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I.Introdução à estratégia ESTRATÉGIA Determinação dos objetivos de longo prazo de uma organização e a adoção das ações e afetações de recursos necessárias para conseguir alcançar esses objetivos Estratégia competitiva é ser diferente. Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para obter um mix único de valor Um padrão num conjunto de decisões A direção de longo prazo de uma oganização TRÊS HORIZONTES DA ESTRATÉGIA Hor1: Atividades fulcrais da organização|Hor2: Novas formas de MP para obter lucro|Hor3: Criar formações variáveis (ex: investigação, entrar em novos mercados,...) melhorar o que já temos NÍVEIS DE ESTRATÉGIA 1. Está preocupada com o âmbito da organização e com o modo como se pode acrescentar valor às unidades de negócio; Acrescentar valor à minha empresa; Diversificar produtos; Como fazer para ser bem sucedido; (só ocorre so o nível 2 e 3 estiver satisfeito) 2. Está preocupada com o modo como o negócio deve concorrer para ser bem-sucedido no seu mercado particular, é também designada por estratégia competitiva; Como responder aos nossos adversários; Estratégia competitiva; 1. Estratégia corporate 2. Estratégia de (ramo de) negócio (Strategic Business Unit) 3. Estratégia Operacional 3. Está preocupada com o modo como as diferentes partes da organização executam com eficácia a estratégia corporate e a estratégia ao nível do ramo de negócio, em termos de gestão de recursos, processos e pessoas; Ligado à eficácia do projeto, às pessoas. O QUE É UMA UNIDADE ESTRATÉGICA DE NEGÓCIO (SBU) OU “ÁREA HOMOGÉNEA DE NEGÓCIOS (AHN)”? Parte de uma organização para a qual existe um mercado de bens ou serviços distinto dos outros ramos de negócio. CONTEÚDO DE UMA DECLARAÇÃO ESTRATÉGICA Principais metas que a organização prossegue (missão, visão ou objetivos) Âmbito ou domínio de atividades da organização Principais vantagens ou competências próprias de que dispõe para realizar estas atividades e atingir os objetivos e metas Vocabulário de Estratégia TERMO DEFINIÇÃO EXEMPLO Missão Quais são os nossos negócios? Como nos diferenciamos dos outros? Por que o fazemos deste modo? Como me distingo dos outros Estar saudável e em forma Visão O que queremos alcançar? Vencer a maratona de Londres Objetivos Quantificação (se possível) ou afirmação mais detalhada da finalidade ao longo de determinado período de tempo; O que temos de conseguir no próximo período= Emagrecer 5 kgs até 1 de setembro e correr a maratona no próximo Âmbito Relativo a 3 dimensões: Clientes, localização geográfica e Integração Vertical; O que queremos produzir e o que queremos subcontratar Correr, fazer ginástica e natação Vantagem Como é que se vai alcançar os objetivos fixados nos domínios escolhidos; Em que somos melhor? Temos de planear a estratégia de acordo com aquilo em que somos melhor Proximidade dum ginásio e relação de amizade com excelente nutricionista Organização (nível 1) Operacional (nível 3) Operacional (nível 3) Operacional (nível 3) SBU1 (nível 2) SBU2 (nível 2) O MODELO EXPLORING STRATEGY Posição estratégica Preocupa-se com o impacto na estratégia do ambiente externo, das competências estratégicas e da organização dos propósitos organizacionais e da cultura da organização. Elementos: Ambiente – político, económico, tecnológico, social,...; Uma empresa nos EUA é diferente de uma empresa em Portugal Competências estratégicas – Aquilo em que somos bons, vantagens competitivas/comparativas Propósito – A mensagem tem de estar definida a nível mais baixo (nível operacional), objetivo claro Cultura – Empresa portuguesa é diferente de uma no norte da Europa, na segunda os trabalhadores que chegam mais cedo estacionam nos lugares mais afastados para que os trabalhadores que chegam atrasados estacionem mais perto, por exemplo Questões fundamentais: Quais são as oportunidades e as ameaças da envolvente? Quais são as forças e as fraquezas da organização? Qual é o propósito principal da organização? Como é que a cultura molda a estratégia? Escolhas estratégicas Envolvem opções estratégicas, simultaneamente em termos de direções e de métodos de desenvolvimento Elementos: Ramo do negócio – Necessário identificar a forma como queremos competir; Ex: baixo custo, aumentar qualidade Nível corporate – Principais decisões estratégicas da empresa, gere o nível 2; Ex: quais os mercados onde quero competir Internacional – Mercados geográficos em que queremos competir Inovação – É preciso estar atento às mudanças (Ex: Kodak estagnou e não acompanhou as mudanças) Aquisições e alianças – Produzir na empresa ou subcontratar Questões fundamentais: Como devem concorrer as unidades de negócio? Quais os negócios que devem ser incluídos na carteira? Em que mercados internacionais deve a organização concorrer e como? Estará a organização a inovar adequadamente? Deve a organização comprar outras empresas, formar alianças ou prosseguir sozinha? Estratégia em ação Preocupa-se com o modo como se formam e como se implementam as estratégias. A ênfase é colocada em questões práticas de gestão Elementos: Avaliação – Ver se o plano rende como esperava; Se entrar no mercamo como gostaríamos que tipo de modificações temos que fazer Processos – Compete definir a estrutura da empresa, quem compete fazer o quê; Decisões do gestor de topo é diferente do gestor de base Organização – Como nos organizamos para colocar em prática a estratégia Mudança – Ex: Facebook comprou o whatsapp Prática – Colocar em prática o que desenhamos (nível 1 e 2)´ Questões fundamentais: Que estratégias são adequadas, aceitáveis e exequíveis? Que tipo de processo de execução da estratégia é necessário? Quais as estruturas e sistemas organizacionais exigidos? Como é que a organização deve gerir as mudanças necessárias? Quem deve fazer o quê no processo estratégico? TRÊS RAMOS DA ESTRATÉGIA Contexto – Ambiente interno e externo (vantagens, ameaças, modelo de 5 forças de Porter), recursos materiais e humanos Conteúdo – Probabilidade de sucesso de uma empresa, ênfase na parte analítica Processo – Como a estratégia é formada e implementada; Ênfase na parte humana e psicológica EXPLORAÇÃO DA ESTRATÉGIA EM DIFERENTES CONTEXTOS Pode ser aplicado em muitos