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ESCOLA WILTON DE MEIRA PACHECO 
 
 NOÇÕES DE FARMACOLOGIA 
 Material Elaborado por Professores da ESEMP. Baseado em pesquisas bibliográficas. Atualizado 
em 2017. 
 
 
Todos os direitos 
Reservados. 
Esta apostila é para 
o uso dos alunos 
do curso Técnico 
em Enfermagem da 
Escola Wilton de 
Meira Pacheco. 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Farmacologia 
 
 
 
 
 
ESCOLA WILTON DE MEIRA PACHECO 
 
 NOÇÕES DE FARMACOLOGIA 
 Material Elaborado por Professores da ESEMP. Baseado em pesquisas bibliográficas. Atualizado 
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2 
 
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FARMACOLOGIA CLÍNICA 
Farmacologia é a ciência que estuda a origem, as ações e as propriedades das 
substâncias químicas sobre organismos vivos. 
Em um sentido mais restrito, é considerado o estudo da farmacologia da droga, é que 
aqueles têm efeitos benéficos ou tóxicos. 
Farmacologia tem aplicações clínicas quando substâncias são utilizadas no diagnóstico, 
prevenção e tratamento de uma doença ou para alívio de seus sintomas. 
 Também pode – se dizer que é um estudo unificado das substâncias químicas nos 
organismos vivos, visando todos os aspectos de suas interações, orientados para o tratamento, 
diagnóstico e prevenção de doenças. 
A farmacologia é subdivida em duas áreas: farmacocinética e farmacodinâmica. 
1.1 Farmacocinética 
A Farmacocinética estuda a maneira “que o corpo atua sobre o fármaco”. 
Refere-se aos movimentos dentro do corpo, através dos fenômenos de Absorção, 
Distribuição, Metabolismo e Excreção dos fármacos. 
Em outras palavras ela estuda o “caminho” traçado pelo fármaco ao longo do corpo 
humano, levando em consideração vários aspectos físicos e químicos, como por exemplo, a 
forma farmacêutica e a lipossolubilidade dos medicamentos. 
Os processos farmacocinéticos são determinantes para se prescrever um medicamento, 
pois, além de dose, devem-se escolher via de administração e intervalos entre as doses, 
calculados, geralmente, em função do tempo de eliminação de um fármaco. 
➢ Absorção 
Consiste na transferência do fármaco desde seu local de aplicação até o local onde vai 
“agir”. 
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É processo que influencia o início e a magnitude de efeito dos fármacos, sendo um dos 
determinantes da escolha de vias de administração e doses. Se um fármaco é inadequadamente 
absorvido, seus efeitos sistêmicos inexistem. 
A absorção está na dependência transmembrana, também depende de fluxo de 
sanguíneo no sítio absortivo, extensão e espessura da superfície de absorção e vias de 
administração escolhidas. Algumas situações fisiológicas (menstruação, puerpério) ou 
patológicas (edema, inflamação, ulceração) a modificam. 
a) A Lipossolubilidade fica aumentada com o uso de veículos que são solventes 
orgânicos ou detergentes. 
b) As soluções aquosas se absorvem mais rapidamente que as oleosas, e essas mais 
que as suspensões. 
c) Sais sódicos ou potássicos de fármacos puros aumentam sua dissolução. 
d) O fluxo sanguíneo pode ser aumentado por vasodilatadores, calor e massagem 
locais, diminuído por causa de vasoconstritores. 
➢ Distribuição 
O fármaco penetra na circulação sistêmica por administração direta ou após absorção e 
do sangue distribui-se aos diferentes tecidos do organismo. 
A velocidade e extensão da distribuição dependem do fluxo sanguíneo tecidual, 
propriedades físico-químicas do fármaco, características da membrana através da qual será 
transportado e sua ligação a proteínas plasmáticas e teciduais. 
Fatores que alteram o metabolismo 
• Genéticos; 
• Idade; 
• Diferenças individuais; 
• Fatores ambientais (fumar); 
• Propriedades químicas dos 
fármacos; 
• Via de administração 
• Dosagem; 
• Sexo; 
• Alterações entre fármacos 
durante o metabolismo 
 
 
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➢ Metabolismo 
O metabolismo do farmaco tambem chamado de biotransformação. 
Esse processo tem como função inativar os compostos farmacológicos, através de ações 
enzimáticas e torna-los hidrossolúveis. 
O principal órgão responsável por tais transformações é o fígado, apesar do metabolismo 
poder ocorrer também no intestino, pulmões e rins. 
Os produtos do metabolismo são chamados metabólitos e podem ou não apresentar 
ainda alguma atividade biológica. Quando esse metabólito é ativo biologicamente, pode 
apresentar certa toxidade. 
➢ Excreção 
A excreção pode ser definida como a passagem do fármaco da circulação sanguínea para 
o meio externo, sendo então removidos de nosso organismo. 
Vários órgãos podem estar envolvidos neste processo, sendo conhecidos como órgãos ou 
vias de excreção, e que incluem os rins, pulmões, glândulas lacrimais e salivares e o tubo 
digestivo (fezes e secreção biliar). 
Os medicamentos também podem ser eliminados através do suor e leite materno em 
menores quantidades, sendo que a principal via de excreção de fármacos é a via renal. 
 
 
 
 
 
 
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1.2 Farmacodinâmica 
Diz respeito às ações farmacológicas e aos mecanismos pelos quais os fármacos atuam 
(ou seja, aquilo que os fármacos fazem ao organismo). 
Por ação, entende-se a série de alterações bioquímicas ou fisiológicas que modifica as 
funções celulares. Esse efeito ou resposta é conseqüência da ação do farmaco. 
As ações farmacológicas relacionam-se à eficácia dos medicamentos e ao surgimento de 
reações adversas. Classificam-se em específicas (por exemplo os atibioticos, que atuam 
combatendo especificamente à bacterias) e inespecíficas (analgésicos comuns aliviam dor, 
independentemente de sua origem), quando somente aliviam manifestações clínicas. 
Em farmacodinamica estuda a ação do farmaco atraves de: 
•Local de ação: lugar em que a droga vai agir. 
•Mecanismo de ação: modo da droga agir no organismo. 
• Efeito: o resultado da ação da droga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. CONCEITOS DIVERSOS RELACIONADOS A FARMACOLOGIA 
 
DROGA: substância química capaz de produzir alterações fisiológicas ou patológicas no 
organismo vivo. São substâncias químicas capaz de produzir efeito farmacológico no organismo 
ou tecido vivo. Elas não criam funções novas no organismo, mas simplesmente as alteram. 
Podem ser benéficosou maléficos 
 
REMÉDIO: substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, 
acupuntura, banhos, psicoterapia, intervenção cirúrgica, desabafo, farmacoterapia, fé ou 
crença). Influência; utilizados em benefício da saúde. 
 
MEDICAMENTO/FÁRMACO: São produtos farmacêuticos, tecnicamente obtido ou elaborado, 
com finalidade profilática, curativa, para evitar gravidez ou para fins de diagnóstico. 
 
Todo medicamento é um remédio, 
Mas nem todo remédio é um medicamento. 
 
PLACEBO: É uma substância inerte, sem propriedades farmacológicas, que é administrada a uma 
pessoa ou grupo de pessoas, como se ela tivesse propriedade terapêutica. Essa droga em si foi 
utilizada exclusivamente para a administração oral, hoje, são reconhecidas também como 
placebo algumas formas físicas de aplicação, como: acupuntura, ultrassom ou aplicação local de 
drogas. 
A atuação do placebo depende de três fatores básicos; em primeiro lugar, estão o 
comportamento e a expectativa do paciente, relacionados a diversos mecanismos conscientes e 
inconscientes; em segundo lugar, a atitude médica, sua compenetração, o propósito e o ritual 
de prescrição; e em último lugar, deve ser considerada a droga em si, o tipo de administração, 
os custos, o local, entre outros. 
 
