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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A PARTICIPAÇÃO DA MULHER...

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO TEOLOÓGICA – IFETE
PÓLO: LIMA CAMPOS
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
VALQUILENE LOPES DA SILVA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANÁLISE A CERCA DA PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NA EJA NO MUNICÍPIO DE LIMA CAMPOS – MA
LIMA CAMPOS - MA 
2014
VALQUILENE LOPES DA SILVA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANÁLISE A CERCA DA PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NA EJA NO MUNICÍPIO DE LIMA CAMPOS – MA
Monografia apresentada ao Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE, como requisito para obtenção do titulo de Licenciatura em História.
Orientadora: Joelma Passos Alves
LIMA CAMPOS
2014
VALQUILENE LOPES DA SILVA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANÁLISE REFLEXIVA A CERCA DA PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NA EJA NO MUNICÍPIO DE LIMA CAMPOS – MARANHÃO
Aprovada em ____/____/_____
BANCA EXAMINADORA
(Orientador)
1º Examinador
___________________________________________________________________2º Examinador
LIMA CAMPOS – MA
2014
À Deus, ao meu esposo, aos meus familiares e amigos pelo apoio e incentivo.
AGRADECIMENTO
À Deus pai todo poderoso, fonte de tudo. Aos meus familiares pelo afeto e apoio em todos os momentos. A todos os educadores que com experiência e dedicação orientaram-nos incansavelmente. Aos colegas de turma pelo companheirismo ao longo desta luta. Os sinceros agradecimentos a todos aqueles que colaboraram para o desenvolvimento desta formação.
“Não é no silencio que os homens se fazem, mas nas palavras, no trabalho, na ação, na reflexão.”
Darcy Ribeiro.
RESUMO
Destaca-se neste estudo a participação das mulheres na modalidade de Educação de Jovens e Adultos no município de Lima Campos – MA. Discorre-se neste texto a importância da função social e cultural das mulheres que fazem parte da Educação de Jovens e Adultos no contexto geral de aprendizagem. Comenta-se os textos enfocando a EJA no Maranhão, analisando o desenvolvimento da mulher como um todo. Aborda-se acerca da sociedade moderna usando a construção do modelo de mulher na contemporaneidade e sua posição na educação no decorrer dos tempos. Comenta-se sobre as diferenças socioculturais existentes na sociedade contra a mulher. Discute-se sobre modelos hegemônicos estabelecidos historicamente como elemento construtivo de relações sociais e nas diferenças entre os sexos como forma de significar as relações de poder nas relações de gêneros. Frisa-se sobre a educação das mulheres que vivem no município de Lima Campos e buscam com eficácia, formas de se integrarem nos Programas de Educação de Jovens e Adultos. Utilizou-se a análise qualitativa e quantitativa dos dados coletados. Para isso, foram elaborados questionários que serviram de orientação para a pesquisa. A partir das respostas, das indagações e dos questionários, foram organizados o perfil dos alunos e dos professores.
Palavras-chaves: Educação, Desenvolvimento, Mulher, Direitos.
ABSTRACT
In this study ascertains whether women's participation in sport for Adolescents and Adults in the municipality of Lima Campos - MA. If - this text discusses the importance of social and cultural role of women as part of the Youth and Adult Education in the general context of learning. Comments on the text focusing on the EJA in Maranhão, analyzing the development of women as a whole. We discuss about the modern society using the construction of woman model in contemporary education and its position in the course of time. He comments on the existing socio-cultural differences in society against women. Is discussed by hegemonic models established historically as a constructive element of social relationships and the differences between the sexes as a way of signifying relationships of power in gender relations. It is emphasized on the education of women living in the city of Lima Campos and seek to effectively integrate the forms of Education Programs for Youth and Adults. We used qualitative and quantitative data analysis. For this, questionnaires that served as guidance for the research were drawn. From the answers, the questions and questionnaires were organized profile of students and teachers.
Keywords: Education, Development, Women 's Rights.
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
BREVE ABORDAGEM SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS........12	
Educação de Jovens e Adultos no Maranhão..................................................17	
A SOCIEDADE MODERNA: A TRANSFORMAÇÃO DA MULHER E SUA FUNÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL.............................................................23	
AS MULHERES QUE FREQUENTAM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICIPIO DE LIMA CAMPOS – MA................................................................29
4.1Histórico da Unidade Integrada Artur Azevedo.....................................................30	
4.2A Unidade Integrada Artur Azevedo nos Dias Atuais............................................31
4.3 Análise Situacional dos Sujeitos das Pesquisas	.................................................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS	.................................................................................40
REFERENCIAS....................................................................................................43
APÊNDICES
ANEXOS
INTRODUÇÃO
A educação brasileira tem se destacado enfaticamente em todos os meios e modalidades de ensino, em busca de transformações para a realidade cotidiana de todos. Assim sendo, a sociedade contemporânea tem passado por expressivas mudanças de caráter político, econômico e social o que ocasiona o conhecimento concernente aos hábitos e valores vigentes, éticos e morais, repletos de conceito para educação globalizada.
	Neste sentido vale frisar que a educação tão falada para todos, foi criada também através de leis para mulheres e para adultos, ou seja, pessoas com idade defasada e é por isso que faz-se uma reflexão voltada a denominação do gênero, tendo em vista a importância da mulher no mundo globalizado no que se refere a classe social e direitos iguais no campo de trabalho.
	A história mostra que as mulheres têm desempenhado funções culturamente tidas como secundárias e de caráter inferior, cabendo a elas privilegiadamente o papel de esposa, mãe e dona de casa, na configuração de um modelo idealizado. 
Vale lembrar que no contexto da realidade brasileira, práticas e representações que produzem esse modelo, foram disseminados, no inicio do século XIX, sobretudo influenciando nas orientações quanto aos papéis e funções sociais das mulheres.
		As transformações sociais, acontecidas nas últimas décadas por motivo de demandas de uma conjuntura política, econômica e social; resultante das relações capitalistas de produção, tem acarretado profundas conseqüências em nossa sociedade, implicando em mudanças consideráveis no papel das mulheres nos dias atuais. Pois a mulher contemporânea tem formação e ajuda na formação das outras, desenvolvendo programas ricos de aprendizagem para todos, onde a educação de jovens e adultos focaliza com ênfase, educando todas e todos para tudo.
	Assim sendo, a mulher está ganhando paralelamente seu espaço na sociedade, desenvolvendo seu trabalho, vivendo uma realidade de atuação, sentindo-se capaz e inserida no meio social. Elas estão abrindo caminhos, conquistando novos espaços e é cada vez maior a sua participação no mercado de trabalho, ainda que saibamos que a inserção da mulher na população economicamente ativa e a sua ascensão educacional nas últimas décadas não veio acompanhada de condições igualitárias. Portanto é necessário entender que há um movimento crescente das mulheres em busca de uma maior escolarização, e a constatação da retomada à escola pela via de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A Educaçãode Jovens e Adultos no município de Lima Campos evidenciou uma grande igualdade entre homens e mulheres no mais diversos campos, onde as mulheres através do conhecimento adquiridos passaram entender o que significa uma sociedade democrática, justa e igualitária no contexto geral da educação.
	Tendo em vista este contexto faz-se necessário uma abordagem sobre a educação de jovens e adultos, discorrendo acerca do EJA no estado do Maranhão, quanto alguns programas realizados. Trata-se também a sociedade moderna e a construção do modelo de mulher frente à educação, as mulheres que freqüentam o programa de Educação de Jovens e Adultos no município de Lima Campos e a Unidade Integrada Artur Azevedo. 
Este trabalho foi estruturado em capítulos, onde no primeiro se coloca a problematização, os objetivos e a metodologia utilizada. No segundo, faz-se uma breve abordagem sobre a Educação de Jovens e Adultos, enfocando a EJA no Maranhão. No terceiro capitulo é comentado a transformação da mulher na sociedade moderna e sua função no contexto escolar. No quarto capitulo é feito um histórico da instituição que atende a EJA, e relatando as características dos alunos que integram o programa. 
BREVE ABORDAGEM SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
O conceito de Educação de Jovens e Adultos ainda é novo no país. Desde o tempo do Brasil Colônia quando se falava em educação para a população não infantil, fazia-se referência apenas à população adulta que também necessitava ser doutrinada e iniciada nas “cousas da nossa fé”. Prevalecia assim, um caráter mais religioso que educacional. (DI PEIRRO, 2004, p.18).
