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ARTIGO DILEY E CELSO

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CAELIS GRUPO EDUCACIONAL
FACULDADE SÃO SALVADOR
VALDILEI PEREIRA DOS SANTOS
CELSO FERREIRA DOS REIS
DIALOGO SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
SALVADOR-BA 
2016
VALDILEI PEREIRA DOS SANTOS
CELSO FERREIRA DOS REIS
DIALOGO SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Sociedade de Estudos Empresariais Avançados da Bahia – SEEB/Faculdade São Salvador, como requisito para avaliação final do curso de Especialização em Alfabetização e Letramento.
Orientador(a): Baltazar Profeta Guimarâes
SALVADOR-BA 
2016
FOLHA DE AVALIAÇÃO DE TCC
DIALOGO SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Sociedade de Estudos Empresariais Avançados da Bahia – SEEB/Faculdade São Salvador, como requisito para avaliação final do curso de Especialização em Alfabetização e Letramento. 
		
Avaliação final: ____________________
Nota: _____________
Faculdade São Salvador
 Avaliador(a): ___________________________________ 
DIALOGO SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
SANTOS Valdilei Pereira[2: Aluno do curso em Psicopedagogia da Faculdade São Salvador]
REIS Celso Ferreira[3: Aluno do curso em Psicopedagogia da Faculdade São Salvador]
GUIMARÃES Baltazar Profeta[4: Professor Orientador Mestre em Ciências da Educação. Especialista em Metodologia do Ensino Superior.]
RESUMO
Este trabalho aborda a temática dos processos de alfabetização e letramento, enquanto processos distintos, mas interdependentes, que estão presentes na sala de aula. Assim como a alfabetização e o letramento são processos que caminham juntos, este trabalho, em específico, buscou um repensar da aquisição da língua escrita, baseado no alfabetizar letrando. Antecedendo toda a discussão teórica, foi traçado um histórico sobre a alfabetização. Para tanto, buscou repensar a compreensão da alfabetização e letramento baseado no alfabetizar letrando, Nesse sentido, a alfabetização é um processo permanente que não se restringe à aprendizagem da leitura e da escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas, bem como no desenvolvimento do cidadão. Embasou-se o referido estudo nas teorias de Cagliari (1998), Soares (2000) entre outros, possibilitando um conhecimento teórico que serviu como alicerce para a fundamentação de conceitos que envolvem o alfabetizar letrando. 
Palavras - chave: alfabetização, letramento, leitura e escrita
ABSTRACT
This paper addresses the issue of literacy and literacy as separate processes, but interdependent, that are present in the classroom. As well as literacy and literacy are processes that go together, this work, in particular, sought a rethink of written language acquisition, based on literacy letrando. Preceding any theoretical discussion, was traced a history of literacy. Therefore, sought rethink their understanding of literacy and literacy -based literacy letrando, this sense, literacy is an ongoing process that is not limited to reading and writing learning and has strong influence on the social life of the people and in development of the citizen. Embasou up that study the theories of Cagliari (1998), Smith (2000) among others, providing a theoretical knowledge that served as a foundation for reasoning concepts involving literacy letrand
Key - words: literacy, literacy, reading and writing
INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende abordar a temática dos processos de alfabetização e letramento, enquanto processos distintos, mas interdependentes, que estão presentes na sala de aula. Assim como a alfabetização e o letramento são processos que caminham juntos, este trabalho, em específico, buscou um repensar da aquisição da língua escrita, baseado no alfabetizar letrando. Antecedendo toda a discussão teórica, foi traçado um histórico sobre a alfabetização. 
Para tanto, buscou repensar a compreensão da alfabetização e letramento baseado no alfabetizar letrando, Nesse sentido, a alfabetização é um processo permanente que não se restringe à aprendizagem da leitura e da escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas, bem como no desenvolvimento do cidadão..O estudo das teorias de Ferreiro (2006) (1998), Soares (2004) entre outros, possibilitou um conhecimento teórico que serviu como alicerce para a fundamentação de conceitos que envolvem o alfabetizar letrando. 
Nesse contexto, pode-se entender que a alfabetização e o letramento são processos que estão presentes na vida da criança desde o seu nascimento. Na escola, o ensino da língua escrita torna-se sistematizado. Assim, este estudo questiona sobre como o uso do material didático pode auxiliar os professores sem que a alfabetização torne-se mecanizada e desprovida sentido para o aluno.