NOCEBO: Seria o oposto ou o antagônico do placebo. A expectativa por um resultado negativo 
pode conduzir ao agravamento de um sintoma ou doença. 
 
PRINCÍPIO ATIVO: São as substancias presente no fármaco responsável pelo efeito terapêutico. 
 
FÓRMULA FARMACÊUTICA: é o conjunto de substâncias que compõem a forma pela qual os 
medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes: princípio ativo (agente 
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químico), o corretivo (sabor, corantes, açúcares) e o veículo (dá volume, em forma de talco, 
pós). 
 
FORMA FARMACÊUTICA: consiste na forma de apresentação do medicamento, por exemplo, 
em comprimido, cápsula, drágea, suspensão ou outra forma. Lembrando que, além princípio 
ativo ou medicamento principal, na forma farmacêutica existe outras substancias na 
composição, como o veículo, o edulcorante, e, outros. 
 
MEDICAMENTO COMERCIAL/ REFERENCIAL: Medicamento inovador que possui marca 
registrada e sua qualidade, eficacia e segurança comprovada cientificamente. Geralmente foi o 
primeiro farmaco que surgiu para determinada doença. 
 
GENÉRICO: É um farmaco com o mesmo principio ativo do referencial com a mesma forma 
farmaceutica. 
 
 SIMILAR: É um farmaco com o mesmo principio ativo, porem muda a forma farmaceutica. 
 
MEDICAMENTOS SIMPLES: Aqueles usados a partir de um único fármaco. 
Ex. Paracetamol 
 
MEDICAMENTO COMPOSTO: São aqueles preparados a partir de vários fármacos. 
Ex. paracetamol + cafeína (tandrilax) 
 
MEDICAMENTO DE USO EXTERNO: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas 
mucosas. 
Ex.Cremes, Xampus... 
 
MEDICAMENTOS DE USO INTERNO: São aqueles que se destinam à administração no interior do 
organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, ânus, ouvidos, olhos) 
 
MEDICAMENTOS DE CONTROLE ESPECIAL: medicamentos entorpecentes ou psicotrópicos 
relacionados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária capazes de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
MEDICAMENTOS DE USO CONTÍNUO: São aqueles empregados no tratamento de doenças 
crônicas e/ou degenerativas, utilizados de modo contínuo. 
 
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MEDICAMENTO FITOTERÁPICO: Medicamento farmacêutico obtido por processos 
tecnologicamente adequados, empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais, com 
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 
É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela 
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. 
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua 
substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos 
vegetais. 
 
 TÓXICO OU VENENO: compreende-se uma droga ou uma preparação com drogas que produz 
efeito maléfico. 
 
TOLERÂNCIA: Resistência crescente aos efeitos habituais de uma dosagem estabelecida de um 
medicamento em virtude do uso contínuo 
 
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA: é o documento ou a principal fonte de informações. Deve ser 
autolimitada, nela deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o registro e o nome 
do medicamento, a dose, a frequência e horário da administração e a assinatura e carimbo do 
profissional. Só poderá ser verbal em situação de emergência. 
 
DOSAGEM: inclui, além da dose, frequência de administração e duração do tratamento. 
 
CONCENTRAÇÃO: Quantidade de substância (s) ativa(s) ou inativa (s) em determinada unidade 
de massa ou volume do produto. 
 
POSOLOGIA: É o estudo das doses de administração dos medicamentos. 
 
DOSE: é uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo produz um 
efeito terapêutico. 
 
 Classificam-se em: 
 
DOSE MÍNIMA: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito 
terapêutico. 
 
DOSE MÁXIMA: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito 
terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente. 
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DOSE TÓXICA: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando 
perturbações, intoxicações ao organismo, até a morte. 
 
DOSE LETAL: é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE. 
 
DOSE DE MANUTENÇÃO: Dose necessária para manter os níveis desejáveis de medicamento na 
corrente sanguínea e tecidos. 
 
DOSE DE ATAQUE: consiste na dose única que é suficiente para elevar rapidamente a 
quantidade do fármaco no organismo atingindo a concentração terapêutica. 
 
MEIA – VIDA PLASMÁTICA: É o tempo que uma droga leva para que sua concentração 
plasmática seja reduzida à metade do seu valor original. 
 
EFEITO TERAPÊUTICO: é o efeito benéfico e desejado, que o medicamento provoca no 
organismo quando administrado 
 
EFEITO INDESEJADO: Ação diferente do efeito planejado. Efeito provocado pela ação do 
fármaco no organismo indiferente do planejado. Pode ser classificado 
em previsível ou imprevisível. 
 
Os efeitos previsíveis podem se dividir em: 
• toxicidade por superdosagem; 
• efeito secundário (reação provocada pelo efeito principal de um fármaco em um 
determinado sítio de ação diferente do alvo principal) 
• efeito colateral 
• interação medicamentos. 
Os efeitos imprevisíveis podem ser dividos em: 
• alérgico, 
• intolerância. 
 
EFEITO COLATERAL: trata-se de umefeito paralelo ao efeito terapêutico, o qual é 
rotineiramente esperado, mas não desejado. Normalmente não traz grandes prejuízos. 
 
EFEITO ADVERSO: geralmente é um efeito nocivo e incômodo, originado da administração de 
um fármaco. 
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REAÇÃO ALÉRGICA: Reação indesejada que ocorre após o uso de um fármaco 
 
POTENCIALIZAÇÃO: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação de 
outro fármaco. 
 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: Corresponde à interferência de um fármaco na ação de outro 
ou de um alimento ou nutriente na ação de medicamentos. Algumas interações 
medicamentosas podem ser leves não exigindo medidas especiais, mas, podem ocorrer 
interações que apresentam potencial para causar danos permanentes provocando deterioração 
clínica do paciente, hospitalizações e aumento do período de internação. 
 
JANELA TERAPÊUTICA: Significa a área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima, e, a dose máxima 
permitida. Portanto, corresponde a uma faixa plasmática aceitável na qual os resultados 
terapêuticos são positivos. 
Por exemplo, para crianças com peso inferior a 20 Kg a dose diária do fármaco 
amoxicilina pode variar de 20 a 40 mg por quilo de peso, portanto, se a criança tiver 10 Kg de 
peso corporal, a dose diária pode ser no mínimo de 200 mg (dividida em três doses de 8 em 8 
horas), e, no máximo de 400 mg do fármaco (dividida em três doses de 8/8 horas). 
 
MEDICAMENTOS FOTOSSENSÍVEIS: Algumas substâncias podem ser alteradas pela 
temperatura, ar, luz, umidade. No caso da luz devem ser conservadas em frascos escuros. 
 Alguns medicamentos precisam ser cobertos com folhas metálicas, para bloquear a luz durante 
a infusão. 
 
AÇÃO: local aonde a droga vai agir. Pode ser: 
 
• LOCAL: quando age no próprio local em que foi aplicado, pele ou mucosa, sem passar 
pela corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório. Nesse caso 
os efeitos colaterias sao minimos ou ausentes. 
As vias de administração de medicamentos locais são: topica, como pele, membranas e 
mucosas (vagina, boca, anus). 
 
• SISTÊMICA: quando precisa ser absorvido pela corrente sanguínea, para só então chegar 
ao local que irá atuar. 
As vias de adminstração sistemica sao: oral, retal, intramuscular, endovenoso, 
intramuscular, subcutaneo. 
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2.1 Formas Farmacêuticas 
 
A forma farmacêutica é o conjunto de características físicas (apresentação) e químicas 
(composição) do medicamento. 
Os medicamentos são apresentados seguintes nas formas: 
 
• Formas Sólidas 
 
Pó: apresenta-se na forma de partículas conhecidas como cristais e pode ser acondicionado em 
envelopes, necessitando ser diluído para administração; 
Comprimido: é o pó em comprimido. Pode ser sulcado, isto é, trazer uma marca que auxilia sua 
divisão em partes. 
Drágea: contém o medicamento no núcleo coberto por um revestimento sólido feito à base de 
gima-laca, açúcar e corante. 
Cápsula: é constituída de um invócrulo de gelatina e um medicamento em forma sólida, 
semissólida ou líquida. É usada para evitar sabor e odor desagradável, facilitar a deglutição e a 
liberação do medicamento. 
Supositório: forma sólida revestida por gelatina ou manteiga de cacau que se desfaz à 
temperatura do corpo para ser absorvida. Tem formato cônico e destina-se à aplicação retal. 
Óvulo: forma sólida revestida por gelatina, de formato ovóide, para aplicação vaginal. 
Pastilha: comprimidos achatados e circulares indicados para dissolução oral. 
 
