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A Importância da Pontuação na Comunicação Escrita

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PONTUAÇÃO 
 
 
Na comunicação oral, o falante lança mão de certos recursos da linguagem, como a entoação 
da voz, os gestos e as expressões faciais para denotar dúvida, hesitação, surpresa, incerteza 
etc. 
Quando se constrói a comunicação por meio da escrita, quem passa a ter essa incumbência é 
a pontuação. Por isso, tanta gente associa indevidamente o emprego de vírgula a uma pausa 
da respiração. 
Isso não tem sentido. Se assim o fosse, tínhamos de colocar vírgula a cada palavra escrita. Ou 
você, por acaso, prende a respiração ao escrever uma oração sem vírgulas? 
Afinal, qual é a utilidade de colocarmos sinais de pontuação no texto? 
Além de estabelecer na escrita aquelas denotações expostas acima, também se digna a 
eliminar ambigüidades que poderiam surgir em um texto sem pontuação ou a destacar certas 
palavras, expressões ou frases. 
O texto que reproduzimos abaixo, cujo autor desconhecemos, exemplifica bem as funções da 
pontuação. 
“Um homem rico estava muito mal, pediu papel e pena. Escreveu assim: 
‘Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate 
nada aos pobres.’ 
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? 
Eram quatro concorrentes. 
 
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: 
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. 
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.’ 
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: 
‘Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. 
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.’ 
3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele: 
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? 
Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.’ 
4) Chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta pontuação: 
 ‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? 
Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.’ 
Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.”. 
Cabe a nós, redatores, empregar a pontuação de modo que a mensagem por nós escrita 
chegue ao leitor no sentido exato que queríamos transmitir. 
Para isso, devemos conhecer suas regras. 
A pontuação depende da estrutura sintática da oração. Para começar, é interessante notar que 
a ordem direta das orações é a seguinte: 
 
SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTOS VERBAIS – ADJUNTOS 
 
Para colocar a oração nessa ordem direta, devemos partir do verbo, perguntando a ele quem é 
o seu sujeito. 
A partir daí, sabendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos verbais 
(predicativos, objetos), que são os termos que complementam o sentido do verbo. 
 
 
Por “adjuntos”, entendem-se as condições em que a ação expressa pelo verbo se estabelece – 
tempo, lugar, modo, intensidade, dúvida, negação. Essas circunstâncias são apresentadas 
pelos advérbios. É lógico que, se uma dessas circunstâncias (como a de negação) estiver 
acompanhando um termo específico (por exemplo, um verbo), o advérbio irá se posicionar 
próximo ao esse termo, e não no fim da oração (Eu não sairei daqui). 
Os complementos, além de verbais, podem ser nominais, quando completam o sentido de um 
nome: necessidade de carinho. Também aos nomes ligam-se elementos para restringi-los ou 
designá-los (adjuntos adnominais). Esses termos regidos devem ficar próximos de seus termos 
regentes, onde quer que estejam (seja no sujeito, seja no predicado). 
Exemplos: Seu amor à pátria (o nome faz parte do sujeito) era fantástico; Não há necessidade 
de chorar (o nome faz parte do predicado). 
Esses conceitos são fundamentais para compreendermos alguns casos de proibição. 
Os sinais de pontuação são: ponto, ponto-e-vírgula, vírgula, ponto de exclamação, ponto de 
interrogação, travessão, parênteses, aspas, reticências. 
Eles indicam entoação ou pausa. Nas palavras de Celso Cunha (Nova Gramática do 
Português Contemporâneo), “esta distinção, didaticamente cômoda, não é, porém, rigorosa. 
Em geral, os sinais de pontuação indicam, ao mesmo tempo, a pausa e a melodia.”. 
O sinal mais explorado em questões de prova é, sem dúvida, a vírgula. 
Por isso, começaremos por ela. Para fins didáticos, iremos estudar o assunto a partir das 
proibições e das situações especiais para o seu emprego. Após essa apresentação, 
começaremos a resolver as questões de prova. 
 
VÍRGULA 
CASOS PROIBIDOS: 
1 - Separar por vírgula elementos inseparáveis na ordem direta: 
1.1 – sujeito do verbo; 
1.2 – verbo do complemento verbal; 
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal); 
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal; 
 
Algumas construções admitem, modernamente, a separação do sujeito do verbo – “Quem 
avisa, amigo é.” – o sujeito do verbo ser é a oração Quem avisa. Contudo, isso se justifica 
somente em casos especiais, normalmente por questão de estilo, já que, na fala, costumamos 
pausar após o verbo. 
Observe que, se a oração não estiver na ordem direta, o deslocamento dos complementos 
deverá ser indicado por vírgulas, 
sem que isso constitua erro: “Por “adjuntos” (predicativo = complemento verbal), entendem-se 
as condições em que...”. 
Se surgir uma vírgula após um desses elementos “inseparáveis”, verifique se não se trata de 
alguma intercalação de elementos. Para a correção do período, deve haver duas vírgulas 
nessa intercalação, uma abrindo o período e outra, fechando. 
2 – Colocar apenas uma das duas vírgulas obrigatórias para isolar termos ou expressões 
deslocados de sua posição original na oração (exceto, obviamente, se estiver no início 
do período). 
Desse jeito, o período deslocado fica, faltando uma das vírgulas. Se abriu, tem que fechar. 
Portanto, são necessárias duas vírgulas, mesmo que alguma delas esteja exercendo dupla 
função (por exemplo, no caso de DOIS ou mais termos deslocados e adjacentes). 
Hoje, às duas horas da tarde, próximo ao supermercado, houve um grave acidente. 
 
 
 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
- elipse de algum termo pode ser indicada por uma vírgula, como em : “Fui à festa levando 
muitos presentes; João, somente a boca.” 
- adjuntos adverbiais deslocados, desde que pequenos e de fácil entendimento, dispensam 
a vírgula. Caso contrário, longos, em orações adverbiais extensas, ou, mesmo curtos, para dar 
ênfase ao adjunto, devem ser isolados por vírgula. 
Hoje (,) irei embora. 
Embora tenha me mantido distante das negociações, precisarei comparecer à reunião de 
acionistas. 
Infelizmente (,) não poderei aceitar o convite. 
- em relação a algumas conjunções, a vírgula tem tratamento especial: 
 
- conjunção coordenativa aditiva “e” – a regra é a dispensa da vírgula antes da conjunção 
aditiva e. Somente é admitida em situações especiais: quando apresenta sujeitos diferentes e 
seu emprego tem por objetivo a clareza textual; quando faz parte de uma figura de linguagem 
chamada polissíndeto (síndeto significa elemento de ligação - reveja o significado de orações 
assindéticas e sindéticas, na Aula 8 – Conectivos), o uso excessivo de vírgulas e de 
conjunções tem a função estilística de fazer supor um fim que nunca chega – com isso, 
enfatiza-se cada oração introduzida pela conjunção e: 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Soneto da Fidelidade – Vinícius de Moraes (a propósito, vocês viram o filme Vinícius? Lindo!) 
Também por clareza textual, é possível uma vírgula anteceder a conjunção e mesmo que as 
orações apresentem o mesmo sujeito. Verifica-se isso, por exemplo, quando a primeira oração 
do período for tão extensa, que exija a retomada do sujeito. 
Isso é feito a partir da pausa, indicada com a vírgula. 
 
- conjunções coordenativas adversativas – a conjunção mas 
faculta a vírgula antes de si e não admite outra posição que não seja a de início da oração 
sindética: 
A vida é dura(,) masnada me tira a vontade de viver. 
As demais conjunções (porém, entretanto, contudo, etc.) 
devem ser antecedidas por vírgula e, se deslocadas para o meio da oração, ficam, neste caso, 
isoladas por duas vírgulas: 
A vida é dura, nada me tira, porém, a vontade de viver. 
(* veja observação acerca do ponto-e-vírgula) Caso, entre as duas orações, tenha havido uma 
ruptura do período (indicada pelo ponto), a vírgula pode vir após a 
conjunção: 
A vida é dura. Entretanto, nada me tira a vontade de viver. 
 
- conjunções coordenativas conclusivas – a conjunção pois deverá sempre vir posposta a 
um termo da oração sindética a que pertence e isolada por vírgulas: 
Ela não respeita ninguém. É, pois, uma rebelde. 
 
 
As demais conjunções conclusivas (logo, portanto, por conseguinte) podem iniciar a oração 
ou vir no meio dela. Do mesmo modo que as adversativas, são escritas, respectivamente, com 
uma vírgula anteposta ou entre vírgulas. 
Ela não respeita ninguém, é, portanto, uma rebelde. 
(* veja observação acerca do ponto-e-vírgula) 
Caso entre as duas orações tenha havido uma ruptura do período (ponto), a vírgula pode vir 
após a conjunção. 
Ela não respeita ninguém. Portanto, é uma rebelde. 
 
- conjunções coordenativas explicativas – a conjunção pois, quando explicativa, deve iniciar 
a oração sindética. As demais seguem a mesma regra das conjunções conclusivas e 
adversativas no que tange à colocação de vírgula de acordo com a posição na oração. É 
comum uma vírgula ser colocada antes da conjunção explicativa, para representar a pausa que 
normalmente se dá na fala. Essa é uma das características que diferenciam a conjunção 
coordenativa explicativa porque da subordinativa causal homônima. 
Consideram-na uma rebelde, pois não respeita ninguém. 
 
- expressões denotativas ou de realce, como “ainda”, “mesmo assim”, “por exemplo”, “isto é”, 
que servem para introduzir argumentos, retificações ou desenvolvimento do assunto a ser 
explorado, ficam isoladas por vírgulas. 
 
- orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas: 
 
- restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos e, a exemplo 
do que ocorre com adjetivos simples, não poderão ser separadas dos substantivos a que 
se refiram. “Vou pintar meu quarto com a cor azul.” (não se separa o termo regido – azul 
– do termo regente - cor, já que o valor do adjetivo é restritivo – não é qualquer cor, mas 
somente a cor azul). 
 
