Buscar

Anuario brasileiro da soja

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anuário BrAsileiro dA soja 2017 • Brazilian
 Soybean YeArBook
9
9
7
7
1
8
0
8
7
4
9
3
1
4
4
IS
SN
 1
80
8-
74
93
Anuário Brasileiro da
Brazilian Soybean Yearbook
CONHEÇA A SIMBIOSE
www.simbiose-agro.com.br
contato@simbiose-agro.com.br
+55 54 3199 0200
BIOFUNGICIDA
BIOINSETICIDA
BIONEMATICIDA
BIOINSETICIDA
BIOINSETICIDA
CONTROLE BIOLÓGICO
Sí
lv
io
 Á
vi
la
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
Expediente SumárioPublishers and editors summary
 06 Apresentação introduction
 12 Produção Production
 44 Mercado market
 68 Pesquisa research
98 Painel Panel
 102 Evento eVent
104 Agenda agenda
Anuário Brasileiro da Soja 2017
Editor: Romar Rudolfo Beling; editor assistente: Cássio Fernando Filter; textos: Michelle 
Treichel, Benno Bernardo Kist, Cleiton Evandro dos Santos e Cleonice de Carvalho; tradução: 
Guido Jungblut; fotografia: Inor Assmann (Agência Assmann), Sílvio Ávila e divulgação de 
empresas e entidades; projeto gráfico e diagramação: Márcio Oliveira Machado; arte de 
capa: Márcio Oliveira Machado, sobre fotografia de Inor Assmann; edição de fotografia e arte-
final: Márcio Oliveira Machado; tabelas e catalogação: Sadraque Lenz Veiga; coordenação 
comercial: Andréa Lenz; marketing: Janaína Langbecker, Suzi Montano e Gabriela Kaempf da 
Silva; consultora de negócios: Maira Trojan Bugs; supervisão gráfica: Márcio Oliveira Machado; 
distribuição: Carolina Guimarães; impressão: LupaGraf, Santa Cruz do Sul (RS).
ISSN 1808-7493 Ficha catalográfica
A636
 Anuário brasileiro da soja 2017 / Michelle Treichel... [et al.]. 
 – Santa Cruz do Sul : Editora Gazeta Santa Cruz, 2017.
 104 p. : il.
 ISSN 1808-7493
 1. Soja – Cultivo – Brasil. 2. Ferrugem asiática. I. Treichel, Michelle.
 CDD : 633.340981
 CDU : 633.34(81)
Catalogação: Edi Focking CRB-10/1197
2 3
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
É permitida a reprodução de 
informações desta revista, 
desde que citada a fonte.
Reproduction of any part 
of this magazine is allowed, 
provided the source is cited.
Fundador:
Francisco José Frantz (1917-1981)
Diretor Presidente:
André Luís Jungblut
Gestão Executiva:
Jones Alei da Silva
Gestão de Administração e Finanças: 
Sydney de Oliveira 
Gestão de Conteúdo Multimídia: 
Igor Müller
Gestão de Operações: 
Everson Ferreira
Conselho Consultivo:
Flávio Luiz Falleiro, Paulo Roberto Treib,
Raul Dreyer e Romeu Inacio Neumann
EDITORA GAZETA SANTA CRUZ LTDA.
CNPJ 04.439.157/0001-79
Rua Ramiro Barcelos, 1.224, 
CEP: 96.810-900, Santa Cruz do Sul/RS
Telefone: 0 55 (xx) 51 3715 7940
Fax: 0 55 (xx) 51 3715 7944
redacao@editoragazeta.com.br
comercial@editoragazeta.com.br
www.editoragazeta.com.br
222 3
ORGULHO 
DE VENCER 
AS PLANTAS
DANINHAS
RESISTENTES
AT E N Ç Ã O C O N S U LT E S E M P R E U M
E N G E N H E I R O A G R Ô N O M O.
V E N D A S O B R E C E I T U Á R I O
A G R O N Ô M I C O.
E s t e p r o d u t o é p e r i g o s o à s a ú d e
h u m a n a , a n i m a l e a o m e i o a m b i -
e n t e . L e i a a t e n t a m e n t e e s i g a r i g o r o s a m e n t e a s
i n s t r u ç õ e s c o n t i d a s n o r ó t u l o , n a b u l a e n a r e c e i t a .
U t i l i z e s e m p r e o s e q u i p a m e n t o s d e p r o t e ç ã o i n d i v i d u a l . N u n c a p e r m i t a a
u t i l i z a ç ã o d o p r o d u t o p o r m e n o r e s d e i d a d e .
 Controla as plantas daninhas resistentes
 Antecipa a colheita a partir da dessecação
 Herbicida multiculturas
O HERBICIDA INOVADOR NO MANEJO 
DA RESISTÊNCIA 
76
Sí
lv
io
 Á
vi
la
GRANDE VEDETE 
DO AGRONEGóCIO, 
OLEAGINOSA CHEGOU 
A 114 MILHõES DE 
TONELADAS NA SAFRA 
2016/17, qUASE 20% A 
MAIS DO qUE NO CICLO 
ANTERIOR. E A PRóxIMA 
TEMPORADA RESERVA 
AINDA MAIS, CONFORME AS 
PREVISõES DOS ANALISTAS.é soja
Oagronegócio brasileiro deu um show em todos os senti-dos na temporada 2016/17. O clima colaborou como em ra-ras ocasiões ao longo de todo 
o ciclo das principais culturas de verão, e esse 
auxílio, a par com a adoção do melhor paco-
te tecnológico, elevou a produtividade de ma-
neira significativa. Se esse quadro foi recorren-
te nas diversas espécies, nas lavouras de soja é 
que se alcançou desempenho que beira a ex-
celência. O Brasil colheu 114 milhões de tone-
ladas, 19,5% a mais do que na etapa anterior, 
que fechara em 95,4 milhões de toneladas.
O resultado obtido na soja é ainda mais 
expressivo tendo em vista que o País enfen-
tou, ao longo das duas últimas safras, uma re-
cessão econômica que carregou em paralelo 
um cenário de instabilidade política, situação 
que em nada favoreceu os empresários e os 
produtores rurais dos mais variados segmen-
tos. Ou seja, o agronegócio ostenta números 
dignos de uma economia mundial fortemen-
te consolidada, mas precisa superar toda sor-
te de adversidades internas em setores que 
não só não conseguem alavancar o empreen-
dedorismo como, em geral, ainda o sufocam. 
Só para o plantio da soja o Brasil preparou 
33,9 milhões de hectares na etapa 2016/17. No 
comparativo com a temporada anterior, o in-
cremento foi de apenas 2%. Isso revela que 
o salto na produção foi simplesmente 10% 
maior do que o da área de cultivo. O diferen-
cial, claro, esteve na produtividade, que cres-
ceu cerca de 17% entre uma safra e outra. E 
é graças a essa surpreendente capacidade 
de acreditar em seu potencial e de confiar no 
amanhã que a nova safra agrícola começou a 
ser planejada, no segundo semestre de 2017. 
O que o novo ciclo trará, em termos de 
área plantada, de volume e de produtividade? 
Parte da resposta, claro, ainda é incógnita, pois 
uma vez mais dependerá do comportamento 
do clima. Se no período recém-concluído este 
favoreceu, e em praticamente todas as regiões 
da fronteira agrícola nacional, não há garantia 
de que não venha a atrapalhar o andamento 
normal dos trabalhos nos próximos meses.
O que é certo, no entanto, é que o Brasil 
não deixará de manter intacto o papel de re-
levância e de protagonismo que hoje osten-
ta perante o mundo no fornecimento de soja 
em grãos e de produtos industrializados. Cen-
tenas de países já sabem perfeitamente bem 
que poucas nações no mundo (se é que ainda 
haja alguma outra) têm as condições de terra, 
água, clima, investimento e vocação de que o 
Brasil dispõe para a soja e para outros grãos. 
Se o mundo tem consciência de que a cada 
ano precisará de mais alimentos, e de mais 
qualidade em tudo o que colocará na mesa, 
também tem muito presente que o Brasil ten-
de a ser o melhor fornecedor. Boa leitura!
Tudo o 
que reluz
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
76
GREAT AGRIBUSINESS STAR, THE OILSEED CROP 
AMOUNTED TO 114 MILLION TONS IN THE 2016/17 
GROwING SEASON, A NEARLy 20 PERCENT 
INCREASE FROM THE PREVIOUS yEAR. THERE 
ARE MORE NOVELTIES IN STORE FOR THE COMING 
SEASON, ACCORDING TO ANALySTS.
Largura igual ou inferior 
3,49cm/199px Marca Brasil
Largura igual ou superior 
3,5cm/200px Marca Brasil
SAC CAIXA – 0800 726 0101 
(Informações, reclamações, sugestões e elogios)
Para pessoas com defi ciência auditiva ou de fala – 0800 726 2492
Ouvidoria – 0800 725 7474
facebook.com/caixa | twitter.com/caixa 
caixa.gov.br
O SEU TRABALHO DURO
MERECE CRÉDITO.
Nós sabemos 
que ao final d
e cada dia be
los resultados 
são colhidos p
or você, 
 produtor rura
l, e isso é mérit
o total do seu t
rabalho. Mas s
empre que você
 precisar de ap
oio 
 para cada eta
pa do seu agr
onegócio, esta
remos aqui ofe
recendo ótima
s condições, 
 
 um portfól
io diversificad
o e, claro, par
ceria de verdade. Crédito Ru
ral CAIXA. 
 O melhor pa
rceiro do seu a
gronegócio. P
rocure um g
erente CAIXA
.
Brazilian agribusiness had an outstanding performance in every facet in the 2016/17 growing season. Weather con-ditions were as favorable as 
never before throughout the entire cycle 
of the summer crops, and this help, along 
with the adoption of a better technolog-
ical package, made productivity soar sig-
nificantly. While this scenario was com-
mon with most crops, the soybean fields 
achieved a performance that borders on ex-
cellence. Brazil harvested 114 million tons, 
up 19.5 percent from the previous season, 
which had reached 95.4 million tons.
The result achieved at soybean is even 
more expressive seeing that the Country, 
over the past two seasons, had to grapple 
with an economic crisis that came in the 
company of a scenario of political instabil-
ity, a picture that did not bring any bene-
fit to entrepreneurs and rural producers of 
all segments. That is to say, agribusiness 
boasts numbers that can only be found in a 
strongly consolidated global economy, but 
needs to surmount all sorts of internal ad-
versities in sectors that are not only unable 
to prop up entrepreneurship, but, in gener-
al, stifle such initiatives. 
