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18/08/07 – Estatuto da Criança e Adolescente- Luciano Alves 
Atos Infracionais, 
Principio da proteção integral do adolescente. 
Doutrina da proteção integral ( Direitos especiais e específicos de todas as crianças e adolescentes 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Documentos internacionais que tratam sobre a infância e juventude. 
1924 – Declaração de Genebra. Expões os direitos, mas não tem coercitividade.
1959 – Declaração dos direitos da Criança que é de 1959, por este documento jase reconhecia a vulnerabilidade da criança. 
1989 – Convenção sobre os direitos da Criança da ONU, ou convenção de Nova Iorque, adotou o princípio da proteção integral. (a duração da discussão durou 10 anos ).
Foi a convenção de maior aceitação da ONU, maior número de ratificações pelos Paises. É diferente das declarações dos direitos da criança (1959).
Documentos ligados a delinqüência juvenil.
Diretrizes de Riad (normas para prevenção da delinqüência juvenil).
Regras de Beging (regras mínimas da ONU para diretrizes da infância e juventude)
Diretrizes	Tóquio (são regras mínimas da ONU para os jovens privados de liberdade).
Doutrinadas nações unidas de proteção a criança.(aspecto internacioal)
No Brasil….1979 vigia o chamado código de menores. (
Doutrina da situação irregular.
1988 CF adotou o princípio da PRIORIDADE ABSOLUTA, com relação a políticas públicas voltada as crianças e aos jovens
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Tudo que tiver envolvido crianças e adolescentes tem absoluta prioridade.
O constituinte de 88 já adota o pensamento da proteção integral que foi em definitivo encampado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ( (é a versão brasileira, da convenção sobre direitos da criança da ONU).
O que é a situação irregular, e o que significa a proteção integral?
Situação irregular: O menor ele era objeto de proteção. 
Proteção Integral: Criança e adolescente são sujeitos de direitos. 
A privação da liberdade é medida excepcional (criança e adolescente são pessoas em desenvolvimento e devem observar as garantias processuais, devido processo legal) Direito a assistência de um advogado, O direito a defesa a produção de provas. O que não acontecia pela doutrina da situação irregular ( o menor era objeto da proteção, sua opinião nada valia, era objeto da tutela que não observava as garantias processais.. 
Características de Especialidade, aspecto quantitativo e qualitativo. 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
ATO INFRACIONAL. (o menor de 18 anos que comete ato infracional quando “pratica crime ou contravenção penal).
ARTIGO 228 CF
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. 
(garantia de inimputabilidade – cláusula pétria, não pode ser mudado, somente com novo poder constituinte.)
Artigo 228	
Lei Especial – ECA		Juízo Especial		Processo Especial
Tipicidade delegada		Infância e Juventude. 		Ação sócio Educativa
Toma emprestado da legislação	Competência art 148 ECA		Publica, Tutela 
O conceito de ato infracional.					Jurisdicional diferenciada
Criança de 0 a 12 anos incompletos	 Tratamento dif p/criança e para adolescente
Adolescente de 12 a 18 anos incompletos. 		A ação sócio educativa não aplica a 
Independentemente do ato infracional praticado 	criança. (aplica-se a criança)
sujeito ao juízo da infância e juventude, 		(somente a medida protetiva)
Sujeito ao ECA.					Aplicadas pelo conselho tutelar Criança
				
Competência do eca (em regar é da justiça estadual e da vara criminal, mas como descrito abaixo há casos da competência da vara da infância.)
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:
Competência Exclusiva. Ocorrendo uma das hipóteses a competência é do juiz da infância e da juventude 
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção à criança ou adolescente;
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
Competência Concorrente + Exige uma situação de Risco. Artigo 98.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder, perda ou modificação da tutela ou guarda;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou adolescente;
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento e óbito.
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Competência territorial, (ação ou da omissão, não é do resultado) 
artigo 147 § 1º
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
Ação sócia educativa é a ação destinada à apuração de um ato infracional praticado por um adolescente. (nunca por uma criança). 
Medidas sócio educativas. Artigo 112 ECA
Vige neste caso o princípio da legalidade.
Para aplicar qualquer medida, comprovação da materialidade e indícios de autoria.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: (sócio educativa, não se aplica a menores de 14 anos.) 
I - advertência; (A) Trata de uma simples amodistação verbal, é a “puxada de orelha”, ela se esgota em si mesma, Advertiu acabou, para que a medida de advertência seja aplicada 	Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada. 