A instituição escolar é a responsável pelo ensino da leitura e escrita, ampliando as experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e produzir textos com autonomia, e para isso é importante, desde a educação infantil, desenvolver os conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita alfabética e o uso da linguagem escrita. A escola faz parte da vida da criança, é nas instituições que aprende-se a conviver com o mundo de relações diferentes onde os conhecimentos são produzidos, as desigualdades criadas e as diferenças, novas formas de interpretar a realidade.
Segundo Fontana e Cruz (1997), aos poucos e incidentalmente as crianças vão se apropriando dessa multiplicidade de formas, tamanhos e funções da linguagem escrita, começam a imitá-la, procuram entendê-la e vão inserindo-as em sua vida. Começam a refletir sobre o significado da escrita, escrevem e leem de verdade. Assim, segundo as análises de Lerner (2006), considera-se ler e escrever atividades que se aprendem na escola e tratamos as primeiras tentativas de escrita de nossas crianças como meras garatujas ou como cópias inadequadas de algo escrito. Vemos essas tentativas como relevantes apenas sob um aspecto: o de, por meio delas, as crianças aprenderem a manejar o lápis e a utilizar o espaço do papel, desenvolvendo habilidades motoras que lhes serão úteis para aprender a escrever.
Com relação aos processos de alfabetização e letramento, pode-se concluir que é importante que a apropriação do sistema alfabético de escrita se dê de maneira lúdica e reflexiva, e não de forma mecânica e repetitiva, fazendo com que o educando consiga compreender o que a escrita representa com relação às palavras faladas, ou seja, que as letras representam sons, e como a escrita cria representações, ou seja, que a escrita traduz o som, e elaborar na mente do estudante o princípio de estabilização e igualação das unidades orais e escritas, e como a ordem das letras interfere na leitura e fala. O aluno deve assimilar como a escrita se dá e de onde se baseia
2. REVISÃO DA LITERATURA
É um campo minado, hoje, discutir o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais da escolarização. Alfabetização e letramento e cultura escrita são alguns dos termos que saturam os debates. 
O conceito de letramento lançou luzes sobre um aspecto fundamental da leitura e da escrita: a origem nas práticas sociais. O que tem se definido como alfabetização e letramento podem ser substituído pelo que de fato interessa: o alfabetismo em uso, contextualizado pelas práticas culturais, como já alertava o pesquisador Harvey Graff (1990). Esse alfabetismo em uso nada mais é do que os significados que a leitura adquirem na cultura.
 Por muito tempo a escola brasileira desconsiderou para compreender a problemática o que precisamente o conceito de letramento procurou destacar: a importância desse alfabetismo em uso. Façamos uma pequena incursão histórica para compreender à problemática que deu origem no Brasil á necessidade das discussões sobre letramento.
Paulo Freire, Emilia Ferreiro e Magda Soares, os autores mais lembrados nessa área, não atribuem a mesma conotação para o termo, alfabetização, o que já sinaliza a complexidade dadiscussão.[5: Educador brasileiro identificado com as correntes da pedagogia critica. Dedicou-se ao estudo da alfabetização em classes populares, obtendo grande reconhecimento nacional e internacional.][6: Pesquisadora argentina estudiosa do processo de aquisição da linguagem escrita pela criança. Publicou, junto com a espanhola Ana Teberosky, o estudo que ficou conhecido no Brasil como Psicogênese da língua escrita (1985).][7: Pesquisadora brasileira expoente nas discussões que deram força ao termo”letramento” no Brasil. Fundou o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita(CEALE), vinculado á UFMG.]
Freire utilizou o conceito de alfabetização, não de letramento. Pode-se dizer que na sua concepção de alfabetização era tão ampla que englobava e superava o conceito de letramento, já que a relacionava á consciência critica dos sujeitos acerca da realidade por eles vivida para transforma-la, questionando a alfabetização apenas como técnica mecânica de codificação e de decodificação.