Just for the soybean crop, Brazil pre-
pared 33.9 million hectares in the 2016/17 
growing season. Compared to the previous 
season, it was an increase of only 2% percent. 
This attests that the jump in production was 
simply 10 percent bigger than the increase 
in planted area. What made the difference, 
of course, was the 17 percent increase in 
productivity from one season to the next. 
All that glitters is soybean
It is thanks to this surprising capacity to be-
lieve in its potential and trust in tomorrow 
that the new agricultural crop is now being 
established in the second half of 2017.
What does the new season have in store, 
in terms of planted area, volume and produc-
tivity? Part of the answer, of course, is still un-
known, as it will again depend on the behav-
ior of the climate. If in the recently finished 
period it was favorable, in almost all the re-
gions throughout the national agricultur-
al frontier, nothing can assure us that in the 
coming season weather conditions will not 
negatively interfere with the crop.
What leaves us without any doubt is the 
fact that Brazil will continue playing its rel-
evant role as global leader in the supply of 
soybean and soybean-based products. Hun-
dreds of countries know all too well that few 
nations in the world (in case there is one) have 
such suitable conditions as Brazil, in terms of 
land, water, climate, investments and the ca-
pacity to produce soybean and other cereals. 
If the world is aware of the fact that, year after 
year, there is need for more food, and more 
quality of whatever is put on the dining table, 
then the world also knows that Brazil is a very 
reliable supplier. Happy reading!
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
8
O FUNGICIDA 
MULTISSÍTIO 
DE VERDADE
unizeb.com.br
SEMPRE JUNTO,
RENDENDO SEMPRE MAIS.
AT
EN
ÇÃ
O
CO
N
SU
LT
E 
SE
M
PR
E 
UM
EN
GE
N
H
EI
RO
 A
GR
ÔN
OM
O.
VE
N
DA
 S
OB
 R
EC
EI
TU
ÁR
IO
AG
RO
N
ÔM
IC
O.
Es
te
 p
ro
du
to
 é
 p
er
ig
os
o 
à 
sa
úd
e
hu
m
an
a,
 a
ni
m
al
 e
 a
o 
m
ei
o 
am
bi
-
en
te
. 
Le
ia
 a
te
nt
am
en
te
 e
 s
ig
a 
ri
go
ro
sa
m
en
te
 a
s
in
st
ru
çõ
es
 c
on
ti
da
s 
no
 r
ót
ul
o,
 n
a 
bu
la
 e
 n
a 
re
ce
it
a.
Ut
il
iz
e 
se
m
pr
e 
os
 e
qu
ip
am
en
to
s 
de
 p
ro
te
çã
o 
in
di
vi
du
al
. 
Nu
nc
a 
pe
rm
it
a 
a
ut
il
iz
aç
ão
 d
o 
pr
od
ut
o 
po
r 
m
en
or
es
 d
e 
id
ad
e.
Produção Production
Despontando na forte agricul-tura do Brasil, o grão de soja continua a mostrar a cada ano seu extraordinário vigor, tanto na agricultura quanto na eco-
nomia e na sociedade brasileira. No ciclo 
2016/17, esbanjou recorde em produção e, 
mesmo que os preços sofressem decrésci-
mo com a maior oferta mundial, ainda apre-
sentou renda elevada, que se sobressai em 
relação a outras culturas e continua a man-
ter a oleaginosa no topo produtivo do País. 
E este, por sua vez, preserva a posição de 
líder mundial na exportação do grão, alcan-
çado há poucos anos dos Estados Unidos, 
que ainda estão na frente da produção.
Só no campo, a receita bruta gerada 
pela soja brasileira atingiu R$ 116,31 bi-
lhões na valorizada safra 2015/16 e R$ 
107,44 bilhões na última, de acordo com 
informações da Companhia Nacional de 
Abastecimento (Conab), divulgadas em 
setembro de 2017. Já as divisas geradas 
pela venda externa do complexo soja do 
Brasil em 2016 atingiram US$ 25,42 bi-
lhões, mantendo-se como principal item 
das exportações do País. Para 2017, a pre-
visão da Associação Brasileira das Indús-
trias de Óleos Vegetais (Abiove) é de que 
esse valor alcance US$ 29,82 bilhões, com 
crescimento em volume de 24,1% nos ne-
gócios externos com o grão e 10,3% com 
farelo, além de 3,4% no óleo.
O segmento, ainda segundo dados 
transmitidos por Daniel Furlan Amaral, ge-
rente de economia da Abiove, em pales-
tra no mês de agosto de 2017, em Cam-
pinas (SP), envolve 216 mil propriedades 
rurais espalhadas pelo País, com 1,5 mi-
lhão de empregos diretos e indiretos e cer-
chão
A vitalidade vem do
SOjA BRASILEIRA ESBANjA VIGOR NãO Só 
NO PLANO AGRíCOLA, MAS TAMBÉM NO 
ECONôMICO E SOCIAL, E TEM FôLEGO PARA SE 
MANTER EM CONTíNUO CRESCIMENTO
ca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) 
do Brasil. Lembrou ainda sua relevância 
na produção de carnes, de óleo para con-
sumo humano e industrial, de biodiesel e 
produtos da indústria química, e de que a 
geração de empregos é quatro vezes maior 
quando a soja é transformada em carnes. 
Enalteceu igualmente os benefícios econô-
micos e ambientais ao estimular a produ-
ção do biodiesel, que deve impulsionar o 
processamento industrial já em 2018, com 
o aumento da mistura de 8% para 10% do 
biocombustível no diesel fóssil.
Desta forma, mesmo que no próximo 
ano ocorra adequação da produção de 
soja brasileira em um nível um pouco mais 
baixo, após a alta produtividade alcança-
da em 2017, a perspectiva é de que se pos-
sa repetir recordes no processamento e no 
volume de exportação do grão. O mesmo 
deve ocorrer na área de plantio para a safra 
de verão, pelas projeções iniciais manifes-
tadas para a nova safra, enquanto para os 
anos vindouros são traçadas boas perspec-
tivas, em que o grão de ouro do Brasil tem 
lugar especial, e cada vez mais amplo, as-
segurado no mundo dos alimentos. n
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
Mesmo com o recuo de preços, lavouras 
de soja geram R$ 107,44 bilhões no País
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
1312
BRAZILIAN SOyBEAN IS ExTREMELy VIGOROUS 
NOT ONLy IN AGRICULTURAL TERMS, BUT ALSO 
ECONOMICALLy AND SOCIALLy, AND IS STRONG ENOUGH 
TO CONTINUE ON AN UNINTERRUPTED RISING TREND
A highlight in Brazil’s strong agri-culture, soybean kernels contin-ue to show their extraordinary vigor in agriculture, econo-my and Brazilian society. In the 
2016/17 growing season, a record crop in pro-
duction was harvested and, although prices 
dropped as a result of higher global supply, 
it still brought in substantial revenue, which 
surpasses all other crops, thus keeping the 
oilseed on the productive top in the Country, 
which, in turn, preserves its position as glob-
al leader in exports of this kernel, a position 
that used to belong to the leading producer, 
the United States,up to some years ago.
At field level alone, the gross income gen-
erated by the Brazilian soybean reached R$ 
116.31 billion in the highly valued 2015/16 
crop and R$ 107.44 billion in the past season, 
according to numbers released by the Na-
tional Food Supply Agency (Conab), in Sep-
tember 2017. As for the revenue generated 
by the foreign sales of the Brazilian soybean 
complex in 2016, it amounted to US$ 25.42 
billion, keeping its position as a major item in 
the Country’ exports. For 2017, the Brazilian 
Vegetable Oil Industries Association (Abiove) 
projects its increase to US$ 29.82 billion, rep-
resenting a rise of 24.1% in foreign business-
es that involve this kernel and 10.3% in soy 
meal, along with 3.4% in oil.
The segment, still according to data fur-
nished by Daniel Furlan Amaral, econo-
my manager at Abiove, at a lecture in Au-
gust 2017 in Campinas (SP), involves 216 
thousand rural properties spread across the 
The vitality of the kernel 
Although prices have dropped, soybean fields generate R$ 107.44 billion
Country, 1.5 million direct and indirect jobs, 
and around 1.5% of Brazil’s Gross Domes-
tic Product (GDP). He also insisted on the im-
portance of the segment in the production 
of meat, cooking and industrial oil, biodiesel 
and chemical industry products, and that the 
generation of jobs is fourfold when soybean 
is transformed into meat. He equally praised 
the economic and environmental benefits 
stemming from the production of biodies-
el, with a rise from 8% to 10% of the blend of 
biodiesel to fossil diesel
Therefore, even if in the coming year the 
Brazilian soybean crop is not adjusted to a 
slightly smaller level, after the high produc-
tivity rates reached in 2017, the perspective is 
for a repeat of the record processing volumes 
and grain exports. The same holds true for 
the planted area of the summer crop, judging 
from the initial projections regarding the new 
crop year, whilst for the coming years there 
are good perspectives, where Brazil’s golden 
kernel occupies an increasingly ampler and 
privileged position, in the world of food. n
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
14
SAFRA BRASILEIRA DE SOjA BATEU TODOS 
OS RECORDES NO CICLO 2016/17, TANTO 
EM áREA qUANTO EM PRODUTIVIDADE E 
PRODUçãO, E EM TODAS AS SUAS REGIõES
O objetivo brasileiro de ultra-passar a barreira de 100 mi-lhões de toneladas de soja, perseguido com vigor nos últimos anos, foi alcançado 
com louvor na safra 2016/17, em um sal-
to muito acima das expectativas. Depois 
de duas temporadas na faixa de 95 a 96 mi-
lhões de toneladas, desta vez o volume atin-
gido passou de 114 milhões de toneladas, 
recorde absoluto, também verificado na 
área plantada e na produtividade obtida. 
Isto aconteceu em todas as regiões do País, 
com a única exceção de leve redução do es-
paço cultivado no Sul. Em termos físicos, foi 
um ano de ouro do Brasil na sua principal 
cultura agrícola, revigorando sua trajetória 
de sucesso mundial, onde é o maior expor-
tador e o segundo na produção.
