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TCC BRUNA PITTOLI

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 FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU – FIB
Curso de Educação Física - Licenciatura
 
BRUNA ESTEFÂNIA PITTOLI
OBESIDADE E OS FATORES DE RISCO PARA A SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
BAURU – SP
 2017
BRUNA ESTEFÂNIA PITTOLI
OBESIDADE E OS FATORES DE RISCO PARA A SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física das Faculdades Integradas de Bauru – FIB, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciada em Educação Física, sob orientação da Professora Ms. Luciana Alves de Souza Carvalho.
	
BAURU – SP
 2017
 “A infância mostra o homem como a manhã mostra o dia”.
 John Milton
RESUMO
O desenvolvimento que se inicia no nascimento e se estende até o óbito pode ser definido como um processo em que ocorrem mudanças contínuas e graduais do organismo humano, de um nível mais simples para um mais complexo. A ordem natural desse desenvolvimento pode ser modificada pela falta de vivências de jovens adeptos do sedentarismo. Observando as tendências de transição nutricional ocorrida neste século em diferentes países do mundo convergindo para a chamada “dieta ocidental” e levando-se em consideração que o estilo de vida começa a ser formado na infância, é possível afirmar que crianças com aumento no consumo de produtos ricos em gorduras com alto valor calórico, diminuição da prática de exercícios físicos, tempo de televisão diária e avanços tecnológicos da sociedade moderna, têm assumido um aumento no número de casos de obesidade e doenças relacionadas, levando-as a se tornarem adultos obesos e sedentários. Portanto, é consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, o manejo pode ser ainda mais difícil, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os fatores de risco da obesidade para a Síndrome Metabólica, em crianças e adolescentes em idade escolar. Para essa pesquisa, foi realizada revisão sistemática de literatura, selecionando estudos científicos que dissertem sobre a obesidade, obesidade infantil, fatores de riscos e síndrome metabólica. Os artigos selecionados foram os publicados entre os anos de 2007 e 2017. A busca de artigos foi realizada pela internet, nas bases de dados como PUBMED, LILACS, SCIELO, BIREME, salvo as referências clássicas. O aumento no índice de pessoas com sobrepeso e obesidade é considerado um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, pois representam a quinta maior causa de óbito mundial. O aumento dos índices de obesidade traz consigo o crescimento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, o que vem acontecendo cada vez mais precocemente. A prevalência elevada de obesidade na infância e na adolescência pode resultar na diminuição da qualidade de vida e no custo elevado em cuidados de saúde. Parece também estar envolvida em consequências psicológicas e sociais, pois pode comprometer a autoestima do jovem obeso. Neste contexto, a ocorrência da síndrome metabólica em crianças e adolescentes está associada a risco aumentado de doenças cardiovasculares, problemas psicossociais, metabolismo anormal de glicose, distúrbios hepáticos e gastrintestinais, apnéia do sono, complicações ortopédicas e distúrbios no desenvolvimento motor. Além disso, a síndrome metabólica adquirida na juventude, assim como seus riscos à saúde, tende a persistir na idade adulta. Com base nos estudos revisados, constatou-se a necessidade da adoção de mais medidas de prevenção em crianças e adolescentes, com base na orientação e na adoção de hábitos saudáveis: prática regular de atividade física e alimentação saudável, em equipe multidisciplinar. Os exercícios físicos poderão contribuir na melhora da autoestima, bem-estar físico e psíquico e predisposição para manter um estilo de vida ativo na idade adulta e consequentemente um aumento da expectativa de vida. Considera-se que essas medidas estejam presentes no contexto escolar e nos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.
