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APS, grupo 15, fun da economia

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Centro universitário IBMR
 (
Fundamento da Economia
Atividade avaliativa (APS)
)
Rio de Janeiro
2020
 (
Gilson Quirino Bandeira Júnior 2019103711
Victor Rosa De Carvalho 2020105520
Isabelle Melo 2013100643
Fabiane 
Christinne
 Barbosa Veiga/2020204397
Rafaela Cysne 2019206607
Rodrigo Augusto Santos Alu2020202600
Leonardo Rodrigues 2019106431
Nick Nunes 2020107071
Iohana
 Da Silva 
S
alom
ã
o 2020200698
)
Grupo 15
Trabalho da faculdade da disciplina de fundamentos da economia, da universidade IBMR do Rio de Janeiro, como requisito avaliativo, APS.
orientador: Prof. Walace
 Rio de janeiro
 2020
 Foram registrados excessos extraordinários na oferta e na demanda de alguns alimentos em específicos, no caso do arroz e do feijão, nos parágrafos seguintes iremos explicar os fatores que acarretaram tal desequilíbrio de mercado, constando também gráficos para a melhor compreensão das mudanças ocorridas no mercado, apontando o equilíbrio e o posterior desequilíbrio do mesmo. 
 Começamos com O preço do arroz foi um dos grandes vilões para o bolso do brasileiro no ano de 2020.
 O isolamento social fez com que a demanda pelo arroz aumentasse, já que é um alimento que comemos em casa. Maior demanda, maior o preço. Aumento da demanda não só dentro do Brasil, como também fora.
 A alta do preço dólar contribui para fomentar a exportação, que também provoca aumento dos preços.Com demanda aquecida do mercado externo, a alta do dólar e de todas as moedas fortes durante o momento de insegurança em todo o mundo fez com que a exportação se tornasse uma opção mais vantajosa para os produtores.
 Entre março e agosto deste ano, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de arroz, segundo pesquisa da Cogo, consultoria especializada em agronegócio. Neste mesmo período do ano passado foi de 669 mil - um aumento de quase 100%.
 Por fim,” o terceiro motivo foram problemas climáticos que afetaram regiões da Ásia, que são grandes consumidores do arroz e reduziram a produção", contextualiza Caio Coimbra, analista de agronegócios da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).
 Uma das medidas do governo foi retirar o imposto de importação do arroz. "Com essa medida, que foi tomada em setembro e é válida até o último dia deste ano, cria-se uma competitividade entre a produção local e os importados e, assim, equilibre os preços", comenta Caio Coimbra. Até o momento, a ação não teve eficácia prática.
 Outra medida para melhoria é aumentar a produção interna, é uma maneira de reagir diante de qualquer produto que tiver aumento da demanda. Conseguindo aumentar a quantidade produzida de maneira suficiente, ajustaremos os preços, esclarece o analista de agronegócios.
 Em julho de 2020, a produção de arroz no Brasil aumentou 7,3% quando comparado ao mesmo mês em 2019, de 10,1 para 11 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE.
 Vale salientar que o período de entressafras não influenciou diretamente no encarecimento do arroz neste ano.As políticas econômicas do governo também contribuíram, ainda que indiretamente, para conter a alta nos preços do arroz.Outro fator importante para diminuir o preço do arroz seria barrar a alta do dólar.
 Um pacote de cinco quilos, eventualmente vendido nos mercados a cerca de R$ 15, agora podendo chega a custar R$ 40. Um Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz chega a 100% em um período de 12 meses e não há alívio no bolso do brasileiro no horizonte. Produtores e especialistas dizem que os preços devem continuar subindo nos próximos meses. 
 A média de preços para a saca de 50 quilos do grão em casca no Rio Grande do Sul saiu de R$ 49,60 no mês de janeiro para R$ 104,39 em setembro, acréscimo de 110,4%, de acordo com dados do Cepea, da Esalq/USP. Na quarta-feira (14/10), o indicador da instituição chegou a R$ 106,04, acumulando uma alta no mês de 1,68%.
 As exportações de arroz beneficiado saltaram 260% entre março e julho de 2020, para 300 mil toneladas, também houve redução de 59% nas importações no período para 48,3 mil toneladas. 
 O resultado da balança comercial levou a uma menor oferta do arroz no mercado brasileiro, isso faz com que muitos produtores prefiram exportar, ganhando em dólar, a vender arroz no mercado interno desde que o arroz brasileiro também passou a entrar em novos mercados, assim como o mexicano, que vinha sendo prospectado há dois anos pelo setor
 Outrossim é a queda da produção do arroz onde duzentas e dezessete mil propriedades rurais deixaram de produzir arroz entre 2006 e 2017, segundo o Censo Agropecuário. Isso representa queda de 54% nos estabelecimentos que trabalhavam com o cereal.
