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CLINICA MÉDICA

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CLINICA MÉDICA 
Enfermagem e o cuidado com o Paciente
A internação de uma paciente em uma unidade de Clínica Médica representa uma fator de grande trauma, momento em que está frágil, envergonhado e suscetível, e ainda é tirado de seu convívio familiar. Constitui uma interrupção no seu ritmo de vida o que o deixa inseguro quanto ao seu futuro, trabalho, auto estima, integridade física e suas necessidades espirituais, de controle, agregação e convívio social. Estar doente pode suscitar no indivíduo a percepção de uma série de pequenas coisas boas e simples do cotidiano, que no momento da internação lhe são subtraídas.
Causas das doenças: Saúde segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) é o perfeito bem estar físico mental e social, e não apenas a ausência de doença. Pode ser definida também como equilíbrio orgânico entre os meios interno e externo. Portanto podemos definir a doença como um desequilíbrio orgânico, ou desvio da saúde com manifestações físicas ou psíquicas. As doenças podem ainda ser classificadas em aguda ou crônica. Esses desvios e desequilíbrios podem ocorrer por causas: alérgicas, degenerações, defeitos congênitos, emocionais e mentais, hereditariedade, infecções, infestações, metabólicas, traumatismos e neoplasias.
Avaliação diagnóstica: A avaliação diagnóstica de doenças é realizada pelo médico. O diagnóstico de Enfermagem (dependência e cuidados diários necessários) é realizado pela Enfermagem, estes sãos os meios utilizados na avaliação: anmenese, exame físico e avaliação complementar. Muitas doenças são diagnosticadas através de simples anamnese e exame físico, quando há alguma dúvida ou suspeita mais específica por parte do médico, são realizados alguns testes para avaliação complementar: Exames laboratoriais (sangue, urina, líquor e secreções), Exames especiais: - não invasivos (imagem simples ou contrastada), - invasivos (endoscopias e biópsias).
·
Cuidados de Enfermagem Gerais: Existem alguns cuidados e controles de Enfermagem que são básicos e comuns ao tratamento de qualquer paciente sob seus cuidados, independente da patologia. A esses cuidados gerais somando-se aos cuidados específicos de acordo com a doença e sistema orgânico afetado:
·
Avaliação do Estado Mental;
Ambiente limpo e tranquilo;
Higiene física e mental;
Controle de Sinais Vitais;
Dieta (jejum ou hidratação);
Administração e cuidados com medicamentos;
Observação e Controle de Eliminações (diurese e fezes);
Orientação e preparo para procedimentos e diagnósticos;
Induzir abstenção do álcool e do fumo;
Movimentação (ativa ou passiva);
Recreação.
Sistema Digestório
Anatomia: É um sistema de tubos que se inicia na boca e termina no ânus, sua função é transformar grandes porções de alimentos em partículas cada vez menores e digeríveis pelas células.
Esse conjunto consta de órgãos: Boca, esôfago, estômago, intestinos:
· Delgado: duodeno, jejuno e íleo.
· Grosso: ceco, cólons (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus.
Constam ainda desse sistema duas glândulas mistas: Fígado, vesícula biliar e pâncreas que produzem enzimas que auxiliam no metabolismo de açucares e gorduras, bem como outras glândulas menores na boca que produzem saliva.
A função desse sistema é ingestão, mastigação, deglutição, digestão, absorção, peristaltismo e defecação. Metabolismo (transformação dos alimentos em partículas cada vez menores) de nutrientes e excreção dos metabólicos sob a forma de fezes.
O alimento ingerido transforma-se em bolo alimentar e através de movimentos peristálticos do esôfago chega ao estômago, onde sofre ação do suco gástrico (água, ácido clorídrico, pepsina, gastrina e eletrólitos), daí é encaminhado ao intestino delgado onde sofre ação dos sucos biliares e pancreáticos o que facilita a absorção (passagem de moléculas através da mucosa intestinal até o sangue e células) de nutrientes pelo intestino delgado. Através dos mesmos movimentos peristálticos o bolo é encaminhado ao intestino onde ocorre a absorção de líquidos, o restante desse processo é eliminado pelo ânus sob a forma de fezes.
Higiene e Profilaxia do Sistema Digestório
A saúde começa pela boca. Grande parte das patologias desse sistema originam-se nos hábitos alimentares. Algumas medidas higiênicas, podem prevenir essas doenças.
· Os dentes devem ser escovados ao acordar, antes de dormir e após as refeições. O fio dental deve ser usado após as refeições. A língua e fenda palatina também devem ser escovadas. Evitar alimentos muito quentes ou gelados mantém o esmalte dos dentes. O dentista deve ser visitado pelo menos duas vezes ao ano;
· Não é necessário apenas comer, devemos nos alimentar. Dar preferência a alimentos naturais e frescos;
· A hora da refeição é sagrada. Deve-se lavar as mãos antes da refeição, evitar preocupações e discussões durante as refeições. Comer com moderação e sem pressa, mastigando bem os alimentos auxiliam no processo de digestão. Líquidos em excesso e gelados, além de distender o abdome retardam o processo de digestão. Os alimentos devem estar limpos e conservar seu odor característico;
· O estabelecimento dos hábitos intestinais, começa na infância com privacidade, higiene local e posicionamento adequado. O relaxamento físico e mental, a ingestão de líquidos nos intervalos entre as refeições, alimentação equilibrada (frutas, verduras, legumes) e atividade física como caminhadas, favorecem uma boa eliminação intestinal, pois promovem o peristaltismo intestinal. A resposta à necessidade de defecar é muito importante e evita complicações futuras. A melhor posição para defecar é a posição sentada com pés apoiados, o paciente acamado deve ser colocado em posição de Fowler.
Causas de Afecções Digestivas
· Hábitos alimentares irregulares como imprudências dietéticas, comer muito ou rapidamente;
· Ingestão de alimentos quentes, gelados ou ricos em condimentos;
· Bebidas alcoólicas, cítricas ou café;
· Ingestão de substâncias corrosivas como ácidos, refrigerantes ou soda cáustica;
· Doenças infecciosas como Chagas, sífilis, verminoses, toxinas e viroses;
· Deficiência nutricional ou metabólica;
· Etilismo e tabagismo;
· Ingestão excessiva de drogas corrosivas como antibióticos, anti-inflamatórios ou aspirina;
· Hábitos intestinais irregulares e abuso no uso de laxantes;
· Aumento na taxa de colesterol;
· Alterações emocionais como stress, ansiedade e raiva;
· Herança genética.
Cuidados Gerais de Enfermagem a pacientes com distúrbios Gastrintestinais
Cuidados Gerais de Enfermagem a pacientes com distúrbios Gastrintestinais
· Manter ambiente limpo e tranquilo;
· Higiene individual (cabelos, oral, íntima e corporal)
· Observação frequência e características das eliminações urinárias e intestinais
· Controle de sinais vitais;
· Orientação, auxílio e execução de procedimentos (diagnósticos, S.N.G., S.N.E., e enteroclisma);
· Estimular ingesta hídrica, aceitação da dieta e deambulação;
· Observar e tratar sinais e sintomas através de cuidados de Enfermagem (como gargarejo e mudança de decúbito) ou administração de drogas prescritas;
· Aumentar a frequência da escovação de dentes ou da higiene oral;
· Induzir abstenção do álcool e do fumo;
· Orientar o paciente sobre mudanças nos hábitos de vida (hábitos alimentares e mastigação entre outros);
· Prevenir reconhecer e interagir nas possíveis complicações;
· Orientar sobre remissão e recidiva da doença;
Sintomatologia de Afecções Gastrintestinais
· Pirose, náuseas e vômitos;
· Anorexia ou polifagia;
· Perda de peso e de vitalidade;
· Sialorréia, ressecamento da mucosa bucal e halitose;
· Desconforto e aumento da circunferência abdominal, eructação, flatulência, edema ou ascite;
· Dor abdominal: localizada ou irradiada, pré ou pós prandial, queimação ou cólica;
· Eliminações intestinais: endurecidas ou amolecidas, tenesmo ou aumento da frequência, constipação, esteatorréia ou acólicas;
· Hemorragias digestivas: melena ou retorragia;
· Hipoglicemia ou hiperglicemia;
· Alterações de humor, depressão, perda da líbido ou impotência sexual;
· Hipertermia e cefaleia.
Meios Diagnósticos Específicos: Podem ser realizados exames laboratoriais de sangue e de fezes. E exames especiais como RX simples ou contrastado de estruturas abdominais; Endoscopia das estruturas digestivas, podem ser feitas por via alta (boca) ou por via baixa (ânus), de acordo com a área que se deseja visualizar; Ultra sonografia abdominal, tomografia e paracentese abdominal.
Drogas que atuam no Sistema Digestório: Os distúrbios do sistema digestivo são muitos, seu tratamento principal consiste em mudança de hábitos de vida, no entanto a utilização de drogas específicas promove alívio significativo dos sinais e sintomas. São utilizados substitutivos dos ácidos digestivos; Antiulcerosos, Purgativos, Laxativos, Antieméticos, Antidiarreicos, Antifiséticos e Antiespasmódicos.
. ESOFAGITE: Consiste na inflamação da mucosa do esôfago.
Etiologia: A esofagite em geral é causada por refluxo gastro – esofágico. A mucosa esofágica é mais sensível que a mucosa do estomago e não está preparada para receber o suco gástrico. A utilização prolongada de sonda gástrica e nasoenteral, a senilidade e alimentos muitos quentes e condimentados podem favorecer esse refluxo. Além disso etilismo e tabagismo, alimentos cítricos e café promovem, por sua natureza corrosiva, erosões e inflamação na mucosa esofágica
Sintomatologia: A inflamação da mucosa provoca sensação de ardor constante no esôfago, a sensação de pirose pode ocorrer durante ou após as refeições. A dor pode irradiar para a garganta e causa espasmos que contraem o estomago e favorecem ainda mais o refluxo de suco gástrico, é onde ocorre a odinofagia, que promove um constante gosto amargo na boca, sialorreia. Não raro há dificuldade de deglutir alimentos (disfagia) quando a inflamação é acentuada (estenose).