 Palavras-chave: Síndrome metabólica. Criança. Adolescente. Exercício físico. Dieta saudável
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................06
OBJETIVO.................................................................................................................08 
METODOLOGIA........................................................................................................09
DESENVOLVIMENTO...............................................................................................10
Obesidade......................................................................................................10
 Dados sobre a obesidade (mundial/Brasil)................................................11
Fatores de risco.............................................................................................13
 3.1. Hipertensão arterial ...............................................................................13
 3.2 Diabetes Mellitus tipo II.........................................................................14
 3.3 Dislipidemia............................................................................................15
 3.4 Sedentarismo ........................................................................................16
 4. Benefícios da Atividade Física......................................................................16
 5. Síndrome Metabólica.....................................................................................17
 6.Síndrome Metabólica em crianças em idade escolar ..................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................23
INTRODUÇÃO
	O início da infância representa um período ideal para que a criança se desenvolva e refine grande número de tarefas motoras, desde os movimentos fundamentais até as habilidades esportivas que realizará no futuro; as proporções corporais alteram-se notavelmente por causa dos vários ritmos de crescimento do corpo; o peito gradualmente torna-se maior que o abdome e o estômago fica menos saliente. O crescimento ósseo, no início da infância, é dinâmico, e o sistema esquelético é particularmente vulnerável à má nutrição, à fadiga e à doença (GALLAHUE; OZMUN, 2005).
Neste contexto, segundo Hernandes e Valentini (2010):
O desenvolvimento que se inicia no nascimento e se estende até o óbito pode ser definido como um processo em que ocorrem mudanças contínuas e graduais do organismo humano, de um nível mais simples para um mais complexo. A ordem natural desse desenvolvimento pode ser modificada pela falta de vivências de jovens adeptos do sedentarismo.
Observando as tendências de transição nutricional ocorrida neste século em diferentes países do mundo convergindo para a chamada “dieta ocidental” (FRANCISCHI et al., 2000) e levando-se em consideração que o estilo de vida começa a ser formado na infância, é possível afirmar que crianças com aumento no consumo de produtos ricos em gorduras com alto valor calórico, diminuição da prática de exercícios físicos, tempode televisão diária e avanços tecnológicos da sociedade moderna, têm assumido um aumento no número de casos de obesidade e doenças relacionadas, levando-as a se tornarem adultos obesos e sedentários (HERNANDES; VALENTINI, 2010). Ainda segundo estes autores, o Brasil já é apontado entre os países com rápida elevação do sobrepeso e obesidade – quando avaliada pelo IMC – principalmente em crianças e adolescentes, mesmo em populações mais carentes.
Portanto, é consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, o manejo pode ser ainda mais difícil, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). Sabe-se também que a inatividade física é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de doenças crônicas e, quando presente na infância, tende a persistir na vida adulta (BUFF et al., 2007).
OBJETIVO
Fazer uma revisão bibliográfica sobre obesidade e os fatores de risco para a síndrome metabólica, em crianças e adolescentes em idade escolar.
METODOLOGIA
Para essa pesquisa, foi realizada revisão de literatura, selecionando estudos científicos que dissertem sobre a obesidade, obesidade infantil, fatores de risco, síndrome metabólica, obesity, child obesity, risk factors e metabolic syndrome.
Os artigos selecionados foram os publicados entre os anos de 2007 e 2017.
A busca de artigos foi realizada pela internet, nas bases de dados como PUBMED, LILACS, SCIELO, BIREME, salvo as referências clássicas.
Foi realizada leitura inicial dos resumos para eleger os incluídos na presente revisão. O idioma dos artigos foi selecionado dentre os publicados em inglês, português e espanhol.
DESENVOLVIMENTO
Obesidade
A obesidade é considerada uma doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), as quais são de difícil conceituação, gerando aspectos polêmicos quanto à sua própria denominação, seja como doenças não infecciosas, doenças crônicodegenerativas ou como doenças crônicas não transmissíveis, sendo esta última, a conceituação atualmente mais utilizada (GUEDES; GUEDES, 2003). Portanto, a obesidade é uma condição caracterizada pelo excesso de gordura corporal, de tal forma que a sua quantidade acarrete prejuízos à saúde do indivíduo, pelo aumento de índices de morbidade e mortalidade (WHO, 1998). O indivíduo que é considerado obeso apresenta porcentagem de gordura corporal acima de 25% para homens e de 35% ou mais para mulheres (WILMORE; COSTIL, 2003).
Desta forma, o aumento no índice de pessoas com sobrepeso e obesidade é considerado um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, pois representam a quinta maior causa de óbito mundial (SANTOS et al., 2016).
O padrão da distribuição da gordura deve receber grande destaque, pois não só a quantidade de gordura corporal relativa, mas principalmente a distribuição regional desta, apresenta estreita relação com o aumento de doenças cardiovasculares. Essa relação pode ser atribuída à associação entre complicações metabólicas relacionadas à maior incidência de gordura na região abdominal, independente da quantidade total de gordura. A localização da gordura corporal nas diferentes regiões anatômicas do corpo distingue a obesidade de acordo com os tipos ginóide e androide (GUEDES; GUEDES, 2003). 