• Formas Líquidas 
 
Solução: mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos. 
Xarope: solução que contém muito açúcar em sua composição. 
Elixir: Solução que além do soluto, contém 20% de álcool e 20% de açúcar. 
Suspensão Oral: mistura não homogênea de substância sólida e um líquido - a parte sólida 
suspensa no líquido. 
Emulsão: formada por dois líquidos imiscíveis (que não se misturam); é composta de água e 
óleo. 
Loção: líquidos ou semilíquidos com princípios ativos ou não, em solução, emulsão ou 
suspensão. As loções são destinadas ao uso externo. 
 
 
 
 
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• Pastosas 
 
Pomada: forma semissólida de consistência macia e oleosa. 
Pasta: Forma semissólida de consistência macia, contendo 20 % de pó. Atua na superfície da 
pele sem penetrá-la. 
Gel: Forma semissólida, colóide, de pouca penetração na pele. 
 
• Gasosas 
 
São utilizadas principalmente para administração de substâncias voláteis. Entre elas incluem-se 
os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para nebulização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PRINCÍPIOS TÉCNICOS GERAIS DA FARMACOLOGIA CLÍNICA 
 
Uma as principais funções da equipe de Enfermagem no cuidado aos pacientes é a 
administração de medicamentos. Exige dos profissionais, responsabilidade, conhecimentos e 
habilidades, estes fatores garantem a segurança do paciente. Constitui-se de várias etapas e 
envolve vários profissionais, o risco de ocorrência de erros é elevado. 
Para realiza a administração de medicamentos, todo profissional de enfermagem deve 
atentar para os seguintes aspectos: 
 
• Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; 
• Evitar distração e conversas paralelas durante o preparo das medicações, diminui o risco 
de erros; 
• Obter a prescrição médica (PM), realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida, 
esclarecê-la antes de iniciar o preparo da PM; 
 
Toda medicação só pode ser prescrita por profissional competente e autorizado (p.ex.: médicos, 
odontólogos). 
Toda prescrição só pode começar a ser preparada se estiver assinada e carimbada pelo profissional 
habilitado para isso. 
Prescrição sem assinatura e sem carimbo não é uma prescrição válida. 
 
Além desses aspectos o profissional de enfermagem deve seguir a Regra dos onze Certos: 
 
1. Prescrição médica certa: Ovservar se a prescrição medica condiz com a sintomatologia 
apresentada pelo paciente. 
2. Paciente certo: O Ministério da Saúde recomenda que sejam utilizados no mínimo 2 
identificadores como: nome completo do paciente, nome completo da mãe do paciente, data 
de nascimento do paciente, número de prontuário do paciente (Protocolo de Identificação do 
Paciente, ANVISA).3. Medicação certo: Antes de preparar a medicação certificar-se mediante a prescrição qual é o 
medicamento, e conferir lendo, mais de uma vez, o rótulo do mesmo. 
“Estabelecer um sistema eficiente, eficaz e seguro de dispensação para pacientes ambulatoriais e 
internados, de acordo com as condições técnicas e hospitalares, onde ele se efetive.” 
4. Validade certa: observar a validade do medicamento sempre antes de administrar. 
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5. Diluição certa: Diluir o medicamento de forma condizente ao que foi prescrito pelo medico. 
6. Dose Certa: Antes de preparar e administrar a medicação certificar-se da dose na prescrição, 
lendo mais de uma vez e comparando com o preparado. 
7. Hora certa: Administrar o medicamento respeitando o intervalo de tempo entre as doses, 
por exemplo, se for em 30 minutos, ou em quatro horas, e no horario prescrito, sem adiantar 
as medicações. 
8. Vazao (fluxo) certa: respeitar o fluxo/ vazao de soro e/ou bomba de infusao, deixando –os 
fluir conforme prescrito. 
9. Via certa: antes de adminstrar o medicmento atentar para a via de adminstração prescrita, 
para nao haver erros. 
10. Tecnica certa: Antes da adminstração do farmaco fazer a assepsia do local e aplicar a 
semiotecnica desenvolvida nas aulas de enfermagem. 
11. Registro certo: fazer a checagem do medicamento assim que adminstrado, para evitar que o 
paciente receba novamente o mesmo farmaco, anotando tambem todos as intecorrencia 
durante a aplicação do medicamento. 
 
 
 
 
MEDICAÇÃO 
SEGURA
PACIENTE 
CERTO
MEDICAÇÃO 
CERTA
ASPECTO DA 
MEDICAÇÃO
VALIDADE
CAMPATIBILID
ADE 
MEDICAMENT
OSA
DIREITO DE 
RECUSAR 
MEDICAMNE
TO
ORIENTAÇÕE
S AO 
PACIENTE
ANOTAÇÃO 
CORRETA
DOSE CERTA
VIA CERTA
HORA 
CERTA
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3.1Procedimento Operacional Padrão para Administração de Medicamentos 
 