Esofagite
Diagnóstico: A anamnese e o exame físico são de grande importância e podem ser complementados por RX contrastado de esôfago e endoscopia digestiva alta.
Complicações: A inflamação constante da mucosa pode causar estenose definitiva de esôfago.
Tratamento: Medidas higiênicas: mudanças dos hábitos alimentares, aumento da ingesta hídrica, fazer caminhadas para estimular a eliminação de gases e fazer refeições em ambiente favorável. Medicamentos: antiácidos para proteção da mucosa esofágica.
Cuidados de Enfermagem Específicos: Além da assistência de Enfermagem geral do sistema: estimular dieta branda, fracionada, mastigação lenta. Manter decúbito elevado após as refeições; aumentar frequência da higiene oral; fazer controle de peso e evitar refeições até 2 horas antes de se deitar.
GASTRITE
Inflamação da mucosa gástrica que causa edema, hiperemia e erosão superficial da mucosa.
Etiologia: As gastrites podem ser agudas (imediata) ou crônicas (uso contínuo e prolongado de agentes irritantes). De maneira geral são causadas por imprudência dietética; deficiência nutricional; ingestão excessiva e rápida de alimentos; fumo e álcool; ingestão prolongada excessiva de medicamentos (anti-inflamatórios e aspirinas), além de fatores genéticos e emocionais.
Sintomatologia: A inflamação da mucosa causa desconforto abdominal e sensação de plenitude gástrica o que causa anorexia, náuseas, vômitos, pirose e eructação. A gastralgia é presente invariavelmente. Esses sintomas constantes geram cefaleia, irritação e muitas vezes problemas de auto estima.
GASTRITE
Diagnóstico: A anamnese e o exame físico são de grande importância e podem ser complementados por: RX simples de abdome, seriografia gastrintestinal e endoscopia digestiva alta.
Complicações: As erosões na mucosa podem causar hemorragia digestiva alta, diarreia alternada a episódios de constipação e obstrução pilórica em inflamações severas. Muitas vezes as doenças de tratamento clínico evoluem para tratamento cirúrgico, indicando complicação do quadro.
Tratamento: O tratamento consiste em afastar a causa para diminuir a inflamação da mucosa gástrica.
Nas gastrites agudas o tratamento consiste em: Dieta branda, fracionada, Antiácidos, Antifizéticos e Bloqueadores de ácidos gástricos (Cimetidina).
Cuidados de Enfermagem Específicos: Além dos cuidados gerais do sistema, devemos: Evitar desgaste emocional, mantendo o ambiente tranquilo e orientando os familiares sobre as demandas emocionais; Orientar e preparar o paciente para procedimentos diagnósticos e mudança na alimentação com regime alimentar rigoroso.
ÚLCERA PÉPTICA: É a escavação na mucosa esofágica, gástrica ou duodenal, devido ao aumento da produção de ácidos gástricos.
Etiologia: A úlcera péptica tem caráter recidivante e ocorre somente nas áreas do trato digestivo expostas ao suco gástrico (Ácido clorídrico e pepsina), o aumento na produção desses ácidos pode causar erosões nas mucosas, que quando não tratadas evoluem para escavações circunscritas na parede dos órgãos afetados. Entre os fatores que aumentam a produção de ácidos gástricos podemos salientar: Extresse e descontrole emocional; Etilismo e tabagismo; Hereditariedade; Imprudências dietéticas: comer rapidamente e intervalos irregulares, condimentos, comidas ácidas e café; Uso prolongado de medicamentos como corticoides e aspirinas.
Sintomatologia: A ulceração da mucosa causa inflamação constante, o contato do ácido com a úlcera causa dor e sensação constante de queimação na região epigástrica ou dorsal. Comumente a dor aumenta antes das refeições e melhora após a ingestão de alimentos adequados, já que os mesmos “forram” os tecidos afetados e diminuem seu contato com o suco gástrico. A regurgitação de ácidos causa sialorréia e pirose localizada em esôfago ou estômago. Quando a inflamação é pronunciada pode haver diminuição do peristaltismo intestinal e estenose pilórica o que causa eructação, náuseas e vômitos; os vômitos são precedidos por dor intensa que melhora após a ejeção do conteúdo gástrico. Algumas vezes ocorre constipação que costuma ser decorrente de diminuição do peristaltismo, estimulado pelo tipo de dieta e medicamentos utilizados.
Diagnóstico: A anamnese e o exame físico são de grande importância e podem ser complementados por: Endoscopia digestiva alta (pode ser necessário biópsia); RX, Seriografia gastrintestinal e Análise gástrica.
Diagnóstico: A anamnese e o exame físico são de grande importância e podem ser complementados por: Endoscopia digestiva alta (pode ser necessário biópsia); RX, Seriografia gastrintestinal e Análise gástrica.
Tratamento: O tratamento consiste em controlar a acidez gástrica e reduzir o estresse emocional para promover a cicatrização da úlcera.
•	Tratamento da dor e dieta adequada;
•	Ambiente tranquilo;
•	Medicamentos: Antiácidos, Bloqueadores de ácidos gástricos e sedativos se necessário.
Cuidados de Enfermagem Específicos: Além dos cuidados gerais, falar ao paciente sobre a mudança de vida, pois as úlceras são propensas à recidiva; prevenir constipação que é um efeito colateral dos medicamentos; em caso do uso de sedativos supervisionar deambulação e proteger cama com grades.
PANCREATITE: É uma inflamação do pâncreas de caráter agudo ou crônico.
Etiologia: A causa comum da pancreatite é a auto digestão das células pancreáticas por suas causas próprias enzimas, ocorre mais em homens com mais de 30 anos, sua causa específica é desconhecida, porém existem fatores e condições que predispõe essa patologia, são eles: Alcoolismo, traumatismos, infecções, úlcera duodenal, cálculos de vesícula (obstrução de ductos) e dieta inadequada.
Sintomatologia: O pâncreas é uma glândula mista. Sua função é produção de hormônios endócrinos: Ex.: Insulina, e exócrinos: Ex.: tripsina. Esses hormônios participam ativamente do metabolismo de alimentos e sua transformação em energia. O não funcionamento dessa glândula causa congestão e autólise da glândula por seus próprios hormônios, e pode causar sinais e sintomas a curto e longo prazo daí a classificação da pancreatite em aguda ou crônica.
•	Pancreatite aguda: A congestão da glândula
dificulta sua circulação o que pode causar aumento de fluído peritoneal, dor abdominal, hemorragia digestiva e ascite. A diminuição na produção de hormônios como a tripsina causa estase abdominal por isso o paciente pode apresentar anorexia, náuseas, vômitos, constipação e flatulência. No caso de diminuição na produção de insulina, o paciente pode apresentar hiperglicemia. Todos esses fatores aliados ou isolados podem causar o Choque.
•	Pancreatite crônica: Com a cronificação do quadro causa a calcificação do pâncreas e obstrução de seus ductos, a longo prazo, isso pode causar: Distúrbios digestivos como anorexia, náuseas, vômitos, esteatorréia e emagrecimento; Distúrbios sistêmicos: hipoglicemia, hiperglicemia e edema generalizado.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela própria sintomatologia, anamnese, exame físico e proctológico (que constata o aumento de gordura nas fezes), ultra-sonografia e raio-X simples de abdome, bem como exames de sangue.
PANCREATITE
Complicações: As complicações comuns da pancreatite são: Sinais de choque, hipo ou hiperglicemia, hemorragias digestivas e abscesso pancreático.
Tratamento: O tratamento consiste em: repouso, jejum, afastar a causa e tratar os sinais e sintomas através do uso comum de:
•	Analgésicos;
•	Reposição eletrolítica e,
•	Antiácidos.
Assistência de Enfermagem: Além da assistência geral de enfermagem incluir: Observação de hipo ou hiperglicemia e avaliação constante da dor.
COLECISTITE: É a inflamação da vesícula biliar.
Etiologia: A colecistite pode ser aguda ou crônica e, é causada pela estase dos agentes químicos presentes na vesícula biliar, ocorrem em decorrência da presença de cálculos, espasmos, edema ou torção dos ductos da vesícula biliar. Em geral está associada a ingestão constante de uma dieta rica em lipídios.
Sintomatologia: A colecistite pode ser aguda ou crônica, porém existem poucas diferenças em seus sinais e sintomas. No entanto temos nos casos agudos sinais e sintomas mais abruptos e intensos, enquanto que nos casos crônicos são insidiosos e menos intensos, porém exarcebam-se após a ingestão de alguns alimentos crus e frituras. De maneira geral podem ocorrer: Espasmos dos ductos biliares o que causa dor de moderada a intensa, localizada no quadrante superior direito do abdome que ás vezes é irradiada para o ombro direito. A diminuição na liberação de suco bililar pela vesícula atrasa a digestão, isso causa: dispepsia, mal estar e plenitude gástrica, flatulência, eructação, pirose, anorexia, vômitos e constipação. Se houver obstrução nos canais biliares, pode ocorrer por via sistêmica a infiltração de bile nos tecidos corporais o que causa icterícia, colúria e fezes acólicas.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela própria sintomatologia, anamnese, exame físico além dos seguintes exames: raio-X simples de abdome, colangiografia e ultra-sonografia.
Complicações: As complicações mais comuns são: perfuração dos canais biliares, hemorragias digestivas, cirrose hepática e peritonite.
Tratamento: A internação é necessária apenas nos casos agudos, o tratamento consiste em: afastar a causa, jejum nas primeiras 24horas, sondagem nasogástrica para drenagem. Os medicamentos utilizados são: anti espasmódicos, eletrólitos, analgésicos, antibióticos (profilático ou terapêutico) e antieméticos.
Assitência de Enfermagem: Além da assistência de enfermagem geral, incluir: aspiração de cateter nasogástrico, para descomprimir o estômago e evitar a entrada de secreção no esôfago.
CIRROSE HEPÁTICA: É uma doença crônica do fígado resultante de agressões que destroem as células hepáticas.