No entanto, a definição de obesidade é muito simples quando não se prende a formalidades científicas ou metodológicas. O visual do corpo é o grande elemento a ser utilizado. O ganho de peso na criança é acompanhado por aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, depois, o ganho de peso continua e a estatura e a idade óssea se mantêm constantes. A puberdade pode ocorrer mais cedo, o que acarreta altura final diminuída, devido ao fechamento mais precoce das cartilagens de crescimento (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
Em estudos de populações, o Índice de Massa Corporal (IMC) - definido pelo peso (em kg) dividido pela altura (em metros) ao quadrado - torna-se medida útil para avaliar o excesso de gordura corporal, sendo consensual admitir que, independentemente de sexo e idade, adultos com IMC igual ou superior a 30kg/m2 devem ser classificados como obesos (WHO, 1998).
Neste contexto, durante o período da infância e da adolescência pode ser observado um aumento gradativo tanto da massa de gordura quanto da massa corporal magra. Assim, o monitoramento dessas variáveis pode favorecer a identificação de problemas de saúde associados aos níveis reduzidos de gordura corporal ou a elevados índices de adiposidade (KISS, 1999).
Vale ressaltar que cerca de 50% dos sujeitos obesos durante a adolescência tornam-se adultos obesos e que aproximadamente 1/3 dos adultos obesos já tinham esse quadro instalado durante a infância. As consequências da obesidade pediátrica para o estado adulto estão relacionadas não somente com a quantidade da gordura corporal, mas, em particular, a sua distribuição pelo corpo, bem como a permanência da sobrecarga ponderal patológica até o final da adolescência (PINHEIRO; FREITAS; CORSO, 2004).
Desta forma, como o crescimento e a maturação biológica de crianças e adolescentes pode interagir com outros fatores para influenciar a composição corporal e a saúde, a extrapolação de achados obtidos em adultos, para crianças, deve ser tratada como hipótese a ser testada diretamente nesta população (GUTIN; BARBEAU, 2000).
Dados sobre a obesidade (mundial/Brasil)
A Organização Mundial da Saúde (WHO, 1998) relata crescimento da obesidade infantil em aproximadamente 40% nos países Europeus nos últimos 10 anos. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO, 2015) mantém em seu site um mapa atualizado a partir de informações oficiais, onde é possível ver por região a prevalência da obesidade. Na região sudeste o excesso de peso infantil em crianças de 5-9 anos foi de 38,8% e nas idades de 10-19 foi de 22,8%; entre os adultos, o excesso de peso é de 50,45%.
 O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, passa por um período de transição epidemiológica, no qual ocorre uma modificação dos problemas de saúde pública, predominando as doenças crônico-degenerativas, embora as doenças transmissíveis ainda desempenhem um papel importante (SCHRAMM et al., 2004).
Desta forma, no Brasil a obesidade entre adultos atingiu entre 2008 a 2009 pelo menos 10% da população. Projeções estimam que a obesidade atinja, em 2025, 40% da população nos EUA, 30% na Inglaterra e 20% no Brasil (HU, 2008; CONDE; BORGES, 2011; KEATING; COLABORADORES, 2013). 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, em agosto de 2010, os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008–09), indicando que o peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. O excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% — ou seja, metade dos homens adultos já estava acima do peso — e ultrapassou, em 2008–09, o excesso em mulheres, que foi de 28,7% para 48%. O excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras. O IBGE e o Ministério da Saúde entrevistaram e tomaram medidas de 188 mil pessoas de todas as idades em 55.970 ​domicílios em todos os estados e no Distrito Federal (STECK, 2013).
Nos últimos 30 anos, as prevalências de sobrepeso e obesidade em populações adultas vêm crescendo não só nos países desenvolvidos como também nos países em desenvolvimento (PEÑA; BACALLAO, 2000). Tal fato pode ser observado também em estudos com crianças e adolescentes, conferindo ao excesso de gordura corporal o status de um dos principais problemas de saúde pública daatualidade em todo o mundo (COSTA; CINTRA; FISBERG, 2006). 