1. Implementar a prática de verificação dos nove certos da terapia medicamentosa; 
2. Certificar-se de que as informações sobre o processo de medicação estejam documentadas 
corretamente; 
3. Somente administrar medicamento se as dúvidas forem esclarecidas; 
4. Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por via intravenosa e para 
outras vias que exijam esse tipo de técnica; 
5. Registrar, conforme protocolo da instituição, todas as ações imediatamente após a administração 
do medicamento. 
6. Seguir o protocolo da instituição quanto ao preparo de pacientes para exames ou jejum que 
possam interferir na administração do medicamento; 
7. Em casos de preparo de pacientes para exames ou jejum, não administrar nem adiar a 
administração de doses sem discutir conduta com o prescritor; 
8. Registrar adequadamente a omissão de dose e comunicar ao enfermeiro. 
9. Adequar os horários de administração dos medicamentos à rotina de uso já estabelecida pelo 
paciente antes da internação, sempre que possível; 
10. Evitar, dentro do possível, interações medicamento-medicamento e medicamento-alimento 
quando realizar o aprazamento de medicamentos; 
11. Seguir o protocolo institucional quanto à verificação das prescrições na passagem de plantão; 
12. Seguir o protocolo institucional quanto aos cuidados para que não haja a administração de 
medicamentos suspensos pelo médico; 
13. Padronizar o armazenamento adequado e a identificação completa e clara de todos os 
medicamentos que estão sob a guarda da equipe de enfermagem; 
14. Monitorar a temperatura da geladeira de acondicionamento de medicamentos, observando-se o 
parâmetro mínimo e máximo de temperatura diariamente, dirimindo dúvidas com o 
enfermeiro/farmacêutico; 
15. Organizar local adequado para o preparo de medicamentos, preferencialmente sem fontes de 
distração e que permita ao profissional concentrar-se na atividade que está realizando; 
16. A instituição deve disponibilizar e atualizar guias de prevenção de incompatibilidades entre 
fármacos e soluções e guias de diluição de medicamentos; 
17. Solicitar revisão por um colega sempre que calcular doses para medicamentos potencialmente 
perigosos ou medicamentos de alta vigilância; 
18. Fazer consultas ao enfermeiro/farmacêutico e em fontes de informações atualizadas e idôneas 
em caso de dúvidas sobre o nome do medicamento, posologia, indicações, contraindicações, 
precauções de uso, preparo e administração; 
20. Utilizar instrumentos de medida padrão no preparo de medicamentos (ex: seringas 
milimetradas) para medir doses com exatidão; 
21. Seguir os sistemas de identificação do paciente e do leito ou sala de medicação estabelecida nos 
protocolos institucionais; 
22. Padronizar equipamentos como bombas de infusão, limitando a variedade de opções; 
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23. Seguir a prescrição de enfermagem para o uso de bombas de infusão para administração segura 
de medicamentos; 
24. Levar ao local, no horário de administração de medicamentos, apenas o que está prescrito a um 
único paciente, não fazendo uso de bandeja contendo diversos medicamentos para diferentes 
pacientes; 
25. Preparar o medicamento imediatamente antes da administração, a não ser que haja 
recomendação especial do fabricante para procedimento diferente; 
26. Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que serão armazenados 
(com data e horário da manipulação, concentração do medicamento, nome do responsável pelo 
preparo e validade); 
26. Administrar medicamento por ordem verbal somente em caso de emergência, utilizando método 
de dupla checagem para administração com registro por escrito da ordem verbal; 
27. Registrar corretamente a administração do medicamento prescrito no prontuário do paciente, 
certificando que foi administrado ao paciente e evitando a duplicação da administração do 
medicamento por outro profissional; sendo as anotações de enfermagem um documento oficial, é de 
grande importância que os cuidados seja assinado ou rubricado por quem fez; 
28. Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados à terapia 
medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os à Gerência de Riscos e/ou ao Núcleo 
de Segurança do Paciente; 
29. Comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação no 
momento da administração; 
30. Devolver à farmácia as sobras de medicamentos não administrados, pois estoques de 
medicamentos nas enfermarias são fonte importante de erros de administração; 
31. Verificar a identificação correta do frasco (rótulo com nome e dosagem do fármaco), nunca 
administrar medicamento sem rótulo; 
32. Certificar-se da regra dos nove certos; 
33. Não ignorar queixas dos pacientes referentes aos efeitos colaterais dos fármacos. 
34. Evitar conversar durante o processo de preparação de medicamentos; 
35. Enquanto prepara o medicamento deve ter sempre à frente a prescrição médica; 
36.Ler o rótulo do medicamento três vezes, e antes de cada uma das seguintes etapas compare-o 
com a prescrição médica: 
a) De retirar o recipiente do armário; 
b) De colocar o medicamento no recipiente para administrar; 
c) De repor o recipiente no armário. 
37. Não tocar com a mão em pastilhas, drágeas, cápsulas, comprimidos; 
38. Somente após administrar a medicação é que se deve dar baixa, nunca antes; 
39. Fazer sempre a anotação no relatório sempre que o medicamento não for administrado 
indicando qual o motivo; 
40. Qualquer efeito dos medicamentos ou queixas do paciente deve ser anotado de forma 
detalhada. 
41. Ao despejar o medicamento no copo graduado deve garantir que se efetua este processo numa 
superfície plana; 
42. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergência, a enfermagem pode 
atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível; 
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43. Alguns medicamentos como antibióticos, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados longe da 
presença de luz, do ar ou do calor, pois podem alterar-se. 
44. Verificar data de validade do medicamento; 
45. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas; 
46. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais; 
a) Melhor horário; 
b) Diluição formas, tempo de validade; 
c) Ingestão com água, leite, sucos; 
d) Antes, durante ou após as refeições ou em jejum; 
e) Incompatibilidade ou não de mistura de drogas. 
 
É de grande utilidade seguir o roteiro para a correta administração de medicamentos elaborada 
por Du Gas: 
• O cliente tem alguma alergia? 
• Que medicamentos foram prescritos? 
• Por que está recebendo esses medicamentos? 
• Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em relação ao efeito desses 
medicamentos sobre o cliente? 
• Existem cuidados de enfermagem específicos devido à ação das drogas contidas nestes 
medicamentos? 
• Como devem ser administrados os medicamentos? 
• Que precauções devem ser tomadas na administração de tais medicamentos? Existem 
precauções especiais que devem ser tomadas por causa da idade, condição física ou estado 
mental do paciente? 
• Alguns dos medicamentos exigem medidas acautelatórias especiais na administração? 
• O paciente precisa aprender alguma coisa com relação à sua terapia médica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESPONSABILIDADES LEGAIS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM 
NA FARMACOTERAPIA 
 
A administração de medicamentos, prática realizada nas instituições hospitalares sob 
responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista como apenas uma das partes do 
processo de medicação. 
No que diz respeito à enfermagem esta deve ater-se não somente aos procedimentos 
técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo 
medicamento desde o momento que o médico o prescreve até a sua administração ao paciente 
e analisar criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e causas 
A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente 
hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm evidenciado a presença de erros 
no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não-
recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes. 
Os profissionais de saúde devem estar cientes e alertas para este fato e buscar, 
permanentemente, medidas de prevenção de erros através de novos conhecimentos, condutas 
ou de estratégias que visem proteger todos os envolvidos, principalmente o paciente. 
O profissional de Enfermagem deve conhecer os princípios básicos da terapêutica 
medicamentosa, pois tem responsabilidade legal no uso de medicamentos norteado pelo 
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, como reproduzido a seguir: 
 
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos 
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
 
NEGLIGENTE: é quem podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou 
preguiça mental, não age ou se comporta de modo diverso. 
 
IMPRUDENTE: é quem age com precipitação, insensatez, sem cautela necessária e sem atender 
às circunstâncias ou à razão. 
 
IMPERÍCIA: consiste na incapacidade, falta de conhecimento ou habilitação para o exercício de 
determinada função; falta de prática ou ausência de conhecimento técnico da profissão. 
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Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente 
aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. 
 
Das Proibições: 
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da 
possibilidade dos riscos. 
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na 
legislação vigente e em situação de emergência. 
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. PRINCIPAIS CLASSES TERAPÊUTICAS DE MEDICAMENTOS 
 
5.1 Analgésicos 
 
Denominam-se analgésicos todos os remédios capazes de reduzir ou aliviar as dores 
(algia), sejam de cabeça, musculares, referentes à artrite. 
 
Existem muitas variedades de analgésicos e cada um possui suas vantagens e riscos. Há 
dores que respondem melhor a certos medicamentos do que a outros. 
 
Além disso, cada pessoa pode responder de forma diferente a cada remédio. 
 
Os analgésicos são classificados em opioides não opioides. 
 
❖ Analgésicos não opioides: 
 
São analgésicos simples, controlam a dor leve a moderada. Atuam no sítio da dor, sem 
causarem dependência e sem alterarem a percepção do indivíduo. 
 
Atua inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível de Sistema Nervoso Central e eleva o 
limiar do impulso doloroso ao nível periférico. 
 
Os Anestésicos Não-Opióides incluem diversas classes de fármacos, com características 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas específicas. 
 
São as drogas mais comumente utilizadas no controle da dor devido à baixa toxicidade, 
efeitos cardiovasculares e respiratórios raros. 
 
Ex.: Cetoprofeno, paracetamol, dipirona. 
 
❖ Analgésicos combinados:São os analgésicos que combinam num único comprimido, medicamentos não opióides 
ligeiros, tais como aspirina ou paracetamol, com uma pequena quantidade de substâncias 
opióides. 
Ex. paracetamol com codeína. 
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Indicações: 
 
• No combate as dores leves e moderadas (Não Narcóticos); 
• Como medicação preliminar antes da anestesia geral; 
• Como inibidores da produção excessiva de secreções do trato respiratório, possuindo maior 
êxito nas cirurgias que indiquem anestesia geral; 
• No combate as dores intensas e contínuas que não cedem aos analgésicos não narcóticos. 
 
❖ Analgésicos opioides: 
 
Os Opioides são a classes de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais. 
Eles incluem os opiáceos (derivados do ópio) mas não se limitam a eles. 
 
O protótipo deste grupo é o ópio, uma mistura de vários opióides, dos quais o mais 
importante é a morfina, extraído dos bulbos (sementes) das papoilas roxas. Ele é conhecido 
desde a Antiguidade e desde então é usado em medicina e como droga de abuso nos países 
orientais. 
 
