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Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Apostila Didática Capítulo 01 ‐ Introdução ao Projeto Arquitetônico Capítulo 02 – Composições Formais e Processo Generativo Capítulo 03 – Etapas Iniciais de Projeto Capítulo 04 – Partido Arquitetônico Capítulo 05 – Representação Gráfica e Apresentação de Projeto Universidade Luterana do Brasil – Campus Torres Professora Vanessa Goulart Dorneles Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 2 CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO O projeto arquitetônico é a representação da idéia do arquiteto sobre um espaço a que se destinará uma determinada função. Todo projeto arquitetônico é destinado ao uso das pessoas e, portanto, deve ser cuidadosamente pensado para que permita a apropriação das mesmas. Para isto é necessário um período de briefing bem feito, ou seja, o período de planejamento da proposta seja realizado com rigor. Para isso deve‐se compreender bem o tema a ser projetado. É fundamental que se pesquise como outros arquitetos resolveram o mesmo tema e verificar que espaços e que atividades são mais importantes para o projeto. Deve‐se, também, conhecer as necessidades do cliente, entrevistando e analisando sua forma de viver e usar o espaço. A fase inicial do projeto consiste em reunir todas as informações necessárias ao desenvolvimento do processo projetual, e só a partir disto começar a desenhar. Quanto melhor esta fase inicial for desenvolvida menos retrabalho haverá no decorrer do trabalho. Entretanto, vale ressaltar que o processo de projeto não é linear. Apesar de ter muitas etapas que devem ter uma seqüência, muitas vezes há um retorno à etapas anteriores e de concepção para resolver problemas que apareceram com o desenvolver do projeto. No decorrer desta apostila há a apresentação de metodologias de projeto, das etapas do processo de projeto, e das informações necessários ao lançamento de um Partido Arquitetônico. Disciplina: Intr Professora Van CAPÍTU FORMA Toda composiçã PONTO RETA PLANO VOLUME rodução ao Proje nessa Goulart Do LO 02 IS E PROC ão em arquitetur eto Arquitetônico orneles – C CESSO GE a é criada a partir o OMPOSIÇ ENERATI r das formas prim ÇÕES IVO mitivas: 2. 2. Co ca Fig 2. Co .1. Transform .1.1. Transfor onsiste na transfo ráter inicial. Figura 1 ‐ gura 2 ‐ Exemplo de T .1.2. Transfor onsiste na subtraç mação da Fo rmação Dimen ormação de algu ‐ Exemplo de Transfo Transformação Bidim França. (C rmação Subtr ção ou retirada de rma: nsional: ma de suas dime ormação da Forma. (C mensional ‐ Unidade d CHING 1998) rativa: e alguma parte do Pág ensões, sem perd CHING 1998) de Habitação, Firminy o volume principa gina 3 der o y‐Vert, l. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 4 Figura 3 ‐ Exemplo de Transformação Subtrativa. (CHING 1998) Figura 4 ‐ Exemplo de Subtração: Residência Gwathmey, Amagensett, Nova York. (CHING 1998) Figura 5 ‐ Formas de Subtração no Cubo ‐ em forma de “L”. (CHING 1998) Figura 6 ‐ Outros exemplos de Subtração no Cubo. (CHING 1998) 2.1.3. Transformação Aditiva: Consiste na adição ou soma de outros volumes ao volume principal, ou na composição de diversos volumes conforme algum princípio de ordem. Figura 7 ‐ Exemplo da adição de outros volumes ao principal. (CHING 1998) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 5 Figura 8 ‐ Exemplo de Transformação Aditiva. II Redentore, Veneza. (CHING 1998) As transformações por adição podem ser caracterizadas pela maneira como estão compostas, assim, tem‐se a adição por tensão especial, contato das arestas, contato de faces e intersecção de volumes. Tensão espacial: aproximação Figura 9 ‐ Exemplo de tensão espacial. Contato aresta com aresta: possuem aresta em comum Figura 10 ‐ Exemplo de contato de arestas. (CHING 1998) Contato face a face: Figura 11 ‐ Exemplo de contato de faces. (CHING 1998) Volumes interseccionais: Figura 12 ‐ Exemplo de intersecção de volumes. (CHING 1998) Para criar a transformação por adição, ainda é importante pensar na disposição geral dos volumes, ou seja, em como será desenvolvida a sua composição formal. Sendo assim, tem‐se a composição de forma centralizada, composição de forma linear, composição de forma radial, composição aglomerada, composição em forma de malha e composição por colisão de formas geométricas. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 6 Forma centralizada: as demais formas se agrupam ao redor de uma que é dominante. Figura 13 ‐ Esquema da composição de forma centralizada. (CHING 1998) Figura 14 ‐ Exemplo da composição. Villa Capra (A Rotunda), Vicenza, Itália. (CHING 1998) Forma linear: composição onde os elementos são dispostos em fila. Figura 15 ‐ Esquema da composição linear. (CHING 1998) Figura 16 ‐ Exemplos de disposição em fila. (CHING 1998) Figura 17 ‐ Exemplo de Projeto em Forma Linear. New Town Housing, Inglaterra. (CHING 1998) Forma Radial: é a composição conde as formas lineares se prolongam a partir de um centro, em forma de raios. Figura 18 ‐ Esquema da composição radial. (CHING 1998) Figura 19 ‐ Exemplo de Projeto em Forma Radial. Arranha‐céu à Beira Mar. Projeto para Argel. (CHING 1998) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 7 Forma Aglomerada: composição de formas que estão dispostas por proximidade ou que possuem características visuais semelhantes. Figura 20 ‐ Esquema da Forma Aglomerada. (CHING 1998) Figura 21 ‐ Exemplos de formas da composição por aglomeração. (CHING 1998) Figura 22 ‐ Exemplo de Projeto com composição por aglomeração. Habitat Israel, Jerusalém. (CHING 1998) Forma em Malha: composição onde os elementos estão regularmente dispostos a partir de uma malha tridimensional pré‐definida. Figura 23 ‐ Esquema da Forma em Malha. (CHING 1998) Figura 24 ‐ Exemplo de Diagrama Conceitual em Forma