O aumento dos índices de obesidade traz consigo o crescimento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, o que vem acontecendo cada vez mais precocemente (CARANTI ET AL., 2008). 
A prevalência elevada de obesidade na infância e na adolescência pode resultar na diminuição da qualidade de vida e no custo elevado em cuidados de saúde. Parece também estar envolvida em consequências psicológicas e sociais, pois pode comprometer a auto estima do jovem obeso (POETA; DUARTE; GIULIANO, 2010).
De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de dez a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre cinco e seis anos e na adolescência (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
Em crianças e adolescentes americanos, observa-se que a prevalência de obesidade triplicou nas últimas três décadas. Nos Estados Unidos, cerca de 15% das crianças e adolescentes são obesos, considerando-se como critério para diagnóstico o índice de massa corpórea (IMC) acima do percentil 95 para idade e gênero. Estudo populacional recente realizado na cidade de Santos, São Paulo, envol​vendo 10.882 crianças com idade entre sete e dez anos, revelou prevalência de sobrepeso e obesidade de 15,7 e 18%, respectivamente (BUFF et al., 2007). 
3. Fatores de risco
Dentre todos os fatores de risco que fazem parte da síndrome metabólica, o sobrepeso/obesidade aparece como o mais importante, especialmente nos Estados Unidos (entre os afro-americanos e latino-americanos), e mais recentemente em países de economia em transição, como o Brasil, aonde, ao longo dos anos, a população vem reduzindo a prática de atividade física e modificando seu padrão alimentar, ingerindo alimentos de alta densidade energética (Brandão et al., 2005; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ; PIMENTA; KAC, 2004; RÊGO; CHIARA, 2006).
Desta forma, diversos fatores de risco para doenças crônicas têm sido investigados em crianças e adolescentes, demonstrando relação com morbimortalidade em adultos. Entre estes fatores encontram-se dislipidemia, pressão arterial elevada, comprometimento do metabolismo da glicose, obesidade abdominal, que aumentam o risco para o desenvolvimento de aterosclerose, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares na vida adulta (LI et al., 2003).
3.1. Hipertensão arterial 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), grave problema de Saúde Pública, é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) associada frequentemente a outras doenças crônico degenerativas, refletindo negativamente na qualidade de vida (SILVA, 2010). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hipertensão arterial em indivíduos adultos se concretiza quando os valores de pressão sanguínea sistólica e diastólica alcançam valores igual ou superiores a 140 e 90 mmHg respectivamente (BRASIL, 2001 )
Já nas crianças, Cordinhã; Paúl; Fernandes (2009) comentam que a HAS é classicamente considerada uma situação relativamente rara, embora a HAS secundária seja mais frequente do que em adultos. No entanto, à semelhança do que acontece com a população adulta, a maioria das crianças tem HAS primária ou essencial, na qual uma causa não é identificável. 
Neste contexto, evidencia-se a obesidade como o fator mais relevante para a origem da hipertensão arterial na infância. Segundo alguns autores a HAS só ocorre em adultos. No entanto, recentes estudos epidemiológicos brasileiros têm demonstrado prevalência da HAS entre 6% e 8% na população infantil. Grande porcentagem dos casos de hipertensão essencial nos adultos inicia-se na infância. A criança que apresenta o percentil da pressão arterial acima do normal para sua faixa etária está propícia a desenvolver uma série de fatores que contribuem para o aparecimento de outras doenças (MEDEIROS et al., 2012).
Aproximadamente 20% a 30% das crianças obesas têm pressão arterial elevada, sendo que as obesas têm um risco de 2,4 vezes maior do que as eutróficas. Em um estudo com 1.865 indivíduos de 6 a 24 anos de idade, a insulina também apresentou forte correlação com a pressão arterial sistólica (OLIVEIRA et al., 2004).