Enquanto na fase 2015/16 houve que-
bra devido a problemas climáticos (mais 
ao Norte), o ciclo em foco registrou bom 
comportamento do clima em quase to-
das as regiões do País, como verificou a 
Companhia Nacional de Abastecimento 
(Conab) em seus levantamentos. Além de 
ter sido mantido o crescimento no culti-
vo, com acréscimo de 2%, a produtivida-
de apresentou recuperação significativa, 
nuvensNas
na ordem de 17%, fazendo a produção su-
bir 19,5%. A área plantada cresce de for-
ma constante desde o ciclo 2007/08, che-
gando a 33,9 milhões de hectares na etapa 
2016/17, enquanto o rendimento por área 
e, em consequência, a produção tiveram 
oscilações no período, mas também alcan-
çaram o topo nesta temporada.
A produtividade média recorde apu-
rada pela Conab no País foi a 3.364 quilos 
por hectare. Até então, rendimento supe-
rior a 3 mil quilos havia sido atingido ape-
nas no período 2010/11, com 3.115 kg/
ha. Ao avaliar o comportamento da cultu-
ra em duas décadas (da etapa 1996/97 ao 
ciclo 2015/16), ainda sem a recente gran-
de safra, a Embrapa Soja ressalta que o in-
cremento da produção brasileira no perío-
do (3,5 milhões de toneladas, ou 13,4% ao 
ano) resultou do avanço da área cultivada 
(um milhão de hectares/ano) e da produ-
tividade (34 kg/ha/ano). Várias mudanças 
nos sistemas de produção limitaram au-
mento neste ítem. “Mesmo assim, a pro-
dutividade de soja aumentou em quase to-
dos os estados brasileiros, o que indica que 
as ações de pesquisa, desenvolvimento e 
transferência de tecnologias foram eficien-
tes”, avalia o pesquisador Alvadi Balbinot. 
Análise feita pela Embrapa eviden-
cia que o cultivo da oleaginosa no Brasil 
ocorre em várias condições de ambiente, 
desde regiões frias, com altitudes superio-
res a 1.200 metros, até quentes, com bai-
xas altitudes e latitudes, além da diversi-
dade de solos, o que resulta em diferentes 
potenciais para produção. A região Cen-
tro-Oeste, conforme os números finais 
da Conab no ciclo 2016/17, concentrou 
43,96% do total produzido no País, segui-
da da região Sul, com 35,58%, enquanto 
o Nordeste responde por 8,45%, o Sudes-
te detém 7,15% e o Norte fica com 4,85%. 
Os nortistas e os nordestinos, por sua vez, 
crescem mais na área. n
Região Centro-Oeste respondeu por 44% da produção nacional de soja
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
1918
The Brazilian target to exceed the 100 million ton soybean barrier, vigorously pursued over the past few years, was successfully achieved in the 
2016/17 growing season, greatly exceed-
ing expectations. After two seasons with a 
crop of 95 to 96 million tons, this time the 
volume surpassed 114 million tons, an ab-
solute record, also ascertained in planted 
area and productivity. This has happened 
in all regions throughout the Country, with 
the only exception of a slight decrease 
in planted area in the South. In physical 
terms, it was a golden year for Brazil as far 
as the biggest farm crop goes, reinvigorat-
ing its successful global trajectory, where 
the Country is the leading exporter and the 
second largest producer.
While the 2015/16 growing season ex-
perienced a crop shortfall due to climate 
related problems (especially in the North), 
the season in question has benefited from 
good weather conditions almost through-
out all the regions in the Country, according 
to surveys conducted by the National Food 
Supply Agency (Conab). Besides the ris-
ing trend in cultivation, which went up 2%, 
productivity recovered significantly, and 
was up around 17%, with production soar-
ing 19.5%. The planted area has been ris-
Up in the clouds
Center-West region accounted for 44% of the entire soy crop
BRAZILIAN SOyBEAN CROP HIT RECORD HIGH 
IN THE 2016/17 GROwING SEASON, IN AREA, 
PRODUCTIVITy AND SIZE, IN ALL REGIONS
ares a year). Several changes in the produc-
tion systems limited an increase in this item. 
“Even so, soybean productivity rates soared 
almost throughout all the regions, which at-
tests that research works, technology devel-
opment and transference proved greatly ef-
ficient”, says researcher Alvadi Balbinot. 
An analysis conducted by Embrapa at-
tests that soy crops in Brazil are grown in 
different environmental conditions, includ-
ing cold regions with altitudes higher than 
1,200 meters, warm regions with low al-
titudes and latitudes, besides a variety of 
soils, thus resulting into different produc-
tion potentials. The Center-West region, ac-
cording to the final number released by 
Conab regarding the 2016/17 growing sea-
son, was responsible for 43.96% of the to-
tal produced in the Country, followed by the 
South region, with 35.58%, while the North-
east accounts for 8.45%, the Southeast, for 
7.15% and the North, for 4.85%.The farm-
ers in the North and Northeast, in turn, are 
devoting more and more land to the crop. n
ing constantly since the 2007/08 season, to-
taling 33.9 million hectares in the 2016/17 
crop year, while performance per area and, 
in consequence, the size of the crop suffered 
oscillations during the period, but reached 
the top during the season in question. 
Record average productivity ascertained 
by Conab in the Country reached 3,364 ki-
lograms per hectare. Up to that time, a per-
formance in excess of 3 thousand kilograms 
had only been achieved in the 2010/11 sea-
son, with 3,115 kg/ha. Upon evaluating the 
behavior of the crop in ten decades (from 
the 1996/97 to the 2015/16 season), not yet 
including the recent bumper crop, Embra-
pa Soybean already maintains that bigger 
Brazilian production over the period (3.5 
million tons, or 13.4% a year) resulted from 
the bigger planted area (one million hect-
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
20
Fonte: Conab, setembro de 2017.
O GRãO POR REGIãO
the kernel per regIon
NúMEROS DAS SAFRAS DE SOjA 2015/16 E 2016/17 NO BRASIL 
regIõeS
 Área produtividade produção
 (mil ha) (kg/ha) (mil t)
Centro-Oeste 14.925,1 15.193,6 2.931 3.301 43.752,6 50.149,9
Sul 11.545,4 11.459,6 3.047 3.542 35.181,1 40.592,8
Nordeste 2.878,2 3.095,8 1.774 3.115 5.107,1 9.644,7
Sudeste 2.326,9 2.351,4 3.255 3.467 7.574,9 8.151,5
Norte 1.576,3 1.809,0 2.423 3.061 3.818,9 5.536,4
País 33.251,9 33.909,4 2.870 3.364 95.434,6 114.075,3
ESTADOS DO CENTRO-SUL PRESERVAM O 
VIGOR NA OLEAGINOSA, MAS A PARTE DE 
CIMA DO MAPA DO BRASIL, A ExEMPLO DO 
MATOPIBA, REFORçA A PARTICIPAçãO
HORIZONTE
Os maiores produtores de soja, por sua vez, conforme projeções feitas no início 
de setembro de 2017, prosseguem firmes no cultivo do principal produto agrícola 
do País. Para a nova safra, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária 
(Imea) projetava acréscimo de área de 0,22% no Estado líder; o Deral previa avanço 
de 3% neste ítem no Paraná, o mesmo ocorrendo com estimativas da Empresa de 
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/Ascar) para o Rio Grande do Sul. Já 
na produtividade, onde os três estados tiveram boa evolução no último ano e os 
paranaenses inclusive atingiram o mais alto nível, de 3.731 quilos por hectare, a 
perspectiva inicial era de uma adequação a níveis históricos não tão altos. 
Em 16 dos 27 estados brasileiros a principal cultura agrícola do Bra-sil se faz presente. A soja nasceu e cresceu no Sul, alcançou com vi-gor o Centro (incluindo o Centro-
-Oeste e o Sudeste) e, nos últimos anos, os 
ventos na cultura sopram com força mais 
para o Norte, inserindo o Nordeste. Nesta 
região, onde se forma o chamado Matopi-
ba (sigla a partir das primeiras sílabas dos 
estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e 
Bahia), ocorre maior crescimento de área 
em termos percentuais, atingindo 9,9% na 
safra 2016/17. Enquanto isso, no Centro-
-Sul estão concentrados os campeões da 
produção, a começar por Mato Grosso, no 
Centro-Oeste; Paraná e Rio Grande do Sul, 
no Sul; e ainda Goiás e Mato Grosso do Sul, 
na primeira região.
Em análise feita sobre as últimas duas 
décadas (entre a etapa 1996/97 e a tempo-
rada 2015/16), pesquisa da Embrapa Soja 
mostra que o líder Mato Grosso foi o Estado 
com maior crescimento de produção anu-
al, superior a um milhão de toneladas por 
ano. Ao avaliar a produtividade, Alvadi Bal-
binot, pesquisador da Embrapa, frisa sua 
“alta estabilidade para produção de soja, 
por ter o menor coeficiente de variação”. 
Na sequência, vêm os estados que, justa-
mente, ocupam a segunda e a terceira co-
locação entre os principais produtores do 
País, Paraná e Rio Grande do Sul, com au-
mentos respectivos de 520 mil toneladas e 
494 mil toneladas ao ano. 
Na última temporada, não incluída nes-
te estudo, com forte interferência no clima, 
houve grande variação de produtividade 
norteVento
nestes estados, mais comum em período 
mais longo no Rio Grande do Sul. Este Es-
tado, que teve expansão em várzeas de ar-
roz, e o Mato Grosso ampliaram a área de 
soja em 2%. Já o Paraná, conforme a Co-
nab, reduziu o cultivo em 3,7%, enquanto 
o Departamento de Economia Rural (Deral), 
da Secretaria de Agricultura e Abasteci-
mento (Seab), previa alguma redução ini-
cial, por influência então dos preços do mi-
lho, mas no final registrou área semelhante 
à anterior. Ainda segundo o órgão federal, 
estabilidade de área ou pequena redução 
ocorreram em Minas Gerais e Goiás. Mas a 
produtividade cresceu em geral, com condi-
ções climáticas favoráveis.