de Malha. Museu de Belas Artes da Prefeitura de Gumma, Japão. (CHING 1998) Figura 25 ‐ Exemplo de Projeto em Forma de Malha Tridimensional: Edifício Capsular Nakagin, Tóquio. (CHING 1998) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 8 Colisões formais de geometria: consiste na composição entre formas geométricas diferentes, que podem estar inscritas, subscritas, interceptadas, como na imagem abaixo: Figura 26 ‐ Exemplos de possíveis composições por colisões geométricas. (CHING 1998) As funções deste tipo de composição são as mais diversas. No exemplo abaixo a colisão entre as formas podem servir para marcar um espaço interno importante, gerar ênfase no ponto central ou na forma central. Figura 27 ‐ Exemplo de colisão geométrica. (CHING 1998) Pode servir para orientar um determinado espaço numa dadadireção para o espaço urbano ou do terreno; para marcar um volume da forma construtiva; para expressar e mostrar a articulação entre sistemas estruturais da forma arquitetônica (figura 28). Figura 28 ‐ Exemplo de colisão geométrica. (CHING 1998) Serve, também, para reforçar uma simetria da forma geral, para contrastar com as condições ambientais existentes ou para enfatizar uma via de circulação ou eixo, como no exemplo abaixo: Figura 29 ‐ Exemplo de colisão geométrica. (CHING 1998) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 9 2.2. Princípios de Ordem Eixo: Figura 30 ‐ Esquema representativo de Eixo. (CHING 1998) Simetria: Figura 31 ‐ Esquema representativo de simetria. (CHING 1998) Hierarquia: Figura 32 ‐ Esquema representativo de hierarquia. (CHING 1998) Ritmo: Figura 33 ‐ Esquema representativo de ritmo. (CHING 1998) Dado: Figura 34 ‐ Esquema representativo de dado. (CHING 1998) Transformação: Figura 35 ‐ Esquema representativo de transformação. (CHING 1998) Figura 36 ‐ Exemplo de Projeto com transformação de forma. Biblioteca Rovaniemi, Finlândia. (CHING 1998) 2.3. Regras Compositivas Uma das formas de desenvolver as composições em arquitetura é organizar as formas e geometrias a partir de determinadas regras. No entanto, nem sempre estas composições ficam agradáveis esteticamente. Na arquitetura, assim como na gramática, as relações entre as partes devem estar dispostas de forma que se entenda o todo. Assim sendo, vale a pena Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 10 compreender alguns termos utilizados na sintaxe da linguagem que também podem ser utilizados na arquitetura: • Gramática: – parte da gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de ordem. (MAYER 2003). • Lingüística: – componente do sistema lingüístico que determina as relações formais que interligam os constituintes da sentença, atribuindo‐lhe uma estrutura. (MAYER 2003) • Gramática generativa: – componente da gramática de uma língua que contém os princípios e regras que produzem as sentenças gramaticais dessa mesma língua, através da combinação de palavras e de elementos funcionais (tempo, concordância, afixos etc.). (MAYER 2003). Nesta direção, Stiny e Gips propuseram a organização da linguagem arquitetônica a partir da chamada Shape Grammar (GIPS 1975) (STINY 1975), ou Gramática de formas, que consiste na associação de um vocabulário de formas a um conjunto de regras que, assim, formam a linguagem arquitetônica. (MAYER 2003). Ao compor determinadas formas organizadamente cria‐se uma linguagem arquitetônica. Do mesmo modo, ao decompor uma linguagem arquitetônica existente é possível compreender o vocabulário de formas e elementos que a constituem. (MAYER 2003). Os principais elementos que compõem uma gramática de formas são: forma, vocabulário, relações espaciais e regras de composição. (MAYER 2003). As formas consistem nas formas primitivas que são constituídas por linhas dispostas em duas ou três dimensões e que possuem uma descrição gráfica. As formas podem aparecer com variações paramétricas em alguma dimensão (MAYER 2003). O vocabulário é um conjunto limitado de formas distintas. Somente o vocabulário não é suficiente para determinar um desenho de arquitetura, é preciso identificar as relações espaciais entre as formas (MAYER 2003). As relações espaciais consistem na combinação das formas através de regras que podem ser operações booleanas ou transformações euclidianas (MAYER 2003). As regras de composição são responsáveis, portanto, pela relação espacial entre formas de um conjunto, ou seja, consiste em cada passo ou derivação da transformação de uma forma no conjunto (MAYER 2003). As operações booleanas são: união (Forma1+ Forma2), diferença (Forma1‐ Forma2), e intersecção (Forma1∩Forma2). (MAYER 2003) União: (MAYER 2003) Diferença: (MAYER 2003) Disciplina: Intr Professora Van Intersecção: As transformaç (MAYER 2003). Translação – co Rotação ‐ Escala ‐ rodução ao Proje nessa Goulart Do ções euclidianas s onsiste num deslo eto Arquitetônico orneles são: translação, r ocamento a partir o (MAYER 20 rotação, escala e r de um eixo 003) reflexão. Re As po pa du Cic eflexão ‐ s composições a odem configurar‐s apel de parede. P uas regras de com clíca: 1 rotação ou partir destas re se em tipos de s Para configurar ca mposição, como no u mais. egras formam re simetria: cíclica, d ada tipo de sime os exemplos abaix Págin elações espaciais diédrica, de frizo tria é preciso um xo: (Celani 2003). na 11 s que e de ma ou Disciplina: Intr Professora Van Diédrica: 1refle De Frizo: uma t rodução ao Proje nessa Goulart Do exão e 1rotação, o translação ou mai eto Arquitetônico orneles ou mais. s. o De Sim e Papel de Parede metria Cristalográ e: várias direções d áfica: translações de translação tridimensionais. Págin na 12 Disciplina: Intr Professora Van CAPÍTU Este texto proc de um projeto a 1. Levanta 2. Definiçã 3. Desenv 4. Definiçã 5. Desenv Cabe salientar processo proje diversos mom problemas que Projet Definição rodução