3.2 . Diabetes Mellitus tipo II
A diabetes mellitus é a doença do sistema endócrino mais frequente na infância e adolescência e é caracterizada por hiperglicemia crônica (aumento do açúcar no sangue). Esta hiperglicemia resulta de uma deficiência na secreção de insulina, de uma alteração na sua ação ou, ainda, de ambas, resultando num metabolismo anormal dos carboidratos, das gorduras e das proteínas. Dependendo da causa subjacente, esta doença é dividida respectivamente em dois grupos principais: diabetes tipo 1 (DM1) e diabetes tipo 2 (DM2). A primeira, que é a mais frequente na infância, é causada por uma destruição pelo próprio sistema imune das células secretoras de insulina, sendo também chamada insulino-dependente, pela sobrevivência da criança depender de insulina exógena; a segunda, conhecida como diabetes não insulino-dependente, é a forma mais frequente no adulto, podendo também surgir na infância e adolescência, sobretudo se existir obesidade e sedentarismo (FERNANDES, 2002).
O aumento na prevalência da obesidade na adolescência registrado nos últimos anos explicaria, em grande parte, o avanço do DM2 em populações jovens. Estudos relacionam as elevadas taxas de obesidade na infância e adolescência ao sedentarismo e à mudança nos hábitos alimentares, frequentemente com dietas hipercalóricas e hipergordurosas. Outros estudos mostraram que a obesidade na infância e na adolescência constitui importante fator de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica, associada a doenças cardiovasculares na maturidade (GABBAY; CESARINI; DIB, 2003).
3.3 .Dislipidemia 
Dislipidemia é um quadro clínico caracterizado por concentrações anormais de lipídios ou lipoproteínas no sangue e é determinada por fatores genéticos e ambientais. Evidências demonstraram que níveis elevados de colesterol total (CT), LDL colesterol (LDL-c) e triglicerídeos (TG), assim como níveis reduzidos de HDL colesterol (HDL-c), estão relacionados com maior prevalência de hipertensão e doença aterosclerótica. A dislipidemia frequentemente é secundária à obesidade infantil, existindo uma associação positiva entre prevalência da obesidade e dislipidemia em crianças e adolescentes (PEREIRA et al., 2010). Estes autores relatam ainda que as publicações atualizadas em nosso meio indicam avanço das dislipidemias em crianças e jovens. A prevalência neste grupo varia no mundo todo entre 2,9 e 33%, com aumento progressivo dessas taxas ao longo dos anos e pesquisas vêm relatando a relação de parâmetros antropométricos que classificam o excesso de peso e a obesidade abdominal com o perfil lipídico alterado nesse grupo.
Desta forma, há várias evidências da importância da hiperlipidemia para a ocorrência de aterogênese na criança e no adolescente. Na gestante, a hiperlipidemia pode determinar a formação de estrias gordurosas vasculares nos fetos. A presença de placas ateromatosas na segunda década de vida é frequente em algumas populações com hiperlipidemia, sendo verificadas em necrópsias. Essas alterações parecem ser potencializadas pela obesidade, em decorrência do sinergismo do efeito inflamatório da dislipidemia e do aumento da relação entre leptina e adiponectina. Todos esses achados sugerem que haja uma aceleração da aterosclerose na adolescência, tanto mais grave quanto mais desfavorável o perfil lipídico e maior o número de outros fatores de risco cardiovasculares associados (GIULIANO; CARAMELLI, 2007).
No Brasil, são a principal causa de morbimortalidade, acontecendo em idade precoce e, por conseguinte, levando a um aumento significativo de anos perdidos na vida produtiva. Segundo Grillo et al. (2005), cerca de um milhão de óbitos por ano são atribuídos a essas doenças. No ano de 2001, a taxa de mortalidadeproporcional a esse grupo de doenças, no Brasil, foi de 152,75 por 100.000 habitantes, sendo esperado aumento significante das doenças cardiovasculares para os próximos anos, nos países em desenvolvimento.
3.4 Sedentarismo
	Roberts et al. (2017) relatam que o Comportamento Sedentário (CS), incluindo assistir televisão (TV), jogar videogames e outras atividades de mídia digital ou tempo de tela, é um dos principais contribuintes para a diminuição da tendência da atividade física presente nos jovens por todos os Estados Unidos. Estas ferramentas por sua vez, representam apenas uma parte do tempo total despendido pelos jovens em comportamentos sedentários, excluindo outras atividades sedentárias como o tempo sentado na escola e no deslocamento, por exemplo (GUERRA; FARIAS JR; FLORINDO, 2016). Os mesmos autores relatam que, apesar dessa delimitação, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar mostrou que a prevalência de adolescentes expostos a pelo menos duas horas diárias de televisão é alta no Brasil (78,0% no total, sendo 79,2% para o sexo feminino e 76,7% para o sexo masculino. Crianças e jovens canadenses estão gastando uma média de 8,6 horas por dia, ou 62% de suas horas de vigília, sendo sedentários (COLLEY et al., 2011). Nesse sentido, há evidências de que o CS tem impacto direto sobre desfechos de saúde, como obesidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, e este perfil sedentário reflete uma condição mundial (TREMBLAY, 2011; PATE, 2011 apud FERREIRA et al., 2016).
