Aula 12 24 11

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 12 -24/11
Vamos ver exigência, lembrando que para se satisfazer essa exigência eu tenho que dar um alimento para o animal, vai ser transformado em nutrientes para atender a exigência do meu animal. 
Em termos de exigência energética, uma das coisas que me mostra é a idade do animal. Se pego uma porca matriz, e seus leitões. Alguns tecidos do animal que nasceu, tem desenvolvimento diferente de outros. Um dos tecidos que compõe os órgãos do tipo TGI, sistema respiratório, cardiovascular, eles têm uma demanda de crescimento no primeiro momento de vida, maior que qualquer outro tecido. são esses sistemas que vão dar sustentação ao animal adulto. Ele tem que desenvolver o mais rápido possível para dar suporte ao crescimento do animal. A exigência do animal em energia vai crescendo de forma linear, a cada dia que passa ele tem uma exigência de energia maior do que ontem. Para atender essa exigência, ou eu dou mais ração ou eu aumento a energia da ração. Aumentar a ração nem sempre é eficiente, pois tem o TGI, que tem uma limitação. Muitas das vezes, eu aumento a energia da ração, pois o animal não vai responder em ingestão na mesma quantidade do que ele demanda. A ração de um cão recém-nascido, tem uma concentração de energia diferente do animal que está mais velho. 
Se eu aumento o nível de energia, eu tenho que manter uma relação constante energia-nutrientes, a medida que ele come mais energia, tenho que embutir todos os outros nutrientes. Se eu jogo óleo de cozinha na ração, eu aumento energia, mas eu não mexi em aminoácidos, em minerais: o animal satisfaz a exigência energética, mas não tem os nutrientes suficientes. 
Na fase de crescimento a demanda de energia é linear (aumento). Vai chegar um determinado momento onde os tecidos atingiram crescimento máximo. Se eu quero carne, eu vou abater o animal nesse ponto de crescimento máximo, daqui pra frente ele não vai ganhar mais massa magra, se eu insistir vai acumular é gordura. Tenho um ponto de máxima taxa de crescimento. A partir desse momento o animal vai se preparar para a reprodução, tem um processo de adaptação, processo hormonal. Essa série de processos faz com que eu não tenha que crescer mais a oferta de energia para o animal. Em dado momento, vou até diminuir a oferta de energia, baseado no principio que o animal atingir o peso máximo dele. 
Vou dar uma sustentação para o animal desenvolver seu sistema reprodutor, sem ganhar excesso de peso. O excesso de peso compete com a capacidade reprodutiva. Se tenho uma fêmea obesa, vai roubar espaço do processo reprodutivo. Se o animal estiver em gestação, dou mais energia. Se a fêmea estiver vazia, vou continuar a quantidade de energia. Fêmea lactante: aumento o teor de energia. Quando a fêmea diminui a produção de leite, eu não posso manter o mesmo nível de energia, tenho que diminuir, senão ela vai engordar, vou ter um problema reprodutivo. Quando retiram os leitões, nesse caso dou muita ração, para que a porca dê o cio o mais rápido possível. A medida que diminui a produção de leite, eu vou diminuindo a ração, a hora que desmama, vou dar um “suplemento” de ração, vou dar mais ração, para ela entrar no cio rapidamente. 
O estágio fisiológico do animal também me define exigência de energia. 
O tamanho do animal tem a ver com exigência de energia. Mesmo a mãe em lactação não vai precisar da mesma quantidade de energia que o seu filhote necessita. O tamanho tem uma influência muito grande. 
Trabalho executado: de acordo com a atividade, a exigência energética vai ser maior ou menor. 
Clima onde se encontra: temperatura, umidade, altitude, luminosidade. Nós humanos, no ato de suar perdemos energia, mas é uma energia perdida de forma menos agressiva que nos cães, aves, suínos, que não suam. 
Em experimentação, em uma granja por exemplo. Eu faço sorteio, coloco as aves em vários boxes. Eu quero eliminar os fatores ambientais sobre minha pesquisa. Como no caso de avaliar os valores nutricionais de diferentes rações. 
Exigência energética: é um conjunto de vários fatores. Em trabalhos científicos, vou ter a necessidade do animal, não a exigência. 
Se pego um milho. O milho da região de novembro, foi produzido em janeiro, fevereiro, foi armazenado, há um baixo teor de umidade. Um milho que foi plantado em época de chuva, tem maior umidade, menor matéria seca, os nutrientes estão mais diluídos. 
No monogástrico, água fresca é usada para controlar a temperatura corporal. Não basta ter água fresca, tem que ter regulagem dos bebedouros. 
Na suinocultura, o leitão precisa de aquecimento e a matriz de resfriamento. Geralmente se faz um compartimento separado para os leitões, com aquecedor. 
A energia vai para manutenção, é a função primária. Tudo o que comemos vai para sobrevivência primeiramente. Depois de sobrevivência, vem crescimento. Mas quem está crescendo tem que sobreviver também. Tem que manter o organismo, e sobreviver. Crescimento: deposição de proteína, gordura, tecido ósseo. Enquanto o animal está crescendo, deposita mais massa magra (proteína) do que massa gorda. Quando o animal para de crescer, vai depositar mais gordura que proteína. 
Produção: os animais que estão produzindo, leite, ovos, penas, lã, vão ter uma mantença maior. Se eu quero que meu animal produza, eu tenho que cobrir todas as exigências. 
Se eu quero ter produção, tenho que ter energia suficiente para trabalho, crescimento e manutenção. Vai ser nessa ordem: primeiro manutenção, depois crescimento, depois trabalho, depois produção.