contextos, diferindo a importância relativa de cada questão estratégica Uma empresa pequena tem de estar preocupada com a sua independência, com a probabilidade de ser adquirida por empresas maiores – Propósito, crescimento e manutenção da independência Empresas multinacionais deverá preocupar-se com a sua expansão e, como tal, tem de ter em conta o ambiente externo – âmbito geográfico, questões culturais e de estrutura/controlo Organizações do setor público – Importância da qualidade dos serviços e questões associadas à gestão da mudança Ex: Segundo Rui Moreira, se a TAP fosse pública, terá que prestar serviços com qualidade à sociedade, incluindo o Norte do país, esquecendo a maximização do lucro por vezes OSFL (Organização Sem Fins Lucrativos) – Propósito e questões de financiamento LENTES/PERSPETIVAS ESTRATÉGICAS Formas diferentes de olhar para as questões estratégicas procurando gerar outras questões e novas soluções Estratégia como plano (design) Mais detalhada possível, desenhada previamente e pensada muito detalhadamente tendo em conta uma análise crítica, racional e objetiva; Tem em conta os fatoresnucleares que a rodeiam (e não os fatores culturais, políticos ou imprevisíveis) Estratégia como experiência A legitimidade da empresa é influenciada pela experiência dos gestores A cultura da organização e os pressupostos e modos de fazer as coisas dados como adquiridos são determinantes chave da estratégia Ex: 2 empresas na mesma área estarão posicionadas de igual forma no plano, mas a nível desta estratégia, será melhor a empresa mais antiga Estratégia como variedade Pretende inovar-se, criar novos produtos e ideias; As ideias surgem de fontes imprevisíveis e não apenas do topo da organização, como tal, a legitimidade desta perspetiva é baixa porque, por exemplo, um gestor de base tem uma legitimidade menor que um gestor de topo. Resulta de múltiplas iniciativas e de uma envolvente incerta e em mutação Estratégia como discurso A maior parte dos gestores passa o seu tempo a influenciar, negociar,... Através do discurso, tanto dentro como fora da empresa Design Experiência Variedade Discurso Sumário Nós não queremos posicionar-mos estrategicamente através de um processo racional com o objetivo de maximizar a performance da nossa organização Vê a empresa/organização como a soma de todos os indivíduos, eles próprios ou em conjunto. Porque cada indivíduo terá, certamente uma experiência diferente e é necessário ter em conta todos Enfoque na variedade e inovação da empresa, não só dentro dela mas também fora (atenção aos novos avanços tecnológicos Enfoque na linguagem e nos conceitos de estratégia que cada gestor usa para ganhar influência, poder e prestígio, dentro e fora da organização Pressuposto A empresa é vista como um sistema hierárquico e racional Baseada na cultura, experiência passada dos colaboradores. Tem em conta o legado (sucesso do passado) da organização e dos trabalhadores Vê a organização como um sistema complexo, diversificado e orgânico que contrasta com o pressuposto de Design As empresas são vistas como uma arena de combate na medida em que os tentas ganhar mais poder e influência sobre os outros Papel do gestor de topo Compete tomar decisões estratégicas Coordenador e impulsionador da experiência dos seus gestores de intermédio e de base Vê como um coach, um papel de criadores, contrasta com Experiência e Design Ganhar e exercer esse mesmo poder, influenciar aqueles que nos rodeiam Teorias que suportam Teoria Económica Decision Science Teorias Institucionalistas e a psicologia Teorias da Complexidade e Teorias Evolucionistas Teoria do Discurso e Teoria de Gestão II.Posicionamento Estratégico: O Ambiente OS NÍVEIS DE AMBIENTE DE NEGÓCIOS Ambiente macro e global Para o caracterizar utiliza-se a análise PESTAL e os Cenários Onde se criam as principais ameaças e oportunidades (todos os fatores que influenciam praticamente todos os setores) Pressupondo que a maior parte dos fenómenos são imprevisíveis, temos que estar atentos a tudo o que nos rodeia Industria e setor (analisa-se através das 5 forças de Portes) Indústria – Responde a um grupo de empresas que produzem produtos que são essencialmente os mesmos; Parte privada (Ex: Indústria automóvel e indústria de aviação) Setor – Parte pública (Setor da educação e setor da saúde) Mesmo tipo de produtos e serviços Concorrentes – Tudo o que concorre connosco Mercados – Grupo de clientes para um dado produto e/ou serviço que é essencialmente o mesmo, para além de terem que ficar satisfeitos, têm expectativas Ex: Apple diz que tem muita qualidade, logo o cliente espera que seja mesmo assim AMBIENTE MACRO E GLOBAL MODELO PESTAL (a partir dos fatores é possível construir cenários) Ex: A indústria têxtil, antes da entrada dos países do bloco de leste, era competitiva Ex: Acredita-se que é em época de recessão que os melhores negócios são feitos porque ninguém investe Na recessão, não se pode estar muito pessimista e é necessário investir. Contudo, na expansão, não se pode olhar só para o grande crescimento das vendas, é necessário perceber que a qualquer momento o crescimento económico diminuirá Ex1: A diminuição da taxa de natalidade, afeta a roupa para crianças Ex2: O aumento da esperança média de vida afeta os lares de idosos Novas tecnologias podem substituir parcial ou totalmente um produto Ex: Já é possível imprimir comida Envolvente política Este esquema não é estático, por exemplo, antes da crise económica, os bancos encontrar-se-iam no quadrante 3, atualmente encontra-se no quadrante 2 porque foram ajudados pelo Estado Indutores chave de mudança – Fatores ambientais externos com alta probabilidade de terem um impacto elevado no sucesso ou fracasso da estratégia das organizações; Variam consoante a indústria, por exemplo, numa multinacional são muito importantes os fatores políticos e legais, para um pequena empresa portuguesa serão mais importantes os fatores sociais. Megatendências – Alterações em larga escala que se formam lentamente, mas que exercem influência sobre múltiplas atividades durante décadas; Influenciam outras tendências mais pequenas que afetam apenas parte do setor Ex1: Internet levou a vendas e jogos online Ex2: Envelhecimento