Etiologia: A cirrose hepática pode ser causada por diferentes fatores que agridem o tecido hepático. As causas associadas comumente são: Etilismo que é o abuso de ingestão de bebidas alcóolicas está associado a 50% dos casos; Nutrição pobre em ferro e vitaminas do complexo B; Doenças infecciosas como a Sífilis, Málaria, Hepatite e; Biliar, pois o aumento na produção ou estase de bile pode degenerar as células hepáticas.
CIRROSE HEPÁTICA: 
Sintomatologia: Na cirrose o comprometimento das células do fígado causa fibrose de seu tecido, o que modifica sua coloração, consistência e função. Os achados mais comuns são ligados á disfunção do fígado e á obstrução do fluxo de sangue arterial ou venoso na área hepática, são eles: Distúrbios intestinais como dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos, hematêmese, distensão abdominal, dispneia (em caso de distensão abdominal intensa), diarreia, retorragia e constipação, decorrentes da congestão dos vasos gastrintestinais; Edema, aumento de peso e ascite em função da dificuldade no retorno venoso; Emagrecimento lento e gradual devido às carências nutricionais; Hepatomegalia; Tendências hemorrágicas, devido à diminuição de fatores de coagulação que é feita pelo fígado; Anemias devido às tendências hemorrágicas e carências nutricionais; e Telengectasia no rosto, pescoço e tronco, devido à formação de circulação colateral.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela própria sintomatologia, anamnese, exame físico além dos seguintes exames: biópsia hepática, paracentese abdominal, arteriografia e cintilografia hepática.
Complicações: De maneira geral as complicações da cirrose hepática são vasculares, respiratórias ou cerebrais, podendo ser: Varizes esofagianas, hemorragia digestiva alta, dispneia intensa, insuficiência hepática que conduz ao coma hepático.
Tratamento: Uma vez degenerada a célula hepática não se recupera mais. No entanto o fígado é capaz de executar adequadamente suas funções com até 75% de seu tecido lesado. O tratamento busca afastar a causa e visa evitar a degeneração de novas células hepáticas, é feito através da introdução de uma dieta rica em proteínas, ferro, vitaminas e pobre em sal, repouso, abstinência alcoólica e paracentese abdominal. Os medicamentos utilizados são sedativos, vitaminas, eletrólitos, diuréticos, albumina humana e derivados de sangue.
Assistência de Enfermagem: Além da assistência de enfermagem geral, incluir: cuidados com tendências hemorrágicas, elevar membros inferiores para evitar e combater edemas.
GASTROENTERITE: É uma inflamação aguda que compromete os órgãos do sistema gastrointestinal. O problema é mais comum no verão, e em locais sem tratamento de água, rede de esgoto, água encanada e destino adequado.
Etiologia: Pode ser causada por vírus, bactérias e parasitas, que podem ser transmitidos pelo ar, pela mão em contato com a boca, e por intoxicação alimentar. Uma das bactérias comuns é a Salmonella, encontrada em frangos e ovos crus. Alimentos conservados com pouca higiene, e sem refrigeração podem favorecer acúmulo de micro-organismo que causam a gastroenterite.
Sintomatologia: Febre, enjoo, diarreia, vômito, dores abdominais, perda de peso, perda de apetite e desidratação.
Diagnóstico: Sinais e sintomas relatados pelo paciente; Anamnese; Exame de sangue, de fezes, ás vezes até colonoscopia.
Tratamento: Se for causada por vírus, a gastroenterite pode passar sozinha, e o tratamento serve apenas para amenizar sintomas e repor a perda de líquidos. O mesmo acontece em alguns tipos de bactérias. Mas é importante lembrar que medicamentos que combatem a diarreia só podem ser tomados com orientação médica. Dependendo do tipo de bactéria, pode ser necessário tomar antibióticos ou outros medicamentos e em casos mais graves, pessoas com desidratação em grau moderado a grave também podem precisar de tratamento intravenoso para repor líquidos no organismo. 
Prevenção: Lavar as mãos cuidadosamente é uma das principais formas de evitar a transmissão da gastroenterite. Frutas e vegetais também precisam ser bem lavados antes do consumo. É importante evitar consumir alimentos em restaurantes e estabelecimentos que não tenham higiene adequada. Maionese, molhos e outros alimentos perecíveis devem ser refrigerados na geladeira respeitando o prazo de validade. É comum o arroz japonês, por exemplo, acumular bactérias por ficar muito tempo misturado com maionese fora da geladeira.
Alimentos devem ser consumidos preferencialmente cozidos, principalmente ovos. A higiene da casca também é indicada para evitar contaminação. 
Assistência de enfermagem: Além dos cuidados gerais de enfermagem, educação em saúde para o paciente relacionado aos cuidados com os alimentos e higiene pessoal.
RETOCOLITE: É uma grave inflamação dos cólons intestinais, caracterizada por ulcerações e cólicas inespecíficas.
Etiologia: Essa doença tem causa desconhecida, porém pode ser associada a fatores infecciosos, psicossomáticos, alérgicos e nutricionais. Atualmente a teoria mais aceita é de que essa seja uma doença psicogênica desencadeada por uma fator de caráter auto imune.
Sintomatologia: Na retocolite ocorre edema na mucosa intestinal, em função de um aumento em sua vascularização, surgindo pequenos pontos de hemorragia ao mínimo estímulo da mucosa.
A doença se apresenta de diferentes formas, podendo ser leve, moderada ou grave, via de regra os sinais mais comuns são: Diarreia com presença de pus ou sangue (10 a 30 episódios por dia), devido ao aumento de vascularização intestinal e etiologia infecciosa; Fortes dores abdominais, tenesmo devido à inflamação; Podendo ocorrer ainda vômitos, hipertermia, anorexia, perda de peso, desidratação, anemia e graves hemorragias intestinais. Nas formas moderada e grave é comum o indivíduo ficar incapacitado para o trabalho.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela própria sintomatologia, anamnese, exame físico e avaliação psíquica, além dos seguintes exames: protoparasitológico, raio X de trânsito intestinal e colonoscopia.
Complicações: Devido às características especiais dessa doença suas complicações incluem desde a mudança de forma de gravidade e apresentação da doença até: Perfuração intestinal, fístulas perianais, estenose de reto e ânus, cirrose hepática e câncer de intestino.
Tratamento: O tratamento só necessita de internação em sua forma moderada e grave. A psicoterapia é indicada em todos os casos. A dieta deve ser pobre em resíduos e rica em calorias e proteínas, na forma grave o paciente é mantido em jejum oral. Os medicamentos comumente utilizados são: antimicrobianos, hemoderivados, antiespasmódicos, ansiolíticos, corticoides, imunodepressores e antidiarreicos.
Assistência de Enfermagem: Além da assistência de enfermagem geral, incluir: observar sinais de desidratação, frequência e características das evacuações além de vigilância quanto ao comportamento do paciente.
HÉRNIA: É o escape parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abriu por má formação ou enfraquecimento nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos do abdome.
Etiologia: Não existe uma causa evidente para o surgimento de uma hérnia. Algumas são resultados de levantar muito peso. Elas podem estar presente nas pessoas desde o nascimento, mas a protuberância pode ser imperceptível durante muitos anos. As hérnias podem aparecer também em bebês, e em crianças. Isso acontece quando a membrana que cobre os órgãos abdominais não se fecha corretamente antes do nascimento.
Fatores de risco: Constipação crônica e esforço para evacuar; Tosse crônica; Fibrose cística; Próstata aumentada e esforço para urinar; Levantar muito peso; Alimentação ruim; Fumo; Esforço excessivo; Testículos não desceram.
Sintomatologia: Os sintomas da hérnia variam de acordo com o tipo, mas existem alguns sinais em comum para as principais delas: Náuseas, vômitos, edema na área afetada quando pequenas, dor no local afetado, presença de sangue nas fezes.
Diagnóstico: Anamnese, exame físico, o local tende a aumentar de tamanho ao tossir, levantar peso, curvar-se, fazer esforço. A hérnia (protuberância) pode não ser óbvia nos bebês e crianças, exceto quando a criança está chorando ou tossindo. Em casos mais raros, através de ultrassom para que o médico consiga encontrar a hérnia.
Tratamento: O médico poderá receitar analgésicos para aliviar a dor, porém pode ser necessário cirurgia.
Assistência de enfermagem: Além da assistência geral de enfermagem, há casos que é necessário o repouso, para cada tipo de hérnia é necessário um cuidado especifico. 
Sistema Endócrino
Anatomia: É uma conjunto de órgãos que auxiliam na coordenação do trabalho de todos os sistemas de nosso organismo. Consta de várias glândulas que são tecidos especializados na produção de secreções que podem ser enzimas ou hormônios. Os hormônios são substâncias ativas na circulação, que quando em contato com o sangue estimulam ou diminuem o trabalho realizado por um órgão ou sistema.
O centro controlador e maestro desse mecanismo é uma glândula chamada de Hipófise que reside na base do crânio, através dessa glândula são enviados estímulos num mecanismo de retroalimentação que desencadeia o trabalho de todas as outras glândulas cada uma com sua função definida, são elas: Glândula tireóide e paratireoide, localizadas no pescoço; Glândulas supra renais localizadas acima dos rins; Pâncreas e fígado, localizados na cavidade abdominal; Ovários na mulher e próstata no homem localizados no baixo ventre. Essas glândulas determinam crescimento e desenvolvimento, metabolismo e geração de caracteres sexuais secundários entre outras atribuições.
Higiene e Profilaxia do Sistema Endócrino
O sistema endócrino é solicitado no trabalho de todos os sistemas corporais, portanto em muitos casos não há como poupá-lo, pois todos precisamos crescer, nos desenvolver, procriar entre tantas outras coisas. Porém os medicamentos que utilizamos, e alimentação que ingerimos pode ser controlada de forma a favorecer o sistema endócrino.
Caminhadas por exemplo ajudam a queimar carboidratos, diminuindo a demanda necessária de Insulina.
Causas das Afecções do Sistema Endócrino
•	Estresse;
•	Hereditariedade;
•	Obesidade e hábitos alimentares;
•	Gravidez
•	Menopausa;
•	Uso inadvertido de drogas;
•	Infecções não tratadas adequadamente.