O Norte e o Nordeste tiveram forte re-
cuperação de produção, desta vez tendo 
o auxílio do clima, ao mesmo tempo em 
que evidenciaram bem seu potencial de 
crescimento de área. Nas terras de Cerrado 
do Matopiba, o nordestino Piauí apresen-
tou maior avanço percentual neste aspec-
to (22,8%), enquanto no Norte os estados 
de Rondônia e Pará tiveram incrementos 
respectivos de 17,2% e 16,6%, e Tocantins, 
também inserido no Matopiba, ampliou 
em 10,7%. A Bahia, da região Nordeste, e 
com cultivo concentrado na parte Oeste do 
Estado, tem a maior produção regional. Se 
considerado como região, o Matopiba seria 
a terceira em produção de soja. n
Maior expansão de área no ciclo 2016/17 foi registrada no Norte-Nordeste
Sí
lv
io
 Á
vi
la
2322
CENTER-SOUTH STATES CONTINUE VIGOROUSLy 
ENGAGED IN GROwING SOyBEAN, BUT THE UPPER 
PORTION OF THE BRAZILIAN MAP, INCLUDING THE 
MATOPIBA REGION, IS FIGHTING FOR A BIGGER SHARE
HORIZON
The largest soybean producers, in turn, according to projections released in early 
September 2017, continue actively engaged in the production of the most relevant 
farm crop in the Country. For the coming growing season, the Mato Grosso Institute of 
Agricultural Economy (Imea) was projecting a 0.22 percent area increase in the largest 
soybean-producing State; Deral officials projected a 3 percent step forward in this 
item in the State of Paraná, and the same estimates were issued by the Rio Grande do 
Sul State Rural Extension and Technical Assistance Company (Emater/Ascar) for the 
State. As far as productivity goes, where the three states showed strong evolution in 
the past year, with Paraná achieving the highest level, 3.731 kilograms per hectare, 
initial perspectives referred to adjustments to the not-so-high historical levels. 
In 16 of the 27 Brazilian States the most im-portant farm crop is present. Soybean was born and grew up in the South, made it vigorously to the Central Region (includ-ing the Center-West and Southeast) and, 
over the past years, the winds of the crop 
have been heading towards the North, in-
cluding the Northeast. This region, which 
comprises the so-called Matopiba (acronym 
made from the initial letters of the states of 
Maranhão, Tocantins, Piauí and Bahia), is 
home to the biggest growth in area in per-
centage terms, amounting to 9.9 percent in 
the 2016/17 growing season. Meanwhile, the 
largest soybean-producing states are locat-
ed in the Center-South, starting with Mato 
Grosso, in the Center-West, Paraná and Rio 
Grande do Sul, in the South, and also Goiás 
and Mato Grosso do Sul, in the first region.
At an analysis on the past two decades 
(from the 1996/97 to the 2015/16 season), a 
survey by Embrapa Soybean shows that the 
largest producer, Mato Grosso, experienced 
the biggest growth in annual production, up-
wards of one million tons a year. Upon as-
sessing the productivity rates, Embrapa re-
searcher Alvadi Balbinot emphasizes the 
state’s “consistent stability for the produc-
tion of soybeans, as it has the smallest vari-
ation coefficient”. The states that come in the 
sequence occupy the second and third posi-
tion among the main producers in the Coun-
try: Paraná and Rio Grande do Sul, with re-
spective increasesof 520 thousand tons and 
494 thousand tons a year. 
In the past season, not included in this 
study, strongly influenced by the climate, 
there was big productivity variation in these 
states, and the longest period took place in Rio 
Grande do Sul. In this State, where rice mead-
owlands were expanded, and Mato Grosso ex-
panded their area by 2%. The State of Paraná, 
according to Conab sources, reduced the size 
of the crop by 3.7%, while the Rural Economy 
Department (Deral), a division of the State Sec-
retariat of Agriculture and Supply (Seab), had 
anticipated an initial reduction in area, influ-
enced by the prices of corn, but in the end it 
North wind
Biggest expansion in planted area in the 2016/17 
growing season took place in the North-Northeast regions
registered an area similar to the previous year. 
Still according to the federal organ, Area sta-
bility or minor reduction took place in Minas 
Gerais and Goiás. Productivity, in general, 
soared due to favorable weather conditions. 
The North and the Northeast experienced 
strong recovery in production, this time with 
a little help from the climate, but at the same 
time they clearly spotted their potential to in-
crease the planted area. In the Matopiba Cer-
rado lands, the northeastern State of Piauí 
presented the biggest advance in percent-
age terms in this aspect (22.8%), whilst in the 
North the states of Rondônia and Pará expe-
rienced respective increases of 17.2% and 
16.6%, and Tocantins, also within the bound-
aries of the Matopiba region, reached a 10.7 
percent increase. Bahia, in the Northeast, with 
its crop concentrated in the western portion 
of the State, is the largest regional producer. If 
considered as a region, Matopiba would rank 
as third biggest soybean producer. n
Sí
lv
io
 Á
vi
la
24
Fonte: Conab/Setembro 2017
* Regiões: CO (Centro-Oeste), S (Sul), NE (Nordeste), 
SE (Sudeste) e N (Norte).
ESTADOS DA SOjA
SoybeAn StAteS
OS MAIORES PRODUTORES DO
GRãO NO BRASIL
(Resultados da safra 2016/17)
estados/região*
 produção
 (Mil t)
Mato Grosso (CO) 30.513,5
Paraná (S) 19.586,3
Rio Grande do Sul (S) 18.713,9
Goiás (CO) 10.819,1
Mato Grosso do Sul (CO) 8.575,8
Bahia (NE) 5.123,3
Minas Gerais (SE) 5.067,2
São Paulo (SE) 3.084,3
Tocantins (N) 2.826,4
Maranhão (NE) 2.473,3
Santa Catarina (S) 2.292,6
Piauí (NE) 2.048,1
NOVA ETAPA PRODUTIVA NO CICLO 2017/18 
DEVE TER AUMENTO NO PLANTIO, MAS A 
TENDêNCIA É DE qUE A PRODUTIVIDADE 
VOLTE A NíVEIS MAIS NORMAIS
As primeiras projeções para a nova safra brasileira de soja, no período 2017/18, feitas ainda an-tes do plantio no início de setem-bro de 2017, indicavam que será mantido o crescimento do cultivo, mas a pro-dução tende a diminuir, considerando a pro-dutividade acima do normal alcançada na úl-tima temporada. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projetava aumento 
de área entre 2% e 3% e redução de produção 
entre 4,4% e 6,2%. “Isto porque a produtivida-
de deve ser bem menor do que os 3.364 qui-
los por hectare alcançados no ciclo 2016/17, 
um número acima da média e que dificilmen-
te será repetido na sequência”, avalia Leonar-
do Amazonas, analista da Conab.
O incremento na área plantada, de acor-
do com sua análise, deve ocorrer em virtude 
da liquidez da oleaginosa e de sua rentabili-
dade ainda melhor do que a de outros grãos, 
enquanto a política de expansão do uso de 
biodiesel no País também favorece. Como fa-
normalDe volta ao
tores limitantes, observa que, a exemplo de 
2015, preços internacionais e dólar mais bai-
xos não conferem estímulo para a expansão 
ainda maior na cultura. Quanto ao clima, ve-
rifica que as previsões iniciais são de neutra-
lidade na nova safra e o fator não deverá, a 
princípio, exercer maior influência.
Considerando índices intermediários en-
tre os projetados pela Conab, a nova fase 
de cultivo da soja brasileira poderia alcan-
çar 34,76 milhões de hectares (mais 2,5%) 
e 108 milhões de toneladas (menos 5,3%), 
o que representaria rendimento na ordem 
de 3.107 quilos por hectare. Mesmo com 
menor produção, ainda conforme Leonar-
do Amazonas, o montante projetado seria 
“satisfatório à provável demanda do ano 
de 2018”, levando em conta ainda a eleva-
ção de estoque registrada na etapa 2016/17, 
que, pelo levantamento da companhia, re-
presenta o maior índice na relação com o 
consumo nos últimos oito anos.
Estimativas feitas para a nova safra da 
oleaginosa, por parte de diversos analistas 
privados, também na virada de agosto para 
setembro de 2017, estão próximas das proje-
ções oficiais. Da mesma forma, mostram ten-
dência de avanço de área um pouco superior 
a 2%, mas de recuo da produção um pouco 
menor do que o previsto pela Conab, que fi-
caria na faixa de 3%. Um dos aspectos ressal-
tados nestas previsões, corroboradas de ou-
tro lado por órgãos dos estados, é de que o 
grão deve ocupar espaço do milho, em espe-
cial no Sul do País, tendo em vista a redução 
de seu preço. Deste modo, observam que, 
enquanto o cereal deve crescer na segunda 
safra, a soja vai se firmar cada vez mais como 
líder do ciclo produtivo de verão. n
Previsão para a safra de soja no Brasil 
é de área maior e produção menor
Sí
lv
io
 Á
vi
la
2726
THE 2017/18 GROwING SEASON IS 
ExPECTED TO INCREASE ITS PLANTED AREA, 
BUT THE TREND IS FOR PRODUCTIVITy 
TO GET BACk TO NORMAL LEVELS
The first projections for the coming Brazilian soy crop, in the 2017/18 crop year, re-leased before planting started in early September 2017, in-
dicate that the planted area will continue 
on the rise, but the size of the crop is like-
ly to shrink slightly, considering the above-
normal productivity rates achieved in the 
previous year. The National Food Supply 
Agency (Conab), projected an area increase 
ranging from 2% to 3%, and a 4.4% to 6.2% 
smaller volume. “This happens because 
productivity is likely to remain behind the 
3,364 kilograms per hectare achieved in 
the 2016/17 growing season, an above av-
erage figure not likely to be achieved in the 
subsequent seasons”, comments Conab 
analyst Leonardo Amazonas.
The bigger planted area, according to 
his analysis, should occur by virtue of the 
liquidity of the oilseed and its higher prof-
it margins compared to other cereals, while 
the biodiesel expansion policy in the Coun-
try is also a factor. As limiting factors, just 
like what happened in 2015, he cites inter-
national prices and the low dollar value, 
facts that do not encourage further crop ex-
pansions. As for the climate, the analyst as-
certains that the initial forecasts point to 
neutrality and, in principle, the factor is not 
supposed to exert any relevant influence. 
Considering intermediate rates project-
ed by Conab, the new soybean season in 
Brazil could amount to 34.76 million hect-
ares (up 2.5%) and 108 million tons (down 
5.3%), which would reach a performance 
of 3,107 kilograms per hectare. In spite 
Back to normal
A bigger area devoted to soybean in Brazil is anticipated, 
but the size of the crop is supposed to shrink slightly 
of a smaller production volume, accord-
ing to Leonardo Amazonas, the projected 
amount would be “satisfactory to the ex-
pected demand throughout 2018”, equally 
taking into account the bigger ending stock 
registered in the 2016/17 crop year, which, 
based on the company’s survey, represents 
the biggest rate with regard to consump-
tion over the past eight years.