Emilia Ferreiro também não adotou o termo letramento. Para a tradução de literacy, da preferência á expressão “cultura escrita”, argumentando que o acesso a essa cultura desencadeia o processo de alfabetização, já que a participação da criança em contextos sociais nos quais a língua escrita é produzida e interpretada ocorreria muito antes do ensino formal e sistemático realizado na escola. Podemos citar alguns exemplos de situações como as que Ferreiro refere: crianças que carregam pequenos cadernos ou blocos de notas para também “agendar seus compromissos” e “fazer suas anotações” ou que se sentam no sofá em postura ereta, segurando uma revista com ambas as mãos, produzindo gestos leitores ao realizarem suas próprias leituras.ainda, crianças que, no contexto urbano, reconhecem o “M” da lanchonete McDonald's, o “D” do canal de televisão Discovery Kids, e a letra inicial do seu nome em comércios, outdoors, propagandas e embalagens, estão imersas na cultura escrita e, portanto, aprendendo como a leitura e a escrita funcionam em variados contextos de uso.[8: È preciso desconstruir a ideia que somente a partir de sobre a certa idade, crianças começam a interagir com a leitura e a escrita.]
Ferreiro (2006) também aponta que o termo letramento acarretou a redução do conceito de alfabetização á codificação e á decodificação á aprendizagem de uma técnica. Na contramão de tais concepções a pesquisadora firma que os sistemas de escritas são produtos históricos, sociais e culturais, não códigos, os quais se caracterizam por serem criações individuais, como o código Morse, por exemplo. Quando “pergunta sobre o conceito atual de alfabetização, definiu:” é poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de praticas sociais ligadas á escrita, [...] não é uma tarefa para se cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade”.(Ferreiro, 2006).
Considerando a complexidade do conceito exposto, não é de se espantar que ferreiro refira que a alfabetização vá alem dos anos iniciais de escolarização. Esta é uma ideia que nos agrada, já que implica a continuidade de um processo que não se encerra nos primeiros anos do ensino fundamental. Isso pressupõe a distribuição do trabalho com as habilidades relacionadas á leitura e á escrita ao longo da vida escolar, um continuum, cuja responsabilidade seria partilhada por todos os professores, não sendo exclusividade da alfabetizadora, já que as competências de ler e de escrever são requeridas em todas as áreas do conhecimento (e por toda a vida), e não apenas nas aulas de linguagem.
Revisando os principais postulados de freire e Ferreiro, vimos perspectivas em favor de uma conceituação ampla de alfabetização. No entanto, o efeito dessas ideias vai à direção contraria:” um certo apagamento” da alfabetização foi sendo produzido. Soares (2004), sem mencionar a produção de Freire, contextualiza este movimento nas escolas brasileiras, nomeando-o de a “desinvenção da alfabetização”, em seu ponto de vista ocasionada pela força das abordagens psicogenéticas e pela “invenção” do conceito de letramento. A repercussão das ideias de Freire, a nosso ver, não se pode desvincular desse apagamento da alfabetização dos alunos. Esses outros questionamentos, fundamentais para se sacudir as discussões sobre alfabetização, no entanto, desviaram o foco da abordagem linguística no ensino da leitura e da escrita, sobretudo nos cursos de formação de professores.
O impacto dos estudos decorrentes da população da pesquisa desenvolvida por Ferreiro e Teberosky na década de 1970 e publicada no Brasil sob o titulo Psicogênese da língua escrita, na década de 1980, que apresenta o processo de aprendizagem da escrita a partir do ponto de vista da criança, produziu uma mudança conceitual ao difundir o paradigma cognitivista e, como ficou conhecido, “construtivista”. Sem minimizar os legados desse estudo Soares (2004, p.11), aponta como a perspectiva psicogenética contribuiu para a “desinvenção” da alfabetização: ao privilegiar “ faceta psicológica da alfabetização, obscurou-se sua faceta linguística: fonética e fonológica”: ao contrapor o paradigma conceitual psicogenetico ao métodos de alfabetização, produziu-se como verdade que todos os métodos seriam “tradicionais”, portanto, mecânicos, obsoletos, características das quais os educadores quiseram se afastar, já que “ o convívio intenso com material escrito circulante nas praticas sociais” seria suficiente para a criança se alfabetizar, sendo dispensável e, inclusive, equivocada a utilização de métodos.[9: Ana Teberosky é pesquisadora e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona. Possui inúmeras publicações que tematizam a alfabetização.]