II - obrigação de reparar o dano; (A) Nos atos infracionais com reflexos patrimoniais, tem-se a possibilidade da aplicação desta medida, (ex. Pichação do muro, lima o muro e pinta o muro)** reflexos patrimoniais ….	Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, queo adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada.
III - prestação de serviços à comunidade; (A) É a execução de tarefas gratuitas. Tem um limite, não pode exceder 6 meses. Com carga semanal de no máximo 8 horas semanais.Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho.
IV - liberdade assistida; (A) Acompanhamento auxilio e orientação do adolescente (o adolescente tem um orientador que fiscaliza se o adolescente está praticando atos ilícitos ou não, qual o prazo mínimo da LA 6 meses, podendo ser prorrogado. 	Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
V - inserção em regime de semi-liberdade; (RL) importa em uma restrição parcial da liberdade, o adolescente permanece junto a sua família a uma entidade apropriada. (ex. Jovem que fica de 2ª a 6ª na unidade, estuda, trabalha e volta para a unidade, final de semana ele vai para casa e volta, é um dos modelos de semi-liberdade) a guarda é da família e do diretor da unidade. Na semi-liberdade o adolescente pode sair da unidade para frequentar unidades externas e elas não podem ser vedadas pelo juiz. (para a execução do programa de semi-liberdade usa-se aspectos, meios da comunidade, É O PRINCIPIO DA INCOMPLETUDE INSTITUCIONAL( para a execução do programa de semi-liberdade é necessário projetos com a participação da semi-liberdade. (a atividade extera é da própria natureza da semi-liberdade, por isto não pode ser vedada.)
Artigo 120 § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.
 VI - internação em estabelecimento educacional (RL); tem a restrição total da liberdade, Diferenças atividades exteras podem ser realizadas também na internação, a diferença é que as atividades externas podem ser vedadas pelo juiz. 
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
2 tipos de medidas:
(A) Medidas em Meio Aberto ( a guarda do adolescente permanece com a família o adolescente não é retirado pela sociedade.
Advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida. 
(RL) Medidas Restritivas de Liberdade: A guarda pode ser retirada por completo da família, varia tão somente a medida, tem-se a semi-liberdade e a medida de internação. ARTIGO 227 § 3º v
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
Observar 3 princípios:
1 Brevidade ( Medida terá o menor tempo possível o tão somente necessário a ressocialização.
2 Excepcionalidade ( As medidas restritivas de liberdade são exceção, somente aplicáveis nos casos previstos em lei e quando outra medida não for suficiente. (se a liberdade assistida for suficiente, aplica-se a liberdade assistida e não a restrição a liberdade).
3 Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Gestão das medidas sócio educativas (judiciário fiscaliza todas indiretamente)
Advertência ou obrigação de reparação do dano - Judiciário
Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à comunidade – Município
Semi-Internação e Internação – Estado
Internação: Será exercida em entidade de atendimento responsável pelo atendimento sócio educativo. – 
1) Provisória: 
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias. (45 dias) Prazo Mácximo
			Quem aplica é juiz, vara de conhecimento. Medida Cautelar
 
			2) Prazo Indeterminado Artigo 122 I e II
Prazo máximo é de 3 anos. (deve ser reavaliada pelo menos a cada 6 meses). Não tem prazo mínimo.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; ( Faz parte do próprio tipo penal HC 77338/SP STJ impossibilidade da aplicação para o tráfico ilícito de entorpecentes, não é ato de grave violência contra a pessoa. 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA. HABEAS CORPUS. ATO
INFRACIONAL EQUIPARADO AO CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES.
APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO POR PRAZO
INDETERMINADO. APLICAÇÃO FUNDAMENTADA NA GRAVIDADE GENÉRICA DO ATO INFRACIONAL. PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE. ART. 227, § 3º, V, DA CF
E 122, § 2º, DO ECA. ORDEM CONCEDIDA.
1. Nos termos da legislação de regência, a medida socioeducativa de
internação só poderá ser aplicada quando não houver outra medida
mais adequada, retratando o princípio da excepcionalidade da
internação, nos termos do inciso V do § 3º do art. 227 da CF e do §
2º do art. 122 do ECA.
2. No caso dos autos – em que a representação é pela prática de ato
infracional análogo ao tráfico ilícito de entorpecentes – a simples
gravidade do ato infracional não pode ser fundamento único para a
imposição da medida socioeducativa de internação.
3. Ordem concedida para que, anulando o acórdão, seja conhecido o
writ, e julgado como de direito.
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
O que é reiteração? R: STJ ( ato deve ser praticado pelo menos 3 atos infracionais graves. HC 61034 SP.
HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL
EQUIPARADO AO DELITO DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL. INTERNAÇÃO PROVISÓRIA.
GRAVIDADE DA INFRAÇÃO.
I - A medida sócio-educativa de internação está autorizada nas
hipóteses taxativamente previstas no art. 122 do ECA. (Precedentes).
II - A gravidade do ato infracional equivalente ao delito de tráfico
de entorpecentes não enseja, por si só, a aplicação da medida
sócio-educativa de internação, se a infração não foi praticada
mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ex vi do art. 122,
inciso I, do ECA. (Precedentes).
III - A reiteração no cometimento de infrações capaz de ensejar a
incidência da medida sócio-educativa da internação, a teor do art.
122, inciso II, do ECA, ocorre quando praticados, no mínimo, 3
(três) atos infracionais graves. (Precedentes).
IV - A remissão não implica reconhecimento de responsabilidade, nem
vale como antecedente, ex vi do art. 127 do Estatuto da Criança e do
Adolescente. (Precedente).
V - Deve ser cassada a decisão monocrática proferida por relator que
concede liminar em agravo de instrumento para determinar a
internação provisória de adolescente, por não se evidenciar a
necessidade imperiosa da medida (ECA, art. 108, parágrafo único), se
sequer estão presentes no caso as hipóteses que autorizariam, ao
final do procedimento judicial, a imposição de medida de internação
por prazo indeterminado.Writ concedido.
O que é infração grave? Seria aquela apenada com reclusão.
			STJ – Caso concreto.
			
Quem aplica é juiz, vara de conhecimento. Sentença
3) Prazo Determinado / Internação sanção: Descumprimento reiterado e injustificado de Medida Sócio Educativa.
(reiteração ( STJ – 3 descumprimentos injustificável)
Súmula 265 STJ.
		
É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida sócio-educativa.
Prazo máximo de 3 meses. 
Quem aplica é juiz, vara de Execução.
Súmula: 338
A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas.
(pois as medidas sócio educativas tem um ato retributivo, tem um ato saneador, como o adulto tem o direito a prescrição, e os direitos dos adultos não podem ser excluídos aos adolescentes. Se o adulto tem direito por quê o adolescente não teria?).
Problema é o Prazo. (pretensão executória) Na pretensão da ação é difícil.
Ao completar 18 anos extingue-se a medida?
R: Não, o ECA se aplica excepcionalmente aos que tem entre 18 e 21 anos, pode ocorrer do infrator ser internado somente apos ter completado 18 anos. HC 90248 STF.
EMENTA: HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA DE SEMILIBERDADE. EXTINÇÃO AOS DEZOITO ANOS DE IDADE, DIVERSAMENTE DA INTERNAÇÃO, QUE VAI ATÉ OS VINTE E UM ANOS. IMPROCEDÊNCIA. Salvo o disposto quanto ao prazo máximo de internação nos seus arts. 121, § 3º, e 122, § 1º, o ECA não estipula limite máximo de duração da medida sócio-educativa de semiliberdade (art. 120, § 2º). Daí porque, independentemente de o adolescente atingir a maioridade civil, esta, a exemplo do que ocorre com a internação, tem como limite temporal a data em que vier a completar vinte e um anos (art. 121, § 5º). A circunstância de o preceito do § 2º do art. 120 mandar aplicar à medida sócio-educativa de semiliberdade as disposições relativas à internação "no que couber" não autoriza o entendimento de que, salvo o § 5º do art. 121, todos os demais parágrafos do art. 121 do ECA a ela se aplicam. O limite de vinte e um anos também sobre ela incide, ainda que o texto normativo não o diga expressamente. A projeção da medida sócio-educativa de semiliberdade para além dos dezoito anos decorre da remissão às disposições legais atinentes à internação. Essa é uma maneira de a lei dizer precisamente o que afirmaria se fosse repetitiva. A remissão de um texto ao outro evita que aquele reproduza inteiramente o que este afirma. De mais a mais, o ECA não determinou, em nenhum dos seus preceitos, a extinção da medida sócio-educativa de semiliberdade quando o adolescente completar dezoito anos de idade. A aplicação da medida de semiliberdade para além dos dezoito anos não decorre de interpretação sistemática, mas de texto expresso de lei. Isso resulta evidente na circunstância de o legislador, no que tange às medidas sócio-educativas (ECA, arts. 112 a 121), ter disciplinado de forma idêntica apenas as restritivas de liberdade (semiliberdade e internação). Ordem denegada.
PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO DE MEDIDA SÓCIO EDUCATIVA. 