ao Proje nessa Goulart Do LO 03 – E cura apresentar a arquitetônico. En amento de Dados ão do diagnóstico volvimento de Est ão do Anteprojet volvimento do Pro r, que apesar de tual não consiste entos em retor surgem no andam Pro to Arquitetônico A Formal e Funciona Partid Síntese do Progn P Determinação D Síntese do eto Arquitetônico orneles ETAPAS D as etapas princip tre as etapas, na s o e Prognóstico tudos Preliminare o ojeto Executivo e existirem essa e em um process nos a etapas in mento do trabalh ojeto Executivo Proje Ante‐Projeto al Determina do Arquitetônico nóstico em forma de Prognóstico o de Diretrizes e do Diagnóstico Levantamento de D o DE PROJE pais para desenvo ordem, destaca‐s s e Partido Geral as etapas de pr so linear, necessit niciais para defi o. etos Complementa ação do sistema Con o e DESENHO Conteito Dados ETO olvimento se: rojetos, o tando em inição de 3. A da En 3. O ma fís A ist flu As no ex ati res nstrutivo L .1. Levanta primeira coisa a s ados necessários p ntre os elementos • As necessid • A Legislação • Levantamen • Referências .1.1. As neces primeiro contato aior parte das vez ica ou institucion primeira etapa é to consiste em ve uxos. ssim, para cada te os indicará a prin emplo: a princip ividade em uma e Levantamento do Terreno Nece dos U amento de Da se fazer antes de para dar início ao que devemos lev dades dos Usuário o pertinente: Mun nto do Terreno e s de projeto com ssidades dos U o com o projeto é zes nos é dado pe al. compreender o p erificar o que se ema de projeto te ncipal função a q pal atividadede escola é APRENDE Diagnós essidade Usuários ados começar a projet desenho da prop vantar, destacam‐ os; nicipal, Estadual e seus condicionan programa semelh Usuários é a própria defin elo cliente, seja e problema pelo qu erá proposto em emos uma ativida qual nosso projet uma residência é ER. (SILVA 1983) stico Legislação Pertinente Págin tar é levantar tod posta. ‐se: e Federal; ntes ambientais; hante. nição do tema, qu este cliente um pe ual nos defrontam termos de espa ade determinante o será destinado é MORAR. A prin Referências de Projeto na 13 dos os ue na essoa mos, e ços e e que o. Por ncipal Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 14 Figura 37 ‐ Lista de Atividades complementares a Atividade Determinante: Habitar. (SILVA 1983) Entretanto, essas atividades determinantes podem e devem ser subdivididas em suas atividades complementares. Por exemplo: para se MORAR é necessário: dormir, comer, fazer as necessidades fisiológicas, conviver em família, estudar, ler, assistir televisão, guardar o carro, limpar a casa, entre outras. Ao se compreender todas essas atividades, é fácil determinar todos os espaços que serão necessários para conciliá‐las, assim, para dormir precisamos de dormitórios; para comer precisamos de cozinha e área de alimentação; para fazer as necessidades fisiológicas precisamos de sanitários, etc. Com isso determinamos nosso Programa de Necessidades, que consiste numa lista de espaços que irão compor o projeto. Figura 38 ‐ Programa de Necessidades de uma Clínica Odontológica (SILVA 1983) Disciplina: Intr Professora Van Cabe salientar apenas em um sensações, de v paisagismo. Após finalizarm precisamos co maneiras de se e relações e a p Figura 39 ‐ Matr A Matriz de relações entre devem estar p uma legenda d estar próximos melhores se est rodução ao Proje nessa Goulart Do aqui que nem se ma lista de espa visuais e de equi mos esta lista de ompreender as r e desenvolver esta partir de organogr riz de Elementos e Re Elementos e os espaços defini próximos ou afast de relações: indi de qualquer ma tiver próximos, m eto Arquitetônico orneles mpre o Programa aços, pode inclu ipamentos, como e espaços que irã relações funcion as relações: a par rama funcional. elações de uma Clínic e Relações Con dos na etapa de tados uns dos o spensável, para neira; desejável p mas não tem prob o a de necessidades ir lista de ativid o é o caso dos pr ão compor nosso ais entre eles. tir de matriz de e ca Odontológica. (SIL nsiste em determ programa de nec utros. Para isto, os espaços que para os espaços q lema se ficarem u s consiste dades, de rojetos de o projeto, Há duas elementos LVA 1983) inar se as essidades utiliza‐se precisam que ficam um pouco lon fun co en est ac O os Int é t pr nge; desnecessár nção em conju mprometer a fun ntre os espaços qu tiverem podem p ima). Figura 40 ‐ Organ Organograma espaços do prog trodução ao Proje tentar transform ojeto (SILVA 198 ria, é a relação unto, ou seja, ncionalidade do p ue não devem est prejudicar o bom nograma Funcional d a funcional é o grama de necessi eto, antevê um p ar o organogram 83). Entretanto, é dos espaços qu que podem e projeto; e indese tar próximo de fo funcionamento d e uma Clínica Odonto outra forma de ilu dade. O autor Elv problema recorren ma em uma confi é importante com Págin e não tem nenh estar afastados ejável, que é a re orma alguma, e q do projeto ( ver f ológica. (SILVA 1983) ustrar as relações van Silva, em seu nte deste método iguração tipológic mpreender que e na 15 huma sem elação ue se figura ) entre u livro o que ca de está é Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 16 apenas uma etapa de projeto, onde se procura organizar os espaços a partir de ligações simples e hierarquias funcionais, sem ter caráter formal. Ao finalizar o organograma funcional é possível verificar os fluxos na proposta, sendo assim é necessário o desenvolvimento de um Fluxograma, que consiste em se pensar em todos os movimentos de pessoas e objetos que circulam dentro do projeto. Os usuários em qualquer programa arquitetônicos podem ser classificados em fixos e temporários. Exemplo: numa Clínica Odontológica os usuários fixos são: os funcionários de atendimento e de apoio; técnicos odontológicos; e os