Estimates for the new oilseed crop, by 
several private analysts, at the turn of Au-
gust and September 2017, are very close 
to official estimates. Likewise, they point 
to an area increase slightly higher than 2%, 
but with a crop size smaller than predict-
ed by Conab, which is supposed to remain 
around 3%. One of the features stressed in 
these forecasts, corroboratedby official or-
gans, is that the oilseed should occupy ar-
eas previously devoted to corn, especially 
in the South of the Country, in light of the 
smaller price of this cereal. In view of this, 
they observe that, while corn is expect-
ed to make strides in the winter crop, soy-
bean will firmly stick to its position as lead-
ing summer crop. n
Sí
lv
io
 Á
vi
la
28
A HISTÓRIA 
NÃO MENTE: 
GRANDES 
CONQUISTAS 
SEMPRE 
ACONTECEM 
PELO MAR.
TERMINAL ESPECIALIZADO 
na movimentação de grãos 
(soja, farelo de soja, milho, 
trigo, malte, sorgo e outros), 
com integração total 
da cadeia logística: desde 
a origem até o embarque 
programado dos navios.
MÃO DE OBRA PRÓPRIA
E ESPECIALIZADA.
PORTO COTEGIPE. 
ELEVADA CAPACIDADE 
ESTÁTICA E DE 
TRANSPORTE DE GRÃOS.
5 MILHÕES DE TONELADAS
de grãos movimentadas por ano.
AF_An Porto Cotegipe_Anuario Soja_20,5x27,5cm.indd 1 9/13/17 5:13 PM
RENTABILIDADE DA SAFRA BRASILEIRA 
DE SOjA 2016/17 RECUOU, COM qUEDA 
NOS PREçOS RECEBIDOS, E A NOVA ETAPA 
PROMETE MANTER PADRõES SEMELHANTES
MENOS E MAIS
Ainda na avaliação da rentabilidade, o analista Leonardo Amazonas, da Companhia 
Nacional de Abastecimento (Conab), apontou no trabalho “Perspectivas para a 
Agropecuária”, de setembro de 2017, que “apesar de a média dos custos variáveis de 
2017 ser um pouco menor do que em 2016, os preços pagos ao agricultor em 2017 
também ficam, em média, um pouco mais baixos do que em 2016”, considerando 
a influência do excesso de oferta. Deste modo, apurou que “a rentabilidade média 
do custo variável está 45,88% menor”. Porém, ressalvou que a soja continua a 
ser o produto de maior retorno e liquidez, o que dá motivos aos agricultores para 
aumentarem mais uma vez a área de plantio na nova safra.
“Infelizmente na safra 2016/17 a rentabilidade recuou. Apesar de o volume total ter sido maior, com o País batendo recorde de produ-ção, o resultado médio final aos 
produtores foi menor, pois, enquanto os 
custos subiram entre 5% e 15%, depen-
dendo da região, os preços recebidos pela 
soja caíram bastante”. Esta é a avaliação 
feita pelo professor Argemiro Luís Brum, da 
Universidade Regional do Noroeste do Esta-
do do Rio Grande do Sul (Unijuí) e analista 
chefe da Central Internacional de Análises 
Econômicas e de Estudos de Mercado Agro-
pecuário (Ceema), vinculada à instituição.
O pesquisador e analista de mercado 
menciona os exemplos gaúchos, parana-
enses e mato-grossenses com reduções 
de 26,46% a 32,47% na média de preços 
entre a safra em foco e a anterior, toman-
do como referência o mês de junho de 
cada ano. Comenta que “a produtividade 
média melhor não foi suficiente para apa-
gar o forte recuo na rentabilidade entre 
um ano e outro”. No caso do Rio Grande 
do Sul, cita cálculos da Federação da Agri-
cultura do Estado (Farsul) de que a mar-
gem média gaúcha (receita bruta menos 
custo operacional total) da soja caiu 23% 
em 2017, na relação com 2016. 
Para a safra 2017/18, conforme Brum, 
“em considerando uma produtividade se-
melhante à obtida na última, a renda a ser 
alcançada deve ficar nos padrões desta. Isso 
porque não se espera mudanças de pre-
ços, pois o câmbio e Chicago dão mostras 
de se estabilizarem nos atuais níveis”, ava-
liou em setembro de 2017. No entanto, ob-
bolsoMexeu no
servou, “devemos considerar que há muita 
soja estocada desta última safra e que po-
derá pressionar para baixo o mercado caso 
tenhamos uma nova colheita cheia no iní-
cio do próximo ano”. Quanto aos custos, 
em seu entender, é provável que baixem 
um pouco, “graças ao câmbio e, sobretu-
do, porque muitos produtores tenderão a 
fazer uma lavoura mais barata (gastando 
menos em insumos), o que poderá com-
prometer a produtividade potencial”.
Neste contexto, o professor lembra que 
“os ganhos obtidos no ciclo 2015/16, na co-
mercialização em 2016, teriam sido ponto 
fora da curva, elevados de forma anormal. 
Já em 2017, voltamos a patamares consi-
derados normais, fato que deve se repetir 
em 2018, salvo disparada cambial, por en-
quanto improvável”. Acrescenta que, “ape-
sar dos percalços econômicos da soja, as 
três outras principais culturas (milho, ar-
roz e trigo), tiveram comportamento ainda 
pior entre a fase 2015/16 e a etapa 2016/17, 
considerando a média”. Evidencia, contu-
do, que “a máxima de não se apostar em 
uma só cultura continua verdadeira”, com 
a existência de crédito oficial a juros baixos 
em relação aos de mercado praticados no 
Brasil. Assim, entende que o plantio da soja 
permanece viável nas áreas de arroz e não 
será surpresa se aumentar em detrimento 
do cereal no período 2017/18. n
Resultado econômico da oleaginosa ainda é maior do que o de outros grãos
Sí
lv
io
 Á
vi
la
3130
PROFITABILITy OF THE BRAZILIAN 2016/17 
SOyBEAN CROP DROPPED, wITH SMALLER 
PRICES FETCHED By THE kERNEL, AND THE NEw 
SEASON IS LIkELy TO kEEP SIMILAR PATTERNS
MORE AND LESS
Still regarding profitability evaluation, analyst Leonardo Amazonas, from the National 
Food Supply Agency (Conab), commented in his paper “Perspectives for Agriculture”, 
in September 2017, that “despite the slightly lower variable costs of the 2017 season, 
compared to 2016, prices fetched by the farmers in 2017 are equally slightly lower 
than in 2016, on average”, considering the influence from excessive offer. Therefore, 
he ascertained that “the average profitability of the variable cost is down 45.88%”. 
However, he maintained that soybean continues as the crop with the highest return and 
liquidity, which is enough reason for the farmers to expand their planted areas again. 
“Unfortunately, in the 2016/17 growing season there was a drop in profitability. Despite the bigger total volume, with the Country hit-ting a record high, the final average 
result derived by the farmers was smaller, 
because, while production costs rose from 
5% to 15%, depending on the region, pric-
es fetched by soybean decreased consid-
erably”. This is the evaluation by professor 
Argemiro Luís Brum, of the Northwest Re-
gional University of the State of Rio Grande 
do Sul (Unijuí) and chief analyst at the In-
ternational Center for Economic Analysis 
and Agronomic Market Studies (Ceema), 
linked to the institution.
The researcher and market analyst re-
fers to examples in Rio Grande do Sul, 
Paraná and Mato Grosso with reduction of 
26.46% and 32.47% on average prices from 
the crop in question and the previous one, 
taking as reference the month of June every 
year. He comments that, “the soaring aver-
age productivity was not enough to avoid 
the strong decrease in profitability from one 
year to the next”. In the case of Rio Grande 
do Sul, he cites calculations by the Agricul-
ture Federation of the State (Farsul) that the 
average profit margin in Rio Grande do Sul 
(gross income minus total cost) of soybean 
Less money in the pocket
Economic result of the oilseed outstrips other grains
ing less on inputs), a fact that could jeopar-
dize the productive potential”.
Within this context, the professor re-
calls that, “the gains derived in the 2015/16 
growing season, during the 2016 trading pe-
riod, were somewhat out of tune with real-
ity, stemming from artificially raised prices. 
In 2017, they came back to reasonable lev-
els, a fact that is likely to have a repeat in 
2018, except if the exchange rate skyrock-
ets, something unlikely for the time being”. 
He adds that, “despite soybean’s econom-
ic drawbacks, the other three major crops 
(corn, rice and wheat), experienced even a 
worse behavior in the 2015/16 and 2016/17 
crop years, if the average is taken into ac-
count”. Nonetheless, he makes it clear that 
the advice “to avoid specializing in only one 
crop” still holds”, with the existence of offi-
cial credit lines, at low interestrates, com-
pared to market interest rates practiced in 
Brazil. Therefore, he understands that soy-
bean continues a viable crop in rice lands 
and it will not come as a surprise if the crop 
increases to the detriment of the cereal in 
the 2017/18 growing season. n
dropped 23 % in 2017, compared to 2016. 
For the 2017/18 growing season, ac-
cording to Brum, “considering productiv-
ity rates similar to the past season, income 
to be achieved should remain within this 
season’s patterns. This happens because 
no price changes are expected, as the ex-
change rate and the Chicago Merchandise 
Exchange are signaling prices similar to the 
present levels”, he evaluated in September 
2017. Nonetheless, he observed, “we should 
take into consideration the fact that there is 
much soybean stored from the past season 
and this should press the market down-
ward should we have another abundant 
crop early next year”. As for the costs go, in 
his understanding, they might drop slight-
ly, “thanks to the exchange market and, 
above all, because many farmers will prob-
ably try to establish cheaper fields (spend-
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
32
Innovations for a better world.
Líder mundial em seleção óptica.
As selecionadoras Bühler utilizam 
as melhores tecnologias para 
remoção de sementes defeituosas 
e outros materiais. 
www.buhlergroup.com/sanmak
SANMAK B
Maximiza a germinação 
no campo e padroniza 
os lotes de sementes.