da população, crescimento económico acentuado nos países asiáticos,.. Pontos de inflexão – Quando inesperadamente as tendências mudam de sentido, como tal, difíceis de prever, mas importantes para saber como reagir Ex:Durante décadas, os países da África subsariana estiveram estagnados, de repente, começaram a crescer Sinais fracos – Sinais avançados de tendências futuras que podem ajudar a identificar pontos de inflexão; Muitas vezes não estão estruturados e são pequenos fragmentos de informação Ex: Em 2007, no Estado da Califórnia, ocorreu um aumento do número de situações em que as hipotecas foram executadas Formas de identificar: 1. Repetição do sinal 2. Existência de um padrão 3. Desacordo entre especialistas 4. Falha inesperada de algo que tinha corrido bem até então Utilização do modelo PESTAL Aplicar seletivamente: Identificar fatores específicos com impacto no setor, mercado e organização em causa Identificar fatores que são atualmente importantes, mas considerar também os que se podem tornar mais importantes nos próximos anos Usar dados e informação de apoio às análises de tendências Identificar oportunidades e ameaças: O objetivo principal do exercício CENÁRIOS Visões alternativas plausíveis, o mais alternativas possíveis, quanto ao modo como a envolvente de negócio se pode desenvolver no futuro. Apoiam-se na Pestal e nos indutores chave de mudança, mas, por norma, não envolvem uma previsão única quanto à alteração da envolvente Construção de cenários 1. Identificar o âmbito do estudo (o que queremos estudar) – o que vai ser objeto de análise de cenários (indústria, mercado – ligado ao setor privado – ou região geográfica – ligado ao setor público) e o período de tempo relevante 2. Identificar indutores chave de mudança em que há uma incerteza elevada e que são mutuamente independentes, o que permite construir cenários completamente independentes e alternativos (ver cubo dos cenários) 3. Desenvolver histórias dos cenários – encadear os cenários (Se acontecer A, leva a B,...) 4. Identificar o impacto de cada cenário na organização que modifica consoante a empresa 5. Estabelecer sistemas que permitamidentificar sinais antecipados É aconselhável não construir um cenário pessimista, um otimista e um médio porque acaba por se valorizar o cenário médio. Como tal, deve evitar-se construir cenários com pontos médios (o ideal é construir 4 cenários, 8 cenários,...) INDÚSTRIA E SETOR AS 5 FORÇAS DE PORTER Usado por todas as empresas que estão a operar ou querem entrar, e pelos consumidores para perceberem se estão a ser explorados ou não | Modelo válido e não estático Barreiras à entrada – Fatores que precisam de ser ultrapassados por potenciais novos concorrentes se pretenderem entrar na indústria Economias de escala, experiência e necessidade de avultados investimentos (Preços mais baixos por produzirem em grande quantidade, o que traz grandes custos a empresas novas) Acesso a (controlo de) canais de aprovisionamento e/ou distribuição (Ex: Colocar produtos nas prateleiras de um mini mercado ou no Continente) Retaliação esperada por parte das incumbentes=concorrentes (a nova empresa vai ficar com parte do mercado) Ex: Quando a SIC apareceu, a RTP comprou todos os programas possíveis fazendo com que a SIC não pudesse passar nada; No início, a FNAC praticou preços a baixo do custo para limpar a concorrência. Legislação ou restrições governamentais (Ex: Licenciamento na indústria farmacêutica) Diferenciação – Para ser possível entrar na indústria, é necessário colocar no mercado um produto diferente de forma a suprir uma necessidade de mercado Ameaça de produtos substitutos Substitutos – Bens ou serviços que oferecem um benefício semelhante ao proporcionado pelos bens e serviços da indústria em análise, mas são oferecidos por outra indústria (têm uma natureza diferente); Não competem diretamente no mercado da empresa em questão; Ex: Kodak teve substitutos com as novas tecnologias Poder negocial dos compradores (clientes imediatos e não cliente final) Concentração dos compradores – Sendo 2 ou 3 compradores têm grande poder para negociar o preço diretamente Reduzidos custos de mudança e reduzida diferenciação do produto Ameaça de integração vertical a montante (por parte dos compradores) – Se o comprador pode produzir o produto, grande poder negocial (No entanto, se ele quer comprar, é porque ou não consegue tanta qualidade ou a tão baixo preço, como tal, a empresa consegue sempre ter alguma margem) Clientes estratégicos – São aqueles para quem a estratégia deve ser orientada, porque têm uma maior influência sobre os bens e serviços que são adquiridos; Ex: Os supermercados para uma empresa como a Procter & Gamble Poder negocial dos fornecedores (Quem fornece a organização com aquilo que ela necessita para produzir) Concentração dos fornecedores Elevados custos de mudança e diferenciação do produto (fator raro ou específico) Ameaça de integração vertical a jusante Grau de rivalidade competitiva (empresas com produtos/serviços semelhantes e direcionados de igual forma) Equilíbrio entre concorrentes – Quando os concorrentes têm dimensão semelhante, a indústria torna-se bastante competitiva (normalmente utiliza-se a estratégia via preço), as empresas mais pequenas focam-se no nicho de mercado e não nos preços Indústria matura ou em declínio – As 5 forças de Porter comportam-se de forma diferente dependendo da fase de vida do produto Elevados custos fixos – Nenhuma empresa quer sair desta indústria porque implicaria perder muito dinheiro Elevadas barreiras à saída – Ex: Desinvestimento, indemnizar os trabalhadores,.. Baixa diferenciação – Se não se diferenciar, só pode competir via preço (não pode ser através de fidelização nem qualidade) Implicações para a gestão (A análise de Porter só é relevante, se conseguirmos responder às seguintes questões) Quais as indústrias em que devemos investir? E abandonar? Que influência podemos exercer sobre as forças? – Mesmo tendo barreiras à entrada baixas, a empresa pode aumentá-las através de publicidade, aposta na fidelização dos clientes,... De que forma são influenciados os nosso concorrentes? – Não competimos sozinhos no mercado, nem apenas com o mesmo tipo de indústrias Outras