Benefícios da Atividade Física
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2010), para crianças e jovens dos 5 aos 17 anos, a atividade física inclui brincadeiras, jogos, esportes, transporte, recreação, educação física ou exercício planejado, no contexto de atividades familiares, escolares e comunitárias, e deve ser praticada por pelo menos 60 minutos diariamente, o que leva a uma melhoria da condição cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea, cardiovascular e metabólica. 
Um estilo de vida saudável requer que indivíduos e grupos adquiram e mantenham ações de promoção da saúde e prevenção de doenças durante todo o curso de vida (SILVA; COSTA JR., 2011). Os mesmos autores ressaltam que a prática regular de atividade física tem sido apontada como um fator relacionado funcionalmente à promoção da saúde dos indivíduos e à prevenção de algumas condições de risco a doenças. 
Ribeiro et al. (2013) citam alguns estudos que, correlacionados, indicam que hábitos de prática de AF incorporados na infância e na adolescência apresentam grande probabilidade de se manifestarem na idade adulta. Os acompanhamentos longitudinais realizados nesses estudos sugerem que adolescentes menos ativos fisicamente apresentem maior predisposição a tornarem-se adultos sedentários, e que indivíduos que praticavam algum tipo de AF na infância e na adolescência mantiveram a mesma tendência na vida adulta.
Síndrome Metabólica
Segundo Gottlieb; Cruz; Bodanese (2008), a origem da Síndrome Metabólica ainda não está esclarecida, mas muitas hipóteses e teorias estão sendo postuladas a fim de tentar elucidá-la. Estudos têm mostrado que, desde o Período Paleolítico, a humanidade continua basicamente com o mesmo genoma. O que mudou drasticamente foi o estilo de vida, que se tornou sedentário, à base de uma dieta hipercalórica. Associado a isto, os autores mostram alterações do metabolismo dos glicídios (hiperinsulinemia, resistência à insulina, intolerância à glicose, ou diabetes do tipo II) e lipídios (aumento de triglicerídios e HDL-colesterol diminuído), obesidade abdominal, hipertensão arterial e distúrbios da coagulação.
Neste contexto, Moraes et al. (2009) discorrem que a ocorrência da síndrome metabólica em crianças e adolescentes está associada a risco aumentado de doenças cardiovasculares, problemas psicossociais, metabolismo anormal de glicose, distúrbios hepáticos e gastrintestinais, apnéia do sono, complicações ortopédicas e distúrbios no desenvolvimento motor. Além disso, a síndrome metabólica adquirida na juventude, assim como seus riscos à saúde, tende a persistir na idade adulta.
A patogênese da síndrome é multifatorial, sendo a obesidade, a vida sedentária, a dieta e a interação com fatores genéticos responsáveis pelo aparecimento da mesma. (CASANOVA, 2008).
Desta forma, um plano alimentar saudável para a redução do peso associado ao exercício físico é considerado terapia de primeira escolha para o tratamento da SM, contribuindo para o controle da obesidade, hiperglicemia ou do diabetes propriamente dito, na hipertensão arterial e na dispilipidemia (ÁVILA, 2004). A autora ainda relata que, para atingir a meta em termos de reeducação alimentar, é preciso levar em conta alguns aspectos práticos relacionados à dieta, adequando-a ao estilo de vida e ao hábito alimentar do paciente. 
Estudos epidemiológicos têm demonstrado forte associação entre inatividade física e presença de múltiplos fatores de risco, como os encontrados na SM. Segundo a OMS, a prática regular de atividade física reduz o risco de mortes prematuras, doenças do coração, diabetes tipo 2, atua na prevenção ou redução da hipertensão arterial, resistência a insulina, dispilipidemia e previne o ganho de peso. Adicionalmente o condicionamento físico adquirido com o exercício, reduz a mortalidade e morbidade, mesmo em indivíduos que se mantêm obesos. (BRASIL, 2004).
