exigências dos filtros e são depurados dos meios de comunicação.
Passa o que nos contam?
Os meios de comunicação mentem? Sem duvida as mentiras são frequentes porém não são excessivas porque sabem que o abuso, na medida que é frequentemente descoberta lhes faz perder a credibilidade que é muito difícil recuperar. Os meios não só tentam decidir o que é importante e como sucedeu, mas também devem nos convencer de que acertam em sua seleçãoe não mentem.
37- Os mecanismos de desinformação e manipulação são mais complexos que a pura mentira. Michael Patenti considera que: 
A propaganda mais efetiva baseia-se no encuadre mais que na falsidade. Ao torcer a verdade mais que ao a violar, utilizando o énfasis e outros aderezos auxiliares, os comunicadores podem criar uma impressão desejada sem recorrer à propugnación explícita, e sem apartar-se demasiado da aparência da objetividad. O encuadre é conseguido mediante a forma na que são empaquetadas as notícias, o monto de exposição, a colocação (primeira plana ou enterro no interior, principal ou último artigo) o tom de apresentação (atitude aberta ou despectiva), os titulares e fotografias e, no caso dos meios audiovisuais, os efeitos visuais e auditivos.
Todos querem explorar a mesma suposta notícia convencidos de que quem não a atenda ficará deslocado do 'pelotão', de forma que ainda que no momento determinado estejam sucedendo no mundo vários acontecimentos, todos os meios estavam voltados para o mesmo.
38 - O resultado é que os conflitos do mundo, em reflexo midiático, tampouco aparecem e ocupam as prioridades informativas como desaparecem. Todos são resultado mais das dinâmicas internas dos meios e poderes interessados do que da verdadeira transcendência informativa do assunto.
39- A necessidade de rentabilizar os recursos humanos provoca a diminuição de correspondências estáveis e conhecedoras do país, a mobilidade dos enviados especiais é enorme para aumentar a sua produtividade.
40 – É importante a tese do filosofo francês Jean Baudrillard, segundo o qual, acontecimentos como o 11 de setembro supõe um exesso de realidade que emocionam tanto os cidadão, em especial os estadunidenses, não podiam buscar a conexão entre a realidade e seu entendimento. Os meios, rapidamente antes de que podessemos raciocinar de forma serena sobre o sucedido, se encarregam de proporcionar a interpretação, aproveitam a nossa convulção para oferecer-nos a sua leitura do mundo. A ultima razão para compreender a linha informativa dos meios procede, como em tantas coisas de que tem o poder no mundo.
41 – Desta forma, para a grande maioria dos jornalistas do Ocidente, a um critério principal para evaluar un régime: não é a sua historia no campo dos direitos humanos e nem o estado em questão, é um amigo ou inimigo do Concenso de Whashington. Nenhum governo respeita os direitos de forma absoluta e nenhum extremo é uma democracia perfeita, criticar um e abosolver os outro se converte em uma falha rasteira dos nossos meios.
42 – O novo poder economico midiatico nem sequer vende informação aos cidadão, o que vende são os consumidores (audiencia) corporações publicitárias. E supostamente cria ideologia. Não tanto porque mente ao informar, mas sim porque banalisa distorce e, sobre tudo, oculta.
44 – Sem contexto e nem antecedentes o Doutor em Ciencias da Informação Vicente Romano destaca que: a informação se apresenta descontextualizada, isso é incompreensivel. Se oferecem algumas cifras enquanto outras se calam. Se apresentam determinados fatos e não se discutem os motivos nem as condições sociais que os provocam.
Ignacio Ramonet considera que: cada vez mais o discurso e as mensagens dos periodicos são mais simples, más sensíveis.
Com a ideia de que há que expressar-se de maneira sensível e muito simples porque todo o que é razoavelmente complexo, e todo raciocínio inteligente resulta demasiadamente complicado e sai do sistema desinformação tradicional. O resultado é que um assunto tão complexo como a geopolítica internacional, por exemplo, se interpreta em termos como bem e mal.
45 – Por outro lado a trepidante dinâmica informativa que rende culto ao imediato produz em sua audiência de haver entrado num cinema com o filme começado ou de incorporar-se a uma novela cujos primeiros capítulos se perdeu.