Cuidados gerais de Enfermagem a pacientes com afecções Endócrinas
•	Manter ambiente tranquilo, para redução do estresse;
•	Controle de sinais vitais;
•	Orientação, auxílio e execução de procedimentos, como teste de glicemia capilar;
•	Estimular aceitação de dieta e deambulação (quando possível);
•	Observar e tratar sinais e sintomas através de cuidados de enfermagem (como elevar e mudar decúbito) ou administração de drogas prescritas;
•	Induzir abstenção do álcool e do fumo;
•	Orientar o paciente sobre mudanças nos hábitos de vida;
•	Prevenir, reconhecer, e interagir nas possíveis complicações;
•	Orientar sobre remissão e recidiva da doença;
Principais sinais e sintomas de alterações no Sistema Endócrino
•	Alterações neurológicas: instabilidade de humor, aumento ou diminuição na sensibilidade periférica;
•	Alterações cardio vasculares: lesões arteriais, hiper ou hipotensão, taquicardia ou bradicardia;
•	Alterações gênito urinárias: infecção, poliúria e polaciúria;
•	Alterações gastrintestinais: anorexia e polifagia, náuseas e vômitos, constipação e diarreia;
•	Alterações imunológicas: perda da imunidade;
•	Alterações cutâneo mucosas: rubor de face, pele e mucosas ressecadas e descamativas;
•	Alterações da visão: retinopatias e exoftalmia.
Meios diagnósticos nas afecções do Sistema Endócrino
Além da anamnese e exame físico, podem ser realizados os seguintes exames: Sangue e urina: para dosagem de hormônios ou de açúcar; tomografia, cintilografia ou ultra-sonografia específicas para a glândula afetada.
Drogas que atuam no Sistema Endócrino
As drogas que atuam nesse sistema são basicamente hormônios sintetizados em laboratório, usados para inibir ou estimular a produção hormonal de uma glândula afetada.
Além disso também podem ser utilizados os hipoglicemiantes orais.
DIABETES MELLITUS (DM): É uma doença metabólica de natureza crônica e genética, devido à carência total ou parcial do hormônio Insulina e que compromete o metabolismo do açúcar ingerido na dieta.
Etiologia: A diminuição ou ausência na produção de insulina, é causada em geral por fatores genéticos, erros alimentares,
gravidez, infecções e estresse (choque emocional).
Sintomatologia: A carência de insulina causa dificuldade no transporte de carboidratos através do sangue. Esse fator impede o metabolismo ideal da água, proteínas, eletrólitos e lipídeos. Na impossibilidade de metaboliza-los o organismo passa a eliminar uma maior quantidade de água e eletrólitos através da urina, fator que causa poliúria, glicosúria, polidpsia e polifagia, esses sintomas são acompanhados de, sonolência, indisposição, formigamento e diminuição da sensibilidade dos membros inferiores, dificuldade de cicatrização, hiperglicemia, fadiga e cansaço fácil.
Quando essa sintomatologia ocorre na idade juvenil, são acompanhados de emagrecimento, e a doença é classificada como Diabetes mellitus tipo I. Porém quando ocorrem acima dos 40 anos é acompanhada de obesidade, e é classificada como Diabetes mellitus tipo II.
Diagnóstico: Exame físico, anamnese e pesquisa de glicose no sangue e urina.
Complicações: Geralmente as complicações da diabetes afetam todos os demais sistemas orgânicos, pois a presença de glicose no sangue aumenta sua acidez, dificulta a circulação e destrói o revestimento interno dos vasos sanguíneos e dessa forma suas complicações são consideradas sistêmicas, pois dificulta a regeneração de tecidos corporais. A diminuição no fluxo sanguíneo pode causar alterações cerebrais, embolias, tromboses, cegueira e insuficiência renal. Além disso pode ter complicações como a hipoglicemia, hiperglicemia e cetoacidose diabética.
Tratamento: O tratamento consiste em controlar a taxa de glicose no sangue isso pode ser feito através de redução na ingestão alimentar, exercícios físicos, caminhadas e prevenção de complicações e deformidades. Os medicamentos utilizados são hipoglicemiantes orais ou Insulina.
Assistência de enfermagem específica a pacientes com DM: O tratamento da diabetes a não ser em casos emergenciais e complicações, é realizado em nível ambulatorial. O cuidado de enfermagem, além da assistência de enfermagem geral deve estar centrado no ensino do auto cuidado e mudança de hábitos alimentares e costumes, isso pode ser facilitado pelas atividades de grupos específicos.
Cuidados no uso de insulina: A insulina pode ser rápida ou lenta de acordo com sua ação. A de ação rápida é usada apenas em instituições de saúde e pode ser administrada por via subcutânea. Já a insulina de ação lenta pode ser usada em casa pelo paciente, por via subcutânea, após ter sido orientado por profissional de saúde. O paciente em uso de insulina, deve sistematicamente rodiziar o local da aplicação, evitar jejum prolongado e estar atento à técnica de manipulação e acondicionamento da insulina, seringa e agulha. Ensinar o paciente e família a reconhecer sinais e sintomas de uso excessivo da insulina, em que o paciente deve ser imediatamente encaminhado ao hospital: sudorese, tremores, palidez, sonolência e perda da consciência.
Cuidados com os pés: Sabemos que a diabetes dificulta a circulação, dessa forma a chegada de oxigênio e nutrientes na periferia é dificultada, bem como a sensibilidade do paciente é alterada, fatores esses que devemos estar alertas, para evitar deformidades e complicações circulatórias como a amputação de um membro. As seguintes orientações podem prevenir essas deformidades: usar calçados confortáveis e frouxos, não andar descalço, secar bem os pés após o banho, não tirar as cutículas nem desencravar unhas, e usar meias no inverno. Lixar quinas e saliências de móveis de sua residência, para evitar acidentes. Comparecer regularmente às consultas médicas.
HIPOTIREOIDISMO: Conjunto de sinais e sintomas resultantes da ausência ou insuficiência na produção de hormônios tireoidianos.
Etiologia: Pode ser de origem primária, quando é devida á ausência da glândula, inflamações e infecções ou uso de radioterapia para destruição da glândula. Ou de origem secundária, quando desencadeada por fatores da glândula hipófise.
Sintomatologia: Essa glândula produz hormônios que tem o papel de estimulante de quase todo o metabolismo. A ausência ou diminuição na produção desse hormônio, diminui grande parte do metabolismo, causando: tranquilidade, sonolência, raciocínio lento, aumento de peso, bradicardia, hipotensão, hipersensibilidade ao frio, fraqueza, descamação da pele, anorexia, constipação, edema e resfriamento de extremidades.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito através de exame físico, anamnese, mapeamento e tomografia de tireóide, além de dosagem de hormônios tireoidianos no sangue.
Complicações: As complicações mais frequentes são: derrame pleural, ascite e derrame pericárdico entre outros.
Assistência de enfermagem específica: Além da assistência geral de enfermagem: estar atento a estados depressivos, onde se deve estimular o paciente; prevenir a hipotermia; e lubrificar a pele com hidratantes; estimular hidratação adequada e aceitação de dieta hipocalórica rica em frutas e fibras para prevenir a constipação intestina.
HIPERTIREOIDISMO: Conjunto de sinais e sintomas resultantes da hiperprodução de hormônios tireoidianos.
Etiologia: Embora de difícil constatação, o hipertireoidismo pode surgir em decorrência de choque emocional, tensão e infecções.
Sintomatologia: Essa glândula produz hormônios que tem o papel de estimulante de quase todo o metabolismo. O aumento na produção desse hormônio, aumenta grande parte do metabolismo, causando: nervosismo, irritabilidade, exoftalmia, expressão de medo, taquicardia, tremores, diarreia ou constipação, pele suada, quente e aveludada, intolerância ao calor, emagrecimento, aumento do apetite, atrofia e fraqueza muscular.
Diagnóstico: Além de anamnese e exame físico, deve ser realizado mapeamento e tomografia de tireoide e dosagem sanguínea de hormônios tireoidianos.
Complicações: A mais arriscada complicação é a tempestade tireoidiana, onde ocorre a descompensação de todo o sistema orgânico.
Tratamento: O tratamento visa a normalização da dosagem de hormônios no sangue, isso pode ser feito através do uso de medicamentos antitireoidianos (para o resto da vida), radiação e destruição da glândula tireóide. Também devem ser usados: complexos vitamínicos; sedativos e tranquilizantes para diminuir a ansiedade do paciente e atividade da glândula.
Assistência de enfermagem específica: Além da assistência geral de enfermagem, deve promover a ventilação adequada do ambiente, tranquilidade, atividade relaxante para o paciente. Orientar familiares e visitas (quando internados) que evitem assuntos polêmicos e perturbadores, evitar alimentos e bebidas estimulantes.
A tempestade tireoidiana é um distúrbio com risco de vida associado ao hipertireoidismo não tratado ou tratado inadequadamente. Durante a tempestade tireoidiana, a frequência cardíaca, a pressão arterial e a temperatura corporal podem subir a níveis muito perigosos. Sem tratamento imediato e agressivo, a tempestade tireoidiana é frequentemente fatal.
Defina as seguintes terminologias:
a)	Glicemia:
b)	Hipoglicemia:
c)	Hiperglicemia:
d)	Exoftalmia:
e)	Atrofia:
Sistema Respiratório
Anatomia: O Sistema Respiratório é um conjunto de órgãos responsáveis pela ventilação, difusão e perfusão de gases pelo organismo.
•	Ventilação: compreende a entrada e saída de ar dos pulmões;
•	Difusão: compreende a troca de gases na circulação sanguínea;
•	Perfusão: compreende a mistura de gases na circulação sanguínea.
Esse sistema está dividido em trato superior e inferior.
Vias aéreas superiores: nariz, faringe, laringe e traqueia. São tubos com a função de conduzir, filtrar e aquecer o ar. Embora façam parte do sistema linfático, dividem espaço com o Sistema Respiratório um par de amígdalas, cuja função é fazer sua defesa, pois evita que micro-organismos progridam em direção às vias aéreas inferiores.