A educação básica de adultos, começou a delimitar seu lugar na história da educação brasileira a partir da década de 30, quando finalmente foi aplicado um sistema público de educação elementar no país. Foi um período em que a sociedade brasileira passava por grandes mudanças, decorrentes do processo de industrialização e concentração populacional em áreas urbanas. A oferta de ensino básico gratuito estendia-se consideravelmente, acolhendo setores sociais diversos.
A ampliação da educação elementar foi impulsionada pelo Governo Federal, que traçavam diretrizes educacionais para todo o país, determinando as responsabilidades dos estados e municípios. Foi um movimento que incluiu também esforços articulados nacionalmente de extensão do ensino do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40. Para atender à clientela com escolaridade tardia, foram criados os exames tipo “madureza”, coma Reforma Francisco Campos de 1931, sendo esta modificada em 1942, pela Reforma Capanema, que tinha como objetivo facilitar o acesso aos exames de uma época em que crescia a população e mudanças se operavam na estrutura das ocupações, fatos que exigiram a ampliação de oferta de escolaridade em nível intermediário (HADDAD, 1987, p. 22).
Ambas as reformas previam a aferição fora do processo regular de ensino. A Reforma Francisco Campos (1931):
[...] estabelecia que as provas finais da escola ‘secundária complementar’- um 2º grau de dois anos com sentido exclusivamente preparatório – se realizaram nos estabelecimento de ensino superior e teriam caráter de concursos de habilitação a estes últimos; e a segunda [...] previa exames de licença posteriores a cada ciclo (ginásio e colégio) a serem prestados em escolas oficiais indicados por atos do presidente da República. Seria como se vê um exame de mesmo tempo de madureza e de estudo no ensino regular.
		A clientela que se submetia ao exame de madureza era autodidata. Constituía-se de pessoas em seu ambiente familiar ou profissional encontravam meios para suprir a formação escolar. Logo, só os exames interessavam não ocorrendo aqui nenhuma formalização de ensino. (HADDAD, 1974, p. 17).
Os exames de madureza segundo Juliano (1985, p. 12) tinham a finalidade apenas de oportunizar o prosseguimento dos estudos abandonados. Portanto, estes exames não davam direito a nenhum exercício profissional.
Em 1940, frente aos altos índices de analfabetismo do país, a educação de adultos passa ter importância e uma certa independência, a partir da criação de um fundo destinado à alfabetização e à educação da população adulta analfabeta (BRASIL, 1999, p. 10).
Após Getúlio Vargas (1945), com o início da redemocratização do Estado brasileiro, a educação de jovens e adultos ganhou mais destaque dentro do cenário educacional, sendo que este visava aumentar as bases eleitorais, vendo assim o analfabeto como incapaz e marginal identificado psicologicamente e socialmente como criança.
Dependente do contato frente a frente para enriquecimento de sua experiência social, ele tem que por força, sentir-se uma criança grande, irresponsável e ridícula. Inadequadamente preparada para as atividades convenientes da vida adulta (BRASIL apud PAIVA, 1983, p.21).
	No final dos anos 50 e início dos anos 60, o pensamento pedagógico de Paulo Freire e sua proposta para alfabetização de adultos através de uma educação popular inspira os principais programas de alfabetização do país. O analfabeto deixa de ser uma criança grande e passa a ser reconhecida como homens e mulheres produtivos e possuidores de uma cultura supervaliosa. Na percepção de Freire os conceitos de alfabetização e educação estão muitos próximos, para não dizer que se confundem:
Alfabetizar é mais que um simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela é o domínio dessas técnicas em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende [...]. Implica uma auto-formação da qual pode resultar uma postura atuante do homem sobre seu contexto. (FREIRE apud BRASIL, 1999, p. 12).
A educação bancária, uma espécie de gaveta vazia onde se depositava conhecimento, que considerava o analfabeto um ignorante é substituída por uma educação que não negava sua cultura. Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização que previa a disseminação por todo o Brasil de programas de alfabetização orientada pela proposta de Paulo Freire cujo princípio básico era “ a leitura do mundo prescindindo a leitura da palavra”.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado – e até gostosamente – a “reler” momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. (FREIRE, 1998).
Em 1967, o Governo Federal lança o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Foram instalados comissões municipais responsáveis pela supervisão pedagógica e distribuição de materiais didáticos. Apesar de ter alguns procedimentos consagrados nas experiências do início dos anos 60, não existia um censo crítico e problematizador vivenciado pelos analfabetos no início da década.
O programa expandiu-se por todo território nacional na década de 70, onde pequenos grupos dedicados à educação popular realizaram pequenas experiências isoladas de alfabetização de adultos vinculadas nas propostas de Paulo Freire. O MOBRAL acabou por ser um programa de educação de adultos mais representativo dessa época onde tinha como objetivo erradicar totalmente o analfabetismo do país.
Foi uma época que a visão de muitos era criticar que o pobre não devia aprender ler, para não saber muito, pois no Brasil, por muitos anos a classe elitista esteve sempre à frente do progresso e embasaram-se no analfabetismo como meio de manter-se no poder. O analfabetismo impedia a soberania da democracia.
Contextualizando sob uma óptica em que a educação é tida como formadora de mão de obra para atender as necessidades do desenvolvimento econômico, oMOBRAL seria a solução para todos os problemas nacionais, pois formaria um quadro agentes de produção e consumo.
Assim, o MOBRAL só refazia o círculo preconceituoso que existia em relação a educação de jovens e adultos, onde a clientela atendida acabava por ser por marginalizada por não ter desenvolvido no tempo estabelecido, a sua trajetória escolar. Existia uma grande ironia sobre o MOBRAL e os que faziam parte, isso fazia muitos desistirem. Após quase duas décadas o MOBRAL foi extinto e o seu lugar foi ocupado pela fundação Educar que financiava os programas de educação, mas não o executava, deixando o encargo da elaboração e execução por entidades e empresas ligadas à educação.
Nesse período muitas experiências de alfabetização foram desenvolvidas, entre elas o Projeto Madureza (1972), direcionado aos jovens que iriam fazer o antigo ginásio (5ª a 8ª série), sendo que se fazia os exames e as aulas eram apresentadas pela televisão. Além do Madureza, outro programa que aderiu a tecnologia dos meios de comunicação foi o Minerva (1975), que orientava os educandos através do rádio (BRASIL, 2000).
Em 1990, foi extinta a Fundação Educar, mais uma vez a tentativa de alfabetização brasileira acabou, e os estados e municípios assumiram a responsabilidade de oferecer programas na área. Como o Governo Federal, historicamente, era a principal instância de apoio às iniciativas de educação de jovens e adultos, a extinção da Fundação Educar criou um enorme vazio em termos políticos para o setor.
Em 1996, entra em vigor a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96). A nova LDB fortalece um dos itens da Constituição Federal (1998) que estende o ensino fundamental dos cidadãos de todas as faixas etárias, propondo enfim, uma ampliação de oportunidades educacionais para aqueles que já ultrapassaram a idade de escolarização regular oferecendo certificação.
A educação de jovens e adultos, tem como meta garantir em cinco anos a conclusão de estudos equivalentes aos primeiros quatro anos de ensino fundamental a 50% da população que teve sua escolarização interrompida, em 10 anos, à conclusão de estudos equivalentes aos 8 anos de ensino fundamental a toda população de 14 a 35 anos (SAVIANE, 2000, p.142).
Em 1997, tornando como base o grande ícone de analfabetos no país, o Plano Nacional de Educação institui a modalidade Educação de Jovens e Adultos e Erradicação do Analfabetismo, que tinha como diretriz geral o enfrentamento da erradicação do analfabetismo entre jovens e adultos oferecendo a estes o acesso ao ensino fundamental gratuito pelas escolas públicas.
Assim, o objetivo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é estabelecer programas para assegurar que as escolas públicas de ensino Fundamental e Médio localizadas em áreas caracterizadas pelo analfabetismo e pela baixa escolaridade ofereçam programas de alfabetização e de ensino supletivo para jovens e adultos que não frequentaram a escola na idade certa.
