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O auto-exame, a implacável observação dos próprios pensamentos, é uma experiência árdua e devastadora. Pulveriza o ego mais renitente. A verdadeira auto-análise opera matematicamente para produzir videntes. Ao contrário, quem envereda pela extrospecção, pelas auto-aprovações, torna-se egoísta, fiado em seu direito à interpretação particular de Deus e do universo. A mente humana, obstruída por lodo multissecular, fervilha de vida repulsiva, animada por incontáveis ilusões mundanas. Quem toma o escalpelo e pratica o dissecar de si mesmo, experimenta uma expansão de' piedade universal. É aliviado das demandas ensurdecedoras de seu ego. O amor a Deus floresce em semelhante solo. A criatura volta-se finalmente para seu Criador, senão por outro motivo, ao menos para perguntar com angústia: “Por que, Senhor, por quê?.”Através das ignóbeis chicotadas da dor, o homem é conduzido afinal à Presença Infinita, cuja beleza deveria ser a única e fasciná-lo. O corpo é literalmente construído e sustentado pela mente. A fragilidade física tem origem mental; em círculo vicioso, o corpo enfraquecido pelos hábitos constrange a mente, Se o amo permite ao servo que lhe dê ordens, este se torna autocrático; assim também, a mente vem a ser escrava quando se submete aos ditames do corpo. “Tudo o que desejardes, orando, crede que o recebereis e havereis de tê-lo”Marcos, 11:24. O país da cura está em nosso interior, irradiando essa felicidade que é procurada cegamente em milhares de direções externas.
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