Vias aéreas inferiores: pulmões, brônquios (D e E), bronquíolos e alvéolos pulmonares. São sacos aéreos responsáveis pela difusão do oxigênio e gás carbônico através do sangue (hematose).
Higiene e Profilaxia do Sistema Respiratório:
As patologias deste sistema se originam das vias aéreas superiores, e ocorrem com mais frequência nos extremos da idade, algumas medidas higiênicas podem ser usadas para preveni-las.
•	Evitar locais com pó, produtos químicos e fungos (umidade e bolor);
•	Evitar andar com pés descalços e choques de temperatura;
•	Usar medidas para umidificar o ambiente em épocas secas do ano;
•	Evitar vícios como álcool, fumo e drogas;
•	Ingerir cerca de 2000 ml de líquidos (água, chás, sucos...) ao dia;
•	Atividade física e repouso apropriado;
•	Dieta regular e apropriada.
Cuidados de Enfermagem gerais a pacientes com distúrbios Respiratórios
•	Manter ambiente limpo, arejado e tranquilo;
•	Higiene individual (cabelos, oral, íntima e corporal);
•	Observação e controle de eliminações urinárias e intestinais;
•	Controle de sinais vitais;
•	Orientação, auxílio e execução de procedimentos (diagnósticos, oxigenioterapia, exercícios respiratórios tapotagem);
•	Estimular ingesta hídrica, aceitação da dieta e deambulação;
•	Observar e tratar sinais e sintomas através de Cuidados de Enfermagem (como gargarejo e mudança de decúbito) ou administração de drogas prescritas;
•	Aumentar a frequência da escovação de dentes ou da higiene oral;
•	Manter as vias aéreas permeáveis;
•	Induzir abstenção do álcool e do fumo;
•	Prevenir reconhecer e interagir nas possíveis complicações;
•	Orientar sobre remissão e recidiva da doença.
Sintomatologia de Afecções Respiratórias
•	Mal estar geral e dor: de garganta, torácica, pleural (pleurisia), cefaleia;
•	Congestão, odor desagradável nas fossas nasais e batimento das asas do nariz;
•	Hipersecreção (catarral de cor clara ou purulenta) das vias aéreas superiores ou inferiores, acompanhada de tosse com ou sem expectoração;
•	Hiperemia, edema e congestão: mucosa nasal, laringe, faringe e traqueia;
•	Fadiga e fraqueza geral;
•	Alterações circulatórias: edema local, periférico ou generalizado;
•	Alterações da fala: rouquidão ou mudança do timbre de voz;
•	Alterações do sistema gastrintestinal: disfagia, náuseas, vômitos, halitose e anorexia;
•	Alterações dos sinais vitais: hipertermia +/- 38.5ºC, hipertensão arterial e dispneia aos esforços, taquipneia, bradipneia ou ortopneia;
•	Alterações da pele: cianose de extremidades ou bucal, hiperemia na face e pele úmida e fria;
Meios de diagnósticos Específicos do Sistema Respiratório: Podem ser utilizados exames laboratoriais como a cultura de escarro (Pesquisa de BK), cultura de secreção da orofaringe e gasometria arterial (sangue) ou exames especiais como RX de seios da face e de tórax, tomografia, broncoscopia, biópsia e provas de função pulmonar.
Drogas que atuam no Sistema Respiratório: As doenças respiratórias de caráter agudo podem ser tratadas com: descongestionantes nasais, antibióticos, antitussígenos, expectorantes, analgésicos, antitérmicos, mucolíticos e broncodilatadores. Já as doenças de caráter crônico podem ser tratadas com antiasmáticos, corticoides, diuréticos, relaxantes musculares e oxigênio terapia.
Oxigênio terapia: a administração de oxigênio requer cuidados específicos, pois como qualquer medicação tem suas indicações e efeitos colaterais, deve ser administrado sempre úmido e é indicado para corrigir a hipóxia e poupar o trabalho pulmonar, pode ser administrado através de: máscara facial, cateter ou cânula nasal, cânula de intubação ou de traqueostomia.
GRIPE E RESFRIADO: É uma inflamação da membrana, mucosa que reveste a membrana do nariz e laringe. É uma infecção muito comum onde há vasodilatação das artérias da mucosa nasal.
Etiologia: Climas frios, mudanças bruscas de temperatura, baixa imunidade. Existem aproximadamente 100 tipos de vírus catalogados. Os idosos e crianças formam o grupo etário mais atingido pelas gripes e resfriados. A gripe é transmitida facilmente através do ar e de fômites.
Sintomatologia: A invasão dos micro-organismos causa a inflamação e dilatação das arteríolas nasais, fazendo com que a mucosa produza a coriza, principal sinal da gripe, há congestão nasal, mal estar geral, cefaleia, dor de garganta, hipertermia, espirros, e tosse. Em casos mais extremos calafrios e dores musculares.
Diagnóstico: O diagnóstico é determinado por anamnese e simples exame físico.
Complicações: Associação da infecção a outros micro-organismos, evolução da infecção para as vias aéreas inferiores.
Tratamento: Repouso para evitar a viremia, tratamento de sinais e sintomas e líquidos via oral.
Cuidados de Enfermagem Específicos: Orientar uso de lenços descartáveis, evitar contato nas primeiras 24h., ensino do auto cuidado.
SINUSITE: É uma inflamação dos seios da face. Tecido ósseo, aerado e sinuoso situado na face, sua inflamação pode ser de caráter agudo ou crônico.
Etiologia: Exposição constante a variações de temperatura e agentes alérgicos e infecções repetitivas das vias aéreas superiores.
Sintomatologia: Ocorre edema e congestão dos seios da face isso causa cefaleia (frontal, occiptal, peri orbital, etmoidal), sensação de peso na cabeça, mal cheiro endo nasal, febre e mal estar geral.
Diagnóstico: Através de anamnese, exame físico, RX dos seios da face.
Complicações: Quando não tratada pode tornar-se crônica. A inflamação dos seios paranasais torna o terreno propício ao crescimento de micro-organismos, podendo transformar-se em infecção e progredir para as vias aéreas inferiores.
Tratamento: Tratar a causa, e os sinais e sintomas com analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Em casos de exsudação é indicado o uso de antimicrobianos.
Cuidados de Enfermagem: Ensino do auto cuidado além dos cuidados de Enfermagem gerais do sistema.
PNEUMONIA: É uma inflamação que acomete o tecido pulmonar, o agente causador invade o pulmão através de aspiração ou inalação.
Etiologia: As pneumonias podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos, protozoários, agentes químicos e processos alérgicos além de: aspiração de agentes químicos, conteúdo gástrico ou inalação de partículas contaminadas; baixa imunidade (etilismo, tabagismo, nutrição inadequada, repouso prolongado e estados de inconsciência); Invasão e proliferação de micro-organismos: intubação orotraqueal prolongada e técnica inadequada para aspiração de cânula de traqueostomia e de intubação.
Sintomatologia: A inflamação do parênquima pulmonar diminui as trocas gasosas dos capilares pulmonares o que pode causar: dispneia, taquipneia, batimento das asas do nariz, hipóxia e cianose. A proliferação de micro-organismos estimula a formação de exsudatos o que pode causar: hipertermia, dor torácica, tosse com expectoração ocorrem náuseas e vômitos. A bacteremia causa cefaleia, taquicardia, mal estar geral, calafrios e anorexia.
Diagnóstico: Anamnese, exame físico, RX de tórax e cultura de escarro.
Complicações: Derrame pleural, abcesso pulmonar, empiema, hipotensão, bronquite crônica, D.P.O.C., I.C.C. e septicemia.
Tratamento: Antibióticoterapia, analgésicos, antitérmicos, hidratação, dieta hipercalórica e hiperproteica, oxigenioterapia e repouso.
Cuidados de Enfermagem específicos: Manter a permeabilidade das vias aéreas, observar e anotar quantidade, odor e características da expectoração, uso de lenços descartáveis, estimular repouso, ingesta hídrica e aceitação da dieta, ensino do auto cuidado, além dos cuidados gerais do sistema.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (D.P.O.C.): É um doença que surge como resultante de um grupo de outras patologias que obstruem o fluxo de ar nos pulmões, dificultam a expiração e causam estreitamento ou perda da elasticidade pulmonar. Fazem parte deste grupo: Asma brônquica, Bronquite crônica e Enfisema pumonar.
Asma brônquica: é uma D.P.O.C., cuja característica é brônquio constrição de caráter reversível e recidivante.
Bronquite crônica: é uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores, com produção de muco espesso e gelatinoso.
Enfisema pulmonar: é uma doença que causa perda da elasticidade pulmonar, e é de caráter irreversível.
Etiologia: As D.P.O.C.s são causadas
em geral por hábitos, costumes e qualidade de vida: etilismo, tabagismo, exposição profissional, estresse, fatores alérgicos e infecções não tratadas ou de repetição.
Sintomatologia: Agrupando-se as D.P.O.C.s podemos eleger os seguintes sinais e sintomas: Dispneia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso, produção de muco gelatinoso e espesso de coloração variando do amarelo ao verde – acastanhado, cianose, tórax rígido com costelas fixas “tórax em barril”, e mudança na postura, dedos em baqueta, nos estágios avançados da doença ocorre edema, apreensão, taquipneia e dispneia acentuada inclusive aos pequenos esforços.
Diagnóstico: A anamnese e o exame físico são de importância, e podem ser complementados por: RX simples de tórax, provas de função pulmonar, broncoscopia, broncografia e gasometria.
Complicações: Embora as D.P.O.C.s sejam decorrentes de outras doenças e portanto suas complicações, elas ainda podem resultar em: S.D.R.A. (Síndrome do desconforto respiratório agudo), derrame pleural, pneumotórax e corpulmonale.
Tratamento: Evitar: contato com fatores alérgicos, ingestão de gelados, exposição ao frio e umidade, fumo e álcool, stress. Estimular prática de esportes como caminhada e natação, oxigênio terapia, fisioterapia respiratória. Medicamentos: broncodilatadores, corticoides, antibióticos se necessário, sedativos, mucolítocos, diuréticos e relaxantes musculares e tratamento sintomático.