Por isso, se, em vez de um adjetivo simples, houver uma oração adjetiva restritiva, ela 
também não poderá ser separada do substantivo por vírgula: 
Vou pintar o meu quarto com a cor de que eu gosto. Então, em orações adjetivas 
restritivas, a vírgula é PROIBIDA! 
Os políticos que se envolveram no escândalo do valerioduto deverão perder o seu 
mandato. 
Quem deverá perder o mandato: todos os políticos ou somente os que se envolveram no 
escândalo de corrupção? Segundo a oração, somente aqueles envolvidos no escândalo. 
E, com base nesse último exemplo, se colocássemos a oração adjetiva entre vírgulas, o 
que aconteceria? Ela passaria a ser explicativa. 
 
- explicativas – sua função é somente explicar; por isso, como qualquer elemento de 
função meramente explicativa, deverão ser colocadas entre vírgulas. Se após a oração 
houver o encerramento do período, em vez de colocar a segunda vírgula, coloca-se o 
ponto final. 
“A vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi o responsável pela mudança da 
sede da capital para Brasília, está sendo contada na série JK, da Rede Globo.” 
Essa oração sublinhada tem valor explicativo e, por isso, foi colocada entre vírgulas. 
Então, em orações adjetivas explicativas, a vírgula é OBRIGATÓRIA! 
 
 
De volta àquele exemplo do valerioduto, segundo a construção “Os políticos, que se 
envolveram no escândalo do valerioduto, deverão perder o seu mandato.” todos os 
políticos (provavelmente já enumerados anteriormente no texto) deverão perder o 
mandato, pois agora a oração adjetiva é explicativa. 
Mais um teste para fixação desse conceito: indique a pontuação adequada nas duas estruturas 
abaixo: 
“O presidente do Banco Central ( ) Henrique Meirelles ( ) compareceu à cerimônia.” 
A resposta: se a vírgula é obrigatória em termos/orações de valor explicativo e proibida em 
termos/orações de valor restritivo, primeiro vamos definir o que é explicativo e o que é 
restritivo. 
Quantos presidentes o BACEN possui? Somente um. Então, o termo tem valor explicativo – “O 
presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, compareceu...”. Com vírgulas. 
Quantos ministros o STF possui? Onze! Então, o termo tem valor restritivo – “O ministro do 
Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence compareceu à cerimônia.”. Sem vírgulas. 
Agora você percebe o porquê de não terem sido colocadas vírgulas em “ex-presidente 
Juscelino Kubitschek”? Porque são vários os ex-Presidentes da República (agora, em 
maiúscula, por designar o cargo). 
E qual é o caso de vírgula facultativa em orações adjetivas? 
Resposta: NENHUM!!!!! 
Ou a vírgula é proibida (orações adjetivas restritivas), ou a vírgula é obrigatória (orações 
adjetivas explicativas). 
 
 
 
PONTO 
 
É a pausa máxima. Representa a ruptura do período, seja ele composto ou simples (oração 
absoluta). Quando os períodos sucedem-se nas idéias que expressam, usa-se o ponto simples 
para separá-los. Quando a ruptura é maior, representando, inclusive, a mudança de um grupo 
de idéias a outro, marca-se essa transposição maior com o “ponto-parágrafo”. 
O ponto também é usado em abreviaturas (V.Sa./ Dr.Fulano/etc.). 
Quando o ponto abreviativo coincide com o fim de um período, emprega-se somente um, que 
passa a acumular as duas funções: 
Ele foi à feira e comprou verduras, frutas, legumes etc. 
Em relação à vírgula antes do “etc.”, encontramos divergências no tratamento. Há os que 
buscam na etimologia motivo para dispensála, uma vez estar presente, em seu significado, a 
conjunção e (etc. = et cetera = e as demais coisas.). Há os que a justificam como mais um 
elemento da enumeração , o que legitima essa pontuação. Por isso, dificilmente isso seria 
objeto de questão de prova. Se a banca adotasse (adotar) um desses posicionamentos, 
receberia uma enxurrada de recursos com argumentação consistente para a anulação da 
questão. 
 
PONTO-E-VÍRGULA 
Dizer que é um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula não ajuda muito, não é? 
Trata-se de uma pausa de duração suficiente para denotar que o período não se encontra 
encerrado totalmente mas que, também, não pertence à oração anterior. 
Basicamente, usa-se o ponto e vírgula, a depender do contexto, para atribuir clareza ao texto. 
 
 
Por exemplo, quando, na oração, já existem elementos entre vírgulas, o ponto-e-vírgula é 
usado para subdividir os períodos: 
A vida é dura; nada me tira, porém, a vontade de viver. 
Ela não respeita ninguém; é, portanto, uma rebelde. 
(*) Agora, compare com as formas apresentadas anteriormente e veja como essas ficaram bem 
mais claras. 
Também é usado para separar itens enunciativos de textos legislativos (leis, decretos, 
regulamentos): 
Art. 4° O interessado, pessoa física ou jurídica, somente poderá exercer atividades 
relacionadas com o despacho aduaneiro: 
I - por intermédio do despachante aduaneiro; 
II - pessoalmente, se pessoa física, ou, se jurídica, também mediante: 
a ) dirigente; 
b ) empregado; 
 
DOIS PONTOS 
 
Esse sinal marca, na escrita, a suspensão de uma frase não concluída. Emprega-se, pois, para 
anunciar: 
- uma citação: 
Às margens do Ipiranga, gritou D.Pedro I: 
- Independência ou Morte! 
- uma enumeração: 
Após o levantamento do inventário, devemos tomar as seguintes providências: encerrar 
o balanço patrimonial, convocar uma reunião extraordinária, providenciar uma auditoria 
nas contas. 
(Esses elementos também poderiam estar separados por pontos-e-vírgulas,para maior 
clareza.) 
- um esclarecimento, uma síntese ou uma conseqüência do que foi enunciado: 
A razão é clara: achava a sua conversa menos cansativa que a dos outros homens. 
 
 
PARÊNTESES 
 
Servem para intercalar qualquer informação acessória, como uma explicação, uma 
circunstância, uma reflexão, uma nota do autor. 
Em relação aos sinais de pontuação, indica o Formulário Ortográfico: 
“Quando uma pausa coincide com o início da construção parentética [entre parênteses], o 
respectivo sinal de pontuação deve ficar depois dos parênteses mas, estando a proposição ou 
a frase inteira encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente notação.”. 
“Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este 
suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se 
cuida.” (Rui Barbosa) 
O ponto-e-vírgula permaneceu após o fim da construção entre os parênteses, por pertencer à 
oração que se antecedia a construção parentética. 
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a 
divulgação do pensamento.” 
(Carlos Laet) 
 
 
O ponto de interrogação pertence à oração entre parênteses e lá deve ser empregado. 
 
 
 
 
 
 
TRAVESSÃO 
 
Segundo o Formulário Ortográfico, “emprega-se o travessão, e não o hífen, para ligar palavras 
ou grupos de palavras que formam, por assim dizer, uma cadeia na frase: O trajeto Mauá–
Cascadura”. 
A esse conceito, Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa) acrescentou que “o 
travessão pode substituir os parênteses para assinalar uma expressão intercalada”. 
Assim, uma expressão explicativa ou simplesmente acessória pode ser apresentada 
entre vírgulas, entre travessões ou entre parênteses. 
Se o período se encerra juntamente com essa expressão, o segundo travessão ou a segunda 
vírgula pode ser substituída pelo ponto final. 
Se a expressão indicada entre os travessões estiver dentro de uma outra construção indicada 
entre vírgulas, não constitui erro a indicação do segundo travessão e, em seguida, a vírgula 
que encerra o deslocamento. 
Apesar de seu tamanho – que causava terror a todos os que não o conheciam –, a sua 
índole era de uma criança inocente. 
Finalmente, o travessão também pode ser usado no lugar dos dois pontos, quando representa 
a síntese do que se vinha dizendo, dando maior realce a essa conclusão: 
“Deixai-me chorar mais e beber mais Perseguir doidamente os meus ideais E ter fé e 
sonhar – encher a alma.” 
(C.Pessanha) 
 
ASPAS 
 
Usam-se aspas para indicar uma citação, há exemplos desse emprego, inclusive aqui, para 
destacar uma expressão ou palavra a que se queira dar relevo na construção, ou realçar 
ironicamente alguma palavra ou expressão. 
A isso eu chamo de “hipocrisia burra”. 
Esse é o país do “jeitinho”. 
Celso Cunha alerta para o emprego da pontuação no emprego de aspas: 
“Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se acha entre aspas, 
coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas uma parte da 
proposição. Quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, 
a respectiva notação fica abrangida por elas.” 
Ou seja, o mesmo tratamento dispensado pelo Formulário Ortográfico aos parênteses. 
 
PONTO DE INTERROGAÇÃO 
 
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não 
exija resposta. 
 
 
 
PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
 
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação 
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc. 
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas: 
Oh! 
Valha-me Deus! 
O ponto de exclamação, nesses casos, somente acompanha a interjeição, não valendo como o 
fim da frase. Por isso, ele acumula a função de vírgula: 
Ai! que saudade da Bahia. 
Perceba que a vírgula foi dispensada, porque a exclamação a substituiu. Note também que o 
sinal de pontuação não encerrou a frase; simplesmente acompanhou a interjeição. Se quiser 
usar inicial maiúscula após esse ponto, tudo bem. Mais erudito, porém, é não usá-lo. 
 