dentistas. Entre os usuários temporários destacam‐se: os pacientes; entregadores de mantimentos e matéria prima; serviços gerais, como faxineira e consertadores de equipamentos. Figura 41 ‐ Exemplo de Fluxograma sobre Organograma. (SILVA 1983)modificado. No exemplo anterior de fluxograma é possível identificar algumas falhas no organograma, como uma falta de ligação direta da entrada de serviço com a administração e, também, verifica‐se que o sanitário dos dentistas que atende a todos os funcionários poderia estar mais centralizado. Além deste tipo de fluxograma, alguns programas arquitetônicos necessitam fluxogramas específicos, como é o caso de projetos de indústrias, onde é necessário desenvolver o fluxo da matéria prima até se tornar produto de expedição. Figura 42 ‐ Exemplo de Organograma Funcional de uma Indústria de Estruturas Metálicas. (DORNELES, et al. 2002) Disciplina: Intr Professora Van Figura 43 ‐ Exemp rodução ao Proje nessa Goulart Do lo de Fluxograma de eto Arquitetônico orneles uma Indústria de Est et al. 2002) o truturas Metálicas. ( (DORNELES, Ap qu pr re sa fin áre e z O mí liv pós se compreend uanto de área ser óxima etapa co presentação prév lientar aqui que e nal do espaço a s ea para que se po zoneamento. pré‐dimensiona ínimos, área de p re entre os mobil Figura 44 ‐ der as relações en rá preciso para o onsiste no pré‐ via das dimensõe esta representaçã er projetado, ele ossa desenvolver mento é forma permanência das p iários. Pré‐dimensionament ntre os ambientes desenvolvimento ‐dimensionam es de cada ambie ão não necessaria representa apen a próximas etapa ado pela dispos pessoas no espaç to de um dormitório. Págin s, é necessário sa o do Projeto. Ass mento que é ente do projeto. mente será o des nas uma estimativ as: composição fo sição dos mobil ço e área de circu . (NEVES 1998) na 17 ber o sim, a uma Cabe senho va de ormal iários lação Disciplina: Intr Professora Van Figura 45 ‐ Pré Para desenvo compreender a ÁREA DE MOBI Consiste nas di dimensões pod que eles possu de projetos con Figura rodução ao Proje nessa Goulart Do é‐dimensionamento d olver seu pró as partes que o co LIÁRIOS imensões dos mó dem ser apuradas em e não irão se nforme o tipo de u a 46 ‐ Exemplos de D eto Arquitetônico orneles de uma cozinha e cop óprio dimension ompreendem: óveis que serão u s junto ao cliente e desfazer, ou con usuário e sua esta imensões de Mobiliá o pa integrada. (NEVES namento é imutilizados no proje e, considerando o nsiderando medid atura. ário. (GURGEL 2007) S 1998) mportante eto, estas os móveis das ideais ÁR Co co pr so pe ne cir N um Figura 47 ‐ REA DE UTILIZAÇÃ onsiste na área n nforto. A área de óprio mobiliário; matório da área essoas quando sen ecessária para um rculação de outras ormalmente cons ma pessoa em pé. Exemplos de Dimen ÃO necessária para a e utilização de um ; a área de util do mobiliário ma ntadas; e a área d ma pessoa se mant s pessoas. sideramos a med sões de Mobiliários. s pessoas utilizar ma cama correspo ização de uma ais o espaço nece de utilização de um ter em pé a sua fr ida 60x60cm com Págin (PRONK 2003) rem o mobiliário onde a mesma áre cadeira ou sofá ssário para os pé m lavatório é o es rente sem prejud mo módulo básico na 18 o com ea do á é o és das spaço icar a o para Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 19 Figura 48 ‐ Dimensão de uma pessoa. (ABNT 2004) A medida ideal para permanência dos pés em áreas de estar é 50 cm. Figura 49 ‐ Área de utilização de um sofá. (GURGEL 2007) ÁREA DE CIRCULAÇÃO Consiste no espaço necessário para as pessoas circularem nos espaços arquitetônicos com conforto. A medida mínima ideal que pode se considerar é 60 cm, igual a dimensão frontal de uma pessoa, esse tamanho pode ser menor caso seja necessário. Entretanto é preciso considerar outras medidas, a circulação com mais conforto e que permite a pessoa andar sem cuidar se irá se bater nas laterais de móveis é 80cm. Para uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, a medida mínima que se considera por norma é 80cm, entretanto para que essa pessoa possa se deslocar com conforto utiliza‐se 90cm. Para mais pessoas juntas ou outros casos específicos, analise as ilustrações abaixo. Figura 50 ‐ Exemplos de dimensões de circulações com pessoas em pé. (GURGEL 2007) Figura 51 ‐ Exemplos de dimensões de circulações com pessoas em cadeira de rodas. (ABNT 2004) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 20 Figura 52 ‐ Esquema de distribuição das áreas sobre área de estar. Modificado de (GURGEL 2007) Com o conhecimento prévio dessas dimensões é possível desenvolver as fichas de pré‐dimensionamento para cada espaço do projeto. Estas fichas auxiliam a determinação do espaço total a ser utilizado e, também, permite ao projetista o desenvolvimento de um banco de dados dos espaços arquitetônicos. É possível compilar outras informações necessárias ao projeto, como pé‐direito, condições ambientais, listar equipamentos e mobiliários, indicar os tipos de instalações elétricas, sanitárias e de comunicação. Veja o exemplo a seguir: Figura 53 ‐ Exemplo de Ficha de Dimensionamento. (DORNELES, 2003) Após desenvolver o pré‐dimensionamento de cada parte do projeto, deve‐ se realizar uma síntese que então nos informará a área total mínima necessária. Essas áreas poderão ser compiladas por setor funcional ou para o projeto total, conforme a quantidade de espaços. área circulação área utilização área mobiliário Disciplina: Intr Professora Van Figura 54 ‐ Exe rodução ao Proje nessa Goulart Do emplo de somatório d eto Arquitetônico orneles de áreas do pré‐dime o ensionamento. (NEVE ES 1998) 3. A a .2. Análise d análise do terreno 1. Levantamen exemplo) Figura 55 ‐ Im Acessos ‐ fluxo de pessoas e veículos Visuais do Terreno e para terreno do Terreno e o pode ser dividid nto de fotos aére magem Superior do G Anál Terros e a o Condici Ambi Meio físico da em várias etapa eas ( a partir de im oogle Earth do Terre ise do reno ionantes ientais Le Págin as (SCHLEE, 2001 magens do Google no da Unidade 02. evantamento físico ‐ dimensões Infra‐estrutura na 21 ): e, por Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 22 Figura 56 ‐ Imagem Perspectivada do Google Earth do Terreno da Unidade 02. 