 A baixa da produção é um dos fatores que explicação a migração dos rizicultores para outras culturas. Segundo Bruno Lucchi, superintende técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, dados do Projeto Campo Futuro mostram que o produtor de arroz teve prejuízos entre R$ 900 e R$ 2.500 da safra 2014/2015 até a temporada 2018/2019.
 Com produtores saindo da atividade, a área plantada no Brasil caiu. Do início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006 até agora, o recuo foi de 44%. A produção também diminuiu, chegando a 11 milhões de toneladas, o terceiro menor volume já registrado desde o inicio da pesquisa.
 O recuo da oferta e a firmeza das demandas interna e externa fizeram o preço do arroz disparar em 2020. No mercado doméstico, o auxílio emergencial dado pelo governo injetou renda nas famílias, o que aumentou a procura por alimentos. Já no mercado externo, a alta do dólar deixou o produto brasileiro mais competitivo, e as exportações cresceram.
 A soma desses fatores fez o preço do arroz sair de R$ 48 por saca e atingir o inédito patamar de mais de R$ 100 por saca. 
 “O preço dos alimentos foi um dos destaques da alta da inflação oficial em agosto. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,24% --
Maior alta para o mês de agosto desde 2016 , Mas um produto essencial da mesa do brasileiro, chamou atenção pela forte alta de 19,2% nos preços no acumulado de 2020: o arroz”.
 Atento ao movimento de alta nas cotações nos últimos meses, o governo brasileiro anunciou em setembro a suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC) de 400 mil toneladas para fora dos países do Mercosul.
 Estimativas de mercado, no entanto, apontam não apenas para aumento da área plantada superior ao previsto pela Conab, como também para produção maior. A Cogo Inteligência em Agronegócio avalia que a semeadura crescerá 6%, para 1,77 milhão de hectares, enquanto a expansão da produção é projetada em 5,7%, para 11,8 milhões de toneladas - o que, ainda assim, mantém a oferta apertada.
 “Taxa de câmbio elevada não significa que ela vai subir, mas se manter em alto patamar. Não precisa ser igual a 2020 para ser bom, mas ser elevado o suficiente para garantir um saldo robusto da balança comercial do arroz. Algo entre R$ 4,80 a R$ 5,20”, concluiu o economista da Farsul. Nesta quarta-feira (14/10), o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,59.
 Um fator que pode contribuir para a redução de preços do grão no mercado interno brasileiro é a maior disponibilidade no mundo. Na última semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) revisou para baixo o fornecimento mundial de arroz em relação ao divulgado em setembro. Mesmo assim, o número representa um crescimento de 9,2 milhões de toneladas, o que pode contribuir positivamente para a necessidade de compra do Brasil no mercado externo.
 "A perspectiva global em 2020/2021 é de uma oferta mais baixa, consumo maior, comércio inferior e estoques reduzidos. O fornecimento dearroz foi reduzido em 4,02 milhões de toneladas (na comparação com a estimada em setembro), para 1,01 bilhão de toneladas, primariamente puxado pela redução nos estoques iniciais da Índia, enquanto, combinados, o consumo e as exportações cresceram 7,46 milhões de toneladas", diz o relatório.
 Para o Brasil, o órgão americano avaliou que a produção deve ser de 11,16 milhões de toneladas na safra 2020/2021, volume ligeiramente menor que as 11,34 milhões de toneladas do último período. A China é o principal produtor de arroz do mundo, mas quase tudo é destinado ao abastecimento de sua própria população.
 Segundo maior produtor mundial, a Índia deve colher 179,1 milhões de toneladas do grão nesta safra, quantidade pouco maior do que as 176,7 milhões registradas em 2019/2020. Por sua vez, as exportações indianas devem ficar em 17,9 milhões de toneladas, volume próximo do ano anterior.
 Já a Tailândia deve produzir 27,7 milhões de toneladas, com exportações estimadas em 10,4 milhões. Para o Vietnã, o Departamento de Agricultura dos EUA estimou produção de 40,2 milhões de toneladas, e embarques externos em 9,40 milhões - números também próximos aos registrados na safra 2019/2020.
 Os preços em 2021 devem ser divergentes dos observados este ano. “O mercado, tende a equiparar oferta e demanda em níveis superiores e que talvez mantenham a rentabilidade para todos os setores da população.
 Agora outro produto também muito afetado por diversos fatores este o feijão.