Neste contexto, Ciolac e Guimarães (2004) sugerem que programas de exercícios para obesos devam iniciar com no mínimo 150 minutos semanais em intensidade moderada, e progredir gradativamente para 200 e 300 minutos semanais na mesma intensidade, para que sejam obtidas perdas significativas no peso corporal do indivíduo obeso. Os autores evidenciam que a prática regular de atividade física é eficaz para a prevenção e o controle do diabetes tipo 2, podendo diminuir sua incidência em indivíduos com intolerância a glicose tanto em homens como em mulheres, além de diminuir os riscos de seu desenvolvimento independente da história familiar, peso e outros fatores de risco cardiovascular como fumo e hipertensão, em adultos.
A SM é considerada um fator preditivo para a instalação de complicações psicológicas, orgânicas e sociais. Nesse âmbito, diversos estudos têm demonstrado associação entre depressão e a SM. Complicações como estas podem influenciar significativamente a qualidade de vida das pessoas com SM (LUDWIG et al, 2012).
A Síndrome Metabólica em crianças em idade escolar
	Pedrosa et al. (2010) estudaram 82 crianças portuguesas de sete a nove anos de idade, sendo 14 com sobrepeso e 68 obesas. Todas as crianças apresentavam obesidade abdominal e a síndrome metabólica foi detectada em 15,8% delas. Além disso, 62,6% apresentavam pressão arterial elevada, 13,4% apresentavam baixa concentração de HDL, e 11,0% eram hipertrigliceridêmicas.
Já Leão et al. (2003) estudaram 387 alunos, com idade entre 5 e 10 anos, sendo 55% do sexo masculino, e 66% alunos de escolas públicas, selecionados através de amostragem por conglomerados. Nas escolas particulares, observou-se uma maior prevalência de obesidade (30%) em relação às escolas públicas (8%). As freqüências de obesidade em relação ao sexo e grupo racial entre escolas públicas e particulares foram semelhantes. Observou-se maior percentual de obesos na faixa de idade entre 7 e 9 anos nas escolas particuares e entre 9 e 10 anos nas escolas públicas. 
Os autores Grillo et al. (2005), de uma população total de 1485 sujeitos que freqüentam os COMBEMIs (Comissão Municipal do Bem-Estar do Menor de Itajaí) - SC, determinaram uma amostra de 257 escolares, entre 3 e 14 anos, dos quais 201 são crianças e 56 adolescentes, selecionados aleatoriamente e distribuídos proporcionalmente entre as 10 instituições do município, de acordo com o número de crianças de cada unidade. Em relação às características antropométricas e bioquímicas dos escolares avaliados, não se observaram diferenças significativas entre os sexos nas variáveis analisadas. O percentual de obesidadeencontrado entre os escolares foi de 7,4% (n=19): 6,5% dos escolares do sexo feminino e 8,2% do sexo masculino foram considerados obesos. Analisando o perfil lipídico, observou-se que, em 3,1% dos escolares (n = 8), o colesterol total encontra-se acima do valor recomendado; o mesmo se dá em 4,7% dos escolares (n=12) em relação ao triglicerídeo e em 6,6% dos escolares em relação ao LDLc. 
Para avaliar a associação entre fatores biológicos e ambientais e a presença de hipertensão arterial (HA), Oliveira et al. (2004) realizaram um estudo transversal com 701 crianças, de 5 a 9 anos, selecionadas de 28 escolas de Feira de Santana, Ba; dividiram este número entre alunos matriculados em escolas públicas e privadas, A prevalência de HA entre os escolares avaliados foi de 3,6% (n= 25). Ao analisarem-se as variáveis sobrepeso e obesidade, as prevalências encontradas foram de 9,1% e 4,3%, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre os sexos (ρ=0,98), faixa etária (ρ= 0,96), grupo étnico (ρ= 0,39) e história familiar positiva (ρ= 0,12). Hipertensão foi significativamente associada a sobrepeso (ρ= 0,04) ou obesidade (ρ= 0,000) e ao fato de a criança estudar em escola privada (ρ= 0,13). Utilizando-se o modelo de regressão logística, foram identificados como fatores independentes associados ao desenvolvimento de hipertensão, o fato de a criança estudar em escola privada e apresentar-se com excesso de peso (sobrepeso/obesidade). A razão de chance calculada mostrou associação 13,0 vezes maior entre crianças portadoras de obesidade e desenvolvimento de HA. Quando se analisou a escola de origem, esta associação foi 1,9 vez maior para as crianças oriundas de escola privada.