Os conflitos e conjunturas internacionais partem de antecedentes e de uma historia que é omitida se a isso lhe acrescentamos a ausência de tantos elementos que existem no panorama e se é ignrado, ou que inclusive são desconhecidos para o próprio jornalista, o resultado é uma informação que impede que o cidadão compreenda a realidade em sua amplitude.
O predomínio da imagem também tem contribuído para erradicar da informação os seus antecedentes, o contexto e o raciocínio.
45-46- A teoria das redes de televisão é capaz de lavar nossos olhos ao lugar da noticia e recorrer com o microfone ao testemunho, alguma pessoa que passava por ali, para compreender os acontecimentos. Confundem o testemunho ocular com a interpretação da realidade. O objetivo não é nos possibilitar compreender uma situação, e sim assistir um acontecimento.
47- Os meios apresentam os problemas mundiais de forma superficial e insuficiente para que os cidadão não possam refletir, nem ao menos deduzir quais as razões dos conflitos e tragédias. 
Um exemplo é quando os meios falam sobre o drama da pobreza os meios dão atenção, mas não explicam os mecânismos mediante os quais se criam as classes pobre e concentra-se os capitais em poucas mãos, em relação a isso o silêncio midiático é absoluto.
Continuando com o exemplo da pobreza, Ryszard Kapuscinski assinala que a primeira manipulação consiste em apresenta-la como o drama da fome. A fome aparece nos meios em determinados momentos e em algumas regiões concretas, apesentando assim como uma questão local, sendo que trata-se de um problema global, pois dois terços da humanidade vive na miséria. Os meios sempre tendem a associá-la ao clima, a inundações, a guerras e não a divisão desigual das riquezas do mundo.
49- A descontextualização de uma informação tem o objetivo de de evitar que um cidadão se informe dos acontecimentos e que nunca os associe a sua realidade.
50- Ignacio Ramonet nos indica como as emoções influenciam a nossa recepção da realidade, e como os meios de comunicação, mais especificamente a TV cria em nós essa emoção, essa sensação nos faz associar a emoção que sentimos a veracidade da noticia, ou seja, se a emoção é verdadeira a notícia também é verdadeira.
Outra questão importante de ser tratada em relação a televisão, é dependência de haver imagens sobre os fatos, isso leva em muitos casos a eliminar determinadas notícias apenas por não ter imagens. 
52- Vicenç Navarro chama a atenção para como na linguagem dos meios de comunicação reflete-se uma interpretação da estrutura social, um exemplo é que nessa interpretação que assume as classes sociais estão desaparecendo. Dessa forma termos como burguesia, pequena burguesia, classes médias, classes trabalhadoras estão praticamente desaparecendo da linguagem política dos periódicos espanhóis, em seu lugar desenvolve-se uma linguagem de cunho identitário, cultural, que associam as pessoas por grupos etnicos. Essa linguagem leva a 'extinção' das lutas de classes, suprimem as contradições sociais.
53- Michael Parenti explica o que denomina de uso arbitrário de 'etiquetas' por parte dos meios de comunicação. Segundo sua tese, o objetivo é logo de início conformar o nosso entendimento de determinada informação a partir de 'rótulos' de bom e de mau. Para os movimentos que rechaçam recorrem a 'rótulos' de guerrilha de esquerda, terroristas islâmicos, … sem situa-los no contexto necessário para saber o que reivindicam, qual a sua forma de protesto...
54- O curioso é que os profissionais tem perdido a percepção de que o uso de determinadas linguagens implica em adotar determinado posicionamento ideológico. 
55- A linguagem também utiliza para difuminar as origens e as razões dos acontecimentos, não apenas o discurso ignora esses elementos, mas também busca obscurece-lo para que os expectadores não tenham a tentação de perguntar.
Podemos encontrar expressões como 'os combates ocorreram na região' como se fosse um processo físico, sem nenhuma origem nem motivo, 'morreram quatro pessoas nos disturbios, apenas morreram? Não alguem as matou em determinadas circunstâncias.
A linguagem na economia
A economia é uma das matérias onde o aspecto ideológico é mais reduzido, só cabe um modelo, o neoliberal e isso se reflete em sua cobertura.
56- Aqui encontramos o 'rótulo' positivo das 'reformas', que se aplica de forma invertida pois se referem aos cambios que dechacem as reformas conquistadas após muitos anos de lutas populares.