 Maior produção na safra 2019/2020 não garante oferta e, com estoques apertados, Conab vê sustentação nas cotações
 Em seu 11º levantamento de safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima que a terceira safra nacional de feijão, em fase de colheita, atingirá 825,7 mil toneladas, volume 13,4% superior ao registrado em igual período do ano passado. O resultado reflete um aumento da produtividade da ordem de 13,7%, mas não será o suficiente para reduzir os preços da leguminosa, até 50% mais altos neste ano.
 Segundo o relatório divulgado pela instituição, praticamente todo o feijão colhido nas duas primeiras safras foi vendido pelos produtores. No início deste ano, o mercado viu um aumento atípico da demanda devido às medidas de isolamento social e prevenção à Covid-19, gerando alta expressiva nos preços da leguminosa.
 “Diante da implantação do vazio sanitário, que limita o plantio em Goiás e Minas Gerais, e da intensificação da colheita da safra irrigada e da produção da região nordeste da Bahia, espera-se um aumento e concentração de oferta para meados de agosto e setembro”, avalia a Conab ao analisar a situação do abastecimento nacional de feijão-cores, que inclui o carioca, mais consumido pelos brasileiros.
 O feijão carioca registra uma alta do preço médio ao produtor de 27,1% entre janeiro e maio de 2020 e de 109,2% nos últimos 12 meses. Os preços, FOB produtor, de notas 8,5 a 9,5, oscilam em um intervalo entre R$300 a R$ 350 por saca de 60 kg neste fim de maio.
Ibrafe contesta
 Considerando a produção total de feijão, a previsão da instituição é de que a safra 2019/2020 se encerre com estoques de 311,5 mil toneladas, aumento de quase 30% ante o registrado no ano passado. O número é contestado pelo presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders. Segundo ele, os dados da Conab superestimam a área na Bahia ao estimar 200 mil hectares plantados nesta terceira safra. 
 “A gente não encontra esses 200 mil hectares na Bahia de forma alguma. Além de não existir essa área, ainda tem a questão da produtividade, que sempre é baixa e esse ano será ainda mais por conta do excesso de chuvas e da ausência de tecnologia para o plantio dessas lavouras”, ressalta Lüders. A previsão da Conab é de que a Bahia registre crescimento de 54% na produtividade nesta terceira-safra, com 825 quilos por hectare.
 Mesmo que se confirmem as previsões, o analista da Safras& Mercado, Jonathan Pinheiro, ressalta que a terceira safra representa cerca de 23% da produção total da leguminosa em 2019/2020, avaliada em 3,2 milhões de toneladas. “A partir de agosto, o ingresso de safra é reduzido e, até o mês de dezembro e início da nova temporada, o mercado já tem espaço para recuperações. Acredito que os preços não devem se aproximar tanto dos R$ 200 por saca e podem continuar subindo se a demanda seguir firme”, observa Pinheiro.
 O analista lembra que, apesar de ter registrado que nos últimos meses, os preços de referência para o feijão carioca ainda encontram-se 39% acima do registrado no ano passado, com dúvidas sobre o resultado da produção no nordeste, responsável por um quarto do esperado para a terceira safra. “Pode ser que o impacto de perdas na reta final também não cause tanto efeito nos preços, mas é um fator de atenção”, ressalta.
 Segundo Lüders, em algumas regiões do nordeste as lavouras foram simplesmente abandonadas, gerando um feijão de baixa qualidade. “Claro que não é algo que comprometa a qualidade desse produto, que vai acabar sendo consumido de alguma forma, mas não é um volume que a gente entenda que vá fazer trazer grandes contribuições para o abastecimento este ano”, avalia o presidente do Ibrafe.
Referência Bibliográfica:
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/10/26/internas_economia,1198252/entenda-a-alta-do-preco-do-arroz-motivo-de-irritacao-para-bolsonaro.shtml
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/08/preco-do-arroz-dispara.htm
https://www.canalrural.com.br/programas/informacao/mercado-e-cia/produtor-arroz-precos-em-alta/
https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/feijao/feijao-tendencia-e-de-precos-em-alta-diz-consultoria/
https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Feijao/noticia/2020/08/preco-do-feijao-deve-se-manter-em-alta-nos-proximos-meses.html
Preço da saca de Arroz
43831	43862	43891	43922	43952	43983	44013	44044	44075	44105	44136	49.6	50.52	49.81	54.74	60.72	61.92	64.67	78.94	104.39	105.38	104.4	
Preço Saca de Feijão
43831	43862	43891	43922	43952	43983	44013	44044	44075	44105	44136	122.89	126.28	161.05000000000001	203.71	237.7	196.63	215.25	229.87	245.89	253.98	250.73

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