Com base nas poucas pesquisas ligadas à modalidade de educação de Jovens e Adultos, é possível perceber uma trajetória de cinco décadas onde o analfabeto era concebido como incapaz, identificado psicologicamente e socialmente, muitos não perceberam e não entenderam que todos são alfabetizados no que se refere a leitura de mundo. Diante disso, verifica-se a trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil:
1940 – Acontece a primeira Campanha Nacional de Educação de Adultos, orientada por Lourenço Filho. O analfabetismo é visto como causa de subdesenvolvimento do país. A cartilha para adultos baseada no método silábico é distribuída pela primeira vez no país.
1950 – Jovens e adultos analfabetos vistos como incapazes e marginais, identificados com criança.
1960 – Lançado o Plano Nacional de Alfabetização, orientados pelas ideias de Paulo Freire. O método de alfabetização é baseado nas palavras geradoras retiradas do universo vocabular dos educandos.
Ditadura Militar reprime o movimento popular e obriga Paulo Freire a deixar o país. É criado e disseminado por todo o país o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).
1980 – Extinção do MOBRAL e criação da Fundação Educar, municípios e estados assumem a educação de jovens e adultos. O Governo Federal lança o Programa Alfabetização Solidária.
2000 – O programa Alfabetização Solidária é extinto com a posse do novo presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva. É lançado o programa Brasil Alfabetizado que substitue o anterior, seguindo o Pró-Jovem que visa trabalhar com jovens e adultos das capitais do Brasil e que não tiveram a oportunidade de concluir o ensino e nem um curso profissionalizante no período regular de ensino.
 Educação de Jovens e Adultos no Maranhão
No Maranhão a educação de Jovens e Adultos chegou e ficou como um movimento popular valioso, resgatando experiências e desenvolvendo ensinamentos de suma importância para todos. Onde a maioria dos alunos sempre foram mulheres, vale lembrar que a origem da Educação de Jovens e Adultos no Maranhão remontam à década de 1950, quando da realização da Campanha Nacional de Adultos, deflagrada em 1941, em cujo bojo encontravam-se as bases de um Ensino Supletivo destinado à população adulta analfabeta, a qual praticamente, jamais deixou de existir no país. 
Mediante essa campanha surgiram cursos noturnos funcionando em grupos escolares e regidos por professores remunerados e voluntários. Os voluntários entraram na luta para auxiliar a população quanto à educação e ao mesmo tempo, viver a pratica de professor na sociedade, uma vez que esta educação sempre foi praticada e muito proveitosa.
Através da referida campanha executou-se, no Estado, o Curso de Alfabetização de Adultos, na década de 60, financiada pelo Movimento de Educação de Base (MEB), através do Departamento de Ensino Primário (DEP) da então Secretaria de Educação e Cultura.
A modalidade de ensino em apreço, foi considerada, praticamente, o primeiro passo oficial a nível estadual. Para a realização desse trabalho foram convocados as professoras da Escola Normal do Estado - era o seu “Estágio Supervisionado”, cadeira obrigatória do Curso Normal, mais conhecido como Magistério.
Com o olhar na melhoria quanto a educação e em função da filosofia da LDB nº 402/61, extinguiu-se a Campanha Nacional de Educação de Adultos. Criou-se através da Lei Delegada 16/69 do Governo do Estado do Maranhão, um órgão técnico-administrativo: a Divisão de educação de Adolescentes e Adultos. Manteve-se o tradicional Exame de Madureza, Art. 99 da LDB nº 4024/61 fixando-se em 16 e 19 anos respectivamente, as idades para o ensino da “Madureza Ginasial” e “Madureza Colegial”. Tais exames visavam habilitar o indivíduo no prosseguimento dos estudos de caráter regular, para continuação ou termino dos mesmos.
Dessa maneira, após o golpe militar de 1964 grupos que atuavam na alfabetização de adultos aqui no Maranhão, também, foram reprimidos e o governo passou a controlar as iniciativas com o lançamento do MOBRAL em 1967.
Das iniciativas derivadas do Programa de Alfabetização do MOBRAL, tem-se a destacar: 
Programa de Alfabetização Funcional (PAF), que tinha como objetivos:
Desenvolver nos alunos as habilidades de leitura, escrita e contagem; 
Desenvolver um vocabulário que permita o enriquecimento de seus alunos; 
Desenvolver o raciocínio, visando facilitar a resolução de seus problemas e os de sua comunidade; 
Formar hábitos e atitudes positivas, em relação ao trabalho; 
Desenvolver a criatividade, a fim de melhorar as condições de vida, aproveitando os recursos disponíveis; 
Levar os alunos: 
- a conhecerem seus direitos e deveres e as melhores formas de participação comunitária; 
- a se empenharem na conservação da saúde e melhoria das condições de higiene pessoal, familiar e da comunidade; 
- a se certificarem da responsabilidade de cada um, na manutenção e melhoria dos serviços públicos de sua comunidade e na conservação dos bens e instituições; 
- a participarem do desenvolvimento da comunidade, tendo em vista o bem-estardas pessoas.
Programa de Educação Integrada (PEI), que abria possibilidades de continuidade de estudos para os recém-alfabetizados, assim como os chamados “analfabetos funcionais”, pessoas que dominavam precariamente a leitura e a escrita. Em 25 de janeiro de 1973, o Conselho Federal de Educação emitiu o Parecer nº 44/73, reconhecendo a equivalência do PEI do MOBRAL às quatro primeiras séries do primeiro grau.
Assim sendo, desacreditado nos meios políticos e educacionais o MOBRAL acabou em 1985. Seu lugar foi ocupado pela Fundação Educar (Fundação Nacional para a Educação de Jovens e Adultos), criada em 25 de novembro de 1985, com o objetivo de promover a execução de programas de alfabetização e de educação básica, ou seja, de 1ª a 8ª série, destinado aos que não tiveram acesso à escola ou que delas foram excluídos. Com base na proposta, foi desenvolvida pela Fundação, o Programa de Educação Básica (PEB), equivalente às quatro primeiras séries do 1º grau. A Fundação Educar foi extinta em 1990.
Com todo esse movimento é possível lembrar que na década de 70, novas perspectivas se nortearam com a LDB nº 5692/71, capitulo IV – art. 24, 25, 26, 27 e 28 – que fixam diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus. Tinha como objetivos:
Suprir a escolarização regular para adolescentes e adultos, que não a tenham seguido ou concluído na idade própria;
Proporcionar, mediante repetida volta à escola, estudo de aperfeiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte.
Em 1973, deu-se a criação do Departamento de Ensino Supletivo – DESU, com a competência de exercer a nível federal e estadual a admissão dessa modalidade de ensino. Ainda na mesma década (1977) foi criado o Centro de Estudos Supletivos (Sistema Modular).
No Estado do Maranhão, a oficialização do Ensino Supletivo se deu com a Resolução nº 15/73 do Conselho Estadual de Educação, que estabeleceu as normas gerais para o Ensino Supletivo no Sistema de Ensino do Estado. Vale destacar, na época, a implantação de um projeto cujo objetivo era habilitar o professor leigo a fim de prepara-lo para o Ensino Supletivo.
Em 1979, o DESU passou a ser denominado Coordenação de Ensino Supletivo – CESU, oferecendo diversos programas como PAF/PEI, programas de habilitação de professores (LOGOS II), suplência profissionalizante entre outros.
No período de 1987 a 1991 houve um retrocesso no que diz respeito às ações e determinações políticas do Estado que culminou com a decadência do Ensino Supletivo. Continuamente no período de 1991 a 1994, foram extintos ou desativados todos os projetos.
Nos anos seguinte, especificamente no período de 1985 a 1998, a Coordenadoria de Ensino Especial/Divisão de Ensino Supletivo – DISUP estabeleceu uma série de medidas para a revitalização do ensino de jovens e adultos, dentre os quais destacam-se:
Programa de Ensino Fundamental para Jovens e Adultos – PEJA;
Telecurso 2000 – Ensino Fundamental;
Curso Médio para Jovens e Adultos: implantação nos municípios de Imperatriz e Timon;
Projeto “Leio e Escrevo”: experiência no município de Itapecuru-Mirim;
Elaboração de apostilas de Português e Matemática;
Capacitação de professores;
Exame Supletivo: ensino Fundamental e Médio;
Reativação do Centro de Estudos Supletivos – CES;
Banca permanente de avaliação.