RETICÊNCIAS 
 
As reticências são empregadas para marcar a interrupção da frase: 
a) para assinalar interrupção do pensamento ou hesitação em enunciá-lo: 
- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o 
mundo saberá... (Júlio Dinis) 
b) para indicar, numa narrativa, certas inflexões de natureza emocional (de alegria, de tristeza, 
de raiva): Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? Não... 
não vale a pena... (Florbela Espanca) 
c) como forma de realçar uma palavra ou expressão, colocando-se as reticências antes dela: 
E teve um fim trágico... pobrezinho...já tão novo com tanta responsabilidade! 
Como sinal melódico, indica uma pausa maior quando associado a outros sinais, como a 
vírgula, o ponto de interrogação ou de exclamação. 
Passai, ó vagas..., mas passai de manso! (C.Alves) 
Certas pessoas merecem punição severa! ... esbravejou a vítima. 
Muitos gramáticos recomendam o uso de reticências (inclusive entre parênteses), no início, no 
meio ou no fim de uma citação, para indicar supressão no trecho transcrito, em cada uma 
dessas partes. 
 “Do mesmo modo que a frase não é uma simples seqüência de palavras, o texto não é uma 
simples sucessão de frases. 
São elos transfrásicos, (...), que fazem do texto um conjunto de informações.” (Elisa 
Guimarães, “A Articulação do Texto”) 
Celso Cunha, no entanto, faz distinção entre as reticências, como sinal melódico de pontuação, 
e os três pontos que marcam a supressão de palavras, expressões ou trechos de um texto. 
"Modernamente”, continua o professor, “para evitar qualquer dúvida. tende a generalizar-se o 
uso de quatro pontos para marcar tais supressões, ficando os três pontos como sinal 
exclusivo de reticências." 
 
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF 
01 - (ACE/1998) Indique o segmento do texto seguinte que contém erro de estruturação 
sintática ou de pontuação. 
a) Já aconteceu uma vez: da Mata Atlântica, que cobria a costa brasileira do Rio Grande do Sul 
até o Ceará, só restam hoje entre 5% a 8%, na estimativa mais otimista. 
 
 
b) Distante dos centros mais desenvolvidos, a Floresta Amazônica permaneceu quase intocada 
até a trinta anos. Nas três últimas décadas, suas árvores sofreram mais baixas do que nos 
quatro séculos anteriores. 
c) Não é um caso perdido. A Amazônia ainda está sob ocupação humana das mais ralas e há 
regiões com a dimensão de países europeus que continuam intactas. 
d) Ainda se pode viajar dez horas no Rio Negro, um dos maiores da Amazônia, sem cruzar 
com mais de quatro ou cinco barcos e sem ver movimentação nas margens, a não ser por uma 
dúzia de casebres solitários. 
e) Mas em regiões economicamente mais atraentes, lugares que já são ocupados por vilarejos 
e cidades, o ataque à floresta é brutal. 
(Baseado em Tales Alvarenga, Veja - Amazônia, 24/12/1997) 
 
Gabarito: E 
 
Comentário. 
Expressões adverbiais deslocadas devem ser indicadas entre vírgulas. 
Não foi isso que aconteceu nessa opção e – faltou uma vírgula após “Mas” para indicar o início 
do deslocamento da construção adverbial. 
O correto seria “Mas, em regiões economicamente mais atraentes, lugares que já são 
ocupados por vilarejos e cidades, o ataque à floresta é brutal.”. 
02 - (ACE/1998) Assinale a opção em que o trecho apresenta pontuação correta. 
a) Foi realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a cerimônia 
de premiação do “Brasil Premium”. 
Dez empresas tiveram produtos selecionados pelo concurso, que tem o objetivo de promover o 
produto nacional no mercado externo. 
b) As empresas cujos produtos não foram classificados também serão beneficiadas, porque 
vão receber uma consultoria que indicará asmedidas para melhorar a produção, de forma a 
permitir que futuramente recebam o selo de qualidade. 
c) A premiação permite, que as empresas utilizem os produtos selecionados em ações 
promocionais, colaborando com o aumento das exportações brasileiras. As empresas 
selecionadas receberão um diploma e um troféu na cerimônia. 
d) O projeto tem como objetivo – além de destacar a qualidade e o nível de competitividade 
internacional do produto brasileiro, dar oportunidade de melhoria dos processos e produtos 
para as empresas brasileiras, que já exportam ou pretendem exportar. 
e) O “Brasil Premium” faz parte do Programa de Promoção Comercial do Brasil no exterior: 
lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Até o final de 
agosto, estarão abertas as inscrições, para o ciclo de premiação de 2002. A expectativa é que 
aumente o número de produtos premiados. 
(Cíntia Vinhal, www.mdic.gov.br, 26/6/2002) 
 
Gabarito: B 
 
Comentário. 
Os erros das demais opções são: 
a) Apesar de o sujeito estar posposto ao verbo, não pode haver uma separação entre ele e o 
verbo, como se observa no item (“Foi realizada ..., a cerimônia”). Para correção do período, 
essa vírgula deverá ser suprimida. Está correta a indicação de vírgula após “concurso”, uma 
 
 
vez que se trata de uma explicação relativa ao concurso que já havia sido mencionado (“Brasil 
Premium”). 
c) Novamente, separam-se elementos inseparáveis. Desta vez, o objeto direto oracional do 
verbo correspondente (“A premiação permite, que as empresas...”). É necessária a retirada 
dessa vírgula 
d) O adjunto adverbial deslocado deve ser apresentado entre vírgulas. Na passagem, indicou-
se o início do deslocamento pelo travessão, encerrando-se com uma vírgula. Para correção da 
passagem, deve-se substituir o travessão por uma vírgula. Além desse erro, há outro: a oração 
“que já exportam ou pretendem exportar” tem valor restritivo (as oportunidades serão dadas a 
certas empresas – aquelas que já exportam ou pretendem exportar – e não a todas). Por isso, 
deve ser retirada a vírgula após “brasileiras”. 
e) Não há justificativa para a colocação dos dois pontos após “exterior”, devendo, em seu lugar, 
ser empregada uma vírgula, já que se inicia uma expressão de valor explicativo. Em seguida, 
separou-se por vírgula um termo regido (para o ciclo) de seu termo regente (inscrições) – 
“...estarão abertas as inscrições, para o ciclo de premiação...”. 
 
03 - (ACE/1998) Em relação ao uso dos sinais de pontuação, assinale o trecho correto. 
a) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações que previnam riscos e corrijam os 
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. 
b) Como premissas básicas das ações, preconizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal 
destacam-se: o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização. 
c) A Secretaria do Tesouro Nacional tem, entre suas competências as atribuições de 
normatizar o processo, de registro contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira 
e patrimonial dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal. 
d) É também, a Secretaria do Tesouro Nacional que vai consolidar os Balanços da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e ainda, promover a integração com as demais 
esferas de governo em assuntos de administração financeira e contábil. 
e) A LRF cria condições para a implantação de uma nova cultura gerencial na gestão dos 
recursos públicos e, incentiva o exercício pleno da cidadania, especialmente no que pertine à 
participação do contribuinte, no processo de acompanhamento da aplicação dos recursos 
públicos e de avaliação dos seus resultados. 
(Trechos adaptados de www.stn.fazenda.gov.br) 
 
Gabarito: A 
 
Comentário. 
As incorreções dos demais itens são: 
b) As ações mencionadas nesse item já foram apresentadas no item a (“ações que previnam 
riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas”). Por isso, a 
expressão “preconizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal” tem valor explicativo; deve, 
portanto, ser colocada entre vírgulas (faltou a segunda vírgula após “Fiscal”). 
c) A expressão explicativa “entre as suas competências” deve estar isolada por vírgulas. 
Entretanto, foi colocada a primeira, mas não a segunda. O termo regente processo deve estar 
diretamente ligado ao termo regido, que vai de “de registro contábil” até “... Administração 
Pública Federal”. Assim, a vírgula entre esses dois termos deve ser retirada. 
 
 
d) A expressão denotativa de inclusão também deve ser isolada por vírgulas (“É, também, a 
Secretaria do Tesouro Nacional...”), uma vez que se refere, não ao termo “Secretaria do 
Tesouro Nacional” (se assim o fosse, poderia ligar-se diretamente a ele), mas à atividade de 
consolidar os balanços governamentais. O mesmo tratamento deve ser dado à outra expressão 
denotativa ainda (equivalente a além disso), isolando-a por vírgulas (“e, ainda ,promover...”). 
e) O sujeito de “incentiva” é o mesmo de “cria” – “A LRF”, sigla que designa Lei de 
Responsabilidade Fiscal já indicada no primeiro item. A princípio, a vírgula antes da conjunção 
não seria recomendada, mas, ainda assim, poderia ser admitida em face da extensão da 
primeira oração. Contudo, a vírgula foi empregada após a conjunção, sem respaldo gramatical 
para isso (não introduziu nenhuma intercalação ou deslocamento). Além disso, houve a 
inserção de uma vírgula entre termos regente (participação) e regido (no processo de 
acompanhamento da aplicação dos recursos públicos e de avaliação dos seus 
resultados), um dos casos proibidos. 
 
04 - (AFC SFC/2000) Em relação aos elementos constituintes do texto, julgue a assertiva 
abaixo. 
“Êxodos”, livro do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, é, sem sombra de dúvida, um projeto 
monumental. Tanto é que acabou se desdobrando em outro livro de menor tamanho, “Retratos 
de Crianças do Êxodo”. Ambos têm acabamento impecável, foram impressos na Suíça e 
custam caro. Como os projetos anteriores, os livros incluirão grandes mostras fotográficas em 
várias capitais do mundo. Desde “Os Trabalha-dores”, livro anterior do fotógrafo, deve-se ter 
muito cuidado para não exagerar nos superlativos. Tudo é muito grande: seis anos de trabalho, 
40 países visitados, 544 páginas com fotografias, ampliações no formato 70 x 90 cm para as 
exposições, “a história da humanidade em trânsito”, contada pelas objetivas alemãs (a Leica é 
um dos patrocinadores do projeto) do fotojornalista mais conhecido do... mundo! 
(Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptações) 
a) Substituindo-se a vírgula após tamanho (l.3) por sinal de dois pontos, a pontuação do 
trecho permanece correta. 
 
Item CORRETO. 
 
Comentário. 
Por introduzir um termo enunciativo (o título da obra) em relação ao antecedente (“outro 
livro”), tanto é possível a colocação de uma vírgula como dos dois pontos. 
 