Cuidados de Enfermagem Específicos: Manter a permeabilidade das vias aéreas, incentivar mudança nos hábitos de vida e aceitação do tratamento, controle da ansiedade, manter decúbito elevado, reconhecer e prevenir as complicações, dar apoio nas crises além da assistência de Enfermagem geral do sistema.
ASMA: É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados reagindo ao menor sinal de irritação. 
Etiologia: Ninguém sabe exatamente o que provoca asma, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade diferente. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma, e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Alguns fatores desencadeantes:, poeira, poluição, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro, e partículas de insetos, tintas, desinfetantes, produtos de limpeza, resfriados comuns, gripes, ovos, leite de vaca, amendoins, soja, trigo, peixe, camarão e outros crustáceos, saladas e frutas secas, asma ocupacional etc...
Sintomas: A maioria das pessoas com asma fica longos períodos sem sintomas, intervalados com as crises quando expostos a algum agente. No entanto, algumas pessoas tem a deficiência respiratória quase que cronicamente, com alguns episódios mais graves em determinados períodos. Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito. Os sintomas incluem: tosse com ou sem produção de escarro (muco); Retrações intercostais; Deficiência respiratória que piora com exercício ou atividade; Respiração ofegante.
Diagnóstico: História do paciente, exames subsidiários, se necessário exames para avaliar o funcionamento do pulmão: espirometria, raio-X de tórax, tomografia de tórax, gasometria arterial.
Tratamento: Broncodilatadores, inaladores orais.
Assistência de enfermagem: Orientar a não fumar, evitar o contato com fumantes, orientar os familiares sobre as características das crises, se precaver para não adquirir resfriado e gripe, evitar gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza, higiene pessoal, perfumes, mudanças abruptas de temperatura, exercitar-se moderadamente, tomar bastante líquido, não tomar medicamentos indutores do sono, elevar a cabeceira da cama caso de tosse, evitar pânico nos momentos de crise.
BRONQUITE: É uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar inalado até os alvéolos pulmonares. Ela se instala quando os minúsculos cílios que revestem o interior dos brônquios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de secreção faz com que eles fiquem permanentemente inflamados e contraídos. A bronquite pode ser aguda ou crônica. A diferença consiste na duração e agravamento das crises, que são mais curtas (uma ou duas semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não desaparecem, pioram pela manhã e se manifestam por três meses ou mais durante pelo menos dois anos consecutivos. O muco tem importantes funções de defesa imunológica. Além de aprisionar os microorganismos aéreos como por exemplo no epitélio respiratório, ele contém proteínas com actividade bactericida, como a lisozima e anticorpos tipo A (IgA).
Doenças envolvendo muco
O muco é produzido em excesso em muitas situações patológicas. Na constipação/resfriado comum, na gripe e em outras afecções respiratórias, as células ciliadas do epitélio respiratório, que continuamente empurram o muco para ser deglutido, são destruídas pelo vírus, libertando água e sais do interior das células. É assim produzido muco aquoso em grandes quantidades que é expelido pelo nariz. Espirrose a tosse com expectoração branca expelida com a tosse podem ter a mesma causa (ao contrário da amarela que pode indicar infecção bacteriana mais grave). Este sintoma continua inclusivamente após a resolução da infecção, até às células ciliadas do epitélio se regenerarem.
Ler mais: http://biometrio.blogspot.com/2010/06/funcao-do-muco-nasal.html#ixzz4k0xygxSk
O muco tem importantes funções de defesa imunológica. Além de aprisionar os microorganismos aéreos como por exemplo no epitélio respiratório, ele contém proteínas com actividade bactericida, como a lisozima e anticorpos tipo A (IgA).
Doenças envolvendo muco
O muco é produzido em excesso em muitas situações patológicas. Na constipação/resfriado comum, na gripe e em outras afecções respiratórias, as células ciliadas do epitélio respiratório, que continuamente empurram o muco para ser deglutido, são destruídas pelo vírus, libertando água e sais do interior das células. É assim produzido muco aquoso em grandes quantidades que é expelido pelo nariz. Espirrose a tosse com expectoração branca expelida com a tosse podem ter a mesma causa (ao contrário da amarela que pode indicar infecção bacteriana mais grave). Este sintoma continua inclusivamente após a resolução da infecção, até às células ciliadas do epitélio se regenerarem.
Etiologia: A bronquite aguda é causada geralmente por vírus, embora, em alguns casos, possa ser resultado de uma infecção bacteriana. As crises também podem ser desencadeadas pelo contato com poluentes ambientais e químicos (poeira, inseticidas, tintas, ácaros, etc.). O cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença.
A bronquite crônica aumenta o risco de outras infecções respiratórias, particularmente o da pneumonia. A doença pode instalar-se como extensão da bronquite aguda, mas a principal causa da doença é a fumaça do cigarro. Por ser uma enfermidade rara entre os não fumante.
Sintomas: Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da bronquite. Na bronquite aguda, ela pode ser seca ou produtiva. Na crônica, é sempre produtiva e a expectoração clara no início, pode tornar-se amarelada e espessa com a evolução da enfermidade. Falta de ar e chiado são outros sintomas da bronquite crônica.
Diagnóstico: Através de sinais e sintomas, o histórico do paciente, e o exame clínico. Em algumas situações, a Prova de Função Pulmonar, ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial.
Tratamento: A bronquite aguda é autolimitada, que dura no máximo dez, quinze dias. Não existe tratamento específico para combater os episódios provocados por vírus. Boa hidratação, uso de vaporizadores, de analgésicos, de descongestionantes, e evitar a exposição aos fatores de risco são recursos úteis para aliviar os sintomas e prevenir as crises. A medida mais importante no tratamento da bronquite
crônica é parar de fumar. Também é importante não permanecer em ambientes em que haja pessoas fumando. Medicamentos broncodilatores, antibióticos, mucoliticos e anti-inflamatórios só devem ser utilizados sob orientação médica depois de uma avaliação criteriosa.
Assistência de enfermagem: Orientar o paciente a abster-se do cigarro, fumar menos, evitar locais onde haja pessoas fumando; Beber bastante líquido; Lavar as mãos com frequência; Utilizar máscara se estiver sujeito a inalação de elementos irritantes; Evitar contato com pessoas resfriadas, gripadas ou outras doenças transmissíveis por via respiratória; Induzir a tosse produtiva; Evitar permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado ou em locais com ar seco demais. 
ENFISEMA PULMONAR: É uma irritação respiratória crônica, de lenta evolução, quase sempre causada pelo fumo, embora outros agentes (poeira, poluentes, vapores químicos) também possam provoca-lo. No enfisema, os alvéolos transforma-se em grandes sacos cheios de ar que dificultam o contato do ar com o sangue, uma vez que foi destruído o tecido por onde passavam os vasos.
Etiologia: Fumo, poeira, poluentes, vapores químicos. Os alvéolos ficam comprometidos e perdem a capacidade de fornecer oxigênio ao sangue, e dele retirar o dióxido de carbono. Alvéolos saudáveis são minúsculos, numerosos, esponjosos e elásticos. No enfisema, são maiores, menos numerosos e comparativamente mais rígidos. Nos estágios avançados da doença, a pessoa fica impossibilitada de executar até mesmo atividades físicas insignificantes, e pode necessitar de oxigênio suplementar. Nesses casos, o enfisema pode ser fatal.
Sintomas: Respiração ofegante com chiado, tosse, sensação de sufoco são sintomas do enfisema, mas o pior deles é a falta de ar que se agrava à medida que a doença se agrava. Os pulmões se tornam menos eficiente e o peito adquire uma forma cilíndrica característica da doença.
Diagnóstico: Oximetria de pulso, espirometria (medição da capacidade inspiratória e expiratória do indivíduo), gasometria arterial, histórico do paciente.
Tratamento: Brondilatadores, antibióticos, mucoliticos, corticosteroides, boa higiene, ambiente bem arejado e sem mofo, deixar de fumar, boa nutrição e muita água.
Assistência de enfermagem: Induzir a abandonar o cigarro, respirar com os lábios contraídos (posição de assobio), deixando apenas uma passagem pequena para o ar. Inalar pelo nariz, parar e descansar assim que sentir falta de ar, inalar oxigênio suplementar sempre que necessário; Manter um ritmo lento e contínuo para executar as tarefas, estabeleça períodos de descanso, usar roupas folgadas fáceis de vestir e de despir, orientar a emagrecer caso esteja acima do peso, planejar as atividades sexuais para os dias que estiver com mais energia, não faça quando estiver muito cansado (a), ou após uma refeição substancial.
ABSCESSO PULMONAR: Um abscesso do pulmão é uma cavidade cheia de pus no pulmão, rodeada de tecido inflamado provocado por uma infecção.
Etiologia: A causa habitual da formação de um abscesso é a aspiração de bactérias provenientes da boca e da garganta para o interior dos pulmões, provocando uma infecção. O organismo possui muitas defesas contra estas infecções, de tal modo que estas só se manifestam quando as defesas se encontram diminuídas; por exemplo, durante um estado de inconsciência ou de sonolência devido a sedativos, anestesia, abuso de álcool ou a uma doença do sistema nervoso. Uma doença das gengivas é, muitas vezes, a fonte das bactérias, mas mesmo quando se aspira a saliva normal, esta contém bactérias suficientes para provocar uma infecção. Em algumas pessoas, especialmente as maiores de 40anos, um tumor do pulmão pode provocar um abscesso pulmonar devido à obstrução de uma via respiratória. A pneumonia, fungos, sistema imunitário deficiente, êmbolos pulmonares infectados, e infecções difundidas pela corrente sanguínea podem provocar abscesso pulmonar.