questões Escolher a indústria “certa” (o modelo deve ser aplicado ao nível mais apropriado, não à indústria na sua totalidade), por exemplo, analisar o setor de aviação low cost na Europa e não no mundo Perceber se há convergência entre diferentes indústrias – sobretudo em setores de áreas tecnológicas Identificar organizações complementares – que aumentam a atratividade de um negócio para clientes e fornecedores Ex: Antivirus que já vêm com o computador Erro clássico – Se as barreiras à entrada são baixas, vão a correr investir nesse mercado, esquecendo-se que se é fácil para eles, também é fácil para toda a gente; É necessário ver se as barreiras vão aumentar no Curto Prazo. Modelo é dinâmico, daí que as nossas atividades possam influenciar essas 5 forças Rede de Valor Mapa de uma organização num ambiente de negócio que mostra, não só as oportunidades de cooperação, mas também de competição O Ciclo de Vida da Indústria 1 – Estado experimental; 5 forças de Porter são baixas, lucros são baixos dado os investimentos iniciais; 2 – Bons lucros, compradores têm pouco poder negocial porque existem poucos concorrentes e estão dispostos a comprar o produto; Barreiras baixas à entrada; Não é possível produzir em massa nem possuir a lealdade dos clientes ainda; 3 – Mercado começa a ficar saturado; Demasiadas empresas nesta indústria; O lucro varia da estratégia; 4 – Mais concorrentes; Compradores têm poder negocial (diferenciação muito menor); Elevadas barreiras à entrada comparando com a fase 2; Crescimento mais lento; Preocupação em manter a quota de mercado controlando custos 5 – Poucas vendas que cada empresa quer para si (concorrência via preço); Esta fase não vem obrigatoriamente a seguir à fase de maturidade. 1 2 3 4 5 Análise Comparativa da Estrutura da Indústria CONCORRENTES E MERCADOS GRUPOS ESTRATÉGICOS Organizações que, numa indústria ou setor, apresentam características estratégicas similares, seguindo estratégias similares ou concorrendo em bases semelhantes. Características que identificam grupos estratégicos Ex: Grupos Estratégicos na Indústria Farmacêutica Indiana 4 tipos de estratégia de acordo com a ponto em que se encontra a empresa A “emergentes globais” é a estratégia mais bem sucedida, portanto as empresas da indústria farmacêutica têm de investir no estrangeiro e no IDE Se quiser entrar na indústria, tem a zona A, não vai para o outro lado porque já está muito competitivo A Utilidade da análise dos Grupos Estratégicos Identificar os concorrentes mais diretos Analisar oportunidades estratégicas Analisar barreiras à mobilidade Ex: As empresas “Exploradores I” têm barreiras à sua mobilidade para se deslocarem para “Emergentes globais”, ao passarem do foco nacional para o foco internacional SEGMENTO DE MERCADO Grupo de compradores com necessidades semelhantes entre si e diferentes das necessidades dos clientes de outras partes do mercado; Ao analisá-lo, percebe-se melhor as necessidades dos clientes. Base para a Segmentação do Mercado OCEANOS AZUIS “Oceanos azuis” – Novos espaços de mercado onde a concorrência está minimizada, espaços vazios e inexplorados ou pouco explorados; “Oceanos vermelhos” – Indústrias já bem definidas, onde a rivalidade é intensa; Há elevada competitividade “Tela estratégica” – Compara os concorrentes de acordo com o seu desempenho em fatores críticos de sucesso permitindoestabelecer o grau de diferenciação entre eles Fatores Críticos de Sucesso (FCS) – Fatores que são particularmente valorizados pelos clientes ou que oferecem uma vantagem significativa em termos de custos Curvas de valor – Representação gráfica do modo como os clientes percebem o desempenho relativo dos concorrentes nos vários FCS Ex de tela estratégica: Custo de A melhor que de C (A tem preços mais baixos que C) C comporta-se muito bem nos FCS 5 e 6, aliás, ninguém tem o 6 sem ser a empresa C C não é espetacular, mas é razoável No “Oceano azul” há um grande distanciamento entre C e os concorrentes III. A posição estratégica: Competências estratégicas Como a empresa se distingue das restantes Vantagem competitiva a longo prazo (estratégica) Organizações não são idênticas entre si e é assim que tem que ser, têm que ter vantagens competitivas É difícil copiar/implementar as vantagens competitivas das outras empresas VISÃO BASEADA NOS RECURSOS Defende que a vantagem competitiva e o desempenho superior de uma organização são explicados pelas suas competências distintivas Recursos – Ativos que as organizações detêm ou são capazes de mobilizar (por exemplo, de parceiros ou fornecedores), quer dizer, aquilo de que “dispõem” Competências – Modos como se usam ou mobilizam eficazmente esses ativos, quer dizer, aquilo que se “faz bem” Componentes das competências estratégicas COMPETÊNCIAS DINÂMICAS Capacidade que uma organização tem de se renovar e recriar as suas competências estratégicas, de modo a conseguir responder a ambientes em constantes transformação Três tipos genéricos de competências dinâmicas Percecionar oportunidades e ameaças – Posição Estratégica Aproveitar oportunidades – Escolhas Estratégicas Reconfigurar as competências da organização – Estratégia em ação Ex: Apple COMPETÊNCIAS MÍNIMAS E DISTINTIVAS Competências limiares/mínimas – Aquelas que são exigidas a uma organização para satisfazer os requisitos necessários para concorrer num dado mercado em igualdade de circunstâncias com os concorrentes desse mercado (“eliminatórias”) Competências distintivas – As que sustentam criticamente a vantagem competitiva; São competências únicas ou distintivas que têm valor para os clientes e que os concorrentes não conseguem imitar (“vencedoras”); Importantes para as Startup COMPETÊNCIAS NUCLEARES Competências essenciais para a empresa que permitem ter vantagens competitivas São basicamente competências dinâmicas, apenas são defendidas por autores distintos Conjunto interligado de capacidades, atividades e recursos que: Proporcionam valor ao cliente Diferenciam um negócio dos seus concorrentes Potencialmente, podem ser estendidas ou alargadas, à medida que os mercados se alteram ou surgem novas oportunidades COMPETÊNCIAS VRIO QUE PERMITEM OBTER VANTAGENS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS V – Valor