2. Análise do entorno urbano e características da vizinhança; 3. Condições de tráfego: vias públicas (existentes e projetadas) – condições, capacidade, fluxos e direcionamento; estacionamentos (existentes, projetados, locais permitidos) 4. Visuais do Terreno para fora e para dentro – Fotografias do local 5. Condições Físicas do terreno (descrição da topografia, vegetação existente, presença de cursos d’água ou linhas de alta tensão, etc.) 6. Levantamento físico do terreno – dimensões gerais ( a partir de projeto topográfico quando houver) 7. Condições ambientais a. Temperaturas da cidade ou região – bairro (média, mínima e máxima); b. Umidade relativa do ar; c. Precipitação pluviométrica (mensal, média dos últimos anos); d. Insolação; Figura 57 ‐ Esquema das alturas do sol conforme época do ano. FONTE DESCONHECIDA. e. Regime de Ventos; f. Regime de marés ( para terrenos a beira‐mar); g. Poluição ambiental (tipo) h. Nível de Ruído (tipo) Figura 58 ‐ Esquema dos Condicionantes do Terreno da Unidade 02. Acervo do autor. 8. Valor Comercial do Terreno (opcional) 9. Infra estrutura urbana Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 23 a. Abastecimento de água; b. Presença de rede de esgoto ( pluvial e cloacal); c. Rede elétrica de luz e força d. Rede de Comunicação (telefone, rádio, televisão a cabo e internet) 10. Possibilidades e recursos locais de materiais/mão de obra e custos unitários da construção. 3.3. Legislação Pertinente As legislações que influenciam diretamente o desenvolvimento do projeto são: Inicialmente, o Plano Diretor Municipal, que rege sobre o quanto e como podemos nos apropriar do terreno. Em segundo lugar, o Código de Obras que determina a forma como a arquitetura deve funcionar conforme o programa a que se destina. Conforme Schlee, 2001 as principais informações a serem levantadas quanto a legislação são: a. Alinhamento e afastamento predial; b. Gabarito (altura das edificações); c. Taxa de ocupação e coeficiente de utilização; d. Projetos de desenvolvimento urbano previstos para o local; e. Usos permitidos/tolerados/proibidos no local; f. Exigências permitidas ao tipo de projeto a ser desenvolvido; g. Dimensões mínimas permitidas para os compartimentos; h. Impermeabilização do solo – índice que deve ser deixado da área do lote sem construções para que o solo possa absorver as águas da chuva ajudando a evitar enchentes; Além destas legislações deve‐se ainda verificar a legislação ambiental, de acessibilidade, de incêndio, vigilância sanitária, entre outras que seja importante conforme o programa arquitetônico. (SCHLEE 2001) Para se desenvolver a viabilidade urbanística de um determinado terreno, a primeira coisa a se fazer é ver a área do terreno, esta área pode ser obtida através de um levantamento topográfico ou a partir da escritura do terreno. Após verificar as medidas do terreno, deve‐se conferir se estão corretas e caso não possuam o mesmo valor, deve‐se utilizar a área com menor valor. A seguir deve‐se pegar o Plano Diretor Municipal a fim de verificar quais são as atividades permitidas neste terreno.O Plano Diretor divide a cidade em setores ou zonas, e para cada um estipula usos e atividades que são permitidos, aceitáveis e proibidos. Além disso, para cada zona há valores para taxa de ocupação, índice de aproveitamento, gabarito ou altura e recuos laterais, frontal e de fundos. • Índice de aproveitamento consiste na relação entre a área máxima permitida de construção e a área do terreno. • Taxa de Ocupação consiste na relação entre a projeção horizontal máxima de construção e a área do terreno. • O Gabarito ou altura permitido consiste na definição da volumetria máxima para cada zona. As medidas de alturas máximas devem ser consideradas a partir do nível médio do terreno. Nesta altura não é considerado os pavimentos de subsolo, nem reservatórios e caixa de máquinas de elevadores que estiverem acima da altura. • Os recuos servem para garantir visuais e condições mínimas de conforto urbano, além disso, podem ser definidos a partir de elementos naturais como cursos d’água. O recuo frontal tem uma função bastante importante para o lote, pois representa um espaço de transição entre a área pública e a área privada. Além desses dados, o Plano Diretor do Município de Torres ainda informa a Quota ideal de Terreno, que consiste na relação entre a área do terreno e o número máximo de unidades de habitação ou de alojamento que podem ser edificadas. Disciplina: Intr Professora Van Todas estas in quadros por zo Figura 59 ‐ Q Para um terren acima, os cálcu O índice de a máximo de áre A taxa de ocup de projeção da Como a altura 3 metros de configuração do (no caso exemp para o mar) rodução ao Proje nessa Goulart Do nformações são d na ou setor, confo Quadro do Plano Dire (PREFEITURA M no com 450m² d los das áreas são: proveitamento é a construída poss pação é 60%, send edificação no ter máxima é de 9 m pé‐direito. Sen o projeto no lote, plificado a seguir eto Arquitetônico orneles dispostas no Pla orme exemplo ab etor de Torres, da Zon MUNICIPAL DE TORRE e área e conside : é 1,2, sendo ass sível no terreno) do assim 450 x 60 rreno) metros, pode‐se ut ndo assim, há , sempre respeita será considerado o ano Diretor em f baixo: na 08 ‐ Praia Grande ES 1995) erando o quadro sim 1,2 x 450= 5 0% = 270m² (área tilizar até 3 pavim várias possibilid ando o alinhamen o 6m para lotes forma de Orla. da figura 540m² (o a máxima mentos de dades de to frontal de frente Pr e m de Se igu ma rimeira opção mais 270m² no s e ser construídos: Figura 60 ‐ Pr egunda opção ual a 180m² ( o qu ais espaço para ár Figura 61 ‐ Se o: máximo uso da egundo paviment rimeira opção de viab o: utilizar três p ue não ultrapassa rea verde) egunda Opção de viab projeção do terre to, somando os 5 bilidade do terreno. A pavimentos – 540 o limite da taxa d bilidade do terreno. A Págin eno – 270m² no t 540m² totais pos Acervo do autor. 