Uma pessoa desenvolve, habitualmente, um só abscesso do pulmão, mas quando aparecem outros, é característico que estes se desenvolvam no mesmo pulmão. Podem formar-se muitos abscessos dispersos quando a infecção chega ao pulmão pela corrente sanguínea. É mais frequentes entre os dependentes químicos que utilizam seringas não esterilizadas. A maior parte se desfazem dentro da árvore respiratória, produzindo uma grande quantidade de expectoração, que necessita ser expulsa com a tosse. Além disso deixa uma cavidade que se enche de líquido e de ar. Às vezes um abscesso que se derrama na cavidade pleural (espaço compreendido entre as duas camadas da membrana que reveste o pulmão e a parede torácica), enche-se de pus, provocando um processo chamado empiema. 
Em casos raros, um abscesso grande arrebenta dentro de um brônquio, e o pus derrama-se no pulmão, provocando pneumonia, e a síndrome de dificuldade respiratória aguda do adulto. Pode produzir-se uma hemorragia grave se um abscesso destrói a parede de um vaso sanguíneo.
Sinais e sintomas: Podem começar lenta ou rapidamente, os iniciais assemelham-se aos da pneumonia: cansaço, perda do apetite, suor, febre e tosse que produz expectoração. Esta expectoração pode estar tingida de sangue, e é frequente que tenha um odor muito desagradável por causa das bactérias provenientes da boca ou da garganta, que tendem a produzir cheiros fétidos. A pessoa pode sentir, além disso, dores no tórax ao respirar, especialmente quando a pleura estiver inflamada.
Diagnóstico: É possível diagnosticar baseando somente nos sintomas referidos acima, e exame físico. No entanto o médico suspeita realmente de um abscesso do pulmão quando os sintomas semelhantes à pneumonia se apresentam em indivíduos que tem determinados problemas, como uma perturbação do sistema nervoso ou um problema de abuso de álcool ou de drogas, ou um episódio recente de perda de consciência por qualquer motivo. Radiografias de tórax, acompanhado de tomografia axial computadorizada (TAC). As culturas da expectoração podem ajudar a identificar o micro-organismo que causa o abscesso.
Tratamento: Uso de antibióticos, raio-X de tórax para controle.
Cuidados de enfermagem: orientar a pessoa a tossir, orientar na abstenção de álcool, drogas, fumo; boa ingesta alimentar, líquidos, higiene corporal; manter ambiente arejado e limpo, além dos cuidados gerais de enfermagem.
A tomografia computadorizada ou tomografia computorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada / computorizada (TAC) - em inglês: X-ray computed tomography - é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo.
Punção e Drenagem torácica: A punção e a drenagem pleural são procedimentos cirúrgicos com finalidade diagnóstica e terapêutica nas afecções que acometem a cavidade pleural, levando à formação ou depósito de líquido ou ar no espaço pleural. A cavidade pleural é ocupada por uma pequena quantidade de líquido para lubrificação das pleuras. Em situações patológicas, esse espaço poderá ser ocupado por ar ou líquidos. 
 A punção torácica: está indicada nos casos de derrame pleural evidenciado pelo estudo radiológico, nas situações de emergência, pode ser realizada sem a confirmação radiológica, como nos casos de pneumotórax hipertensivo ou grandes hemotórax em situações de trauma, como método terapêutico para melhorar a ventilação do paciente, pelo esvaziamento por punção, nos casos de líquido límpido.
É indicada sua realização no Centro Cirúrgico, devido ás vantagens de menor risco de contaminação.
O paciente é colocado sentado, para punção posterior, o antebraço deve ser posicionado ao nível da nuca, objetivando o alargamento dos espaços intercostais. 
O pneumotórax hipertensivo desenvolve-se quando o ar proveniente do pulmão ou do meio ambiente passa para a cavidade pleural, com a possibilidade de que este possa ser comprimido devido a um mecanismo valvular. Numa fase inicial, o colapso parcial do pulmão pode não ter sintomas. ...
Materiais: solução anti-séptica
(clorexidina ou PVPI), gazes, luvas estéreis, campos estéreis, avental estéril, seringa de 20ml, agulha 40x12, torneira 3 vias, intracath ou jelco nº14, lidocaína sem vasoconstritor, tubo estéril para coleta de amostra de líquido.
A drenagem pleural (dreno de tórax) é definida como um procedimento cirúrgico para introdução de um dreno através de parede torácica na cavidade pleural, com a finalidade de promover a troca gasosa, e alívio ao paciente. É indicada quando o espaço pleural estiver ocupado por líquido (hidrotórax), ar (pneumotórax) ou ambos, coleções purulentas (empiemas), por sangue (hemotórax), drenagem profiláticas e derrames neoplásicos.
Cuidados com dreno de tórax:
•	No transporte não pinçar;
•	Manter abaixo da inserção do dreno de tórax;
•	Observar oscilação;
•	Pinçar ao trocar a água do frasco;
•	Trocar curativo 1x dia, ou quando necessário;
•	Realizar curativo firme e mantê-lo imóvel;
•	Remover o curativo com auxílio de SF. 0,9%;
•	Observar aspecto da pele no local;
•	Preencher o selo d’água com 500ml de água estéril ou conforme prescrição médica, a cada 12horas ou antes S/N;
•	Anotar o conteúdo drenado no fim do plantão;
•	Nunca elevar o frasco de drenagem acima do tórax sem ser clampeado;
•	Não colocar no chão, prende-lo na cama;
•	Ordenhar ou massagear a tubulação na direção do frasco, conforme protocolo da instituição;
•	Haste imersa no máximo 2cm abaixo da água.
Exames complementares:
Broncografia: é o estudo radiológico da árvore brônquica, através da introdução de meio de contraste no brônquio principal. É utilizado sedativo de tosse; Anestesia local primeiro da orofaringe e depois da laringe; Introdução do cateter nasotraqueal introduzido com auxílio da laringoscopia e radioscopia.
- Colocar o paciente em decúbito lateral do lado que será avaliado;
- Orientar movimentos respiratórios para preencher os brônquios do lado a ser avaliado;
- Obter as radiografias, com o paciente em pé, nas posições ântero-posterior, oblíqua anterior e perfil.
- Após a conclusão do exame, estimular o paciente a tossir para eliminar o contraste, o que pode ser facilitado por medidas posturais.
Tem a finalidade de obter imagens com espessamento das paredes brônquicas, atelectasias e imagens radiológicas sugestivas de bronquiectasias; Descobrir, diagnosticar, doenças tanto na laringe, traqueia como nos brônquios. O corante de contraste serve como auxílio para deixar mais visível os exames de raio-X, e de outras imagens de diagnótico.
Cintilografia: de perfusão/inalação tem como sua principal indicação o diagnóstico de embolia pulmonar, sendo útil também na avaliação pré-operatória de pneumectomia.
- Para realizar cintilografias pulmonares não é necessário fazer jejum.
- As imagens serão realizadas após a injeção intravenosa (no caso da cintilografia perfusional) ou inalação do material (no casos da cintilografia inalatória).
- Para que as imagens sejam realizadas, a pessoa será conduzido a uma sala que contém um equipamento que não emite nenhuma espécie de radiação.
- Paciente é orientado a trazer exames anteriores: raio-X, tomografia, cintilografia etc...
- Anotar o nome ou trazer os medicamentos que utiliza. 
Toracocentese: tem a finalidade de coleta de líquido pleural, é um procedimento cirúrgico com baixa morbidade, de baixo custo, e que fornece grande eficiência diagnóstica. É realizada para investigação clínico laboratorial, principalmente de derrames pleurais. A amostra do líquido pleural para análise pode ser obtida por punção com agulha da cavidade pleural. Mas, sempre que possível, deve-se evacuar lentamente todo o líquido pleural com cateter plástico não traumático.
-Materiais: solução anti-séptica (clorexidina ou PVPI), gazes, luvas estéreis, campos estéreis, avental estéril, seringa de 20ml, agulha 40x12, torneira de três vias, equipo de soro de macrogotas, intracath ou jelco nº14, lâmina de bisturi nº 11 ou 15, lidocaína sem vasoconstritor, frasco (de preferência à vácuo), tubo estéril para coleta de amostra de líquido.
A toracocentese é a técnica cirúrgica responsável pela obtenção da maioria das amostras de líquidos pleural (derrame pleural) que são encaminhadas para diagnóstico laboratorial.
As análises bioquímicas e citológicas das amostras de líquido pleural são coletadas através da punção torácica ou toracocentese, previamente à biópsia pleural com agulha durante a drenagem pleural/torácica cirúrgica, durante a toracoscopia ou mesmo durante a toracotomia. 
Sistema Cardiovascular
Anatomia: O sistema cardiovascular é um sistema de tubos fechados (artéria e veias), tem por finalidade dar vazão de seu fluxo (o sangue) através da força exercida por uma bomba injetorial (coração). O coração que tem função de bomba, é oco (formado por músculo estriado cardíaco) possui em seu interior quatro câmeras: 2 átrios e 2 ventrículos (direito e esquerdo), a cada sístole injeta na circulação: sangue oxigenado através da artéria Aorta, com a finalidade de levar nutrientes a todo o organismo (grande circulação); ou sangue pobre em oxigênio através da artéria Pulmonar, que tem por finalidade levar o sangue ao pulmão para ser oxigenado (pequena circulação).
As contrações executadas pelo músculo cardíaco são chamadas de sístole e seu relaxamento é chamado de diástole. Cada porção de sangue que chega ao coração, através da veia Cava, é chamada de retorno venoso, e cada porção de sangue que sai do coração, através da artéria Aorta, é chamada de débito cardíaco. Todo vaso que desemboca no coração é chamado de veia e cada vaso que sai do coração é chamado de artéria. A força de contração do coração, que é exercida na parede das artérias, determina os valores conhecidos como pressão arterial. Esse sistema ainda consta de um conjunto de válvulas cardíacas, arteriais e venosas que impedem o refluxo indesejado de sangue durante o trabalho cardíaco.