Artigo 152 ECA 
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação processual pertinente.
Apuração de ato infracional aplica-se o CPP subsidiariamente. (exceto nos recursos)
Fase Administrativa ( Autoridade Policial
Ex.
Menor pratica: ato Infracional equiparado a roubo cometido por menor. É apreendido em flagrante delito.
A apreensão de adolescente só pode se dar em razão de flagrante ou por ordem judicial.
Aprendido o adolescente para quem ele deve ser encaminhado?
R: Para o Delegado
O que a autoridade faz?
R: Formalidades:
Identificação dos responsáveis pela apreensão;(policiais no caso)
Comunicação da apreensão à autoridade judiciária e a família ou outra pessoa que o adolescente indicar; (comunicar que o adolescente cometeu uma infração)
Lavrar o chamado auto de apreensão (pode ser substituído por Boletim de ocorrência quando não se tratar de ato grave);
Apreender os produtos do crime;
Requisitar perícia
(se o ato foi praticado por criança, a autoridade cumpre todos as formalidades e encaminha para o conselho tutelar)…. Cometido por adolescente ( continua…
	Pode a autoridade:
liberação do adolescente para seus país ou responsáveis; ( deve se apresentar ao MP no prazo de 24 horas.
optar pela não liberação (ocorre em razão da gravidade da infração + a repercussão e com o objetivo de garantir a segurança pessoal do adolescente ou a ordem pública. ( se apresenta no mesmo dia ao MP, se não tiver como ser encaminhado no mesmo dia, será encaminhado a uma entidade de atendimento ( encaminha depois ao MP, e se a cidade não tem unidade de atendimento? ( o adolescente permanece junto a repartição policial e será apresentado ao MP no prazo de 24 horas. 
(nos dois casos o adolescente será encaminhado ao MP)
O que o MP faz apos a apresentação do menor?
	3 providencias possíveis, (escolhe uma delas)
MP tem acesso a toda documentação, antecedentes do adolescente, e observar a fase do artigo 179,ouvir informalmente. É a oitiva informal.
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.
Apos a oitiva toma uma das 3 decisões:
Arquivamento dos Autos ( É controlado pelo juiz, se ele não concordar encaminha para o Procurador Geral de Justiça que ratifica ou encaminha para outro procurador.
Propor a condição de remissão ( 2 tipos:
Remissão ministerial: ( Exclusão do processo.
Remissão Judicial( Suspensão ou Extinção do processo, (a remissão em ambas não importa em reconhecimento da autoria e não importa em antecedentes).
(seria a remessa a um procedimento paralelo, artigo 126 e 127)
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a internação.
A remissão pode ser cumulada com uma medida sócio educativa, como por exemplo, prestação de serviços a comunidade.
Recurso Especial 444376
CRIMINAL. RESP. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. REMISSÃO COMO FORMA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO. AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇÃO. AFRONTA AO ART. 112, § 1º, DA LEI 8.069/90. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.° 284/STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 189. INOCORRÊNCIA. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO.
I. Deficiente a fundamentação de parte do recurso, impossibilitando
a exata compreensão da controvérsia, não se conhece da irresignação no tocante à apontada ofensa ao art. 112, § 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, por incidência do entendimento da Súmula 284 do STF.
II. A concessão da remissão, como forma de extinção do processo, não está adstrita às hipóteses do art. 189, da Lei 8.069/90, mas às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
III. Recurso conhecido em parte e desprovido.
Representação:É a peça inicial da ação sócio educativa “denuncia”
A representação pode ser feita de forma escrita ou de forma oral, apresentada na sessão de área instalada pela vara judicial. Todas são iniciadas pelo MP independente do tipo do ato infracional.	
(ação sócio educativa pública).
É neste momento que o MP pede normalmente a internação provisória.( pedida a internação ( encaminha( Juiz( Prazo máximo 45 dias ( devem ser cumpridos perante uma entidade de atendimento. E se na localidade não existir a unidade de atendimento? 
R: Se não tiver, poderá ficar 5 dias perante repartição policial, os outros 40 dias necessariamente devem ser cumpridos em uma entidade de atendimento, se na cidade não tiver encaminha o menor para uma cidade que tenha. 
O juiz ao receber a representação o juiz designa uma audiência de apresentação…Antes disto tem-se uma notificação do adolescente e dos pais ou responsáveis.
