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A TEORIA DO CONSTRUCTO PESSOAL – George Kelly A TEORIA DO CONSTRUCTO PESSOAL – Trata da descrição de personalidade em termos de processos cognitivos, defendendo que todo ser humano é capaz de interpretar comportamentos e eventos utilizando-se dessa compreensão para orientar o comportamento e prever o comportamento de outras pessoas. Para ele, a interpretação dos eventos é mais importantes do que os eventos propriamente ditos: as pessoas são formas de movimento impulsionadas pelas próprias, nada nem ninguém faz o que efeito. As pessoas agem da mesma forma que os cientistas: elaboram teorias e hipóteses, testam diante da realidade por meio de experimentos e caso os resultados sustentem a teoria, ela é mantida; se os dados não a sustentarem, ela terá de ser descartada ou modificada e retestada. Todo ser humano formula uma teoria denominada de constructo pessoal, por meio do qual tenta-se prever e controlar os eventos da vida e que para entender a personalidade de alguém é necessário analisar seus constructos pessoais. Um constructo é a maneira singular de um individuo ver a vida, uma hipótese intelectual elaborada para explicar e interpretar eventos. Assim sendo, são hipóteses elaboradas e utilizadas para explicar os eventos da vida, sendo bipolares ou dicotômicos. A capacidade de lidar com situações novas, ou seja, a adaptabilidade a situações novas é denominada de alternativismo construtivo, permitindo a visão de não há controle humano pelos constructos e que, na verdade, todo ser humano é livre para revê-los ou substituí-los por constructos alternativos. Assim sendo, o alternativismo construtivo é a idéia que todo ser humano é livre para rever ou substituir seus constructos por outros alternativos. A base dessas idéias está no fato de os processos psicológicos são dirigidos pelas maneiras que o ser humano antecipa os eventos. Os corolários da teoria do constructo pessoal: construção, individualidade, organização, dicotomia, escolha, extensão, experiência, modulação, fragmentação, similaridade e sociabilidade. O corolário da construção se dá pelo fato de os eventos repetidos serem semelhantes, pode-se prever ou antecipar como será experimentado no futuro. Ou seja, semelhanças entre eventos repetidos. O corolário da individualidade: as pessoas compreendem os eventos de formas diferentes. Diferenças individuais na interpretação dos eventos. O corolário organização: a organização dos constructos se dá por meio de padrões, de acordo com a visão de suas semelhanças ou diferenças. As relações entre os constructos. O corolário da dicotomia: os constructos são bipolares. São duas alternativas mutuamente exclusivas: todos os constructos são bipolares ou dicotômicos. É preciso que sejam assim para que se possa antecipar os eventos corretamente. O corolário da escolha: a escolha de cada constructo está na alternativa do que parecer melhor, aquela que permite prever os resultados de eventos antecipados. A liberdade de escolha. O corolário da extensão: os constructos podem aplicar-se a muitas situações ou pessoas ou limitar-se a uma única pessoa ou situação. A dimensão da conveniência: um grau de conveniência ou aplicabilidade limitada, ou seja, a dimensão ou grau de conveniência é o espectro de eventos aos quais um constructo pode ser aplicado. Alguns são relevantes para um numero limitado de pessoas ou situação, e outros são mais amplos. O corolário da experiência: testa-se continuamente os constructos nas experiências da vida para certidão de que permanecem válidos. Exposição a novas experiências. O corolário da moludação: pode se modificar os constructos em função de novas experiências. Os constructos diferente quanto à sua permeabilidade que é a idéia de que os constructos podem ser revistos e ampliados à luz das novas experiências. O corolário da fragmentação: pode-se às vezes ter constructos subordinados contraditórios ou incoerentes na base do sistema geral de constructos. A competição entre os constructos. O corolário da similaridade: as pessoas em grupos ou culturas compatíveis podem apresentar constructos semelhantes. Semelhanças entre as pessoas na interpretação de eventos. O corolário da sociabilidade: é a tentativa de entender como as pessoas pensam e predizer o que farão e, conforme for, modificar o comportamento. relações interpessoais: cada um assumo um papel diferente com relação aos outros. Ênfase na Realidade Percebida – George Kelly O propósito nessa ênfase está relacionada a uma motivação principal, assim como na Psicodinâmica. Para Kelly o propósito seria antecipar resultados com exatidão. O campo está associado ao contexto. Fatos coexistentes que interferem um no outro e Isso influencia o comportamento. Cada um tem seu campo. Ele não está associado apenas ao espaço físico, mas a tudo que está acontecendo no momento e pode interferir na vida do indivíduo. O campo é dinâmico, ele sempre está em mudança porque nós também estamos sempre em mudança. O ambiente psicológico: estou em contato com diversos elementos do campo, e alguns deles vão influenciar mais o meu comportamento do que outro. Isso depende da forma como percebo o que acontece a minha volta. Para os autores dessa ênfase a maneira de como interpreto a realidade vai determinar os meus comportamentos. Enfatiza muito a capacidade de mudança, nós podemos mudar intencionalmente. Para a construção da realidade percebida, a realidade real é considerada, mas ela não é o aspecto fundamental. Alternativismo Construtivo – A idéia é que possamos construir realidades alternativas, modos diferentes de interpretar. Somos livres para escolher como queremos ver o mundo. Homem Cientista – Tendo condições de fazer avaliações sobre certas situações, podemos intervir. Ou seja, formular hipóteses e testá-las (bom cientista). Foco no Construtor – Se estou falando que alguém é introvertido, eu vejo introversão daquela maneira, não significa que a pessoa seja. Se eu acho que eu mesmo sou introvertido, posso começar a agir de modo introvertido por achar isso (agir de acordo com a linguagem). Motivação – Kelly discordava das teorias motivacionais. Ele acredita que nossas motivações são conscientes e buscamos intencionalmente. Achamos importante e queremos alcançar, não é nada que nos força. Ele não acha que nos comportamos de modo a querer satisfazer uma pulsão. Ser si mesmo – A pessoa não deve querer ser o que não é, tem que ser ela mesma. Precisamos entender quem somos e nos observar. A partir disso, podemos mudar. Teoria – Postulado Fundamental: O que a gente vê, o que a gente compreende, o que a gente faz no mundo, é dirigido pelas maneiras como eu antecipo os eventos. As expectativas que tenho. Ex: a expectativa de ser psicólogo nos faz estudar, comparecer as aulas.
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