Higiene e profilaxia do Sistema cardiovascular
•Caminhadas diárias de aproximadamente uma hora, são essenciais para seu bom funcionamento;
•Não use o elevador, vá pelas escadas e ponha sua circulação em dia;
•Para as mulheres o uso de anticoncepcionais orais é um fator que aumenta o risco de doenças para esse sistema, portanto o uso desses medicamentos deve ser precedido de uma consulta a um médico ginecologista;
•A prática de esportes, além das caminhadas é muito saudável, no entanto evite ser um atleta de finais de semana e jamais faça exercícios além de sua capacidade física, isso é prejudicial ao coração. A prática de esportes, para os iniciantes deve ser precedida de uma consulta médica;
•Uma dieta balanceada, rica em fibras e líquidos, com menos calorias e gorduras, evita a deposição de placas de gordura nos vasos, o que melhora a qualidade de vida na terceira idade;
•Dormir pelo menos 7horas por dia, também é um hábito bastante saudável;
•Visitas semestrais ao médico, previnem surpresas nesse sistema;
•Ter um grupo de amigos e participar de atividades sociais diminuem o estresse da vida diária e portanto melhoram a qualidade de vida, a curto e médio prazo, o que só pode fazer bem ao coração.
Causas de afeções cardiovasculares:
•Vida sedentária;
•Imprudências dietéticas, como a ingestão exagerada e contínua de gorduras animais, que aumentam a taxa de colesterol no sangue e promovem a obesidade;
•Hereditariedade, deficiências do músculo cardíaco e causas congênitas;
•Etilismo e tabagismo;
•Doenças infecciosas Chagas, Sífilis, de repetição ou não tratadas;
•Ingesta irregular de eletrólitos como água, sódio e potássio;
•Ingesta excessiva ou inadvertida de drogas como antibióticos, anticoncepcionais, anabolizantes, anti-inflamatórios ou aspirina;
•Presença de trombos na corrente sanguínea;
•Aterosclerose, hipertensão ou hipotensão arterial;
•Grandes perdas sanguíneas e anemias;
•Alterações emocionais como estresse, ansiedade e raiva, sono e repouso inadequados;
Cuidados Gerais de Enfermagem a pacientes com distúrbios Cardiovasculares:
•	Manter ambiente limpo e tranquilo, para redução do estresse;
•	Controle de sinais vitais a pressão arterial e a frequência cardíaca merecem atenção especial;
•	Orientação, auxílio, e execução de procedimentos (diagnósticos, ECG, cateter de oxigênio, entre outros);
•	Estimular aceitação da dieta hipossódica, e deambulação (quando possível);
•	Observar e tratar sinais e sintomas através de cuidados de Enfermagem (como elevar e mudar o decúbito) ou administração de drogas prescritas;
•	Induzir abstenção do álcool e do fumo;
•	Orientar o paciente sobre mudanças nos hábitos de vida;
•	Prevenir reconhecer e interagir nas possíveis complicações;
•	Orientar sobre remissão e recidiva da doença.
Drogas que atuam no Sistema Cardiovascular:
•	Drogas que agem no coração: Digitálicos e antiarrítmicos.
•	Drogas que agem nos vasos: Antihipertensivos, vasodilatadores periféricos ou coronarianos, vasoconstritores e Antilipêmicos.
•	Drogas que agem no sangue: anticoagulantes, fibrinolíticos e antianêmicos.
ANGINA PECTORIS: A angina do peito é uma dor constritiva que se reflete do esterno para o braço esquerdo.
Etiologia: Em geral ocorre em decorrência de obstrução de artérias coronarianas mas pode ser associada ainda ao hipertireoidismo, insuficiência aórtica, anemias e taquicardias. São geralmente desencadeadas por emoções, excitação, esforço físico e refeições pesadas.
Sintomatologia: O sintoma que caracteriza a angina é a dor, ela é de intensidade variável e localiza-se na parte posterior, superior média do tórax, e é referida pelo doente como profunda, irradia-se para o pescoço, ombros e braço esquerdo. É acompanhada por sensação de fraqueza nos braços e forte apreensão comumente o paciente põe seus punhos fechados sobre o tórax para definir a dor. Essa dor é devida ao impedimento do fluxo sanguíneo provavelmente em decorrência a uma congestão dos vasos torácicos.
Essa crise não dura mais de três minutos, porém com o paciente acamado pode chegar a 15minutos.
Diagnóstico: Via de regra é feito o diagnóstico pelo simples exame físico juntamente com a anamnese. Podem ajudar ainda no diagnóstico ECG, teste ergométrico.
Complicações: A angina do peito pode evoluir para infarto agudo do miocárdio.
Tratamento: O tratamento básico consiste em medidas para diminuição do trabalho cardíaco. Podem ser administrados ainda medicamentos como ansiolíticos, analgésicos, oxigênio, vasodilatadores coronarianos e nitroglicerina. Devem ser ainda verificados e tratados os fatores de associação dos sinais e sintomas.
Assistência de Enfermagem específica: Além da assistência de enfermagem geral devem ser incluídos: alívio da dor, evitar exposição ao frio, repouso relativo e mediadas de prevenção às causas pré disponentes.
ENDOCARDITE: É uma inflamação dos folhetos de revestimento do coração.
Etiologia: A endocardite via de regra é secundária a febre reumática não tratada, no entanto pode ser decorrente ainda de: implante cirúrgico de válvulas cardíacas, cateterismo vesical de demora prolongado, infecções de gengivas, dentes e garganta não tratadas, uso prolongado de antibióticos e uso de heroína endovenosa.
Sintomatologia: As manifestações clínicas da endocardite são descritas como hipertermia, sudorese, anorexia e calafrios devido a presença de agentes inflamatórios ou micro-organismos na corrente sanguínea, o aumento no metabolismo e consumo cardíaco podem causar emagrecimento e falta de vitalidade, a circulação é dificultada quando a lesão valvular se intensifica, o que causa dor torácica, petéquias e máculas purpuras e dolorosas nas extremidades e mudanças nas características das bulhas cardíacas. Pode haver ainda lesões sistêmicas como: esplenomegalia, cefaleia, AVC e meningite.
Diagnóstico: Exame físico e anamnese minuciosos, além de hemocultura, ECG, ecocardiograma e provas de função reumática.
Complicações: Destruição das válvulas cardíacas e insuficiência valvular.
Tratamento: Trata-se de uma doença crônica, seu tratamento consiste em aliviar os sinais e sintomas através do uso de analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e repouso relativo. Nos casos mais graves pode ser necessário uma cirurgia de troca de válvulas do coração.
Assistência de enfermagem específica: Além da assistência de enfermagem geral, incluir: estimular repouso relativo, em caso de hipetermia repouso absoluto. Cuidado com punções venosas, estar atento a flebites, anotar em local visível a data da punção.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM): É a destruição de áreas do músculo cardíaco, devido à diminuição ou ausência do suprimento de oxigênio, pelas artérias coronarianas, em uma determinada área do coração.
Etiologia: A obstrução da artéria coronariana geralmente é causada por deposição de placas de gordura em suas paredes, hipertensão arterial e baixo fluxo cardíaco. Embora não seja uma regra ocorre mais em homens com mais de 40 anos.
Sintomatologia: A obstrução do fluxo sanguíneo causa: dor retroesternal em garra, irradiada para pescoço, mandíbula, ombros e braço (geralmente esquerdo), pode ser diferenciada da angina por seu início que é espontâneo e independente de causas externas. O pulso torna-se fino, rápido e irregular, a pele apresenta-se úmida, lívida, cianótica, fria e pegajosa. Frequentemente há ansiedade, inquietação, dispneia, fraqueza, vertigens e vômitos que precedem a perda da consciência. No entanto quando a área afetada é pequena, o IAM muitas vezes é confundido com problemas gástricos, o que adia o tratamento e agrava as sequelas cardíacas, esses pacientes com casos de difícil diagnóstico são chamados de coronarianos silenciosos.
Diagnóstico: Exame físico e anamnese, além de ECG e exame de sangue para pesquisa de enzimas cardíacas.
Complicações: Arritmias, Insuficiência cardíaca congestiva, ruptura cardíaca e choque cardiogênico.
Tratamento: O tratamento imediato consiste no alívio dos transtornos decorrentes da diminuição do fluxo e deve ser sintomático, e paralelamente na reconstituição do fluxo sanguíneo coronariano. Isso pode ser feito através do uso de medicamentos: Analgésicos, expansores plasmáticos e drogas vasoativas. Paralelamente ao uso de anticoagulantes, antiarrítimicos, antilipêmicos, fibrinolíticos e betabloqueadores. Quando a área afetada é extensa, e não há resposta a terapêutica citada, o tratamento de escolha é cirúrgico.
Na verdade o tratamento ora referido visa reconstituir o fluxo sanguíneo coronariano, porém ele só é validado por medidas higieno dietéticas, que visam uma mudança nos hábitos de vida do paciente, para a cura definitiva da doença.
Assistência de enfermagem: Essa patologia é tratada sempre com paciente internado em unidades de emergência ou de terapia intensiva, portanto a enfermagem deve providenciar acomodações e monitorização adequadas, manter oxigenioterapia, repouso absoluto, alívio constante da dor, fazer balanço hídrico, controlar sinais vitais de 2 em 2horas, além da assistência de enfermagem geral.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: Condição clínica pelo aumento nos valores tidos como normais da pressão arterial, sendo a PAS > 140mmHg e PAD > 90mmHg.
 Etiologia: A hipertensão arterial pode ser classificada como essencial, nesse caso é de causa desconhecida; ou pode ainda ser secundária a outra patologia (ex: insuficiência renal) ou a hábitos individuais (ex: sedentarismo, dieta rica em gorduras ou sal).
Sintomatologia: A hipertensão arterial, via de regra é uma doença insidiosa e lenta, de sintomatologia pouco significativa. No entanto, quando seus malefícios já estão instalados no organismo, o paciente pode apresentar: fadiga, irritabilidade, tontura, cefaleia, nictúria, oligúria, lesões na rede vascular e edema de extremidades.
Diagnóstico: Anamnese, exame físico e gráfico controle da pressão arterial, além dos seguintes exames: tomografia, exame de fundo de olho e arteriografia.
Complicações: As complicações decorrentes da hipertensão são graves e normalmente o paciente toma conhecimento da doença quando surgem as complicações. São elas: ICC, AVC, insuficiência renal (aguda ou crônica) e cegueira.
Tratamento: O

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