das competências estratégicas As competências estratégicas têm valor quando: Tiram partido de oportunidades ou neutralizam ameaças (IKEA percebeu que havia necessidade de mobílias baratas, estandardizadas e de baixo custo que não estava contemplada por adversários na altura) Proporcionam valor aos clientes (não interessa apenas ser diferente, tem que ser valorizado pelo cliente) A um custo que permite à organização obter níveis aceitáveis de rendibilidade (o negócio tem que ser rentável, tem que dar lucro) R – Raridade As competências raras são aquelas que são possuídas apenas por uma ou por poucas organizações (produtos patenteados, colaboradores muito talentosos ou marcas fortes) Ex: biblioteca com livros raros Pode ser temporária (as patentes expiram, os colaboradores podem abandonar a organização ou as marcas podem ser prejudicadas por notícias adversas) – Não chega ter valor, raridade,... É necessário proteger a vantagem I – Inimitabilidade Competências que não são passíveis de imitação são aquelas que os concorrentes têm dificuldade em imitar ou obter ou substituir Pode ser apoiada em recursos únicos, mas pode não ser sustentável (as pessoas podem sair ou os concorrentes podem adquirir sistemas análogos) Mais frequentemente, a vantagem competitiva sustentável apoia-se em competências organizacionais (modo como recursos são geridos e desenvolvidos) e no modo como estas competências se relacionam e integram Critérios para avaliar a dificuldade de imitação das competências Complexidade Ligações internas – Proximidade entre as pessoas (organização e clientes) Ligações externas – Ligações entre a organização e fornecedores Causalidade ambígua Ambiguidade das características – Perceber a importância dentro da própria empresa para o sucesso Ambiguidade das ligações Cultura e história Atividades interiorizadas – Dentro da empresa cada um sabe o que quer/deve fazer e onde deve estar de forma natural e fluída Dependência do percurso – Está relacionado com a história da organização, isto é, a forma como as competências da empresa se foram desenvolvendo à medida que a empresa foi evoluindo (pode ser um problema quando há propostas de negócio inovadoras) O – Organização (apoio organizacional) A organização só consegue aproveitar a vantagem competitiva das suas competências raras, valiosas e inimitáveis se se organizar devidamente para as explorar e capturar o seu valor – exige processos e sistemas apropriados Estas competências de apoio organizacional são consideradas competências complementares, porque não proporcionam isoladamente uma vantagem competitiva CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL Inteligência coletiva, específica de uma organização, acumulada quer através de sistemas formais, quer através da experiência partilhada pelas pessoas que trabalham na organização. Forma como a empresa trabalha entre si é fundamental para comunicar bem. Conhecimento “explícito” ou “objetivo” – é transmitido de modos formais e sistemáticos, por exemplo, manuais Conhecimento “tácito” – é mais pessoal, específico do contexto e difícil de formalizar e comunicar – por isso, é difícil de imitar (p. Ex: Conhecimento e relacionamentos numa equipa de I&D de topo) DIAGNÓSTICOS DA COMPETÊNCIA ESTRATÉGICA BENCHMARKING Um modo de averiguar como é que uma organização se compara com outras organizações – tipicamente concorrentes “de referência” Foca-se nos indicadores de resultados (Ex: Taxa de eficiência) em vez de nos de meio (Ex: Camas disponíveis) Duas abordagens possíveis: Industrial/setorial – Comparar o desempenho numa série de indicadores com outras empresas da mesma indústria ou setor Melhor da classe (best in class) – Busca mais vasta da melhor prática, mesmo que num setor totalmente diferente, de forma a adaptar a forma como a empresa do outro setor tem sucesso Desvantagens: Dá apenas comparações superficiais (não permite perceber bem como ficar como a outra empresa ou porque é que a empresa tem clientes fidelizados, por exemplo) Só é interessante se a empresa partir de uma desvantagem competitiva pois permite acompanhar as restantes e não destacar-se CADEIA DE VALOR Descreve as categorias de atividades no interior de uma organização que, em conjunto, permitem obter um bem ou um serviço Leva a pensar na organização como uma combinação de conjuntos de atividades interligadas – em cada uma delas, ou em cada conjunto, podem pesquisar-se fontes de vantagens (ou desvantagens) competitivas Difere de um sistema de valor pois não engloba um conjunto de relações inter-empresa necessários para produzir um bem/serviço Obrigada a perceber que a empresa é um resultadoda soma de atividades dentro da empresa para produzir um bem/serviço Atividades primárias – Relacionadas com a criação e entrega do produto Logística de entrada – Recebimento de encomendas e matéria prima Operações – Transforma inputs em outputs Logística de saída – Armazenamento de produtos finalizados Marketing e vendas – Fazer com que os clientes percebam a existência do produto/serviço Serviços – apoio aos produtos finais (ex: Transporte) Atividades de apoio – Apoia a organização Compras – Inputs necessários para produzir Desenvolvimento tecnológico – Ex: aparição de máquinas mais eficientes Gestão de Recursos Humanos – A empresa é muito mais do que as matérias primas, do que os produtos que produz, uma empresa é as pessoas e é preciso mantê-las motivadas Infraestrutura de empresa – Planeamento financeiro, controlo de qualidade,... Utilidade Pode ser usada para compreender a posição estratégica da organização e analisar as competências estratégias de 3 formas distintas: Como descrição genérica de atividades – Compreender se há atividades (ou conjuntos de atividades relacionadas) que proporcionam benefícios aos clientes e que estão localizados numa certa área da cadeia de valor Analisar a posição competitiva da organização usando os critérios VRIO Analisar o custo e o valor das atividades de uma organização - Identificar as atividades onde a organização tem forças ou fraquezas especiais, absolutas ou comparativas - Importância relativa, de um ponto de vista interno, dos custos e do valor gerado pelas atividades - Procurar aumentar o valor ou diminuir os custos