Anuncio pagina dupla 40 x 27 cm.indd 1 27/09/2017 14:43:03
PRODUçãO MUNDIAL E ESTOqUES DO GRãO 
DE OURO DERAM GRANDE SALTO NO CICLO 
2016/17, MAS PERSPECTIVA PARA A NOVA 
TEMPORADA É DE MAIOR EqUILíBRIO
O mundo da soja, cuja ofer-ta está concentrada em mais de 80% nos três principais produtores (os americanos Estados Unidos, Brasil e Ar-
gentina) e em 75% da demanda e 64% da 
importação no gigante asiático (China), re-
gistrou forte elevação produtiva no ciclo 
2016/17. Conforme estimativa do Departa-
mento de Agricultura dos Estados Unidos 
(USDA), a produção global do grão cresceu 
12,03% na comparação com a safra ante-
rior, tendo forte incremento nos dois maio-
res produtores, e os estoques encorparam 
23,44%, influindo nos preços. Para o novo 
período, a previsão do órgão norte-ameri-
cano em setembro de 2017 era de que a co-
lheita poderia diminuir um pouco e o volu-
me excedente não se alteraria muito.
O líder mundial na produção vem aumen-
tando a área de cultivo e a oferta da oleagino-
sa. Além de atingirem aumento de 9,68% na 
temporada 2016/17, com clima muito favo-
rável, os norte-americanos vinham surpre-
endendo nas projeções da etapa 2017/18 até 
setembro, com expectativas de novo cres-
douradoGlobo
cimento produtivo, para mais de 120 mi-
lhões de toneladas. Para o Brasil, a projeção 
do USDA era de redução de 114 para 107 mi-
lhões de toneladas, e para a Argentina tam-
bém pequena diminuição (de 57,8 para 57 
milhões de toneladas). Desta forma, a produ-
ção mundial cairia um pouco (0,85%).
Enquanto isso, pelas projeções do USDA 
para o ciclo 2017/18, a demanda da soja em 
nível global continuará aumentando, na or-
dem de 4,41%, o que impediria maior cres-
cimento dos estoques (passariam de 95,96 
para 97,53 milhões de toneladas, evolução 
de 1,64%). O maior consumidor mundial, 
a China, continua mantendo seu apetite 
pelo produto, com previsão de incremento 
nas importações em 3,3%, mesmo aumen-
tando em 8,5% a sua produção, ainda bai-
xa (3,7% do total). Com isso, são mantidas 
boas perspectivas de exportação dos maio-
res fornecedores, onde o Brasil lidera nas úl-
timas safras e, pelos números do USDA, de-
verá preservar a primeira posição na nova 
temporada, com os Estados Unidos bem 
próximos, em segundo lugar.
Nos derivados da soja, a liderança em 
produção de farelo é também dos Estados 
Unidos, enquanto a segunda colocação fica 
com a Argentina, que neste produto ultra-
passa o Brasil e inclusive na exportação é 
a líder mundial, vindo os brasileiros em se-
gundo. Já na industrialização do óleo, a 
China está em primeiro lugar, com os nor-
te-americanos em segundo, mas os argenti-
nos também são os maiores exportadores, 
com os brasileiros na sequência. Nos dois 
produtos, a previsão do USDA é de que, do 
mesmo modo como no grão, a produção 
mundial volte a aumentar na etapa 2017/18, 
atingindo no total 236,55 milhões de tone-
ladas (mais 4,51%) e no óleo, 56,13 milhões 
de toneladas (mais 4,01%). n
Brasil mantém segunda posição na produção e lidera a exportação de soja
Sí
lv
io
 Á
vi
la
3736
Fonte: USDA, setembro de 2017.
A SOjA NO MUNDO
SoybeAn In the worlD
DADOS DA SAFRA 2016/17
PAíSES - Milhões T
principais produtores do grão
Estados Unidos 117,21
Brasil 114,00
Argentina 57,80
China 12,90
Paraguai 10,67
total mundial 351,44
Maiores exportadores
Brasil 62,50
Estados Unidos 59,06
Paraguai 6,60
Argentina 6,50
principais importadores
China 92,00
União Europeia 13,50
México 4,20
Japão 3,20
GLOBAL PRODUCTION AND STOCkS OF THE GOLDEN 
kERNEL MADE A LEAP FORwARD IN THE 2016/17 GROwING 
SEASON, BUT PERSPECTIVES FOR THE NEw SEASON ARE 
POINTING TO A CROP wITHIN NORMAL LIMITS
Soybean supplies around the world are almost in their entirety, around 80%, concentrated in the three largest producing countries (the United States, Brazil and Ar-
gentina), and the Asian giant (China), respon-
sible for 75% of the demand and 64% of all 
imports, registered a big increase in produc-
tion in the 2016/17 growing season. Accord-
ing to an estimate by the US Department 
of Agriculture (USDA), the global produc-
tion volume of the kernel went up 12.03% 
compared to the previous year’s crop, with 
the biggest increase taking place in the two 
leading soybean-producing countries, with 
23.44% ending up in the ending stocks, af-
fecting prices. For the new period, the fore-
cast of the North-American organ, released in 
September 2017, suggested a small decrease 
in the size of the crop, with no relevant chang-
es in the surplus volume. 
The largest soybean producer in the world 
has been devoting more land to the crop, 
with subsequent bigger supplies. Besides 
managing to harvest a 9.68 percent bigger 
crop in the 2016/17 growing season, when 
weather conditions were a factor, until Sep-
tember 2017, the North-American farmers 
had been registering surprising projections 
for the 2017/18 crop year, with expectations 
for further crop size increases, to upwards 
of 120 million tons. For Brazil, USDA’s pro-
jections signaled a crop shrinking from 114 
million tons to 107 million tons, and for Ar-
gentina, a slight decrease from 57.8 to 57 mil-
lion tons. These projections signal a slight-
ly smaller global production (around 0.85%).
In the meantime, judging from the USDA 
projections for the 2017/18 crop year, glob-
al demand for soybean will continue soar-
ing, around 4.41%, which would prevent 
the stocks from further swelling (they would 
Golden globe
Brazil ranks as second largest producer and leader in exports
rise from 95.96 to 97.53 million tons, up only 
1.64%). The largest global consumer, China, is 
still showing great appetite for the crop, with 
possible 3.3 percent increases in imports, de-
spite that country’s 8.5 percent bigger crop, 
which is still low (3.7 percent of the total). This 
signals good export perspectives for the ma-
jor suppliers, where Brazil has held the world 
number one ranking over the past seasons 
and, judging by the numbers released by 
USDA, there will be no changes to this position 
throughout the new crop year, with the United 
States close behind, as number two.
With regard to soy derivatives, the United 
States the largest producer of soybean meal, 
followed by Argentina, which outstrips Brazil 
on that score, and is the number 1 exporter ofthis product, followed by Brazil. In terms of oil 
industrialization, China ranks first worldwide, 
followed by the United States, but Argentina is 
the leading exporter, followed by Brazil in the 
sequence. Regarding these two products, US-
DA’s forecast is that, just like what holds true 
for the kernel, global production will again 
soar in the 2017/18 growing season, amount-
ing to a total of 236.55 million tons (up 4.51%), 
and 56.13 million tons of oil (up 4.01%). n
Sí
lv
io
 Á
vi
la
38
A evolução da produção brasi-leira de soja ainda não enxer-ga ponto de chegada. Está em pleno andamento, baseada em demanda crescente do produ-
to e condições de expansão bem estabele-
cidas. Para os próximos 10 anos, o Ministé-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(Mapa) projeta contínuo crescimento do prin-
cipal produto agrícola do País, com amplia-
ção de 29,7% na produção, 23,4% no consu-
mo interno e mais 33,5% na exportação. Em 
sua avaliação, será a lavoura que mais deve 
expandir área na próxima década (27,5%), 
sem maior impacto ambiental e, conforme 
opinião de especialista, até positivo.
A expansão, segundo projeções do Mapa 
até o ciclo 2026/27, ocorrerá de modo es-
pecial sobre terras de pastagens naturais. 
Além disso, é prevista para regiões onde ain-
da há áreas disponíveis, enquanto em ou-
tras deverá acontecer substituição de cul-
turas. Será significativa em “áreas de grande 
potencial produtivo, como as de Cerrado na 
região do Matopiba (nos estados do Mara-
nhão, Tocantins, Piauí e Bahia), do Centro 
para o Norte e Nordeste”. Amélio Dall”Agnol, 
da Embrapa Soja, por sua vez, observa que 
“novas fronteiras agrícolas no Centro-Oeste, 
Extremo Sul e Matopiba deverão responder 
pelo acréscimo de produção e com impac-
tos ambientais positivos, via recuperação 
da capacidade produtiva dos solos em áre-
as de pastagens degradadas”.
garantidoFuturo
PROjEçõES PARA OS PRóxIMOS ANOS 
INDICAM MANUTENçãO DO CRESCIMENTO 
DA PRODUçãO E DA DEMANDA DO PRODUTO, 
TENDO O BRASIL COMO PROTAGONISTA
O pesquisador comenta que o aumen-
to da demanda de soja está vinculado ao 
maior consumo de carne, com incremen-
to da renda das pessoas, em particular nos 
países em desenvolvimento, onde há maior 
contingente e crescimento de população. 
Cita que a produção mundial da proteí-
na animal tem crescido de forma contínua 
e assim deve continuar, tanto que há pers-
pectivas de organismos mundiais no senti-
do de que precisará quase dobrar até 2050. 
Para tanto, conclui, o Brasil está preparado.
Em relação ao farelo e ao óleo de soja, 
o Mapa mostra “moderado dinamismo da 
produção nos próximos anos”, com au-
mentos respectivos de 19,8% e 24%, um 
pouco maiores, no entanto, do que os ve-
rificados na última década. Quanto ao seu 
destino, ao contrário dos grãos, será mais 
interno, onde se prevê acréscimo de 32,2% 
no farelo, para fabricação de rações ani-
mais, e de 28,6% no óleo, com impulso em 
especial da produção de biodiesel para uso 
nos veículos nacionais. n
Como Amélio já afirmou em outras 
oportunidades no Anuário Brasileiro da 
Soja, e reiterou em opinião publicada em 
julho de 2017, “sem derrubar mais uma só 
árvore de sua imensa floresta amazônica, 
a área cultivada com soja no Brasil pode-
rá crescer muito ainda”. Ao registrar que o 
País domina tecnologias para produzir soja 
com eficiência em regiões tropicais, onde 
o restante do planeta ainda é ineficiente, e 
tem mais condições para expandir do que 
os competidores diretos (Estados Unidos e 
Argentina), salienta que o Brasil pode ser o 
grande beneficiário do crescimento proje-
tado na demanda mundial de soja, voca-
cionado a se tornar o principal fornecedor 
desse consumo adicional.
