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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS ENGENHARIA QUÍMICA ESCOAMENTO DE LÍQUIDOS ILHÉUS – BA 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS ENGENHARIA QUÍMICA ESCOAMENTO DE LIQUIDOS Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET833 – Física Experimental II P03, 28 de setembro de 2017. Professor: Antônio Jamil Mania ILHÉUS – BA 2017 Sumário Resumo………………………………………………………………………………3 Introdução…………………………………………………………………………...3 Objetivos……………………………………………………………………………..5 Materiais e Métodos.........................................................................................5 Resultados e Analise de Dados.......................................................................6 Conclusão.........................................................................................................11 Resumo Neste relatório será apresentado dados relativos ao experimento realizado no laboratório de física, no qual foi utilizado uma proveta com capacidade de 1000mL, uma fita métrica e um paquímetro para tirar as devidas medidas da proveta – como altura e diâmmetro, um cronômetro digital para contabilizar os tempos de escoamento e água (líquido utilizado). Além disso, mostraremos resultados obtidos, cálculos realizados, e conclusão. A metodologia adotada durante o experimento possui fundamentos baseados no estudo do escoamento de fluidos. Com uma proveta de 1000mL com água, deixa-se escoar o líquido e afere-se o tempo de cada 50mL de líquido transcorrido. Este procedimento é repetido cinco vezes de modo a calcular o valor da aceleração gravítica. Este experimento tem com o objetivo obter a relação empírica ente o tempo ∆t de escoamento de um liquido sob a ação da aceleração da gravidade e a altura h de elevação do nível deste liquido. Utilizando a técnica de gráficos log-log, foi calculado o coeficiente linear e a aceleração da gravidade da curva linearizada. Introdução Um fluido é uma substância que pode escoar e que assume o formato do recipiente em que é colocado. Comportam-se dessa forma porque não resistem a forças paralelas à sua superfície. A física dos fluidos possue várias aplicações práticas, permitindo estudar desde o escoamento de água nas tubulações de um reator nuclear, até o fluxo de sangue nas artérias de uma pessoa. Um fluido ideal satisfaz quatro requisitos no que diz respeito à escoamento: O escoamento é laminar: a velocidade do fluido em um ponto fixo qualquer não varia com o tempo, nem em módulo, nem em orientação; O escoamento é incompreenssível: a massa do fluido tem um valor uniforme e constante; O escoamento não viscoso: a viscosidade é a medida da resistência do fluido ao escoamento; O escoamento é irrotacional: o fluido não gira em torno de um eixo. A velocidade de escoamento de um fluido depende da área de seção reta pela qual a água escoa. A relação entre e é dada pela equação: Essa é a equação de continuidade para um fluido ideal. De acordo com essa equação, a velocidade de escoamento aumenta quando a área de seção reta pela qual o fluido escoa é reduzida. De acordo com a figura 01, em um tubo, onde um fluido ideal escoa com vazão constante, fica claro que, o mesmo volume de liquido que entra em (1), sai em (2). Figura 01 – Escoameto de fluídos. Sejam a altura, a velocidade e a pressão do fluido que entra do lado esquerdo e os valores correspondentes do fluido que sai do lado direito; aplicando ao fluido a lei de conservação de energia, pode-se relacionar estes valores através da equação: Que tambem pode ser escrita na forma: Essas são representações da equação de Bernoulli e o termo é chamado de energia cinética específica. A equação tem esse nome por causa de Daniel Bernoulli, que estudou o escoamento de fluidos no século XVIII. Aplicando a equação de Bernoulli em um fluido em repouso, ou seja , a equação torna-se: Obtendo-se também, uma relação com a altura. E, se a altura for constante, a equação torna-se: Que significa dizer que, se a velocidade de um fluido aumenta enquanto o fluido se move horizontalmente ao longo de uma linha de fluxo, a pressão do fluido diminui e vice -versa. Importante ressaltar que a equação de Bernoulli é válida apenas para fluidos ideais. Objetivos Obter a relação a partir do gráfico da altura pelo tempo e calcular a aceleração da gravidade e o coeficiente angular. Materiais e Métodos Materiais Paquímetro; Bequér; Fita métrica; Cronômetro; Proveta de 1000mL com orifício na base. Métodos Mediu-se com o paquímetro o diâmetro da proveta e do orifício da base 5 vezes; Mediu-se com a fita métrica o orifício da proveta até a marcação de 1000 ml, e repetiu-se de 50 em 50 mL correspondente a cada altura. Encheu-se a proveta até a marcação de 1000mL com orifício da base fechado; Deixou-se a água escoar até 50 mL, medindo-se o tempo levado do escoamento da água com o cronômetro; Repetiu-se o item acima até a marcação de 150 mL; Repetiu-se o procedimento 5 vezes. Resultados e Analise de Dados Para a realização do experimento foi necessário medir o diâmetro da proveta e o diâmetro do orifício com o paquímetro. Segundo a equação da continuidade “o volume de água por unidade de tempo que sai em é igual àquele que desce em ” para o escoamento de um fluido ideal. Figura 02: Representação do escoamento de líquido, com suas respectivas áreas e velocidades. Na tabela abaixo estão respresentados a triplicata das medições do diâmetro. Tabela1: Diâmetros obtidos experimentalmente Medições Diâmetro menor Diâmetro maior 1 0,0022 0,0635 2 0,0022 0,0634 3 0,0021 0,0635 Tabela2: Valores médios e incerteza dos diâmetros Diâmetros Média (m) Diâmetro maior ( Diâmetros menor Pelos dados obtidos e pela equação de continuidade, é possível observar que a velocidade do fluido que escoa pela área menor (diâmetro menor), será bem maior que a velocidade do fluido que escoa da área maior (diâmetro maior), ou seja, a velocidade diminui com o aumento da área, e o contrário também é válido. Na prática realizada, o principal objetivo não foi calcular a velocidade com que o fluido escoa, mas sim relacionar a altura que vai diminuindo devido ao escoamento, pelo tempo levado para escoar e assim obter a aceleração da gravidade. Para relacionar a atura e o tempo, utilizou-se a equação de Bernoulli, com a equação da continuidade. Desta forma obteve-se a seguinte equação. E para pequenas variações de : Sendo assim, obtiveram-se os seguintes resultados do tempo para cada altura: Tabela3: Dados obtidos do tempo correspondente a cada marcação Marcação ( H ( Tempo ( 1000 – 950 0,295 9,672 950 – 900 0,277 9,434 900 – 850 0,264 10,344 850 – 800 0,246 10,284 800 – 750 0,231 10,676 750 – 700 0,214 11,258 700 – 650 0,198 11,748 650 – 600 0,183 12,308 600 – 550 0,164 13,202 550 – 500 0,148 13,832 500 – 450 0,133 14,770 450 – 400 0,117 15,700 400 – 350 0,102 17,804 350 – 300 0,084 19,700 300 – 250 0,069 23,862 250 – 200 0,051 27,532 200 – 150 0,032 38,108 A altura foi calculada com a fita métrica, do oríficio até cada marcação, e os tempos obtidos na tabela é a média dos 3 tempos obtidos experimetalmente. O gráfico abaixo representa a relação da altura com o tempo: Grafico1: De acordo com o gráfico plotado, é dificil obter a relação dos elementos em estudo, poiso mesmo apresenta curvas desconhecidas. Sendo assim, a linearização da equação é a melhor forma para determinar esssa relação, pois a análise de uma reta é mais simples que a análise de uma curva. Aplicado log na equação 2, obteve-se a seguinte equação: Onde Logo se tem a equação de uma reta como , com , que corresponde ao coeficiente angular da reta, e que corresponde ao coeficiente linear da reta. Pelo coeficiente angular é notável que a relação da altura pelo tempo seja decrescente. Sendo assim, foi possivel construir o gráfico de e . A tabela abaixo mostra os pontos encontras para a plotagem do gráfico. Tabela5: Pontos para a construção da reta Marcação ( 1000 – 950 -0,53018 0,98551 950 – 900 -0,05575 0,97469 900 – 850 -0,57840 1,01469 850 – 800 -0,60906 1,01636 800 – 750 -0,63639 1,02841 750 – 700 -0,66959 1,05146 700 – 650 -0,70334 1,06996 650 – 600 -0,73755 1,09019 600 – 550 -0,78516 1,12064 550 – 500 -0,82974 1,14401 500 – 450 -0,87615 1,16938 450 – 400 -0,93181 1,19590 400 – 350 -0,99140 1,25052 350 – 300 -1,07572 1,29447 300 – 250 -1,16115 1,37771 250 – 200 -1,29243 1,43984 200 – 150 -1,49485 1,58101 Grafico 2: O gráfico anterior apresenta uma reta, e os pontos que fogem são causados por erros e incertezas experimentais. Portanto, para calcular a aceleração da gravidade utilizou-se a relação do na equação 3, e encontrou-se a seguinte equação: Substituindo os valores e calculando as respectivas incertezas, encontrou-se o valor da aceleração da gravidade: De acordo com o valor obtido, o erro relativo entre o valor encontrado e o valor teórico de correspondente a foi de 7,08%, que é consideravelente pequena, ou seja, o valor encontrado foi bem próximo ao valor esperado. Conclusão Baseando-se no experimento, nota-se que a velocidade de escoamento diminui a proporção que a coluna de água também diminui. Isso se deve ao fato da pressão da coluna de água diminuir conforme decresce a altura, ou seja, quanto menor a altura da coluna do líquido, menor a pressão exercida sobre o mesmo. Levando-se em consideração o que foi observado ao decorrer do experimento, notou -se que todos os objetivos iniciais foram devidamente alcançados. Obteve-se a relação entre o tempo de escoamento do líquido, o qual sofreu uma influência da força gravitacional e a altura de elevação deste líquido encontrado na proveta. Apesar dos erros acarretados por contar de incertezas instrumentais e op eracionais, obteve -se um valor satisfatório para o valor da aceleração da gravidade, com um erro relativo de 7,08%, o que está aceitável para valores experimentais. Referências HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 2, 9ª Edição, LTC, 2009. FREEDMAN, R. A.; YOUNG, H. D. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12ª Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2008 Sites utilizados: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equacao-continuidade.htm https://www.infoescola.com/mecanica-de-fluidos/tipos-de-fluxos-e-escoamentos/
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