Diante desse panorama, Magda Soares diz urgente a “reinvenção” da alfabetização, posicionando-se em um novo lugar, já que não é contraria á relação á relação entre alfabetização e decodificação e decodificação, associando-se á técnica do ler e do escrever para, então, diferenciá-la do conceito de letramento. É justamente ai que se centra seu maior argumento: distinguir alfabetização de letramento, sem haver independência e precedência de um processo em relação ao outro, é necessário tanto teórica quanto pedagogicamente, já que são processos de aprendizagens diferenciados e, portanto, e pressupõem diferentes formas de ensino. Para ensinar a associação grafema-fonema, por exemplo, as intervenções seriam da ordem da alfabetização; em propostas de leitura de um gênero textual presente na comunidade escolar, as intervenções seriam da ordem do letramento.
Queremos dizer, co tudo isso, que diferenciar conceitualmente alfabetização de letramento é uma opção e que ambos os processos poderiam ficar sob denominação única, desde que tanto a estrutura do sistema alfabético quanto os usos da leitura e da escrita fossem ensinados e apreendidos na escola ao longo da escolarização. Não há uma resposta que seja mais verdadeira do que a outra, um conceito que seja mais correto e adequado do que o outro; são formas que precisam ser conhecidas para que possamos utiliza-las quando nos forem uteis, fazendo escolhas intencionais, cientes das implicações que delas decorrem. Para isso, é necessário entender como esses conceitos entram em ação em sala de aula, a partir de métodos produtivos para ensinar a ler e a escrever.
Soares (2004), em seu trabalho adota uma perspectiva discursiva, que considera a dimensão social em, que vive o aluno. Devem-se, por este método, contextualizar aluno e escrita, atribuindo sentido as palavras que a criança registra, para que a mesma compreenda ser esta um conjunto de fenômenos e expressões culturais e sociais pela qual pode-se externar seu pensamento e estabelecer relacionamento daquilo que se diz ou se quer dizer utilizando a escrita. Neste momento, as crianças poderão compreender seu uso através de hipóteses, tentativas do criar e desvelar, deixando a escrita artificial apresentada pelo uso da cartilha e atribuindo a função social na proposta da interlocuçãoreal, numa perspectiva sociolingüística, passando também a criança a compreender as diferenças da fala existente em nosso idioma, sua relação, semelhanças e diferenças entre oralidade e escrita. 
Desta forma, então, ela passa a 1425 corresponder ao ensino proposto e ocorre a inserção do sujeito, principalmente das classes populares no mundo letrado. A escola deve promover o alfabetismo, isto é, proporcionar condições em sala de aula para conduzir as pessoas a uma aprendizagem significativa, com potencial para compreender e interagir nas relações existentes na sociedade, na vida. 
E, a partir de então, o sujeito passa a transformar seu modo de pensar e também sua realidade, pois a partir do momento em que este passe a refletir à respeito do que quer expressar através da escrita, a ele é oportunizado o pensar sobre o que quer escrever. A escola possibilitando este pensar estará oportunizando o sujeito a refletir sobre as situações que lhe são apresentadas, o que proporciona decisões assumindo uma postura crítica frente as opiniões, ou seja, criar-se-ia não só oportunidade de aprender a ler, escrever, interpretar, mas junto destas, aprender a pensar, formar consciência, refletir sobre o que lhe é proposto. Desta forma a alfabetização deixa de ter a simples função de decodificação para assumir realmente sua finalidade social.
Que a experiência de aprendizagem da escrita seja proporcionada através do discurso da criança, e este discurso, ao ser escrito, seja fruto de reflexão sobre momentos ou acontecimentos que façam parte da vida do aluno, sendo então uma aprendizagem permeada de sentido, e assumida nesta perspectiva, o educador contribuirá para que a escola deixe sua forma descontextualizada de alfabetizar e passe a preparar alunos de maneira que os leve a unir pensamento e linguagem escrita, fazendo-os descobrir suas diversas funções, para que esta passe a ser usada em seu cotidiano. 