Em 1999, a Coordenadoria foi extinta e transformada na Assessoria de Ensino Especial e de Jovens e Adultos, desenvolvendo programas e projetos novos e criando outros como:
Programa de Ensino Fundamental para Jovens e Adultos;
Telecurso 2000: Ensino Fundamental e Médio;
Curso Médio para Jovens e Adultos: oferecidos pelos municípios de Imperatriz e Timon;
Projeto “Leio e Escrevo”: expansão em 18 municípios do Estado;
Capacitação de professores: Português (1ª a 4ª série) e Inglês (5ª a 8ª série);
Elaboração de apostilas: Geografia, História e Ciências (1ª a 4ª série), Português, Matemática e Inglês (5ª a 8ª série);
Exame Supletivo: Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.
Em 2001, a Assessoria de Ensino Especial e de Jovens e Adultos, foi desmembrada, ficando somente a Assessoria de Ensino de Jovens e Adultos – AEJA, como responsável pela educação de jovens e adultos. A assessoria mantém os seguintes programas e projetos:
Curso de Ensino Fundamental para Jovens e Adultos – CEJA;
Curso de Ensino Médio para Jovens e Adultos (conclusão de curso);
Telecurso 2000: Ensino Fundamental e Médio;
Projeto “Leio e Escrevo” (Alfabetização);
Exames Supletivos: Ensino Fundamental e Médio.
A Educação de Jovens e Adultos, ocupava, até recentemente, uma posição secundária no quadro geral das políticas de educação no Brasil. Era vista como escolarização àqueles que não puderam frequentar a escola na idade apropriada.
De 1940 a 1980, o esforço governamental e de outras organizações sociais se concentrou, basicamente, no combate ao analfabetismo. No final dos anos 80 e início dos anos 90, vários estudos apontaram para a necessidade de que a Educação de Jovens e Adultos constituísse uma política específica, pensada e planejada em função do universo do jovem e do adulto trabalhador.
Entre 1995 e 2000, o Ministério da Educação desenvolveu ações com estados e municípios para aumentar a oferta de Educação de Jovens e adultos e transforma-la em política nos sistemas de ensino.
Nesse período, as Secretarias Municipais de Educação verificaram um crescimento no atendimento a esses alunos, após, sobretudo, da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9394/94, processo de municipalização do Ensino Fundamental e a implantação do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), a partir de 1998.
A Resolução CD/FNDE nº 010, de 20 de março de 2001, é data da instituição do Programa de Apoio ao Estado e Municípios para Educação Fundamental de Jovens e Adultos, inserido no Projeto Alvorada e denominado Recomeço – Supletivo de Qualidade, e constitui-se num mecanismo de assistência financeira mantida pelo Ministério da Educação em parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação com o intuito de contribuir para o enfrentamento do analfabetismo e da baixa escolaridade.
O Projeto Recomeço, tem o objetivo de fornecer apoio, recursos financeiros e material logístico às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, almejando o acompanhamento de equipes técnicas, a capacitação de professores e o desenvolvimento de metodologias e estratégias adequadas à clientela da Educação de Jovens e Adultos em todo o país.
O sucesso do programa depende do comprometimento e articulação entre todas as partes envolvidas com a Educação de Jovens e Adultos, em especial as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação.
Dentro desse contexto, o Programa Recomeço, hoje implementado, tem sido apresentado como resultado do esforço que tem sido feito para se tentar erradicar o analfabetismo no Brasil, com a finalidade de oferecer recursos para as escolas públicas. Além disso, são oferecidas matérias didáticos e merenda escolar, sendo que é a primeira vez que os jovens são beneficiados com essa merenda tendo em vista que os recursos destinados às escolas não chegavam ao turno noturno.
Destaca-se, que a quase totalidade dos alunos desses programas, incluídos os adolescentes, são trabalhadores e trabalhadoras que com sacrifício acumulam responsabilidades profissionais e domésticas, reduzindo o tempo dedicados aos estudos, sem poder se valorizar através do conhecimento.
São atendidas, pelo programa, famílias de baixa renda na zona rural e na área urbana, nas séries iniciais do ensino fundamental. É muito frequente o número de jovens nessas famílias que não tiveram nenhuma passagem anterior pela escola ou que tiveram passagem acidentadas seguidas de várias reprovações ou desistências durante o período escolar.
As atividades com as quais esses jovens atendem às suas necessidades de sobrevivência, são geralmente, serviços de natureza informal (são vendedores de mariscos e peixes,cobradores dos transportes alternativos, pescadores, pedreiros e ajudante de obra).
No caso especifico das mulheres, em sua grande maioria são empregadas domésticas que exercem também as funções de esposa e de mães em suas casas. Em parte, a opção de frequentar a escola no turno noturno está ligada a questão do tempo, tendo em vista que durante o dia estão exercendo uma profissão ou atarefadas nos afazeres domésticos. E o ensino noturno acaba por ser uma oportunidade desses jovens e adultos retornarem novamente à escola e começarem ou recomeçarem sua trajetória escolar.
O estudo noturno público e gratuito, regular ou supletivo, de nível fundamental e médio, financiado pelo poder público, será adequado em cada etapa de escolarização às necessidades desses alunos, por meio de compatibilização de horários, de opções curriculares, programáticas e metodológicas significativas para os alunos (SAVIANE, 2000, p.141).
No que se refere à identificação dos principais marcos históricos da Educação de Jovens e Adultos no município de Lima Campos – Maranhão, vincula-se à história da educação de jovens e adultos no cenário nacional cuja trajetória começa a partir da década de 1930, e em especial no Estado do Maranhão não se diferenciando em muito dos demais contextos.
A SOCIEDADE MODERNA: A TRANSFORMAÇÃO DA MULHER E SUA FUNÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL
No mundo da História, é possível frisar que a trajetória educacional das mulheres tem-se destacado num processo lento, entretanto gradual. Observa-se que são várias interrupções e enormes dificuldades e preconceitos no processo de aprendizagem e que sempre existiram na árdua caminhada da mulher brasileira em busca do conhecimento sistematizado para viver em sociedade com mais dignidade.
Sendo assim, a história da educação brasileira aponta um processo de discriminação em relação à educação feminina tendo em vista que as primeiras tentativas de educação formal no Brasil foram direcionadas aos índios do sexo masculino e com uma posição hierárquica definida, ou seja, somente para filhos dos chefes das tribos.
Desde sua colonização, o Brasil não possuía nenhuma forma de escolarização formal, ficando esta á cargo dos jesuítas que desenvolviam seu papel de evangelização e catequização dos indígenas escravos.
Com a chegada da Corte Portuguesa no Brasil no século XVIII, a educação formal foi se constituindo com muita distinção de orientação para a formação do homem e da mulher. A educação das mulheres se restringia a recitar preces, bordar, costurar, o que satisfazia a todas.
Uma educação diferenciada, portanto, o contexto educacional, onde eram estabelecidos diferentes programas de ensino para o sexo feminino e masculino. As alunas aprendiam prendas domésticas, sendo que uma boa educação para as meninas significava boas maneiras, saber contar, bordar, costurar, conhecer as primeiras letras, e o conhecimento da leitura muitas vezes era dispensado uma vez que elas podiam aprender romances considerados perigosos, ou até mesmo escrever cartas para os namorados.
A idade de aprendizado era na maioria dos 07 até mais ou menos 14 anos, quando o casamento já era um projeto próximo. “A educação dessas meninas de elite não visava à formação intelectual ou profissional, mas ao casamento e a formação da mãe virtuosa, para educar os filhos dentro dos princípios da religião.” (MOTT, 1988, p. 56-58).
Em contrapartida, pode-se destacar que as mulheres pobres, especialmente as escravas, não tinham acesso nesse período a nenhuma forma de educação formal, pois ajudavam diretamente nas tarefas da casa e muitas vezes na criação dos irmãos mais novos.
Mediante a sociedade em que viviam e de acordo com o modelo de família burguesa implantado na sociedade, a mulher se tornou responsável pela criação e educação dos filhos e mesmo quando exercia uma atividade profissional fora de casa, ainda assim, a tarefa doméstica lhe era atribuída á sua rotina diária de trabalho.
Para apoiar essa situação coercitiva de confinamento no interior dos muros do lar, constroem-se concepções romanceadas, ideologicamente apoiadas em filosofias racionalistas sobre a natureza 	“frágil”, “institiva”, “sensível”, “emotiva” da mulher, por oposição a uma natureza “forte”, “racional”, “inteligente”, “fria”, que caracterizaria o homem (LUZ, 1982, p.14).