05 - (AFC SFC/2000) Assinale a opção em que a afirmação a respeito da pontuação adequada 
para o texto está incorreta. 
Para medir o efeito de uma nova tecnologia é preciso avaliar em que medida ela dá mais 
eficiência aos processos de produção das empresas. A era do vapor deslocou a produção do 
lar para a fábrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) 
com computadores e Internet(4) a possibilidade de as empresasreformularem(5) seus 
processos é surpreendente(6) da aquisição de insumos à descentralização e à terceirização. 
(Adaptado de Negócios Exame, p.94 e 95) 
a) É correto colocar um sinal de ponto e vírgula em (1). 
b) Em (2), (3) e (4) é correto colocar vírgulas. 
c) Pode-se optar por travessões, parênteses ou vírgulas em (3) e (4). 
d) Em (5) há exigência do uso de vírgula. 
e) Pode-se colocar vírgula ou travessão em (6). 
 
 
 
Gabarito:D 
 
Comentário. 
Será analisada cada uma das propostas: 
a) Correta. Encerra-se a primeira passagem, mas o período seguinte segue a mesma linha 
argumentativa. Por isso, o melhor sinal é o ponto-e-vírgula: “A era do vapor deslocou a 
produção do lar para a fábrica; com a eletricidade...”. 
b) Correta. Em (2), indica-se, com a vírgula, o deslocamento da expressão adverbial “com a 
eletricidade” para o início da oração. 
Por sua vez, a expressão “com computadores e Internet”, de valor adverbial, deve ser isolada 
por vírgulas em (3) e (4). 
c) Correta. Com o emprego de vírgulas, travessões ou parênteses, destaca-se o valor 
explicativo da expressão adverbial “com computadores e Internet”. 
d) Incorreta. Essa virgula não pode ser colocada, pois estaria separando o verbo reformular 
de seu complemento verbal seus processos – um dos casos de proibição. 
e) Correta. Também de valor explicativo (justifica-se o fato de ser considerado surpreendente), 
é indicada a vírgula ou o travessão. 
Tendo em vista o encerramento do período ao fim da expressão, dispensa-se o segundo sinal, 
sendo, em seu lugar, colocado o ponto. 
 
06 - (AFC STN/2000) Assinale o trecho inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de 
pontuação. 
a) A partir desta semana, os políticos que usam o dinheiro público, de forma irresponsável e 
demagógica podem, ser recolhidos àquele recinto onde o sol nasce quadrado. 
b) Numa votação ocorrida, na última quarta-feira no Senado, foram definidas as punições aos 
administradores públicos, que transgredirem a Lei da Responsabilidade Fiscal. 
c) O texto condena práticas até outro dia consideradas aceitáveis na condução das coisas do 
Estado tais como; gastar mais do que arrecada, aumentar despesas sem compensá-las com 
cortes; iniciar obras sem ter dinheiro para concluí-las, gastar em excesso com funcionalismo; 
não divulgar metas fiscais. 
d) De tão banais, essas condutas acabaram sendo encaradas com certa benevolência, como 
se fossem parte do jogo do poder. Com a votação do Senado, tais expedientes passam a ser 
punidos rigorosamente. 
e) Estudiosos da gestão pública, dizem que a lei carrega consigo aspectos inovadores – , pois 
Brasília dá um sinal forte de que decidiu legislar contra os próprios políticos. 
(Trechos adaptados de VEJA, 18/10/2000) 
 
Gabarito: D 
 
Comentário. 
a) Note o caráter restritivo não só da oração adjetiva que se refere a “políticos” (os políticos 
que usam o dinheiro público), mas também da expressão “de forma irresponsável e 
demagógica” (estão sujeitos à punição somente os políticos que usam o dinheiro público de 
maneira irresponsável e demagógica). Por isso, não se deve colocar a vírgula nesta passagem: 
“os políticos que usam o dinheiro público de forma irresponsável”. Em seguida, a vírgula 
foi empregada no meio de uma locução verbal (podem ser recolhidos), o que constitui um dos 
casos de proibição. 
 
 
b) Houve uma separação por vírgula da expressão indefinida uma votação ocorrida (termo 
regente) em relação às expressões adverbiais na última quarta-feira e no Senado (termos 
regidos). O termo regente deve ser ligado sem vírgula a pelo menos um deles, de modo que 
determine o substantivo votação. Assim, as três possibilidades são: 
(1) “Numa votação ocorrida na última quarta-feira, no Senado, foram definidas...” - o 
adjunto adverbial indicativo do lugar foi isolado por vírgulas; a segunda vírgula acumula a 
função de encerrar a intercalação do adjunto adverbial e o deslocamento de toda a expressão 
em relação à oração principal; 
(2) “Numa votação ocorrida, na última quarta-feira, no Senado, foram definidas...” – o 
elemento adverbial referente ao momento (na última quarta-feira) foi isolado e o adjetivo 
ocorrida é ligado ao advérbio de lugar (no Senado); a vírgula após “Senado” indica o 
deslocamento de toda a construção adverbial em relação à oração principal; 
(3) “Numa votação ocorrida na última quarta-feira no Senado, foram definidas...” – toda a 
construção adverbial se mantém sem vírgulas, havendo apenas a que indica o deslocamento 
da expressão adverbial em relação à oração principal. 
Além disso, a oração adjetiva que transgredirem a Lei da Responsabilidade Fiscal tem 
caráter restritivo e, por isso, não pode ser separada, por vírgula, do substantivo a que se refere 
(“... foram definidas as punições aos administradores públicos que transgredirem a Lei 
da Responsabilidade Fiscal”.). 
c) Em vez de ponto-e-vírgula, melhor seria o emprego de dois pontos, a fim de definir o início 
da enumeração indicada a partir da expressão “tais como”, sem gerar confusão com os sinais 
que serão empregados na seqüência. Também deve haver uma uniformidade na pontuação 
que separa os elementos da enumeração. Poder-se-ia usar vírgula ou ponto-e-vírgula após 
cada um deles. O que está incorreto é usar indistintamente os dois (ora vírgula, ora ponto-e-
vírgula). 
e) Houve a colocação indevida da virgula entre sujeito e verbo (“Estudiosos da gestão pública 
dizem que...”). Outro erro: o travessão foi empregado sem nexo após “inovadores” e, por isso, 
deve ser retirado. 
 
07 - (AFC/2002) Julgue os itens quanto ao emprego dos sinais de pontuação. 
I. O desempenho da economia brasileira em 2001, foi aquém do necessário para um aumento 
da renda média nacional. 
II. No entanto, considerando-se os diversos constrangimentos, internos e externos que o país 
precisou enfrentar ao longo de 2001, a expansão de 1,51% no Produto Interno Bruto (PIB) não 
foi um mau resultado, pois ao menos não se deu passos para trás. 
III. Alguns desses constrangimentos estão superados. Já não há mais racionamento de energia 
elétrica, por exemplo, e o Brasil poderá crescer um pouco mais em 2002. 
IV. Mas ainda será preciso aIgum tempo para que a economia volte a se expandir 
aceleradamente de forma sustentada, sem criar novos gargalos que possam abortar o 
processo de recuperação logo adiante, num círculo vicioso. 
(O Globo Editorial, 3/3/2002) 
Estão corretos apenas os itens 
a) I e II 
b) II e III 
c) II e IV 
d) I e III 
e) III e IV 
 
 
 
Gabarito: E 
 
Comentário. 
I – ERRADO – Separou-se o sujeito do verbo (“O desempenho da economia ... , foi aquém...”). 
II – ERRADO – A expressão “internos e externos” tem função explicativa em relação ao 
substantivo constrangimentos. Por isso, deve ser isolada por vírgulas. Houve a omissão da 
segunda. Além disso, a expressão denotativa “ao menos” deveria ser isolada por vírgulas 
(“...pois, ao menos, não se deu...”). 
III – CERTO – A expressão denotativa “por exemplo” foi adequadamente isolada e a vírgula 
antes da conjunção e é possível pelo fato de as duas orações apresentarem sujeitos diferentes 
(a primeira é uma oração sem sujeito – verbo haver impessoal – e a segunda tem como sujeito 
“o Brasil”). 
IV – CERTO - A vírgula após “sustentada” tem a função de apresentar maior clareza textual, 
haja vista a extensão do período que encerra. 
 
(AFC STN/2002) Nas questões 08 e 09, marque o segmento do texto transcrito com total 
correção das regras de pontuação. 
08- a) É crença geral, que os donos do Brasil são aqueles que são donos de alguma coisa: 
donos de casas, apartamentos, empresas, fazendas, títulos, ações, etc. 
b) É compreensível que assim seja porque todos nós, seres humanos queremos sempre ser 
donos de mais alguma coisa, o que nos leva a crer que, os que são donos de todas as coisas 
são os “Donos do Brasil”. 
c) O que também leva a maioria das pessoas, seja por inveja, seja por uma sensação de 
injustiça, a hostilizar os empresários, os banqueiros, os fazendeiros, os ricos, os herdeiros, os 
que são donos das coisas, enfim. 
d) Curiosamente, essa mesma hostilidade, não ocorre em relação aos que são donos de um 
talento qualquer, como compor música ou jogar futebol, embora não raro esses “artistas” 
possam ser donos de mais coisas do que os que são hostilizados como proprietários. 
e) Talvezseja porque todos nós podemos aspirar a vir a ter aquilo que, os sem um talento 
explícito, conseguiram ter, e certamente, nenhum de nós imaginaria ser possível vir a ter o 
talento de um Chico Buarque ou de um Ronaldinho. 
(Baseado em Donald Stewart Junior) 
 