Cultivo no País deverá crescer em especial sobre as terras de pastagens
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
4140
PROjECTIONS FOR THE NExT yEARS POINT TO THE 
UPTREND IN PRODUCTION AND DEMAND FOR THE 
CEREAL, wHERE BRAZIL COMES IN AS PROTAGONIST
The evolution of the Brazilian soybean crop has not yet spot-ted an arrival point. It is in full swing, based on rising demand for the cereal and well estab-
lished expansion conditions. For the next 
10 years, the Ministry of Agriculture, Live-
stock and Food Supply (Mapa) projects an 
uninterrupted growth of the Country’s lead-
ing grain crop, with an expansion of 29.7% 
in production, 23.4% in domestic consump-
tion, and 33.5% in exports. In the evaluation 
of the ministry, it will be the crop that is like-
ly to expand the most over the coming de-
cade (27.5%), without any extra environ-
mental impact and, according to specialists, 
it will have an even positive impact.
This expansion, according to projections 
by Mapa officials until the 2026/27 crop 
year, will particularly occur in native pas-
turelands. Furthermore, it is anticipated for 
regions where there is still land available, 
while in other regions, crop replacements 
are the natural course. It will be significant 
in “areas of great productive potential, like 
the Matopiba cerrado regions (in the States 
of Maranhão, Tocantins, Piauí and Bahia), 
from the central region towards the North 
and Northeast”. Amélio Dall”Agnol, from 
Embrapa Soybean, in turn, observes that, 
“new agricultural frontiers in the Center-
West, Far South and Matopiba should ac-
count for the higher production volumes 
and with positive environmental impacts, 
through the recovery of the productive ca-
pacity of degraded soils in pasturelands”.
As Amélio has already commented in 
previous opportunities in the Brazilian Soy-
bean Yearbook, and reiterated in an opin-
ion published in July 2017, “without knock-
ing down any other tree in the vast Amazon 
jungle, the area devoted to soybean in Bra-
zil could further increase”. Upon registering 
that Brazil masters technologies to produce 
soybean with efficiency in tropical regions, 
where the rest of the planet is still ineffi-
cient, and boasting more conditions to ex-
pand than its direct competitors (the United 
Guaranteed future
Crop in Brazil should grow particularly over pastureland
States and Argentina), he stresses that Bra-
zil could be the relevant beneficiary of the 
growth projected for global demand, with 
the chances to become the biggest supplier 
of this additional consumption item.
The researcher comments that rising de-
mand for soybean is linked to soaring con-
sumption of meat, rising purchasing power 
of the people, in particular in the developing 
countries, where populations are large and 
grow fast. He cites that global production 
of animal protein has been growing con-
tinuously and should continue as such, so 
much that there are perspectives from glob-
al organisms that suggest that production 
should double by 2050. To this end, he con-
cludes, Brazil is prepared. 
With regard to soybean meal, Mapa 
sources refer to “moderate dynamism in 
production over the next years”, with re-
spective increases of 19.8% and 24%, some-
what higher, however, compared to the past 
decade. As for its destination, contrary to 
the kernels, will be the domestic market, 
where a production increase of 32.2% is an-
ticipated for soybean meal for the manufac-
ture of livestock feed, and 28.6% in oil, espe-
cially focused on the production of biodiesel 
for the national car fleet. n
Sí
lv
io
 Á
vi
la
42
Mercadomarket
Líder mundial nas exportações de soja em grão, o Brasil alcança re-corde atrás de recorde nas vendas externas e só não o faz quando há quebra de safra, como aconteceu 
em 2016. Ao fazer a observação, Sérgio Cas-
tanho Teixeira Mendes, diretor geral da Asso-
ciação Nacional dos Exportadores de Cereais 
(Anec), acentua que “isto se deve à eficiên-
cia dos exportadores brasileiros, que sabem 
detectar e atenderbem os mercados, assim 
como à concretização do objetivo de maior 
exportação pelo Norte, o que contribui para 
haver mais fluência nas operações”.
Os números das negociações externas 
do País com o grão em 2017, até agosto, 
quando a maior parte estava vendida, já 
garantiam volume superior ao de 2015, 
que havia sido até então o ano com a 
maior quantidade já exportada. Enquan-
to neste exercício os embarques totais so-
maram 54 milhões de toneladas, naque-
le mês já se cogitava para o corrente ano 
um total na faixa de 64 milhões de tone-
ladas. E poderiam até aumentar mais, es-
peculava Leonardo Amazonas, analista da 
Companhia Nacional de Abastecimento 
(Conab), caso as exportações norte-ame-
ricanas “travassem” entre setembro e de-
zembro, “como em 2015, quando, assim 
como agora, os preços internacionais es-
tavam em baixa e abriram oportunidade 
para maior exportação brasileira”.
Em relação à receita das exportações 
de soja no ano, o Centro de Estudos Avan-
çados em Economia Aplicada (Cepea), da 
Universidade de São Paulo (USP), analisou 
a dimensão do recuo. “Com a valorização 
do real no primeiro semestre de 2017 fren-
te ao mesmo período de 2016, houve redu-
ção dos ganhos em dólares e o preço in-
ternalizado em reais apresentou variação 
negativa de 13,7% na soja em grão”, frisa 
o organismo. De qualquer forma, mesmo 
com dois fatores contrários, preço baixo e 
limitesSem
COM A GRANDE SAFRA DE 2017, VENDAS 
ExTERNAS DO BRASIL, MAIOR ExPORTADOR 
MUNDIAL, ATINGEM OS MAIS ALTOS VOLUMES, 
E CRESCEM OS EMBARqUES PELO NORTE
que vêm respondendo de forma positiva, 
conforme avaliação da Anec sobre o pri-
meiro semestre de 2017. Destacava a am-
pliação do embarque no porto de Santos 
e, de forma especial, o crescimento acima 
da média nos portos localizados no Norte 
do País, “o que contribui fortemente para 
que as metas de exportação para 2017 se-
jam atingidas”. As unidades de Barcarena, 
no Pará, e de Itaqui, em São Luís, no Ma-
ranhão, apresentam índices mais signifi-
cativos, embora também Aratu/Cotegipe, 
em Salvador, na Bahia, tenha apresenta-
do grande reação, com a recuperação da 
produção no Estado. n
dólar não tão favorável, “o que é difícil de 
acontecer de forma simultânea”, o País ain-
da consegue resultado recorde em volume 
na exportação, “graças à sua eficiência”, 
complementa ainda o dirigente da Anec.
A grande movimentação de grãos, aci-
ma das médias dos últimos anos, coloca 
à prova a eficácia dos portos brasileiros, 
Exportações brasileiras de soja em grão devem atingir 64 milhões de toneladas
RUMO AO ORIENTE
A exportação brasileira de soja é feita para cerca de quatro dezenas de países, mas 
ocorre grande concentração na China (75% em 2016). Para esse gigante asiático e 
para outros países daquela região deverá continuar a se direcionar a maior parte da 
venda externa do grão nos próximos anos, pelo grande potencial de crescimento que 
apresentam e pelo amplo mercado para produtos primários, observa Sérgio Mendes, 
da Anec. As projeções de evolução da demanda e da produção da oleaginosa nos 
próximos anos ainda são mencionadas por Thomé Freire Guth, analista de mercado 
da Conab, além do fato de se ter a China como o grande mercado a ser disputado 
pelos principais exportadores, Brasil e Estados Unidos. Por isso, em relação às 
condições do País e sua liderança, chama atenção para “a importância de mais 
investimentos em logística de escoamento da produção”.
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
4544
Fonte: Agrostat/Mapa.
Fonte: Secex/MDIC – Conab.
O DESTINO DO GRãO BRASILEIRO
DeStInAtIon oF the brAzIlIAn grAIn
PRINCIPAIS IMPORTADORES DA SOjA DO BRASIL/2016
pAíSeS US$ kg
China 14.386.114.444 38.563.909.133
Espanha 598.682.306 1.621.691.010
Tailândia 586.060.204 1.533.065.969
Países Baixos 571.489.078 1.490.261.461
Irã 467.882.534 1.182.705.698
Rússia 411.426.751 1.017.379.350
Taiwan 330.352.425 893.536.926
Alemanha 272.150.518 758.245.652
Coreia do Sul 197.937.315 524.339.987
Itália 185.516.934 494.206.981
Paquistão 183.149.078 476.427.629
Japão 171.740.441 454.398.990
total das exportações brasileiras de soja em grão
2016 19.327.390.501 51.577.465.440
2015 20.981.829.291 54.322.601.462
exportações do grão no primeiro semestre (em t)
2015 32.248.160
2016 38.567.816
2017 43.989.389
wITH THE BUMPER CROP IN 2017, FOREIGN SALES 
By BRAZIL, LEADING GLOBAL ExPORTER, REACH 
THE HIGHEST VOLUMES, wHILE SHIPMENTS 
THROUGH THE NORTH ARE ON THE RISE
HEADING FOR THE EAST
Brazilian soy is exported to around 40 countries, but great concentration occurs in 
China (75% in 2016). To this Asian giant, and to other countries in this region, the 
trend is for these countries to continue absorbing the biggest amount over the next 
years, due to their great growth potential and vast market for primary products, 
observes Sérgio Mendes, from Anec. The projections for soaring demand and bigger 
soybean crops over the coming years are also mentioned by Thomé Freire Guth, 
market analyst with Conab, besides the fact that there is China representing a huge 
market pursued by two major exporters, Brazil and the United States. That is why, 
with regard to the Country’s conditions and leadership, what deserves attention is the 
fact that “more investments in crop transportation logistics are deemed necessary”.
Global leader in soybean ex-ports, Brazil Frequently hits records highs in foreign sales, a performance that is affect-ed only in case of a crop fail-
ure, like in 2016. Upon disclosing this 
observation, Sérgio Castanho, gener-
al director of the National Association 
of Cereal Exporters (Anec), stresses that 
“this situation stems from the efficien-
cy of the Brazilian exporters, who know 
all too well how to detect and serve the 
market satisfactorily, as well as the mate-
rialization of the objective of increased ex-
ports through the North, which contribute 
towards the fluency of the operations”.
The numbers of the foreign soybean 
negotiations of the Country in 2017, up 
until August, when the bulk of the crop 
had been negotiated, had already out-
stripped the volume of 2015, which, up 
to that time, had been the year with the 
highest amount ever shipped abroad. 