Desta forma, a escola na pessoa do professor, ajudará a criança a ampliar o universo de seus conhecimentos e, quando necessário, explicar a elas o que elas ainda não sabem o que fizeram e por que fizeram nas suas tentativas de aprendizagens, e o que precisam fazer para progredir nesta caminhada escolar, pessoal e social. Nesta perspectiva, ao assumir o papel do outro, como quem contribui para a elevação e desenvolvimento do ser em formação, haverá então uma ação consciente da parte do educador, que contribuirá para que lentamente mude-se a realidade do analfabetismo das classes populares no Brasil proporcionando a elas a oportunidade a que têm direito. Ante as formas de proporcionar a aprendizagem ao aluno através do discurso Soares (2004), apresenta seu conceito sobre a aquisição da escrita e o papel do educador, quando afirma que:
Além de se permitirem escrever palavras “não treinadas” construindo e experimentando hipóteses sobre as correspondências fone/letra, utilizam a escrita com as funções pessoal e interassional: expressam seus sentimentos, interagem com a professora. Demonstra ter da escrita um conceito adequado: um meio de chegar a um interlocutor ausente e de atingir um objetivo pessoal de interação. (SOARES, 2004 p. 76).
A alfabetização assumida desta forma pelo professor proporcionará uma compreensão da sua dimensão ampla na sociedade, sua utilidade além de fazer com que o aluno escreva os momentos que vivem em sala de aula, participando ativamente desses momentos. E para tanto se compreende que ele aprende desde sua infância, que pode opinar, sugerir, contribuir, fazer parte do ambiente em que está inserido. Assim a escola abre espaço para que a criança se expresse, aprenda a participar, a opinar, aprenda a expor o que pensa. 
Estes momentos contribuirão para que o mesmo não seja um sujeito isolado, alheio, mas tome posição perante os assuntos propostos, conheça a diversidade de opiniões, conhecimentos e realidades existentes junto aos colegas, troquem idéias, interajam com o grupo, enfim, que a escola permita existir um relacionamento simétrico e assimétrico, isto é: do aluno com ele mesmo e com o outro, e ambos como membros participantes da sociedade. 
Com isso a escola deixará seu caráter artificial de decodificação de palavras, apenas preocupando-se com fonema/grafema através da repetição, sendo esta prática algo que supria as necessidades de um determinado momento histórico, nos momentos atuais é preciso ir além destas habilidades para não ficar à margem da sociedade, o que Soares critica claramente quando diz que:
É necessário, porém que se avance para além desta etapa inicial de acesso à língua escrita, alterando-se as condições de leitura e produção de texto na escola, de modo que a criança conviva com regras discursivas do texto escrito e possa, assim, construir seu conhecimento e fazer uso delas. (SOARES, 2004, p. 113)
com esta mesma visão sobre a alfabetização, aborda a temática do discurso em sala de aula. O ensino da língua oral e escrita não é, para a autora, apenas um objeto de conhecimento na e da escola, com uma única intenção de ensinar e transmitir. 
Deveria então a escola fazer funcionar esta escrita, em seu interior como algo que ligue um aluno a outro, que eles se entendam e passem a conhecer que a escrita é uma linguagem que comunica, que diz, que expressa, estabelece relações, através dela interage-se com o mundo, mostra-se o pensamento. Poder-se-ia dizer que a escola não pode apenas transmitir, mas deve criar proporcionar momentos que construa no sujeito um conceito adequado do uso da escrita em sua vida. 
Ao contrário disso, a mesma é antes desaprendida do que aprendia sua função social não é assimilada pelo aluno e, também não é considerada pela escola, nesta situação, como em inúmeras outras do contexto escolar, o ensinar e o aprender a ler e a escrever se deslocam e se diluem nas questões disciplinares.
Desta forma, o domínio da escrita passa a ser de uma simples técnica, e os efeitos deste ensino são tragicamente evidentes, não apenas nos índices de evasão e repetência, mas tem como resultado uma alfabetização sem sentido, desvinculada de seu uso real, em que a criança aprende a escrita em forma de simulacro. Neste sentido, pode-se descrever a escola como aquele órgão que se preocupa com atividades motoras, impedindo ou não proporcionando à criança oportunidades de pensar.
3. DISCUSSÕES
A escola, entendida, no nosso contexto sociocultural, como a principal agência do letramento, tem por objetivo maior ampliar as experiências de letramento dos alunos, isto é, promover eventos de letramento relevantes para a formação de sujeitos amplamente letrados. Espera-se que os alunos, ao final da escolarização, tenham condições de se inserir com autonomia e segurança nas diversas práticas de letramento, inclusive e principalmente aquelas mais valorizadas por uma sociedade, compreendendo (criticamente) e produzindo os gêneros relativos a tais práticas.