Gabarito: C 
 
Comentário. 
a) O que é crença geral? Resposta: “que os donos do Brasil são aqueles que são donos de 
alguma coisa: donos de casas, apartamentos, empresas, fazendas, títulos, ações, etc.” – toda 
a oração exerce função de sujeito. Então, entre o predicado e o sujeito oracional, a vírgula é 
inadequada. 
b) Qual o caráter da expressão “seres humanos” – explicativo ou restritivo? Bem, se houver 
algum de “nós” que não seja humano – SOCOOORRO! É claro que o caráter é explicativo e, 
por isso, deve ser isolado por vírgulas (“...porque todos nós, seres humanos, queremos 
sempre ser donos...”). Há um outro erro. A vírgula após a conjunção integrante que está 
isolando esse conectivo do restante da oração subordinada substantiva. O correto seria “... o 
que nos leva a crer que os que são donos de todas as coisas são os ‘Donos do Brasil’.”. Não é 
possível colocar vírgula nessa passagem. Na oração subordinada substantiva, temos uma 
oração subordinada adjetiva 
 
 
restritiva (“que são donos de todas as coisas”). 
d) Separou-se o verbo do sujeito (“essa mesma hostilidade, não ocorre...”). 
e) Neste item, a vírgula separou o pronome relativo do restante da oração adjetiva – (“... todos 
nós podemos aspirar a vir a ter aquilo que, os sem um talento explícito...”) e, em seguida, 
separou da locução verbal o correspondente sujeito (... os sem um talento explícito, 
conseguiram ter...”). O advérbio certamente poderia estar isolado por vírgulas ou sem elas – o 
que não pode é colocar apenas uma vírgula - “e (,) certamente (,) nenhum de nós...”. 
(AFC STN/2002) 
09 - a) Sabem quais são as duas palavrinhas mais proferidas entre economistas e empresários 
hoje em dia? Volatilidade e instabilidade. 
b) A impressão que tenho é que estamos todos à espera de tal estabilidade para, aí sim 
podermos agir e fazer acontecer. 
c) Acontece que, ninguém sabe, exatamente, o que é estabilidade nos dias de hoje. 
d) Alguém arrisca um palpite de quando irá acabar, ou pelo menos diminuir, a crise argentina? 
Ou ainda, quando teremos paz no Oriente Médio? 
e) Ninguém sabe. E, quando temos indícios, que nos levam a acreditar que teremos maior 
estabilidade mundial surgem outros acontecimentos, como o atentado terrorista em 11 de 
setembro. 
(Baseado em Paulo Araújo) 
 
Gabarito: A 
 
Comentário. 
São necessárias as seguintes correções nos demais itens: 
b) A expressão “aí sim” – um elemento de articulação do texto – deve ser isolada por vírgulas 
(“... para, aí sim, podermos agir...”). 
c) A vírgula não pode separar a conjunção integrante do restante da oração substantiva e, por 
isso, deve ser retirada (“Acontece que ninguém sabe...”). 
d) O vocábulo denotativo ainda deve ser isolado por vírgulas (“...Ou ainda, quando teremos 
paz...”). 
e) A oração adverbial “quando temos indícios que nos levam a acreditar que teremos maior 
estabilidade mundial” deve estar entre vírgulas. Para correção, deve-se retirar a vírgula após 
“indícios” e colocar outra após ‘mundial’. 
 
10 - (AFC STN/2002) Marque o item transcrito com erro de ortografia, de estrutura sintática ou 
de pontuação. 
a) Amélia, a mulher de verdade, morava num subúrbio do Rio de Janeiro e sustentava sozinha 
oito filhos, trabalhando como lavadeira. 
b) Mário Lago nem chegou a conhecê-la. 
c) Na verdade, ouviu falar dela na casa de Aracy de Almeida. 
d) Almeidinha, irmão da cantora gostava de falar numa tal Amélia, que “ lavava, passava e 
chuleava...”. 
e) Um dia, Mário ouviu e pensou: “Isso dá samba”. Deu mesmo. Ai que saudade da Amélia 
nasceu em 1942 de uma parceria com o compositor Ataulfo Alves e tornou-se a composição 
mais conhecida de Mário Lago. 
(Correio Braziliense, Cultura, 31/5/2002, adaptado) 
 
Gabarito: D 
 
 
 
Comentário. 
Por ter valor explicativo, a expressão “irmão da cantora” deveria ser isolada por vírgulas 
(“Almeidinha, irmão da cantora, gostava de falar numa tal Amélia...”). 
 
11 - (AFC STN/2005) Assinale o diagnóstico correto acerca do emprego das vírgulas no trecho 
seguinte: 
A nova disciplina das sociedades limitadas, está presente no Código Civil de 2002, que inovou 
em relação ao diploma anterior e tratou de matéria de cunho eminentemente comercial, 
revogando, assim, neste aspecto, o vetusto Código Comercial que datava do século passado. 
a) O trecho está corretamente pontuado: não sobram nem faltam vírgulas. 
b) O erro de pontuação está no mau emprego da vírgula colocada após a palavra 
“limitadas"(.1). Sendo ela eliminada, o trecho torna-se gramaticalmente correto. 
c) Para o trecho ficar corretamente pontuado, é preciso eliminar a vírgula colocada após a 
palavra “limitadas”( .1) e inserir uma vírgula após a palavra “Comercial”( .5). 
d) Há três erros de pontuação: ausência de vírgula após a palavra “presente”( .2), presença da 
vírgula depois de “2002”( .2) e presença da vírgula depois da palavra “revogando”( .4). 
e) Basta uma vírgula isolando a oração adjetiva explicativa “que datava do século passado”( .5 
e 6) para o trecho ficar corretamente pontuado. 
 
Gabarito: C 
 
Comentário. 
Os dois erros de pontuação do parágrafo foram indicados pela opção c. A vírgula na linha 1 
separa sujeito do verbo (“A nova disciplina ..., está presente...”). A oração “que datava do 
século passado” tem valor explicativo, devendo ficar separado do substantivo correspondente 
por vírgula (“...o vetusto Código Comercial, que datava do século passado.”). 
Está correto o emprego das vírgulas que isolam a expressão assim. 
12 - (AFRF 1998) Indique o período com pontuação incorreta. 
a) Esse fato, em geral, é uma condição observada por auditores, em casos em que parece 
possível reduzir os custos ou melhorar os resultados de programas. 
b) O planejamento para execução de auditorias operacionais, normalmente começa com a 
identificação de um fato a ser descoberto. 
c) "Observar" é usado aqui em sentido amplo, abrangendo não somente o que os auditores 
vêem, mas o que depreendem de debates, análises e outras técnicas. 
d) Qualquer que seja a condição observada – seja positiva ou negativa – nas auditorias, 
constitui ela a premissa básica sobre a qual se fundamenta a descoberta de um fato. 
e) Assim, esse deve ser o ponto central da elaboração de planos para realização da auditoria e 
coleta das informações necessárias. 
(Alci M. de Oliveira, Controle e Auditoria Governamental com Enfoque em Auditoria 
Operacional; com adaptações) 
 
Gabarito: B 
 
Comentário. 
A vírgula separa o sujeito do verbo – “O planejamento ...,normalmente começa...”. 
13 - (AFRF 2002.2) Analise as propostas e assinale a opção que indica alterações corretas 
para o trecho abaixo. 
 
 
É importante mencionar que em 99,99% dos casos em que as autoridades fiscais têm acesso 
às movimentações bancárias dos contribuintes, e lhes é permitida a tão referenciada quebra do 
sigilo bancário, são apuradas irregularidades. Entretanto, somente exsurge a lide tributária que 
exige o contraditório e ampla defesa quando após a formalização do lançamento o contribuinte, 
inconformado, tempestivamente apresenta impugnação ou defesa contra o ato administrativo 
por meio do qual se exterioriza a exigência do crédito tributário (...). 
Mary Elbe G. Q. Maia, “A inexistência de sigilo bancário frente ao poder-dever de investigação 
das autoridades fiscais”, Tributação em Revista, julho/setembro de 1999 (sinais de pontuação 
suprimidos). 
Propostas: 
1) Colocar uma vírgula após o verbo mencionar. 
2) Colocar aspas na expressão quebra do sigilo bancário. 
3) Separar com duplo travessão a oração que exige o contraditório e ampla defesa. 
4) Manter separada por dupla vírgula a expressãoapós a formalização do lançamento. 
5) Colocar entre parênteses o segmento ou defesa contra o ato administrativo. 
Estão corretas as propostas: 
a) 1, 2 e 4 
b) 1, 3 e 4 
c) 1, 4 e 5 
d) 2, 3 e 5 
e) 2, 3 e 4 
 
Gabarito: E 
 
Comentário. 
Estão incorretas as proposições 1 e 5. 
1) A colocação da vírgula após mencionar separaria o verbo de seu complemento oracional 
(“que em 99,99% dos casos...). 
5) A expressão “contra ato administrativo” liga-se, semanticamente, aos dois substantivos – 
impugnação ou defesa. Assim, sua colocação em isolamento (entre parênteses) prejudicaria a 
coerência textual. 
Estão corretas as proposições 2, 3 e 4: 
2) As aspas em “quebra do sigilo bancário” destaca ainda mais essa expressão, já enfatizada 
por “a tão referenciada”. 
3) Destaca-se, com o duplo travessão, a expressão explicativa relativa a “lide tributária” – 
“que exige o contraditório e ampla defesa”. 
4) O sintagma adverbial deslocado deve ser indicado por um par de vírgulas – “...quando, após 
a formalização do lançamento, o contribuinte...”. 
 
14 - (AFRF 2002.1) 
A revolução da informação, o fim da guerra fria – com a decorrente hegemonia de uma 
superpotência única – e a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbrio de 
forças nas relações humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas aspirações de 
solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão presentes nos sonhos, utopias e 
projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao contrário: o novo modelo – cuja arrogância 
chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, senão culminante, da história – promove 
uma brutal concentração de renda em âmbito mundial, multiplicando a desigualdade e 
banalizando de maneira assustadora a perversãosocial. 
 