É neste momento que o juiz tem o contato inicial de oitiva do adolescente, ouve ele, os pais, como se fosse um interrogatório. Pode pedir auxilio de um profissional qualificado, Psicólogo, Assistente Social. --- Neste Momento que o juiz pode conceder Remissão(
Remissão Extintiva: Quando a medida sócio educativa ela se esgotar em si mesma ela será Remissão Extintiva. 
Remissão Suspensiva: Se ela não se esgota em si mesmo, como por exemplo a remissão com liberdade assistida, o processo suspende, o adolescente cumpre a liberdade assistida, e o processo ao final do cumprimento se extingue.
( se o juiz acha que é caso de aplicação de medida sócio educativa, irá desiginar nova audiência de continuação.
Súmula: 342
No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a
desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
Antes da audiência…
Defesa prévia em 3 dias
A defesa arrola suas testemunhas….
Se o adolescente foi notificado e não comparece a audiência de apresentação, o juiz determinará sua condução coercitiva. 
Se o adolescente não for encontrado, expede-se mandado de busca e apreensão. --- Não marca data, quando for apreendido apresenta a autoridade judiciária.
		Da Audiência de continuação:
Instrução, ouve-se testemunhas da acusação e da defesa, debates (das partes em audiência, podendo ser convertidos em memoriais, e por fim terá a sentença).( Sentença pode ser improcedência normal, quando reconhece que não foi praticado o ato infrapenal, e pode ser também de procedência. 
		Sentença
( Reconhecida a procedência( APLICA MEDIDA SÓCIO EDUCATIVA E OU MEDIDA PROTETIVA.
Proferida a sentença: Regras quanto a intimação dos termos. Se for feita por medida em meio aberto só pode ser intimado o defensor, o advogado.
Se for medida restritiva de liberdade: Intimação tanto do adolescente quanto do defensor. ( Intimado o adolescente tem que se manifestar se tem interesse de recorrer ou não, se o defensor achar que tem que recorrer e o menor não, vale a vontade de recorrer, se for ao contrario, sempre prevalece a vontade de recorrer.
O prazo para apresentação de recurso inicia-se apos a intimação do ultimo.
O advogado tem que praticar de todos os atos? R: Sim.
Recursos no ECA – Artigo 198 – Refere-se a tudo do ECA
Artigo 152 ECA (aplicação subsidiária, em termos de recurso sempre se aplica o código de processo civil subsidiariamente) Mesmo sendo ato infracional será aplicado o CPC, com algumas alterações peculiares.
Regras:
1) Pode se utilizar de todos os recursos disponíveis no CPC. 
2) Prazos para os recursos: 10 dias, para todos os recursos. (exceção Embargos de Declaração que o prazo será de 5 dias).
3) O MP defensoria pública tem prazo em dobro para recorrer? R: Sim
4) Efeitos da apelação,ela é recebida via de regra somente no efeito devolutivo. Não no efeito suspensivo ( Exceção: Quando se tratar de concessão de adoção para estrangeiros e também quando houver possibilidade de ocorrência de dano irreparável ou de difícil reparação.
	
5) É permitido ao juiz exercer juízo de retratação na apelação, o juiz pode modificar sua própria decisão.
6) Os recursos em razão da prioridade absoluta dispensa revisor e tem preferência de julgamento. (apela apresentando as razões tudo junto sob pena de não conhecimento da apelação).
7) Não se recolhe preparo
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude fica adotado o sistema recursal do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e suas alterações posteriores, com as seguintes adaptações:
I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo;
II - em todos os recursos, salvo o de agravo de instrumento e de embargos de declaração, o prazo para interpor e para responder será sempre de dez dias;(agravo também será de 10 dias)
III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;
VI - a apelação será recebida em seu efeito devolutivo. Será também conferido efeito suspensivo quando interposta contra sentença que deferir a adoção por estrangeiro e, a juízo da autoridade judiciária, sempre que houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação;
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da intimação.
Súmulas 108, 265, 338,342 STJ.
Súmula: 108
A APLICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS AO ADOLESCENTE, PELA
PRATICA DE ATO INFRACIONAL, E DA COMPETENCIA EXCLUSIVA DO JUIZ.
Muitos promotores entendiam que era eles que podiam aplicar a medida socio educativa, eles apresentariam remissão e aplicariam a medida sócio educativa, o STJ decidiu que tem que passar pela homologação do juiz.
Súmula: 265
É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a
regressão da medida sócio-educativa.
Para a aplicação da internação sanção, prevista no 122 III ECA, faz se necessário previa oitiva do adolescente. PQ? Porque tem que se verificar se a medida foi descumprida de forma injustificada. 
Súmula: 342
No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
Email: luciano.alves.rossat@terra.com.br

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