Neste contexto, observa-se que as ideias veiculadas a partir da segunda metade do século XIX, na Europa, tinham como característica a atribuição de uma finalidade implícita apresentando a mulher como um ser desprovido de inteligência, sem aptidão para conduzir, sozinha, sua vida e, evidentemente, a vida política.
A partir de então, acentuou-se um processo de estigmatização das funções da mulher na sociedade, destacando o fato da mulher se dedicar aos trabalhos domésticos e à educação dos filhos como algo “natural”, sendo o homem responsável somente pela manutenção financeira da casa.
A concepção machista de uma supremacia masculina é notada claramente tanto na área profissional quanto nas relações sexuais e amorosas. Neste caso, a supremacia avança nas relações de trabalho permeando também a área sexual, onde os homens julgam-se no direito de subjugar sexualmente as mulheres.
Por essa perspectiva, a maternidade e o casamento são processos vistos como “naturais” na vida das mulheres, sendo o argumento biológico da gravidez e do parto, usado como fundamentos da comprovação da “inferioridade” feminina e lhe atribuir a responsabilidade exclusiva pela prole.
Nesse sentido, torna-se claro a construção social da supremacia masculina vinculada a subordinação feminina, onde a resignação não significa senão a aceitação do sofrimento enquanto “destino da mulher”, caracterizando assim um modelo de mulher passiva e de homem ativo.
É a mulher a rainha do lar, a encarregada da manutenção e da educação da prole [...]. Cumpre um papel não somente de reprodutora biológica da sociedade, mas também reprodutora ideológica, na medida em que, nos “ensinamentos” que proporciona aos filhos, no atendimento às suas necessidades afetivas, na formação de seu caráter, pelo exemplo vivido de qualidades compatíveis com as suas características simplicidade, fidelidade, recato, asseio, um pouco de vaidade (que lhe vem da “natural beleza”) e imaginação, compaixão, bondade e pureza, está moldando à sua maneira, o futuro cidadão e a futura mãe de família (LUZ, 1982, p.15). 
Certamente, não foram apenas as condições econômicas que provocaram a mudança desta situação. Também mudaram as condições políticas do final do século XIX em diante. Os direitos de cidadania se ampliaram, as lutas operárias levaram a um conjunto de conquistas a nível das relações de produção e representação partidária na maioria dos países capitalistas.
Vale lembrar que as mulheres já haviam participado da Revolução Francesa, tiveram uma participação importante em todos os movimentos sociais globais, envolvendo as classes, com especial destaque aos movimentos e lutas do final do século XIX e início do século XX, colocando em foco a luta por seus direitos específicos, como os direitos de cidadania e a questão de igualdade na relação de trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial, com a mudança acelerada dos costumes impulsionada pelos movimentos feministas, questões relativas à posição da mulher na sociedade que começaram a ser discutidas com eficácia.
No Brasil, destaca-se o estilo de industrialização do país, bem como o intenso processo de urbanização, emergindo como fatores condicionantes às mudanças dos costumes e aos novos comportamentos das mulheres.
Sob este aspecto, o Brasil dos anos 50 viveu um periode de ascenção da classe média. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, por volta dos anos 48-50, o país passou a assistir ao crescimento urbano e à industrialização sem precedentes que conduziram ao aumento das possibilidades educacionais e profissionais para homens e mulheres. Democracia e participação eram ideias cada vez mais fortalecidas nos discursos políticos.
Em geral, ampliaram-seaos brasileiros as possibilidades de acesso à informação, lazer e consumo. As condições de vida nas cidades diminuíram muitas distancias entre homens e as mulheres; no território sentimental-amoroso, da intimidade familiar também sofreram modificações.
E é somente a partir das mudanças de costumes que as mulheres passaram a questionar as estruturas institucionais do “lar” e da “maternidade” nas sociedades capitalistas. Pediram divórcio, a legalização do aborto e dos métodos contraceptivos, a liberdade de possuírem relações independentemente do casamento; além de exigirem o direito de instrução, a regulamentação do trabalho feminino, a fundação de creches, a ampliação de escolas e o amparo para as crianças pelo Estado (LUZ, 1982, p. 20).
Cresceu a partir dessa época a participação feminina no mercado de trabalho, especialmente no setor de serviços de consumo coletivo, em escritórios, no comércio ou em serviços públicos. Surgiram oportunidades de emprego em profissões que exigiam da mulher melhores qualificações e em contrapartida, tornavam-nas profissionais remuneradas na sociedade. O que mais chamou atenção é que essa tendência demandou maior escolaridade feminina e provocou mudanças no status social das mulheres.
Assim sendo, eram nítidos os preconceitos que, na constância do modelo ideal de mulher, cercavam o trabalho feminino na época, onde até os anos de 1960, as mulheres ainda eram vistas prioritariamente como donas de casa e mães, sendo incompatível a ideia de uma vida profissional com a do lar e da família.
Ressalte-se que um dos principais argumentos e ressalvas ao trabalho feminino residia no fato de que a mulher trabalhando deixaria de lado “seus afazeres domésticos” e suas atenções e cuidados para com o marido.
“Ser mãe, esposa e dona de casa era considerado o destino natural das mulheres. Na ideologia dos Anos Dourados, maternidade, casamento e dedicação ao lar faziam parte da essência feminina; sem história, sem possibilidade de contestação” Essa vocação prioritária era a marca da feminilidade da época e estava impregnada no processo de educação das mulheres. [...] estavam sempre presentes nas conversas entre mãe e filha, nos romances para moças, nos sermões do padre, nas opiniões de um juiz ou legislador sintonizado com seu tempo. “Isso não quer dizer que todas as mulheres pensavam e agiam de acordo o esperado, e sim que as expectativas sociais faziam parte de sua realidade, influenciando suas atitudes e pesando em suas escolhas” (BASSANEZZI, 2000, p.609-610).
Vale frisar neste contexto que, apesar de todos os avanços da época, as distinções entre os papéis femininos e masculinos, entretanto, continuaram bem nítidas, valorizando-se a superioridade de toda atenção masculina: distinção, portanto, cercada de preconceitos e rancores sobre o papel da mulher e a sua emancipação feminina.
Atualmente são inúmeras as conquistas femininas decorrentes das lutas das mulheres por mudanças nas relações de gênero: o direito ao voto, a pílula anticoncepcional, a abertura de vagas na política, a presença de mulheres em cargos de chefia e a luta ao lado do marido na sociedade.
Apesar disso, ainda se reconhece a manutenção de traços e resquícios de um sistema patriarcal dominante que consagra preconceitos em certos costumes e valores que definem, unem ou separam, e até estabelecem hierarquias entre homens e mulheres.
As mulheres no Brasil já ascenderam progressivamente, porém, ainda são exploradas nos campos de capacitação: na família, na comunidade e no trabalho. Problemas ainda se manifestam pelo fato da trabalhadora, inclusive no campo, receber salário menor que os dos homens, ao conviver com a escravizante dupla jornada de trabalho, sendo responsável pelos cuidados dos filhos e tarefas domésticas. Vale ressaltar, que, também é crescente os índices de violência sexual e moral: nas ruas, no trabalho e no lar.
Está comprovado que a s mulheres representam 44% do mercado de trabalho, mas recebem remuneração 41,3% menor que a dos homens. Outro agravante são os números do “Censo” 2002, que apontam ser as mulheres negras brasileiras as que mais sofrem. Representantes de 23% da população geral do país e 44% da população feminina estão na base da pirâmide social recebendo os menores salários e apresentando índices de escolaridade mais baixos que as mulheres brancas.
A igualdade de oportunidades profissionais é uma das grandes bandeiras do movimento feminista e das entidades defensoras dos direitos da mulher. Um estudo divulgado pelo IBGE mostra que está se consolidando a tendência do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro, revelando ainda, que essa ascensão tem como base fatores como a maior escolaridade, em comparação com os homens e a queda de fecundidade. Com mais instrução e menos filhos, as mulheres brasileiras estão mais competitivas para alcançar postos de serviços.
Apesar de todos os índices desfavoráveis à condição social destas mulheres, a cada dia que passa as mesmas tem galgado espaço na escala social. Um dos fatores preponderantes que tem contribuído para isto é o continuo aumento do seu grau de escolaridade nas ultimas décadas.
Segundo Luz (1982, p. 25), as mulheres sempre foram encaminhadas desde a idade tenra para os estudos, contrariamente à tendência de ainda vinte anos atrás, quando, no máximo, as mulheres estudavam “enquanto não arranjavam marido”, tendendo assim, a competir cada vez mais com os homens em todas as profissões, logrando porcentagens sempre maiores de aprovação nos exames vestibulares, nosd cursos médios, nos cursos supletivos.