 
(Ari Roitman, O desafio ético, com adaptações) 
Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto são falsos (F) ou 
verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opção correta. 
( ) As duas ocorrências de duplo travessão demarcam intercalações e desempenham função 
análoga à dos parênteses. 
( ) As vírgulas que se seguem a “homens”(l.5.) e “sonhos”(l.6) destacam uma explicativa 
restritiva e, por isso, seu emprego é opcional. 
( ) O emprego de dois-pontos após “contrário”(l.7) justifica-se por introduzir um esclarecimento 
sobre o que foi dito no período anterior. 
( ) A função das vírgulas que isolam a expressão “senão culminante”(l.8) é a de destacá-la 
sintaticamente e dar-lhe relevo estilístico. 
A ordem correta dos itens é 
a) V F V F 
b) F F V F 
c) V F F V 
d) V F V V 
e) F V V V 
 
Gabarito: D – V/F/V/V 
 
Comentário. 
1º item) verdadeiro 
Vimos que os travessões se prestam para, assim como os parênteses, apresentar expressões 
acessórias, como no caso das construções destacadas. 
2º item) falso 
Que doideira é essa “explicativa restritiva”?! As orações adjetivas podem ser explicativas (com 
vírgula obrigatória) ou restritivas (com vírgula proibida). Não existe caso de vírgula opcional em 
orações adjetivas. A primeira, antes de “tão presentes...”, introduz construção adjetiva em 
relação a “antigas aspirações”; a segunda separa itens de mesma função sintática em uma 
enumeração – “tão presentes em sonhos, utopias e projetos políticos”. Percebe-se, assim, que 
elas não têm relação entre si. 
3º item) verdadeiro 
É exatamente essa a função dos dois pontos, podendo também ser usada a vírgula, que 
estabelece uma pausa mais breve. Se a intenção for de maior destaque, usa-se o ponto (“Ao 
contrário. O novo modelo...”). 
4º item) verdadeiro 
Em lugar das vírgulas, poderiam também ser usados travessões ou parênteses. 
(AFRF 2005) 
Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo responsabilidade dos Estados, a promoção 
da cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos privados. Dessa diferença 
derivam dois estilos de ação cultural. Enquanto os governos pensam sua política em termos de 
proteção e preservação do patrimônio histórico, as iniciativas inovadoras ficam nas mãos da 
sociedade civil, especialmente daqueles que dispõem de poder econômico para financiar 
arriscando. Uns e outros buscam na arte dois tipos de ganho simbólico: os Estados, 
legitimidade e consenso ao aparecer como representantes da história nacional; as empresas, 
obter lucro e construir através da cultura de ponta, renovadora, uma imagem “não interessada” 
de sua expansão econômica. 
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações) 
 
 
 
14 - Assinale a alteração na pontuação que provoca incoerência textual ou erro gramatical no 
texto. 
a) A substituição do ponto final depois de “cultural” (l.4) por doispontos. 
b) A substituição dos dois-pontos depois de “simbólico” (l.9) pelo sinal de ponto-e-vírgula. 
c) A substituição do sinal de ponto-e-vírgula depois de “nacional” (l.10) pela conjunção e. 
d) A inserção de uma vírgula depois de “construir” (l.11). 
e) A retirada da vírgula depois de “ponta” (l.11). 
 
Gabarito: E 
 
Comentário. 
Além da mudança semântica que esta retirada provocaria (irrelevante, pois não houve essa 
exigência no enunciado), o problema maior, que determinou o gabarito, foi a separação entre o 
verbo construir e seu complemento, a partir da manutenção da segunda vírgula, após 
renovadora – “construir através da cultura de ponta renovadora, uma imagem “não 
interessada” de sua expansão econômica.” 
a) Com a substituição do ponto final pelos dois pontos, ligou-se uma oração à outra, a segunda 
enumerando os estilos de ação cultural mencionados na primeira. 
b) O caminho desta proposta é inverso ao do item a – agora, se estabelece uma pausa um 
pouco maior entre as duas orações. Se um ponto final poderia ser usado (como na passagem 
da opção anterior), por que não um ponto-e-vírgula, que enseja uma pausa menor do que o 
ponto? Está correta essa pontuação. 
c) As vírgulas após “Estados” e “empresas” indicam a supressão do verbo buscar. Para isolar 
os elementos da enumeração, colocou-se corretamente o ponto-e-vírgula. O item c sugere a 
troca do sinal de pontuação (ponto-e-vírgula) pela conjunção e. Essa troca é válida, sem que 
haja nenhuma incorreção gramatical ou alteração semântica. 
d) A partir da inserção da vírgula, isolar-se-ia o elemento circunstancial “através da cultura de 
ponta”. Também está correta essa sugestão. 
 
15 – (ACE TCU/2006) Os trechos abaixo constituem um texto. 
Assinale o segmento que apresenta erro de pontuação. 
a) A questão não é se a arte e seu autor devem participar da discussão pública de seu tempo, 
comprometer-se ou não com a “realidade”: impossível quase, evitar uma coisa e outra. 
b) A questão é como fazer isso. A ética da arte não está no seu grau de compromisso com a 
realidade, com a objetividade (recorde-se Nelson Rodrigues e sua luta contra os “idiotas da 
objetividade” que o queriam encurralar) ou com o coletivo. Também não está no contrário 
disso. 
c) A ética da arte (romance, cinema, teatro) não está tampouco, como já se quis, na informação 
ou no saber que propaga. A ética da arte depende de seu compromisso com a existência, que 
é singular (não, com a realidade, que é geral), e do jogo que arma com o que há de 
desconhecido nessa existência. 
d) Expor o desconhecido não significa afirmar ou divulgar um saber - que na arte é quase 
sempre o já sabido. Em arte, o saber gira, como máquina solteira, ao redor de certezas e idéias 
feitas. 
e) Já o jogo com o desconhecido, e sua eventual anulação ou superação, faz-se na arte ao 
redor da incerteza e, na arte contemporânea, da complexidade – quase nunca isenta de 
perplexidade. 
 
 
(Adaptado de Teixeira Coelho) 
 
Gabarito: A 
 
Comentário. 
O advérbio quase deve modificar um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Seu valor na 
construção, colocado entre vírgulas, é retificativo (equivalente a “impossível, ou melhor, quase 
impossível,”). Constata-se, assim, quemodifica o adjetivo impossível. Por isso, deveria estar 
entre vírgulas, pois, sem elas ou, pior, com apenas uma, causa prejuízo ao nexo oracional. 
A forma correta seria, portanto, “impossível, quase, evitar uma coisa e outra”. 
 
16 – (Agente Tributário Piauí/2002) Assinale a opção em que a pontuação está correta. 
a) O relator-geral do Orçamento da União, Sampaio Dória (PSDB-SP) acolheu, em seu parecer 
preliminar emenda do deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG). 
b) Tal emenda, inclui como receita condicionada a eventual arrecadação do Imposto sobre 
Grandes Fortunas (IGF). 
c) Esse imposto está previsto na Constituição, mas ainda não foi regulamentado. 
d) O projeto já foi aprovado pelo Senado, e, está pronto para a apreciação do plenário, da 
Câmara. 
e) A oposição estima, uma receita extra de, pelo menos R$ 1 bilhão com a cobrança desse 
imposto. 
(Itens adaptados de Nelson Breve, www.estadao.com.br – 6/11/2001) 
 
Gabarito: C 
 
Comentário. 
Ainda que pairasse dúvidas sobre a necessidade de se colocar entre vírgulas o termo ainda, 
as demais opções apresentam incorreções que não possuem respaldo gramatical. Esse 
vocábulo não é denotativo (como o ainda da questão 3, item d); tem valor adverbial equivale a 
até agora, até o presente momento e, por ser pequeno, dispensa a pontuação. Observe 
como ficaria o emprego de seu equivalente: “Esse imposto está previsto na Constituição, mas 
(,) até o presente momento (,) não foi regulamentado. 
a) Se existe apenas um relator-geral do Orçamento da União, sua indicação tem caráter 
explicativo. Por isso, deve ser colocado entre vírgulas (faltou a segunda). Em seguida, a 
expressão deslocada “em seu parecer preliminar” também deve apresentar duas vírgulas, e 
não apenas uma. Deve-se colocar, então, uma vírgula após a expressão entre parênteses (“O 
relator-geral do Orçamento da União, Sampaio Dória (PSDB-SP), acolheu...”) e outra após 
“preliminar” (“acolheu, em seu parecer preliminar, emenda do deputado Sérgio Miranda (PC do 
B-MG)”. Perceba que o nome do deputado tem caráter restritivo e, por isso, não poderia 
apresentar-se entre vírgulas. 
b) A vírgula separa o sujeito do verbo (“Tal emenda, inclui...”). 
d) Além de ter sido indevidamente colocada uma vírgula antes da conjunção e, já que ambas 
as orações apresentam o mesmo sujeito, colocou-se outra vírgula após a conjunção, sem que 
houvesse propósito algum. Não bastassem esse dois erros, ainda há outro – uma vírgula 
separa termo regente plenário do regido Câmara. A construção correta, portanto, seria “O 
projeto já foi aprovado pelo Senado e está pronto para a apreciação do plenário da Câmara.”. 
 
 
e) A vírgula, agora, separa o verbo de seu complemento e fica “capenga” na expressão “pelo 
menos”. Após a correção, o período ficaria assim: “A oposição estima uma receita extra de, 
pelo menos, R$ 1 bilhão com a cobrança desse imposto.”. 
 
17- (Agente Tributário MS/2001) Marque a palavra, a seqüência ou o sinal de pontuação 
sublinhado, que foi mal empregado. 
O desatendimento(A) das normas regulamentares,(B) enseja a cobrança imediata do imposto, 
atualizado monetariamente e acrescido de multa e dos juros incidentes(C), desde a data da 
remessa da mercadoria ou bem(D), inclusive no caso de venda no mercado interno da 
mercadoria destinada à(E) exportação. 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
 
 
Gabarito: B 
 
Comentário. 
A vírgula do item (B) separa o sujeito (“O desatendimento das normas regulamentares”) do 
verbo (“enseja”). 
 