A esse respeito, dizem os PCN do Ensino Fundamental II (2000 p. 49):
A escola deverá organizar um conjunto de atividades que possibilitem ao aluno desenvolver o domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situação de produção social e material do texto (lugar social do locutor em relação ao(s) destinatário(s) e seu lugar social; finalidade ou intenção do autor; tempo e lugar material da produção e do suporte) e selecionar, a partir disso, os gêneros adequados para a produção de texto e a leitura, operando sobre as dimensões pragmática, semântica e gramatical.
Na verdade, embora tratando de aspectos diferentes com respeito à relação entre alfabetização e letramento, todos os autores chamam a atenção para a importância de se alfabetizar letrando. Ou seja, levar os alunos a apropriarem-se do sistema alfabético ao mesmo tempo em que desenvolvem a capacidade de fazer uso da leitura e da escrita de forma competente e autônoma, tendo como referência práticas autênticas de uso dos diversos tipos de material escrito presentes na sociedade.
Trabalhar a alfabetizaçãona perspectiva do letramento constitui um desafio para o professor, pois requer mudanças significativas acerca das concepções que norteiam a prática pedagógica e por isso é necessário um processo de formação continuada discutindo questões teórico‐metodológicas em torno da alfabetização e do letramento na perspectiva de uma aprendizagem significativa, de modo que o professor explore, na sala de aula, diferentes usos e funções sociais da leitura e da escrita, a fim de formar leitores e escritores proficientes.
Alfabetizar letrando é, portanto, oportunizar situações de aprendizagem da língua escrita nas quais o aprendiz tenha acesso aos textos e a situações sociais de uso deles, mas que seja levado a construir a compreensão acerca do funcionamento do sistema de escrita alfabético.
Em uma situação de aprendizagem na qual os alunos ainda não dominam o sistema de escrita alfabético, faz-se necessário que o professor atue como mediador, seja lendo, seja registrando por escrito os textos produzidos oralmente pelos alunos. No entanto, não se pode deixar para que o aluno produza escritos ou leia apenas quando já dominar o nosso sistema de escrita. É importante que eles possam, desde o início do processo de alfabetização, testar suas hipóteses a respeito da escrita. Se o conhecimento que esses têm da escrita ainda não é suficiente para que leiam ou produzam textos extensos, pode-se levá-los a ler textos memorizados, tais como cantigas, quadrinhas, assim como tentar escrevê-los na íntegra ou parte deles.
O processo de alfabetização não pode ser entendido como meramente o ensino para a “codificação” e a “decodificação”. O ato de alfabetizar vai além do simples ler e escrever e conduz a outras práticas sociais. Coloca-se, então, cada vez mais a necessidade de os alunos serem envolvidos em situações concretas de leitura e de produção de textos. Isso não implica dizer que a reflexão sobre a língua escrita não seja realizada ao nível da palavra e da sílaba. 
O processo de apropriação da língua escrita deve ser compreendido como construção do conhecimento sobre o sistema alfabético e ortográfico da língua materna. Por isso, todo o processo de ensino da língua escrita no período inicial da escolarização deve proporcionar ao aprendiz conhecimentos linguísticos relacionados à análise e à reflexão sobre as propriedades sonoras da fala em relação com os mecanismos gráficos da escrita. 
Ou seja, deve pautar-se nos aspectos relacionados à aprendizagem da base alfabética de nosso sistema de escrita. Isso deve ser feito de modo a não ter como modelo práticas de mero trabalho de treino da associação de letras a seus respectivos sons, mas de um trabalho que permita ao aluno refletir e testar hipóteses sobre a escrita, de modo a construir conceitos e regras com respeito às regularidades e às irregularidades da língua.
Cada vez mais, o conceito de letramento é considerado central para a compreensão dos processos de ensino-aprendizagem e para a intervenção dos professores em sala de aula. 
Um dos princípios que norteiam a perspectiva do letramento é que a aquisição da escrita não se dá desvinculada das práticas sociais em que se inscreve: ninguém lê ou escreve no vazio, sem propósitos comunicativos, sem interlocutores, descolado de uma situação de interação; as pessoas escrevem, lêem e/ou interagem por meio da escrita, guiadas por propósitos interacionais, desejando alcançar algum objetivo, inseridas em situações de comunicação. Cabe lembrar ainda que esse processo é atravessado por valores e crenças dos mais diversos tipos.