Assim como assinala Parenti, nos EUA se chama 'reforma da assistência', a destruição dos programas de ajuda as famílias. Na Europa é denominado 'reforma' o desmantelamento do setor público, a desindustrialização; As medidas neoliberais e os recortes dos serviços públicos imposto aos países de 'terceiro mundo' pela instituições de Bretton Woods, se chamam reformas do FMI.
Assim podemos encontrar inúmeros artigos de opinião nos meios de comunicação que se apresentam como neutros mas que tem claras posições ideológicas.
Adscribirse la opinião publica
58- Os meios de comunicação gostam de apresentar-se como reflexo da realidade em quanto a sua cobertura informativa, quando opinam tentam fazer entender aos cidadãos que essa
opinião é posição ideológica é um reflexo do sentimento maioritário, esse é um exemplo de covardia intelectual, pois não anunciam como seu próprio ideal ou proposta política, mas sim tentam nos fazer crer que são os cidadãos que compartilham desta posição e reivindica ações, sem que existam elementos infortativos e rigorosos que o sustentem.
59- Esse habito é uma distorção da realidade, é um engano, pois estão indicando aos cidadãos qual é a sensação da opinião generalizada diante de um determinado fato, e não é verdade, é apenas uma linha editorial do veículo de comunicação.
O etnocentrismo e as hierarquias
O escritor Eduardo Galeano vem denunciado em inúmeras ocasiões o controle em que mantem os países do norte sobre a informação:
A maioria das noticias que o mundo recebe provem da minoria da humanidade e a ela se dirigem. Isso se resulta muito compreensivelmente, das agências, empresas comerciais dedicadas a venda de informação, que recaudam na Europa e nos EUA, la parte del leon de sus ingressos. Un monólogo del norte del mundo. As demais regiões e países do mundo recebem pouca ou nenhuma atenção, salvo caso de guerras ou catástrofes, e com frequência os jornalistas que transmitem o que ocorre, não falam a língua do local nem tem a menor ideia da história nem da cultura local. A informação que transmitem suele ser sedutora e, em alguns casos, lisa y llanamento mentirosa.
60- Os meios também apresenta hierarquias na comunicação internacional, com naturalidade os meios ignoram sujeitos, países, excluem notícias com base na 'maior importância das notícias europeias, e estadunidenses, …
Atrás dos líderes
64- Nesse curto subtítulo o autor buscou através de exemplos mostrar como que os meios de comunicação em exemplos apresentados, tendem a realizar a sua cobertura direcionada para seus interesses políticos e econômicos, utilizando-se de fatos que ocorreram no mundo para apresentar declarações de líderes políticos, e em muitos casos dando mais atenção a estes e as suas declarações do que a realidade do que sucede no mundo.
Silêncio com as marcas
65-66 O poder das empresas comerciais são fundamentais na apresentação das notícias, vimos na apresentação dos filtros que se aplicam as notícias de acordo com Noam Chomsky e Herman. Uma das evidencias de sua influencia é comprovada quando não se citam os nomes comerciais quando essas empresas são objeto de uma informação que não se pode ser ocultada. A influencia exercida por essas grandes empresas compreende a publicação de falsas pesquisas, a omissão dos nomes das empresas em casos de exploração do trabalho ou do trabalho escravo, ou em algumas vezes da publicação de propaganda em forma de notícia.
O falso Pluralismo
Os periódicos mesmo quando buscam apresentar pluralidade, seguem sem explicar a realidade. Ocorre porque em muitos casos não se investiga a realidade, nas se considera importante fazê-lo. O modelo atual da informação crê que recorrer a todos os elementos de uma notícia é apresentar as diferentes versões interessadas. Outras vezes ocorre de cada meio contar a notícia como verdadeira, podemos perceber que tratam-se de versões apresentadas pelos periódicos que acompanhamos.
Existe uma pluralidade mais falsa, a ideológica. Os meios apresentam polêmicas e debates que não são reais pois sempre se mantem em uma cordenada que não adetam o essencial. O leitor, ou as audeências crêem que estão tendo uma discussão de pluralidades e que mostra uma riqueza de opiniões que evidenciam a grandeza da liberdade de expressão, mas estão sendo enganados por uma discussão que se mantêm em um aspecto ideológico e em cenários muito limitados. 
Fontes e Analistas
A media do número de fontes nos informativos dos rádios e televisões das principais cadeias da Espanha não cita nem sequer uma.

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