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Desenhando gráficos em coordenadas polares 1º Passo: Observação das simetrias: Obs.: Importante conhecer as identidades trigonométricas Sen(A + B); Cos(A + B). Simetria com relação ao eixo x: Seja um pono (r1, θ1) que pertence ao gráfico da função avaliada. Caso o ponto (r1, -θ1) ou (-r1, π – θ1) pertença ao gráfico, está função será simétrica com relação ao eixo x: Exemplos: 1) r = cos(θ) No ângulo θ1, r = r1 = cos(θ1). O ponto (-r1, π – θ1) está presente? Ou seja, cos(π – θ1) = -r1? Cos(π – θ1) = cosπcosθ + senπsenθ Id. Trign.: Cos(A + B) =CosACosB+SenASenB Como senπ = 0 e cosπ = -1, Cos(π – θ1) = -cosθ1 = -r1. Logo o ponto está presente, e por isso há simetria com relação ao eixo x. 2) r = cos(2θ) No ângulo θ1 , r = r1 = cos(2θ1). De modo semelhante à anterior: Cos(2(π – θ1)) = cos(2π – 2θ1) = cos2πcos2θ1 + sen2πsen2θ1 Como sen2π = 0 e cos2π = 1, Cos(2(π – θ1)) = cos2θ1 = r1; Como o ponto (-r1 , π – θ1) não está presente, não há simetria com relação x, como será mostrado mais a frente, há simetria com relação a y. 3) r = cos(3θ) No ângulo θ1 , r = r1 = cos(3θ1) Cos(3 (π – θ1)) = cos(3π – 3θ1) = Cos3πCos3θ1 + Sen3πSen3θ1 = -Cos3θ1 = -r1 Logo o ponto (-r1 , π – θ1) está presenta no gráfico e há simetria com relação a x. 4) r = 1 – cos(3θ) r1 = 1 – cos(3θ1) O ponto (-r1, π – θ1) está presente? 1 – cos(3(π – θ1)) = 1 – (cos(3π – 3θ1)) = 1 – (cos3πcos3θ1 + sen3πsen3θ1) = 1 + cos3θ1 = r2 ≠ -r1 Logo, o ponto (-r1 , π – θ1) não está no gráfico, então não há simetria com relação a x. Simetria com relação ao eixo y: Seja um ponto (r1, θ1) presente no gráfico da função. Caso o ponto (-r1, -θ1) ou (r1, π – θ1) estejam presentes no gráfico a função será simétrica com relação à y. Exemplos: 1) r = sen(θ) O ponto (r1, θ1) esta presente no gráfico, sendo r1 = sen(θ1). O ponto (r1, π – θ1) está presente no gráfico? sen(π – θ1) = senπcosθ1 – senθ1cosπ Id. Trign.: sen(A - B) = senAcosB – senBcosA Como cosπ = -1 e senπ = 0, sen(π – θ1) = senθ1 = r1. Logo o ponto (r1, π – θ1) está presente no gráfico, e há simetria com relação a y. 2) r = sen(2θ) O ponto (r1, π – θ1) está presente no gráfico? Sen(2(π – θ1)) = sen(2π – 2θ1) = sen2πcos2θ1 – sen2θ1cos2π = -sen2θ1 = -r1. Logo o ângulo θ = π – θ1 leva ao raio –r1 e não r1, portanto essa função não possui simetria com relação ao eixo y, e sim ao eixo x. 3) No exemplo 2 anterior r = cos(2θ) O ponto (r1, π – θ1) está presente? Como foi visto anteriormente sim. O ângulo θ = π – θ1 para está função leva ao raio r1. Logo está função possui simetria com relação ao eixo y. 4) r = 1 + cos(2θ) O ponto (r1, π – θ1) está presente no gráfico? 1 + cos(2(π – θ1)) = 1 + (cos2πcos2θ1 + sen2πsen2θ1) = 1 + cos2π = r1 Logo o ponto (r1, π – θ1) está presente no gráfico, e por isso existe simetria com relação ao eixo y. Simetria com relação à origem: Ocorre quando um mesmo ângulo θ1 apresenta 2 valores de raio, r1 e – r1. Então se o ponto (r1, θ1) está presente, o ponto (-r1, θ1) também está, ou (r1, π + θ1). Exemplos: 1) r2 = sen(θ) Ou seja r = +/-(sen(θ)1/2) Isto divide está equação em duas: r = (sen(θ))1/2 r = -(sen(θ))1/2 Seja o ângulo θ1: Para este ângulo existem 2 r’s possível, r1 = (sen(θ1)) 1/2 e r1 = -(sen(θ1)) 1/2 Então existe para um mesmo ângulo, dois pontos (r1, θ1) e (-r1, θ1). Portanto existe simetria com relação à origem. Comumente assimetria com reação à origem ocorrera quando r estiver elevado à expoentes pares. 