É preciso, entretanto, que, no início da aprendizagem da língua escrita, essa correspondência seja trabalhada com as crianças sem a preocupação de que se escreva ortograficamente correto. O importante é fazê-las refletir sobre o sistema de escrita, de modo que possam compreender o seu funcionamento. Daí o papel da produção espontânea da criança.
METODOLOGIA 
     A metodologia de pesquisa deve ser organizada de forma a obter o entendimento e resolução do problema de pesquisa. Contribuindo, Beuren (2004, p.67): afirma que “a metodologia da pesquisa é definida com base no problema formulado [...]”.
 Através disso percebe-se que para desenvolver de forma adequada um trabalho, atingindo os objetivos propostos e alcançados a resolução do problema de pesquisa, é muito importante a escolha do tipo de metodologia a ser adotada.
O enfoque da pesquisa será descritivo e exploratório. Segundo Cervo e Bervian (2002, p.66), “a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”. Vergara (2000, p.47) destaca que:
A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. (VERGARA, 2000, p.47)
A pesquisa exploratória, para Gil (2007, p. 41) “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. 
Os estudos exploratórios permitem ao investigador aumentar sua experiência em torno de determinado problema. O pesquisador parte de uma hipótese e aprofunda seu estudo nos limites de uma realidade específica, buscando antecedentes, maior conhecimento [...] planeja um estudo exploratório para encontrar elementos necessários que lhe permitam, em contato com determinada população, obter os resultados que deseja. Um estudo exploratório, por outro lado, pode servir para levantar possíveis problemas de pesquisa (TRIVIÑOS, 1987, p.109).
Portanto deu-se maior ênfase a pesquisa bibliográfica nesta pesquisa, pois a mesma segundo Fachin, (2003)
A pesquisa bibliográfica resume-se a um “conjunto de conhecimentos reunidos nas obras tendo como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e à produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa”. (FACHIN, 2003, p. 125).
Cervo e Berviam (2002, p. 65) definem a pesquisa bibliográfica sendo a maneira de Explicar um problema a partir de referências teóricas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental.
Em ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. (CERVO e BERVIAN, 2002, p. 65).
A pesquisa bibliográfica é realizada a partir de material elaborado com a finalidade explícita de ser consultado, sendo esta uma modalidade específica de documentos que são as obras escritas, publicadas em editoras e na Internet. Segundo Beuren (2004, p. 87).
[...] o material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, teses, entre outros. (BEUREN, 2004, p. 87).
Este tipo de pesquisa situa o leitor, e também o pesquisador, quanto ao assunto que foi abordado, recorrendo a outros estudiosos com visões distintas que abordaram o tema em questão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As crianças desde muito cedo convivem com a língua oral em diferentes situações: os adultos que a cercam falam perto delas e com elas. A linguagem ocupa, assim, um papel central nas relações sociais vivenciadas por crianças e adultos. Por meio da oralidade, as crianças participam de diferentes situações de interação social e aprendem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre a sociedade. Vivenciando tais situações as crianças aprendem a falar muito cedo e quando chegam ao ensino fundamental salvo algumas, exceções, já conseguem interagir com autonomia. 
Na escola, no entanto aprendem a produzir textos orais mais formais e se deparam com outros que não são comuns no dia-a-dia de seus grupos familiares ou de sua comunidade. Na instituição escolar, portanto, elasampliam suas capacidades de compreensão e produção de textos orais, o que favorece a convivência delas com uma variedade maior de contexto de interação e a sua reflexão sobre as diferenças entre essas situações e sobre os textos nelas produzidos.
O mesmo ocorre em relação á escrita. Às crianças e os adolescentes observam palavras escritas em diferentes suportes, como placas, outdoors, rótulos de embalagens; escutam histórias lidas por outras pessoas, etc. nessas experiências culturais com praticas de leituras e escrita, muitas vezes mediadas pela oralidade, meninos e meninas vão se constituindo como sujeitos letrados.
Sabemos hoje (cf Piccoli (2012),.) que as crianças que vivem em ambientes ricos em experiência de leitura e escrita, não só motivam para ler e escrever, mas começam, desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, uso e finalidades. Disso deriva uma decisão pedagógica fundamental: para reduzir as diferenças sociais, a escola precisa assegurar a todos os estudantes diariamente a vivencia/de praticas reais de leitura e produção de textos diversificados.