Os opióides, são analgésicos - utilizados na indução e manutenção de anestesias gerais, 
ou como adjuvantes nas sedações e nos bloqueios regionais. Produzem ações de insensibilização 
à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta 
intensidade. 
 
Produz em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns casos 
como morfina e heroína, e são usados como droga recreativa de abuso. Podem ser usados para 
Sedação, hipnótico e anestésicos. 
 
Os opiáceos determinam violenta dependência física e psíquica, podendo-se dizer que a 
escravidão do viciado é total, deixando-o totalmente inutilizado para si, para a família e para a 
sociedade, pois a droga passa a agir quimicamente em seu corpo, de forma que a retirada 
brusca da droga pode ocasionar até a morte. 
 
Os analgésicos opioides agem no sistema nervoso central e no periférico. 
 
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No Sistema Nervoso Central os opioides agem como Analgésico reduzindo a dor em 
ambos os seus componentes sensitivo e emocional. São eficazes na dor aguda e na dor crônica. 
 
Pode causar euforia inicial e disforia posteriormente, porem em pacientes com dores 
crônicas não ocorre em geral este efeito. 
 
Pode ocorrer ainda depressão Respiratória: os opióides diminuem a atividade do centro 
neuronal que controla o ritmo e intensidade da respiração. Em altas doses a respiração pode 
cessar por completo (mais comum causa de morte na overdose). 
 
Exemplo de fármacos: Metadona, Petidina (também chamada de Meperidina), Fentanil, 
Loperamida, Morfina, Tramadol. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
01 - A medicação para dor deve seguir a prescrição. 
02 - Observar se o efeito do medicamento foi satisfatório. 
03 - Observar reações colaterais da droga. 
04 - Comunicar o enfermeiro ou o médico se houver qualquer anormalidade. 
 
5.2 Antitérmicos 
 
Conhecido também como antipirético. 
 
O controle da febre deve ser feito por meio de medidas gerais e mediante o uso de 
antitérmicos. 
 
Os antipiréticos agem nos receptores de calor, normalizando a temperatura corporal. 
 
As medidas gerais junto ao fármaco resumem-se em aumentar a ingestão de líquidos, 
para repor as perdas liquidas que ocorre nos processos febris. 
 
A importância da hidratação é maior principalmente em crianças e idosos. 
 
Podemos usar como tratamento ainda para baixar os estágios febris banhos e 
compressas de aguas. 
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Exemplo desses fármacos: Aspirina, dipirona, ibuprofeno e paracetamol. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
• Arejar o ambiente e mantê-lo menos iluminado; 
• Reduzir roupas do paciente e da cama; 
• Dar banho morno ou fazer compressas frias, na região dos grandes vasos; 
• Dar antitérmico, conforme indicação; 
• Oferecer líquidos observando aceitação; 
• Umedecer lábios; 
• Manter vigilância quanto ao nível de consciência; 
 
 
5.3 Anti-inflamatório 
 
São medicamentos utilizados para amenizar sintomas como febre, dores e inflamação. 
 
Como a inflamação geralmente provoca o edema e outras alterações que afetam as 
terminações nervosas provocando a dor, a melhora da inflamação leve a moderada diminui a 
sensibilidade dolorosa, tendo os anti-inflamatórios, portanto, também ação analgésica. 
 
A inflamação é desencadeada pela liberação de mediadores químicos originados nas 
células migratórias e nos tecidos lesados. A inflamação pode ser uma resposta protetora e 
normal quando causada por agentes microbiológicos, por substâncias químicas ou por trauma 
físico podendo ser benéfica. Entretanto, a inflamação pode ser também provocada 
impropriamente por um agente inócuo ou por doença auto-imune, como ocorre na Artrite 
Reumatóide, sendo lesiva. 
 
Os anti-inflamatórios são classificados em: anti-inflamatórios não-esteróides (AINES) 
também chamado de anti-inflamatórios não hormonais e anti – inflamatórios esteroidais 
conhecido como corticoides. 
 
❖ Anti-Inflamatórios Não-Esteróides (AINEs) 
 
Os AINEs correspondem ao grupo de fármacos que se apresentam quimicamente 
diferentes, inclusive diferem em suas atividades antipirética, analgésica e anti-inflamatória, 
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inibindo as enzimas da via cicloxigenase, sendo excelentes medicamentos para tratar os efeitos 
indesejáveis causados pela resposta inflamatória. 
 
Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor e a rigidez; com melhora substancial na 
qualidade de vida do paciente. Estes anti-inflamatórios são utilizados em variadas formas de 
inflamações, seja traumática ou provocada por diferentes patologias. 
 
A eficácia entre os diferentes anti-inflamatórios não-esteroides é semelhante, mas existe 
variedade na resposta individual a estes fármacos. 
 
Apesar de geralmente seguros, podem levar a vários efeitos adversos, que variam desde 
uma simples dispepsia até a morte por uma úlcera perfurada ou hemorragia. Seu uso, portanto, 
deve ser criterioso e bem indicado para que possa proporcionar mais benefícios do que riscos ao 
paciente. 
 
Os anti-inflamatórios não-esteroides são contraindicados também na insuficiência 
cardíaca grave, uma vez que podem afetar a função renal, provocando retenção de água e sal. 
Devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência renalou hepática 
 
 Em geral, os anti-inflamatórios não-esteroides não são recomendados na gravidez. Se 
necessário, o ácido acetilsalicílico é provavelmente o mais seguro, pois não se associa a efeitos 
teratogênicos em seres humanos. Entretanto, deve ser suspenso antes do parto a fim de evitar 
complicações como trabalho de parto prolongado, aumento de hemorragia pós-parto. 
 
EXEMPLO DE FARMACOS: Ácido acetilsalicílico, Ibuprofeno, Cetoprofeno, Diclofenaco de 
potássio ou cálcio, nemesulida, cataflan. 
 
❖ Anti-Inflamatórios Esteróides (corticoides) 
 
Os anti-inflamatórios esteroidais ou chamados corticosteroide são análogos sintéticos 
dos glicocorticoides e mineralocorticoides naturais. Estes são produzidos e secretados pelo 
córtex da supra-renal a partir do colesterol. 
 
Os corticosteroides exercem seu efeito anti-inflamatório e imunossupressor através da 
indução dos macrófagos, endotélio e fibroblastos, inibindo a fosfolipase resultando na redução 
da expressão de prostaglandinas, leucotrienos e fator de ativação plaquetária; prevenindo a 
destruição tecidual. 
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Uma droga dotada de poder hormonal, sem todavia, ser um hormônio. São classificados 
em mineralocorticóides e glicocorticoides. Influenciam o metabolismo dos carboidratos, 
proteínas, gorduras, equilíbrio eletrolítico e hídrico. A capacidade funcional do sistema nervoso 
e de outros órgãos, além de dotar o organismo da capacidade de resistir a todos os estímulos 
nocivos e modificações do ambiente. 
 
Os corticosteroides são utilizados principalmente na terapia da inflamação e como 
imunossupressor na asma, conjuntivite alérgica e rinite, sinusite, podem ainda ser indicados nos 
estados de hipersensibilidade, nas doenças neoplásicas (leucemia), na redução do edema 
cerebral em pacientes com tumores, reposição para insuficiência da suprarrenal e na síndrome 
da angústia respiratória do recém-nascido. Também pode ser utilizado em doenças 
osteomusculares, imunossupressoras e autoimunes. 
 
As preparações farmacêuticas disponíveis de corticosteroides incluem os cremes, 
pomadas, loções, soluções oftálmicas e aerossol. Podem ser administrados por via oral e 
parenteral (intravenosa, intramuscular e intrassinovial). 
Os fármacos corticosteroides apresentam boa penetração nas células através de difusão 
passiva. 
 