em atividades de valor (ex: outsourcing) SISTEMA DE VALOR Constituído pelo conjunto de ligações e relações entre organizações necessárias para criar um produto/serviço Vantagem competitiva pode ser obtida a partir das ligações que existem no interior do sistema de valor Nota: Não chega saber como a Cadeia de Valor funciona, interessa saber como é que se encaixa no Sistema de Valor das várias empresas Cadeia de valor de cada empresa Utilidade Compreender as estruturas de custos e preços ao longo do sistema de valor – analisando a melhor área de atuação e o melhor modelo de negócio (como se comporta a empresa dentro do sistema de valor) Identificar “posições” mais lucrativas” no interior do sistema de valor e procurar explorá-los (perceber como alterar a posição dentro do Sistema de Valor, p. Ex, substituir os distribuidores e chegar diretamente aos clientes) A decisão “comprar ou fazer” (make or buy): Decidir quais as atividades a realizar internamento e quais externalizar Parcerias e relacionamentos – decidir com quem trabalhar e a natureza desses relacionamentos (p. Ex, um dado distribuidor cobra mais, mas tudo o que compra escoa facilmente) SISTEMAS DE ATIVIDADE Mapeamento Identificar “temas estratégicos de nível superior”, isto é, de que modo a organização satisfaz fatores críticos de sucesso no mercado Identificar os clusters de atividade subjacentes a esses temas e como se articulam uns com os outros Representar através de um mapa (mapear) as interrelações entre os sistemas de atividades Ex: Mapa de sistema de atividade – Ryanair Utilização Relação com a cadeia de valor Compreender e identificar competências estratégicas em termos de atividades e ligações O que está representado no mapa de atividade está relacionado com a cadeira de valor Importância das ligações e de ajustamento Riscos e desafios da gestão da mudança Estratégias de nível superior Cluster das atividades subjacentes (que sustentam as estratégias de nível superior) Podem revelar ausência de consistência Só importa fazer o mapa se o souber utilizar Relação com o VRIO Como é que estas atividades e o modo como se ligam e ajustam podem constituir uma fonte de vantagem competitiva sustentável Por vezes é a ligação dentro e fora da empresa que traz valor ao cliente Ex: Não há uma loja oficial da Apple em Portugal, mas é possível arranjar o Iphone na Apple Store do Gaia shopping Desagregação Devem ser identificadas atividades que possam ser geridas a um nível operacional Identificar atividades supérfluas Quais as atividades que têm de ser realizadas para prosseguir determinada estratégia Como é que as atividades contribuem para a criação de valor ANÁLISE SWOT Utilização As principais oportunidades e ameaças são identificadas usando os instrumentos analíticos do cap 2 As principais forças e fraquezas são identificadas usando os instrumentos analíticos do cap 3 Pode ser usada uma pontuação (por ex +5 a -5) par avaliar a interrelação entre os impactos ambientais e as forças e fraquezas Pode ser usada para analisar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades relativamente aos concorrentes A SWOT pode ser usada para gerar opções estratégicas – usando uma matriz TOWS Exemplos Matriz TOWS Exemplo Perigos da análise SWOT Grandes listas sem preocupação de estabelecer prioridades – É necessário estabelecer prioridades porque a finalidade é utilizar a análise Excesso de generalizações, muitas vezes baseadas em opiniões enviesadas e não fundamentadas – Estar disposto a aceitar que não tinha razão É usada em substituição de uma análise cuidada – deve existir uma análise detalhada usando os enquadramentos dos capítulos 2 e 3 e não utilizar apenas a análise SWOT Não é usada para guiar a estratégia – é vista como um fim em si mesma Desenvolvimento de competências estratégicas (através da análise SWOT) Desenvolvimento interno de competências Construindo e recombinando competências – p. Ex: Cultura que promove a capacidade de inovação Alavancando competências – identificar competências numa parte da organização e transferi-las para outras partes (partilhando melhores práticas) Esticando (prolongando) competências – Construir novos produtos ou serviços com as competências existentes Desenvolvimento externo de competências – através de fusões, aquisições e alianças Cessação de atividades – deixar, efetuar o outsourcing ou reduzir os custos de atividades não nucleares Controlo e monitorização de outputs e benefícios Desenvolvimento da consciencialização – importância da formação IV. A posição estratégica: O propósito estratégico INFLUÊNCIAS SOBRE O PROPÓSITO ESTRATÉGICO Stakeholders – Dependem da organização para satisfazer os seus propósitos Se nos identificarmos com o propósito da empresa, vamos trabalhar de forma mais eficiente DECLARAÇÃO DE MISSÃO Visa ajudar os colaboradores e os stakeholders a compreenderem claramente aquilo que a organização faz Deve responder às seguintes questões: Quais são os nossos negócios O que se perderia se deixássemos de existir? Como nos diferenciamos dos outros? Por que fazemos isto? DECLARAÇÃO DE VISÃO Descreve o estudo futuro desejado para a organização. Tipicamente, exprime uma aspiração que deve gerar entusiasmo e compromisso e melhorar o desempenho dos membros da organização Deve responder às questões: O que queremos alcançar? Se estivermos aqui sentados daqui a 20 anos, o que queremos dizer que conseguimos fazer ou alcançar? DECLARAÇÃO DOS VALORES CORPORATIVOS Deve comunicar os princípios de base, nucleares e duradouros, que guiam a estratégia da organização e definem o modo como a organização deve funcionar Tais valores fundamentais devem permanecer intactos sejam quais forem as circunstâncias e os constrangimentos enfrentados pela organizaçãoOBJETIVOS Declarações de resultados específicos a serem alcançados São frequentemente expressos em: Termos financeiros (p. Ex, níveis desejados de rendibilidade) Termos de mercado (p. Ex, quota de mercado desejada) Temos sociais PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA ELABORAÇÃO DAS DECLARAÇÕES Focalização Não devem ser vagas e devem ajudar na tomada de decisão (mais preciso possível) Tão importante o que se inclui como o que se exclui Motivação Devem motivar os