0m² divididos po de ocupação sobr Acervo do autor. na 24 érreo síveis r 3 é rando Disciplina: Intr Professora Van 3.4. Refer O uso de refer Esta prática con para verificar o pode ser feita arquitetura e, visitas técnica bibliografias su pessoas utiliza necessidades. desenvolvido é os problemas d se não puder vi Os referenciais projetos e em d detalhamento, arquitetônico resolveu o de volumetria. Há duas formas projeto e todas um arquiteto. No primeiro ex divididas nos se rodução ao Proje nessa Goulart Do renciais de Pr rencias de projeto nsiste em utilizar os pontos positivo a via internet, e obviamente, por as. Vale ressalta ubstitui a visita am os espaços Por exemplo, é uma cozinha ind de fluxos e quanti isitar e entrevista s de projeto pod diversas etapas. D o uso de referen ou até mesmo etalhe de reves s principais de us s as suas peculiar xemplo, análise eguintes itens: eto Arquitetônico orneles rojeto o é comum como exemplos de pro os e negativos. A em bibliografias visitas in loco, o ar que nenhum nos locais, pois s é possível id se o problema dustrial, dificilme idade de atividad r o profissional re dem ser utilizado Desde a concepçã nciais pode ajudar a verificar com stimentos para sar uma referênci idades; 2) análise de projeto, a o o metodologia de ojetos de outros a A busca pelos re de projeto, re ou seja, fazendo m tipo de pesq s só analisando dentificar as su a de projeto q nte você entend des que se desenv esponsável pelo a os em diversos o do projeto até r a determinar o o determinado proporcionar ef a de projeto: 1) a e do método de p as referências pod e projeto. arquitetos ferenciais vistas de viagens e quisa em como as uas reais que será erá todos volvem ali mbiente. níveis de o nível de programa arquiteto feitos de análise do projeto de dem estar O qu pr As se as en O art tra Figura programa arquit ue se tem sobre ojeto necessita. s soluções de efic r reutilizadas em sim a melhoria nergético da edific aspecto formal tefato a ser proj ansformá‐la para a 62 ‐ Esquema dos ti etônico pode ser o número de c ciência energétic m outros projetos do conforto da cação. pode ser utilizad jetado, pode‐se que se adapte ao Programa Ar Soluções de Aspecto Form Solução Estru Soluções Pon pos de referências de rvir para complem compartimentos ca de um determ s, com programa as pessoas e, ta do como uma ins utilizar a forma o novo programa. rquitetônico eficiência ene mal utural ntuais Págin e projeto. mentar as informa que um determi minado projeto po s distintos, auxili mbém, com o spiração da form como no origin ergética na 25 ações inado odem iando gasto ma do al ou Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 26 Figura 63 ‐ Exemplo do uso de referência de projeto. A solução estrutural dos projetos muitas vezes é definida a partir dos materiais existentes na região do projeto. Entretanto a busca por outras soluções pode auxiliar a definição da estrutura e até mesmo aprender como o uso de novas tecnologias tem evoluído e permitido maior liberdade formal e espacial. Por último, utilizar soluções pontuais de projeto, como detalhes construtivos, medidas e configurações de circulações e espaços, formas de iluminação e forro e etc. que foram utilizados em outros projetos servem para enriquecer e permitir maior apropriação dos espaços que irão ser projetados. Os exemplos abaixo são exemplos de configurações de espaços destinados a idosos: Figura 64 ‐ Exemplo de referência de soluções pontuais de projeto em circulação. Figura 65 ‐ Exemplo de referência de soluções pontuais de projeto de iluminação. Outra forma de usar referências para projeto é a análise do método projetual de um arquiteto como inspiração, ou seja, a análise de como o arquiteto trabalha para alcançar tal linguagem arquitetônica serve como exemplo a ser seguindo. Por exemplo: Richard Rogers elabora croquis com a idéia geratriz do projeto e, após, verifica a viabilidade funcional e a disposição dos espaços. Disciplina: Intr ProfessoraVan Figura 66 ‐ Cro Figura 67 ‐ Pro Já o arquiteto e utiliza símbolos suas obras arq Espanha – mar um olho. Figura 68 – Museu rodução ao Proje nessa Goulart Do oquis de Richard Roge ojeto de Richard Roge e engenheiro Sant s ou elementos d quitetônicas, com cado como núme u de Ciência ‐ Projeto eto Arquitetônico orneles ers – Domo do Milên ers – Domo do Milên tiago Calatrava, e da natureza com mo é o exemplo ero 1 na figura ab o de Santiago Calatrav o nio. www.richardroge nio. www.richardroge m alguns de seus mo inspiração da do Museu de Ciê baixo – que é insp va. http://www.cala ers.com ers.com s projetos, forma de ência na pirado em trava.com/ O an no de po ret est co 4. 