A chamada dupla jornada de trabalho (na produção e no lar) encontra nos estudos “uma terceira jornada”. E a gana e vontade de vencer com que as mulheres tem enfrentado esta terceira jornada tem incidido no acirramento de tensões e conflitos no lar, no âmbito da família.
AS MULHERES QUE FREQUENTAM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICIPIO DE LIMA CAMPOS - MARANHÃO 
A qualidade de escola para o ensino depende de modo pelo qual ele se empenha quanto ao processo de construção e seu desenvolvimento no seio escolar, sabendo-se que a educação tem papel essencial no desenvolvimento da sociedade.
Neste contexto, o professor-agente provocador de mudanças, agente que busca rever e harmonizar a igualdade social – é o sujeito de grande relevância na formação do individuo, seja no ensino regular, seja na Educação de Jovens e Adultos ou no ensino superior.
A escola não se caracteriza apenas como um espaço de conhecimento organizado. É nela que o docente qualificado, deixam de ser aquele que passa informações, e passa ser aquele que troca ideias, desperta o outro para viver em sociedade, prepara o aluno do ensino regular, assim como os com a idade defasada ajudando a compreender a realidade social, cultural e natural em que vive, e, a participar efetivamente das transformações.
Assim, tendo em vista fazer uma analise do município diante da questão dos alunos na faixa etária e fora da faixa etária, foi necessário um relato sobre as características na Unidade Integrada Artur Azevedo, instituição que atende a Eja.
 Histórico da Unidade Integrada Artur Azevedo
	Até o ínicio da década de 1980, a cidade de Lima Campos não possuía na rede municipal de ensino, nenhum estabelecimento educacional. A única escola municipal existente, era a Unidade Escolar José Maria Cabral, situada à rua Matos Carvalho, dedicada ao ensino pré-escolar. A educação básica do município dependia exclusivamente do Grupo Escolar Newton Bello, da rede estadual, e que, enquanto a demanda crescia, a cada ano, a oferta de vagas na escola era sempre a mesma, fazendo com que grande parte das crianças ficassem condenadas ao analfabetismo.
	Foi então que o prefeito João Epifânio da Silva pleiteou junto ao Ministério da Educação a construção de uma nova unidade escolar.
	A partir desse momento, também por solicitação do prefeito, o Governador João Castelo, colocou à disposição do município uma construtora para aterrar o lago então existente,onde hoje está a Praça Duque de Caxias. Terminado o aterro João Epifânio aproveitou a oportunidade para aterrar também um terreno baldio em frente. Tendo abrangido toda a área do atual templo da Igreja Assembléia de Deus, até os limites das terras pertencentes a José Bezerra.
	Esse aterro secundário tinha em vista a construção da nova escola, objeto de convênio solicitado pelo prefeito cujo processo tramitava no Ministério da Educação. Coincidentemente, logo que o terreno ficou pronto, os recursos foram liberados. Vindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), esses recursos permitiram ao prefeito iniciar imediatamente as obras de construção da escola.
	A obra ficou a cargo da construtora pertencente na época à João Alves de Pinho que foi pronta e entregue no prazo estabelecido. O conjunto da obra constava de quatro salas de aulas, uma sala para a diretoria, uma cantina e dois banheiros.
	A inauguração da nova unidade escolar marcou uma nova fase no ensino Público Municipal de Lima Campos. A escola foi denominada Unidade Escolar “Artur Azevedo” em homenagem ao escritor maranhense Artur Nabantino Gonçalves Belo de Azevedo. 
	Nove anos depois, o então prefeito Edison Sá realizou uma grande reforma nesse prédio, para que pudesse atender o número de alunos que havia aumentado nos últimos anos. Junto com a reforma foi feita uma ampliação na escola, onde foram construídas mais duas salas de aula, uma ala para os banheiros e um auditório. Para evitar futuras invasões, todo o terreno pertencente à escola foi murado, ficando uma grande área nos fundos da escola destinadas a implantação de hortas.
4.2 A Unidade Integrada Artur Azevedo nos dias atuais
Este trabalho foi realizado na Escola Artur Azevedo, situada na AV. JK, s/n, centro, Lima Campos, MA. A mesma está em funcionamento das 07h30min  às 11h45min no turno manhã e das 13h00h às 17h00min no turno da tarde, funcionando ainda com turmas de EJA no turno da noite. A escola Artur Azevedo conta com um total de 717 alunos, 08 salas de aula, uma sala de leitura, uma sala tecnológica, uma Secretaria, uma cantina, um auditorio, dois banheiros, sendo um feminino e outro masculino.
Já na área de lazer, a escola dispõe de um pátio descoberto, e nestes espaços, acontecem exposições de trabalhos, apresentações dos alunos e as atividades de dinamização e de educação física. Além desses, possui uma área com paisagismo na entrada da escola com bancos para que os alunos descansem na hora do intervalo. Em relação aos recursos audiovisuais, didático e pedagógico, a escola já foi bem desprovida, mas, atualmente, possui uma quantidade significativa de recursos que alicerçam com qualidade o processo de ensino-aprendizagem. Possui um acervo literário significativo para pesquisa e para disseminação metodológica: 02 computadores para o trabalho de escrituração na secretaria; 03 notebooks para uso dos professores; 02 aparelhos de TV; 02 data show; 01 vídeo cassete; 01 aparelhos de DVD; 01 (uma) caixa de som amplificada; 02 (dois) microfones; jogos diversos; globo terrestre; 03 impressoras; mapas; alfabeto móvel, além de vários outros materiais pedagógicos-didáticos.
Funciona ativamente com as modalidades de Fundamental II e EJA, disponibiliza ainda suas dependências como sede para o IFET do Piauí,  que oferta Curso de Licenciatura em História, uma turma de Pós- Graduação na área de Educação Inclusiva e curso técnico em enfermagem.
No total de 69 funcionários efetivos e 02 contratados temporariamente por tempo indeterminado
As salas de aula possuem iluminação natural insuficiente, ventilação precária e padrões inacessíveis ao uso de recursos tecnológicos. A escola não está adaptada ao acesso de pessoas com necessidades especiais, já que não possuem rampas e existem bastantes calçadas, os banheiros são precários e muito próximos das salas de aula.
 O quadro administrativo da instituição é composto pela diretora, pela Coordenadora Pedagógica de Educação Fundamental e pela supervisora, todas sendo escolhidas seguindo o critério estabelecido em todo o município: a nomeação e indicação do Sistema Municipal de Ensino (Secretaria Municipal de Educação).O Projeto Político Pedagógico (PPP) tem a finalidade de estabelecer relações entre os Sistemas de Educação,  Comunidade Escolar  e Comunidade Local e  junto à Administração Municipal pleitear avanços nos setores organizacionais,  físicos e humanos, no intuito de  atender com qualidade a clientela alvo  (o aluno)  preparando-os para o mundo globalizado e para uma melhor condição de vida.
Além de Programas e Projetos relacionados,  a escola realiza eventos,  datas comemorativas, atuando também na prestação de serviços sociais como nos mutirões na parceria com a Secretaria de Saúde.
Para prover as escolas públicas de ensino fundamental e médio com livros didáticos e acervos de obras literárias, obras complementares e dicionários, o governo federal executa o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).O PNLD é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano o FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino e repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas. São reutilizáveis os seguintes componentes: Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, Física, Química e Biologia. Os consumíveis são: Alfabetização Matemática, Letramento e Alfabetização, Inglês, Espanhol, Filosofia e Sociologia.
Um edital especifica todos os critérios para inscrição das obras. Os títulos inscritos pelas editoras são avaliados pelo MEC, que elabora o Guia do Livro Didático, composto das resenhas de cada obra aprovada, que é disponibilizado às escolas participantes pelo FNDE. Cada escola escolhe democraticamente, dentre os livros constantes no referido Guia, aqueles que deseja utilizar, levando em consideração seu planejamento pedagógico.
Há muita harmonia no relacionamento, onde a hierarquia é respeitada de forma diplomática com mútuas formas de diálogos, transformando assim o ambiente num verdadeiro espaço democrático com  existência de  muito coleguismo no grupo de trabalho destacando a presença da  interação e tolerância em todos os seguimentos da escola.