colaboradores a “dar o seu melhor” Devem ser distintivas, credíveis e autênticas Ex: Google tem que motivar os trabalhadores para tudo correr como previsto Clareza Para serem fáceis de comunicar, compreender e lembrar o que têm que fazer e como QUEM DEFINE O PROPÓSITO DA EMPRESA Gestores juntamente com quem detém a propriedade da empresa Quanto estas entidades não coincidem, podemos ter problemas, para isso não acontecer, deve saber-se onde se enquadra a empresa PROPRIEDADE, GESTÃO E PROPÓSITO CORPORATE GOVERNANCE Estruturas e sistemas de controlo através dos quais os gestores são responsabilizados perante aqueles que têm interesses legítimos numa organização (stakeholders) CADEIA DE GOVERNO (Ex de uma empresa grande e pública) Mostra o papel e a relação entre diferentes grupos envolvidos na governação da organização MODELO AGENTE-PRINCIPAL Modelo de governação Investidores e indivíduos Os “principais” (representados ou mandantes) pagam aos agentes para agirem em seu nome Porém, os “agentes” podem atuar procurando satisfazer interesses próprios Beneficiários são os “principais” (têm dinheiro e vão colocar no fundo de investimento, os “agentes” que são representar as poupanças dos “principais” Ex: Principal – Fundo de investimento, Agente – Conselho de Administração Problemas associados ao modelo Desalinhamento de incentivos (crescimento a longo prazo versus lucros a curto prazo) – O principal quer lucros a longo prazo, o agente procura lucros de curto prazo para que eu o valorize Assimetrias em termos de conhecimento – Os agentes sabem mais do que os principais quanto ao que pode e deve ser feito – por isso foram contratados Limites de monitorização – principais têm dificuldade em monitorizar os agentes, sobretudo quando há interesses distintos; Ex: Principal diz para o agente definir objetivos, agente define objetivos fáceis, mas o principal não sabe que são fáceis DIFERENTES MODELOS DE GOVERNAÇÃO Modelo acionista (shareholder) – Dominante em empresas cotadas, sobretudo nas anglo-saxónicas. Os acionistas têm prioridade quanto à riqueza gerada pela empresa, ao contrário de outros agentes como os empregados. Acionistas nomeiam o Conselho de Administração e compram e vendem ações. Possuem diversos tipos de acionistas. Vantagens (face ao próximo modelo) Elevada taxa de retorno (o gestor focando-se nos acionistas, direcionam a política para maximizar o lucro) Baixo risco (enquanto investidor consigo tentar nomear um Conselho de Administração que faça o que eu quero e, se não estiver de acordo com a empresa, posso vender a ação Aumento do empreendedorismo e inovação (é possível aproveitar oportunidades mais arriscadas porque, enquanto investidor, posso diversificar a minha carteira, comprar ações com maior e menor risco) logo é mais fácil de adquirir financeiramente Melhoria/eficiência maior na decisão do gestor (mais racionais, objetivas e claras, porque como normalmente são acionistas pequenos, não têm margem de decisão) Desvantagens Difícil monitorização (tendo pequenos acionistas o problema no módulo anterior é alargado) Vulnerabilidade dos pequenos acionistas (tendem a fazer grupos para decidirem o melhor para eles, e os mais pequenas são prejudicados) Foco apenas no curto prazo (gestores, para mostrar lucro aos shareholders, sacrificam estratégicas de longo prazo porque, muitas vezes, ganham bónus de acordo com os resultados) Modelo stakeholders – Neste modelo, os gestores têm de responder perante múltiplos stakeholders (nalguns casos estes stakeholders até assumem lugar nos Conselhos de Administração). Têm que responder aos acionistas, aos trabalhadores, fornecedores,... Vantagens Visão de LP (quando os shareholders detêm uma parte significativa das empresa, têm preocupação de LP porque grande parte dos seus investimentos estão nesta empresa logo dependem da empresa no CP e no LP) Decisões menos arriscadas pela razão anterior (são mais avessos ao risco) Melhor gestão (tendo shareholders grandes, acompanham mais e de forma mais direta) Desvantagens Menor poder de decisão dos gestores (dada à maior monitorização) Investimentos menos rentáveis (são mais avessos ao risco, logo a rentabilidade é inferior) Baixo nível de empreendedorismo e inovação (prefere-se evitar conflitos de interesses entre grandes stakeholders, é difícil vender os títulos de ações, e por isso os investimentos que tem de ter são maiores que no modelo anterior) Stakeholders (“interessados”) – Indivíduos ou grupos que dependem da organização para atingirem os seus próprios objetivos e dos quais por sua vez, a organização também depende. Aqueles cujas expectativas é necessário ter mais em conta Tipos de stakeholders Internos Gestores Empregados Externos Económicos (fornecedores, acionistas, bancos, concorrentes) Sociais e políticos (agências governamentais) Tecnológicos (early adopters, forncedores de material necessário,...) Da comunidade (residentes locais, ex: pessoa que mora perto de uma fábrica que polui pode tomar ações e isso condiciona a empresa) Conflitos de expectativas entre stakeholders Para crescer, pode ser necessário sacrificar a rentabilidade a curto prazo, os cash-flows e os níveis de remuneração A preocupação com o curto prazo pode estar de acordo com as aspirações de carreira dos gestores, mas pode afastar o investimento em projetos de longo prazo. Quando os negócios familiares crescem, os proprietários podem perder controlo se têm necessidade de contratar gestores profissionais. Novos desenvolvimentos podem exigir fundos adicionais através da emissão de ações ou empréstimos, o que poderá sacrificar a independência financeira. A venda ao público de ações exigirá uma maior abertura e responsabilização por parte da gestão A eficiência e o investimento em capital podem significar perda de postos de trabalho. A entrada em mercados massificados pode exigir uma redução dos níveis de qualidade Nos serviços públicos há um confronto frequente entre a prestação de serviços em massa e a prestação de serviços especializados (por exemplo, prevenção dentária e transplantes cardíacos). Em grandes multinacionais, os conflitos podem surgir porque uma divisão tem responsabilidades perante a empresa, mas também perante o país de acolhimento. Mapeamento