O uso contínuo de altas doses de corticosteroides resulta em complicações sistêmicas, 
insuficiência da glândula suprarrenal e síndrome iatrogênica de Cushing, que decorre da 
exposição de corticosteroide na circulação sanguínea por excesso do fármaco. Essa síndrome 
também resulta por aumento na secreção de ACTH ou elevação na produção adrenal. ] 
 
A síndrome de Cushing caracteriza-se por inúmeros sinais como aumento da pressão 
arterial, dificuldade de cicatrização, elevação da glicemia, aumento da pressão arterial, catarata, 
face em forma arredondada e bochechas vermelhas, obesidade, aumento do apetite, aumento 
da gordura abdominal, acúmulo de gordura no dorso (corcova de búfalo), risco de osteoporose, 
necrose avascular do fêmur, equimoses e estrias, adelgamento da pele, braços e pernas finas 
(atrofia muscular), aumento de suscetibilidade a infecções e quadro de euforia alternado com 
depressão e psicoses. 
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Exemplo de fármacos: Betametasona, Budesonida, Dexametasona, Hidrocortisona, 
Prednisona. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
•Instruir o paciente a tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o 
tratamento, sem o conhecimento do médico, ainda que melhore. 
•Informar ao paciente as reações adversas mais frequentes relacionados ao uso da medicação. 
• Deve-se controlar adequadamente a função renal. 
•Observar se o paciente apresenta distúrbios GI, renais e hemorrágicos (inibição da agregação 
plaquetária) ou quaisquer outras reações adversas; 
 
5.4 Antibióticos 
 
Também conhecido como antimicrobianos. 
 
São substancias produzidas por microrganismo que suprimem o crescimento ou que 
matam bactérias. 
 
Podem ser produzidos por agentes vivos, como bactérias, ou ser elaborado em 
laboratórios. Os microbianos agem predominantemente sobre as bactérias gram-positivas ou 
gram-negativas, caso atue sobre ambas, é considerado antibiótico de amplo espectro. 
 
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As bactérias podem ser sensíveis ou resistentes a um determinado tipo de antibiótico, 
sendo que quanto mais resistente for aos antibioticos mais dificil será de neutralizar a ação 
desse microrganismo. 
Os antimicrobianos correspondem a uma classe de fármacos que é consumida 
freqüentemente em hospitais e na comunidade. Entretanto, são os únicos agentes 
farmacológicos que não afetam somente aos pacientes que os utilizam, mas também interferem 
de forma significativa no ambiente hospitalar por alteração da ecologia microbiana. 
O conhecimento dos princípios gerais que norteiam o uso de antimicrobianos, assim 
como das propriedades e características básicas dos antimicrobianos disponíveis, são essenciais 
para uma escolha terapêutica adequada. 
A escolha do antibiótico mais eficiente, para o tratamento de certos tipos de infecções 
pode ser facilitada por meio do exame laboratorial denominado antibiograma, que consiste no 
estudo da sensibilidade do micro-organismo aos diversos tipos de antibióticos. 
Na prática clínica o uso de antimicrobianos tem duas finalidades: 
• profilática; 
• terapêutica. 
Os fatores que influenciam a escolha dos antimicrobianos são: 
1. As características do paciente como: idade, função renal e hepática, estado imunológico, 
localização do processo infeccioso, terapia prévia com antimicrobianos, gravidez/lactação e 
sensibilidade do paciente; 
2. Os agentes etiológicos que envolvem a análise do antibiograma e os prováveis mecanismos 
de resistência; 
3. As propriedades dos antimicrobianos como a farmacocinética e a farmacodinâmica, 
mecanismo de ação. 
Os antibioticos podem ser classificados de acordo: 
 
 
 
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➢ O espectro de ação: 
 
a) Antibióticos com estreito espectro de ação 
Estes são antibióticos ativos contra bactérias específicas. São prescritos quando a bactéria que 
causa a infecção é conhecida. O fato de estes antibióticos serem menos ativos contra as 
bactérias comensais e saprófitas do organismo humano que são protetoras ou inofensivas 
constituem uma vantagem relativamente aos antibióticosde largo espectro. 
 
b) Antibióticos com largo espectro de ação 
Estes antibióticos são ativos contra um maior número de bactérias. São usados quando não se 
conhece qual a bactéria que está a causar a infecção ou quando esta é causada por diversas 
bactérias. Infelizmente, também eliminarão mais bactérias protetoras ou inofensivas do que os 
antibióticos de estreito espectro. 
 
➢ Por categorias: 
 
• Aminoglicosídeos 
• Antibióticos betalactâmicos 
• Antibióticos glicopeptídicos 
• Antibióticos policetídicos 
• Antibióticos polipeptídicos 
• Antileprosos 
• Antituberculosos 
• Glicilciclinas 
• Inibidores das betalactamases 
• Lincosamidas 
• Quinolonas 
• Rifamicinas 
• Sulfonamidas e suas associações 
 
Indicações: 
Tratamento de doenças e infecções causadas por bactérias, como exemplo os estreptococos e 
pneumococos. 
 
Efetos Colaterias: 
Reações alérgicas, erupções cutâneas, distúrbios gastrointestinais, dor de estômago, dores 
no local da aplicação (vias parenterais), supercrescimento de micróbios não sensíveis. 
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A seguir apresentamos uma lista dos principais antibióticos utilizados na prática clínica. 
 
 Penicilinas naturais: 
o Penicilina G (Benzil-penicilina): penicilina cristalina, procaína e benzatina 
o Penicilina V 
 
 Penicilinas semi-sintéticas: 
o Oxacilina 
 
 Aminopenicilinas: 
o Ampicilina o Amoxicilina 
 Inibidores da beta-lactamase: 
o Ácido Clavulânico/amoxicilina, o Tazobactam/Piperacilina 
o Sulbactam/ampicilina 
 
 cefalosporinas: 
o Primeira geração: Cefalexina, Cefadroxil, Cefalotina, Cefazolina 
o Segunda geração: Cefoxitina, Cefuroxime, Cefaclor 
o Terceira geração: Ceftriaxone, Cefotaxime 
o Terceira geração anti-Pseudomonas: Ceftazidime 
o Quarta-geração: Cefepime 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
• Controle de sinais vitais; 
• Observar rigorosamente a dose prescrita, aparecimento de reações cutâneas; história de 
alergia ao medicamento. 
• Administrar antibióticos prescritos por via endovenosa, diluídos adequadamente para evitar 
flebite. A administração por via intramuscular deve ser profunda, para diminuir a dor e facilitar 
a absorção; 
• Estimular a hidratação (ingestão de líquidos), pois grande parte dos antibióticos é de 
eliminação renal; 
• As penicilinas não cristalinas devem ser aplicadas com agulhas 30×8 ou 30×9. 
• Oferecer antibióticos por via oral acompanhados de água ou após as refeições, para se evitar 
irritação gástrica. 
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5.5 Anestésico 
 
Podem ser classificado em anestesicos gerais e locais. 
 
Os anestesicos gerais sao farmacos que produzem perda reversivel de toda sensação e 
da consciencia. 
 
Os anestésicos locais interferem na condução nervosa de uma região do corpo para o 
sistema nervoso central, interferindo ou interceptando a percepção da dor pelo SNC. 
 
Os anestésicos locais são utilizados em uma variedade de situações, desde a sua 
aplicação tópica para queimaduras e pequenos cortes, até injeções durante tratamento dentário 
e bloqueio epidural e intratecal (espinal) durante procedimentos obstétricos e cirurgia de 
grande porte. 
 
 Um anestesico ideal tem que ter as seguintes propriedades: perda de todas as sensações, 
particularmente da dor; sono e amnesia; imobilidade e relaxamento musuclar; e supressão dos 
reflexos. 
 
• Indicações: 
Anestésicos Gerais: quando se pretende induzir a inconsciência, com o objetivo de inferir a 
percepção da dor; 
Anestésicos Locais: quando se pretende apenas interferir a percepção da dor pelo SNC, sem 
induzir a inconsciência. 
• Efetos Colaterias: 
tonturas, cefaleia, náuseas, vômitos, contrações involuntárias dos músculos, bradpneia. 
 