Nos EUA, Reinehr et al. (2007) examinaram todas as crianças obesas com idade entre 6-16 anos freqüentando a intervenção ambulatorial 'Obeldicks' (programa baseado em exercício físico (1 ano), educação nutricional e terapia comportamental para crianças e pais em separado (3 primeiros meses) e atendimento psicológico individual da criança e sua família (meses 4-9). A terapia do exercício consiste em esportes, instruções no exercício físico como parte da vida de todos os dias, e na redução da quantidade de tempo gasto assistindo televisão. O curso nutricional baseia-se no conceito de "Dieta Mista Otimizada ', que é gordura e açúcar reduzidos, contendo 30% do consumo de energia (E) de gordura, 15% de proteínas, 55% de carboidratos e 5% de açúcar) durante os anos de 1999-2002. Para ser admitido no programa, as crianças e seus pais tiveram que provar sua motivação preenchendo um questionário sobre sua alimentação e hábitos de exercício e através da participação em grupos de exercícios locais para as crianças com excesso de peso por pelo menos 8 semanas. Após 1 ano, 131 (77%) das 170 crianças (idade média de 10,5 anos, 51% do sexo feminino, com média de IMC de 26,9kg/m2), participando do programa de intervenção "Obeldicks” reduziram seu excesso de peso no final da intervenção e 122 (66%) 3 anos após o fim da intervenção (redução média SDS-IMC 0,48). A redução do excesso de peso foi independente do sexo da criança, idade e idade dos pais e IMC. A redução dos primeiros 3 meses foi o melhor preditor para o sucesso a longo prazo (95% de valor preditivo).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados encontrados neste trabalho revelam que, independente do sexo, da faixa etária e da origem escolar, a SM manifesta-se quase que na mesma proporção em todas as populações avaliadas, o que é muito preocupante, pois há um aumento desses valores a cada dia, e todos os custos e prejuízos à saúde decorrentes da obesidade e suas comorbidades também.
Os hábitos alimentares e a prática de atividades físicas exercem uma poderosa influência sobre o balanço energético, sendo considerados os principais fatores, passíveis de modificação, determinantes da obesidade. Dietas com alta densidade energética associadas a um estilo de vida sedentário são apontados como os principais fatores etiológicos do aumento da prevalência da obesidade no mundo (WHO, 1998). A Organização Mundial da Saúde (2007) afirma ainda que, para a redução e o controle da SM, o tempo ideal, com efeitos comprovados sobre os vários sistemas, é cumulativo em 60 minutos diários de atividade física, com predominância de atividades aeróbias. 
Para a prevenção da obesidade, o Ministério da Saúde recomenda que a prática de atividade física seja diária ou realizada pelo menos 30 minutos na maior parte dos dias da semana. Já no caso da estratégia global da OMS para a prática de atividade física, a meta inicial é de 150 minutos por semana, inclusive para crianças.
Com ênfase neste propósito e com base nos estudos apresentados, constatou-se a necessidade da adoção de medidas de prevenção em crianças e adolescentes em âmbito escolar, partindo da orientação e da adoção de hábitos saudáveis: contextualizar prática regular de atividade física e alimentação saudável com prevenção de doenças e manutenção da saúde, aumentar o número de aulas/semana nas escolas para realizar exercícios físicos que contribuam para a melhora da autoestima, bem-estar físico e psíquico e predisposição para manter um estilo de vida ativo na idade adulta e conseqüentemente um aumento da expectativa de vida. 
Todo programa desenvolvido durante os anos de escolarização, mediante programas de atividade física e boas práticas alimentares poderão contribuir para minimizar futuros transtornos do ponto de vista da saúde pública de nossa população.
Dessa forma, a educação das crianças e adolescentes deve se voltar para a valorização da vida com qualidade, a fim de se minimizar a SM já existente na população infantil e prevenir os males decorrentes deste mal que afeta em demasia a população adulta mundial.
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