Cabe, então, a instituição escolar responsável pelo ensino da leitura e da escrita ampliar as experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles, possam ler e reproduzir, diferentes textos com autonomia, para isso é importante que, desde a educação infantil, a escola também se preocupe com o desenvolvimento dos conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita alfabética, assim como daqueles ligado ao uso e à reprodução da linguagem escrita.
Nessa perspectiva, convidamos professores(as) a refletir sobre o papel do contato dos estudantes com diferentes textos em atividades de leitura e escrita realizadas dentro e fora da escola. No entanto, é preciso recordar que esse contato por si só, sem mediação, não garante que nossas crianças e nossos jovens se alfabetizem, ou seja, que se apropriem do sistema de escrita alfabética. Desse modo, consideramos relevante a distinção feita pela professora Magda Soares (1998) entre alfabetização e letramento.
O primeiro termo alfabetização corresponderia ao processo pela qual se adquire uma tecnologia a escrita alfabética e as habilidades para utilizá-la para ler e para escrever.
Dominar tal tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variados, como compreender o funcionamento do alfabeto, memorizar as convenções de letra, som e dominar seu traçado, usando instrumento como lápis, papel ou outros que o substituam.
Já o segundo termo letramento, relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita, nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais, ainda segunda a professora Magda Soares (1998, p.47),“alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrario: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contextos das praticas sociais da leitura e da escrita”.
Os(as)professores(as),a algum tempo vêm participando desse debate, no centro do qual se questiona as praticas de ensino restritas aos velhos métodos de alfabetização e se busca garantir que os meninos(as) possam, desde cedo, possam alfabetizar-se e letrar-se simultaneamente. Resumindo o que foi descoberto nos últimos 25 anos, Piccoli (2012), afirmam que para “alfabetizar letrando” é necessário democratizar a vivência de praticas de usos da leitura e da escrita; e ajudar o estudante a, ativamente reconstruir essas invenções social que é a escrita alfabética.
Ao abordar o tema alfabetização, não se pretende apenas sugerir que esta seja uma proposta única e a mais indicada ao sucesso. E que com o emprego de outros métodos não seja alcançado os objetivos desejados, porém podemos afirmar ser este estudo resultado de um caminho percorrido no decorrer de um ano letivo que permitiu observar um real resultado do vivenciar, conversar, pensar e registrar o que vivenciou-se pelos alunos. 
E esta veio a ser de grande apreço na aquisição da escrita por crianças de uma segunda série. Uma outra questão a ser valorizada é a necessidade de repensar o conceito do currículo que norteia a prática escolar, visto que, nesta proposta, o aluno ao participar ativamente no ambiente alfabetizador terá maior facilidade de compreender e aplicar o uso da escrita em sua vida e atingir com ela seus variados objetivos. 
Neste sentido aponte-se para que a escola dê atenção à cultura pertencente aluno e, também, reflita sobre seus métodos de alfabetização para que aconteça a vinculação entre a aprendizagem escolar e a vivência do sujeito, que a escrita deixe de ser descontextualizada e assuma na vida do aluno suas funções sociais. 
Para que isso aconteça, qual seria o caminho a ser percorrido ou traçado pela escola além do uso do discurso do aluno? Será que a simples utilização de determinado método de ensinar assumido pela escola na pessoa do professor é o suficiente para que se mudem as diferenças sociais no Brasil? Enquanto não se chega a uma definição sobre tantas indagações a respeito do alfabetizar e o papel da escola, uma certeza se pode ter: ambas devem favorecer e garantir a conquista da cidadania e proporcionar condições de habilidades plenas ao sujeito de viver em sociedade letrada.
Portanto, a nossa proposta agora é refletir de forma mais aprofundada sobre aqueles aspectos constitutivos de uma pratica de alfabetização na perpectiva do letramento.
REFERÊNCIAS:
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PICCOLI Luciana, CAMINI Patrícia. Praticas pedagógicas em alfabetização: espaço, tempo e corporeidade. Porto Alegre. Erechim: Edelbra, 2012
SANTOS, Carmi Ferraz. Alfabetização e letramento: conceitos e relações / organizado por Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. 1ed., 1reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SOARES, Magda Becker. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, nº, 25 p.05-17, jan./abr.2004
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VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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