4.3 Analise situacional dos sujeitos da pesquisa
Todos os adultos quando se integram ao Programa de Educação para Jovens e Adultos tem uma ideia do que seja a escola, embora muita vezes não a tenha frequentado no passado, ou frequentaram brevemente quando crianças ou adolescentes.
Percebe-se que a imagem que trazem da escola, muito tem a ver com a imagem que possuem de si mesmo dentro dela. Na maioria das vezes, para os segmentos mais pobres da sociedade, essas imagens estão relacionadas às suas experiências passadas de fracasso e exclusão. Estas, em geral, acarretam uma baixa-estima e um autoconceito que se traduz em insegurança, bloqueios e até mesmo vergonha de sua trajetória escolar.
A construção dessa imagem começa na infância, e em casos extremos pode transformar a vida de um individuo num inferno. Muitas vezes são os pais e familiares que contribuem para a insegurança de garotos e adolescentes.
No caso especifico da educação de Jovens e Adultos no desenvolvimento e aprendizagem dos primeiros códigos e símbolos, estes fatores torna-se ainda mais importantes durante todo o processo docente-educativo, ao melhorar a imagem que o jovem faz de si mesmo e ir adiante na busca de novos conhecimentos.
No que se refere especificamente às mulheres da Unidade Integrada Artur Azevedo no município de Lima campos – Ma, houve a curiosidade de perceber suas motivações e presenças constantes nas aulas. Buscou-se saber que expectativas tem em relação à educação escolar e como articulam suas atividades no espaço de casa e da escola e como tem sido suas historias no cotidiano.
Nesse sentido, selecionou-se uma amostragem de 10 mulheres do universo escolar da EJA da Unidade Integrada Artur Azevedo, onde foi realizada uma pesquisa baseada em seus depoimentos e relatosocorridos em entrevistas com duração variada entre uma e três horas.
Ao mesmo tempo foi feita o acompanhamento dessas mulheres em sala de aula, o que se seu mais diretamente, observando a maneira como elas se relacionavam com os colegas de turma e com o corpo docente. Nessas primeiras observações, pareceu relevante a existência de uma certa hierarquia onde as pessoas mais velhas exercem uma posição de respeito na sala de aula.
Em geral, as mulheres entrevistadas mantêm um bom relacionamento com a turma, sendo que na maioria das vezes são chamadas de “dona” ou “senhora”. A relação professor ou professora-aluna, muitas vezes, é marcada pela intimidade, sendo que é, muito comum dentro da escola partilhar-se as dificuldades que essas mulheres passam em seu dia-a-dia, tal como destaca um dos alunos:
“Hoje ela chegou na sala muito triste, e quando perguntei o que estava acontecendo ela começou a chorar e me contou que o marido estava muito agressivo, contou que ele arrumou uma amante e não esta dando mais nada em casa, passa praticamente o dia na casa da outra” (depoimento de uma professora – referindo-se a uma das alunas da pesquisa).
Nota-se de certo modo, um engajamento entre professores que trabalham com jovens e adultos e seus alunos. Tal aspecto é importante na medida em que se estabelece um ambiente propicio ao desenvolvimento das atividades pedagógicas planejadas e o consequente aprendizado do educando. Os docentes devem apresentar características que possibilitem a manutenção do bom relacionamento com os discentes, tais como: domínio de conteúdo, paciência, dinamismo, sensibilidade, vontade de ajudar e atitude democrática. Estas características facilitam a aprendizagem e auxiliam na permanência do aluno na escola.
Ao escutar os alunos o professor ensina a trocar experiências, discutindo sobre conflitos e tentando encontra jeitos de resolvê-los. Alem disso, a elevação do autoconceito e da autoestima do aluno, é de certa forma responsabilidade do professor. A ausência de cumplicidade nessa relação professor-aluno, é um dos fatores que dificultam os trabalhos ministrados em sala de aula, em borá a s afirmações coletadas tenha sido taxativas ao qualificar esses relacionamentos como excelente na escola pesquisada.
Estas mulheres, são, em sua maioria, filhas de agricultores que vieram de outros interiores vivem com renda mensal do marido, uma vez que 8 dessas mulheres não trabalham fora de casa, 2 exercem funções fora do âmbito familiar. Algumas dessas mulheres são assistidas por programas do governo, recebendo uma renda de trinta reais por cada filho matriculado nas escolas públicas da rede Municipal ou Estadual.
Em sua trajetória de vida essas mulheres, referem que muitas delas eram “dadas” por alguma família da cidade para que pudessem arcar com a sua sobrevivência e formação escolar. Esse processo escondia um estado de escravidão e submissão, tendo em vista que eram elas que executavam as tarefras domésticas da casa onde ficavam abrigadas.
“Quando eu tinha 10 anos meu pai me levou para morar com a minha madrinha, neste tempo eu fui muito espancada, às vezes eu adoecia e ficava jogada num quarto em uma rede sem nenhuma ajuda dela e de seu marido [...]. uma vez peguei catapora e ela nem se deu trabalho de comprar remédio [...]. eu quase morri, mas como não tinha para onde ir continuei com ela. Um dia meu irmão foi a cidade, me viu e ficou com pena de mim, foi falar com minha madrinha e me levou de volta pra casa de meus pais.” ( Maria de Jesus, 2013, 37 anos, 03 filhos, casada).
Este registro destaca escola, lar, família e o “lugar” associado a domesticidade que tem sido considerado o0 espaço natural de atuação das mulheres, o que na maioria das vezes incide na submissão às decisões do marido, ao qual foi creditado o “lugar” de chefe da família” autoridade máxima na hierarquia das relações de gênero.
Dá-se a partir desses relatos uma forte segregação entre os papéis femininos e masculinos que vigoram na nossa sociedade. Das 10 mulheres entrevistadas, aproximadamente 08 abandonaram a escola por conta da gravidez, casamento e ou da dependência que tinha em relação ao marido.
Ressalta-se que o papel masculino em relação à s expressa na obrigação moral de manutenção e também na autoridade legitimada socialmente em relação a figura feminina. As praticas sociais ainda vigente são exemplos do quanto essas diferenças entre os homens e as mulheres tem sido marcadas pela desigualdade, acentuando uma natural condição feminina de “fragilidade” e “inferioridade” (SOUSA, 1998 p.25).
O estereótipo da feminilidade acentua a situação de dependência e infatiza a mulher, sendo que essa situação construída socialmente tem sido muitas vezes referidas como natural. “As formas de dominação se impõem pela naturalização que consiste em considerar naturais certas características que na verdade foram construídas a partir das relações sociais” (ARANHA, 1992, p. 183).
Em segmentos das classes populares que são os que têm de menor escolaridade, ainda persistem formas sutis de dominação, sendo que, na maioria das vezes, a mulher que trabalha fora de casa está sujeita a arcar com uma dupla jornada de trabalho, uma vez que as tarefas domésticas são consideradas “naturalmente” de incumbência feminina.
Os papéis em que as mulheres “devem” foram e são construções históricas em que pesa às mulheres a desempenhar na sociedade os papéis de esposa, mãe e dona-de-casa restrita à condição de progenitora. Esta ainda constitui uma missão delegada às mulheres em relação à qual elas são cobradas e diretamente presas a representação social do modelo feminino doméstico e culturalmente a mulher vivencia um recato moral, físico e profissional uma vez que o baixo índice de alfabetização influencia diretamente o acesso a oportunidade de emprego oferecido às mesmas na realidade brasileira.
No caso destas mulheres, os seus companheiros quase não concluíram a Educação Básica e nem apresentavam expectativas em relação à retomada ods estudos, ao contrario delas, que mesmo adiando a volta à escola mantinham sempre uma expectativa de retorno, sendo muitas vezes desestimuladas por conta da luta diária em que viviam.
As dificuldades relatadas em relação aos estudos, apesar de apresentarem um nova roupagem, em decorrência do atual contexto em que viviam, sempre se fizeram presentes na vida destas mulheres. A impossibilidade ou dificuldade para estudar apresenta-se como marco em suas trajetórias de vida, acentuado pelas precárias condições financeiras.
Historicamente, elas vivem em meio a um contexto de exclusão social, na medida em que são oriundas de famílias pobres que em geral retiravam o sustento da terra, trabalhando como agricultores, ou trabalhadores autônomos em serviços temporários, entre outras formas de subemprego como se destaca este relato:
“Minha família vivia do plantio da roça, sendo que meus pais e meus irmãos mais velhos eram responsáveis pelo plantio, mas quando era época da colheita da mandioca e a ‘fazedura’ da farinha a gente ia todos para ajudar” (Maria Iva, 44 anos, 07 filhos, viúva).