Exemplo de anestesicos locais: Benzocaina, lidocaina, procaina. 
Exemplo de anestesicos gerais: Tiopental, Propofol, Halotano, Isoflurano. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
1.Verificar a saturação de oxigênio e a permeabilidade de vias aéreas superiores, adotarem 
manobras necessárias para sua manutenção 
2. Administrar oxigenioterapia se houver necessidade; 
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3. Verificar sinais vitais com periodicidade. 
4. A temperatura uma vez de 4 em 4 horas e quanto for necessário; 
5. Manter a cabeça lateralizada em posição levemente inferior ao corpo para evitar aspiração de 
secreção em caso de vômitos; 
6.Manter o paciente aquecido; 
7. Verificar nível de consciência e reflexos; 
5.6 Anticonvulsivantes 
Um anticonvulsivos (também chamado de anticonvulsivante, estabilizante de humor ou 
antiepilético) é uma classe de fármacos utilizada para a prevenção e tratamento das crises 
convulsivas e epiléticas, neuralgias e também no tratamento de transtornos de humor, como 
transtorno bipolar e ciclotimia. 
Os anticonvulsivos funcionam como um supressor rápido do excesso de sinapses, 
resfriando o corpo nas crises, com o objetivo de salvar neurônios, estabilizar o humor e 
controlar a ansiedade. 
Divididos em três grupos, de acordo com o aparecimento e duração dos efeitos: 
Duração curta: Pentobarbital, Secobarbital; 
Duração intermediária: Amobarbital, Butabarbital; 
Duração longa: Fenobarbital, Mefobarbital, Prominal. 
 
Efetos Colaterias: 
Tonturas, incoordenação motora, distúbios gástricos, perda de peso, erupção cutânea, toxidade 
hepática, sonolência, ataxia, anorexia, cefaleia, alopecia, trombocitopenia, apatia, diplopia, 
prurido, entre outros. 
 
Anticonvulsivantes utilizados no cotidiano hospitalar e suas vias de administração. 
*fenitoína (dilatin):administração é feita por oral e IV; 
*fenobrarbital (gardenal , ortenal , luminal): administração é feita por via oral e IV; 
*defineil-hidantoína (hidantal): adm é feita por via IV; 
*carbamazepina (tegretol): administração é feita por via oral; 
*diazepam(valium):administração é feita por via oral e IV; 
 
 
 
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
01 – Observar a dose de medicamento a fim de evitar superdosagem; 
 02 - Estar atentos a sinais como: tonteiras, sonolência, náuseas, vômitos, erupções cutâneas, 
que são efeitos colaterais do medicamento; 
03 - Controlar diurese, pois sua toxidade se reflete no sistema geniturinário; 
04 - Oferecer alimentos, pois esses medicamentos sãoirritantes gástricos 
05 - Ao administrar por via EV deve ser aplicado lentamente; 
06 – Orientar para que os anticonvulsivantes não devem ser diluído em soro glicosado porque 
precipita; 
07 - Administrar sempre com prescrição medica; 
08 - Orientar o paciente para não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento, porque o álcool 
pode potencializar a ação da droga. 
 
5.7 Diureticos 
 
São denominadas diuréticas as substâncias que aumentam a produção de urina, devido à 
maior excreção de água do organismo. Geralmente é acompanhada de perda de eletrólitos, 
principalmente o sódio e o potássio. 
 
Os diuréticos promovem maior eliminação urinária, principalmente pelo aumento da 
filtração glomerular e pela diminuição de reabsorção tubular. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIURÉTICOS. 
 
1. Tiazidicos (hidroclortiazida) 
2. Alça (furosemida, lasix) 
3. Osmóticos (glicose e o manitol) 
4. Poupadores de potássio 
(espironolactona) 
5. Inibidores da Anidrase Carbônica 
(acetazolamida, etoxzolamida) 
6. Mercuriais (mersalil, meraluride, 
mercurofilina) 
 
 
 
 
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INDICAÕES PARA USO DOS DIURÉTICOS. 
a) Mobilização de edema,principalmente no espaço extracelular. 
b) Tratamento anti-hipertensivo. 
c) Tratamento da Insuficiência Cardíaca Congestiva. 
d) Profilaxia da Insuficiência Renal. 
e) Tratamento glaucoma (degeneração do nervo óptico) 
f) Edema agudo de pulmão. 
EFEITOS COLATERAIS 
Diuréticos de alça: Cãibras, fraqueza, hipotensão, aumento de acido úrico. 
Tiazídicos: aumento do colesterol e da glicose no sangue, reações alérgicas e uma perda 
excessiva de sódio. 
Espironolactona: Efeitos ligados ao aumento de potássio (arritmia cardíaca), alterações 
hormonais, que podem levar a distúrbios menstruais e aumento da pilificação (pelos). 
Inibidores da anidrase carbônica: seus principais efeitos são: hipocalemia (diminuição do 
potássio) e a Acidose metabólica. 
Osmóticos: cefaleia (dor de cabeça), distúrbios gastrointestinais (náuseas, vômitos flatulência, 
diarreia) e Hiponatremia (diminuição de sódio no sangue). 
 
Diuréticos utilizados no cotidiano hospitalar e suas vias de administração: 
*teofilina etilenodiamina (aminofilina): É feita por via oral, IM, IV; 
*acetazolamida (diamox): adm. É feita por via oral, IV, IM; 
*hidroclorotiazida ( hidro-duril, oretic ): É feita por via oral; 
*espironolactona (aldactona): É feita por via oral; 
*furosemida (lasix): É feita por via oral, IM, IV. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
1.Realizar balanço hidrico diariamente. 
2. Monitorizar pressão arterial e pulso antes e durante adminstração de medicamentos. 
3. Os diuréticos devem ser administrados preferencialmente pela manhã, para que a diurese 
resultante não interfira no repouso noturno do paciente; 
4. Como base para avaliar a eficácia da terapêutica, os pacientes que recebem medicamentos 
diuréticos são pesados diariamente na mesma hora. Além disso, examina – se o turgor da pele 
com vistas a evidências de edemas ou desidratação. Também deve se monitorar a frequência do 
pulso. 
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5.A dosagem será determinada pelo peso diário do paciente, pelos achados físicos e por seus 
sintomas; 
6. A avaliação periódica dos eletrólitos alertará para a hipotassemia e a hiponatremia; 
7. Profilaxia da hipopotassemia – ingesta de alimentos ricos em potássio (pêssegos, bananas, 
espinafre). 
 
5.8 Cardiotônicos 
 
São agentes que têm um efeito fortificante no coração, ou que podem aumentar o 
rendimento cardíaco. Eles podem ser glicosídeos cardíacos, simpaticomiméticos ou outras 
substâncias cardioativas endógenas ou exógenas. 
 
 
Indicações: 
Insuficiência cardíaca congestiva, descompensação cardíaca, cirurgia cardíaca, choque 
cardiogênico, angina estável e instável, prevenção e tratamento do infarto agudo do 
miocárdio. 
 
Classificação: 
 
A) Glicosídeos cardíacos 
 
Os mais fortes e efetivos remédios cardioativos, tradicionalmente usados na 
medicina convencional. Eles são necessáriosespecialmente na fase onde efeitos mais 
rápidos devem ser conseguidos na medicação. 
 
Ex: A digital e seus derivados (Digoxina, Digitoxina, Acetildigoxina, Beta-metildigoxina ou 
Lanatoside-C), a estrofantina, a proscilaridina-A. 
 