de stakeholders Visa identificar e explicitar as expectativas e o poder das partes interessadas e ajuda a compreender as prioridades políticas O poder e os interesses dos stakeholders dependem da questão particular que está a ser discutida – questões diferentes exigem mapas diferentes Intervenientes chave – Investidores grandes porque a empresa depende do dinheiro deles e eles são interessados porque investiram muito dinheiro na empresa Ex: Estado nas empresas públicas Manter satisfeito – Não podemos subavaliar o seu interesse porque se não gostarem do que é feito, podem saltar logo para os intervenientes chave e exigir explicações Ex: Fundos de investimento porque investem muito e em muitas empresas Manterinformado – Podem influenciar os intervenientes chave jogando com o interesse que têm na empresa, podem ser úteis para a estratégia Questões que o mapeamento de stakeholders ajuda a compreender Quem são os principais bloqueadores e facilitadores da estratégia e qual a resposta apropriada? Será desejável ou exequível tentar reposicionar alguns stakeholders? Como? Por exemplo, será possível diminuir influência de um interveniente chave ou assegurar que há mais intervenientes chave a defender a estratégia? É possível manter o nível de interesse ou poder dos stakeholders chave? Em certos casos pode ser desejável desencorajar o reposicionamento dos stakeholders PODER Capacidade dos indivíduos ou grupos para persuadirem, induzirem ou coagirem outros a seguir determinadas atitudes Fontes de poder Importância relativa e dinâmica Ex: Atualmente, o poder dos clientes tem aumentado com o avanço tecnológico No interior das organizações De stakeholders externos Hierarquia (poder formal), por exemplo, tomada de decisão autocrática Influência (poder informal), por exemplo, liderança carismática Através de ligações internas, por exemplo, influência informal Controlo de recursos estratégicos Controlo de recursos estratégicos, por exemplo, materiais, trabalho, dinheiro Posse de conhecimento e aptidões, por exemplo, especialistas informáticos Posse de conhecimento e aptidões, por exemplo, parceiros e subcontratados Controlo da envolvente humana, por exemplo, capacidades de negociação Envolvimento na implementação da estratégia, por exemplo, exercendo poder discricionário Envolvimento na implementação da estratégia, por exemplo, agências e agentes de distribuição Indicadores de poder Permitem explorar as fontes de poder No interior das organizações De stakeholders externos Estatuto (reputação) Estatuto Controlo sobre recursos (fonte dos recursos que detém) Dependência de recursos Representação (se ocupo posições importantes ou não) Acordos de negociação Símbolos (títulos – Ex: Diretor Executivo vs Operador ou se, p. Ex, tiver o escritório em NY) Símbolos RESPONSABILIDADE SOCIAL DA ORGANIZAÇÃO(RSE) Compromisso das organizações de se “comportarem eticamente e contribuírem para o desenvolvimento económico, melhorando também a qualidade de vida dos trabalhadores e das suas famílias, bem como da comunidade local e da sociedade em geral” POSTURAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS ORGANIZAÇÕES Laissez-faire Interesse próprio esclarecido (interesse financeiro) Fórum de interação entre stakeholders Modelador (shaper) da sociedade Racionalidade (Lógica) Legalista: obter lucros, pagar impostos e fornecer emprego Bom investimento do ponto de vista financeiro Sustentabilidade ou resultados tripartidos Mudar a sociedade e o mercado Liderança Periférica Apoio Campeão Visionária Gestão Responsabilidade é dos gestores intermédios Sistemas que assegurem boas práticas Nível do CA; monitorização vasta da organização Responsabilidade individual ao longo da organização Modo Defensivo face a pressões externas Reativo a pressões externas Proativo Definidor Relações com stakeholders Unilateral Interativas Parceria Alianças com múltiplas organizações Deixar andar A comunidade já beneficia do lucro, por isso não é necessário ter em conta os Empresa procura ter boa relação com os seus stakeholders de modo a ter um crescimento Manter boa relação e perceber o que eles querem, tendo em conta a organização da empresa Alterar a forma como vemos a sociedade Lucro é apenas uma restrição para restantes interesses (ex: salários) Foco essencial é o lucro sustentado ao longo prazo e também ter uma boa reputação junto dos clientes Ter em conta muitos outros fatores para além do grupo: económicos, ambientais e sociais Nunca vendem produtos que prejudiquem o ambiente alterar a forma de pensar de pessoas QUESTÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA Aspetos internos Bem estar dos empregados – Oferecer assistência médica, apoio no financiamento da habitação, baixas por doença prolongada, assistência aos dependentes, etc. Condições de trabalho – Garantir segurança no emprego, melhoria da envolvente de trabalho, oferecer clubes sociais e desportivos, níveis de segurança no trabalho superiores aos mínimos exigidos, formação e desenvolvimento, etc. Definição de funções – Conceber os postos de trabalho de modo a proporcionar uma satisfação acrescida do trabalhador e não pensando apenas na eficiência económica? Incluir critérios de equilíbrio entre trabalho e a vida familiar Propriedade intelectual – Respeitar o conhecimento privado dos indivíduos não reinvindicando direitos de autor para a empresa Aspetos externos Questões ambientais – Reduzir a poluição para aquém dos legalmente exigidos mesmo quando os concorrentes não o fazem, conservar energia Produtos – Riscos decorrentes de utilização pouco cuidadosa do produto por parte dos consumidores Mercados e marketing – Decidir não vender em alguns mercados, padrões de publicidade Fornecedores – Termos de troca “justos”, criar listas negras de fornecedores Emprego – Discriminação positiva a favor de minorias, manutenção de empregos Atividade comunitária – Patrocínio de eventos locais e mecenato de boas obras locais Direitos Humanos – Respeito dos direitos humanos relativamente a: trabalho infantil, direitos dos trabalhadores e sindicatos, regimes políticos opressivos, quer diretamente, quer na escolha de mercados, fornecedores e parceiros
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