Além das dificuldades enfrentadas pelas mulheres em busca de condinçoes de sobrevivência, a precaridade do sistema educacional brasileiro merece destaque, pois o mesmo não conseguia atender à demanda do país, aumentando assim o contigente de excluídos da escola. Em áreas periféricas e rurais, este problema tornava-se ainda mais acentuado, com dificuldades que iam desde a localização da escola até a falta de recursos para manutenção das aulas.
“A escola ficava muito longe da minha casa e quando chovia alagava tudo, além disso, os professores vinham da cidade e quando não eram pagos abandonavam a gente ainda durante o meio do ano. Às vezes agente ficava sem aula por três meses [...]. Nesse período, eu ficava em casa fazendo as atividades da casa e meu pai e meus irmãos iam para a roça”( Maria de Jesus, 2013, 37 anos, 03 filhos, casada).
As carreiras escolares femininas relevam-se pontuadas por repentências causadas,muitas vezes, por fatores e os mais diversos possíveis indo desde a sobrecarga de afazeres domésticos até as recusa por parte dso maridos em viver com uma mulher que busque se escolarizar.
Um outro aspecto a ser destacado é a dependência econômica que a mulher sofre em relação ao homem. O discurso que as mulheres entrevistadas estão habituadas a ouvir é exclusivamente de cunho masculino. Vindas de famílias de baixa renda e com histórias de vida pautadas em cima de uma luta diária pela sobrevivência, onde cabe ao chefe da família ou ao pai as decisões finais pelo destino da família, essas mulheres acabam por agravar sua situação no momento em que transferem a responsabilidade de sustentá-las do pai para seus respectivos companheiros.
“O adulto masculino ou marido-pai, é o líder instrumental do grupo, enquanto o adulto feminino desempenha papéis de natureza expressiva voltada principalmente para os assuntos internos da família”(SOUSA, 1998, p.123).
Essas responsabilidades a que são atribuídas as mulheres causam uma situação de precocidade de vida adulta gerada principalmente pelo desempenho das funções que elas exercem dentro e fora de casa, onde a maternidade introduz um diferencial significativo no encaminhamento de sua trajetória de vida.
Verifica-se que as dificuldades de conciliar os estudos com a maternidade tornam o contexto da mulher bastante complexo. Dentre as entrevistas tem-se um número significativo que mulheres que adiaram o retorno à escola por conta de uma gravidez inesperada. Este dado revela que a maternidade inesperada e não planejada é consequência da pouca conscientização por parte das mulheres acerca dos métodos contraceptivos.
“Após o nascimento do meu segundo filho o meu namorado se recusou a me ajudar alegando que o filho não era dele [...], então resolvi largar ele e fui terabalhar em uma cerâmica como ajudante de cozinha [...]. Depois de dois anos a situação ficou muito difícil, pois criar dois filhos sozinha, não é fácil. Então voltei para junto dos meus pais.(Eudislene, 2013, 38 anos, casada).
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade está em verdadeira mudança e não é mais aceitável desconsiderar fatos que alterem significativamente os caminhos da sociedade. A ascensão da mulher e a evolução dos seus papéis na sociedade merecem especial atenção. Desde várias décadas, a mulher vem tenso uma trajetória quase silenciosa rumo a uma mudança do seu modo de agir e pensar.
A forma de agir e seus pensamentos têm causado impacto no formato da família, nas estruturas de apoio domésticas e principalmente na sociedade. Diante das transformações, a mulher enfrenta na atualidade um momento histórico que merece destaque e atenção. Toda mulher, de qualquer classe social, esta vivendo um dos períodos de maior pressão de sua vida, só equivalem às dificuldades que teve de enfrentar quando ainda era considerada um ser de segunda classe quando comparada aos homens. Infelizmente, isso ainda ocorre em países que teimam em não perceber o quanto estão equivocados.
O perfil das mulheres entrevistadas reforça essa tese de que atualmente ainda existe um diferencial significativo referente à questão de gênero e que se apresenta na estrutura social ainda como um processo que inibe determinadas atitudes femininas, principalmente no que diz respeito ao desvinculamento das tarefas domésticas que a sociedade notoriamente estipulou como “tarefas de caráter feminino”.
Essas diferenças são expressivas nas mulheres de classe popular que advém de uma experiência histórica diferenciada, cujo rumo expressa a constante submissão em que estas mulheres se encontram, evidenciada tanto no âmbito familiar no caso das mulheres que dependem do companheiro, quanto no âmbito de trabalho quando exercem alguma atividade profissional – geralmente realizam trabalhos domésticos para outras mulheres.
Partindo dessas análises constatou-se que para construir uma identidade feminina deve-se romper com arcaísmos e costumes obsoletos impostos pela sociedade à mulher, onde se impôs um campo especifico que ela “deve” atuar.
Além disso, abandonar os estereótipos tradicionais que pregam o mito da fragilidade, o confinamento da mulher ao espaço doméstico e, sobretudo a função que exerce de “reprodutora da espécie” são paradigmas que devem ser quebrados impondo-se novos valores que auxiliarão na construção de uma sociedade mais igualitária e equitativa.
Observou-se que existia forma de melhorar esse quadro e a escola tinha como função agilizar, através de ações democráticas tendo em vista eliminar preconceitos e assim dá vez a mulher da EJA em todos os sentidos.
No estudo monográfico ora desenvolvido, portanto, espera constituir-se em uma referencia para o aprofundamento das reflexões relacionadas à temática em questão, de modo a possibilitar um aporte dos subsídios necessários a concretização de uma sociedade mais justa, igualitária, consciente de seus valores e acima de tudo menos preconceituosa em todo o globo.
O legado deixado por todos esses fatores aqui dispostos, produz um panorama cujo cenário, ao se analisar mais profundamente, é arrasador e aterrorizante, para as pretensões de uma “Nação que almeja um dia transforma-se num país desenvolvido tecnológica e culturalmente, sem preconceitos e com liberdade de ação para todos os seus cidadãos, independentemente de cor, credo, raça ou sexo.
Muito já foi feito, porém, enquanto não se associar o desenvolvimento educacional ao desenvolvimento social, não será possível implementar as condinções necessárias para equacionar o quadro de desigualdades e de discriminação enfrentado diariamente pela mulher brasileira em todos os setores da sociedade, embora já tenha mudado muito.
Enfatizando-se esse contexto pode-se ressaltar com segurança que a Educação de Jovens e Adultos tornou-se uma modalidade de ensino de muito respeito e credibilidade, pois antes, as pessoas não acreditavam no desenvolvimento da mesma, porque as possibilidades para melhoria não existiam.
Atualmente a EJA, embora seja ministrada de forma acelerada, as escolas de ensino regular tem acreditado no seu desempenho, e tem trabalhado temas integrados normalmente aceitando-a, frente a sociedade no contexto geral, com gestores e supervisores acompanhando-a, orientando-a e assim o desenvolvimento da gestão democrática, acontece onde discente e tudo sobre tudo são atendidos com eficácia.
Neste sentido a mulher é uma fonte de suma importância por ser considerada uma organizadora, afetiva e carismática, que paralelamente tem conquistado seu espaço com mais interesse e determinação, enfrentando a sociedade e eliminando o preconceito.
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APÉNDICE
QUESTIONÁRIO APLICADO AS ALUNAS DA EJA DA UNIDADE UNIDADE INTEGRADA ARTUR AZEVEDO
Dados Gerais:
Nome: ______________________________________________________________
Idade: ______________________________________________________________
Residência: __________________________________________________________
Trabalha: ( ) SIM ( ) NÃO Quantas horas por dia: ___________________________
Estado Civil: _________________________________________________________
Quantos Filhos: ______________________________________________________
Pertence a algum grupo social? __________________________________________
ENTREVISTA
O que levou a procurar esta escola?
Está mais acessível o processo ensino-aprendizagem?
Como é sua vivência nessa turma?
Pretende terminar o curso?
Até onde pretende estudar?
Quais seus objetivos:
Pessoal:
Social:
Como concilia estudo-trabalho?
Recebe algum beneficio do governo?
Há dificuldades em relação aos estudos?
Quais os motivos que levam ao abandono da escola?

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