 
B) Cardiotônicos existentes na circulação humana 
 
Fatores endógenos do tipo digital (Ex: digital, estrofantina/ouabaína, proscilaridina-
A, marinobufagenin) e outras substâncias orgânicas, naturais no ser humano, e que têm a 
propriedade de aumentar a força contrátil do músculo cardíaco 
 
 
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C) Fitoterápicos cardioativos 
São remédios cardioativos que têm efeito a longo prazo, podendo servir em alguns casos 
como agentes coadjuvantes aos digitálicos e a estrofantina para otimizar seu efeito. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
01 - Verificar o pulso antes da administração dos digitálicos, pois sao drogas que induzem a 
bradicardia; 
02 - Se a frequência cardíaca estiver igual ou abaixo de 60 batimentos por minuto, deve-se 
procurar orientação medica; 
03 - Averiguar qualquer sinal ou sintoma de intoxicação digitálica, antes da administração da 
droga; 
04 - A administração dos digitálicos deve seguir a prescrição do dia, após a reavaliação do 
paciente pelo médico; 
05 - Manter vigilância em relação à diurese do paciente, pois e através da urina que os 
digitálicos são eliminados. A estreita margem de segurança e efeito cumulativo da droga 
favorece a intoxicação, se esta não for adequadamente excretada. 
06 - Colher e encaminhar amostra de sangue para dosagem periódica de potássio sérico, 
conforme orientação medica. 
07 - Exceto em situações de emergência, e indicada à administração de digitálicos no 
período matutino, pois, em alguns pacientes, pode provocar insônia; 
08 - A aplicação endovenosa deve ser feita lentamente, observando-se as reações do 
paciente. 
 
5.9 Anti-hipertensivos 
 
São fármacos utilizados para baixar a pressão arterial em pessoas portadoras de 
hipertensão arterial. 
 
 A pressão arterial sistêmica é determinada pelo debito cardíaco e resistência periférica 
aumentado, sendo mais comum o aumento da pressão arterial em decorrência a resistência 
aumentada. 
 
 
 
 
 
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Classificação: 
 
• Diuréticos, 
• Inibidores adrenérgicos, 
• Vasodilatadoresdiretos, 
• Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), 
• Bloqueadores dos canais de cálcio, 
• Antagonistas dos receptores da angiotensina II (AII) 
 
A combinação de fármacos é frequentemente utilizada, já que a 
monoterapia inicial é eficaz em apenas 40 a 50% dos casos. 
 
a) Diuréticos: os mecanismos de ação se relacionam com os efeitos de diminuição do volume 
extracelular e posteriormente da redução da resistência vascular periférica, abaixando assim a 
pressão arterial. 
 Efeitos Colaterais: Hipopotassemia hipomagnesemia, que podem induzir a arritmias 
ventriculares, hiperurecemia, intolerância à glicose, aumentando o risco de diabetes melito. 
EX.: Hidroclorotiazida, Furosemida, Amilorida. 
 
b) |Bloqueadores α Adrenergicos: Estimulam os receptores alfa adrenérgicos do sistema 
nervoso central, reduzindo o tônus simpático. 
Efeitos Colaterais: sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção 
sexual. Ex.: Prazosina, Fentolamina. 
c) Bloqueadores β adrenergico: Bloqueiam os receptores beta adrenérgicos do sistema nervoso 
central, diminuindo o débito cardíaco e reduzindo da secreção de renina (enzima formadora de 
angiotensina II, substância responsável pela vasoconstrição), com a diminuição da formação de 
angiotensina II impede-se os efeitos vasoconstrictores e assim a hipertensão. 
Efeitos Colaterais: broncoespasmos, bradicardia, insônia, pesadelos, disfunção sexual. 
Ex.: Propanolol, Atenelol. 
 
d) Vasodilatadores diretos: Promovem relaxamento da musculatura dos vasos, levando a 
vasodilatação e a diminuição da resistência destes. 
Efeitos Colaterais: retenção hídrica, taquicardia reflexa. 
Ex.: Hidralazina. 
 
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e) Inibidores da ECA: Inibem a Enzima Conversora a Angiotensina que converte a angiotensina I 
em angiotensina II. A angiotensina II é um potente vasoconstritor, então se a ECA for inibida não 
haverá formação de angiotensina II e o vaso não vai se contrair, vai ficar relaxado, abaixando 
então a pressão arterial. 
Efeitos Colaterais: tosse seca, alterações no paladar e erupções cutâneas. 
Ex.: Captopril, Enalapril. 
 
f) Bloqueadores dos canais de cálcio: decorre da redução da resistência vascular periférica por 
diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares. 
Efeitos Colaterais: Cefaleia, tontura, rubor facial, e edema de extremidades, sobretudo 
maleolar. Ex.: Nifepidina. 
 
g) Antagonistas do receptor da angiotensina II: Bloqueiam os receptores da angiotensina II, 
impedindo o seu efeito de vasoconstricção, fazendo com que o vaso não contraia e reduza a 
pressão arterial. 
Efeitos Colaterais: tonturas e rash cutâneo. 
 Ex.: Losartan 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
• Controle frequente da pressão arterial, com o paciente na posição sentada e deitado, pois a 
maioria das drogas anti-hipertensivas, provocam hipotensão postural; 
• Orientar o paciente para sentar-se antes de levantar-se da cama, para evitar hipotensão brusca 
e lipotimia; 
• Verificar se os sintomas que indiquem manifestação de efeitos colaterais. Comunicar o 
enfermeiro ou o medico, registrando asa anormalias na papeleta; 
• Controlar diurese em pacientes que fazem uso de diuréticos associados a anti-hipertensivos. 
 
5.10 Insulina 
 
A insulina é hormônio secretado pelas células βdo pâncreas responsável controlar o 
metabolismo da glicose. 
 
O pâncreas secreta a insulina de duas maneiras: basal e bolus. Como basal entende-se 
uma secreção constante de insulina que permanece em níveis baixos no sangue o tempo todo e 
é produzida em forma de ‘gotas contínuas’, mantendo a liberação de glicose para as células do 
organismo; enquanto o termo bolus, se refere a quantidades maiores de insulina que são 
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liberadas na circulação sanguínea em momentos de maior necessidade, como por exemplo às 
refeições, ou quando há aumento de açúcar no sangue. 
As insulinas de ação rápida encontradas nas farmácias são utilizadas para proporcionar 
ação semelhante a esses bolus de insulina, que ocorrem na fisiologia, necessários 
principalmente às refeições. 
Já as injeções de insulina de ação intermediária (NPH) e lenta (análogos) atuam de forma 
semelhante ao fornecimento basal e são aplicadas em 1 ou 2 aplicações diárias (Glargina, 
Levemir e NPH), ou até 3 vezes ao dia (NPH), a fim de proporcionar o componente “basal” da 
insulinização. 
O programa de insulinoterapia personalizado pode incluir mais de um tipo de insulina, 
usados em diferentes momentos do dia, na mesma hora, ou ate na mesma aplicação. 
A industria farmaceutica disponibiliza algumas opções pré – misturadas de insulina, que 
possibilitam ao paciente aplicar dois tipos de insulina em uma unica aplicação. Em outros casos, 
a pessoa com diabetes vai fazer a propria combinação, ajustando as doses das insulinas de ação 
ultrarrapida de acordo com a alimentação ou com a glicemia medida. 
A insulina que nao foi aberta deve ser guardada na geladeira entre 2 e 8 ºC. Depois de 
aberta, é importante que nao fique exposta a luz ou ao calor. 
As insulinas podem ser classificadas em humanas e análogos de insulina humana. A 
insulina de origem humana (NPH e Regular) é desenvolvida em laboratório, a partir da 
tecnologia de DNA recombinante e os análogos são preparações de insulina que sofreram 
alteração na cadeia de aminoácidos para melhorias no tempo de ação. 
As insulinas podem vir em frascos e canetas. Os frascos são de 10 ml (para uso com 
seringas de insulina) e os refis, são de 3 ml (usados em canetas de aplicação de insulina), assim 
como podem vir em canetas de aplicação descartáveis. 
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Características dos tipos de insulinas 
 
A tabela abaixo descreve as características dos tipos de insulina existentes. O início da ação é a 
velocidade com que a insulina começa a trabalhar após a injeção; o pico é a hora em que a 
insulina atinge o ponto máximo no que diz respeito à redução de glicemia e a duração é o 
tempo em que a insulina age no organismo. A referência para os dados abaixo é a insulina 
humana U-100. 
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