2º Passo: Construção do gráfico: A escolha do intervalo de θ, do argumento da função, irá variar de acordo com a simetria existente: Caso a simetria seja com relação à x, basta utilizar o intervalo de θ: 0≤θ≤π ou π≤θ≤2π, ou seja, a parte superior ou inferior do gráfico. Caso a simetria seja com relação à y, basta utilizar o intervalo de θ: 3π/2≤θ≤2π ou 0≤θ≤3π/2, ou seja, a parte esquerda ou direita do gráfico. Caso a simetria seja com relação à origem, pode-se utilizar qualquer um dos intervalor ditos anteriormente. Caso seja com relação à origem e a x ou y, basta desenhar o gráfico no intervalo de qualquer um dos quatro quadrantes e usar que há simetria em x e y. Depois de desenhado o gráfico no intervalo selecionado, deve-se utilizar o eixo de simetria como se fosse um “espelho” e refletir o gráfico desenhado do outro lado do eixo. Exemplos: 1) r = senθ Como já foi visto, há simetria com relação à y, então usaremos o intervalo de 3π/2 a π/2. Obs.: É interessante que o argumento da função seno ou cosseno, varie sempre de π/2 em π/2, como a função é sen(θ), variados o θ de π/2 em π/2 até percorrer todo o intervalo escolhido, porem, caso o argumento fosse do tipo 2θ, ou seja, sen(2θ), para que o argumento x=2θ do seno varie de π/2 em π/2, o θ propriamente dito variará de π/4 m π/4. Se θ varia de 3π/2 a 2π(0), r varia de -1 a 0. Se θ varia de 0 a π/2, r varias de 0 a 1. Que será algo do tipo ao desenhado ( O word não fornece ferramentas suficientes para um desenho bem feito. 2) r = cos(θ) Como há simetria com relação a x, usa-se o intervalo de 0 a π. Se θ varia de 0 a π/2, r varia de 1 a 0 Se θ varia de π/2 a π, r varia de 0 a 1. Formando um gráfico como o desenhado ao lado Para as duas funções mostradas, o desenho da metade da função já apresenta toda o gráfico, mas nem sempre será assim: 3) r = 1 – 2sen(3θ) Teste de simetria: Se o ponto (r1 , θ1) em que r1 = 1 – 2sen(3θ1) está no gráfico. O ponto (r1, π – θ1) está no gráfico? 1 – 2sen(3(π – θ1)) = 1 – 2sen(3π – 3θ1) = 1 –2[sen3πcos3θ1 – sen3θ1cos3π]= 1 – 2sen(3θ1) = r1, pois cos(3π) = -1 e sen(3π) = 0. Como o ponto está presente existe simetria com relação ao eixo y. E assim não haverá com relação ao eixo x. Se há simetria com relação a y, utilizaremos o intervalo d 3π/2< θ < π/2 para desenhar o gráfico. Como já foi observado anteriormente, é interessante que se varie sempre o argumento da função seno x=3θ de π/2 em π/2, sendo assim, variaremos θ de π/6 em π/6, mais à frente será mostrada uma tabela mostrando a importância em questão de cálculo. Se θ varia de 3π/2 a 5π/3( 10π/6 = 3π/2 + π/6), r variará de -1 a 1; Se θ varia de 10π/6 a 11π/6, r variará de 1 a 3; Se θ varia de 11π/6 a 2π(0), r variará de 3 a 1; Se θ varia de 0 a π/6, r varia de 1 a -1; Se θ varia de π/6 a π/3, r varia de -1 a 1; Se θ varia de π/3 a π/2, r varia de 1 a 3. Para mostrar o porque que o método torna mais simples o calculo, montaremos uma tabela com os valores. Seja x = 3θ. θ r x Sen(x) 3π/2 -1 9π/2=4π + π/2= π/2 1 10π/6 1 5π = π 0 11π/6 3 33π/6 = 3π/2 -1 2π ou 0 1 0 0 π/6 -1 π/2 1 π/3 1 π 0 π/3 3 3π/2 -1 Com o auxílio da tabela é possível observar. A importância de varia o θ de π/6 em π/6 para este caso é que dessa forma o argumento da função seno sempre variará de π/2 em π/2, como pode ser observado na coluna do x, dessa forma a função sempre assumirá os valores mais simples, 1, -1, e 0, tornando assim os cálculos mais fáceis. Da mesma forma, se x fosse igual a 2θ, θ deveria varia de π/4 em π/4, se x = 5θ, tornaria viável varia θ de π/10 em π/10. E semelhantemente se x=θ/2 ou θ/3, seria mais simples varias θ de π em π ou 3π/2 em 3π/2 respectivamente, porem a quantidade de intervalos utilizar para este teria que ser o mesmo que em x = 2θ ou x=3θ respectivamente. Construindo o gráfico: Figura 1 - Gráfico antes da reflexão em y Figura 2 - Gráfico completo após reflexão Bom pessoal, essa é a forma que eu uso para fazer gráficos,foram coisas que eu percebi fazendo, claro que é apenas uma forma entre outras, espero que possa ajudar vocês. Arthur Claudino Gomes de Assis (-1, 3π/2) (3, π/2) (1, π/3) (1, 2π) (3, 11π/6) (1, 10π/4) (-1, π/6)
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