18 - (Fiscal do Trabalho/2003) 
A sociedade baseada na liberdade contratual será sempre, em grande parte, uma sociedade 
de classes, cuja estrutura é defendida em vantagem dos ricos. Cumpre associar o indivíduo no 
processo de autoridade, isto é, o trabalhador no poder industrial. A exclusão de alguém de uma 
parcela do poder é, forçosamente, a exclusão daquele dos benefícios deste. Todos deviam e 
devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social. E as diferenças devem 
existir somente quando necessárias ao bem comum. Impõe-se, pois, uma igualdade econômica 
maior, porque os benefícios que um homem pode obter do processo social estão 
aproximadamente em função de seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de 
propriedade. Assim os privilégios econômicos são contrários à verdadeira sociedade 
democrática. O próprio conceito de liberdade redefine-se através dos séculos, de acordo com 
as circunstâncias históricas e o desenvolvimento das forças econômicas. E a liberdade, no 
mundo atual, só existirá de fato quando assentada na segurança e em função da igualdade. É 
que a verdadeira democracia, já o disse Turner, “é o direito do indivíduo de compartilhar as 
decisões que respeitam a sua vida e da ação necessária à execução de tais decisões”. Para 
que a liberdade realmente exista, é preciso que a sociedade se estruture sobre cooperação e 
não sobre a exploração. E assim os homens serão livres. 
 (João Mangabeira, Oração do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com 
adaptações) 
Analise as seguintes afirmações a respeito do uso dos sinais de pontuação no texto. 
I. O emprego da vírgula depois de “classes”(l.2) é opcional e, por isso, sua retirada não causa 
prejuízo gramatical ao texto. 
 
 
II. Devido ao valor explicativo do período iniciado por “A exclusão”(l.4), as regras gramaticais 
permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos, desde que se 
empregue o artigo com letra minúscula. 
III. Apesar de não ser obrigatório o emprego da vírgula depois de “Assim”(l.12), o valor 
conclusivo do advérbio recomenda que aí seja inserida. 
IV. Por se tratar de uma citação, as regras gramaticais admitem que o período entre aspas (l.18 
a 20) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vírgula; e, nesse caso, as aspas 
podem ser retiradas. 
a) todos os itens estão corretos. 
b) nenhum item está correto. 
c) apenas o item II está correto. 
d) apenas os itens II e III estão corretos. 
e) apenas os itens II, III e IV estão corretos. 
 
Gabarito: E 
 
Comentário. 
Está incorreto apenas o item I. Como já vimos, a vírgula em orações adjetivas ou é obrigatória 
(explicativa) ou proibida (restritiva). Não há caso de vírgula opcional. Essa vírgula tem a função 
de iniciar uma oração subordinada adjetiva explicativa, em relação a sociedade de classes. 
Estão corretos: 
II- A associação proposta na oração anterior será apresentada na oração iniciada por “A 
exclusão”. Portanto, está correta a sugestão. 
III – Por ser curto o advérbio, houve a dispensa da vírgula. Contudo, devido ao seu valor 
conclusivo, melhor seria mantê-la após Assim. 
IV – As aspas servem para indicar que as palavras não pertencem ao autor do texto, mas 
àquela pessoa mencionada por ele. A partir da colocação do sinal de dois pontos, essa 
distinção fica clara, passando o emprego das aspas a ser facultativo. 
(Oficial de Chancelaria/2002) Nas questões 19 e 20, marque o item correspondente ao sinal de 
pontuação mal empregado. 
 
19 - Foi a iniciativa da Alemanha,(A) de propor uma “Nova Ordem” para o mundo do pós-
guerra,(B) que induziu os britânicos, e depois os americanos,(C) a elaborarem planos próprios. 
O plano inglês,(D) é resultado do trabalho de Lord Keynes e o americano,(E) de Harry D. 
White. 
(Baseado em Ricardo W. Caldas e Carlos Alberto A. do Amaral,com adaptações) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
Gabarito: D 
 
Comentário. 
A oração após a primeira vírgula tem valor explicativo, relacionandose com o substantivo 
iniciativa e, por isso, ficou entre vírgulas (A) e (B). 
 
 
As duas vírgulas que isolam o termo acessório “e depois os americanos” estão corretas. 
Poderiam, também, ser empregados travessões ou parênteses. 
A vírgula após “O plano inglês” está inapropriadamente colocada, pois separa dois termos 
inseparáveis (sujeito de verbo). 
A última vírgula indica a supressão daexpressão “é resultado do trabalho”. Portanto, está 
correta. 
 
20- Os dois planos foram discutidos bilateralmente em uma fase preparatória para a 
Conferência de Bretton-Woods,(A) da qual participaram 44 nações. Houve concessões 
mútuas,(B) mas a posição de domínio dos EUA na Conferência,(C) acabou por se impor e a 
estrutura de organizações,(D) regras e mecanismos internacionais,(E) que ali se consolidaram, 
refletem essa posição. 
(Baseado em Ricardo W. Caldas e Carlos Alberto A. do Amaral,com adaptações) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
Gabarito: C 
 
 
Comentário. 
Mais uma vez, o erro da vírgula foi separar o sujeito do verbo. As orações após as vírgulas 
indicadas por A (“da qual participaram 44 nações”) e por E (“que ali se consolidaram”) têm 
valor explicativo, justificando, assim, a pontuação empregada. A vírgula antes da conjunção 
adversativa mas (B) é facultativa. Correta está, pois, a sua colocação. Finalmente, a vírgula 
indicada por D separa elementos de uma enumeração. 
Bibliografia: 
Cunha, Celso e Cintra, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, Ed. Nova 
Fronteira, 3ª ed., Rio de Janeiro. 
Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, Companhia Editora Nacional, 33ª ed., São 
Paulo. 
 
 
LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS. 
01 - (ACE/1998) Indique o segmento do texto seguinte que contém erro de estruturação 
sintática ou de pontuação. 
a) Já aconteceu uma vez: da Mata Atlântica, que cobria a costa brasileira do Rio Grande do Sul 
até o Ceará, só restam hoje entre 5% a 8%, na estimativa mais otimista. 
b) Distante dos centros mais desenvolvidos, a Floresta Amazônica permaneceu quase intocada 
até a trinta anos. Nas três últimas décadas, suas árvores sofreram mais baixas do que nos 
quatro séculos anteriores. 
c) Não é um caso perdido. A Amazônia ainda está sob ocupação humana das mais ralas e há 
regiões com a dimensão de países europeus que continuam intactas. 
d) Ainda se pode viajar dez horas no Rio Negro, um dos maiores da Amazônia, sem cruzar 
com mais de quatro ou cinco barcos e sem ver movimentação nas margens, a não ser por uma 
dúzia de casebres solitários. 
 
 
e) Mas em regiões economicamente mais atraentes, lugares que já são ocupados por vilarejos 
e cidades, o ataque à floresta é brutal. 
(Baseado em Tales Alvarenga, Veja - Amazônia, 24/12/1997) 
 
02 - (ACE/1998) Assinale a opção em que o trecho apresenta pontuação correta. 
a) Foi realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a cerimônia 
de premiação do “Brasil Premium”. 
Dez empresas tiveram produtos selecionados pelo concurso, que tem o objetivo de promover o 
produto nacional no mercado externo. 
b) As empresas cujos produtos não foram classificados também serão beneficiadas, porque 
vão receber uma consultoria que indicará as medidas para melhorar a produção, de forma a 
permitir que futuramente recebam o selo de qualidade. 
c) A premiação permite, que as empresas utilizem os produtos selecionados em ações 
promocionais, colaborando com o aumento das exportações brasileiras. As empresas 
selecionadas receberão um diploma e um troféu na cerimônia. 
d) O projeto tem como objetivo – além de destacar a qualidade e o 
nível de competitividade internacional do produto brasileiro, dar 
oportunidade de melhoria dos processos e produtos para as empresas brasileiras, que já 
exportam ou pretendem exportar. 
e) O “Brasil Premium” faz parte do Programa de Promoção Comercial do Brasil no exterior: 
lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Até o final de 
agosto, estarão abertas as inscrições, para o ciclo de premiação de 2002. A expectativa é que 
aumente o número de produtos premiados. 
(Cíntia Vinhal, www.mdic.gov.br, 26/6/2002) 
 
03 - (ACE/1998) Em relação ao uso dos sinais de pontuação, assinale o trecho correto. 
a) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações que previnam riscos e corrijam os 
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. 
b) Como premissas básicas das ações, preconizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal 
destacam-se: o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização. 
c) A Secretaria do Tesouro Nacional tem, entre suas competências as atribuições de 
normatizar o processo, de registro contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira 
e patrimonial dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal. 
d) É também, a Secretaria do Tesouro Nacional que vai consolidar os Balanços da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e ainda, promover a integração com as demais 
esferas de governo em assuntos de administração financeira e contábil. 
e) A LRF cria condições para a implantação de uma nova cultura gerencial na gestão dos 
recursos públicos e, incentiva o exercício pleno da cidadania, especialmente no que pertine à 
participação do contribuinte, no processo de acompanhamento da aplicação dos recursos 
públicos e de avaliação dos seus resultados. 
(Trechos adaptados de www.stn.fazenda.gov.br) 
 
04 - (AFC SFC/2000) Em relação aos elementos constituintes do texto, julgue a assertiva 
abaixo. 
“Êxodos”, livro do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, é, sem sombra de dúvida, um projeto 
monumental. Tanto é que acabou se desdobrando em outro livro de menor tamanho, “Retratos 
de Crianças do Êxodo”. Ambos têm acabamento impecável, foram impressos na Suíça e 
 
 
custam caro. Como os projetos anteriores, os livros incluirão grandes mostras fotográficas em 
várias capitais do mundo. Desde “Os Trabalha-dores”, livro anterior do fotógrafo, deve-se ter 
muito cuidado para não exagerar nos superlativos. Tudo é muito grande: seis anos de trabalho, 
40 países visitados, 544 páginas com fotografias, ampliações no formato 70 x 90 cm para as 
exposições, “a história da humanidade em trânsito”, contada pelas objetivas alemãs (a Leica é 
um dos patrocinadores do projeto) do fotojornalista mais conhecido do... mundo! 
(Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptações) 
a) Substituindo-se a vírgula após tamanho (l.3) por sinal de dois pontos, a pontuação do trecho 
permanece correta. 
 