While during that crop year total ship-
ments amounted to 54 million tons, while 
that month’s estimates for the current 
year were pointing to around 64 million 
tons. And could even exceed this amount, 
speculated Leonardo Amazonas, ana-
lyst at the National Food Supply Agency 
(Conab), should North-American exports 
“decline sharply” from September to De-
cember, “like in 2015, when, just like now, 
international prices were low and paved 
the way for Brazilian exports”.
With regard to the revenue from soy-
bean exports during the current year, the 
Center for Applied Studies on Advanced 
Without limits
Brazilian soybean exports are estimated 
to amount to 64 million tons
emphasizes. Anyway, despite these two 
opposing factors, low price and not-so-
favorable dollar, “a fact that rarely takes 
place simultaneously”, the Country still 
manages to hit record highs in volume 
exported, “thanks to its efficiency” the 
Anec official complements.
The big amount of kernel shipments, 
higher than the average of the past years, 
puts to test the efficiency of the Brazilian 
ports, which have been performing well, 
according to an evaluation of the first half 
in 2017 by Anec officials. They highlighted 
the expansion of the port of Santos and, 
particularly, an above average growth of 
the ports located in the North of the Coun-
try, which has greatly contributed towards 
achieving the 2017 export targets”. The 
units of Barcarena, in Pará, and Itaqui, in 
São Luís, State of Maranhão, display more 
significant rates, but Aratu/Cotegipe, in 
Salvador, State of Bahia, has shown rel-
evant reaction,with the recovery of pro-
duction across the State. n
Economics (Cepea), of the University of 
São Paulo, analyzed the dimension of the 
setback. “With the rising value of the Bra-
zilian currency in the first half of 2017, 
compared to the same period in 2016, 
there was a reduction in dollar terms and 
domestic soybean prices in Real suffered 
a negative variation of 13.7%”, the organ 
46
PONTOS DE SAíDA DA SOjA
ShIpMent portS
AS PLATAFORMAS BRASILEIRAS DE ESCOAMENTO DO GRãO - (Em mil quilos)
portoS 2017 (Jan/Ag) 2016 (Jan/Ag) Var. (%)
Santos (SP) 16.361.463 14.394.611 13,66
Rio Grande (RS) 8.870.496 8.180.306 8,44
Paranaguá (PR) 8.774.960 7.411.859 18,39
Itaqui/São Luís (MA) 5.389.616 3.600.783 49,68
São Francisco do Sul (SC) 4.226.317 3.635.752 16,24
Barcarena (PA) 4.153.895 2.245.546 84,98
Vitória (ES) 2.885.422 2.672.125 7,98
Aratu/Cotegipe (BA) 2.169.808 1.058.943 104,90
Itacoatiara (AM) 1.954.762 1.814.317 7,74
Imbituba (SC) 823.976 917.729 -10,22
Ilhéus (BA) 92.699 61.820 49,95
Barra dos Coqueiros (SE) --- 20.581 ---
total 57.610.461 47.608.768 21,01
Fonte: Anec.
#AoSeuLadoSempre
• Calibração e regulagens simples
• Faixa de aplicação ampla e uniforme
• Permite trabalhar no rastro do pulverizador
• Possibilidade de aplicar produtos em pó
• Menor desperdício de fertilizantes devido
 ao controle de aplicação na bordadura
FORÇA E PRECISÃO
QUE FAZEM CRESCER.
Sabemos que o trabalho no campo não é fácil. Por isso
nosso compromisso é estar sempre ao lado do agricultor.
Desse compromisso nasce mais uma inovação no
campo desenvolvida pela Jacto.
UNIPORT 5030 NPK
2d
es
ig
n
Jacto_an_AnuarioSoja_EdGazeta_lay.indd 1 04/10/17 10:51
INDúSTRIA PROjETA PROCESSAR 41,5 
MILHõES DE TONELADAS DE SOjA EM 2017, 
VOLUME 5% SUPERIOR àS 39,531 MILHõES 
DE TONELADAS DO ANO ANTERIOR 
A indústria prepara-se para pro-cessar volumes cada vez maio-res de soja, apesar de con-tinuarem prevalecendo os embarques do grão. A previ-
são é esmagar 41,5 milhões de toneladas em 
2017 e 43 milhões de toneladas em 2018. As 
projeções positivas foram divulgadas pela 
Associação Brasileira das Indústrias de Óleos 
Vegetais (Abiove), em setembro de 2017. Os 
aumentos seriam garantidos pela maior ofer-
ta de soja em 2017 e pela expectativa de an-
tecipação da mistura de 10% (B10) de biodie-
sel ao óleo diesel para março de 2018. Mas o 
governo federal ainda não havia autorizado a 
elevação da mistura atual de biodiesel de 8% 
(B8) para 10% em março do próximo ano.
Se o processamento de soja totalizar as 
41,5 milhões de toneladas estimadas para 
2017, isso representará 5% a mais do que as 
39,531 milhões de toneladas esmagadas no 
ano anterior. Nos últimos anos, o maior esma-
gamento foi de 40,556 milhões de toneladas 
em 2015. A Abiove ressalta que o setor indus-
trial vem sendo afetado pela recessão desde 
o segundo trimestre de 2014. Além de operar 
com margens estreitas, a indústria de óleos ve-
getais sentiu os efeitos da queda da atividade 
econômica em 2016. O consumo interno de fa-
relo, por exemplo, diminuiu 1,1%, em razão da 
menor produção de carne de frango. Porém, o 
volume de óleo destinado para alimentação 
e para a produção de biodiesel cresceu 0,9%.
Apesar da expectativa positiva para os 
próximos anos, de janeiro a julho de 2017 a 
indústria havia processado 19,041 milhões 
de toneladas de soja, com redução de 3,305 
milhões de toneladas em relação ao mes-
mo período do ano anterior. Cada tonelada 
de soja processada resulta em 80% de farelo 
e 20% de óleo bruto. Portanto, se o volume 
esmagado cresce, também aumenta a pro-
dução destes dois sub-produtos. A entidade 
previa que a produção de farelo poderia che-
gar a 31,5 milhões de toneladas e a de óleo a 
8,2 milhões de toneladas em 2017, com altas 
de 4,2% e de 4%, respectivamente.
O Brasil, como maior exportador de soja 
em grão do mundo, vai continuar direcio-
nando mais matéria-prima para o mercado 
externo do que para a indústria processado-
ra. O embarque de soja em grão deve crescer 
24,1% em 2017, contra alta de 5% no volume 
processado. Com isso, apesar do ingresso de 
receita proporcionado pelo envio do grão, 
o País deixa de contabilizar o valor que a in-
dustrialização agregaria à economia brasilei-
ra como um todo. De acordo com a Abiove, 
as exportações do complexo soja (grão, fare-
lo e óleo) poderão resultar em US$ 29,823 bi-
lhões em 2017. Nos anos anteriores, os valo-
res foram de US$ 25,422 bilhões em 2016 e de 
US$ 27,959 bilhões em 2015. O faturamento 
maior reflete o aumento em volume, pois os 
preços continuaram em queda no mercado 
internacional desde 2015.
Segundo a Abiove, as empresas proces-
sadoras do complexo soja enfrentam falta 
de rentabilidade e perda de competitivida-
de internacional, por causa do acúmulo de 
créditos tributários, ainda sem perspectiva 
de realização no curto prazo. Desde 2013, 
a indústria de óleos vegetais não teve ven-
das tributadas de farelo e óleo de soja para 
repassar seus créditos do Programa de In-
tegracão Social (PIS) e para a Contribuição 
para Financiamento da Seguridade Social 
(Cofins), com exceção do biodiesel. “A indús-
tria tem importância estratégica no Produto 
Interno Bruto (PIB), na balança comercial, na 
geração de empregos e no desenvolvimento 
regional”, destaca a associação. n
beneficiamTodos se
Aumento na produção e na demanda de biodiesel aquece o esmagamento
Sí
lv
io
 Á
vi
la
48
Orkestra® SC 
Ativum® 
Versatilis®
CADA DESAFIO
NA CULTURA
DA SOJA É ÚNICO.
A MELHOR SOLUÇÃO
PARA O SEU
NEGÓCIO, TAMBÉM.
A BASF desenvolve tecnologias de alta performance 
para o controle da ferrugem e importantes doenças. 
É assim, com soluções completas e customizadas 
para cada lavoura, que ajudamos o produtor a 
preservar o seu legado e potencializar seus resultados.
Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos 
de produtos. Incluir outros métodos de controle dentro do programa do Manejo Integrado 
de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Uso exclusivamente agrícola. Registro 
Versatilis® nº 01188593, Ativum® nº 11216 e Orkestra® SC nº 08813.
Conheça as soluções BASF 
para o manejo completo da soja.
www.soja.basf.com.br
BAS-0023-17BM-Anu Oferta Soja-Anuario-20x27cm-AF.pdf 1 04/10/17 14:39
INDUSTRy PROjECTS SOyBEAN PROCESSING 
VOLUMES AT 41.5 MILLION TONS IN 2017, 
UP 5% IN VOLUME FROM THE 39.531 MILLION 
TONS IN THE PREVIOUS yEAR 
The industry is preparing to pro-cess ever larger soybean vol-umes, although kernel ship-ments still prevail. The forecast is for crushing 41.5 million tons 
in 2017, and 43 million tons in 2018. The 
positive projections were disclosed by the 
Brazilian Vegetable Oil Industries Associ-
ation (Abiove), in September 2017. These 
increases are supposed to rely on bigger 
soybean supply in 2017 and by the expec-
tation of an anticipation of the 10% blend-
ing (B10) of biodiesel with diesel for March 
2018. But the federal government had not 
yet authorized the mixture of present 8% 
(B8) to 10% as of March 2018.
If soybean processing volumes reach 
the 41.5 million tons estimated for 2017, 
it will represent an extra 5% to the 39.531 
million tons crushed in the previous year. 
Over the past years, the largest volume that 
was crushed amounted to 40.556 million 
tons in 2015. Abiove officials stress that the 
industrial sector has been adversely affect-
ed by the recession since the second half of 
2014. Besides operating with very narrow 
margins, the vegetable oil industry was 
also hit by the effects from the declining 
economic activity in 2016. Domestic soy 
meal consumption, for example, dropped 
1.1%, by virtue of the smaller production of 
chicken meat. However, the volume of oil 
estimated for consumption and for the pro-

Continue navegando

Outros materiais