4. As ne a d es ter de de vis pr mais importante nálise. Para cada ome da obra e do estaca em tal ex odem ser reutiliz tirada a informaç ta informação e ompleta. . Partido Ar .1. Zoneame ssim que as info ecessidades dos u definição do Zone pacialização do p rreno (ainda em esenvolvido) pod etermina para o p suais, e outras inf imeira idéia sobre no uso dos refer referencial encon arquiteto e, aind xemplo, pois com zados. Não se ção, sites ou livro em público é rquitetônico ento Funcion ormações sobre suários já são con eamento Funciona projeto, que além forma de manch de incluir as di projeto, eixos de c formações que fo e o projeto. renciais é a classi ntrado, guarde as da, escreva come m o passar do t esqueça de os, pois caso seja necessário d o al o terreno est nhecidas, a próxim al. É neste mome m do posicionam as e considerand iretrizes projetua circulação e orga orem julgadas nec Págin ficação e descriçã s informações so ntários sobre o q tempo os refere guardar de ond necessário apres dar a referê tão organizadas ma etapa do proj ento que há a prim mento dos espaço o o dimensionam ais que o arqu nização espacial, cessárias para lan na 27 ão da bre o ue se nciais de foi entar ência e as jeto é meira os no mento uiteto eixos nçar a Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 28 Figura 69 ‐ Hipóteses de zoneamento de uma residência por setores. (NEVES 1998) Figura 70 ‐ Exemplo de Zoneamento de um centro de convívio para terceira idade. (DORNELES, 2003) 4.2. Configuração espacial A maneira como o partido de arquitetura será configurado em um determinado terreno induz como a edificação será utilizada e visualizada pelas pessoas. Portanto, além das questões de funcionalidade, deve‐se considerar a forma como os espaços serão interligados. No livro Lições de Arquitetura, o autor Herman Hertzberger mostra como desenvolver um projeto esclarecendo as diferenças entre o espaço que é considerado público do privado. Os conceitos do que é público e privado é bastante divergente se considerar que eles induzem ao nível de acesso e de responsabilidade de manutenção: [...] pública é uma área acessível a todos a qualquer momento; a responsabilidade por sua manutenção é assumida coletivamente. Privada é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê‐ la. (pg12). Qualquer projeto de áreas onde há convergência de espaços abertos ao público e espaços privados deve dar a informação quanto seu grau de acessibilidade de forma clara. “O grau de acesso de espaços e lugares fornece padrões para o projeto. A escolha de motivos arquitetônicos, sua articulação, forma e material são determinados, em parte, pelo grau de acesso exigido por um espaço”. O uso de vidros em portas de acesso, por exemplo, permite a visualização dos espaços adjacentes a ela, mostrando aos usuários que aqueles espaços permitem um acesso menos privativo. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 29 Figura 71 ‐ Exemplo do uso do vidro em portas de acesso. (HERTZBERGER 1996) Outra maneira de se prever uma hierarquia de fluxos de usuários num espaço é a largura das circulações. Num shopping Center, por exemplo, as circulações largas são convidativas a todos, já circulações menores dão a sensação de um acesso restrito a funcionários. Além de hierarquias de fluxos, pode‐se prever hierarquias de privacidade, conforme Hertzberger a criação de espaços de transição com graus diferentes de acessibilidade, proporcionam o que ele chama de “intervalo”, ou seja, espaços que não estão nem dentro nem fora, são semi‐públicos. Numa escola, por exemplo, um hall externo às salas pode servir para os alunos que chegam cedo aguardem o início da aula ou servir para os pais esperarem os alunos antes do término da aula, como na figura abaixo. Figura 72 ‐ Escola Montessori ‐ Delft ‐ Espaço externo. (HERTZBERGER 1996) Este tipo de configuração espacial proporciona uma relação entre os conceitos de público e privado, pois, o espaço permanece próximo à rua que é um espaço público e que, portanto, não impede que outras pessoas possam ter acesso. Entretanto, em função da apropriação do mesmo pelos alunos permite certo grau de privacidade para os mesmos. Além disso, os alunos que ali permanecem têm a sensação de liberdade por não estar dentro da sala de aula, mas ao mesmo tempo é possível entrar facilmente ou mesmo chamar alguém por questões de segurança. No exemplo da Figura abaixo, a planta baixa da Escola Montessori – Delft representa um zoneamento de diferentes graus de acessibilidade conforme a configuração espacial. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 30 Figura 73 ‐ Plana esquemática da Escola Montessori com as zonas de privacidade. (HERTZBERGER 1996) A Zona descrita com o número 1 tem acesso completamente público, a zona 2 por estar mais próxima a escola já tem um acesso mais indicado para pessoas que irão freqüentar a escola. A zona 3 está restrita a pessoas que freqüentam a escola, constituindo uma área de transição entre o público e o privado, a rua e a edificação. A zona 4 que corresponde à circulação interna da edificação é privativa para todos os alunos e funcionários da escola. A zona 5 é uma área de transição entre a circulação geral da escola e a sala de aula onde apenas os alunos da mesma podem entrar – zona 6. A grande contribuição do livro “Lições de Arquitetura” é proporcionar uma maior apropriação do espaço pelas pessoas a partir da configuração espacial. Ao se criar espaços deixando áreas livres permite‐se que, com criatividade, as pessoas possam se sentir donas do espaço, podendo influenciar na sua percepção, decoração e manutenção. Os espaços de transição antes das salas de aulas configuram‐se como pequenos halls onde os alunos podem ficar durante o intervalo, podem usar para comer, ou até mesmo para fazer trabalhos. O exemplo do que acontece na Escola Apolo, as turmas de pré‐escola utilizam este espaço como uma extensão da sala de aula, onde as crianças que quiserem ter uma maior privacidade podem ficar. A presença de uma porta‐janela que abre só na parte de cima permite o controle dos alunos queestão do lado de fora pela professora, conforme figura abaixo. Figura 74 ‐ Interior da Escola Apolo. (HERTZBERGER 1996) p31. Outro tipo de arquitetura que recebe bem este tipo de concepção são as edificações destinadas a idosos e à estudantes. No exemplo abaixo, a cada duas unidades habitacionais há um hall ou alpendre que se prolonga da circulação servindo como espaço para boas vindas e despedidas. No Lar para Idosos De Drie Hoven, os idosos das unidades são responsáveis pela manutenção desta área de transição, e caso haja afinidade entre os moradores pode servir como uma varanda dos vizinhos. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 31 Figura 75 ‐ Planta Baixa do Corredor do De Drie Hoven. (HERTZBERGER 1996) Figura 76 ‐ Imagem do Corredor do De Drie Hoven. (HERTZBERGER 1996) Neste Lar de Idosos a configuração da edificação funciona em forma radial, como na imagem abaixo, e cada núcleo de unidades habitacionais formam uma “aldeia” com uma praça central na qual os moradores são responsáveis pelas atividades e manutenção que ali ocorrem. No Centro de toda a edificação há uma praça principal onde ocorrem os eventos da Instituição. Figura 77 ‐ Planta Baixa da Edificação De Drie Hoven. (HERTZBERGER 1996) Figura 78 ‐ Praça da Aldeia do De Drie Hoven com Apresentação Musical. (HERTZBERGER 1996) A configuração especial da Escola Montessori também permite a criação de praças onde as crianças cujas salas de aulas são adjacentes podem utilizar para exposição de trabalhos, apresentações e brincadeiras. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 32 Figura 79 ‐ Planta Baixa da Escola Montessori. (HERTZBERGER 1996) Figura 80 ‐ Exemplo de espaço central da escola Montessori. (HERTZBERGER 1996) É importante esclarecer ainda, que quando se projeta para grupos de pessoas, deve‐se considerar que haverá modificações de uso do espaço e até mesmo de forma. Em conjuntos habitacionais, por exemplo, é comum as pessoas fazerem modificações nas fachadas logo nos primeiros cinco anos de uso, pois a diferenciação entre os grupos e entre as pessoas é comum a nossa sociedade. Além disso, muitos dos espaços que são projetados com determinada função, podem ser utilizados de formas diferentes, é o exemplo das escadas que podem servir como um descanso, uma área de espera e até mesmo uma área onde os alunos possam ser reunidos por funções institucionais. Figura 81 ‐ Exemplo do uso da escada para reunir os alunos de uma escola. (HERTZBERGER 1996) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 33 Figura 82 ‐ Exemplo de prolongamentos de escadas para permitir maior apropriação. (HERTZBERGER 1996) 4.3. Definição Estrutural A estrutura em arquitetura é basicamente formada por elementos verticais – pilares ‐ e elementos horizontais – vigas e lajes. Para que se possa obter um projeto de fácil construção, o ideal é que se trabalhe com malhas estruturais bem definidas, auxiliando assim a dispersão das cargas do projeto. Para se definir uma malha estrutural deve‐ se, em primeiro lugar, escolher um módulo base que possa ser utilizado ao longo de todo o projeto sem comprometer a sua funcionalidade. Esse módulo pode ser determinado a partir de vãos máximos que certos materiais conseguem suportar estruturalmente, ou ainda, a partir do dimensionamento dos espaços da edificação. Seja qual for o módulo escolhido, o projeto se constituíra a partir da união de vários módulos ou frações dele. O tipo de composição formal em malha facilita muito o lançamento estrutural. Figura 84 ‐ Modulação da Estrutura na Composição em Malha. (CHING 1998) Figura 83 ‐ Esquema Estrutural. (CHING 1998) Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 34 Capítulo 05 – Representação Gráfica e Apresentação de Projeto Todo projeto é apresentado em forma de desenhos e esquemas. Para que seja fácil sua compreensão é preciso apresentar de uma forma lógica. Sendo assim as primeiras informações dadas são referentes a formação das idéias, as diretrizes projetuais e os condicionantes de projetos. É importante mostrar de onde as idéias vêm e se necessário pode‐se incorporar até as referências de projeto utilizadas. Após este primeiro relato, as plantas são apresentadas conforme seu grau de abrangência, conforme seqüência a seguir: • Planta de Situação – situa o lote na quadra ou na cidade; • Planta de Localização – localiza a edificação no lote; • Implantação – Serve para identificar acessos e, portanto, configura‐ se a partir da planta baixa do térreo. Esta prancha pode ser em escala reduzida ao resto do projeto; • Plantas Baixas ‐ sempre do nível mais baixo até o mais elevado; • Cortes; • Fachadas; • Perspectivas. Vale ressaltar, que a presença de croquis e perspectivas explicativas do projeto podem permear as pranchas de apresentação do trabalho, todas devem possuir legendas e informações adicionais ao projeto, que complementem o entendimento do projeto. Os detalhes construtivos devem aparecer juntamente com as demais informações, sempre vinculando ao desenho de origem. Figura 85 ‐ Esquema de apresentação de Desenhos em Projeto de Arquitetura. (CHING, 2006) A seguir, um exemplo de apresentação de projeto feito para um Concurso Público Internacional para o Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 35 Disciplina: Introdução ao Projeto Arquitetônico Professora Vanessa Goulart Dorneles Página 36 Bibliografia ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Norma Brasileira de Acessibilidade em Edificações. 2004. CELANI, Grabriela. CAD criativo. São Paulo: Campus, 2003. CHING, Francis. Arquitetura: forma, espaco e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. —. Representação gráfica em arquitetura. Porto Alegre: Bookman Editora, 2006. DORNELES, Vanessa G. Centro de Convívio Integrado para Terceira Idade. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Curso de Arquitetura e Urbanismo (Trabalho Final de Graduação), 2003. DORNELES, Vanessa G., Fábio L.L. ZAMPIERI, Felippe U. FREITAS, e Bianca de C. MUNARETTO. Exercícios de Projeto para Indústria de Esquadrias Metálicas. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria ‐ Curso de Arquitetura e Urbanismo (Trabalho de Projeto 7), 2002. GIPS, J. 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