05 - (AFC SFC/2000) Assinale a opção em que a afirmação a respeito da pontuação adequada 
para o texto está incorreta. 
Para medir o efeito de uma nova tecnologia é preciso avaliar em que medida ela dá mais 
eficiência aos processos de produção das empresas. A era do vapor deslocou a produção do 
lar para a fábrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) com 
computadores e Internet(4) a possibilidade de as empresas reformularem(5) seus processos é 
surpreendente(6) da aquisição de insumos à descentralização e à terceirização. 
(Adaptado de Negócios Exame, p.94 e 95) 
a) É correto colocar um sinal de ponto e vírgula em (1). 
b) Em (2), (3) e (4) é correto colocar vírgulas. 
c) Pode-se optar por travessões, parênteses ou vírgulas em (3) e (4). 
d) Em (5) há exigência do uso de vírgula. 
e) Pode-se colocar vírgula ou travessão em (6). 
 
06 - (AFC STN/2000) Assinale o trecho inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de 
pontuação. 
a) A partir desta semana, os políticos que usam o dinheiro público, de forma irresponsável e 
demagógica podem, ser recolhidos àquele recinto onde o sol nasce quadrado. 
b) Numa votação ocorrida, na última quarta-feira no Senado, foram definidas as punições aos 
administradores públicos, que transgredirem a Lei da Responsabilidade Fiscal. 
c) O texto condena práticas até outro dia consideradas aceitáveis na condução das coisas do 
Estado tais como; gastar mais do que arrecada, aumentar despesas sem compensá-las com 
cortes; iniciar obras sem ter dinheiro para concluí-las, gastar em excesso com funcionalismo; 
não divulgar metas fiscais. 
d) De tão banais, essas condutas acabaram sendo encaradascom certa benevolência, como 
se fossem parte do jogo do poder. Com a votação do Senado, tais expedientes passam a ser 
punidos rigorosamente. 
e) Estudiosos da gestão pública, dizem que a lei carrega consigo aspectos inovadores – , pois 
Brasília dá um sinal forte de que decidiu legislar contra os próprios políticos. 
(Trechos adaptados de VEJA, 18/10/2000) 
 
07 - (AFC/2002) Julgue os itens quanto ao emprego dos sinais de pontuação. 
I. O desempenho da economia brasileira em 2001, foi aquém do necessário para um aumento 
da renda média nacional. 
II. No entanto, considerando-se os diversos constrangimentos, internos e externos que o país 
precisou enfrentar ao longo de 2001, a expansão de 1,51% no Produto Interno Bruto (PIB) não 
foi um mau resultado, pois ao menos não se deu passos para trás. 
 
 
III. Alguns desses constrangimentos estão superados. Já não há mais racionamento de energia 
elétrica, por exemplo, e o Brasil poderá crescer um pouco mais em 2002. 
IV. Mas ainda será preciso aIgum tempo para que a economia volte a se expandir 
aceleradamente de forma sustentada, sem criar novos gargalos que possam abortar o 
processo de recuperação logo adiante, num círculo vicioso. 
(O Globo Editorial, 3/3/2002) 
Estão corretos apenas os itens 
a) I e II 
b) II e III 
c) II e IV 
d) I e III 
e) III e IV 
 
(AFC STN/2002) Nas questões 08 e 09, marque o segmento do texto transcrito com total 
correção das regras de pontuação. 
08- a) É crença geral, que os donos do Brasil são aqueles que são donos de alguma coisa: 
donos de casas, apartamentos, empresas, fazendas, títulos, ações, etc. 
b) É compreensível que assim seja porque todos nós, seres humanos queremos sempre ser 
donos de mais alguma coisa, o que nos leva a crer que, os que são donos de todas as coisas 
são os “Donos do Brasil”. 
c) O que também leva a maioria das pessoas, seja por inveja, seja por uma sensação de 
injustiça, a hostilizar os empresários, os banqueiros, os fazendeiros, os ricos, os herdeiros, os 
que são donos das coisas, enfim. 
d) Curiosamente, essa mesma hostilidade, não ocorre em relação aos que são donos de um 
talento qualquer, como compor música ou jogar futebol, embora não raro esses “artistas” 
possam ser donos de mais coisas do que os que são hostilizados como proprietários. 
e) Talvez seja porque todos nós podemos aspirar a vir a ter aquilo que, os sem um talento 
explícito, conseguiram ter, e certamente, nenhum de nós imaginaria ser possível vir a ter o 
talento de um Chico Buarque ou de um Ronaldinho. 
(Baseado em Donald Stewart Junior) 
 
(AFC STN/2002) 
09 - a) Sabem quais são as duas palavrinhas mais proferidas entre economistas e empresários 
hoje em dia? Volatilidade e instabilidade. 
b) A impressão que tenho é que estamos todos à espera de tal estabilidade para, aí sim 
podermos agir e fazer acontecer. 
c) Acontece que, ninguém sabe, exatamente, o que é estabilidade nos dias de hoje. 
d) Alguém arrisca um palpite de quando irá acabar, ou pelo menos diminuir, a crise argentina? 
Ou ainda, quando teremos paz no Oriente Médio? 
e) Ninguém sabe. E, quando temos indícios, que nos levam a acreditar que teremos maior 
estabilidade mundial surgem outros acontecimentos, como o atentado terrorista em 11 de 
setembro. 
(Baseado em Paulo Araújo) 
 
10 - (AFC STN/2002) Marque o item transcrito com erro de ortografia, de estrutura sintática ou 
de pontuação. 
a) Amélia, a mulher de verdade, morava num subúrbio do Rio de Janeiro e sustentava sozinha 
oito filhos, trabalhando como lavadeira. 
 
 
b) Mário Lago nem chegou a conhecê-la. 
c) Na verdade, ouviu falar dela na casa de Aracy de Almeida. 
d) Almeidinha, irmão da cantora gostava de falar numa tal Amélia, que “ lavava, passava e 
chuleava...”. 
e) Um dia, Mário ouviu e pensou: “Isso dá samba”. Deu mesmo. Ai que saudade da Amélia 
nasceu em 1942 de uma parceria com o compositor Ataulfo Alves e tornou-se a composição 
mais conhecida de Mário Lago. 
(Correio Braziliense, Cultura, 31/5/2002, adaptado) 
 
11 - (AFC STN/2005) Assinale o diagnóstico correto acerca do emprego das vírgulas no trecho 
seguinte: 
A nova disciplina das sociedades limitadas, está presente no Código Civil de 2002, que inovou 
em relação ao diploma anterior e tratou de matéria de cunho eminentemente comercial, 
revogando, assim, neste aspecto, o vetusto Código Comercial que datava do século passado. 
a) O trecho está corretamente pontuado: não sobram nem faltam vírgulas. 
b) O erro de pontuação está no mau emprego da vírgula colocada após a palavra 
“limitadas"(l.1). Sendo ela eliminada, o trecho torna-se gramaticalmente correto. 
c) Para o trecho ficar corretamente pontuado, é preciso eliminar a vírgula colocada após a 
palavra “limitadas”(l.1) e inserir uma vírgula após a palavra “Comercial”(l.5). 
d) Há três erros de pontuação: ausência de vírgula após a palavra “presente”(l.2), presença da 
vírgula depois de “2002”(l.2) e presença da vírgula depois da palavra “revogando”(l.4). 
e) Basta uma vírgula isolando a oração adjetiva explicativa “que datava do século passado”(l.5 
e 6) para o trecho ficar corretamente pontuado. 
 
12 - (AFRF 1998) Indique o período com pontuação incorreta. 
a) Esse fato, em geral, é uma condição observada por auditores, em casos em que parece 
possível reduzir os custos ou melhorar os resultados de programas. 
b) O planejamento para execução de auditorias operacionais, normalmente começa com a 
identificação de um fato a ser descoberto. 
c) "Observar" é usado aqui em sentido amplo, abrangendo não somente o que os auditores 
vêem, mas o que depreendem de debates, análises e outras técnicas. 
d) Qualquer que seja a condição observada – seja positiva ou negativa – nas auditorias, 
constitui ela a premissa básica sobre a qual se fundamenta a descoberta de um fato. 
e) Assim, esse deve ser o ponto central da elaboração de planos para realização da auditoria e 
coleta das informações necessárias. 
(Alci M. de Oliveira, Controle e Auditoria Governamental com Enfoque em Auditoria 
Operacional; com adaptações) 
 
13 - (AFRF 2002.2) Analise as propostas e assinale a opção que indica alterações corretas 
para o trecho abaixo. 
É importante mencionar que em 99,99% dos casos em que as autoridades fiscais têm acesso 
às movimentações bancárias dos contribuintes, e lhes é permitida a tão referenciada quebra do 
sigilo bancário, são apuradas irregularidades. Entretanto, somente exsurge a lide tributária que 
exige o contraditório e ampla defesa quando após a formalização do lançamento o contribuinte, 
inconformado, tempestivamente apresenta impugnação ou defesa contra o ato administrativo 
por meio do qual se exterioriza a exigência do crédito tributário (...). 
 
 
Mary Elbe G. Q. Maia, “A inexistência de sigilo bancário frente ao poder-dever de investigação 
das autoridades fiscais”, Tributação em Revista, julho/setembro de 1999 (sinais de pontuação 
suprimidos). 
Propostas: 
1) Colocar uma vírgula após o verbo mencionar. 
2) Colocar aspas na expressão quebra do sigilo bancário. 
3) Separar com duplo travessão a oração que exige o contraditório e ampla defesa. 
4) Manter separada por dupla vírgula a expressão após a formalização do lançamento. 
5) Colocar entre parênteses o segmento ou defesa contra o ato administrativo. 
Estão corretas as propostas: 
a) 1, 2 e 4 
b) 1, 3 e 4 
c) 1, 4 e 5 
d) 2, 3 e 5 
e) 2, 3 e 4 
 
14 - (AFRF 2005) 
Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo responsabilidade dos Estados, a promoção 
da cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos privados. Dessa diferença 
derivam dois estilos de ação cultural. Enquanto os governos pensam sua política em termos de 
proteção e preservação do patrimônio histórico, as iniciativas inovadoras ficam nas mãos da 
sociedade civil, especialmente daqueles que dispõem de poder econômico para financiar 
arriscando. Uns e outros buscam na arte dois

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